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Portugal Inovador
2 I Setembro
Portugal Inovador
Setembro I 3
Portugal Inovador
Índice
5Editorial
6
Colégio Morgadinhos:
Muito mais que um colégio
17 Grande Porto
32Guimarães
47 Mediação Imobiliária
55 Região Centro
65 Poder Local
4 I Setembro
Portugal Inovador
Editorial
Player internacional
Frequentemente ouvimos líderes
­p olíticos, analistas, comentadores e
­o utras figuras incentivarem a aposta na
via da exportação. O apelo não é feito por
acaso. O reforço das exportações é, por
variados motivos, uma situação ­altamente
vantajosa tanto para as empresas como
pelo seu impacto macro e microeconómico. Relativamente às empresas
tem sobretudo o efeito de libertá-las da
­d ependência face a um só mercado.
Uma empresa que esteja em contacto
com um conjunto de diferentes mercados e clientes, não estando inteiramente
dependente das flutuações de um único,
tem mais hipóteses de garantir uma situação de estabilidade nos seus níveis
de faturação. Naturalmente, há ainda as
vantagens que se prendem com o acréscimo do reconhecimento e prestígio que
uma marca recebe ao tornar-se um player
de dimensão internacional.
Apesar das oscilações verificadas nos
últimos meses, de acordo com os dados
do INE referentes ao segundo trimestre
de 2014, o défice da balança comercial
portuguesa aumentou 236,2 milhões de
euros e a taxa de cobertura diminuiu
1,5 pontos percentuais para 84,2%. As
­e xportações caíram 0,4% e as importações aumentaram 1,3% no segundo
trimestre deste ano face ao período homólogo de 2013.
Uma boa dinâmica exportadora é
­n ecessária para manter a nossa balança
comercial numa situação sustentável.
Se os portugueses pretendem manter
os seus níveis de consumo (assente em
grande medida em produtos importados)
em acordo com os padrões ocidentais, é
imperativo que o nosso papel exportador
não deixe de ser reforçado.
A direção da Portugal Inovador
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Setembro I 5
Portugal Inovador
Muito mais que um colégio!
O Colégio dos Morgadinhos, situado na Póvoa de Santa Iria, é muito mais do que uma
instituição de ensino. É um espaço onde as crianças podem adquirir a formação correta
que lhes permita destacarem-se na sociedade como cidadãos que prezam a solidariedade,
a cooperação e a benevolência.
Elisabete Marques lidera o Colégio
dos Morgadinhos desde dezembro
de 2013. Advogada de formação, a
nossa entrevistada decidiu agarrar
este projeto e transformá-lo em algo
que hoje se tornou numa referência
no âmbito do ensino. Esta instituição
tem como principal objetivo, conceder
aos seus alunos uma formação sólida
e altamente qualificada na direção
de um futuro de realização pessoal e
profissional. “O nosso lema é: formar
os líderes de amanhã e isso advém
da nossa procura pela excelência.
Pretendemos que os alunos ocupem
os seus tempos livres com atividades
culturais que lhes permitam, um dia
mais tarde, serem cidadãos sociais”,
explica a diretora.
Para quem não conhece ainda este
espaço, a nossa interlocutora garante
que os encarregados de educação e
as próprias crianças podem esperar
um ensino de qualidade, um ambiente
propício à idade dos discentes, com
um conjunto de atividades lúdicas e
culturais. No Colégio dos Morgadinhos
promove-se o gosto pela aprendizagem, bem como o raciocínio lógico e
a criatividade, através de um ensino
6 I Setembro
estimulante. Como fez questão de
acrescentar: “Felizmente conseguimos ter uma excelente relação com os
pais e há um seguimento do trabalho,
que passa pela colaboração entre a
escola e a família, na educação de
cada criança, para que esta não seja
formada apenas a nível curricular,
mas também a nível social”.
Uma das grandes preocupações
de Elisabete Marques quando assumiu o cargo de diretora do Colégio
dos Morgadinhos, foi a aposta na
formação dos seus colaboradores,
sobretudo das auxiliares, de modo a
que estas tivessem um conjunto de
conhecimentos em áreas que são
fundamentais numa instituição de
ensino. “Desde que aqui estou que
a formação contínua dos meus colaboradores é essencial. Faço questão,
que sempre que possível, eles se
formem em higiene e segurança no
trabalho, assim como em primeiros
socorros, conhecimentos que são
essenciais”, afirma.
Portugal Inovador
que forma estes espaços funcionam:
“Aqui, as explicações são dadas individualmente e focadas na disciplina que
a criança tem dificuldade, de maneira
a que haja um acompanhamento mais
próximo. A sala de estudos é mais vocacionada para ensinar as crianças a
estudar e a criar um método de estudo,
uma lacuna nos dias que correm”.
Futuro
Mais do que Português
e a Matemática
Com a valência de 1º ciclo o Colégio dos Morgadinhos não se dedica
apenas a ter as atividades curriculares
base, como a Língua Portuguesa,
a Matemática, o Estudo do Meio ou
mesmo a Expressão e Educação Musical, Expressão e Educação Plástica
e Educação Física. Esta instituição vai
muito mais além e proporciona aos
seus alunos um conjunto de atividades de enriquecimento curricular que
englobam as mais diversas competências. Segundo Elisabete Marques,
“estas atividades representam, um
valioso e essencial complemento pedagógico ao trabalho diário realizado
no Colégio. As nossas atividades são
para todos e não apenas para uma
turma. Há uma ligação e um convívio
muito grande entre todas as crianças,
mesmo estando em turmas diferentes”.
