ECONOMIA DA SAÚDE
CURSO LIVRE OPTATIVO DE
LICENCIATURA DE MEDICINA/CURSO DE
MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA
Pedro Telhado Pereira
Razões para estudar Economia:
• Como eleitor
défice orçamental
impostos
comércio livre
inflação
desemprego
• Como cidadão
• escolha da profissão
• como investir
Mas o que é a Economia?
• É o estudo da forma como as sociedades
utilizam recursos escassos para produzir
bens com valor e de como os distribuem
entre os vários indivíduos.
O conceito de escassez
• O que é um recurso escasso?
A quantidade desejada do recurso é
superior à existente
O conceito de eficiência
• O bem estar económico de um indivíduo
não pode aumentar sem diminuir o bem
estar de outro indivíduo.
Áreas da Economia
• Microeconomia
• Macroeconomia
Os três problemas da organização
económica
•
Que bens devem ser produzidos e em
que quantidades?
•
Como devem os bens ser produzidos?
•
Para quem são os bens produzidos?
Sistemas Económicos
• Economia de Mercado
• Economia de Direcção Central
• Economia Mista
Produção
• Tecnologia
• Factores de
produção
•
•
•
•
Terra
Trabalho
Capital
Capital humano
Nota importante:
• Não confundir dinheiro (moeda) - meio de
troca –
com
• capital - factor de produção produzido
(durável).
A fronteira de possibilidades de produção FPP
FPP
Alimentação
• Produção máxima
dado o conhecimento
tecnológico e a
quantidade de
factores de produção
disponíveis.
150
100
50
0
0
5
10
Armamento
15
Custo de oportunidade
• valor do melhor uso alternativo para um
bem económico ou o valor da alternativa
que é prejudicada.
• Custo de oportunidade de estudar?
Análise Custo-Benefício
1 = valor da acção
2 = valor da alternativa
que é prejudicada
Se 1 > 2 deve tomar a
acção.
Se 2 > 1 não deve
tomar a acção.
Aplicar ao caso da decisão de assistir à
aula
• recurso escasso tempo
• 1 - valor atribuído a
assistir à aula
• 2 - valor do que se
poderia fazer no
tempo da aula, por
exemplo,
conversar com os
colegas no café.
• Para os alunos que
estão na aula
1 > 2.
Será que já ter vindo até à
Universidade influencia a sua decisão
de assistir à aula?
Pense no seguinte exemplo:
Um amigo seu, à entrada da aula, dizlhe que tem uma história muito
interessante para lhe contar e que você
deve ir com ele para o café para
conversarem.
• Segue-se a pergunta acima.
• Os benefícios (o valor de conhecer a
história) são independentes de estar ou
não na Universidade.
• O custo (o valor de perder uma aula) não
depende de já estar na Universidade
• Logo … por estranho que pareça, na
Economia pensamos que esta decisão
não depende de já ter chegado à
Universidade.
O Comportamento do Consumidor
• O indivíduo consome bens que lhe trazem
satisfação.
• Este indivíduo é designado de consumidor.
• Este indivíduo tem um certo montante para
gastar
• Vamos supor que é possível medir o nível de
satisfação do indivíduo.
Deste modo
• Vamos supor que existe uma unidade de
medida da satisfação – o útil.
• Seria possível medir a satisfação, sendo esta
expressa em útis.
• Por exemplo: a sua satisfação hoje seria, por
exemplo, 12 útis e ontem 10 útis. Ou seja hoje
estava mais satisfeito que ontem.
A utilidade
• Utilidade é outro modo de dizer satisfação.
• Podemos pensar que se pode medir a utilidade
– constructo científico dos economistas.
• A utilidade aumenta quando o consumidor
aumenta a quantidade consumida de um bem
Utilidade marginal (UM)
• Ao aumento de utilidade resultante do consumo
de mais uma unidade de um bem chamamos de
utilidade marginal (adicional)
• A utilidade marginal é decrescente com o
aumento do consumo do bem.
