EM PORTUGUÊS
MÉDICA
BIOQUÍMICA
MÉDICA
John W. Baynes MS, PhD e Marek H. Dominiczak, MD, FRCPath
3ªEDIÇÃO
• Oferece cobertura completa e atualizada dos mais
recentes conceitos da área.
Quadros
de Conceitos
Avançados
• Utiliza quadros clínicos e integra tópicos de medicina clínica no texto para mostrar como a bioquímica é
relevante para os problemas do dia a dia dos pacientes – ideal para cursos integrados baseados em problemas do cotidiano.
Quadros
de Exames
Clínicos
• Inclui quadros de conceitos avançados para cobertura em profundidade de tópicos importantes, incluindo
pesquisas recentes em bioquímica.
Ilustrações
Coloridas
• Incorpora formidáveis ilustrações coloridas, incluindo um sistema exclusivo de ícones que trazem a bioquímica à vida.
Questões
de Aprendizado
• Ajuda os estudantes a guardar informações usando
quadros de aprendizado ativo que testam o conhecimento no final de cada capítulo.
O resultado é um pacote completo para o estudante de medicina.
www.elsevier.com.br www.studentconsult.com.br
A compra deste livro permite acesso gratuito
ao www.studentconsult.com.br, que contém
perguntas e respostas comentadas, links integrados, todos os quadros do livro impresso e
banco de imagens. Além desses conteúdos em
português, também permite o acesso gratuito
ao conteúdo integral do livro em inglês no site
www.studentconsult.com
A aquisição desta obra habilita o acesso aos sites www.studentconsult.com e www.studentconsult.com.br. Os conteúdos publicados nestes sites permanecerão disponíveis até o lançamento
da próxima edição em inglês e português respectivamente desta obra ou até que esta edição
em inglês e português respectivamente não esteja mais disponível para venda pela Elsevier, o
que ocorrer primeiro.
John W. Baynes • Marek H. Dominiczak
BIOQUÍMICA
Quadros Clínicos
• Explica conceitos difíceis usando casos clínicos
para ajudar os estudantes a aplicar o conhecimento básico na medicina clínica.
3ªEDIÇÃO
MÉDICA
Este texto é ideal para apoiar o atual currículo de bioquímica, que mapeia o caminho
para futuros médicos, apresentando a ciência básica e a prática médica de forma
concisa e integrada. Organizado com características especiais, tais como Quadros
Clínicos, Quadros de Conceitos Avançados, Quadros de Exames Clínicos,
Ilustrações Coloridas e Questões de Aprendizado, mostra o conhecimento de forma
clara e com grande estilo visual, perfeito para os estudantes de medicina de hoje. Este
livro vem também com acesso ao site STUDENT CONSULT!
Características especiais
BIOQUÍMICA
Baynes
Dominiczak
Classificação de Arquivo Recomendada
BIOQUÍMICA
TRADUÇÃO DA 3ª EDIÇÃO
BIOQUÍMICA
MÉDICA
Médica
Bioquímica
TERCEIRA EDIÇÃO
Baynes000.indd i
12/13/2010 3:02:48 PM
BIOQUÍMICA
MÉDICA
TERCEIRA EDIÇÃO
John W Baynes PhD
Carolina Distinguished Professor Emeritus
Department of Chemistry and Biochemistry
GraduateSc ience Research Center
UniversityofSou thC arolina
Columbia,South Carolina
USA
Marek H Dominiczak MD FRCPath FRCP(Glas)
Professorint he MedicalFac ulty
UniversityofG lasgow
ConsultantBioc hemist
NHS Greater Glasgow and Clyde
GartnavelG eneral Hospital
Glasgow
UK
Baynes000.indd iii
12/13/2010 3:02:48 PM
Do original: Medical Biochemistry, Third edition
 1999, 2005 por Elsevier Limited
Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Mosby – um selo editorial Elsevier Inc.
ISBN: 978-0-323-05371-6
 2011 Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios
empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.
ISBN: 978-85-352-3561-6
Capa
Interface/Sergio Liuzzi
Editoração Eletrônica
Futura Assessoria e Serviços Ltda.
Elsevier Editora Ltda.
Conhecimento sem Fronteiras
Rua Sete de Setembro, nº 111 – 16º andar
20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
Rua Quintana, nº 753 – 8º andar
04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP
Serviço de Atendimento ao Cliente
0800 026 53 40
[email protected]
Preencha a ficha de cadastro no final deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lançamentos e promoções da Elsevier.
Consulte também nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br
NOTA
O conhecimento médico está em permanente mudança. Os cuidados normais de segurança devem ser seguidos, mas, como as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser necessárias
ou apropriadas. Os leitores são aconselhados a checar informações mais atuais dos produtos, fornecidas pelos fabricantes de cada fármaco
a ser administrado, para verificar a dose recomendada, o método e a duração da administração e as contraindicações. É responsabilidade do
médico, com base na experiência e contando com o conhecimento do paciente, determinar as dosagens e o melhor tratamento para cada
um individualmente. Nem o editor nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano ou perda a pessoas ou a propriedade
originada por esta publicação.
O Editor
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
B347b
Baynes, John
Bioquímica médica / John W. Baynes e Marek H. Dominiczak ; [tradução de Jacyara Maria
Brito Macedo... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2010.
il.
Tradução de: Medical biochemistry, 3rd ed
Apêndice
Inclui bibliografia e índice
ISBN 978-85-352-3561-6
1. Bioquímica clínica. I. Dominiczak, Marek H. II. Título.
09-4970.
Baynes000.indd iv
CDD: 612.015
CDU: 612.015
12/13/2010 3:02:48 PM
Sumário
1. Introdução ............................................ 1
6. Proteínas catalisadoras – Enzimas .... 59
J. W. Baynes e M. H. Dominiczak
Bioquímica e medicina clínica.............................................1
Bioquímica em duas páginas ...............................................1
Palavra final ........................................................................2
J. Fujii
Introdução.........................................................................59
Reações enzimáticas ..........................................................59
Cinética enzimática ...........................................................62
Mecanismos de ação das enzimas......................................64
Inibição enzimática ...........................................................65
Regulação da atividade enzimática ...................................68
Medida enzimática da glicose no sangue...........................70
2. Aminoácidos e Proteínas ...................... 5
N. Taniguchi
Introdução...........................................................................5
Aminoácidos .......................................................................5
Tampões ............................................................................10
Peptídios e proteínas ..........................................................11
Purificação e caracterização das proteínas .......................14
Análise da estrutura das proteínas....................................17
3. Carboidratos e Lipídios ..................... 23
J. W. Baynes
Introdução.........................................................................23
Carboidratos ......................................................................23
Lipídios ..............................................................................26
Estrutura das membranas biológicas ................................29
4. Sangue: Células e Proteínas
Plasmáticas ......................................... 33
W. D. Fraser
Introdução.........................................................................33
Plasma e soro ....................................................................33
Elementos figurados do sangue .........................................33
Proteínas plasmáticas .......................................................34
A resposta de fase aguda e proteína C reativa ...................40
5. Transporte de oxigênio ...................... 43
G. M. Helmkamp
Introdução.........................................................................43
Características das proteínas globinas de mamíferos ........43
Modulação alostérica da afinidade da hemoglobina
pelo oxigênio ..............................................................49
Tópicos selecionados .........................................................52
Baynes000.indd v
7. Hemostasia e Trombose . .................. 73
G. Lowe
Introdução.........................................................................73
Hemostasia . ......................................................................73
A parede do vaso ...............................................................75
Prostaciclina e óxido nítrico ..............................................75
Plaquetas ...........................................................................76
Coagulação . ......................................................................78
Fibrinólise ..........................................................................83
8. Membranas e Transporte .................. 87
M. Maeda
Introdução.........................................................................87
Tipos de processos de transporte .......................................87
9. Bioenergética e Metabolismo
Oxidativo ........................................... 97
L. W. Stillway
Introdução.........................................................................97
Oxidação como fonte de energia .......................................97
Energia livre ......................................................................98
Conservação de energia pelo acoplamento com
a adenosina trifosfato .................................................99
Síntese mitocondrial de trifosfato de adenosina
trifosfato a partir de coenzimas reduzidas ..................99
O sistema mitocondrial de transporte de elétrons .......... 101
Transferência de elétrons do NADH para a mitocôndria 104
Síntese de adenosina trifosfato – a hipótese
quimiosmótica ........................................................ 107
Inibidores do metabolismo oxidativo .............................. 111
Regulação da fosforilação oxidativa ............................... 113
12/13/2010 3:02:48 PM
vi
Sumário
10. Função do Trato Gastrointestinal . . 115
U. V. Kulkarni e I. Broom
Introdução...................................................................... 115
O trato gastrointestinal .................................................. 115
Digestão .......................................................................... 117
Digestão e absorção de carboidratos............................... 118
Digestão e absorção de lipídios ....................................... 121
Digestão e absorção de proteínas .................................... 124
11. Micronutrientes: Vitaminas e
Minerais............................................ 129
M. H. Dominiczak e I. Broom
Introdução...................................................................... 129
Vitaminas lipossolúveis .................................................. 129
Vitaminas hidrossolúveis ............................................... 130
Oligoelementos ............................................................... 140
12. Metabolismo Anaeróbico da Glicose
nos Er itrócitos .................................. 143
J. W. Baynes
Introdução...................................................................... 143
O eritrócito ..................................................................... 143
Glicólise .......................................................................... 144
Síntese de 2,3-bisfosfoglicerato ...................................... 149
A via das pentoses fosfato ............................................... 150
13. Armazenamento e Síntese de
Carboidratos no Fígado e no
Músculo ............................................ 155
J. W. Baynes
Introdução...................................................................... 155
Estrutura do glicogênio .................................................. 156
Via de glicogênese a partir da glicose sanguínea
no fígado ................................................................. 156
Via da glicogenólise no fígado......................................... 157
Regulação hormonal da glicogenólise hepática ............. 158
Mecanismo de ação do glucagon .................................... 158
Mobilização do glicogênio hepático pela epinefrina ....... 161
Glicogenólise no músculo ............................................... 163
Regulação da glicogênese ............................................... 164
Gliconeogênese ............................................................... 165
14. O Ciclo do Ácido Tricarboxílico ....... 173
L. W. Stillway
Introdução ... .................................................................. 173
Funções do ciclo do ácido tricarboxílico ......................... 173
Piruvato carboxilase....................................................... 175
O complexo piruvato desidrogenase ............................... 175
Enzimas e reações do ciclo do ácido tricarboxílico.......... 177
O rendimento energético do ciclo do ácido tricarboxílico182
Regulação do ciclo do ácido tricarboxílico ..................... 183
Reações anapleróticas (“preenchimento”) ..................... 183
Baynes000.indd vi
15. Metabolismo Oxidativo de Lipídios
no Fígado e no Músculo .................. 185
J. W. Baynes
Introdução...................................................................... 185
Ativação de ácidos graxos e seu transporte para a
mitocôndria............................................................. 185
Oxidação de ácidos graxos.............................................. 186
Cetogênese – uma via metabólica exclusiva do fígado . .. 189
16. Biossíntese e Armazenamento de
Ácidos G raxos .................................. 195
U. V. Kulkarni e I. Broom
Introdução...................................................................... 195
Síntese de ácido graxo . .................................................. 195
Alongamento do ácido graxo ......................................... 199
Dessaturação de ácidos graxos ....................................... 199
Ácidos graxos essenciais ................................................ 200
Armazenamento e transporte de ácidos graxos: a
síntese de triacilgliceróis ......................................... 200
Regulação dos estoques de gordura corporal total ......... 201
17. Biossíntese de Colesterol e
Esteroides ......................................... 205
M. H. Dominiczak e A. M. Wallace
Introdução ..................................................................... 205
Estrutura do colesterol ................................................... 206
Colesterol livre e esterificado .......................................... 206
Absorção intestinal de colesterol .................................... 206
Biossíntese de colesterol ................................................. 206
Ácidos biliares ................................................................ 211
Hormônios esteroides ..................................................... 213
Vitamina D3 .................................................................... 216
18. Lipoproteínas e Transporte de
Lipídios ............................................. 219
M. H. Dominiczak
Introdução...................................................................... 219
Lipoproteínas.................................................................. 219
Receptores de lipoproteína ............................................. 221
Enzimas e enzimas de transferência que participam
no metabolismo de lipoproteína .............................. 222
Vias do metabolismo da lipoproteína.............................. 222
Dislipidemias .................................................................. 225
Aterogênese .................................................................... 226
Avaliação do risco cardiovascular . ................................ 232
Controle clínico das dislipidemias .................................. 234
19. Biossíntese e Degradação de
Aminoácidos .................................... 237
Allen B. Rawitch
Introdução...................................................................... 237
12/13/2010 3:02:49 PM
Sumário
Metabolismo das proteínas da dieta e endógenas . ......... 237
Degradação de aminoácidos........................................... 239
Metabolismo dos esqueletos de carbono dos
aminoácidos ............................................................ 245
Biossíntese de aminoácidos . .......................................... 247
Doenças hereditárias do metabolismo de aminoácidos ......248
20. Músculo: Metabolismo Energético e
Contração ... ..................................... 253
J. A. Carson e J. W. Baynes
Introdução ... .................................................................. 253
Estrutura do músculo ..................................................... 254
O processo de contração ................................................. 257
Metabolismo energético do músculo .............................. 259
Desenvolvimento e regeneração do músculo ................. 262
vii
Avaliação da função renal .............................................. 315
Potássio .......................................................................... 316
Sistema renina-angiotensina . ....................................... 317
Integração da homeostase da água e do sódio ............... 321
24. Regulação da Concentração do
Íon Hidrogênio (Equilíbrio
Acidobásico) ..................................... 325
M. H. Dominiczak e M. Szczepanska-Konkel
Os sistemas tampões corporais ....................................... 325
Pulmões: a troca gasosa ................................................. 327
Como os rins lidam com o bicarbonato . ........................ 330
Distúrbios do equilíbrio acidobásico ... ........................... 331
25. Metabolismo do Cálcio e do Osso .. 337
21. Homeostase da Glicose e
Metabolismo Ener gético ................. 265
M. H. Dominiczak
Homeostase da glicose .................................................... 266