Juntamente com isto, estão as atividades extracurriculares, que incluem o
Judo, a natação e a dança. “Este ano,
vão inaugurar as aulas de Thai-Chi,
de Ballet e de Zumba”. De forma a
englobar os pais e encarregados de
educação nestas mesmas atividades,
o colégio criou horários pós-laborais
para que os adultos também possam
frequentar estes espaços.
abrir a crianças e adolescentes que
não estejam inseridos no colégio, uma
sala de estudos e um centro de explicações, ambos a cargo da professora
Isabel Dias. Com alunos, nestas duas
vertentes, desde o 1º ciclo até ao ensino secundário, Isabel Dias explicou de
Desde que está a dirigir o Colégio
dos Morgadinhos, a nossa entrevistada
conseguiu, em pouco tempo, criar uma
instituição de prestígio, reconhecida
na região. Como tal, um dos grandes
objetivos passa por continuar a apostar
na qualidade e na excelência do ensino
que aqui é ministrado. Mais à frente,
“gostaríamos de ampliar as valências,
de maneira a darmos resposta ao 2º
ciclo e também ao pré-escolar, algo
que nos últimos tempos tem sido muito
requisitado”, conclui. |
Sala de Estudos e
Centro de Explicações
Preocupados também com a comunidade que os rodeia, os membros
da direção deste espaço decidiram
Setembro I 7
Portugal Inovador
Padaria Pereira:
a arte de bem fazer
A Padaria Pereira, situada no Parque Industrial de Abrantes, está há 21 anos a laborar com
inovação e qualidade. Conceito inicialmente demarcado por Manuel Carlos Pereira, que
mais tarde ganhou asas com os filhos, Rui Pereira e Tiago Pereira.
A Padaria Pereira, empresa
familiar, idealizada e projetada por
Manuel Carlos Pereira, iniciou com
pequenos passos que vieram fazer
toda a diferença no concelho de
Abrantes. A empresa deu início à
sua atividade em 1993, através de
uma fábrica alugada que lhe dava
espaço para o desempenho do seu
trabalho. Em 2000, o crescimento
alcançado proporcionou-lhe a possibilidade de alugar outra fábrica, no
concelho de Mação, acabando por
trabalhar com as duas em simultâneo. Em 2001, abriram a primeiro
balcão de pão quente e pastelaria,
posteriormente novas aberturas se
seguiram. Em 2005, a conjuntura
positiva permitiu-lhes abandonar as
duas pequenas fábricas alugadas,
abrindo assim uma unidade industrial própria em Abrantes.
Distribuição regional
A empresa encontra-se dividida
em dois grandes grupos, tendo um
campo de atuação que abrange as
várias regiões dos distritos de Santarém, Portalegre e Castelo Branco.
8 I Setembro
No total são 108 funcionários que
contribuem para o crescimento diário da empresa. Uma parte do grupo
dedica-se exclusivamente à revenda e distribuição, a outra parcela
elabora um trabalho consistente
direcionado para a venda direta nas
suas lojas. Atualmente contam com
o espaços comerciais, sendo que
“duas das lojas têm fabrico próprio”.
Nas regiões onde não se encontram lojas instaladas e a venda se
realiza porta a porta, o transporte,
e os seus cuidados subsequentes
são fulcrais. 22 vendedores asseguram esse trabalho. Abrantes,
Mação, Sardoal, Tomar, Chamusca,
Almeirim, Entroncamento, Ponte de
Sor, Portalegre, Alter do Chão, Avis,
Nisa, Marvão, Castelo de Vide,
Gavião, Crato, Fronteira, Estremoz,
Elvas, Sousel, Castelo Branco,
Alcains e Coruche são algumas
das localidades por onde os vendedores se encontram distribuídos.
Deslocando-se diariamente em
carros da empresa - adaptados à dimensão da mercadoria - distribuem
os seus produtos pelos diferentes
pontos dos concelhos.
Valores que
perduram
De pai para filhos, conquista
após conquista, com ensinamentos que o trabalho diário oferece,
conseguiram adquirir um posicionamento diferenciador baseado na
proximidade e transparência para
com o cliente. Hoje são bem reconhecidos no ramo da panificação e
Portugal Inovador
pastelaria, imagem consolidada ao
longo destes anos de história.
Com uma oferta variada de
pães e doces conseguem chegar
a um público amplo, satisfazendo
os paladares. Pão cozido, pão pré-cozido congelado, pão em massa, pastelaria fresca, bolos para
aniversário, casamento e eventos,
bolo seco são alguns dos produtos
destacados pela família Pereira.
Têm também alguns produtos como
referência, como é o caso do pão de
água, pão tipo alentejano, tigeladas
e a palha de Abrantes.
podem marcar a diferença pela sua
qualidade. Neste momento, a gerência verifica uma forte procura em
produtos regionais e tradicionais.
Apostas futuras
Rui Pereira e Tiago Pereira
cresceram no meio e hoje dedicam-se afincadamente a esta
tarefa, gosto que o pai tão bem
lhes soube transmitir. A formação,
como elemento indispensável
da empresa, está presente no
espírito do fundador, o que contribui para alargar os horizontes
da empresa e posicionar-se
vantajosamente. As instalações
revelam-se agora limitadas devido ao crescimento que têm tido.