Relembre a análise custo/benefício
• Ao tomar uma decisão
custo
benefício
Como gastar o último €?
• Será que vou gastar em sumo de laranja?
– Preço por litro - pl
• Será que vou gastar em sumo de manga?
– Preço por litro - pm
• Será que vou gastar em sumo de uva?
– Preço por litro - pu
Quanto é que posso comprar de cada
sumo?
• Se gastar em sumo de laranja
– Quantidade 1/pl
• Se gastar em sumo de manga?
– Quantidade 1/pm
• Se gastar em sumo de uva?
– Quantidade 1/pu
Logo temos que
• Se decidir beber 1/pl de sumo de laranja e
ter a satisfação de o fazer (benefício)
• Terei o custo da
– Satisfação de beber 1/pm de sumo de
manga
ou
– Satisfação de beber 1/pu de sumo de
uva
Para sabermos a decisão
• Só falta saber a satisfação de beber cada
um dos sumos
• Vamos chamar essa satisfação (utilidade)
de
– Sl – para um litro de sumo de laranjas
– Sm – para um litro de sumo de manga
– Su – para um litro de sumo de uvas
Logo tenho que comparar
• Sl/pl
• Sm/pm
• Su/pu
– Porquê?
– Como será a decisão?
Exemplo:
• Vamos supor que os indivíduos retiram a
utilidade do consumo de bens (X) e da saúde
(S), sendo a Utilidade dada por
U (X , S)  X  S
os preçossão px e ps
• Se o rendimento do indivíduo for R, qual o
consumo óptimo de S?
Como varia esse consumo com:
• O rendimento?
• O preço da saúde?
• Discussão: alteração do desconto à
colecta das despesas de saúde propostas
no PEC.
Estudo do mercado
• No nosso exemplo os consumidores para
comprar “saúde” dirigem-se ao mercado.
São o lado da procura nesse mercado.
• Quem é que está do lado da oferta?
• Vamos agora ver como funciona o
mercado
O mercado de concorrência perfeita
• Mercado - Mecanismo através do qual os
compradores e os vendedores podem
determinar preços e trocar bens e
serviços.
• Mercado de concorrência perfeita –
existem muitos compradores e
vendedores logo nenhum individualmente
tem influência sobre o preço.
A Curva da Procura
Variáveis que afectam a quantidade procurada por
um consumidor.
– O preço do produto
– O rendimento do consumidor
– O preço dos bens substitutos
– O preço dos bens complementares
– Os gostos dos consumidor e a publicidade
– As expectativas sobre os preços futuros
– …..
A Procura individual e a Lei da Procura
Procura do João por pizzas • Lei da procura – o
(mas podia ser “saúde”)
preço e a quantidade
Preço Quantidade de pizzas por
procurada variam em
(€)
mês
sentidos opostos,
2
13
4
10
6
7
8
4
10
1
ceteris paribus (tudo o
resto constante).
A procura individual e a sua
representação gráfica
• A procura individual é
normalmente
representada por uma
recta de inclinação
negativa.
Como a quantidade procurada se
comporta quando variamos os preços
• No exemplo ao lado
vemos variações na
quantidade procurada
quando o preço varia .
Existem dois efeitos
• O efeito substituição – devido à
variação do preço.
• O efeito rendimento – devido à
variação do rendimento real
resultante da variação do preço.
Da procura individual à procura no
mercado
• A procura de mercado
mostra a relação entre o
preço e a quantidade
procurada no mercado,
ceteris paribus (tudo resto
constante).
Passagem da procura individual
à procura de mercado
A curva da oferta
• Variáveis que afectam a quantidade oferecida:
– O preço do produto
– O preço dos factores de produção usados,
como os salários, o preço da electricidade,
entre outros.
– O estado da tecnologia.
– Impostos e subsídios
– Expectativas
– ….
