L E I A NO P AN O R AM A G E R AL
Alternativa de diversificação que beneficia o
produtor
N.º 1.371
12 de novembro de 2015
L E I A N E ST A E DI Ç ÃO
Milho: Lavoura
produtivo
evolui
com
bom
padrão
P AN O R AM A G E R AL
Aqui você encontra:
Panorama Geral
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Criações
Análise dos Preços Semanais
EMATER/RS-ASCAR
Rua Botafogo,1051
90150-053 – Porto Alegre – RS
Fone: (051) 2125-3144
Fax: (051) 3231-7414
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Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL
Núcleo de Informações e Analises – NIA
Impresso na EMATER/RS
Permitida a reprodução parcial ou total,
desde que citada a fonte
Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando
você na tomada de decisões.
Alternativa de diversificação que beneficia o produtor
O Seminário que discutiu as bionergias e o Proetanol no
início desta semana, em Erechim, reuniu em torno de 300
pessoas no CTG Sentinela da Querência, entre técnicos
da Emater/RS-Ascar, pesquisadores da Embrapa,
produtores e lideranças. No evento foram evidenciadas as
vantagens econômicas e sociais de empregar esforços
para o fomento do cultivo de culturas rústicas, como o
sorgo, triticale, arroz gigante e batata-doce, que além de
contribuírem com a segurança e soberania alimentar das
famílias de agricultores e auxiliarem a proteção dos solos,
ainda podem servir de matéria-prima para a produção de
etanol amiláceo, na perspectiva da implantação do
Programa Estadual do Etanol Amiláceo/RS.
A produção dessas culturas rústicas é capaz de ser uma
importante alternativa para aumentar a renda dos
agricultores familiares gaúchos, já que uma das metas do
Proetanol/RS, que está em fase de discussão, é a
produção de 1,6 bilhão de litros de etanol amiláceo por
ano, quantidade que supriria a demanda do Estado pelo
combustível e necessitaria de grande quantidade de
insumos para ser alcançada.
Mas não é somente a comercialização para a produção de
energia limpa que beneficiaria as pequenas e médias
unidades produtivas. As famílias têm a oportunidade de
utilizar os produtos para a própria alimentação, resgatando
antigas receitas, já que a batata-doce e o arroz gigante,
por exemplo, fazem parte da cultura alimentar local. O
cultivo do triticale é também uma possibilidade para a
cobertura de solo durante o inverno, evitando a erosão e
contaminação das águas, bem como alternativa para
alimentação animal e produção de farinha diferenciada
para alimentação humana.
Esta é mais uma ação que a Emater/RS-Ascar desenvolve
em favor do desenvolvimento do meio rural do RS. O
incentivo à produção destes cultivos é estratégico, já que
têm potencial para melhorar a renda do produtor, sua
qualidade de vida, permanência do jovem no campo e
mais além contribuir para uma matriz energética mais
limpa e renovável.
Lino Moura
Diretor Técnico da Emater
e Superintendente Técnico da Ascar
PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA
AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF)
Conheça o programa de fortalecimento da
agricultura familiar e saiba como solicitar o
benefício. Com mais de 2,6 milhões de famílias
beneficiadas, o programa de fortalecimento da
agricultura familiar (Pronaf) transformou a vida dos
brasileiros residentes no campo e, hoje, é exemplo
mundial de política pública de sucesso. O caminho
para conseguir usufruir do programa é muito
simples. O primeiro passo é o agricultor familiar
com renda de até R$ 360 mil definir qual projeto
pretende desenvolver. Obrigatoriamente, a ideia
deve ter como finalidade a geração de renda para
agricultores familiares ou assentados da reforma
agrária. Mas os recursos podem ser utilizados
para financiar desde o custeio da safra até
investimentos em máquinas, equipamentos e
infraestrutura. Projeto esboçado, é a hora de a
família procurar o sindicato rural ou a Emater para
conseguir a declaração de aptidão (DAP) ao
Pronaf. Em seguida, com o documento em mãos,
o agricultor deve procurar a assistência técnica e
extensão rural do município para elaboração do
projeto técnico de financiamento. Ideia posta no
papel, é preciso encaminhá-la ao agente financeiro
responsável pela análise e aprovação de crédito.
As linhas de crédito oferecidas pelo Pronaf podem
sem
consultadas
no
endereço
http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/safcreditorural/linhas-de-cr%c3%a9dito
Podem
participar do programa agricultores familiares cuja
renda familiar bruta alcançou, nos 12 meses que
antecedem a solicitação do Pronaf, até R$ 360 mil.
O agricultor deve estar com o CPF regularizado e
livre de dívidas. Não pode participar quem tiver
contratado operação de investimento do programa
de crédito especial para a reforma agrária
(Procera) ou contratado o limite de operações ou
de valor de crédito de investimento para
estruturação no âmbito do Pronaf.
Se o
interessado for beneficiário da reforma agrária e
do crédito fundiário, deve procurar o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA) ou a unidade técnica estadual (UTE).
Fonte: MDA
MUNDO TEM TRÊS TRILHÕES DE ÁRVORES E
PERDE 10 BILHÕES POR ANO
Um estudo da Universidade de Yale calcula que o
número de árvores no mundo passa de três
trilhões. Isso significa que há 420 árvores para
cada habitante do planeta. Trata-se de um total
que supera em oito vezes a medição anterior, de
400 bilhões de espécimes. A nova contagem fez
uso desde análises topográficas até análises de
fotos de satélite. Este cálculo servirá de base para
pesquisas, estudos sobre biodiversidade e
modelos de mudanças climáticas – isso porque
árvores têm papel fundamental na remoção do
dióxido de carbono da atmosfera. O estudo
descreve o estado do sistema global florestal em
números que as pessoas entendem e que
cientistas e responsáveis por políticas ambientais
possam usar. Pelo menos 40% das árvores do
mundo estão em florestas tropicais e subtropicais.