“A nossa maior preocupação é a
qualidade, não o preço, a confeção é determinante dada a variedade de produtos que temos”,
revela a família Pereira.
A grande aposta atual passa
pela venda direta ao cliente, através
das suas lojas e do transporte porta
a porta, nunca colocando de lado
todas as fases envolventes neste
processo.
A Padaria Pereira, erguida com
rigor e dedicação dos seus colaboradores, preza também pelo controlo de todo o processo desde a produção até às lojas, atravessando os
diferentes intervenientes ligados à
empresa, desde os fornecedores
até ao cliente final, exigências trazidas pelo mercado atual. |
Produção
diferenciadora e
rigorosa
Com uma gama bastante elevada na parte da panificação e na
pastelaria, têm aproximadamente
47 produtos de padaria e 89 produtos de pastelaria, por sua vez,
produz diariamente cerca de 3900
kg de farinha em pão cerca de
8000 bolos por dia. Julho, agosto
e dezembro são os meses do ano
onde se verifica maior afluência
nas vendas, facto que se explica
através do regresso às origens
por parte dos emigrantes, aliado
à vontade de voltar a degustar os
diferentes sabores tradicionais que
a terra oferece.
Criteriosos no seu método de
trabalho estão atentos às diferentes
especificidades que a confeção
dos variados produtos envolvem.
Atentos ao mercado sabem que
Setembro I 9
Portugal Inovador
Produtos regionais feitos
de forma artesanal
Há apenas dois meses no mercado, a Quintinha d’Aldeia é já uma marca de referência a nível
nacional. Com diversos enchidos, todos eles produzidos de forma artesanal, esta empresa
já conquistou o mercado português.
No Alto da Chainça, em Pernes,
encontramos a Quintinha d’Aldeia.
Na Quinta são feitos enchidos à
moda antiga, ou seja, de forma artesanal. Aqui, as máquinas são praticamente inexistentes. Susana Santos e Paulo Piedade, proprietários
deste espaço, decidiram criar esta
empresa, com estas características,
exatamente porque se aperceberam
que no mercado existiam poucos
produtos que fossem produzidos
10 I Setembro
desta forma. “Todos os produtos
estão a ter uma excelente aceitação
no mercado e isso, deve-se muito ao
facto de ser tudo feito de forma artesanal e à moda antiga. Claro que a
higiene e controlo da qualidade são
fatores essenciais para que os nossos produtos sejam reconhecidos.
A limpeza das instalações e o vestuário de quem manuseia os artigos
estão de acordo com as normas em
vigor”, afirma Susana Santos.
Os enchidos são atados à mão e
secos em fumeiro com lenha de azinho. Para manter a qualidade dos
enchidos, mesmo no verão, existe
a câmara de frio que conserva a
carne temperada, durante os três
ou quatro dias de maturação, com
a frescura dos meses frios de inverno. Entre os enchidos, podemos
encontrar uma grande variedade,
que vão desde “o chouriço de carne, o chouriço picante, o mouro, um
chouriço negro, a morcela de assar,
a morcela de arroz, a farinheira, a
paiola, os paios. Depois fazemos
um pack de farinheira fina, de mouro fino e de linguiça, que é muito
bom para o churrasco”, refere. Com
a marca Quintinha d’Aldeia são comercializados ainda outros produtos artesanais, nomeadamente as
compotas, com diversos sabores,
o queijo de ovelha “amanteigado e
muito saboroso” e ainda o vinho e
o presunto.
De acordo com a nossa entrevistada, a grande preocupação
neste momento não é produzir
grandes quantidades, mas sim
qualidade. “Só utilizo produtos da
melhor qualidade, desde a carne
até aos temperos. Acabo por pagar
um preço mais alto por isso, mas é
esse facto que diferencia os nossos enchidos, é a forma como eles
são produzidos e a qualidade dos
produtos que neles são utilizados”.
Graças a isto, em apenas dois
meses de mercado, a Quintinha
d’Aldeia já tem uma carteira de
160 clientes o que é fantástico. “Os
nossos produtos estão em lojas do
mercado tradicional, casas gourmet
e restaurantes de todo o país”.
Susana Santos faz questão que
os seus produtos sejam conhecidos e, como tal, realiza também,
Portugal Inovador
algumas degustações, porque “é
uma excelente forma de obtermos o
feedback das pessoas. Há sempre
coisas que podem ser melhoradas
e só os clientes que provam os
nossos produtos é que vão saber o
que há para melhorar”. No dia 21 de
setembro, vai realizar-se um passeio
de carros clássicos e a nossa interlocutora foi convidada para receber
os organizadores e participantes na
sua Quinta. “Nesse dia, irá ser feita
uma prova de enchidos e vinho. É
uma forma de as pessoas ficarem
a conhecer não só produto, mas a
forma como ele é feito”, acrescenta.
Abrir novos
horizontes
Manter a qualidade está acima
de qualquer outros planos de futuro
dos proprietários. “Quero continuar
a crescer de forma sustentada e
manter sempre a qualidade dos
nossos produtos”. Com alguns contactos já realizados com o mercado
externo e mesmo com grandes su-
perfícies, Susana Santos pretende
que os seus produtos artesanais
cheguem ao estrangeiro. Além
disso, a nossa entrevistada está
disposta a receber grupos de pessoas, para que estas possam ficar
a conhecer os produtos e aprendam
como são feitos os enchidos de
forma artesanal. |
Setembro I 11
Portugal Inovador
Miraterraplanagens
produz qualidade
Sérgio Lourenço esteve à conversa com a revista Portugal Inovador para nos falar sobre a
sua empresa. Sediada na zona industrial de Montalvo, em Constância, dedica-se há treze
anos à extração e comercialização de inertes.
