AS RELAÇÕES ENTRE SOCIEDADE E NATUREZA E OS
PROBLEMAS SOCIOAMBIENTAIS A PARTIR DA DISCIPLINA
CLIMATOLOGIA DO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE DO
CEFET-MG
Vandeir Robson da Silva Matias1
[email protected]
RESUMO: A busca da sociedade por uma qualidade de vida ambiental contribui para a
oferta de cursos de nível médio, superior e pós-graduação vinculados ao meio ambiente
em todo Brasil. O CEFET-MG, a partir da demanda por profissionais habilitados em
contribuir de forma consciência e crítica no planejamento e gestão ambiental, passou a
ofertar o Curso Técnico em Meio Ambiente na modalidade de Educação Profissional
Subseqüente ao Ensino Médio. O objetivo desse artigo é relatar as contribuições da
disciplina Climatologia na Formação dos futuros técnicos, haja vista, as discussões em
torno do aquecimento global e a relação sociedade e natureza.
PALAVRAS-CHAVES: Climatologia, Meio Ambiente e Educação Profissional
Introdução
As mudanças desencadeadas pela sociedade do conhecimento geram a necessidade
de se vislumbrar novos olhares sobre o meio ambiente, sobretudo o que diz respeito ao
desenvolvimento sustentável. De tempos em tempos, sociedade é pressionada por
mudanças, tanto do ponto de vista filosófico quanto pragmático. Alguns acreditam que a
partir dessas mudanças ocorrerá a justiça ambiental no contexto atual.
A fim de promover a prática da cidadania e a participação social em prol de um
mundo mais sustentável as diferentes áreas do conhecimento produzem pesquisas e
trabalhos para contribuir com o debate das questões emergentes como o aquecimento
global.
As Geociências em especial a Climatologia esta presente na sociedade gerando
reflexões essenciais ao exercício do cotidiano sustentável e ao viver bem em comunidade.
1
Professor do CEFET-MG, Geógrafo, Doutorando em Geografia-Tratamento da Informação Espacial pela
PUC-MG e Mestre em Geografia pela UFMG,
Dessa forma, os conhecimentos climáticos contribuem na sua totalidade para o
entendimento das relações do homem com a natureza, o progresso científico, a produção
industrial e agrícola, o desenvolvimento econômico, etc.
A disciplina Climatologia no Curso Técnico em Meio Ambiente na Modalidade da
Educação Profissional Subseqüente favorece o desenvolvimento intelectual do aluno
enquanto parte integrante do meio ambiente e também agente ativo das transformações
das paisagens terrestres. O conhecimento ambiental se comporta como algo essencial nos
dias atuais, ele é a base do pensar sustentável dos seres humanos, uma vez que já é nítida a
degradação do meio ambiente e apropriação exacerbada de recursos naturais renováveis e
não renováveis.
O presente artigo pretende apontar experiências significativas na disciplina
Climatologia a partir do conteúdo programático proposto e discussões no processo de
formação profissional desses atores que buscam agregar conhecimentos principalmente no
que tange o planejamento ambiental.
O contexto sociedade e natureza na sociedade do risco ambiental
Na sociedade predomina o saber ambiental-capital. Este representa poder, não
conhecendo barreiras, voltando-se para o rigor da lógica formal, tornando-se na sociedade
esteticismo, voltado para o trabalho, banindo a doutrina das idéias de solidariedade,
cooperação mútua, racionalidade e sustentabilidade.
O relacionamento dos seres humanos com a natureza faz parte da cultura. Assim, como
há várias culturas, vários povos, há formas variadas de relacionamento dos seres humanos
com a natureza. Alguns grupos humanos fazem grandes alterações na natureza, outros
quase não alteram a paisagem natural.
É necessário identificar e avaliar as ações do homem em sociedade, para uma
participação propositiva e reativa, referente aos estudos socioambientais. A observação e a
caracterização dos elementos presentes na paisagem é o ponto de partida para a
compreensão mais ampla das relações entre sociedade e natureza.
Relacionar natureza e sociedade traz como demanda uma discussão inicial a
respeito do conceito de natureza que se pretende apresentar, bem como as ações da
sociedade em direção a natureza, de modo a proporcionar uma reflexão que se alie ao
tratamento da questão num olhar de não hierarquização dos conceitos.