Apesar do uso de alta tecnologia, um ponto crucial
do estudo de Yale foi o uso de medições locais.
Coletaram-se dados sobre densidade arbórea em
mais de 400 mil áreas florestais ao redor do
mundo. Isso ajudou a compensar as limitações
das análises por satélite, cujas fotos são boas para
mostrar as extensões de florestas, mas que não
são muito úteis para revelar números individuais
de espécimes. Dos três trilhões de árvores do
mundo, os cientistas estimam que 1,39 trilhão
esteja em regiões tropicais, como a Amazônia, ou
subtropicais. Cerca de 0,61 trilhão estaria em
locais de clima temperado e 0,74 trilhão nas
florestas boreais - os imensos grupos de coníferas
que circulam o globo logo abaixo do Polo Norte. E
justamente nessas regiões é que foram
encontradas as maiores densidades florestais. O
que ficou evidente, segundo o estudo, foi a
dimensão da influência humana sobre o número
de árvores no planeta. A equipe de Yale estima
que, enquanto 15 bilhões de árvores são
removidas por ano, apenas cinco bilhões são
plantadas, no mundo. Fala-se de 0,3% de perda
global anual; não é uma quantia insignificante e
isto deveria levar a uma reflexão sobre o papel do
desflorestamento
nas
mudanças
em
ecossistemas. Sem falar as perdas de árvores
estão ligadas à exploração madeireira e à
atividade agrícola. Com o crescimento da
população mundial, pode-se ver essas perdas
aumentarem. Estima-se que, desde a última Era
do Gelo, há 11 mil anos, o homem pode ter
removido mais de três trilhões de árvores. A
Europa antigamente era coberta por uma floresta
gigante e agora é praticamente campos e pastos.
Fonte: Portal da Sustentabilidade
CO N DI ÇÕ E S M ET EO R O L Ó G I C AS
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA
SEMANA DE 05/11/2015 A 12/11/2015
O período compreendido entre os dias 05 e 12 de
novembro foi marcado por temporais no Oeste e
2
Noroeste do Estado. Na segunda-feira (09/11), um
sistema de baixa pressão ingressou pelo Sul
provocando chuva forte, com raios e ventania. Na
terça-feira (10/11), esse sistema continuou
provocando temporais no Noroeste e Oeste. Na
quarta-feira (11/11), novamente fortes áreas de
instabilidade
ingressaram
pelo
Noroeste
provocando chuva forte, permanecendo sobre o
Estado até o dia 12 /11. No Sul, houve uma maior
incidência de sol nesse período. As cidades que
registraram as menores temperaturas foram Bagé,
com 7,7 ºC, e São José dos Ausentes com 8,3 ºC,
ambas na sexta-feira (06/11). As cidades que
registraram as temperaturas máximas foram São
Gabriel, com 33,9ºC, São Borja, com 33,3ºC,
ambas na segunda-feira (09/11). Os maiores
volumes acumulados foram registrados em
Frederico Westphalen, com 154,6 mm e São Luiz
Gonzaga com 183,0 mm.
com mínimas 9º C, na Campanha e Serras, e de
18ºC no Leste. As máximas devem ocorrer no
Oeste e Depressão Central, entre 33ºC e 38ºC, na
quinta-feira dia (19/11).
Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO
G R ÃO S
Observação: os dados foram coletados do dia 05/11, às 8h, até
o dia 12/11, às 8h.
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE
13/11/2015 A 19/11/2015
A previsão meteorológica para o período de 13 a
19 de novembro indica fortes instabilidades na
metade Norte do Estado. Entre a sexta-feira
(13/11) e o sábado (14/11), um centro de baixa
pressão provoca temporais, principalmente no
Norte e Leste do Estado. Entre a segunda-feira
(16/11) e a quarta-feira (18/11) as fortes
instabilidades continuam ocorrendo, intercalando
com períodos de tempo quente. Os maiores
volumes devem ocorrer nas Missões, Planalto e
Alto Vale do Uruguai, entre 110 mm e 180 mm.
Ocorrem as temperaturas típicas da primavera,
Grãos de Verão
Arroz – Os orizicultores seguem enfrentando
dificuldades na implantação da safra 2016. Apesar
de alguns períodos sem chuvas, muitas áreas
ainda permanecem com umidade acima do
recomendado para a semeadura. Há relatos que,
em mais de uma oportunidade, lavouras foram
replantadas, repercutindo em aumento de custos
para o produtor. Seja como for, a área semeada
chega a 51% do total estimado para este ano. Se
comparada à safra passada, que também
enfrentou problemas na implantação, a diferença é
de 11 pontos percentuais para menos. Levada em
conta a média dos últimos anos, a discrepância
chega a 29 pontos. Segundo técnicos e
produtores, é bem provável que a área
efetivamente plantada fique menor do estimado
inicialmente (1,1 milhão de ha). Mas o fato
relevante é que o atraso na implantação da cultura
pode resultar na ocorrência da fase reprodutiva
durante um período em que normalmente ocorre
grande oscilação térmica (fevereiro/março),
interferindo diretamente na produtividade. Nesse
sentido, a pouca luminosidade e a temperatura
abaixo do ideal, registrada em determinados
momentos, têm interferido negativamente na
germinação e no desenvolvimento das lavouras
implantadas recentemente. A confirmação do
fenômeno El Niño tende a prolongar essas
3
dificuldades, causando preocupação para a cadeia
orizícola.