A Miraterraplanagens, para a
devida extração de inertes, opera
com diferentes máquinas. Cada
uma delas está destinada à sua
função: “Extração e lavagem de
areias ou extração e carregamento
dos inertes é o que cada uma das
máquinas executa”, clarifica Sérgio
Lourenço. Os inertes são extraídos
no rio Tejo em bruto, por isso têm de
passar pelo processo de lavagem
antes de serem devidamente selecionados e calibrados.
A extração obriga ao cumprimento de determinados requisitos.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) visita constantemente a
empresa, para fiscalizar e orientar
melhor o seu trabalho. “No entanto,
se a extração não fosse concebida
o rio não era navegável e ficava
completamente assoreado”, explica
o entrevistado.
12 I Setembro
O raio de ação da empresa
estende-se pelo mercado da Sertã,
Vila do Rei, Castelo Branco e Alentejo. A sua atuação local, confiada
na mão de oito pessoas, confere
maior qualidade à produtividade
aí estabelecida; já a aposta na
formação garante segurança no
labor realizado dado que todos os
colaboradores recebem formação
específica para poderem manusear
as máquinas.
Economia atual
O setor da construção foi muito
penalizado pela grave crise económica que se abateu sobre a
economia mundial, facto que acabou por interferir com a atividade
praticada na Miraterraplanagens,
uma vez que todos os materiais
aqui produzidos são destinados
a esse setor. Mas apesar da eco-
nomia oscilante, Sérgio Lourenço
acredita que se vive uma fase
passageira. O progresso passa
agora pela renovação e produção
de qualidade, acolhendo “novas
ideias, com novos equipamentos e
novos serviços”, aponta.
Atualmente o maior compromisso da Miraterraplanagens passa
por oferecer o melhor material
do mercado, com a possibilidade
de melhorar dia após dia a sua
atividade. Neste momento está a
implementar um novo sistema de
crivos para a crivagem do seixo em
diferentes granulometrias que irão
tornar o sistema de lavagem mais
eficiente, oferecendo diversificado
produto e conquistando novos mercados, “como nas centrais de betão
e de asfalto”, descreve. A aposta
na modernização da empresa vem
fazer face às novas exigências do
mercado ibérico. |
Portugal Inovador
Parceiros eficientes
“Transportamos o seu negócio”
Pedro Nunes foi o gestor e o mentor que imaginou e deu nome à Intertráfego. A sua paixão
deposita-se agora no labor, empreendorismo e inovação de Joaquim Pedro e Rui Nunes,
seus filhos.
Pedro Nunes, após ter percorrido a Europa e criado contactos diretos com diferentes
mercados, enquanto Motorista-Tir noutra empresa resolveu
apostar no seu próprio negócio:
a Intertráfego.
Nos 47 anos de história desenvolveu parcerias internacionais, atuando como transportador e transitário internacional.
Atualmente revitalizando uma
prática de gestão cada vez mais
moderna, baseada nas novas
necessidades e exigências do
mercado, reconhece que os seus
clientes e fornecedores, parceiros de negócios que integram e
valorizam sua estrutura, são o
motor da construção, segurança
e crescimento sustentável da
própria firma, por isso, sempre
desenham e apresentam as
melhores soluções, como resposta às suas necessidades de
transporte na prática e garantia
de suas transações comerciais.
Inserida no mercado global,
procura dar resposta a todas as
empresas portuguesas que trabalham na importação e na exportação, como modelo de confiança e
participação ativa por via terrestre,
marítima e aérea. Em relação ao
transporte terrestre e marítimo
efetuam o transporte de carga
completa e regime multimodal-grupagem. O transporte aéreo é
realizado através de vários contratos com operadores aéreos.
Com excelentes infraestruturas, a Intertráfego tem um
espaço aduaneiro onde armazena todas as cargas, de várias
naturezas, produzindo ação de
consolidação de contentores e
despacho com outras transportadoras. “Nesse espaço, reunimos
as condições de resposta operacional em benefício de nossos
clientes e parceiros nacionais
como ao networking de nossos
agentes internacionais que nos
selecionam e adjudicam serviços, produzindo o transporte
desde pick up na unidade de
fabrico até entrega no destino
final”, explica Joaquim Pedro.
Esta firma portuguesa tem
marcado presença em mercados
europeus como França, Itália e
Espanha. Estando a apostar e
ganhar quota de mercado em
novos países, como Bélgica, Holanda, Inglaterra e Alemanha. A
criação de contactos com novos
parceiros, líderes de mercados
de Leste é outra das apostas que
estão a desenvolver.
A empresa combina a maturidade de Pedro Nunes com o
empreendorismo de seus filhos.
A participação constante em novos programas, conferências e
feiras internacionais estimulam
o espírito de iniciativa que aqui
se faz sentir. A presença da Intertráfego em diversas ações de
formação, realizadas através da
AIP e da NERSANT, mantêm-na
atenta, encontrando soluções
de resposta às necessidades
prementes do mercado. A empresa familiar está a caminhar e
a progredir para que brevemente
possa vir a ser líder de mercado
com o apoio do Banco BIC. Estão neste momento a investir na
aquisição de novos camiões e
na subcontratação de outros no
mercado, aumentando assim a
sua frota atual, como resposta ao
aumento de volume de negócios.
