SANEAMENTO AMBIENTAL
Aula 10 – Coleta, Tratamento e
Disposição Final do Lixo
Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral
SANEAMENTO AMBIENTAL
Conteúdo Programático desta aula
 Reconhecer aspectos dos sistemas de
coleta, tratamento e disposição final do
lixo;
 Identificar as características do sistema
de coleta seletiva e das novas tecnologias
de reciclagem; e
 Relacionar estes conceitos à saúde
pública.
COLETA, TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DO LIXO – AULA 10
SANEAMENTO AMBIENTAL
Introdução
A
Política
Nacional
de
Resíduos
Sólidos (PNRS), de 2 de agosto de 2010, faz a
distinção entre resíduo (lixo que pode ser
reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que
não é passível de reaproveitamento), além
de se referir a todo tipo de resíduo:
doméstico, industrial, da construção civil,
eletroeletrônico,
lâmpadas
de
vapores
mercuriais, agrosilvopastoril, da área de
saúde e também de resíduos perigosos.
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Os novos pensamentos e leis sobre a disposição e destino
dos resíduos vêm crescendo à medida que as pessoas passam a ver
os resíduos, antes chamados de lixo, como uma fonte de renda e
uma forma de evitar problemas relacionados à saúde pública e à
preservação do meio ambiente.
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos
A sanção da Lei 12.305/10, a PNRS, representa um ato
extremamente positivo da política em benefício da população, sob o
ponto de vista da educação, da saúde, do meio ambiente e da
economia.
Os novos conceitos da sociedade expostos na PNRS mostram que
muitas coisas, consideradas sem valor, podem ser reaproveitadas
e gerar renda. Ainda apresentam valor agregado, aumentando o
rendimento do produto no sistema.
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Explorando o tema – A Política Nacional de
Resíduos Sólidos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
No endereço acima você vai encontrar o texto da lei na íntegra.
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Objetivos da PNRS
 Não gerar, reduzir, reutilizar e tratar os resíduos sólidos.
 A destinação final, ambientalmente adequada dos rejeitos.
 A diminuição do uso dos recursos naturais (água e energia, por
exemplo, no processo de fabricação de novos produtos).
 Intensificação de ações de educação ambiental.
 Aumento dos processos de reciclagem no país.
 Racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar.
 Promoção da inclusão social.
 Geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis.
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Logística Reversa
A PNRS institui ainda o princípio da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo
de vida dos produtos, que é uma forma de
repensar os ciclos já conhecidos e na
abrangência das responsabilidades a ele
agregadas.
Por este princípio, todos são responsáveis pelo destino final
de
um
produto:
desde
os
fabricantes,
os
importadores,
os
distribuidores, comerciantes, os consumidores e os titulares dos
serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
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A tecnologia de logística reversa compõe um conjunto de ações
que têm o objetivo de redirecionar os resíduos de volta para os seus
geradores, isto é, quem os produziu e não quem os comprou
(consumidores finais).
Assim, os produtores são responsáveis pelo destino final de seus
produtos, seja para novos tratamentos, reaproveitamento ou descarte
adequado.
De acordo com as novas regras, os envolvidos na cadeia de
comercialização dos produtos, desde a indústria até as lojas,
deverão estabelecer um consenso sobre as responsabilidades de
cada parte e, assim, tudo deve ficar acordado entre as partes
prévia e claramente.
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Atualmente, a logística reversa já
funciona
com
pilhas,
pneus
e
embalagens de agrotóxicos, mas é
pouco
praticada
pelo
setor
de
eletroeletrônicos, que foi um dos que
mais contestaram tal ponto do projeto.
OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA
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Normas de classificação do lixo segundo a ABNT
De acordo com a norma de ABNT, NBR10004, quanto à sua
origem podemos classificar os resíduos como:
Lixo comercial:
Lixo urbano:
Lixo domiciliar:
Resíduos sólidos
em áreas urbanas,
incluindo os
resíduos
domésticos,
efluentes
industriais
domiciliares e
resíduos
comerciais.
Resíduos sólidos
de atividades
residenciais.
Exemplo:
matéria
orgânica,
plástico, lata,
vidro.
Resíduos sólidos,
resíduos gerados em
estabelecimentos
comerciais cujas
características
dependem da
atividade ali
desenvolvida e os
gerados nas
atividades de limpeza
urbana.