Insulina .......................................................................... 266
Hipoglicemia .................................................................. 274
Ciclo alimentação-jejum ................................................ 274
Metabolismo durante o estresse ..................................... 278
Diabetes melito ............................................................... 279
Avaliação laboratorial do metabolismo
energético e diabetes melito .................................... 284
Tratamento do diabetes . ................................................ 287
22. Nutrição e Balanço Energético ....... 291
M. H. Dominiczak
Introdução...................................................................... 291
Regulação da ingestão de alimentos .............................. 291
Regulação do balanço energético ................................... 292
Definições na ciência nutricional ................................... 294
Nutrigenômica . ............................................................. 295
Principais classes de nutrientes ...................................... 296
Nutrientes essenciais (limitantes) .................................. 298
Minerais ......................................................................... 298
Avaliação nutricional ..................................................... 299
Desnutrição .................................................................... 301
Obesidade ....................................................................... 302
Dieta na saúde e na doença ............................................ 303
Nutrição e doenças crônicas .......................................... 305
23. Homeostase da Água e de
Eletrólitos ......................................... 307
M. H. Dominiczak e M. Szczepanska-Konkel
Introdução...................................................................... 307
Água .............................................................................. 307
Osmolalidade .................................................................. 309
Rins .............................................................................. 312
Baynes000.indd vii
W. D. Fraser e M. H. Dominiczak
Estrutura óssea e remodelamento ósseo......................... 337
Metabolismo do cálcio .................................................... 339
Distúrbios do metabolismo do cálcio e do osso ............... 343
Doença metabólica óssea . .............................................. 347
26. Carboidratos Com plexos:
Glicoproteínas . ................................ 351
A. D. Elbein
Introdução...................................................................... 351
Estruturas e ligações....................................................... 351
Interconversões dos açúcares da dieta ........................... 355
Outras vias do metabolismo de açúcares nucleotídeos.......358
Biossíntese de oligossacarídeos ....................................... 360
Funções das cadeias de oligossacarídeos das
glicoproteínas.......................................................... 363
27. Lipídios Complexos ......................... 367
A. D. Elbein
Introdução...................................................................... 367
Síntese e turnover de glicerofosfolipídios ......................... 367
Esfingolipídios ................................................................. 370
Doenças do armazenamento lisossomal resultante
de defeitos na degradação de glicolipídios ..... ......... 372
Antígenos do grupo sanguíneo ABO .............................. 374
Outras substâncias dos grupos sanguíneos .................... 374
28. A Matriz Extracelular....................... 377
G. P. Kaushal, A. D. Elbein e W. M. Carver
Introdução...................................................................... 377
Colágenos ..... ................................................................. 377
Proteínas não colagenosas na matriz extracelular ......... 381
Proteoglicanos.. .............................................................. 384
12/13/2010 3:02:49 PM
viii
Sumário
29. Papel do Fígado no Metabolismo... 389
34. Regulação da Expressão Gênica ..... 447
A. F. Jones
Introdução...................................................................... 389
Estrutura do fígado ......................................................... 389
Fígado e metabolismo de carboidratos.. ......................... 391
Fígado e metabolismo proteico ....................................... 391
Síntese do heme .............................................................. 393
Metabolismo da bilirrubina ............................................ 393
Metabolismo de drogas ................................................... 395
Farmacogenômica .......................................................... 398
Genômica de doenças hepáticas ..................................... 399
Testes bioquímicos de função hepática........................... 399
Classificação de distúrbios hepáticos .............................. 400
J. R. Patton, D. M. Hunt e A. Jamieson
Introdução...................................................................... 447
Mecanismos básicos da expressão gênica....................... 447
Receptores de esteroides ................................................. 452
Estratégias alternativas de regulação gênica em
seres humanos ........................................................ 454
O Projeto Genoma Humano ........................................... 458
30. Biossíntese e Degradação de
Nucleotídeos .................................... 403
A. Gugliucci e R. Thornburg
Introdução...................................................................... 403
Metabolismo das purinas................................................ 403
Metabolismo das pirimidinas.......................................... 408
Formação de desoxinucleotídeos .................................... 409
31. Ácido Desoxirribonucleico ... .......... 413
R. Thornburg e A. Gugliucci
Introdução .... ................................................................. 413
Estrutura do ácido desoxirribonucleico . ........................ 413
O ciclo celular em eucariotos.......................................... 416
Reparo do DNA ... ........................................................... 419
32. Ácido Ribonucleico . ........................ 423
G. A. Bannon e R. Thornburg
Introdução ... .................................................................. 423
Anatomia molecular de moléculas de ácido
ribonucleico ............................................................ 424
Polimerases de ácido ribonucleico .................................. 426
Ácido ribonucleico mensageiro: transcrição .................. 427
Processamento pós-transcricional de ácidos
ribonucleicos ........................................................... 428
Degradação ou inativação seletiva do ácido ribonucleico ...432
33. Síntese e Reciclagem de
Proteínas .......................................... 435
J. R. Patton e G. A. Bannon
Introdução . .................................................................... 435
O código genético ........................................................... 435
A maquinaria de síntese proteica ... ............................... 436
O processo de síntese proteica ........................................ 439
Enovelamento de proteínas ............................................ 441
Direcionamento de proteínas e modificações póstraducionais ............................................................ 442
Baynes000.indd viii
35. Tecnologia do DNA Recombinante .. 461
W. S. Kistler, R. G. Best e A. Jamieson
Introdução...................................................................... 461
Hibridização ................................................................... 461
Amplificação e clonagem do ácido desoxirribonucleico . ...467
Métodos específicos empregados na análise do ácido
desoxirribonucleico ................................................. 472
Sequenciamento do ácido desoxirribonucleico .............. 477
36. Genômica, Proteômica e
Metabolômica .................................. 481
A Pitt e W Kolch
Introdução . .................................................................... 481
Genômica . ..................................................................... 482
Proteômica .... ................................................................ 490
Metabolômica ................................................................ .494
37. Oxigênio e Vida ............................... 499
J. W. Baynes
Introdução...................................................................... 499
A não reatividade do oxigênio . ...................................... 499
Espécies reativas de oxigênio e estresse oxidante ............ 500
Espécies reativas de nitrogênio ....................................... 502
A natureza do dano causado por radicais de oxigênio ... 502
Defesas antioxidantes ..................................................... 503
Os efeitos benéficos das espécies reativas de oxigênio ... . 505
38. A Resposta Imune ............................ 509
J. A. Gracie e A. Farrell
Introdução . .................................................................... 509
Resposta imune inata ..................................................... 509
Resposta imune adaptativa ............................................ 512
Linfócitos . ...................................................................... 513
Moléculas envolvidas em reconhecimento antigênico .......513
Complexo principal de histocompatibilidade . ................ 514
Os tecidos linfoides ......................................................... 515
Células apresentadoras de antígenos ............................. 516
Reação, resposta e a eliminação dos antígenos .............. 517
A resposta das células T .... ............................................. 518
A resposta imune humoral específica . ........................... 519
Vacinação ..... ................................................................. 520
12/13/2010 3:02:49 PM
Sumário
39. Endocrinologia Bioquím ica ............. 525
42. Neurotransmissores......................... 579
R. K. Semple e F. F. Bolander Jr.
Introdução...................................................................... 525
Hormônios ... .................................................................. 525
Princípios da ação hormonal ......................................... 526
Avaliação bioquímica da ação hormonal ....................... 529
Principais tipos de patologia endócrina.......................... 529
O sistema regulador hipotálamo-pituitária .................... 531
O eixo hipotálamo-pituitária-tireoide . ........................... 532
O eixo hipotálamo-pituitária-adrenal ............................ 536
O eixo hipotálamo-pituitária-gônodas ........................... 538
O eixo do hormônio do crescimento ............................... 544
O eixo da prolactina........................................................ 547
S. Heales
Introdução...................................................................... 579
Definição de neurotransmissor....................................... 579
Classificação dos neurotransmissores ............................ 579
Neurotransmissão .......................................................... 580
Classes de neurotransmissores ....................................... 583
40. Receptores de Membrana e
Transdução de Sinal ........................ 551
M. M. Harnett e H. S. Goodridge
Introdução...................................................................... 551
Receptores de hormônios ............................................... 551
Receptor acoplado à transdução de sinal intracelular ... 553
Segundos mensageiros ................................................... 554
41. Neuroquímica................................... 569
E. J. Thompson
Introdução...................................................................... 569
O encéfalo e os nervos periféricos ................................... 569
As células do sistema nervoso ........................................ 570
Transmissão sináptica .................................................... 572
O mecanismo da visão .................................................... 575
Baynes000.indd ix
ix
43. Homeostasia Celular: Crescimento
Celular, Diferenciação e Câncer ...... 593
M. M. Harnett e H. S. Goodridge
Introdução...................................................................... 593
O ciclo celular ................................................................. 593
Fatores de crescimento ................................................... 594
Regulação do ciclo celular .............................................. 597
Apoptose......................................................................... 600
Câncer ............................................................................ 603
44. Envelhecimento ............................... 609
J. W. Baynes
Introdução...................................................................... 609
Teorias do envelhecimento ............................................. 611
Modelos genéticos de aumento da expectativa de vida... 615
Intervenções antienvelhecimento – O que funciona e o que
não funciona ........................................................... 617
Apêndice: Seleção de Faixas de Referência de Laboratório
Clínico ..................................................................... 621
Yee Ping Teoh e M. H. Dominiczak
Índice.............................................................................. 629
12/13/2010 3:02:49 PM
Prefácio
Temos o prazer de apresentar a terceira edição de Bioquímica
Médica. Tem sido uma gratificação ver os textos das edições anteriores serem adotados em um número cada vez maior de universidades pelo mundo. Na terceira edição, nossas metas permanecem as mesmas: proporcionar uma base para o estudo da
medicina clínica – com a máxima relevância prática. O objetivo
é ajudar a moldar um clínico cientificamente informado.
A terceira edição foi mais uma vez amplamente atualizada.
Os capítulos sobre lipídios, bioquímica endócrina e homeostase da glicose foram reescritos e os sobre regulação da expressão gênica e tecnologia do DNA recombinante foram atualizados para incluir os recentes avanços nestes campos que estão
em rápida evolução. Também recrutamos vários novos autores para proporcionar uma nova perspectiva na cobertura de
alguns tópicos complexos como biossíntese de proteínas e de
nucleotídeos, DNA e RNA. Adicionamos um novo capítulo sobre sistemas bioquímicos, as “ômicas”: genômica, proteômica
e metabolômica, para complementar capítulos que já existem
sobre biotecnologia e expressão gênica. Todos os capítulos foram revisados com ênfase na clareza da apresentação. Fomos
também incisivos em remover assuntos redundantes ou desatualizados. As referências da literatura foram completamente
atualizadas e existem agora muito mais referências nos sites
relevantes. Nesta edição, retiramos o Banco de Questões (Autoavaliação), porque esse recurso e muitos outros estão disponíveis no site da Elsevier: www.studentconsult.com, para o
qual o leitor é direcionado para consulta.*
Incluímos muitas referências cruzadas novas: as quais levam o leitor a assuntos relacionados e casos clínicos, em diferentes capítulos do livro. Dessa forma, os Quadros Clínicos, de
Exames Clínicos ou de Conceitos Avançados complementam o
texto em diferentes capítulos. Lembrar, entretanto, que o uso
dessas referências cruzadas é opcional: cada capítulo é uma
história independente.
Nesta edição o leitor verá maior ênfase nos sistemas de sinalização e cascatas de reações de regulação. Centralizamos
nessas vias complexas porque a regulação da transdução de
sinal promove um potencial enorme para o desenvolvimento
de novas terapias. Uma palavra de atenção: em breve o leitor
notará que a terminologia na expressão gênica e sinalização
é muitas vezes difícil para não especialistas (bem como para o
especialista!). Muitos nomes de genes e fatores de transcrição
são enigmáticos, na melhor das hipóteses. Os que temos aqui
incluídos não são para serem memorizados, mas para proporcionar uma imagem coerente e um modelo baseado em fatos
para outros sistemas biológicos reguladores.
A força desse livro é que ele reúne (esperamos alegremente)
aspectos da bioquímica “convencional” com uma quantidade
substancial de biologia molecular. Nosso julgamento sobre a
quantidade incluída de cada um foi impulsionado pelo pragmatismo: a relevância de determinado tema para a prática da
medicina de hoje.
O texto aborda diversas interfaces interdisciplinares, sendo a mais importante entre a bioquímica e biologia molecular. Existem outras: os capítulos sobre água e metabolismo de
eletrólitos e sobre equilíbrio acidobásico, no tradicional ensino
associado à fisiologia. Acreditamos, entretanto, que eles são
essenciais para o entendimento da bioquímica na medicina.
Incluímos também uma quantidade substancial de bioquímica “diagnóstica” (clínica), a qual ilumina a interpretação
de testes comumente usados na prática clínica. Isso não faz
apenas o livro mais valioso para um estudante de medicina,
mas estende sua utilidade ou para aqueles com base médica
ou científica, que pretendam prosseguir uma carreira em medicina laboratorial.
Esperamos que o livro ofereça ao leitor uma ampla perspectiva em bioquímica e em seu potencial futuro. Se isso for alcançado, é porque nossos colaboradores representam um grupo
amplo com muitos conhecimentos – incluindo pesquisadores
envolvidos em pesquisa básica de vanguarda, tanto quanto clínicos experientes, que gastam a maior parte do seu tempo em
enfermarias e ambulatórios. Portanto, acreditamos que uma
avaliação clássica de um livro de bioquímica médica não se
aplica aqui: este não é um livro no qual médicos teorizam sobre
a ciência, ou cientistas, sobre a prática clínica, é um trabalho
integrado que realmente combina pesquisa e prática.