A análise custo-benefício em acção
• A decisão de produzir de mais uma unidade
está baseada no raciocínio marginal
Raciocínio marginal
Aumento a produção se o benefício marginal é
superior ao custo marginal. Diminuo no caso
contrário. Se possível escolho um nível de
produção onde o benefício marginal é igual
ao custo marginal.
Análise gráfica
• O benefício marginal é
igual ao preço.
• A escolha é onde o
benefício marginal é
igual ao custo
marginal.
O que acontece quando o preço
aumenta?
• A quantidade oferecida
aumenta.
Oferta individual e lei da oferta
Nora’s Schedule for Pizza
Price
Quantity of pizzas per
($)
month
4
100
6
200
8
300
10
400
12
500
• A quantidade
oferecida e o preço
variam no mesmo
sentido, ceteris
paribus (tudo o resto
constante).
A oferta individual e a sua
representação gráfica
• A procura individual é
normalmente
representada por uma
recta de inclinação
positiva.
Como a quantidade procurada se
comporta quando variamos os preços
• O que acontece à
quantidade oferecida
quando o preço
aumenta, aparece na
figura
Da oferta individual à oferta no
mercado
• A oferta de mercado mostra a relação
entre o preço e a quantidade oferecida
no mercado, ceteris paribus (tudo resto
constante).
Da oferta individual à oferta de
mercado
• Se houver 100 firmas idênticas, a quantidade oferecida
no mercado é 100 a quantidade individual.
O Equilíbrio de Mercado
• O equilíbrio no
mercado é uma
situação em que a
quantidade
procurada é igual à
oferecida não se
alterando o preço.
Excesso da Procura
• O preço tende a
subir.
• As variações das
quantidades são ao longo
das curvas.
Excesso da oferta
• O preço tende a
descer.
Efeitos no mercado de uma variação
da Procura - aumento
• Uma variação da
procura resulta de uma
variação de algo que
não o preço.
• A curva da procura
desloca-se para a
direita e para cima,
quando há um
aumento de procura.
Causas de um aumento da procura
• Um aumento de
rendimento no caso dos
bens normais.
• Aumento de preço dos
bens substitutos.
• Aumento de população
• Expectativas de
aumentos futuros de
preço
• …
Efeitos no mercado de um aumento de
procura
• Ao preço (8$) de
equilíbrio inicial existe
um excesso de procura.
O preço sobe.
• O equilíbrio é
restabelecido em n, com
um preço de equilíbrio
mais alto e maior
quantidade.
Discussão
• Efeitos na procura da alteração do
desconto à colecta das despesas de
saúde propostas no PEC.
• O que vai acontecer ao equilíbrio? E à
saúde dos Portugueses?
Efeitos no mercado de uma variação
da Oferta - aumento
• Uma variação da oferta
resulta de uma variação
de algo que não o preço.
• A curva da oferta
desloca-se para a direita
e para baixo, quando há
um aumento da oferta.
Causas de um aumento de oferta
• O custo de um factor de
produção diminui.
• Um avanço tecnológico
diminui os custos.
• O número de firmas
aumenta.
• Os produtores esperam um
preço mais baixo no futuro.
• Subsídios.
Efeitos de um aumento de oferta
• Ao preço (8$) de
equilíbrio inicial existe
um excesso de oferta. O
preço desce.
• O equilíbrio é restabelecido
em n, com um preço de
equilíbrio mais baixo e maior
quantidade.
Discussão:
• Suponha que o IVA passava dos 5% para
os 23% nos medicamentos. O que se iria
passar no mercado dos medicamentos?
Efeitos no mercado de variações na
oferta e procura
• O resultado depende
da magnitudes das
variações.
Os efeitos no mercado de variações da
oferta e da procura
• Neste caso o preço
desce e a quantidade
aumenta.
• Represente um caso
onde o preço aumente
e a quantidade
aumente.