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Lixo industrial:
Lixo público:
Resíduos
sólidos e
produtos de
limpeza
pública.
Exemplo:
areia, papéis,
folhagem,
poda de
árvores.
Lixo especial:
Resíduos geralmente
industriais, que
merecem
tratamento,
manipulação e
transporte especial.
Exemplos: pilhas,
baterias, embalagens
de agrotóxicos,
embalagens de
combustíveis e de
remédios.
Nem todos os resíduos
produzidos por indústrias
podem ser designados
como lixo industrial.
Podem apresentar
características
diversificadas, de acordo
com cada fábrica. São
estudados caso a caso e é
adotada a classificação de
resíduos apresentada na
norma NBR 10.004 da
ABNT, apresentada mais a
frente.
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Lixo radioativo:
Lixo espacial:
Lixo atômico:
Resultante da
queima de
composto de
urânio
enriquecido
com isótopo
atômico 235.
Restos dos
objetos
lançados pelo
homem no
espaço, que
circulam ao
redor da Terra
com a
velocidade de
aproximadamen
te 28 mil
quilômetros por
hora.
Resíduo tóxico e venenoso,
formado por substâncias
radioativas, resultante do
funcionamento de reatores
nucleares. Como não há um
lugar seguro para
armazenar esse lixo
radioativo, a alternativa
recomendada pelos
cientistas foi colocá-lo em
tambores ou recipientes de
concreto impermeáveis e à
prova de radiação,
enterrados em terrenos
estáveis no subsolo.
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Lixo de serviço de saúde:
São aqueles gerados nas instituições
de saúde, como hospitais e etc.
Também existe norma específica, a
NBR 12.808, da ABNT. Ela classifica os
resíduos de saúde em três categorias:
• Classe A ou resíduos infectantes.
• Classe B ou resíduos especiais.
• Classe C ou resíduos comuns, que
não se enquadram nas Classes A e B e
se assemelham
aos resíduos domésticos, não
oferecendo riscos à saúde pública.






CLASSE A
Biológicos
Sangue e hemoderivados
Perfurantes
Cortantes
Cirúrgicos
Animais contaminados
CLASSE B
 Rejeitos radioativos
 Resíduos farmacêuticos
 Resíduos químicos
perigosos
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Outra forma de classificação é de acordo com a sua classe. A mesma
norma ABNT, NBR 10.004 de 2004, classifica os resíduos sólidos em:
CLASSE I ou perigosos:
São aqueles que, em função de suas características intrínsecas,
apresentam riscos à saúde pública por provocar aumento da mortalidade
ou da morbidade, provocar efeitos adversos ao meio ambiente quando
manuseados ou dispostos de forma inadequada. As características
intrínsecas destacadas são referentes à sua: inflamabilidade,
corrosividade, toxicidade, reatividade e patogenicidade.
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CLASSE II ou não-perigosos:
CLASSE IIA – (não-inertes):
São os resíduos que podem apresentar características de
combustão, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de
acarretar riscos à saúde e ao meio ambiente, não se enquadrando nas
classificações de resíduos Classe I – Perigosos.
CLASSE IIB – (inertes):
Compõem esta classe aqueles que, por suas características
intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. Para
caracterizar que os resíduos realmente não ofereçam riscos eles devem
ser amostrados adequadamente, isto é, de acordo com a norma NBR
10.007, e com a norma NBR 10.006 e, neste caso, não podem
apresentar qualquer de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água (NBR
10.004), excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.
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Padrão e Simbologia
O conceito de reciclagem é o de reaproveitamento de
materiais que já foram anteriormente beneficiados a partir de suas
matérias-primas, para a produção de um novo produto.
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O símbolo internacional da reciclagem são três setas indicando
um movimento cíclico, mas existem outros símbolos mais específicos
empregados em diferentes países. Da mesma forma, os recipientes
para recebimento de produtos recicláveis podem ser de cores
diferentes de acordo com cada país. No Brasil, alguns símbolos além
do internacional, assim como cores, são utilizados para indicar locais e
produtos para reciclagem.
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Explorando o tema – Reciclagem de lixo
http://www.youtube.com/watch?v=8L1JjdklCrs
Documentário “Lixo extraordinário”, de Vik Muniz
http://www.youtube.com/watch?v=udpDCiLrg4k&feature=related
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