O conceito tradicional de natureza, cunhado com “orgulho” pela lógica capitalista,
é o de natureza enquanto matéria prima alimentadora do processo de acumulação e
circulação de capitais a nível global. O papel do homem neste esquema atém-se ao de
dominador destes recursos, colocando-o na posição externa deste ciclo.
Com esta concepção de natureza desvinculada do homem, enquanto seu
constituinte, a apropriação do espaço e seus “recursos” se tornaram à mola propulsora do
capitalismo, colocando seus opositores na posição de anti-progressistas ou até mesmo
enquanto teóricos radicais.
Tal prática tem demonstrado, porém que este posicionamento do homem, imbuído
do poder concedido pelo domínio do capital, caminha em direção ao colapso da
insustentabilidade que vem degradando as paisagens naturais sob o discurso da
necessidade de utilização das “reservas”.
O espaço físico e os elementos relacionados ao clima, vegetação, solos, relevo e
hidrografia são apropriados de diferentes formas pela sociedade gerando características
peculiares nas paisagens. Fica nítido que existem alterações ambientais produzidas por
diferentes sociedades.
Todo esse momento de luta ambiental coloca algumas responsabilidades para a
escola. Questões sociais e ambientais não podem se tratadas como lutas separadas. O
progresso técnico científicos media as relações sociedade e natureza.
O progresso e hábitos de consumo da sociedade capitalista levaram a sociedade a
se apropriar das florestas tropicas e outros ecossistemas sem a preocupação com a
sustentabilidade. As causas da degradação ambiental e da crise da relação
sociedade/natureza não se devem apenas pelo uso indevido dos recursos naturais do
planeta, mas também a nossa relação com o ato de produzir e consumir em alta escala.
O comportamento social contemporâneo e o consumismo desenfreado têm
escasseado os materiais e insumos essenciais para a continuidade dos atuais ritmos de
produção. Recursos minerais e energéticos são cada vez mais escassos enquanto os seus
produtos residuais envenenam o meio ambiente.
A sociedade produz seus meios de vida a partir de um intercâmbio com a natureza,
porém esse intercâmbio dependerá de como essa sociedade concebe historicamente seus
meios de vida. Sabe-se que ordenação burguesa do mundo implicou a transformação do
entendimento da natureza. Natureza aqui é morta, é mero recurso sem vida nobre ou
lógica própria, ele deve servir apenas aos homens. A geografia tem o papel de contribuir
para que o indivíduo perceba que a sociedade se fundamenta na construção do social sobre
o natural, e que se interagem, formando um todo.
A sociedade constrói o espaço, subordinando cada vez mais a natureza, as suas
regras, devido aos avanços da tecnologia e pelas possibilidades de prevenção e
planejamento. Essa característica permite que o homem encurte distâncias, altere a
qualidade de vida dos solos, amenize as características do clima, reoriente o leito dos rios,
aumente a extensão dos territórios, drene áreas e aterre-as, amplie as fronteiras agrícolas,
considerando-se essas apensas algumas alterações que o homem faz no curso da natureza.
É necessário entender a natureza como elemento fundamental do ambiente e
construir um conceito de natureza que seja instrumentalizador das práticas cotidianas dos
educandos em vários níveis, sem uma visão romântica e naturalista perante o mundo,
perante a história como se os homens não participasse da relação homem/natureza.
O tema meio ambiente é particularmente importante para o Brasil considerando-se
o seu porte continental, sua extraordinária dotação de recursos naturais, seu elevado peso
específico de produtos intensivos em recursos naturais, seu potencial energético e seu
histórico de degradação ambiental.
Soma-se a exploração do meio ambiente no Brasil a desorganização do espaço
urbano, os problemas habitacionais, a expansão da periferia urbana, a miséria, a pobreza
da maioria da população, bem com o sofisticado padrão de consumo das elites que
associados são fatores determinantes da degradação ambiental no país.
Os problemas ambientais no Brasil se agravam no contexto da industrialização e
da urbanização. Aqueles foram agravados pela inexistência de regulamentações
ambientais e pela ausência de sua implementação, bem como pela deterioração
institucional nos últimos anos.