Para melhor conhecerem as
suas instalações e serviços podem consultar o website: www.
intertrafego.pt |
Setembro I 13
Portugal Inovador
Cinco séculos de
bem-fazer em Benavente
A Santa Casa da Misericórdia de Benavente, constituída em 1560 é a sucessora e
continuadora da Confraria do Espírito Santo, cuja fundação em 1232 é quase contemporânea
com a fundação de Benavente.
Joaquim Norte Jacinto é Coronel
da Força Aérea na situação de reforma e está há sete anos a cumprir
a nobre missão de coordenar a
gestão da “grande empresa” que é
a Santa Casa da Misericórdia, digna
de todo o respeito e da gratidão da
comunidade Benaventense, com o
envolvimento empenhado dos seus
130 colaboradores.
A Santa Casa da Misericórdia
exerce a sua atividade na área
social, no apoio à população idosa, dispondo para o efeito de um
Centro de Dia com capacidade para
35 utentes, de um Serviço de Apoio
Domiciliário com capacidade de
resposta para 35 utentes e de um
14 I Setembro
Lar de Idosos com capacidade para
50 utentes autónomos e 15 acamados em quartos com equipamento
hospitalar, sendo no entanto este
último insuficiente para dar resposta às necessidades da comunidade.
A solução do problema passa pela
construção de um novo Lar, do
qual já existe projeto aprovado pela
autarquia e pela Segurança Social,
não tendo ainda sido financiada a
sua construção, nem garantido o
protocolo de funcionamento. Referiu ainda o Provedor que como
consequência da conjuntura difícil
a que as famílias têm estado sujeitas, a generalidade dos utentes
estão a ser admitidos na situação
de acamados ou de dependentes.
Na área da saúde, na sequência
de um Acordo de Cooperação com
a ARS de Lisboa e Vale do Tejo, a
instituição tem em funcionamento
em regime ambulatório, um bloco
operatório que dá apoio às espe-
cialidades de cirurgia geral, cirurgia
plástica e reconstrutiva, oftalmologia, dermatologia e ortopedia.
Dispõe ainda de um serviço de
Medicina Física e de Reabilitação
que funciona em dois turnos das
07h30 às 20h30, bem como de
imagens médicas com RX, TAC,
Osteodensitometria e Ecografias,
para além de outros meios complementares de diagnóstico na área da
cardiologia, nomeadamente ECG,
Ecocardiograma, Mapa, Holter e
Prova de Esforço. Para além das
especialidades médicas referidas e
em regime particular e/ou convencionado com outros sistemas de
saúde, a instituição apoia ainda os
seus utentes com consultas de Cardiologia, Alergologia, Endocrinologia, Neurologia, Gastroenterologia,
Ginecologia, Otorrinolaringologia,
Psicologia Clínica, Reumatologia,
Urologia, Nefrologia e Medicina
Dentária. |
Portugal Inovador
“O voluntariado mostra-se
fundamental para a nossa
instituição”
Erguida há 354 anos, a Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos tem vindo a
exercer um enorme contributo na ação social, beneficiando do apoio de 69 colaboradores.
Francisco Viegas, provedor
atual da Santa Casa da Misericórdia
de Salvaterra de Magos partilhou
com a Portugal Inovador a realidade
vivida e a dimensão do apoio prestado a um concelho com cerca de
23 mil habitantes.
Há uma década em estreita colaboração – outrora desempenhou
diferentes cargos –com a instituição, Francisco Viegas foi perentório
na influência da Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos:
“Tem um peso tremendo no apoio
aos mais pobres e desfavorecidos”,
apontou.
Solidariedade, responsabilidade
e ética profissional são alguns dos
valores pelos quais a entidade rege
o trabalho prestado à terceira ida-
de, fundamentalmente. Ademais,
a motivação dos próprios recursos
humanos é fulcral para um correto
“modus operandi”. Para isso, Francisco Viegas conta com uma equipa
“jovem” e “empenhada”: “Privilegiámos o envolvimento deles em todos
os nossos processos, assim como
a valorização e o reconhecimento
do seu contributo”, acrescentou
Francisco Viegas.
Através da Estrutura Residencial Permanente para Idosos, o
Centro de Dia, o Serviço de Apoio
Domiciliário e o Centro de Acolhimento Temporário de Emergência a
Idosos, a Santa Casa da Misericórdia de Salvaterra de Magos presta
apoio a 110 utente através de atividades socioculturais, gerontomotri-
cidade, hidroterapia e organização
e fornecimento de refeições, além
do serviço de alojamento, alimentação, higiene, assistência médica
e enfermagem.
As “limitações existentes” que
as IPSS’s evidenciam nos dias
que vigoram são lacunas muitas
vezes colmatadas com a prestação de voluntariado, levado a
cabo por pessoas que se dedicam
pro bono em conjunto com os demais funcionários. Para Francisco
Viegas, é “fundamental” o seu
contributo em apoios específicos
como as atividades recreativas,
gerontomotricidade, hidroterapia
e organização e fornecimento
de refeições: “Proporcionam aos
idosos um ambiente mais familiar
e auxiliam nas atividades de forma
agradável e dinâmica”, afiançou o
provedor.