Esperamos que esta seja uma agradável leitura. Estamos
ansiosos para ouvir seus comentários e sugestões.
Nota do Editor: As perguntas e respostas também estão disponíveis em português no www.studentconsult.com.br.
Baynes000.indd xi
12/13/2010 3:02:49 PM
Colaboradores
Gary A Bannon PhD
Marek H Dominiczak MD FRCPath FRCP(Glas)
Director
Section on Protein Analytics
Regulatory Division
Monsanto
St Louis, MO, USA
Professor in the Medical Faculty
University of Glasgow;
Consultant Biochemist
cNHS Greater Glasgow and Clyde
Gartnavel General Hospital
Glasgow, UK
John W Baynes PhD
Carolina Distinguished Professor Emeritus
Department of Chemistry and Biochemistry
Graduate Science Research Center
University of South Carolina
Columbia, SC, USA
Robert Best PhD
Professor
Division of Medical Genetics
School of Medicine
University of South Carolina
Columbia, SC, USA
Alan D Elbein PhD
Professor and Chair
Department of Biochemistry and Molecular Biology
University of Arkansas for Medical Sciences
Little Rock, AR, USA
Alex Farrell FRCPath (deceased)
Formerly Consultant Immunologist; Head of
Department of Clinical Immunology, Immunopathology,
Histocompatibility and Immunogenetics
Western Infirmary
Glasgow, UK
Franklyn F Bolander Jr MD PhD
Associate Professor in Biological Sciences
Department of Biological Sciences
University of South Carolina
Columbia, SC, USA
Iain Broom MBChB MIBiol FRCPath FRCP
Professor of Clinical Biochemistry; Consultant in Clinical
Biochemistry and Metabolic Medicine
The Robert Gordon University
School of Life Sciences
Aberdeen, UK
James A Carson PhD
Associate Professor
Department of Exercise Science
University of Southern Carolina
Columbia, SC, USA
Wayne M Carver PhD
Associate Professor
Department of Cell and Developmental Biology and
Anatomy
University of South Carolina
School of Medicine
Columbia, SC, USA
Baynes000.indd xiii
William D Fraser BSc MD MRCP FRCPath
Professor of Clinical Biochemistry
Department of Clinical Chemistry
Royal Liverpool University Hospital
Liverpool, UK
Junichi Fujii PhD
Professor
Department of Biomolecular Function
Graduate School of Medical Science
Yamagata University
Yamagata, Japan
Peter J Galloway DCH FRCP (Edin) FRCPath
Consultant Chemical Pathologist
NHS Greater Glasgow and Clyde
Yorkhill Hospital for Sick Children
Glasgow, UK
Helen S Goodridge BSc PhD
Research Scientist
Immunobiology Research Institute
Cedars-Sinai Medical Center
Los Angeles, CA, USA
12/13/2010 3:02:49 PM
xiv
Colaboradores
J Alastair Gracie BSc PhD
W Stephen Kistler PhD
Senior University Teacher
Division of Immunology, Infection and Inflammation
Glasgow Biomedical Research Centre
University of Glasgow
Glasgow, UK
Professor of Biochemistry
Department of Chemistry
University of South Carolina
Columbia, SC, USA
Alejandro Gugliucci MD PhD
Professor of Biochemistry
Touro University
Vallejo, CA, USA
Margaret M Harnett BSc PhD
Professor of Immune Signalling
Division of Immunology, Infection and Inflammation
Glasgow Biomedical Research Centre
University of Glasgow
Glasgow, UK
Walter Kolch MD DR MED HAB
Professor of Molecular Cell Biology
Beatson Institute for Cancer Research
Glasgow, UK
Utkarsh V Kulkarni MBBS MD MRCP DipRCPath
Senior Research Fellow
Centre for Obesity Research and Epidemiology
The Robert Gordon University
Aberdeen, UK
Gordon Lowe MD FRCP
Simon Heales PhD FRCPath
Consultant Clinical Scientist
Department of Clinical Biochemistry
National Hospital for Neurology and Neurosurgery
London, UK
Professor of Vascular Medicine
Division of Cardiovascular Medical Sciences
University of Glasgow
Royal Infirmary
Glasgow, UK
George M Helmkamp Jr PhD
Masatomo Maeda PhD
Professor of Biochemistry
Department of Biochemistry and Molecular Biology
University of Kansas School of Medicine
Kansas City, KS, USA
Professor of Pharmaceutical Sciences
Laboratory of Biochemistry and Molecular Biology
Graduate School of Pharmaceutical Sciences
Osaka University
Osaka, Japan
D Margaret Hunt BA PhD
Associate Professor
Department of Pathology and Microbiology
University of South Carolina School of Medicine
Columbia, SC, USA
Andrew Jamieson MBChB(Hons) PhD FRCP(Glas)
Consultant Physician
Department of Medicine
Hairmyres Hospital
East Kilbride, UK
Associate Professor
Department of Pathology, Microbiology and
Immunology
School of Medicine
University of South Carolina
Columbia, SC, USA
Andrew Pitt BSc DPhil
Consultant Physician and Chemical Pathologist
Department of Clinical Biochemistry and Immunology
Birmingham Heartlands and Solihull NHS Trust
Birmingham, UK
Director
Sir Henry Wellcome Functional Genomics Facility;
Senior Lecturer
Department of Integrative and Systems Biology
University of Glasgow
Glasgow, UK
Gur Prasad Kaushal PhD
Allen B Rawitch PhD
Professor of Medicine
Department of Medicine, Division of Nephrology
University of Arkansas for Medical Sciences
Little Rock, AR, USA
Professor of Biochemistry and Molecular Biology
Office of Academic Affairs
University of Kansas Medical Center
Kansas City, KS, USA
Alan F Jones DPhil FRCP FRCPath
Baynes000.indd xiv
Jeffrey R Patton PhD
12/13/2010 3:02:49 PM
Colaboradores
Peter F Semple MD FRCP
Yee Ping Teoh MBDS MRCP DipRCPath
Senior Lecturer; Consultant Physician
Department of Medicine and Therapeutics
University of Glasgow
Western Infirmary
Glasgow, UK
Consultant Chemical Pathologist
Department of Medical Biochemistry
Wrexham Maelor Hospital
Wrexham, UK
xv
Edward J Thompson PhD MD DSc FRCPath FRCP
Robert K Semple PhD MRCP
Wellcome Trust Clinician Scientist Fellow
Department of Clinical Biochemistry
Cambridge University
Cambridge, UK
Professor of Neurochemistry
Department of Neuroimmunology
Institute of Neurology
National Hospital for Nervous Diseases
London, UK
L William Stillway PhD
Robert Thornburg PhD
Professor of Biochemistry and Molecular Biology
Department of Biochemistry and Molecular Biology
Medical University of Southern Carolina
Charleston, SC, USA
Mirosława Szczepaùska-Konkel PhD
Professor of Clinical Biochemistry
Laboratory of Cellular and Molecular Nephrology
Polish Academy of Sciences Medical Research Centre
Medical School of Gdansk
Gdansk, Poland
Professor of Biochemistry
Department of Biochemistry, Biophysics and Molecular
Biology
Iowa State University
Ames, IA, USA
A Michael Wallace BSc MSc PhD FRCPath
Professor, University of Strathclyde
Consultant Clinical Scientist
Department of Clinical Biochemistry
Royal Infirmary
Glasgow, UKContributorsColaboradores
Naoyuki Taniguchi MD PhD
Professor
Department of Biochemistry
Osaka University Medical School
Osaka, Japan
Baynes000.indd xv
12/13/2010 3:02:49 PM
Dedicatória
John Baynes
A todos os coautores, que têm contribuído com suas experiências e orientações à bioquímica médica
Marek Dominiczak
A meus professores, H. Gemmel Morgan e Stefan Angielski
A Anna, meus pais e Peter Jacob
A meus alunos e estagiários
A todos que moldarão o futuro da bioquímica
Baynes000.indd xvii
12/13/2010 3:02:49 PM
Agradecimentos
Agradecemos os colaboradores desta edição por seus esforços
e conhecimentos técnicos e por lidar com os muitos pedidos
dos editores. Agradecemos os novos colaboradores desta edição: Wayne Carver, Alistair Gracie, Alejandro Gugliucci, Walter Kolch, Utkarsh Kulkarni, Jeffrey Patton e Yee Ping Teoh.
Novamente agradecemos Peter Semple, pela verificação dos
quadros clínicos, e Peter Galloway, pela revisão e contribuição
com muitos casos pediátricos para a segunda edição. Ficamos
muito tristes com a morte prematura de Alex Farrell, que escreveu o capítulo original sobre o sistema imune.
Agradecemos nossos estudantes por seus comentários, os
quais partilham conosco nos laboratórios de ensino, em palestras e tutoriais, e pelas revisões, sugestões e críticas postadas
Baynes000.indd xix
na internet. Também estamos em falta com muitos médicos e
enfermeiros com os quais nos encontramos nas visitas às enfermarias, especialmente os membros da equipe de nutrição, em
Glasgow, onde discussões multidisciplinares canalizaram conhecimentos em diferentes áreas para assistência ao paciente.
Agradecemos a equipe da Elsevier – Alex Stibbe, Kate Dimock, Nani Clansey e Kerrie-Anne McKinlay – que habilmente orientou esta edição desde a ideia inicial, por meio da escrita
e provas, até a publicação. Somos gratos aos artistas, pelos
seus persistentes esforços na preparação das ilustrações, e aos
revisores Anne Powell e Punella Theakes, pelo rigor. Tal como
antes, apreciamos muito o inestimável apoio de secretariado
da Sra. Jacky Gardiner, em Glasgow.
12/13/2010 3:02:49 PM
Abreviaturas
A
Å
AADC
ABC
ABP
AC
Ac
ACAT
ACE
Acetil-CoA
ACh
ACP
ACTase
ACTH
ADAR
ADC
ADH
ADH
ADP
AFP
AG
AGE
AGE
AGL
AHF
AICAR
AIDS
AINES
AIR
ALDH
ALE
ALL
ALP
ALT
AMD
AMG
AML
AMP
AP-1
APC
APO-1
apoA, B etc.
APRT
APTT
ARDS
ASO
AST
ATCase
ATF
ATM
ATP
ATPase
Baynes000.indd xxi
adenina
ângstrom (medida de comprimento)
aminoácido aromático descarboxilase periférica
região no transportador que liga ATP (ATP
binding cassete)
proteína de ligação de androgênios
anidrase carbônica
adenilato ciclase [Ca]
accilcolesterol aciltransferase
enzima conversora de angiotensina [ECA]
acetilcoenzima A
acetilcolina
proteína carreadora de acil
aspartato carbamiltransferase
hormônio adrenocorticotrópico
adenosina desaminase que atua sobre o RNA
complexo da demência ligada à AIDS
álcool desidrogenase
hormônio antidiurético (também conhecido
como AVP)
difosfato de adenosina
alfafetoproteína [αFP]
ácidos graxos
ácidos graxos essenciais
produto final de glicosilação avançada
ácidos graxos livres
fator anti-hemofílico
5-aminoimidazol-4-carboxamida
ribonucleotídeo
síndrome da imunodeficiência adquirida [SIDA]
anti-inflamatório não esteroidal [NSAID]
5-aminoimidazol ribonucleotídeo
aldeído desidrogenase
produto final de lipoxidação avançada
leucemia linfoblástica aguda
fosfatase alcalina [FA]
alanina aminotransferase
degeneração macular relacionada à idade
gene da amelogenina
leucemia mieloblástica aguda [LMA]
monofosfato de adenosina
proteína ativadora 1
célula apresentadora de antígeno
receptor Fas do domínio da morte
apoproteína A, B etc.