O país ganha destaque com os problemas ambientais na Amazônia: desmatamento,
extração de madeiras, degradação dos solos, perda de fertilidade, erosão, etc. A questão
central não só no Brasil, mas em outros países, é como conciliar o desenvolvimento com a
preservação. A preservação ambiental, na melhor das hipóteses vai custar caro em
pesquisa e tecnologia, mudanças significativas nos padrões conhecidos de produção e
consumo e uma consciência mais sustentável do ambiente.
As grandes cidades são os lugares onde encontramos o maior grau de transformações
provocadas por seres humanos, nelas há forte predomínio de formas construídas e onde as
relações entre a sociedade e a natureza se apresentam mais distanciadas, mais
artificializadas.
A solução para a crise urbana pode ser pensada a partir do desenvolvimento sustentável
do ambiente, segundo a qual a qualidade de vida nas cidades poderá ocorrer com o
planejamento e administração sustentável do uso do solo, de acordo com o
estabelecimento de um tipo de uso mais adequado do solo.
Segundo esta perspectiva, as cidades parecem não representar o uso mais adequado que
se pode fazer do solo: destruição da vegetação; canalização, assoreamento e poluição dos
rios e córregos; compactação e asfalto das vias - enchentes; poluição, contaminação - do
ar, da água, do solo; pobreza, violência, marginalidade. Enfim é a generalização, tanto da
devastação ambiental, quanto social.
Como as cidades não param de crescer, principalmente as grandes, pode-se dizer que as
perspectivas de soluções para o enfrentamento da crise urbana e ambiental, já se
encontram diagnosticadas.
Diante desta relação e da necessidade apresentada pelo olhar crítico desta realidade,
novas teorias e movimentos sócio-ambientais, dotados de uma percepção relacional entre
natureza e sociedade se identificam com o conceito de desenvolvimento sustentável e até
mesmo com o de desenvolvimento local integrado e sustentável, trazendo com isso uma
ruptura epistemológica e uma nova demanda científica na abordagem de temáticas
relacionadas à natureza e ao meio-ambiente.
O desenvolvimento sustentável, essencial para a manutenção da vida do homem na
Terra, vem sendo tratado por alguns pesquisadores de maneira simplista com respostas
que culpam a população, principalmente a mais carente. A ampliação da consciência
ambiental nas últimas décadas tem se concentrado em problemas típicos da
industrialização ou focalizando algumas questões específicas, como o desmatamento
amazônico ou a desertificação em países subdesenvolvidos.
O termo na sua gênese traz o desenvolvimento sustentável como a forma de utilizar os
recursos disponíveis na natureza de modo a respeitar seu uso para que as gerações futuras
possam também usufruir destes bens. Esta noção, num momento de intenso uso da
natureza como recurso, e sua degradação desenfreada, se apresenta como uma alternativa
importante na tentativa de frear este crescimento econômico apontando a finitude dos
recursos como o fim da linha. É como se o próprio capitalismo se olhasse no espelho e
descobrisse sua própria degradação, seu próprio fim por ele mesmo, ou seja, sua auto
destruição.
A sociedade deve conhecer a natureza e respeitar suas leis próprias, produzindo sem
degradar, reconhecendo que a estabilidade de alguns recursos naturais pode ser
irreversível. Contudo, a sociedade vive alguns dilemas sócioambientais como: revolução
verde, uso de agrotóxicos, degradação do solo, extrativismo, expansão das fronteiras
agrícolas e destruição da fauna, que lhe faz privilegiar o desenvolvimento econômico em
prol do meio ambiente.
Ao longo da história o ser humano foi atuando no espaço, alterando-o de acordo
com suas necessidades. Conseqüentemente em grande parte da superfície terrestre
encontramos elementos construídos pela ação humana. Eles fazem parte dos sistemas
artificiais na organização espacial dos lugares. A natureza e meio ambiente devem ser
considerados em sua dimensão política, econômica e cultural, com desdobramentos
sociais que interferem na qualidade de vida da população.
A nossa cultura e a nossa civilização baseiam-se em valores e visões de mundo
dissociadas das leis da natureza, o que resulta na crescente degradação ambiental,
acumulação de resíduos e perda da sustentabilidade. Cada cidadão tem a responsabilidade
e gera impactos ambientais de acordo com sua atividade cotidiana. Quando o homem se
apropria da natureza a territorialidade adquire um valor bem particular, pois reflete a
multidimensionalidade do vivido territorial pelos membros de uma coletividade, pelas
sociedades em geral.