Revisão dos efeitos de variações da
Procura e da Oferta
Variações na Procura ou
na Oferta
Variação no
preço
Variação na
quantidade
Aumento na procura
Aumenta
Aumenta
Diminuição na procura
Diminui
Diminui
Aumento na oferta
Diminui
Aumenta
Diminuição na oferta
Aumenta
Diminui
E o preço para que serve?
• Tudo tem um preço - quem compra
valoriza o bem mais do que o preço e o
vendedor valoriza mais o preço do que
bem.
• Os preços servem como sinais para os
consumidores e produtores.
O mercado resolve os três problemas
da Economia
• O que produzir? - o que os consumidores
desejam comprar
• Como produzir? - de modo eficiente para
terem maiores lucros
• Para quem produzir? - resultado dos
mercados de factores.
O Fluxo Circular da Economia
Mercados e Governo
• Algumas questões:
• Afinal temos muito ou pouco Estado?
• Porque é que o Estado deve intervir na
Economia?
• Porque é que o Estado deve financiar a
Saúde?
Então porquê existir Estado
(Governo)?
• Será que faz sentido cada qual construir a
sua própria estrada? Ter a sua segurança
privada? Ter a sua estratégia de defesa
em caso de guerra? Ter a sua política de
combater a poluição? Ter o seu próprio
hospital?
• Bens Públicos
• O barulho do meu vizinho incomoda-me.
O fumo do tabaco da mesa ao lado
incomoda-me. A população ter maior
educação satisfaz-me. As pessoas
estarem vacinadas diminui a minha
probabilidade de contrair a doenças.
• Externalidades
• Só existe um fornecedor de gás numa
região, logo ele pode cobrar preços muito
elevados…
• Promoção da concorrência e
aumento da eficiência
• Existem famílias cujos os factores de
produção não são valorizados no
mercado, logo têm rendimentos muito
baixos. Os desempregados…
• Promove a equidade
• A economia está em recessão. A inflação é
muito alta…
• Promove o crescimento e a
estabilidade macroeconómica.
O direito ao tratamento médico
• Constituição da República Portuguesa
• Artigo 64.º
Saúde
• 1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a
defender e promover.
• 2. O direito à protecção da saúde é realizado:
– a) Através de um serviço nacional de saúde universal e
geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais
dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
– b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais
e ambientais que garantam, designadamente, a protecção
da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria
sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como
pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e
popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação
sanitária do povo e de práticas de vida saudável.
–
•
3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao
Estado:
– a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua
condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de
reabilitação;
– b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos
humanos e unidades de saúde;
– c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados
médicos e medicamentosos;
– d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina,
articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar,
nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de
eficiência e de qualidade;
–
e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o
uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de
tratamento e diagnóstico;
– f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.
•
4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada.
No Fluxo Circular da Economia
Podemos usar duas medidas do
Produto Nacional
• Medindo o fluxo dos bens – é a soma dos
valores monetários do consumo, do
investimento bruto, das compras pelo Estado de
bens e serviços e das exportações menos as
importações
• Medindo o fluxo dos rendimentos – total dos
rendimentos dos factores produtivos (salários,
juros, rendas e lucros)
Exemplo
Produto
Rendimentos
• Venda de bananas
•
•
•
•
• € 1000
Salários
Rendas
Juros
Lucro
Total
€ 400
€ 150
€ 100
€ 350
€ 1000
PIB
•
•
•
•
•
Consumo (C)
+ Investimento (I)
+ Compras do Estado (G)
+ Exportações (X)
- Importações (M)