adenosina fosforribosil transferase
tempo de tromboplastina parcialmente ativada
[TPTA]
síndrome da insuficiência respiratória aguda
[SARA]
oligonucleotídeo alelo-específico
aspartato aminotransferase [TGO]
aspartato transcarbamilase
fator de ativação da transcrição
gene mutado da ataxia telangiectasia
trifosfato de adenosina
enzima que hidrolisa o ATP
AVP
AZT
2,3-BPG
BAC
Bcl-2
BCR
BH4
bp
BrdU
BUN
bw
C
CA
Ca
CAD
CAIR
CAM
cAMP
CaSR
CAT
CBG
CCVD
CD
CDGS
CDK
CDKI
cDNA
CDP
CERP
CETP
CFDA SE
CFTR
cGMP
CGRP
CID ou CIVD
cit
CITP
CK ou CPK
CML
CML(V)
CMP
CNS
CNV
CoA
COAD ou COPD
CODIS
COMT
CoQ10
COX-1
argininovasopressina (igual a hormônio
antidiurético)
3’-azido-3’-desoxitimidina
2,3-bifosfoglicerato
cromossomo bacteriano artificial
proteína 2 de linfoma de célula B
região de quebra (breakpoint cluster region)
tetraidrobiopterina
par de bases
bromodesoxiuridina
nitrogênio ureico, equivalente à ureia (não é
sinônimo)
peso corporal
citosina
anidrase carbônica [AC]
adenilato ciclase [Ac]
endonuclease dependente de caspase
carboxiaminoimidazol ribonucleotídeo
calmodulina
AMP cíclico (AMPc)
receptor sensível ao cálcio
catalase
globulina de ligação de corticosteroides
canais de cálcio voltagem-dependente (ou
dependentes de voltagem) [VDCC]
designação de cluster: sistema de classificação
para moléculas de superfície celular
síndromes da glicoproteína deficiente em
carboidrato
cinase dependente de ciclina
inibidor da cinase dependente de ciclina
DNA complementar a um mRNA
difosfato de citidina
proteína reguladora do efluxo de colesterol
proteína de transferência de éster de colesterol
diacetato de carboxifluoresceína succinimidil
éster não fluorescente
regulador da condutância transmembrana da
fibrose cística
GMP cíclico (GMPc)
peptídio relacionado com o gene da calcitonina
coagulação intravascular disseminada [DIC]
citocromo
peptídeo de extensão do terminal carboxílico do
pró-colágeno
creatina cinase
leucemia mieloide crônica [LMC]
células musculares lisas (vasculares)
monofosfato de citidina
sistema nervoso central [SNC]
variação de número de cópias
coenzima A
doença pulmonar obstrutiva crônica [DPOC]
sistema combinado de índices de DNA
catecol-O-metiltransferase
coenzima Q10 (ubiquinona)
ciclo-oxigenase-1
12/13/2010 3:02:49 PM
xxii
Abreviaturas
CPD
CPI
CPK ou CK
CPS I, II
CPT I, II
CRBP
CRE
CREB
CRGP
CRH
CRP
CS
CSF
CSF-1
CT
CTP
CTX
CVS
CVS
Da (Dalton)
DAG
DAPI
dATP
DBP
DCC
ddATP
DDC
ddCTP
ddGTP
ddNTP
ddTTP
DEAE
DEXA
DGGE
DHAP
DHFR
DHPR
DHT
DIC
DIPF
DMID
DMNID
DNA
DNP
dNTP
Dol-P
Dol-PP-GlcNAc
DOPA
DPOC
DPPC
DRPLA
dsRNA
DVT
EBV
ECA
ECF
ECM
EDRF
EDTA
EF-1,2
EF2
EGF
eIF-3
ELK
EM
EMSA
Baynes000.indd xxii
complexo piruvato desidrogenase
ilha de CpG
creatina fosfocinase
carbamoil fosfato sintetase I, II
carnitina palmitiltransferase I, II
proteína citosólica de ligação de retinal
elemento de resposta ao AMP cíclico
proteína de ligação do elemento responsivo ao
AMP cíclico
gene do peptídeo relacionado à calcitonina
hormônio de liberação de corticotropina
proteína C-reativa
citrato sintase
líquido cerebroespinhal [LCR]
fator estimulante de colônia 1
calcitonina
trifosfato de citidina
telopeptídeo carboxiterminal do colágeno
biópsia de vilosidade coriônica
célula vermelha do sangue [RBC]
unidade de massa molecular dos aminoácidos
diacilglicerol
4’-6’-diamidino-fenilindol-2HCl
trifosfato de desoxiadenosina
proteína de ligação da vitamina D
gene de “deleção no carcinoma de cólon”
trifosfato de didesoxiadenosina
2’-3’-didesoxicitidina
trifosfato de didesoxicitidina
trifosfato de didesoxiguanosina
trifosfato de didesoxirribonucleosídeo
trifosfato de didesoxitimidina
dietilaminoetil
absortometria de energia dupla de raios X
eletroforese em gel com gradiente de
desnaturante
fosfato de di-hidroacetona
di-hidrofolato redutase
di-hidrobiopterina redutase
di-hidrotestosterona
coagulação intravascular disseminada [CID ou
CIVD]
diisopropilfosfofluoreto
diabetes melito insulino-dependente
diabetes melito não insulino-dependente
[NIDDM]
ácido desoxirribonucleico
2,4-dinitrofenol
desoxirribonucleotídeo trifosfato
dolicol fosfato
dolicol pirofosfato-N-acetilglicosamina
di-hidroxifenilalanina
doença pulmonar obstrutiva crônica [COAD ou
COPD]
dipalmitilfosfatidilcolina
atrofia dentato-rubro-pálido-luisiana
RNA de dupla fita
trombose venosa profunda
vírus Epstein-Barr
enzima conversora de angiotensina [ACE]
líquido extracelular [LEC]
matriz extracelular [MEC]
fator de relaxamento derivado do endotélio
(N0)
ácido etilenodiaminotetracético
fator de alongamento da tradução
fator de alongamento de célula eucariótica
fator de crescimento epidérmico
fator de iniciação da tradução de célula
eucariótica(-3)
tipo de fator de transcrição
espectrometria de massa [MS]
ensaio de mudança de mobilidade eletroforética
eNOS
EPA
EPO
ER
ERK
ERN
ERO
ESI MS
ESR
FACIT
FAD
FADD
FADH2
FAICAR
FAP
Fas
F-ATPase
FBPase
FCγR
FDP
FGAR
FGF
FHH
FI
FISH
FMN
FMNH2
FP
FRA16A
FRAXA
Fru-1,6-BP
Fru-2,6-BP
Fru-2,6-BPase
Fru-6-P
FSF
FSH
FT
G
G3PDH (GAPDH)
G6PDH
GABA
GAG
Gal
Gal-1-P
GalNAc
GalNH2
GAP
GAPDH
GAR
GDH
GDP
GDP-D-Man
GDP-L-Fuc
GDP-Man
GFAP
GGT ou γGT
GH
GHRH
GIP
GIT
GK
Glc
Glc-1-P
Glc-6-P
Glc-6-Pase
GlcN-6-P
GlcNac
óxido nítrico sintase endotelial
ácido eicosapentaenoico
eritropoetina
retículo endoplasmático [RE]
cinase regulada extracelularmente
espécies reativas do nitrogênio [RNS]
espécies reativas do oxigênio [ROS]
espectrometria de massa com ionização tipo
electrospray
taxa de sedimentação de eritrócitos (glóbulos
vermelhos)
colágeno associado à fibrila com triplas hélices
interrompidas
flavina adenina dinucleotídeo
proteína acessória do “domínio da morte”
flavina adenina dinucleotídeo reduzido
5-formoilaminoimidazol-4-carboxamida
ribonucleotídeo
polipose adenomatosa familiar [PAF]
molécula de sinalização da apoptose: proteína
acessória do “domínio da morte” (CD95)
ATPase do tipo associada a um fator
frutose bifosfatase
grupo de receptores de imunoglobulinas
produto de degradação da fibrina
formoilglicinamida ribonucleotídeo
fator de crescimento dos fibroblastos
hipercalcemia hipocalciúrica familiar
fator intrínseco
hibridização in situ por fluorescência
flavina mononucleotídeo
flavina mononucleotídeo reduzido
flavoproteínas
sítio A do 16 frágil
síndrome do X frágil
frutose-1,6-bifosfato
frutose-2,6-bifosfato
frutose-2,6 bifosfatase
frutose-6-fosfato
fator estabilizador da fibrina
hormônio folículo-estimulante
fator de transcrição (com qualificador) [TF]
guanina
gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase
glicose-6-fosfato desidrogenase
ácido γ-aminobutírico
glicosaminoglicana
galactose
galactose-1-fosfato
N-acetilgalactosamina
galactosamina
proteína ativadora da guanosina trifosfatase
gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase
glicinamida ribonucleotídeo
glutamato desidrogenase
difosfato de guanosina
difosfato de guanosina-D-manose
difosfato de guanosina-L-fucose
difosfato de guanosina-manose
proteína ácida fibrilar glial
gamaglutamiltransferase/transpeptidase
hormônio do crescimento
hormônio liberador do hormônio do
crescimento
peptídeo insulinotrópico glicose-dependente
trato gastrointestinal [TGI]
glicocinase
glicose
glicose-1-fosfato
glicose-6-fosfato
glicose-6-fosfatase
glicosamina-6-fosfato
N-acetilglicosamina
12/13/2010 3:02:49 PM
Abreviaturas xxiii
GlcNAc-1-P
GlcNAc-6-P
GlcNH2
GlcUA
GLP-1
GLUT
GM1
GMP
GnRH
GPI
GPIb-IXa etc.
GPx
GRE
GSH
GSSG
GTP
GTPase
5-HIAA
5-HT
HAC
HAT
Hb, HB ou HGB
HbA1c
HbF
HCG
HCM
Hct
HDAC
HDL
HGF
HGF-R
HGPRT
HHV-8
HIV
HLA
HLH
HMG
HMWK
HNPCC
hnRNA
HPLC
HPT
HRE
HRG
HRT
HSP
HSV
HTGL
HTH
HVA
HVD
ICAM-1
ICAT
ICF
ICTP
IDDM
IDL
IdUA
IFN(-γ)
Ig
IGF
IGF-I
IL
IMB
IMC
IMP
Inr
IP1, I-1-P1, I-4-P1 etc.
IP2, I-1, 3-P2, I-1, 4-P2
IP3
IP3, I-1, 4, 5-P3
Baynes000.indd xxiii
N-acetilglicosamina-1-fosfato
N-acetilglicosamina-6-fosfato
glicosamina
ácido-D-glicurônico
peptídeo 1 semelhante ao glucagon
transportador da glicose (GLUT-1-GLUT-5)
monossialogangliosídeo 1
monofosfato de guanosina
hormônio liberador de gonadotropina
glicosilfosfatidilinositol
receptor glicoproteico 1b-IXa etc.
glutationa peroxidase
elemento responsivo a glicocorticoides
glutationa reduzida
glutationa oxidada
trifosfato de guanosina
guanosina trifosfatase
ácido 5-hidroxiindolacético
5-hidroxitriptamina
cromossomo humano artificial
histona acetiltransferase
hemoglobina
hemoglobina glicosilada
hemoglobina fetal
gonadotropina coriônica
hipercalcemia associada à malignidade
hematócrito [Ht]
histona desacetilases
lipoproteína de alta densidade [HDL]
fator de crescimento de hepatócito
receptor do fator de crescimento de hepatócito
hipoxantina-guanina fosforribosiltransferase
herpesvírus humano 8
vírus da imunodeficiência humana
antígeno leucocitário humano (sistema de)
hélice-alça-hélice (motivo)
hidroximetilglutaril
cininogênio de alto peso molecular
câncer de colo e reto hereditário sem polipose
ácido ribonucleico heteronuclear
cromatografia líquida de alta eficiência
hiperparatireoidismo
elemento de resposta ao hormônio
glicoproteína rica em histidina
terapia de reposição hormonal [TRH]
proteína de choque térmico (heat shock protein)
vírus da herpes simples
triglicerídeo lipase hepática
hélice-volta-hélice (motivo)
ácido homovanílico
vírus da hepatite D
molécula 1 de adesão intracelular
marcador de afinidade codificado com isótopo
líquido intracelular [LIC]
telopeptídeo carboxi-terminal do colágeno tipo
1
diabetes melito tipo I (abreviatura substituída
por diabetes melito tipo I)
lipoproteína de densidade intermediária
ácido L-idurônico
interferon-γ
imunoglobulina
fator de crescimento de insulina
fator de crescimento I semelhante à insulina
interleucina (IL-1 – IL-29)
índice de metabolismo basal
índice de massa corpórea
monofosfato de inositina
iniciador (sequência de um gene)
monofosfato de inositol
difosfato de inositol
inositol 1,4,5-trifosfato
trifosfato de inositol
IP4, I-1, 3, 4, 5-P4
IRE
IRE-BP
IRMA
ITAM
ITIM
JAK
JNK
K
Kb
Kbp
KCCT
KIP2
Km
LACI
LCAT
LCR
LDH
LDL
LEC
LH
LIC
LMA
LMC
LPL
LPS
LRP-LDL
MAG
Malonil-CoA
Man
Man-1-P
Man-6-P
MAO
MAPK
Mb
MCH
MCHC
MCP-1
M-CSF-R
MCV
MD
MDH
MDR
MEC
MEK
MEN-IIA
MeSH
met-tRNA
MGUS
MHC
miRNAs
MPO
mRNA
MRP
MS
MSH
MSUD
MyoD
Na+/K+-ATPase
NABQI
NAC
NAD +
NADH
tetrafosfato de inositol
elemento responsivo ao ferro
proteína de ligação do IRE
ensaio imunorradiométrico
domínio de ativação do imunorreceptor tipo
tirosina cinase
domínio de inibição do imunorreceptor tipo
tirosina cinase
Janus cinase
cinase do N-terminal de Jun
constante de equilíbrio
quilobase
par(es) de quilobase(s)
tempo de coagulação do caulim-cefalina
molécula reguladora do ciclo celular
constante de Michaelis
inibidor da coagulação associado à lipoproteína
lecitina-colesterol aciltransferase
líquido cerebroespinhal [CSF]
lactato desidrogenase
lipoproteína de baixa densidade
líquido extracelular [ECF]
hormônio luteinizante
líquido intracelular [ICF]
leucemia mieloblástica aguda [AML]
leucemia mieloide crônica [CML]
lipoproteína lipase
lipopolissacarídeo
proteína relacionada ao receptor de LDL
monoacilglicerol
malonil-coenzima A
manose
manose-1-fosfato
manose-6-fosfato
monoamina oxidase
proteína cinase ativada por mitógeno (uma
superfamília de cinases transdutoras de sinal)
mioglobina
hemoglobina corpuscular média
concentração de hemoglobina corpuscular
média [CHCM]
proteína 1 quimioatraente de monócito
receptor do fator estimulante de colônia de
macrófagos
volume corpuscular médio [VCM]
distrofia miotônica
malato desidrogenase
resistência múltipla às drogas
matriz extracelular [ECM]
cinase de proteína cinase ativada por mitógeno
neoplasia endócrina múltipla tipo II
2-mercaptoetanol
metionil-tRNA
gamapatia monoclonal de significado
indeterminado
complexo maior de histocompatibilidade
microRNAs
mieloperoxidase
ácido ribonucleico mensageiro
proteína associada à resistência múltipla às
drogas
espectrometria de massa [EM]
hormônio estimulador dos melanócitos
doença da urina de xarope de bordo
fator transportador específico da célula
muscular
transportador de sódio e potássio
contragradiente, com gasto de ATP
N-acetilbenzoquinoneimina
N-acetilcisteína
nicotinamida adenina dinucleotídeo (oxidado)
nicotinamida adenina dinucleotídeo (reduzido)
12/13/2010 3:02:49 PM
xxiv
Abreviaturas
NADP+
NADPH
NANA
ncRNA
NEFA
NF
NF-II
NGF
NIDDM
NLS
NMDA
NO
NOS
NPY
1,25(OH)2D3
NSAID
NT
NTX
OAA
OGTT
8-oxo-G
8-oxo-Gua
OPG
ORC
OxS
P1CP
p38RK
Pa
PAF
PAGE
PAI-1
PAPS
P-ATPase
3-PG
PC
PC
PCP
PCR
PD
PDE
PDF
PDGF
PDGF-R
PDH
PDK
PE
PEP
PEPCK
PF3
PFGE
PFK-1 (-2)
PGG2 etc.
