SAUDÁVEL...
...mente
Câncer de Mama
e Depressão
Ao longo da vida, cerca de uma em cada
oito mulheres serão diagnosticadas com
câncer de mama. Para a surpresa dos
psiquiatras e psicólogos, muitas vezes
os sintomas psíquicos e psicológicos
são minimizados pelo público em
geral e até mesmo por parte dos
médicos. Permanece ainda a falsa percepção: “fulana
está deprimida, desanimada, mas também, ela está
com câncer de mama!”, como se fosse natural a presença destes
sintomas e transtornos psiquiátricos nos pacientes oncológicos.
A
associação entre câncer de mama e sintomas depressivos e
ansiosos ainda não é totalmente compreendida do ponto de
vista biológico, porém é evidente a associação entre ambos
na prática médica, com o desenvolvimento de sintomas depressivos,
ansiosos, transtornos ansiosos e depressivos. O primeiro ano após
o diagnóstico é o período em que mais ocorre a sobreposição com
transtornos psiquiátricos, principalmente depressão e ansiedade.
O câncer de mama e seu tratamento cirúrgico também têm implicações extremas na autoestima das mulheres, na autoimagem, na condição de sono e na satisfação sexual. Estes fatores têm impacto importante sobre a qualidade de vida. A quimioterapia pode contribuir, por
si só, para causar sintomas depressivos ou ansiosos. Veja o que dizem
alguns estudos:
 Até 51% das pacientes com câncer de mama terão o diagnóstico clínico de transtornos depressivos ou ansiosos e mais 20% das
mulheres apresentam sintomas psicológicos incapacitantes relacionados.
 Pacientes deprimidos tendem a não fazer todas as etapas do tratamento do câncer, ou mesmo evitá-las, resultando em um prognóstico pior do tratamento oncológico.
Suicídio é mais comum entre deprimidas com câncer de mama, e
isso ocorre principalmente após o diagnóstico inicial, bem como
em casos de recorrência pós-tratamento.
Mesmo a presença exclusiva de sintomas depressivos e/ou ansiosos (insuficientes para diagnóstico de um transtorno clínico) tem
impacto significativo no risco de suicídio, na qualidade de vida e
na sobrevida das pacientes nos anos vividos após o diagnóstico.
É importante lembrar – Uma vez que sintomas psicológicos de ansiedade ou depressivos forem detectados na população com câncer de
mama eles devem ser imediatamente tratados, farmacologicamente
(no caso de um diagnóstico psiquiátrico) e com psicoterapia, não apenas para que o resultado do tratamento oncológico seja melhor, mas
também para aumentar a sobrevida, a qualidade de vida e a prevenção de suicídio nessa população.
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COLUNA ISJ-outubro