Guarnecidos de património –
entre eles o edífico sede, o CATEI,
a Praça de Touros de Salvaterra
de Magos e a Capela da Vala – e
parcerias estabelecidas com várias
entidades locais, Francisco Viegas
já traçou o caminho da instituição:
“Temos o intuito de melhorar os
serviços prestados aos nossos
utentes, estando cientes de que
temos um longo caminho pela
frente”, disse. |
Setembro I 15
Portugal Inovador
Sensíveis às causas sociais
O CRIA nasceu em 1977 em Rio de Moínhos. No decorrer dos anos houve a necessidade de
expandir a sua área, devido à crescente procura e ao atendimento de novas necessidades.
Hoje, atua como Centro de Recuperação e Integração de Abrantes numa área coberta que
atinge os sete mil metros quadrados.
Inicialmente Centro de Recuperação Infantil de Abrantes, tinha a
missão de escolarizar as crianças
com deficiência que na altura não
eram admitidas na escola por serem
“diferentes” e precisarem de uma
aprendizagem distinta. O apoio e a
colaboração da assistente social, da
Segurança Social, do presidente da
Câmara Municipal e de alguns pais
de meninos deficientes foram determinantes para a criação do CRIA.
Em 1997, quando o Ministério da
Educação reconheceu a capacidade
educativa do CRIA, “as escolas oficiais
passaram a sinalizar as crianças com
dificuldades e a direcioná-las para
aqui, onde podem ser acompanhadas
por professores e terapeutas próprios”,
explica Humberto Lopes.
Respostas Sociais
São múltiplas as respostas sociais
do CRIA. O Centro de Recursos para
a Inclusão (CRI), com a sua equipa
de psicólogos, terapeutas da fala,
16 I Setembro
terapeuta ocupacional, fisioterapeuta
e técnica superior de serviço social,
desloca-se às escolas para acompanhar crianças e jovens com necessidades educativas.
O Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) começou a atuar como um
Centro de Dia para pessoas maiores
de 16 anos. Estas encontram-se aqui
organizadas por salas, de acordo
com o seu grau de deficiência e têm
o acompanhamento de monitores na
execução de diferentes atividades,
como pintura, serigrafia, reciclagem
de papel, entre outras.
Para os alunos que demonstram
capacidade física e intelectual, foi criada a Formação Profissional que lhes
oferece competências e ferramentas
que facilitam a sua inserção profissional no mercado de trabalho.
Em 2000, verificou-se que existiam
famílias muito idosas que não estavam
capacitadas para cuidar dos seus filhos, por isso surgiu a necessidade de
criar outro tipo de resposta, daí nasceu
o Lar Residencial para Deficientes.
Foi criada igualmente a Intervenção Precoce, direcionada para crianças, dos zero aos três anos de idade,
identificadas com alguma anomalia e
que são agora imediatamente observadas pelo médico especialista.
O CRIA está integrado no Concelho Local de Ação Social. Em
colaboração com essa rede social
e a Câmara Municipal criaram outra
resposta social: o Banco Social (que
vem prestar assistência às famílias desempregadas). No entanto,
sentem que as respostas não são
suficientes para as necessidades
sociais existentes na região. Em breve vão construir dois novos edifícios
para o CAO e para o Lar. O trabalho
é realizado em parceria com outras
entidades, como a Câmara Municipal, Hospitais, Centros de Saúde e
Segurança Social. A construção do
Pavilhão de Hipoterapia, ainda não
terminada, também está nos planos
do CRIA. |
Portugal Inovador
Grande Porto
Setembro I 17
Portugal Inovador
LasKasas:
interiores com conforto
LasKasas Interiores marca presença no mercado há 10 anos. Celso Lascasas esteve à
conversa com a revista Portugal Inovador para nos falar sobre o seu labor.
Celso Lascasas começou a
trabalhar no setor do mobiliário
ainda muito novo, aos 14 anos,
desenvolvendo pequenas tarefas
na empresa de um tio.
Aos 20 anos, surgiu a oportunidade de ir trabalhar para outra
empresa, de outro familiar, onde
com o decorrer dos anos assumiu
um cargo de gestor da empresa.
Um cargo totalmente coordenado
por ele e de crescente responsabilidade.
Toda essa experiência impulsionou-o a dar o salto, apostando desta feita na criação de um negócio
18 I Setembro
seu, onde pudesse pôr em prática
tudo o que aprendeu, mas com
um cunho especial. Assim surgiu a
LasKasas Interiores.
Criação
personalizada
“Você idealiza, nós criamos”, é
este o símbolo diferenciador desta
casa que se direciona assumidamente para o cliente de classe
média, média alta.
Tudo o que se delineia num
plano abstrato tem, um dia, mais
tarde ou mais cedo, de passar por
um processo de transformação,
isto é, para o objeto em concreto.
Por isso quando o cliente procura
os seus serviços tem ao seu dispor
uma equipa de criativos - designers,
arquitetos e comerciais -100%
disponíveis para prestar o devido
acompanhamento ao que o cliente
idealiza. O serviço passa pela visita
à casa do cliente para a recolha e
retificação de medidas; desenvolvimento do projeto de decoração
2D e 3D com apresentação em
loja, onde o cliente terá uma noção
aproximada do projeto real; e a
produção dos seus artigos.
A LasKasas procura também
que os clientes visitem a sua fábrica
para que possam perceber todo o
processo e a sua dimensão, até à
fase da entrega.
Os projetos, pensados como
um todo, conciliam diferentes disciplinas que estão ligadas direta e
indiretamente ao setor. “Isso é bom,
claro”, assevera Celso Lascasas.