PGI2
PGK
PGM
PHHI
PHP
pI
Pi
PI
PI
PI-3-K
PICP
PINP
Baynes000.indd xxiv
nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato
(oxidado)
nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato
(reduzido)
ácido N-acetilneuramínico (ácido siálico)
RNA não codificador muito pequeno
ácidos graxos não esterificados
fator nuclear
neurofibromatose tipo II
fator de crescimento de nervo
diabetes melito não insulino-dependente
[DMNID]
sinal de localização nuclear
N-metil-D-aspartato
óxido nítrico
óxido nítrico sintase
neuropeptídeo Y
1,25-di-hidroxivitamina D3
anti-inflamatório não esteroidal [AINES]
nucleotídio (como medida de tamanho/
comprimento de um ácido nucleico)
telopeptídeo amino-terminal do colágeno
oxaloacetato
teste de tolerância oral à glicose [TTOG]
8-oxo-2’-desoxiguanosina
8-oxodesoxiguanosina
osteoprotegerina
complexo de reconhecimento da origem
estresse oxidante
pró-peptídeo carboxi-terminal do pró-colágeno
tipo 1
cinase de reativação p38
pascal
fator de ativação de plaquetas
eletroforese em gel de poliacrilamida
inibidor do ativador de plasminogênio tipo 1
fosfoadenosina fosfossulfato
ATPase do tipo fosforilação
3-fosfoglicerato
fosfatidilcolina
piruvato carboxilase
fenilciclidina
reação em cadeia da polimerase
proteína desacopladora [UCP]
fosfodiesterase
produto de degradação de fibrina
fator de crescimento derivado de plaquetas
receptor de PDGF
piruvato desidrogenase
cinase dependente de trifosfato de
fosfatidilionsitol
fosfatidil etanolamina
ácido fosfoenolpirúvico
fosfoenolpirvato carboxicinase
fator plaquetário 3
eletroforese em gel de campo pulsado
fosfofrutocinase-1 (-2)
prostaglandina G2 etc.
prostaciclina I2
fosfogliceratocinase
fosfoglicomutase
hipoglicemia hiperinsulinêmica persistente da
infância
pseudo-hipoparatireoidismo
ponto isoelétrico
fosfato inorgânico
fosfatidilinositol
iodeto de propídio
fosfatidilinositol-3-cinase
peptídeo de extensão aminoterminal do prócolágeno
pró-peptídeo aminoterminal do pró-colágeno
tipo 1
PIP2/PIP3
PK
PKA/PKC
PKR
PKU
PL
PLA/PLC
PLP
PLT
PMA
PNPO
PNS
PPAR
PPi
PRL
PrP
PRPP
PS
PT
PTA
PTGS
PTH
PTHrP
PTK
PTPase
PWS
PXSRN
Py
Py2CAPy5
qBH2
QS
R
RABP
RAIDD
RANK
RANKL
Rb
RBC
RDS
RE
RER
RFLP
RGD
RIP
RKK
RM
RMN
RNA
RNAi
RNAPol II
RNR
RNS
ROS
RRX
RS
RSV
RT-PCR
S
SACAIR
SAM
SAP1
SAPK
SARA
SCA I
SCA III
SCAP
SCID
bifosfato/trifosfato de fosfatidilinositol
piruvato cinase
proteína cinase A/C
proteína cinase ativada por dsRNA
fenilcetonúria
fosfolipase A etc.
fosfolipase A/C
fosfato de piridoxal
plaquetas
ácido forbol mirístico
pirodox(am)ina-5’-fosfato oxidase
sistema nervoso periférico [SNP]
receptor ativado por agentes que estimulam a
proliferação de peroxissomos
pirofosfato inorgânico
prolactina (PL)
proteína príon
5-fosforribosil-α-pirofosfato
fosfatidilserina
tempo de protrombina
antecedente da tromboplastina plasmática
silenciamento gênico pós-transcricional
paratormônio
proteína relacionada ao paratormônio
proteína tirosina cinase
fosfotirosina fosfatase
síndrome de Prader-Willi
sequência peptídica prolina-X-serina-argininaasparagina
base pirimidina (numa sequência de
nucleotídeo)
Py-base pirimidínica; C-citidina; A-adenosina
di-hidrobiopterina quinonoide
sulfato de queratano (queratan sulfato)
receptor (com qualificador, não isolado)
proteína de ligação específica do ácido retinoico
proteína acessória do “domínio da morte”
ativador do receptor de NFκB
ligante do RANK
proteína do retinoblastoma
hemácia [CVS]
síndrome da disfunção respiratória
retículo endoplasmático [ER]
retículo endoplasmático rugoso
polimorfismo de comprimento de fragmento de
restrição
sequência peptídica arginina-glicina-aspartato
proteína acessória do “domínio da morte”
homólogo p38RK de MEK
ressonância magnética
ressonância magnética nuclear
ácido ribonucleico
RNA de interferência
RNA polimerase II
ribonucleotídeo redutase
espécies reativas do nitrogênio [ERN]
espécies reativas do oxigênio [ERO]
receptor X retinoico
retículo sarcoplasmático
vírus respiratório sincicial
PCR em tempo real
svedberg (unidade)
5-aminoimidazol-4-(N-succinilocarboxamida)
ribonucleotídeo
S-adenosilmetionina
tipo de fator de transcrição
proteína cinase ativada por estresse
síndrome da insuficiência respiratória aguda
[ARDS]
ataxia espinocerebelar
doença de Machado-Joseph
proteína de ativação da clivagem de SREBP
imunodeficiência combinada grave
12/13/2010 3:02:49 PM
Abreviaturas
SCIDS
scuPA
SD
SDS
SDS-PAGE
SEK
SER
SER
SERBP
SERM
ser-P
SGLT
SH
SH2
SHBG
SHP
SIADH
siRNA
SNC
snoRNA
snoRNP
SNP
SNP
snRNA
SNRPN
SOD
SPCA
SRBP
Src
SRE
SRP
SSBP
SSCP
SSRI
STAT
STR
SUR
T
T3
T4
TAG
TAP
TAP
TB
TBG
TBP
3TC
TC
TCA
TCR
tcuPA
TdT
TF
TFPI
Baynes000.indd xxv
síndrome de imunodeficiência combinada
grave
ativador do plasminogênio do tipo urinário de
cadeia única
desvio padrão
sódio dodecil sulfato
eletroforese em gel de poliacrilamida com sódio
dodecil sulfato
homológo SAPK de MEK
retículo endoplasmático liso
elemento responsivo a esteroide
proteína de ligação ao elemento de resposta a
esteroide
modulador seletivo dos receptores de estrogênio
serina-fosfato
transportador de glicose acoplado ao Na+
(simporte)
hormônio esteroide (figuras somente)
região-2 de homologia a Src
globulina de ligação de hormônios sexuais
fosfatase contendo o domínio SH2
síndrome da secreção inadequada do hormônio
antidiurético
pequeno RNA de interferência
sistema nervoso central [CNS]
pequeno RNA nucleolar
ribonucleoproteína nucleolar pequena
sistema nervoso periférico [PNS]
polimorfismos de base única
RNA nuclear pequeno
proteína ribossomal nuclear pequena N
superóxido dismutase
acelerador sérico de conversão de protrombina
proteína sérica de ligação ao retinal
tipo de proteína tirosina cinase
elemento de resposta a esteroide
partícula de reconhecimento de sinal
proteína que se liga ao DNA de fita simples
polimorfismo conformacional de fita simples
inibidor seletivo da recaptação de serotonina
transdutor de sinal e ativador da transcrição
pequena repetição in tandem
receptor da sulfonilureia
timina
triiodotironina
tiroxina
triacilglicerol (triglicerídeo)
tempo de atividade de protrombina
transportador de peptídeo no RE associado à
apresentação de antígeno
tuberculose
globulina transportadora de hormônio da
tireoide
proteína de ligação ao TATA
2’3’-didesoxi-3’-tiacitidina
tomografia computadorizada
ácido tricarboxílico
receptor de antígeno de célula T
urocinase (forma mais ativa de cadeia dupla)
desoxinucleotidil transferase terminal
fator de transcrição (com qualificador) [FT]
inibidor da via do fator tecidual
TG
TGF(-β)
TGI
THF
TIM
TK
Tm
Tmax
TMME
TMMI
Tn
TNF
TNF-R
TOM
tPA
TRADD
TRAF
TRAFS
TRH
tRNA
TSH
TT
TTF1
TTOG
TTP
Túbulo T
TXA2
U
UCP
UDP
UDP-Gal
UDP-GalNAc
UDP-Glc
UDP-GlcNAc
UDP-GlcUA
UMP
uPA
UPRTase
UV
VCAM-1
VDCC
VEGF
VHS
VIP
VLDL
VNTR
VSV
vWF
WAF1
XIST
XMP
XO
XP
X-SCID
YAC
ZP3
xxv
triacilglicerol (triglicerídeo)
fator β da transformação do crescimento
trato gastrointestinal [GIT]
tetraidrofolato
translocase na membrana mitocondrial interna
[TMMI]
timidina cinase
temperatura de desnaturação do DNA
velocidade máxima de transporte
translocase na membrana mitocondrial
externa [TOM]
translocase na membrana mitocondrial interna
[TIM]
troponina
fator de necrose tumoral
receptor do fator de necrose tumoral
translocase na membrana mitocondrial
externa [TMME]
ativador do plasminogênio do tipo tecidual
proteína acessória com “domínio da morte”
fator citoplasmático associado ao TNF-R
proteína acessória com “domínio da morte”
hormônio liberador da tireotropina
RNA de transferência
hormônio tireoestimulante (tireotropina)
tempo de trombina
fator de terminação de transcrito 1
teste de tolerância oral à glicose [OGTT]
trifosfato de timidina
túbulo transversal
tromboxano A2
uridina
proteína desacopladora [PD]
difosfato de uridina
UDP-galactose
UDP-N-acetilgalactosamina
UDP-glicose
UDP-N-acetilglicosamina
UDP ácido glicurônico
monofosfato de uridina
ativador do plasminogênio do tipo urinário
uracilfosforribosiltransferase
ultravioleta
molécula 1 de adesão de células vasculares
canais de cálcio voltagem-dependente (ou
dependentes de voltagem) [CCVD]
fator de crescimento endotelial vascular
velocidade de hemossedimentação
peptídeo intestinal vasoativo
lipoproteína de muito baixa densidade
repetição in tandem de número variável
vírus da estomatite vesicular
fator de von Willenbrand
regulador do ciclo celular
transcrito específico do X inativo
monofosfato de xantina
xantina oxidase
xeroderma pigmentosum
imunodeficiência combinada grave ligada ao X
cromossomo artificial de levedura
glicoproteína 3 da zona pelúcida
12/13/2010 3:02:49 PM
xxvi
REVISÃO CIENTÍFICA
Aline Simões Fraga (Cap. 42)
Professora Substituta Auxiliar do Departamento de Bioquímica
do Instituto de Biologia Alcantara Gomes da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Doutora em Biociências pela UERJ
Mestre em Biociências Nucleares pela UERJ
Marcia Cristina Paes (Caps. 9, 14 e 15)
Professora Adjunta e Procientista do Departamento de
Bioquímica do Instituto de Biologia da UERJ
Pós-doutorado pela University of Bath, Reino Unido
Doutora em Química Biológica pela UFRJ
Mestre em Química Biológica pela UFRJ
Amanda Chaves Pinho (Caps. 5 e 41)
Mestre em Biologia pela UERJ
Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas pela UERJ
Docente Substituta Auxiliar (de 08/2007 a 02/2008) do
Departamento de Bioquímica do Instituto de Biologia Roberto
Alcantara Gomes da UERJ
Marsen Garcia Pinto Coelho (Cap. 4)
Professora Associada do Departamento de Bioquímica do
Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ
Coordenadora de pesquisa e de captação de recursos do Instituto
de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ
Doutora em 1988 pela UFRJ
Mestre em 1979 pela UFRJ
Ana Maria Rossini Teixeira (Caps. 2, 3, 12 e 13)
Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica do Instituto
de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ
Doutora em Ciências pela UERJ
Artur Pedro do Carmo Moes (Cap. 28)
Doutorando em Biologia pela Pós-graduação em Biociências da
UERJ
Mestre em Biologia pela Pós-graduação em Biociências Nucleares
da UERJ
Graduado em Ciências Biológicas pela Fundação Educacional da
Região dos Lagos, RJ
Cintia Fernandes de Souza (Caps. 36 e 40)
Mestre em Biologia Parasitária pelo Instituto Oswaldo Cruz/
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), RJ
Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Biologia da UERJ
Fabiana Siqueira Ribeiro (Caps. 34, 37 e Índice)
Professora Docente I do Estado do Rio de Janeiro
Doutora e Mestre em Biologia (Biociências Nucleares) pela UERJ
Frederico Freire Bastos (Cap. 11)
Professor Substituto do Departamento de Bioquímica do Instituto
de Biologia da UERJ
Doutor e Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-graduação
em Biologia da UERJ
Jacyara Maria Brito Macedo (Caps. 7, 31, 32, 35 e 43)
Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica do Instituto
de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ
Pós-doutorado nas áreas de Virologia Molecular e Tecnologia
Enzimática pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ)
PhD em Genética pela Universidade de Leeds, Reino Unido
Mestre em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela
UFRJ
Kátia Costa de Carvalho Sabino (Caps. 1, 16, 18 e 26)
Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica da UERJ
Doutora em Biologia pela UERJ
Baynes000.indd xxvi
Monica Farah Pereira (Caps. 8, 10 e 33)
Doutora e Mestre em Biologia pela UERJ
Natalia Pereira de Almeida Nogueira (Caps. 22, 27, 44 e
Apêndice)
Professora Substituta do Departamento de Bioquímica da UERJ
Mestre em Química Biológica pelo Instituto de Bioquímica
Médica da UFRJ
Rafael Ferreira Dantas (Cap. 25)
Professor Substituto Auxiliar do Departamento de Bioquímica do
Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ
Doutor em Biociências pela UERJ
Mestre em Biociências Nucleares pela UERJ
Sergio R. Dalmau (Caps. 17, 20, 30, 38 e 39)
Professor Adjunto do Departamento de Bioquímica do Instituto
de Biologia da UERJ
Coordenador do Curso de Bioquímica para Medicina (2000-10)
da UERJ
Visiting Research Fellow do Swiss Institute for Cancer Research
1983, Lausanne, Suíça
Doutor em Biologia Celular e Molecular (1996) pelo Instituto
Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), RJ
Mestre em Bioquímica (1983) pelo Instituto de Química da UFRJ
Tatiana de Almeida Simão (Caps. 19, 21, 23 e 24)
Professor Adjunto do Departamento de Bioquímica do Instituto
de Biologia Roberto Alcantara Gomes da UERJ
Doutor e Mestre em Biologia (Biociências Nucleares) pela UERJ
Vera Lúcia Freire da Cunha Bastos (Caps. 6 e 29)
Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica do Instituto
de Biologia da UERJ
Coordenadora de Graduação do Instituto de Biologia da UERJ
Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em
Biologia da UERJ
Mestre em Ciências pelo Curso de Pós-graduação do
Departamento de Bioquímica do Instituto de Química da UFRJ
Visiting Research Assistant da University of Alberta, Canadá
12/13/2010 3:02:49 PM
316
Homeostase da Água e de Eletrólitos
à quantidade recuperada na urina (isto é, a concentração urinária, Uin, multiplicada pela taxa da formação de urina, V).