A sociedade principalmente a urbana, influencia os processos de produção e de
administração como os problemas são resolvidos. O modo como a sociedade se estrutura
espacialmente assim como os padrões de consumo, comportamento e estilos sustentáveis.
Então cabe a sociedade a tentativa de mudança. A escola deve colaborar na elaboração de
um discurso capaz de superar a distinção criada entre natureza e sociedade.
Formação profissional e Climatologia no contexto das mudanças Globais
A partir da encruzilhada que se encontra a sociedade atual surgiu a demanda por
profissionais cada vez mais qualificados que pudessem intervir da dinâmica funcional da
superfície terrestre. Em especial os Cursos Técnicos em Meio Ambiente tem muito a
contribuir nesse processo. O curso trabalha com componentes de disciplinas, introdutórias
em um primeiro momento, posteriormente aquelas vinculadas ao planejamento ambiental
e por último as ligadas à gestão ambiental.
Todas elas possuem um caráter técnico e filosófico perpassando dos futuros
profissionais da área a necessidade urgente da tomada de consciência, pois somos
componentes de uma mesma comunidade, desde o organismo mais simples ao mais
complexo. O curso apresenta uma práxis educativa técnica e social que tem por finalidade
a construção de valores que possibilitam o entendimento da realidade da relação natureza
e sociedade e ao mesmo tempo busca formar profissionais para atuação eficiente e
responsável na sociedade urbana-industrial.
O curso é ofertado na modalidade de Educação Profissional Subseqüente e possui
três módulos cada um com duração de um semestre. A disciplina Climatologia aparece no
segundo módulo que é mais vinculado ao planejamento ambiental. A carga horária
destinada é de quarenta horas. Ela tem por objetivo apresentar os conceitos e sistemas de
classificação do clima no geral. Distribuição dos climas na superfície terrestre e suas
causas. Elementos e fatores climáticos do Globo. Escalas de análise, método e técnicas em
climatologia. Relação homem e clima. Interferência do clima nas atividades econômicas.
Problemas ambientais relacionados ao clima.
O encaminhamento da disciplina apresenta partes teóricas e práticas mescladas. No
início é apresentado um resgate historio da climatologia, dando ênfase à urbana que está
vinculada as sucessões de revoluções industriais. A diferenciação de clima e meteorologia,
assim como clima e tempo são essenciais para situar os alunos nas contribuições que a
climatologia oferece na sua formação profissional.
Entende-se por Meteorologia a ciência que estuda os fenômenos que ocorrem na
atmosfera que está relacionada ao estado físico, dinâmico e químico da atmosfera além das
interações entre elas e a superfície terrestre subjacente. Pode ser ainda definida como um
ramo da física que se ocupa dos fenômenos atmosféricos (meteoros - termo meteoro é
aplicado a qualquer fenômeno, diferente de uma nuvem, que seja observado na atmosfera,
ou à superfície terrestre, decorrente da presença da atmosfera). Já a Climatologia é uma
sub-área da meteorologia que estuda o comportamento médio da atmosfera para um
determinado período, através de métodos estatísticos.
O conceito de clima é trabalhado como o conjunto das condições
atmosféricas(chuva, temperatura, ventos, etc) de uma região, que é determinado pelas
médias mensais e anuais dessas condições durante um período de, pelo menos, 30 anos. A
noção de tempo corresponde à análise do conjunto das condições atmosféricas em um
dado momento.
Trabalhados os conceitos iniciais básicos, a disciplina começa trabalhando
questões importantes vinculadas à estrutura da atmosfera, fatores climáticos2 e
posteriormente elementos climáticos3. Essa base teórica garante a aplicação do
conhecimento à climatologia enquanto área das Geociências que auxilia na compreensão
da relação sociedade/natureza. Os conhecimentos construídos são aplicados no
entendimento e prática de situações vinculadas ao planejamento urbano e agrário,
dinâmica climática brasileira, análise de imagens de satélite e documentos semiológicos e
previsão de tempo.