A união traz uma nova forma de
apreciar, disfrutar e viver o conforto
que todos procuram.
Consciente da grande relevância que o mercado português
assume na atualidade, a LasKasas
soube contornar as adversidades e
Portugal Inovador
afirmar-se aqui e lá fora. Ainda em
maio abriram uma loja em Luanda.
Além da nova abertura, a marca
está a apostar em feiras internacionais, como a Maison et Objet
em Paris. A máxima “satisfação
total do cliente” foi essencial nesse
processo.
O design e a decoração em
Portugal, nos últimos anos, deram
passos de gigante, o que tornou a
LasKasas, e naturalmente o país,
reconhecida pela qualidade dos
seus produtos e serviços.
Atualmente conta com cerca
de 50 trabalhadores fabris; 25 no
departamento de logística; 20 comerciais e 12 Arquitetos/Designers
de interiores nas lojas. A formação
contínua é uma das suas grandes
apostas. Sabem que para estar na
linha da frente têm de disponibilizar
formações aos seus colaboradores,
para que nada falhe. Para quem
quiser seguir as suas pegadas,
poderá acompanhar as novidades
diárias nas redes sociais. |
Setembro I 19
Portugal Inovador
“Estética
não é só beleza, é saúde!”
A Beclinic propõe-se a aumentar a longevidade e a qualidade de vida ultrapassando os sinais
do tempo, situada em Gondomar, oferece os mais modernos tratamentos de rosto e corpo.
Fundada em 2012, a BeClinic tem
um conceito completamente diferente
daquilo a que estamos habituados.
Este espaço dispõe de tratamentos
personalizados e adequados a cada
cliente: “Funcionamos de uma forma
muito correta quanto à avaliação
física, tanto antes como depois do tratamento. Sendo que cada paciente é
analisado minuciosamente no sentido
de atingir o máximo de resultados possíveis, refere a nutricionista Ana Bessa.
Este projeto de excelência integra
os mais modernos e exclusivos tratamentos faciais e corporais, em que
se destacam o Ilipo – Lipoaspiração
não invasiva, a Criolipolise, o “lifting”
não-invasivo – mesoterapia facial e
preenchimento de rugas.
Saúde em primeiro
lugar
A BeClinic procurou criar um conceito que fosse além da estética e se
preocupasse essencialmente com o
bem-estar das pessoas. Deste modo,
um dos grandes elementos de diferenciação deste espaço é o acompanhamento de Ana Bessa, especialista
em nutrição.
O acompanhamento nutricional
permite conhecer os hábitos alimentares, desportivos, vícios, questões
hereditárias, necessidades e expectativas de cada cliente. “A estética não
é só beleza, é saúde! É isso que nós
procuramos incutir a quem nos procura, dado que, infelizmente, vemos cada
20 I Setembro
vez mais pessoas com problemas de
saúde devido ao excesso de peso.
Aqui, na BeClinic procuramos que
as pessoas tenham novos hábitos
alimentares”. A nossa interlocutora,
Ana Bessa, nutricionista, fez questão
de referir que “as consultas de nutrição
são cada vez mais importantes, pois
conseguem alertar para os benefícios
de uma alimentação saudável e para
os prejuízos que podem advir de uma
alimentação desequilibrada”.
“A perda de peso nem sempre é um
processo fácil e é necessário consultar
a ajuda de um profissional para que as
pessoas tenham consciência das suas
limitações, mas acima de tudo têm de
ter força de vontade”.
Importância da estética
A Beclinic é constituída por uma
equipa multidisciplinar formada por
técnicos especializados nas mais
diversas áreas. Apesar de a saúde
estar em primeiro lugar, para a clínica as questões estéticas acabam
também por ser muito importantes.
Medicina Estética, Estética Avançada, Terapias Complementares de
Recuperação Física e Consultoria
Estética, são alguns dos serviços
prestados pela BeClinic. Os tratamentos anti-aging são um dos mais
procurados. Segundo Ana Bessa,
“os estudos dizem-nos que as
dietas anti-aging consistem numa
alimentação regrada que poderão
ajudar a retardar o envelhecimento e também algumas doenças
cardiovasculares, alguns tipos de
cancro e até mesmo osteoporose”,
conclui. |
Portugal Inovador
Cindor: no coração de Gondomar
Para festejar o seu 30º aniversário, a imagem do Centro de Formação Profissional da Indústria
de Ourivesaria e Relojoaria foi refrescada este ano, mas os objetivos perduram: desenvolver
os recursos humanos do setor e apoiar o empreendorismo.
“Foram anos de formação intensiva”, inicia Eunice Neves na sua
entrevista. Perfeitamente adaptado às dinâmicas do sistema de
formação, o Cindor tem vindo a
alcançar o estatuto internacional de
organismo de excelência no setor
da ourivesaria e relojoaria.
O Centro destina a sua formação financiada para jovens, adultos
e para ativos desempregados. Disponibiliza também formação de formadores, formação à medida das
empresas e formação não financiada em áreas especializadas. Atento
aos estudos setoriais, que registam
um crescimento extraordinário das
atividades ligadas à fabricação de
relojoaria (entre 2004 e 2012 o volume de negócios na indústria de
produção de relógios e suas partes
cresceu em 233% e o emprego em
176%), o CINDOR tem reforçado a
sua aposta nesse âmbito.
A diretora do CINDOR realça o
imenso potencial da ourivesaria,
joalharia e relojoaria – nomeadamente em termos de turismo
industrial – e refere que é imperioso
apostar no design e na inovação.