Pin x TFG = Uin x V
Dessa fórmula podemos calcular a TFG:
TFG = Uin x V/ Pin
cleadas e é produzido numa taxa constante. Devido a seu pequeno tamanho e seu ponto isoelétrico básico, a cistatina C é filtrada
livremente através dos glomérulos. Não é secretada pelos túbulos, e, embora seja reabsorvida, é subsequentemente catabolizada, logo, não retorna para o sangue. Sua concentração é afetada
pela idade. Outros fatores, independente da TFG, como a reação
inflamatória, podem afetar a concentração de cistatina C.
A TFG média é 120 mL/min para homens e 100 mL/min
para mulheres. O clearance renal da inulina é igual à TFG.
POTÁSSIO
As dosagens de ureia e creatinina no soro são os primeiros
testes realizados na pesquisa do diagnóstico de doença renal
É fundamental monitorar a concentração de potássio em
pessoas com alterações hidroeletrolíticas
Administrar intravenosamente inulina sempre que se precisar
avaliar a TFG é impraticável. Na prática clínica, se usa determinar
o clearance da creatinina, um composto derivado da fosfocreatina
presente nos músculos esqueléticos. O clearance da creatinina é
semelhante ao da inulina. Embora alguma creatinina seja reabsorvida nos túbulos renais, isto é compensado por uma secreção
tubular equivalente. Para calcular o clearance da creatinina, é
necessário obter uma amostra de sangue e a urina coletada durante 24 horas. A concentração da creatinina no soro e na urina
é medida. A taxa de excreção urinária é calculada dividindo-se o
volume urinário total pelo tempo de coleta (V, anteriormente). O
clearance da creatinina é então calculado segundo a fórmula:
Clearance da creatinina = U[creatinina] x V
P[creatinina]
onde:
P [creatinina] = concentração da creatinina no soro
U[creatinina]= concentração da creatinina na urina
V = taxa de excreção urinária (ml/min).
A taxa de excreção urinária é calculada dividindo-se o volume urinário de 24 horas pelo tempo de coleta em minutos (no
caso, 24h = 1.440 minutos).
A concentração de creatinina no soro é de 20-80 mmol/L
(0,28-0,90 mg/dL). Um aumento na concentração sérica de
creatinina reflete uma diminuição da TFG: a concentração da
creatinina sérica dobra quando a TFG diminui aproximadamente 50%. Outro teste usado para avaliar a função renal é a medida da ureia sérica. No entanto, como a ureia é um produto final
do catabolismo proteico, sua quantidade plasmática também é
dependente de fatores como a quantidade de proteína ingerida
na dieta (Cap. 22) e a taxa de degradação tecidual.
Na prática clínica, as determinações no soro de creatinina
e ureia consistem em testes de primeira linha no diagnóstico
da insuficiência renal (Fig. 23.14). A insuficiência renal leva a
uma redução do volume urinário e do clearance da creatinina e
aumento na concentração sérica de ureia e creatinina. Recentes avanços em testes laboratoriais incluem a padronização da
dosagem de creatinina, criando-se um método, a ser usado em
laboratório clínico, semelhante a um método de referência que
utiliza espectrometria de massa com um isótopo diluído.
TAXA DE FILTRAÇÃO
GLOMERULAR ESTIMADA
O clearance da creatinina muda com a idade, superfície corporal,
sexo e raça. Além disso, a relação entre TFG e concentração de
creatinina pode ser diferente entre pessoas sadias e pacientes com
doença renal. Atualmente, os cálculos da TFG estão sendo aperfeiçoados incluindo-se na fórmula a concentração de creatinina no
soro, assim como os fatores idade, sexo e peso. Não existem evidências, até o momento, que esta TFG estimada identifique melhor
o risco de redução da função renal do que as dosagens séricas.
Contudo, esta determinação pode ser útil para monitorar a doença
renal uma vez que ela já tenha sido diagnosticada.
Os valores de creatinina sérica precisam ser interpretados no
contexto do histórico clínico, exame do paciente e resultados de
outros testes laboratoriais.
–O
–O
P
Músculo
O
NH
HN
N
H3C
H
N
HN
Pi
H2O
COO–
O
N
H3C
Creatinina
Creatina fosfato
Creatinina 500
plasmática
(μmol/L) 400
300
50 Ureia
Redução
da função
renal
plasmática
(mmol/L)
30
20
200
100
40
Faixa de
referência
10
5
A concentração de cistatina C é outro marcador da taxa de
filtração glomerular
A cistatina C é uma proteína de 13 kDa, 122 aminoácidos, que
pertence à família dos inibidores de cisteína proteinases. É um
produto de gene constitutivo expresso em todas as células nu-
Baynes023.indd Sec1:316
Fig. 23.14 As concentrações de ureia e creatinina no soro são importantes
marcadores da função renal. O esquema superior mostra a conversão da fosfocreatina muscular em creatinina. A perda da função de 50% dos néfrons resulta
aproximadamente na duplicação da concentração dos níveis séricos de creatinina.
12/13/2010 3:09:12 PM
Sistema renina-angiotensina
Osmolalidade
A dosagem da concentração sérica de potássio é muito importante clinicamente (Fig. 23.15). A concentração normal do
potássio no soro é 3,5-5 mmol/L. Como a concentração intracelular do potássio é muito maior do que no plasma, alterações
relativamente pequenas na concentração de potássio entre o
LEC e o LIC podem resultar em alterações importantes em sua
concentração no soro. Tanto concentrações baixas quanto altas de potássio (hipocalemia e hipercalemia, respectivamente)
podem colocar a vida em risco. Concentrações de potássio inferiores a 2,5 mmol/L ou acima de 6,0 mmol/L são perigosas. O
monitoramento da concentração de potássio em pessoas com
desordens hidroeletrolíticas é de fundamental importância. A
causa mais comum de hipercalemia grave é a insuficiência renal: nesta condição, o potássio não pode ser adequadamente
excretado na urina. Por sua vez, a concentração sérica de potássio baixa resulta de perdas excessivas ou na urina ou através
do trato gastrointestinal. Os rins contribuem com mais de 90%
da perda do potássio corporal. Alterações na concentração do
potássio no soro também estão associadas a alterações acidobásicas (Cap. 24).
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA
O sistema renina-angiotensina controla a pressão sanguínea e o tônus vascular
Ingestão de potássio: Dieta
LIC
K+= 110 mmol/L
LEC
faixa de referência = 3,5-5,0 mmol/L
Perda de potássio: Urina,
líquidos intestinais (diarreia), drenagem cirúrgica no pós-operatório
Concentração
plasmática de
potássio mmol/L
mmol/L
6,0
Perigo! (hipercalemia)
5,0
4,0
Faixa de referência
3,0
2,0
Perigo! (hipocalemia)
1,0
317
A renina é produzida principalmente no aparelho justaglomerular do rim; é armazenada em grânulos secretores e liberada
em resposta a uma redução na pressão de perfusão renal. A
renina é uma protease que usa o angiotensinogênio como seu
substrato. O angiotensinogênio é uma glicoproteína com mais
de 400 aminoácidos, é sintetizado no fígado e seus diferentes
derivados apresentam estrutura e peso molecular variáveis. A
renina forma a angiotensina pela clivagem do angiotensinogênico. A angiotensina I é um peptídeo com 10 aminoácidos e
consiste em um substrato para a peptidil-dipeptidase A (enzima
conversora de angiotensina; ECA). A ECA remove dois aminoácidos da angiotensina I, produzindo angiotensina II. Esta reação
também pode ser catalisada por enzimas como quimase e catepsina. Outra forma de angiotensina, angiotensina 1-9, é formada
pela isoforma da ECA (ECA2) e é subsequentemente degradada
a angiotensina 1-7. Esta última também pode ser formada da
angiotensina II por endopeptidases. O sistema renina-angiotensina encontra-se ilustrado na Figura 23.16.
Os receptores de angiotensina são importantes na patogênese da doença cardiovascular
A angiotensina II induz constrição do músculo liso vascular, consequentemente aumentando a pressão sanguínea e reduzindo o
fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular. Também
estimula a liberação de aldosterona e a proliferação das células do
músculo liso vascular pela ativação de receptores AT1, os quais
sinalizam através de proteínas G e fosfolipase C (Fig. 23.17). Geralmente, a ativação do receptor AT1 tem efeitos que promovem
a doença cardiovascular: estimulação da resposta inflamatória,
deposição de matriz extracelular, geração de espécies reativas do
oxigênio (ERO) e efeito pró-trombótico. Estas ações são antagonizadas pela ativação dos receptores AT2, que induzem vasodilatação por meio da estimulação da produção de óxido nítrico,
promovem perda de sódio e inibe a proliferação das células musculares lisas vasculares. As ações da angiotensina (1-7), a qual
age por meio do receptor denominado Mas (ela também pode se
ligar a AT1 e AT2), também parecem ser cardioprotetoras.
Drogas que inibem a ECA são atualmente muito usadas no
tratamento da hipertensão e insuficiência cardíaca (Fig. 23.17
e quadro da pág. 66)
Quantidades substanciais de angiotensina II são formadas
no rim. As células justaglomerulares contêm ECA, angiotensina I e angiotensina II. A angiotensina II também é sintetizada
nas células glomerulares e tubulares e é secretada no líquido
tubular e no espaço intersticial. Os receptores da angiotensina
II estão presentes nas células tubulares e células vasculares
renais: assim, a angiotensina II produzida localmente talvez
influencil a reabsorção tubular e o tônus vascular renal pelas
ações autócrina e parácrina.
0
Aldosterona
Fig. 23.15 Equilíbrio do potássio. A concentração plasmática do potássio
é mantida dentro de limites estreitos. Tanto concentrações baixas (hipocalemia) como elevadas (hipercalemia) podem ser perigosas, porque o potássio afeta a contratilidade do músculo cardíaco. O painel superior mostra as
principais vias de perda de potássio.
Baynes023.indd 317
A aldosterona regula a homeostasia do sódio e do potássio
A aldosterona é o principal hormônio mineralocorticosteroide no
homem e é produzida no córtex adrenal. Ela regula o volume ex-
12/13/2010 3:09:12 PM
318
Homeostase da Água e de Eletrólitos
Angiotensinogênio (1-255)
Renina
ECA 2
Angiotensina I (1-10)
Inibidores
da ECA
–
Angiotensina I (1-9)
Endopeptidase
ECA
ECA
Angiotensina II (1-8)
ECA
Angiotensina II (1-5)
Angiotensina II (1-7)
ECA 2
Endopeptidase
Carboxipeptidase
–
Bloqueadores do
receptor da angiotensina
Receptores de angiotensina II
tipo 1 (AT1)
Suprarrenals
da reabsorção renal de sódio
da excreção urinária
de potássio
Receptores de angiotensina II
tipo 2 (AT2)
Rim
TFG
fluxo sanguíneo
renal
Receptor Mas
Músculo liso
vascular
Contração
Proliferação
Miocárdio
Contratilidade
SNC
Liberação de epinefrina
Liberação de norepinefrina
Também;
da produção de ERO
de deposição de matriz na
camada íntima
Fig. 23.16 O sistema renina-angiotensina. A renina converte o angiotensinogênio em angiotensina I. A angiotensina I é posteriormente convertida em
angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA). Ela também fornece outros peptídeos angiotensina. Ações celulares das angiotensinas são
mediadas por receptores tipo 1 (AT1), tipo 2 (AT2) e receptores Mas, que se ligam à angiotensina (1-7). O sistema renina-angiotensina é um alvo para as
duas principais classes de drogas anti-hipertensivas: inibidores da ECA (p. ex., ramipril, enalapril) e antagonistas do receptor AT1 (p. ex., losartan). Os inibidores da ECA são também largamente utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca. CMLV, células musculares lisas vasculares; SNC, sistema nervoso
central. *Receptor AT1 bloqueado pelo losartan. **Receptor AT2 bloqueado pela saralasina. ERO: espécie reativa de oxigênio.
tracelular e tônus vascular, e controla o transporte renal de sódio
e potássio. A aldosterona se liga ao receptor do mineralocorticoide citosólico nas células epiteliais, principalmente no ducto coletor renal. O receptor se move para o núcleo e se liga a domínios
específicos em genes-alvo, alterando a expressão gênica.