Arroz:
fases da cultura no
RS
Plantio
Ger./Des. vegetativo
Safra Atual
Em
12/11
51%
49%
Em
05/11
44%
42%
Safra
Anterior
Em
12/11
62%
60%
Média
Em
12/11
80%
77%
Milho – A cultura segue sendo beneficiada pelo
clima, em que pese a ocorrência de chuvas
excessivas em alguns momentos. As lavouras
destinadas à comercialização do grão já estão
praticamente todas semeadas. Os 20% da área
em que resta concluir a semeadura referem-se
àquelas localizadas em pequenas propriedades
que destinam o grão para consumo próprio. As
lavouras plantadas mais cedo, em especial as
localizadas nas Missões e Fronteira Noroeste
(Regional de Santa Rosa), começam a entrar com
mais intensidade na fase de floração, fase essa
crítica quanto à necessidade de água. Até o
momento, porém, as chuvas têm sido benéficas
nesse sentido, com as lavouras apresentando bom
padrão. Pelo mesmo motivo, as que se encontram
em desenvolvimento vegetativo também evoluem
de forma satisfatória, e os produtores aproveitam a
boa umidade no solo para intensificar a aplicação
de adubos nitrogenados em cobertura.
As lavouras destinadas à produção de silagem
também se encontram na mesma situação, sendo
que os primeiros cortes deverão começar já no
início do mês de dezembro.
Milho:
fases da cultura no
RS
Plantio
Ger./Des. vegetativo
Floração
Safra Atual
Em
13/11
80%
65%
15%
Em
05/11
75%
63%
12%
Preço médio da saca de 60 kg – R$ 73,82.
Soja:
fases da cultura no
RS
Plantio
Ger./Des. vegetativo
Preço médio da saca de 50 kg – R$ 39,70.
Safra
Anterior
Em
13/11
77%
69%
08%
dificuldades para uma boa germinação, e as
plântulas apresentam bom vigor inicial.
Média
Em
13/11
70%
65%
05%
Preço médio da saca de 60 kg – R$ 28,33.
Soja – Os produtores seguem intensificando,
quando o tempo permite, o plantio da nova safra.
Todavia, apesar da boa recuperação em relação à
semana anterior, o atual percentual (20%) ainda
não alcança a média de anos anteriores, ficando
atrás em 17 pontos percentuais. Devido à boa
umidade no solo, as sementes não encontram
Safra Atual
Em
12/11
20%
18%
Em
05/11
05%
04%
Safra
Anterior
Em
12/11
30%
28%
Média
Em
12/11
37%
34%
Feijão 1ª Safra – Assim como ocorre com outras
culturas de verão, a implantação da lavoura de
feijão no Estado se encontra em atraso, dificultada
pelas condições meteorológicas atuais, resultante
de um El Niño forte. Até o momento, já foram
plantadas cerca de 76% da área estimada. As
lavouras de feijão semeadas após o período
chuvoso (recentemente semeadas) apresentam
ótimo desenvolvimento vegetativo; no entanto, as
primeiras lavouras implantadas e que estão
entrando em floração tiveram o rendimento
comprometido pelo excesso de chuva que reduziu
o porte, reduzindo a carga potencial de flores e a
produção. Os Campos de Cima da Serra, uma das
regiões mais expressivas em área do RS, ainda
apresenta poucas lavouras semeadas, pois nessa
região a semeadura ocorre normalmente após a
colheita do trigo, ou seja, no período que
corresponde ao final de novembro e dezembro.
Plantio
Em
12/11
76%
Em
05/11
71%
Safra
anterior
Em
12/11
72%
Ger./Des. vegetativo
60%
57%
57%
61%
Floração
14%
12%
10%
16%
Enchimento de grãos
0%
0%
0%
3%
Feijão 1ª safra:
fases da cultura no
RS
Safra atual
Média
Em
12/11
82%
A comercialização do feijão se manteve estável na
semana, com pequeno aumento na valoração da
saca, subindo 0,35%, deixando o preço médio em
R$ 113,18, 4,6% abaixo da média geral histórica
(cinco anos).
Grãos de inverno
Trigo – A colheita do trigo segue de forma intensa,
em que pese a péssima qualidade das lavouras,
fato esse que desestimula o agricultor. À medida
que aumenta o percentual do produto colhido, que
nesta semana chega a 80% do total plantado,
também aumenta a frustração. As lavouras
colhidas
recentemente
têm
apresentado
rendimentos ainda menores que as primeiras,
aumentando a diferença, para menos, do que era
4
esperado inicialmente. Só na área da região de
Erechim, onde a colheita atinge 70%, a diferença
entre o esperado e o colhido chega a menos 50%.
Outras regiões importantes em termos de
produção de trigo também apresentam percentuais
elevados de perdas. Com o fechamento desta
quinzena, a Emater/RS deverá ter uma ideia mais
precisa do real prejuízo enfrentado pelo RS em
termos de produção, sendo divulgada uma
primeira aproximação da produção inicialmente
estimada pelo Estado, face aos problemas
enfrentados pela cultura ao longo do seu ciclo.
Trigo:
fases da cultura no
RS
Plantio
Ger./Des. vegetativo
Floração
Enchimento de grãos
Maduro por colher
Colhido
Safra Atual
Em
12/11
100%
0%
0%
02%
18%
80%
Em
05/10
100%
0%
0%
14%
36%
50%
Safra
Anterior
Em
12/11
100%
0%
0%
05%
23%
72%
Média
Em
12/11
100%
0%
0%
06%
24%
70%
Preço médio da saca de 60 kg – R$ 33,03.
Canola – Na mais expressiva região em termos de
área plantada, a Planalto, a lavoura foi colhida
apresentando produtividade média de apenas 700
kg/ha e de qualidade regular. A expectativa inicial
era de obter rendimento de 1.500 kg/ha; porém
com as adversidades climáticas (geada e excesso
de chuva), a safra foi frustrada, levando os
agricultores a amargar prejuízos, desestimulandoos em relação à atividade.
Na semana que passou, o preço ficou em R$
75/sc.