Dois momentos podem ser destacados ao longo do desenvolvimento da disciplina:
as partes de instrumentalização sobre Levantamento ou diagnóstico sócioambiental, onde
é nítida a relação sociedade natureza e a participação da climatologia no desenvolvimento
da atividade profissional e o Seminário sobre mudanças climáticas a partir de estratégias
empresariais onde os alunos do curso tomam contato com o que há de mais moderno em
termo de tecnologia e propostas empresariais de desenvolve MDL(mecanismos de
desenvolvimento limpo).
Na Tabela 1, dentro do que foi estabelecido nos Referenciais curriculares
para a área sobre as funções do Curso Técnico em Meio Ambiente. A Climatologia centrase nas perspectivas das funções 2 e 3.
Sendo assim, é possível dizer que a formação de técnicos em meio ambiente deve
ser uma preocupação permanente dentro de uma visão sistêmica, garantindo que para
2
Características físicas que determinam o estado climático. São elas: latitude, altitude, cobertura do solo,
continentes e mares, correntes oceânicas e massas de ar.
3
Variáveis meteorológicas que caracterizam o clima. São elas: temperatura, pressão, umidade, ventos e
radiação solar.
cada região esteja disponível um contingente capacitado, estrategicamente localizado, e
qualificado de acordo com as demandas regionais4.
Considerações finais
A Climatologia é para desenvolver a participação dos alunos nas discussões e
decisões sobre a questão ambiental, vinculadas aos problemas ambientais urbanos e
mudanças climáticas em espacial, já que essas, passam a fazer parte do cotidiano e do
processo de formação das classes sociais, todos precisam preservar para ter uma qualidade
de vida, ou seja, uma vida saudável.
A formação profissional do Técnico em Meio Ambiente não pode servir como um
instrumento de alienação coletiva, promovendo a ideologia territorial burguesa. É
necessária a inserção dos conhecimentos climáticos a fim de promover o amadurecimento
do fazer ambiental nas empresas, baseado na dialética para gerar a contradição e propiciar
o debate, com responsabilidade social e ambiental. Apenas assim poderemos analisar o
meio ambiente com um pouco de criticidade, de modo a entender a barbárie que sofremos
diante de um conhecimento e técnicas que são manipulados pelos interesses de alguns.
Em cooperação junto a demais disciplinas do curso a climatologia deve assumir
sua responsabilidade na tarefa de compreensão da sociedade em que vive e ações positivas
nesse ambiente. Desenvolvendo não para o aluno, mas, principalmente, com o aluno a
perspectiva da sociedade enquanto um todo, fruto da unidade na diversidade, portanto
como uma “síntese de múltiplas determinações”.
Cabe a Climatologia apropriar-se do seu papel, estudo do homem, do meio, das
condições climáticas e das relações estabelecidas no espaço, para evidenciar a importância
de cada indivíduo no contexto socioambiental em que está inserido. Assim, poderemos
formar profissionais críticos conscientes e capazes de atuar no presente e ajudar a
construir o futuro, pois exercer a cidadania é ter sentimento de pertencer a uma realidade
em que as relações entre sociedade e natureza formam um todo integrado, do qual fazemos
parte.
Portanto,
precisamos
nos
perceber como
participantes,
responsáveis
e
comprometidos historicamente com os valores humanísticos.
Em outras palavras, o compromisso da Climatologia deve ser com a formação de
profissionais autônomos, criativos e críticos, com as habilidades e competências e a
4
Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico. Área profissional Meio
Ambiente. Secretaria de Educação Média e Técnica. Ministério da Educação, p.17.
coragem de construir uma nova, um espaço globalizado pela solidariedade, respeito ao
meio ambiente, reconhecendo a relação de cada um com a natureza.
Referências bibliográficas
GOLDEMBERG, José e VILLANUEVA, Luz Dondero. Energia, Meio Ambiente e
Desenvolvimento. São Paulo: Edusp, 2003.
GUERRA, José Teixeira e VITTE, Antônio Carlos. Reflexões sobre a Geografia
Física no Brasil. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 2004.
MARCOVICHT, Jaques. Para mudar o futuro:mudanças climáticas, políticas
públicas e estratégias empresariais. São Paulo: Ediusp, 2006.
MENDONÇA, Francisco e MONTEIRO, Carlos Augusto de Figueiredo. Clima
Urbano. São Paulo: Contexto, 2003.
Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico.
Área profissional Meio Ambiente. Secretaria de Educação Média e Técnica.
Ministério da Educação.
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