A aldosterona regula a Na+/K+-ATPase tanto pelo mecanismo de curta quanto pelo de longa duração e também regula transportadores como Na+/H+ tipo 3 no túbulo proximal, o
cotransportador Na+/Cl- no túbulo distal e o canal de sódio na
célula epitelial do ducto coletor. O resultado final é um aumento
Baynes023.indd 318
na reabsorção de sódio e secreção aumentada de potássio e íon
hidrogênio.
O hiperaldosteronismo é um fator comum na hipertensão
O aldosteronismo primário ocorre como resultado de uma atividade adrenal anormal e é raro. Pode resultar de um tumor
adrenal isolado, um adenoma (síndrome de Conn). O hiperaldosteronismo secundário, mais frequente, é devido a uma secreção aumentada de renina. Os feocromocitomas são tumores
secretores de catecolaminas que causam hipertensão em cerca
12/13/2010 3:09:12 PM
Sistema renina-angiotensina
Complexo do receptor
de angiotensina II
Membrana
celular
Canal de Ca2+
AT1R
PLC Gp
PIP2
Citosol
DAG + IP3
Ca 2+
Ca2+
SR
Relaxamento
da CMLV
MLCK inativa
Fosforilação
MLC
MLC
Contração
da CMLV
Defosforilação
Fosfatase
CMLV
Fig. 23.17 Vasoconstrição induzida pela angiotensina II. O receptor
de angiotensina (AT1R) está acoplado a proteínas G. A ligação de angiotensina II com o receptor leva à formação de inositol 1,4,5-trifosfato (IP3)
e 1,2-diacilglicerol (DAG) mediada pela fosfolipase C. Isto mobiliza Ca2+
do retículo sarcoplasmático (SR) e estimula a entrada do Ca2+ extracelular
através da ativação de canais de cálcio. O aumento do Ca2+ citosólico inicia
a resposta contrátil das células musculares lisas vasculares. O Ca2+ subsequentemente se liga à calmodulina (Cal). O complexo Ca2+-calmodulina
ativa a quinase de cadeia leve da miosina (MLKC), que fosforila as cadeias
leves da miosina e provoca tensão muscular. Este efeito é terminado pela
defosforilação da miosina (Cap. 20). Antagonistas dos receptores AT1,
como a losartana, inibem os efeitos vasoconstritores da angiotensina II e
são usados no tratamento da hipertensão. AT1R: Receptor de angiotensina
AT1; DAG, 1,2,diacilglicerol; CMLU: célula muscular lisa vascular, MLCK:
quinase de cadeia leve de miosina; Cal: calmodulina.
de 0,1% dos pacientes hipertensos. É importante diagnosticar
corretamente um feocromocitoma porque ele pode ser removido cirurgicamente (Cap. 43 e quadro da pág. 66).
Peptídeos natriuréticos
Os peptídeos natriuréticos são marcadores importantes
da insuficiência cardíaca
Uma família de peptídeos conhecida como peptídeos natriuréticos está envolvida na regulação do volume de líquidos do
corpo. Os dois peptídeos principais são o peptídeo natriurético
atrial (ANP) e o peptídeo natriurético cerebral (BNP). O ANP
Baynes023.indd 319
UTILIDADE DIAGNÓSTICA DOS
PRÓ-PEPTÍDEOS DO PEPTÍDEO
NATRIURÉTICO CEREBRAL (BNP)
Em vez de dosar as formas ativas dos peptídeos natriuréticos no
plasma, é mais conveniente determinar os pró-peptídeos presentes
no plasma em quantidades equimolares às espécies ativas. O pró-BNP
(1-76) alcança níveis mais altos do que o BNP 32 na insuficiência cardíaca. De forma semelhante, o pró-ANP (1-98) possui meia-vida mais
longa no plasma do que o ANP 1-28 biologicamente ativo, estando
presente, portanto, em concentrações mais altas na circulação.
Calmodulina
Ca2+-Cal
MLCK ativa
319
A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
LEVA À REDUÇÃO ABRUPTA
DO DÉBITO URINÁRIO E
CONCENTRAÇÃO AUMENTADA
DE UREIA E CREATININA NO SORO
Um homem com 25 anos de idade foi admitido no hospital inconsciente após um acidente de motocicleta. Ele apresentava evidências de choque como hipotensão e taquicardia, fratura craniana e
diversas lesões nos membros. Apesar do tratamento com coloide
intravenoso e sangue ele apresentou oligúria persistente (5-10 mL/
hora; oligúria consiste em débito urinário inferior a 20 mL/hora).
A oligúria devido à necrose tubular aguda pode ser diferenciada
da uremia pré-renal pela medida da osmolalidade urinária (>500
mOsm/kg na uremia pré-renal e <350 mOsm/kg na insuficiência
renal aguda), e pela concentração de sódio urinário (<20 mmol/L
na azotemia pré-renal e >40 mmol/L na insuficiência renal aguda).
No terceiro dia, sua concentração de creatinina sérica tinha subido
para 300 µmol/L (3,9 mg/dL) e a concentração da ureia para 21,9
mmol/L (132 mg/dL). Os valores de referência são:
■ creatinina: 20-80 µmol/L (0,23-0,90 mg/dL)
■ ureia: 2,5-6,5 mmol/L (16,2-39 mg/dL)
Comentário. Este jovem homem desenvolveu insuficiência renal
aguda devido a uma necrose tubular aguda em consequência do
choque hipovolêmico. Ele foi submetido à hemodiálise de emergência. A função renal começou a se recuperar depois de duas
semanas com um aumento inicial do débito urinário, a chamada
“fase diurética”.
■ ureia mg/dL ⫽ mmol/L ⫻ 6,02
■ creatinina mg/ml = µmol/L x 0,0113
é sintetizado predominantemente no átrio cardíaco como um
pró-peptídeo com 126 aminoácidos (pró-ANP). Ele é, então, clivado num pró-peptídeo menor com 98 aminoácidos e no ANP
biologicamente ativo com 28 aminoácidos. O BNP é sintetizado
nos ventrículos cardíacos como um pró-peptídeo de 108 aminoácidos, e é clivado num pró-peptídeo com 76 aminoácidos
e no peptídeo biologicamente ativo BNP com 32 aminoácidos.
O BNP 32 e outro peptídeo, CNP (com 23 aminoácidos), foram
isolados do cérebro porcino, de onde vem esse nome. Todos os
12/13/2010 3:09:12 PM
320
Homeostase da Água e de Eletrólitos
Complexo
vasopressina-VR
O SISTEMA RENINAANGIOTENSINA-ALDOSTERONA E
A INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Um homem de 65 anos de idade, com histórico de infarto do miocárdio, apresentou-se com fadiga crescente, dificuldade de respirar
e edema de tornozelos. O exame físico revelou taquicardia leve e
aumento da pressão venosa jugular. O ecocardiograma mostrou que
a função do ventrículo esquerdo durante a sístole estava prejudicada. As dosagens séricas do paciente revelaram: sódio 140 mmol/L,
potássio 3,5 mmol/L, proteínas 34 g/dL (normal 35-45 g/dL), creati-
AQP2
Membrana
luminal
PKA
ativa
Curta
duração
+
cAMP
Longa
duração
ATP
Ca2+
G
AQP2
+
Transcrição do
gene AQP2
AQP2 Síntese
de AQP2
Membrana
basolateral
Núcleo
nina 80 µmol/L (0,90 mg/dL) e ureia 7,5 mmol/L (45 mg/dL).
Comentário. Este homem se apresenta com sintomas e sinais de
insuficiência cardíaca. A função cardíaca prejudicada leva a uma
redução do fluxo sanguíneo pelos rins, ativação do sistema reninaangiotensina e estímulo da secreção de aldosterona. A aldosterona causa um aumento na reabsorção renal de sódio e retenção
de água, aumentando assim o volume de líquido extracelular e
causando edema.
peptídeos natriuréticos possuem uma estrutura em forma de
anel devido à presença de uma ponte dissulfeto.
Os peptídeos natriuréticos promovem excreção renal de sódio e redução da pressão sanguínea. O ANP e o BNP são secretados em resposta à distensão atrial e à sobrecarga de volume
no ventrículo. Eles se ligam a receptores ligados a proteínas G:
os receptores tipo A estão localizados predominantemente nas
células endoteliais e os receptores tipo B, no cérebro. Existe uma
reatividade cruzada entre os diferentes receptores natriuréticos
em relação a estes peptídeos. É importante notar que os níveis
de ANP e de BNP estão aumentados na insuficiência cardíaca
e consequentemente suas medidas são usadas como marcadores bioquímicos precoces desta condição. Estas medidas são
particularmente úteis para excluir a presença de insuficiência
cardíaca nos pacientes que se apresentam com sintomas inespecíficos tais como dificuldade respiratória.
Vasopressina e aquaporinas
A reabsorção de água nos ductos coletores renais é controlada
pelo hormônio vasopressina, da pituitária posterior, que controla a atividade dos canais de água na membrana, aquaporinas.
A vasopressina determina o volume final e a concentração
da urina
A vasopressina (também conhecida como hormônio antidiurético, ADH) controla a reabsorção de água nos ductos coletores
renais (Fig. 23.18). A vasopressina é sintetizada nos núcleos
supraóticos e paraventricular do hipotálamo e é transportada
ao longo dos axônios para a pituitária posterior, onde é armazenada antes de ser processada e liberada. A vasopressina se liga
ao seu receptor localizado nas membranas das células tubulares
Baynes023.indd 320
Fig. 23.18 A vasopressina regula a reabsorção de água no ducto
coletor. A vasopressina controla o canal de água aquaporina 2 (AQP2). A
vasopressina se liga a seu receptor (VR) e, por meio da ativação de proteínas G (G), estimula a produção de cAMP que ativa a proteína quinase A
(PKA). A PKA fosforila o AQP2 citoplasmático, e induz sua translocação
para a membrana celular, aumentando a capacidade de transporte de
água. A vasopressina também regula a expressão do gene AQP2. AC, adenilato ciclase.
nos ductos coletores. O receptor é acoplado a proteínas G e ativa a proteína quinase A (PKA). A PKA fosforila a aquaporina
2 (AQP2), o que estimula sua translocação para a membrana
celular, aumentando a reabsorção de água no ducto coletor.
A secreção de vasopressina precisa ser inibida para permitir a
formação de urina diluída. A impossibilidade de inibição total
da vasopressina resulta em incapacidade de diluir a urina em
níveis de osmolalidade menores do que a do plasma.
Outros hormônios afetam a secreção de vasopressina. Os
glicocorticoides estimulam, sobretudo por meio de seus efeitos
hemodinâmicos que diminuem a pressão arterial. Incidentalmente, a AVP também é estimulada pela nicotina.
Aquaporinas são proteínas que formam canais na membrana que transportam água
O canal de água aquaporina está ilustrado na Figura 23.19. A
aquaporina 1 (AQP1) encontra-se expressa nas membranas apicais e basolaterais do túbulo proximal e no ramo descendente da
alça de Henle e não é regulada pela vasopressina. Encontra-se
presente também em eritrócitos, células tubulares renais proximais e no endotélio capilar. As AQP2 e 3 estão presentes nos
ductos coletores renais e são reguladas pela vasopressina.
Defeitos na secreção de vasopressina e mutações nos genes
que codificam as aquaporinas causam alterações clínicas
A deficiência de vasopressina causa uma condição conhecida
como diabetes insipidus, na qual grande quantidade de urina
diluída é perdida. Por sua vez, a secreção excessiva de vasopressina pode ocorrer após um grande trauma ou cirurgia. Esta
condição é conhecida como síndrome da secreção inapropriada
de hormônio antidiurético (SIADH), e leva a retenção de água.
Mutações no gene do receptor da vasopressina e também no
gene da AQP2 levam a diferentes tipos da chamada diabetes insípida nefrogênica, uma condição associada à perda de grande
12/13/2010 3:09:12 PM
Integração da homeostase da água e do sódio
A
H2O
321
Rim
Glicano
Glomérulo
H2O
Córtex
Reabsorção
iso-osmótica
300
H2O
H2O
H2O
Receptores
de vasopressina+
H2O
B
Membrana plasmática
N
P
A
N
P
A
NH2
COOH
H2O
600
Aquaporina
Ramo ascendente
impermeável
à água
Medula
H2O
H2O
1300
H2O
Fig. 23.19 Canal de água aquaporina. A aquaporina 1 é um canal de
água formado por várias subunidades com uma unidade glicana ligada a
uma de suas subunidades (A). Cada um dos monômeros apresenta duas
estruturas de repetição ao acaso, consistindo em três regiões transmembrana (B) e alças de ligação imersas na membrana.
quantidade de urina e desidratação. A Figura 23.20 resume a
regulação da água pelo rim.