HO RT IG R AN J E IRO S
Situações Regionais
Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste,
inicia a colheita do tomate, principalmente das
variedades mais precoces; podemos destacar a
variedade de tomate cerejinha, que é bastante
plantado nas hortas domésticas. Nas lavouras
comerciais, intensifica-se o serviço de poda,
tutoramento e tratos culturais.
Tem início a
colheita de pepinos, e os preços praticados estão
na faixa de R$ 4 a 5/kg. Plantio e desenvolvimento
inicial de cucurbitáceas, abóboras, morangas,
melancia e melão para autoconsumo e
comercialização.
Na fruticultura, ocorrem a colheita do pêssego e
aplicação de fungicidas nas videiras; nos parreirais
onde os produtores estão fazendo os tratos
culturais, as mesmas se apresentam sadias,
diferente do que ocorre nos parreirais que não
estão recebendo os tratamentos adequados.
No Litoral Norte, os agricultores continuam com
dificuldades de preparo de solo para plantio do
milho verde, o qual será vendido durante o
veraneio; isto ocorre devido à alta umidade do solo
causada pelo período chuvoso das últimas
semanas.
Os produtores que cultivam tempero verde, rúcula,
alface, pimentão e tomate no sistema protegido
estão satisfeitos, mesmo com as adversidades do
clima. Produção e comercialização estão dentro da
normalidade.
A cultura do tomate estaqueado de verão em
cultivo a campo está com baixo desenvolvimento e
cerca de 20% de previsão de quebra de
rendimento. isto ocorre devido às baixas
temperaturas
noturnas
e
ocorrência
de
aparecimento de doenças devido ao excesso de
umidade. Os produtores estão fazendo controle
fitossanitário. Até o momento não temos outros
relatos de perdas significativas – além do tomate –
devido a eventos climáticos. O tomate em estufa
encontra-se em fase de colheita.
As condições continuam semelhantes aos últimos
períodos na região do Planalto Médio. As
incessantes chuvas e a falta de luminosidade
ocorridas em razão do fenômeno El Niño têm
causado muitos danos à horticultura na região. A
cultura que apresenta maior perda é a alface, com
danos em torno de 70%. Parte das folhosas que
abastecem o mercado e as feiras vem de cultivos
em ambientes protegidos, como túneis e estufas e,
consequentemente as perdas são menores, mas
ainda assim ocorrem em razão da falta de
luminosidade.
Apesar dos danos, os preços continuam estáveis
na feira do produtor de Passo Fundo.
Olerícolas
Alho – Na região da Serra, o clima só deu trégua
nos últimos três dias da semana, pois os
anteriores foram de muita umidade relativa do ar,
umidade do solo, precipitações e ausência plena
de insolação. Tal quadro trouxe agravamento dos
problemas
da
sanidade
das
lavouras,
principalmente quanto à incidência de doenças
veiculadas via solo, como roseliniose – raiz rosada
– e bacterioses.
As áreas da variedade tardia mais cultivada – São
Valentin – estão em plena fase de bulbificação,
recebendo tratamentos fitossanitários e controle
5
químico de ervas indesejáveis. As lavouras de
variedades precoces estão em plena colheita, com
bulbos de qualidade e calibre médios. Boa parte
dos bulbos, em torno de 15%, vem apresentando
superbrotação – anomalia fisiológica que
transforma as reservas dos bulbilhos em brotos
inaproveitáveis.
Início de comercialização da cultura, com bulbos
de pouca qualidade por não estarem plenamente
curados e secos. Os preços ficaram entre R$ 7 e
R$ 10/kg.
Batata – Em Ibiraiaras, na região do Nordeste
gaúcho, o panorama da cultura da batata em
relação ao período anterior é que as quantidades
de batata beneficiadas e comercializadas
continuam sendo importadas do estado de São
Paulo. Nesta semana, os preços médios tiveram
forte elevação, ficando em média a R$ 140/saco
para variedade rosa e a 115/saco para a
variedade branca; com o acréscimo do frete, o
preço final ficou em torno de 125 para branca e de
R$ 150 para a rosa.
Na lavoura, as plantas estão em fase de
desenvolvimento vegetativo e formação de
tubérculos. A atenção dos produtores continua
voltada para o controle das doenças e pragas. O
clima está favorecendo o desenvolvimento da
cultura e o controle fitossanitário. O estande da
lavoura apresenta bom potencial produtivo até
momento. A colheita deverá ser iniciada no final do
mês de novembro ou início de dezembro.
Frutícolas
Uva – Na região vitivinícola mais importante do
país, a Serra gaúcha, nessa última semana, teve
período complicado para a cultura, quanto as
condições meteorológicas, deixando de chover só
na sexta-feira. Anteriormente a isso, sequer um
período de insolação ocorreu, ampliando
severamente a preocupação e atenção quanto à
sanidade
das
videiras.
Ocorrem
muitos
tratamentos e relatos até de dosagens acima do
recomendado, no afã de salvar os cachos dos
efeitos deletérios da mufa. Um dos efeitos
imediatos desse quadro é o aspecto de possível
intoxicação das vinhas, visível no travamento do
crescimento das plantas e nas brotações
amarelecidas. No comércio, já não é mais
encontrada a maioria dos produtos de efeito
prolongado – sistêmico. Nos três últimos dias do
período, já houve boa melhora, com ausência de
chuvas e boa insolação. As uvas em maturação
têm evoluído muito pouco, face ao panorama
climático. Algumas podridões de bagas também já
são passíveis de visualização, exigindo cuidados
redobrados do viticultor. Uma prática cultural
imensamente em voga e que há muito tempo não
se via em tal intensidade é a poda verde, arejando
o dossel dos vinhedos. Algumas cantinas já estão
em movimento de aquisição da safra, mediante a
inevitável redução do volume a ser produzido e
processado.
