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SEGUIMENTO DAS PACIENTES JOVENS
COM DIAGNÓSTICO DE CARCINOMA DE MAMA
IX Salão de
Iniciação Científica
PUCRS
Marcelle Morais dos Santos1, Felipe Pereira Zerwes2, Betina Vollbrecht2 ,Janaina Viegas2, Luciana
Gollin 1 , Ana Paula Gomes1 , Fabiane Silva Barbosa2 ,Antonio Luiz Frasson2 (orientador)
1
Faculdade de Medicina da PUCRS1, Centro de Mama do HSL- PUCRS2
Resumo
Introdução
A neoplasia mamária é a principal causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras.
Porém, apenas 5 % dos carcinomas de mama acometem mulheres com idade igual ou inferior
a 35 anos. Este diagnóstico em pacientes jovens apresenta desafios únicos na decisão do
tratamento, tanto cirúrgico quanto medicamentoso. O objetivo do presente estudo é avaliar as
características clínicas, o diagnóstico, o tratamento e o seguimento das pacientes com
carcinoma de mama com idade igual ou menor que 35 anos acompanhadas no Centro de
Mama do HSL PUCRS (CEMA).
Metodologia
Foi realizado um estudo retrospectivo das pacientes diagnosticadas e
acompanhadas pelo sistema único de saúde (SUS) no CEMA de 1996 à 2006, com um tempo
de seguimento médio de 3,6 anos (0,1 – 9,4 anos). Em um banco de dados – Access - foram
identificadas 577 pacientes com carcinoma de mama nestes dez anos, sendo que 34 (5,8%)
apresentavam idade igual ou inferior a 35 anos no momento do diagnóstico. Os dados
pesquisados foram características demográficas; exame físico; exames de imagem;
características histológicas do tumor; tratamento cirúrgico, quimiotérapico e radioterápico;
assim como, seguimento e complicações.
IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008
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Resultados
A idade média no momento do diagnóstico foi de 32,08 anos (24-35), 23%
apresentando história familiar positiva para carcinoma de mama, 26,4% nuligestas. O motivo
da primeira consulta foi nódulo de mama palpável em 94,6% dos casos, com mamografia
categoria BIRADS 4 e 5 em 86% dos casos, ecografia mamária apresentando achados
suspeitos ou altamente suspeitos em 90%. Todas as pacientes receberam tratamento cirúrgico:
58,8% tratamento conservador (setorectomia), 41,2% tratamento radical (mastectomia).
Quando levamos em consideração o tratamento quimioterápico, observamos que 38%
realizaram quimioterapia neoadjuvante com reposta clinica e patológica completa em 23%;
tratamento adjuvante foi aplicado em 52%, radioterapia em 88%. 67,6% receptores hormonais
positivos, 23,1% HER 2 positivo (escore 3), 42,3%, p53 positivo e 36% Ki67 positivo em
mais 60% das células. Recidiva tumoral foi detectada em oito pacientes (23%), sendo que em
quatro (50%) ocorreu morte por complicações da neoplasia e as outras quatro (50%) vivem
com doença. A mortalidade observada nesse grupo com seguimento de 3,6 anos foi de 11%.
Conclusão
O perfil e o seguimento das pacientes jovens acompanhadas no nosso serviço são
compatíveis com os dados da literatura. O tumor diagnosticado na paciente jovem apresenta
características neoplásicas de maior agressividade. Como é uma patologia incomum nessa
faixa etária, mais estudos e um maior tempo de seguimento são importantes para estabelecer o
melhor tratamento dessas jovens mulheres.
Referências
FRASSON,A.L.; ZERWES, F.P.; BARBOSA,F.S.; VOLLBRECHT,B.; DOS SANTOS,M.M.; GOLLIN,L.M.;
BARRIOS,C.H. Perfil das Pacientes Jovens com Diagnóstico de Carcinoma de Mama no Centro de Mama do
Hospital São Lucas da PUCRS. Prática Hospitalar. ANO IX, N° 52 (2007), pp. 95 – 98.
IX Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2008
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