INTEGRAÇÃO DA HOMEOSTASE DA
ÁGUA E DO SÓDIO
Aldosterona e vasopressina juntas controlam o uso da
água e do sódio
Normalmente, apesar das variações na ingestão de líquido, a
osmolalidade do plasma é mantida dentro de limites estreitos
(280-295 mmol/kg H2O). A vasopressina contribui para o controle da osmolalidade plasmática regulando o metabolismo da
água. Ela responde tanto aos sinais osmóticos como de volume.
Por um lado, sua secreção e a sede são estimuladas por sinais
dos osmorreceptores que respondem a aumentos bem pequenos
(cerca de 1%) na osmolalidade plasmática. Por outro lado, a liberação da vasopressina é estimulada por uma redução (acima
de 10%) no volume circulante.
Água em excesso aumenta o volume do plasma, do fluxo
sanguíneo renal e da TFG
Na condição de excesso de água, a produção de renina é suprimida. A baixa concentração de aldosterona permite a perda de
sódio na urina. Como o excesso de água dilui o plasma, a osmolalidade plasmática diminui. A redução na osmolalidade, detec-
Baynes023.indd 321
Gradiente de
osmolalidade
Permeabilidade da
parede tubular à
água controlada
pela vasopressina
Fig. 23.20 Reabsorção e excreção renal de água. A permeabilidade das
paredes dos túbulos à água difere ao longo do néfron. Cerca de 80% da
água filtrada é reabsorvida no túbulo proximal por reabsorção iso-osmótica. O ramo ascendente da alça de Henle é impermeável à água. No ducto
coletor, a vasopressina controla a reabsorção de água através dos canais de
água aquaporina.
OS DIURÉTICOS SÃO USADOS
PARA O TRATAMENTO DE EDEMA,
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E
HIPERTENSÃO
Os diuréticos são drogas que estimulam a excreção de água e sódio.
Os diuréticos tiazídicos, por exemplo, bendrofluazida, reduzem a
reabsorção de sódio nos túbulos distais bloqueando o cotransporte
de sódio e cloreto. Os diuréticos de alça, tais como a furosemida,
inibem a reabsorção de sódio na porção ascendente da alça de
Henle. A espironolactona, um diurético poupador de potássio, é um
inibidor competitivo da aldosterona: inibe a troca sódio-potássio
nos túbulos distais e diminui a excreção de potássio.
Uma diurese osmótica pode ser induzida pela administração de
um açúcar álcool, o manitol. O efeito líquido do tratamento com
diuréticos é o volume urinário aumentado e perda de água e sódio.
Os diuréticos são importantes no tratamento do edema associado
a problemas circulatórios, tais como insuficiência cardíaca, nos
quais a função cardíaca deficiente leva à falta de ar grave causada
por edema pulmonar. Eles também são essenciais no tratamento
da hipertensão.
12/13/2010 3:09:12 PM
322
Homeostase da Água e de Eletrólitos
INGESTÃO DEFICIENTE DE
LÍQUIDOS LEVA À DESIDRATAÇÃO
Um homem de 80 anos de idade foi admitido no hospital após ter
permanecido por período prolongado no chão de sua casa, como
resultado de um derrame agudo. Ele apresentou turgor tecidual
deficiente, secura na boca, taquicardia e hipotensão. Dosagens
no soro revelaram: sódio 150 mmol/L, potássio 5,2 mmol/L, bicarbonato 35 mmol/L, creatinina 110 µmol/L (1,13 mg/dL) e ureia
19 mmol/L (90,3 mg/dL).
Os valores de referência são:
■
■
■
■
■
Sódio: 135-145 mmol/L
Potássio: 3,5-5,0 mmol/L
Bicarbonato: 20-25 mmol/L
Creatinina: 20-80 µmol/L (0,28-0,90 mg/dL)
Ureia: 2,5-6,5 mmol/L (16,2-39 mg/dL)
Comentário. Este paciente se apresenta com desidratação, indicada pelos altos valores de sódio e ureia. Ele foi tratado com fluido
intravenoso predominantemente na forma de glicose 5% para
repor o déficit de água.
A HIPERTENSÃO ARTERIAL
É UMA DOENÇA COMUM
A hipertensão consiste num aumento inadequado da pressão sanguínea arterial. É desejável que os níveis das pressões sanguíneas
sistólica e diastólica sejam menores que 140 mmHg e 90 mmHg,
respectivamente (valores ótimos são ainda menores, abaixo de
120/80 mmHg). Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca
de 20% da população do mundo desenvolvido sofre desta condição. A hipertensão arterial pode ser classificada como “essencial”
(primária) ou “secundária”. A causa da hipertensão essencial ainda
não foi identificada, embora se saiba que envolve diversos fatores
genéticos e ambientais, incluindo componentes neurais, endócrinos e metabólicos. Uma dieta rica em sódio é um fator reconhecido no desenvolvimento da hipertensão.
A hipertensão está associada a um risco aumentado de derrame e infarto do miocárdio e é responsável por uma em cada
oito mortes no mundo inteiro. Uma variedade de drogas é
empregada no tratamento moderno da hipertensão. Entre estas
se incluem diuréticos tais como a bendrofluazida, drogas que bloqueiam os adrenorreceptores, inibidores da enzima conversora da
angiotensina e antagonistas dos receptores AT1 de angiotensina
(quadro da pág. 323 e quadro da pág. 66; o feocromocitoma é
descrito na pág. 588).
tada pelos osmorreceptores hipotalâmicos, suprime a sede e a
secreção de vasopressina. A supressão da vasopressina leva a
perda de água pela urina. A resposta global ao excesso de água
é a excreção aumentada de água e sódio.
da osmolalidade
do LEC
do volume circulante
do fluxo
sanguíneo renal
O déficit de água (desidratação) leva à redução no volume
plasmático, no fluxo de sangue renal e na TFG
Estimulação de
osmorreceptores no
sistema nervoso
central
Quando existe desidratação, a redução no fluxo sanguíneo renal estimula o sistema renina-angiotensina-aldosterona. A aldosterona inibe a excreção urinária de sódio. Além disso, devido
à perda de água, a osmolalidade plasmática aumenta e estimula
a secreção de vasopressina, com consequente redução no volume urinário. Desta maneira, a resposta ao déficit de água é a
retenção de sódio e água (Fig. 23.21).
A concentração de sódio no soro é um marcador de desordens do equilíbrio hidroeletrolítico
Os distúrbios hidroeletrolíticos resultam de um desequilíbrio
entre a ingestão de líquidos e eletrólitos e sua eliminação, e do
movimento da água e eletrólitos entre os compartimentos do
organismo. Uma redução na concentração de sódio (hiponatremia) geralmente indica que o líquido extracelular está sendo
“diluído” (presença de excesso de água), enquanto uma concentração de sódio aumentada significa que o líquido extracelular
está sendo “concentrado” (água está sendo perdida). A hiponatremia também pode resultar da perda de sódio, mas é raro.
A avaliação da condição hídrica e eletrolítica do paciente
é uma etapa importante na prática clínica
A avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico é uma parte importante do exame clínico. Além do exame físico e da história médica, as seguintes dosagens são necessárias:
Baynes023.indd 322
Estimulação dos barorreceptores
e detecção do Clno túbulo distal
(aparelho justaglomerular)
da
renina
Sede
Liberação de
vasopressina
da angiotensina II
de aldosterona
da ingestão
de água
Reabsorção renal de água
Retenção de sódio
do volume circulante
da osmolalidade
do LEC*
Fig. 23.21 Inter-relação entre o metabolismo da água e do sódio. Os
metabolismos da água e do sódio estão intimamente ligados. Um aumento
na osmolalidade do LEC estimula a secreção da vasopressina, levando ao
aumento da reabsorção renal da água. Isto “dilui” o LEC e a osmolalidade
diminui. Esta resposta é reforçada pelo estímulo da sede. Um decréscimo
no volume plasmático também estimula a retenção de água por meio da
estimulação de receptores sensíveis à pressão (barorreceptores) no aparelho justaglomerular. *A osmolalidade vai diminuir se o grau de retenção de
água for relativamente maior do que a retenção de sódio.
12/13/2010 3:09:12 PM
Leituras sugeridas
■ concentrações séricas dos eletrólitos: o perfil solicitado
rotineiramente compreende sódio, potássio, cloreto e
bicarbonato
■ concentrações séricas de creatinina e ureia
■ volume, osmolalidade e concentração de sódio na urina
■ osmolalidade sérica
Os pacientes que possuem ou correm risco de desenvolver
alterações hidroeletrolíticas necessitam de acompanhamento
diário da ingestão e perda de líquidos (mapa de fluidos).
323
QUESTÕES DE APRENDIZADO
Comente sobre o papel da bomba de Na+/K+-ATPase na
manutenção dos gradientes iônicos através da membrana celular.
2. Explique o papel do sistema renina-angiotensina na
manutenção da pressão do sangue.
3. Descreva o movimento da água entre o LEC e o LIC que ocorre
na privação de água.
4. Por que uma baixa concentração de albumina no plasma leva
ao edema?
1.
Resumo
■ Tanto o déficit de água no organismo (desidratação)
como o excesso (super-hidratação) causam problemas
clínicos potencialmente graves. Portanto, a avaliação do
equilíbrio hidroeletrolítico é uma parte importante do
exame clínico.
■ O equilíbrio da água corporal está intimamente ligado
com o equilíbrio dos íons dissolvidos (eletrólitos), dentre
os quais, os mais importantes são o sódio e o potássio.
■ O movimento da água entre o LEC e o LIC é controlado
pelo gradiente osmótico.
■ O movimento da água entre a luz de um vaso sanguíneo
e o líquido intersticial é controlado pelo equilíbrio entre
as pressões osmótica e hidrostática.
■ Os principais reguladores do equilíbrio hidroeletrolítico
são a vasopressina (água) e a aldosterona (sódio e potássio).
■ O sistema renina-angiotensina é o principal regulador da
pressão sanguínea e do tônus vascular.
Baynes023.indd 323
■ A dosagem dos peptídeos natriuréticos ajuda no diagnóstico da insuficiência cardíaca.
■ As concentrações séricas de ureia e creatinina são os
principais testes realizados para avaliação da função
renal.
Leituras sugeridas
Androgue HJ, Madias NE. Mechanisms of disease: sodium and potassium in the
pathogenesis of hypertension. N Engl J Med 2007;356:1966–1978.
Bekheirnia R, Schrier RW. Pathophysiology of water and sodium retention:
edematous states with normal kidney function. Curr Opin Pharmacol
2006;6:202–207.
Chobanian A, Bakris GL, Black HR et al. The Seventh Report of the Joint National
Committee on Prevention, Detection, Evaluation and Treatment of High Blood
Pressure. JAMA 2003;289:2560–2572.
Li J, Gobe G. Protein kinase C activation and its role in kidney disease. Nephrology
2006;11:428–434.
Moro C, Berlan M. Cardiovascular and metabolic effects of natriuretic peptides.
Fund Clin Pharmacol 2006;20:41–49.
Schrier RW. Body water homeostasis: clinical disorders of urinary dilution and
concentration. J Am Soc Nephrol 2006;17:1820–1832.
12/13/2010 3:09:12 PM
EM PORTUGUÊS
MÉDICA
BIOQUÍMICA
MÉDICA
John W. Baynes MS, PhD e Marek H. Dominiczak, MD, FRCPath
3ªEDIÇÃO
• Oferece cobertura completa e atualizada dos mais
recentes conceitos da área.
Quadros
de Conceitos
Avançados
• Utiliza quadros clínicos e integra tópicos de medicina clínica no texto para mostrar como a bioquímica é
relevante para os problemas do dia a dia dos pacientes – ideal para cursos integrados baseados em problemas do cotidiano.
Quadros
de Exames
Clínicos
• Inclui quadros de conceitos avançados para cobertura em profundidade de tópicos importantes, incluindo
pesquisas recentes em bioquímica.
Ilustrações
Coloridas
• Incorpora formidáveis ilustrações coloridas, incluindo um sistema exclusivo de ícones que trazem a bioquímica à vida.
Questões
de Aprendizado
• Ajuda os estudantes a guardar informações usando
quadros de aprendizado ativo que testam o conhecimento no final de cada capítulo.
O resultado é um pacote completo para o estudante de medicina.
www.elsevier.com.br www.studentconsult.com.br
A compra deste livro permite acesso gratuito
ao www.studentconsult.com.br, que contém
perguntas e respostas comentadas, links integrados, todos os quadros do livro impresso e
banco de imagens. Além desses conteúdos em
português, também permite o acesso gratuito
ao conteúdo integral do livro em inglês no site
www.studentconsult.com
A aquisição desta obra habilita o acesso aos sites www.studentconsult.com e www.studentconsult.com.br. Os conteúdos publicados nestes sites permanecerão disponíveis até o lançamento
da próxima edição em inglês e português respectivamente desta obra ou até que esta edição
em inglês e português respectivamente não esteja mais disponível para venda pela Elsevier, o
que ocorrer primeiro.
John W. Baynes • Marek H. Dominiczak
BIOQUÍMICA
Quadros Clínicos
• Explica conceitos difíceis usando casos clínicos
para ajudar os estudantes a aplicar o conhecimento básico na medicina clínica.
3ªEDIÇÃO
MÉDICA
Este texto é ideal para apoiar o atual currículo de bioquímica, que mapeia o caminho
para futuros médicos, apresentando a ciência básica e a prática médica de forma
concisa e integrada. Organizado com características especiais, tais como Quadros
Clínicos, Quadros de Conceitos Avançados, Quadros de Exames Clínicos,
Ilustrações Coloridas e Questões de Aprendizado, mostra o conhecimento de forma
clara e com grande estilo visual, perfeito para os estudantes de medicina de hoje. Este
livro vem também com acesso ao site STUDENT CONSULT!
Características especiais
BIOQUÍMICA
Baynes
Dominiczak
Classificação de Arquivo Recomendada
BIOQUÍMICA
TRADUÇÃO DA 3ª EDIÇÃO
Download

Visualizar PDF - Blog Elsevier Saúde