Figo - Pelos poucos dias de insolação ocorridos
na região Serrana, as plantas demonstram
alongamento celular, também afetando a formação
das
infrutescências.
Percebe-se
grande
desenvolvimento foliar, porém com folhas muito
grandes, desprovidas de consistência e firmeza.
A incidência de fitopatias – notadamente a
ferrugem, principal mal da região – está acima da
média para o período, requerendo mais frequentes
intervenções dos ficicultores.
Citros - A citricultura na região do Vale do Caí
inicia o período da entressafra. No final do mês de
outubro foram colhidas as últimas laranjas e
bergamotas desta safra. A situação de um inverno
ameno e com temperaturas acima da média
histórica fez com que o amadurecimento das frutas
cítricas fosse antecipado, e, em consequência,
também a colheita. O final da colheita neste ano
ocorreu um mês antes do que em períodos
normais.
Durante a entressafra, já está ocorrendo o
desenvolvimento das frutinhas resultantes da
floração ocorrida no mês de agosto. Os
citricultores se dedicam à realização de práticas
culturais, como podas, roçadas e tratamentos
preventivos para o controle de doenças. As chuvas
constantes têm prejudicado os trabalhos dos
citricultores. O desenvolvimento das frutas que
darão origem à próxima safra é satisfatório.
A lima ácida Tahiti, conhecida como o limão da
caipirinha, é uma fruta cítrica que se diferencia das
demais, pois a planta tem fluxos de floração
durante todo o ano, o que dá origem à produção
de frutas durante todo o ano. Entretanto, as
últimas floradas têm sido muito prejudicadas pelo
excesso de chuvas, que propicia alta incidência de
uma doença que determina a queda das frutas no
início de seu desenvolvimento, conhecida como
antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum. O
preço médio recebido pelos citricultores pelo Tahiti
está bastante elevado: R$ 70 a caixa de 25 kg.
6
Comercialização de Hortigranjeiros
Dos
35
principais
produtos
analisados
semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, entre 03 a 10/11/2015, tivemos 15
produtos estáveis em preços, 15 em alta e cinco
em baixa.
Observamos que são analisados como destaques
em alta ou em baixa somente os produtos que
tiveram variação de 25% para cima ou para baixo.
Seis produtos destacaram-se em alta,
conforme abaixo:
Batata branca: de R$ 2,20 para R$ 3/kg
(+36,36%), com diminuição de oferta momentânea
causada pelo encharcamento dos solos e pela
dificuldade na colheita destes tubérculos na região
Sudeste do Brasil.
Cebola nacional: de R$ 1,75 para R$ 2,75/kg
(+57,14%). Regiões Sudeste e Centro Oeste do
Brasil encerrando suas ofertas. A safra dos
estados sulinos ainda não está pronta, e os
estoques de cebolas de origem europeia já não
são suficientes para segurar a elevação das
cotações.
Couve-flor: de R$ 2,08 para R$ 2,91/cabeça
(+39,90%).
Repolho: de R$ 0,72 para R$ 0,90/kg (+25%).
Em relação à couve-flor, estamos no período de
diminuição da curva de oferta, momento que
sempre ocorre após um pique de produção e
concentração da oferta, quando o produto invade
o mercado e move as cotações para baixo. A
oferta no momento é bem reduzida, e as cotações
se elevam momentaneamente.
Já no caso do repolho, o problema se dá em
função do aparecimento de doenças fúngicas
nesta folhosa, o que causa depreciação e descarte
já na área de produção.
Pimentão: de R$ 3,50 para R$ 5/kg (+42,86%).
Tomate caqui longa vida: de R$ 3 para R$ 5/kg
(+66,67%).
Os estados produtores vêm apresentando
problemas; Espírito Santo sofreu estiagem nos
períodos anteriores e São Paulo, excesso chuvas
e granizo. A safra de inverno na região Sudeste do
Brasil começa a dar sinais de finalização. As
precipitações ocorridas no início de novembro
dificultam a colheita dos produtos, diminuindo
ainda mais a oferta. Preços de atacado em
elevação.
PRODUTOS
EM ALTA
Abacate (kg)
Laranja suco
(kg)
Maçã Fuji (kg)
Mamão
Formosa (kg)
Pêssego
nacional (kg)
Brócolis (unid.)
Couve-flor
(cab.)
Repolho verde
(kg)
Moranga
Cabotiá (kg)
Pimentão verde
(kg)
Tomate caqui
longa vida (kg)
Vagem (kg)
Batata branca
(kg)
Batata-doce
(kg)
Cebola nacional
03/11
(R$)
5,50
10/11
(R$)
6,50
Aumento
(%)
+ 18,18
0,90
1,00
+ 11,11
2,77
3,05
+ 10,11
2,15
2,30
+ 6,98
3,50
4,00
+ 14,29
1,50
1,67
+ 11,33
2,08
2,91
+ 39,90
0,72
0,90
+ 25,00
1,40
1,50
+ 7,14
3,50
5,00
+ 42,86
3,00
5,00
+ 66,67
5,00
6,00
+ 20,00
2,20
3,00
+ 36,36
1,50
1,75
+ 16,67
1,75
2,75
+ 57,14
Nenhum produto destacou-se em baixa.
PRODUTOS
03/11
10/11
Baixa
EM BAIXA
(R$)
(R$)
(%)
Abacaxi Caiena
2,80
2,50
- 10,71
(unid.)
Manga (kg)
2,22
2,00
- 9,91
Alface (pé)
1,25
1,00
- 20,00
Couve (molho)
1,25
1,00
- 20,00
Espinafre (molho)
1,67
1,50
- 10,18
Fonte: Ceasa
CR I AÇ Õ E S
Forrageiras - As condições climáticas nesta
primavera, ainda que com pouca luminosidade e
excesso de umidade, vão permitindo que ocorra o
rebrote do campo nativo e das pastagens perenes
de verão, aumentando a disponibilidade e
melhorando a qualidade das forrageiras.