• Remunerações do
trabalho (salários,
ordenados e outros)
• + Lucro das empresas
• + Outros rendimentos da
propriedade (renda, juros,
outros rendimentos dos
proprietários)
• + Amortizações
• + Impostos sobre a
produção
Do PIB ao Rendimento Disponível
(RD)
amortizações
impostos
P
I
B
Rendimento
Nacional
Poupança
Empresas
Transferências
R
D
31-122007
CN Anuais
(dados
encadead
os em
volume base 2006)
Consumo
privado
(residente
s)
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Consum
o
público
CN
Anuais
(dados
encade
ados
em
volume
- base
2006) FBCF
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Exportaç
ões bens
e
serviços
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Exportaç
ões de
bens
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Exportaç
ões de
serviços
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Importaç
ões bens
e
serviços
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Importaç
ões de
bens
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) Importaç
ões de
serviços
CN
Anuais
(dados
encadea
dos em
volume base
2006) PIB
10^6 EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
10^6
EUR
107395,3
32595,2
36831
53479,7
38034,3
15445,5
67197,4
57329,4
9867,9
164097,5
Percurso na Teoria Macroeconómica
Mercado dos
bens e
Serviços
Mercado monetário
Procura
C+I+G+X-M
Procura Agregada
Procura de
moeda
Oferta
Rendimento
Equilíbrio
Oferta
Equilíbrio
Percurso na Teoria Macroeconómica
Mercado do Trabalho
• Procura
• Oferta
• Equilíbrio
• A Oferta Agregada
Percurso na Teoria Macroeconómica
• Economia Aberta
• Diferentes Escolas Macroeconómicas
O mercado de bens e serviços
• Produto Agregado (Y) – quantidade global
de bens e serviços produzidos numa
economia durante um ano.
• Rendimento (Y) – quantidade global de
rendimentos dos factores de produção
durante um ano.
• O produto e o rendimento são iguais neste
modelo.
Procura num modelo simples sem
impostos
• A procura é em termos reais.
• As famílias neste modelo ou gastam o seu
rendimento em consumo ou poupam.
• Y=C+S
• C – Consumo
S - poupança
Determinantes do nível de consumo
•
•
•
•
•
•
Nível de rendimento
Rendimento permanente
Nível de riqueza
Taxas de juro
Expectativas
Na The General Theory, Keynes defendia que o
consumo está directamente relacionado com o
rendimento.
A função consumo
• Relação entre a quantidade consumida
(consumo) e o rendimento.
• Para cada família haverá uma “função
consumo”, mas o que nos interessa neste
curso é o consumo total no país.
A função consumo (agregada)
• Esta função é normalmente representada
por uma recta.
C=+Y
 - consumo
autónomo
 - propensão
marginal a
consumir
A propensão marginal a
consumir
• 0<<1
• Qual o significado de ?
• Qual o significado de ?
Função poupança
• Y=C+S
• Logo
• S = - +(1-)Y
• Onde ( 1 -  ) é a propensão marginal a poupar.
Função poupança
Função poupança
O Investimento (planeado)
• Investimento – compras pelas empresas de
imóveis novos e equipamentos mais as
variações de estoques. Esta é a variação de
capital da empresa.
• Distinção entre o investimento planeado e o
investimento contabilizado após o período.
– O investimento contabilizado inclui as variações
não planeadas de estoques.
Consideremos o investimento como
fixo (exógeno)
• O investimento será autónomo
• A despesa é igual a
D=C+I
• A produção (rendimento) tem que ser igual
à despesa no equilíbrio
Graficamente o equilíbrio no mercado
de bens e serviços:
Cálculo algébrico do equilíbrio
• Consumo autónomo – • O rendimento
75
(produto) de
• Investimento – 100
equilíbrio é
• Propensão marginal a
consumir – 0,75
700
• C = 75 + 0,75 Y
• I = 100
• D = 75 + 0,75 Y + 100 = 175 + 0,75 Y
• No eq.
• D=Y
….. Y= 700
Verifique a igualdade
I=S
• S = - 75 + 0,25 (700) = - 75 + 175 = 100
No caso Português
Valores em milhões de contos
1986-1995
C = - 770,963 + 0,953 Yd
Fora do equilíbrio
• Neste caso a
despesa é superior à
produção, haverá
uma diminuição de
estoques e as firmas
irão produzir mais.
Caminha-se no
sentido do equilíbrio.
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Apresentação 1