Os
produtores estão manejando os rebanhos que
utilizam o campo nativo, realizando o ajuste da
carga animal. De maneira geral as pastagens
cultivadas de inverno concluíram o ciclo de
produção, e em algumas áreas está ocorrendo a
dessecação para o próximo cultivo de lavoura com
soja. As pastagens perenes, como as
7
leguminosas, estão com boas condições,
incrementando a qualidade das pastagens
consorciadas e proporcionando melhoria na
produção dos rebanhos. Produtores já começaram
a implantação das pastagens de verão, dando
início ao preparo de solo e à semeadura de
forrageiras como milheto, sorgo forrageiro, capim
sudão e tifton 85, entre outras. Também realizam
os tratos culturais, como adubações nitrogenadas
em cobertura de solo, em lavouras de milho e
sorgo destinadas à produção de silagem, o que
está sendo dificultado pelo excesso de chuvas no
período. Outro fator que também é observado é a
presença do capim anonni; esta planta apresenta
menor qualidade e palatabilidade, evidenciando a
necessidade de implementar formas de manejo e
controle para erradicação desta pastagem
indesejável nos campos de pecuária.
Bovinocultura de corte - Nesta primavera as
condições climáticas estão apresentando muita
umidade e pouca luminosidade, porém as
pastagens
nativas
estão
aumentando
gradativamente a oferta forrageira. Alguns
produtores fornecem fenos para complementar a
alimentação dos rebanhos. Estamos na fase final
do nascimento de terneiros. Em São Gabriel, o
percentual de terneiros nascidos atinge 70%,
período que demanda maior cuidado com as
matrizes, especialmente as novilhas que ainda não
estão com o tamanho adulto, pois isso pode
propiciar partos distócicos. É importante que as
vacas que estão parindo não percam peso, pois
comprometeria a repetição de cria. Em alguns
municípios, o aumento da temperatura intensificou
a infestação de carrapatos; isso continua
preocupando os produtores de algumas regiões
pela intensidade com que vem ocorrendo. Alguns
produtos para controle não estão dando o
resultado esperado, e produtores relatam grande
resistência de alguns carrapaticidas. Verificam-se
nas propriedades trabalhos para controle do
carrapato; prossegue o combate da verminose e
começa a infestação de mosca do chifre; ocorre
vacinação da brucelose nas terneiras entre três a
oito meses. Inicia a segunda etapa da vacinação
contra a febre aftosa nos rebanhos para animais
com idade entre 0-24 meses. Produtores relatam
casos de Tristeza Parasitária em função do
aumento da população de carrapatos. Também
nesta época é importante a atenção com os
touros, que devem estar em bom estado corporal e
nos quais se devem realizar os exames
andrológico, as vacinas reprodutivas e também a
seleção de matrizes, para que estejam prontos
para a temporada reprodutiva que inicia nesta
época. Algumas propriedades estão realizando o
trabalho de inseminação de novilhas e IATF em
vacas com cria. Há tendência de diminuir a oferta
de animais para abate, pela proximidade do
término da safra de gado gordo oriundo das
pastagens de inverno. Os preços apresentam
ligeira alta, característica da época; em algumas
regiões os preços pagos pelo quilo vivo dos
animais continuam atrativos, e há procura por
animais de recria e para terminação. Ocorreram
feiras e exposições nas várias regiões do Estado,
eventos nos quais os produtores adquirem os
reprodutores para a temporada de reprodução. De
maneira geral, as médias de preços dos
reprodutores estiveram entre R$ 9.000,00 e
10.000,00.
Preços pagos aos pecuaristas em algumas
regiões do Estado neste período
Bagé
Pelotas
Produto
Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Boi
R$
R$
R$ 5,28
R$ 5,10
Gordo
4,60
4,60
Vaca
R$
R$
R$ 4,85
R$ 4,50
Gorda
4,00
4,20
Terneiro
R$
R$
R$ 6,00
R$ 6,00
4,60
5,00
Vaca
R$
R$ 4,60
Invernar
3,30
Obs: (R$/kg vivo).
Produto
Boi
Gordo
Vaca
Gorda
Terneiro
Santa Maria
Mínimo Máximo
R$
R$ 5,00
4,40
R$
R$ 4,50
4,00
Vaca
Invernar
Santa Rosa
Mínimo Máximo
R$
R$ 4,90
4,70
R$
R$ 4,35
4,25
R$
R$ 5,25
4,95
R$
R$ 4,80
3,60
Obs: (R$/kg vivo).
Produto
Boi Gordo
Vaca Gorda
Soledade
Mínimo
Máximo
R$ 4,50
R$ 5,00
R$ 4,00
R$ 4,50
Obs: (R$/kg vivo).
Na Expolavras, os preços médios foram os
seguintes:
•
•
•
Terneiras - R$ 1.434,00
Vaquilhonas - R$ 1.472,00
Vaquilhonas prenhes - R$ 1.924,00
8
•
•
•
•
Vacas com cria - R$ 1.804,00
Vacas prenhes - R$ 2.053,00
Touros - R$ 9.084,00
Terneiros - R$ 1.247,00*
*1.507 terneiros com peso médio de 221,61 kg e preço
médio R$ 5,63.
Bovinocultura de leite - Os nascimentos de
terneiros têm aumentado o número de vacas
lactantes. No entanto os produtores que não se
prepararam com a produção de alimentos estão
registrando diminuição de produção de leite. Os
produtores se sentem desestimulados e relatam os
principais gargalos da atividade leiteira na
propriedade: dificuldade de implantação das
pastagens de primavera e verão em função das
chuvas; encharcamento ao redor das benfeitorias
para manejo animal, acarretando a diminuição da
qualidade do leite; aumento do custo dos insumos;
situação financeira crítica de algumas empresas
recolhedoras da produção de leite, especialmente
algumas cooperativas; o baixo preço do leite. Os
reflexos de tais gargalos seguem atuando,
provavelmente até o fim do mês, devido a
pastagens comprometidas, atraso no plantio de
milho para silagem e aumento do consumo de
ração comprada. Continua forte a pressão das
grandes indústrias para não recolher produção
diária individual abaixo de 100 litros. No município
de Turuçu, se instalou uma rota para recolhimento
de leite da Coopar, aproveitando o espaço deixado
pelas grandes empresas que não recolhem leite
de pequenos produtores, evitando assim uma
maior diminuição de produtores na atividade. Em
São Lourenço do Sul, a produção de leite registra
uma diminuição de 20% na venda diária. No
mercado do leite, alguns produtores mostravam-se
apreensivos pelos preços com que o produto in
natura vinha sendo comercializado, mas houve
uma reação positiva e o preço está melhorando.
Os preços máximos são aferidos por produtores
de maior volume de leite, melhores parâmetros de
proteína, gordura e CCS – Controle de Células
Somáticas, conforme Instrução Normativa Nº 62
do MAPA. Na zona Sul do Estado, os produtores
relatam a queda de dois a cinco centavos neste
mês. Na região de Porto Alegre, os leiteiros que
vendem direto ao consumidor estão recebendo
entre R$ 2 e R$ 2,50 o litro.
Preços recebidos pelos
algumas regiões do Estado
Região
Bagé
Erechim
Passo
Fundo
Porto
Alegre
Santa
Maria
produtores
em
Mínimo
Máximo
R$ 0,52
R$ 0,68
R$ 1,15
R$ 1,02
Maior
Ocorrência
R$ 0,88
R$ 0,85
R$ 0,88
R$ 0,96
R$ 0,88
R$ 0,80
R$ 0,91
R$ 0,85
R$ 0,65
R$ 0,92
R$ 0,83
Obs: R$/litro
Ovinocultura - Fase de realização da esquila e
cuidados do rebanho, especialmente dos
cordeiros, chegando ao final as práticas como
assinalação, castração e descola. De maneira
geral, a taxa de mortalidade em cordeiros foi
baixa, mas mais acentuada em alguns municípios
da região onde ocorreram grandes chuvas. No
manejo, alguns produtores conduzem os rebanhos
com boa oferta de forragem e abrigo,
preferencialmente próximo à sede, para facilitar o
acompanhamento do rebanho, os cuidados
sanitários e o controle de predadores. Alguns
produtores estão fornecendo ração e outros
suplementos para o rebanho. No aspecto geral os
rebanhos apresentam boa condição corporal;
porém, em algumas regiões o excesso de umidade
causa transtornos aos animais, como ataque de
parasitas, incidência elevada de verminose nos
rebanhos principalmente nos cordeiros. Os
produtores estão realizando controle, onde há
altas contaminações nas pastagens por larvas de
vermes, os ovinos ingerem grandes quantidades
destas larvas e constantemente estão sendo
infestados; o excesso de chuvas também deixa os
animais mais suscetíveis à doença da hemoncose.
Outro problema que vem sendo observado é a
manqueira dos ovinos que causa grandes
prejuízos e é de difícil controle; os produtores
também realizam a vacinação para carbúnculo e
têm redobrado a dedicação aos rebanhos para
controle dessas moléstias. Em Caçapava do Sul e
Santana do Livramento, há registros de ataque de
javali em algumas localidades, comprometendo a
produção principalmente de cordeiros. As esquilas
estão avançando lentamente, devido às chuvas,
havendo ainda poucos ovinos tosquiados para a
época. As precipitações ocorridas prejudicaram o
rebanho; porém as condições deste período já
foram um pouco melhores. Em algumas regiões da
Fronteira Oeste e Campanha, observa-se que a
comercialização de cordeiros ainda é baixa, mas a
oferta de animais para o mercado deverá
9
aumentar com a proximidade do final de ano,
quando ocorrem muitos negócios de animais para
abate. Os preços pagos ao produtor estão
atrativos,
e
também
ocorre
alguma
comercialização de ovelhas para descarte. Os
produtores já estão preparando lotes de cordeiros
que deverão ser comercializados no fim de ano,
através de oferta de pastagens cultivadas ou
pastoreio em campo nativo melhorado. Nesta
época os ovinocultores preferem esquilar os
animais para vender posteriormente; com isso
aumentam a renda com a venda da lã. Em
Santana da Boa Vista, de acordo com informações
levantadas junto aos açougues do município, o
preço pago ao produtor é de R$ 11/kg da carcaça
de ovelha e capão, e de R$ 12/kg da carcaça de
cordeiro e borrego.
Preços pagos aos ovinocultores em algumas
regiões do Estado no período
Região
Bagé
Pelotas
Produto Mínimo Máximo Mínimo Máximo
R$
Capão
R$ 5,40 R$ 5,40 R$ 5,00
3,00
R$
Cordeiro
R$ 5,90 R$ 4,80 R$ 5,50
3,95
R$ 4,00 R$ 4,90
Ovelha
Obs: (R$/kg vivo).
Região
Produto
Cordeiro
Santa Maria
Mínimo
Máximo
R$ 4,50
R$ 5,40
Obs: (R$/kg vivo).
Preços pagos pela lã na região Sul do Estado
no período
Produto
Mínimo
Máximo
Lã Merina
R$
R$ 15,00/kg
17,00/kg
Ideal (Prima A)
R$
R$ 14,00/kg
15,00/kg
Lã
Corriedale
R$
RS 12,00/kg
(Cruza 1)
13,00/kg
Lã
Corriedale
R$
R$ 10,00/kg
(Cruza 2)
12,00/kg
Suinocultura - O preço gaúcho do suíno
apresentou
estabilidade
esta
semana,
permanecendo em R$ 3,87/kg vivo para o
suinocultor independente, preço posto na indústria.
O número de animais da pesquisa ficou em
16.330, com peso médio de 111 quilos. Esta
semana tivemos
quatro informantes
que
compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em
R$ 33,25. O preço da tonelada de farelo de soja
ficou em R$ 1.367,50 para pagamento à vista e
em R$ 1.385,00 para pagamento com 30 dias de
prazo, ambos no preço da indústria. A cotação
agroindustrial média do suíno é de R$ 3,13.
Cotação do suíno
cooperativas
Empresa
Cotrel*
Cosuel
Cotrijuí
Languiru
Majestade*
Ouro do Sul
Alibem
BRF*
JBS
Pamplona*
nas
agroindústrias
e
Preço (R$/kg vivo)
R$ 3,20
R$ 3,11
R$ 3,05
R$ 3,10
R$ 3,10
R$ 3,40
R$ 3,10
R$ 3,10
R$ 3,10
R$ 3,10
Fonte: Pesquisa semanal ACSURGS 09/11/2015
bonificação de carcaças
(*)Mais
Apicultura - Com a ocorrência de temperaturas
mais elevadas, já se observa a movimentação das
abelhas em função do clima e da oferta de
alimentos. O período de floração está ampliando,
com várias espécies entre nativas e eucalipto. A
extração de mel apresenta perspectivas de média
para boa safra. Em alguns locais a temporada foi
considerada ruim em virtude do excesso de
chuvas, que danificou as floradas e diminuiu a
produção no geral. O excesso de chuvas causou
mortalidade de enxames na região do Vale do Rio
Pardo. Produtores já diminuem a alimentação de
inverno dos enxames, mas o clima de maneira
geral não tem sido favorável pela pouca presença
de floradas, grande presença de chuvas e clima
frio para a época. Nesse momento poucos
produtores têm realizado colheita, mas com
tendência a se intensificar com a melhoria do
clima. Alguns produtores já começaram a oferecer
alimentação artificial para induzir a postura da
abelha rainha. Há boa procura de mel, porém a
disponibilidade ainda é pequena. Em Bagé, alguns
apicultores comercializam mel com empresas
exportadoras de Santa Catarina. O produto está
sendo comercializado com valores de R$ 15 a R$
20/kg, na venda direta ao consumidor. Na região
Sul o mel a granel está sendo comercializado de
R$ 7 em São Lourenço do Sul e a R$ 10 em Rio
Grande.
10
Piscicultura – Na região de Erechim, as carpas
estão sendo comercializadas em feiras, em média
ao preço de R$ 10 a 12/kg. Os tanques estão
cheios, pois tem chovido intensamente. Como o
inverno foi ameno, não houve problemas com a
sobrevivência dos peixes, mantendo-se os pesos
durante o período de frio. Os criadores estão
fazendo reservas de alevinos para povoamento
dos tanques e planejando o próximo ano.
Pesca artesanal na região Sul - O período de
defeso terminou na Lagoa dos Patos e começou
na Lagoa Mirim. Em Rio Grande, em função da
cheia da Lagoa dos Patos, a estimativa de pesca
para a safra 2015/2016 não é boa. Em Pelotas
segue-se pescando linguado e tainha, porém o
excesso de chuva preocupa muito os pescadores
em relação à safra de camarão. Em São José do
Norte, ocorre a safra da corvina. A Lagoa baixou,
possibilitando as atividades da pesca; porém
poucos pescadores estão conseguindo capturar
corvina, captura restrita somente à boca da Barra.
O maior volume da corvina capturada é de
tamanho pequeno. Em São Lourenço do Sul, o
destaque é a pesca da tainha.
Preços ofertados na região Sul
Mínimo - R$
Produto/espécie
/ kg
Bagre
3,00
Corvina
2,00
Jundiá
1,80
Linguado
5,50
Peixe-rei
2,50
Pintado
1,20
Tainha
2,50
Traíra
3,50
Máximo –
R$ / kg
5,00
4,50
6,00
7,00
3,20
1,60
3,50
4,50
11
ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
Produtos
Semana Atual
Semana
Anterior
Mês Anterior
Ano Anterior
12/11/2015
05/11/2015
15/10/2015
13/11/2014
Unidade
Médias dos Valores da Série
Histórica – 2010/2014
GERAL
NOVEMBRO
Arroz em Casca
50 kg
39,70
39,45
39,00
38,96
33,73
34,70
Feijão
60 kg
113,18
112,78
115,00
116,13
117,43
118,57
Milho
60 kg
28,33
27,86
26,98
25,00
26,11
26,83
Soja
60 kg
73,82
75,81
74,18
62,89
58,13
60,55
Sorgo Granífero
60 kg
22,40
22,07
21,80
20,77
21,74
21,72
Trigo
60 kg
33,03
33,21
31,75
27,40
30,51
30,38
Boi para Abate
kg vivo
4,88
4,88
4,81
4,75
3,74
3,72
Vaca para Abate
kg vivo
4,34
4,31
4,23
4,29
3,36
3,34
Cordeiro para Abate
kg vivo
5,09
5,11
5,15
4,68
4,22
4,57
Suíno Tipo Carne
kg vivo
3,15
3,15
3,18
3,91
2,95
3,16
Leite (valor liquido recebido)
litro
0,97
0,82
0,83
0,86
09/11 - 13/11
0,86
02/11 - 06/11
0,86
12/10 - 16/10
10/11 - 14/11
Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).
NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é
a média dos preços mensais do quinquênio 2010-2014 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica
2010-2014.
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Informativo Conjuntural 1371 de 12 11 15