Para além do evidente enfoque
nos formandos, a dirigente entende
ser fundamental assegurar uma
ligação eficaz às empresas e ao
mercado de trabalho. “Fazemos
uma enorme aposta no aumento do
nível de escolaridade e certificação
profissional dos recursos humanos
deste setor, contribuindo ativamente para a qualificação e crescimento
da ourivesaria, joalharia e relojoaria
a nível nacional e internacional”,
comenta Eunice Neves.
Atualmente, o Cindor canaliza
esforços no sentido de um maior
envolvimento das empresas com
as atividades que implementa.
“Queremos aproximarmo-nos ainda
mais do contexto empresarial e criar
boas relações com os profissionais
do setor”, sublinha Eunice Neves.
Para isso, têm sido lançadas várias
iniciativas que pretendem corresponder adequadamente aos desafios do mercado e às necessidades
das empresas. É disso exemplo
o arranque recente do curso de
Empreendorismo e Inovação em
Ourivesaria, destinado a licenciados desempregados. Evidenciando grande pró-atividade, estes
formandos conceberam já uma
empresa denominada 4Cs, com o
lema “inovando o passado”, que
promete apoiar inequivocamente os
profissionais da ourivesaria.
O Cindor é também reconhecido
por ser dotado de bons equipamentos, tanto em termos de estrutura
como de maquinaria, o que lhe dá
toda uma vantagem competitiva.
“Importa canalizar essas mais valias
para a formação, mas há que colocá-las também ao serviço das empresas”, afirma a dirigente. De entre
os vários serviços que CINDOR
presta, a prototipagem destaca-se
pela confidencialidade garantida e
pela qualidade que assegura. |
Setembro I 21
Portugal Inovador
“É, fundamentalmente,
uma alternativa ao cigarro
convencional”
João Ferreira foi fumador durante vários anos. Após procurar uma alternativa ao tradicional
cigarro idealizou e criou a “2Smok” com o objetivo de comercializar cigarros eletrónicos.
Foi numa das quatro lojas
2Smok, nomeadamente em Matosinhos, onde conversámos com
João Ferreira sobre o seu projeto,
iniciado em 2011, e que surgiu após
uma pesquisa no mercado externo.
Posteriormente, após perceber que
seria algo inovador em Portugal,
o responsável abriu as portas à
2Smok, base para a criação da sua
própria marca comercial: “Foi feito
um pequeno estudo de mercado,
levantamento das necessidades,
tendo reparado numa lacuna neste
segmento”, iniciou.
Decorria o mês de maio quando
João Ferreira deu início à comercialização do cigarro eletrónico,
via online, numa fase embrionária
do projeto, que funcionava com um
22 I Setembro
simples “part-time”: “Ao fim de meio
ano, a aceitação começou a evoluir.
Foi aí que passou a ser um projeto
a tempo inteiro e no qual apostei
verdadeiramente”, acrescentou.
Em Portugal, existem cerca de
dois milhões de fumadores. Atualmente, e após o surgimento deste produto,
cerca de 0,5% já aderiu ao cigarro eletrónico. Para João Ferreira, e apesar
de se tratar de um novo produto num
setor bastante fechado, a adesão por
parte das pessoas tem sido “satisfatória”. O serviço de aconselhamento
prestado em cada loja revela-se vital:
“Informámos de forma séria e imparcial cada cliente. É preferível não fazer
uma venda e garantir que o cliente sai
totalmente esclarecido acerca deste
produto”, garantiu.
Os modelos de cigarros eletrónicos de baixa e alta gama, os
mais de 250 aromas de e-líquidos,
a combinação de diferentes componentes e a sua autonomia de quase
30 cigarros convencionais têm
levado as pessoas a introduzir um
conceito de “moda”. João Ferreira
alerta ainda os utilizadores para a
falta de zelo no seu uso: “Penso que
não existe o respeito de alguns utilizadores em determinados sítios”,
afiançou.
Contudo, as vantagens associadas ao produto assumem toda
a diferença para João Ferreira:
“Além do hálito péssimo proveniente do cigarro convencional, a
mudança para um cigarro eletrónico de baixa gama permite uma
poupança mensal de cerca de 70%
em relação ao cigarro tradicional”,
disse.
O responsável pela “2Smok”
partilhou mais um dado que comprova a utilidade e funcionalidade
do produto, definindo, simultaneamente, o seu principal objetivo:
“Uma empresa lisboeta compra
cigarros eletrónicos para os seus
próprios colaboradores fumadores
de forma a manter a produtividade.
É algo que me satisfaz. Até ao final
do ano, pretendemos abrir mais
duas lojas”, finalizou. |
Empreendedorismo
com glamour
Portugal Inovador
Alberto Veiga iniciou a sua carreira profissional na Holanda e hoje marca a diferença em
Portugal, diretamente da cidade da Maia. O mercado de Leste é a sua próxima aposta.
Com uma carreira de 25 anos ligada aos transportes especiais, Alberto
Veiga foi, por exemplo, o responsável
pela ação especial de transporte das
carruagens do Metro do Porto até à
cidade invicta.
Mas para conhecermos o posicionamento atual deste empresário, temos que recuar a 1987 quando, como
motorista, ingressou numa empresa
holandesa. Rapidamente a sua capacidade de adaptação e aptidão para
aprender novos idiomas, permitiu-lhe
assumir um cargo no departamento
de transportes especiais. Proativo,
decide aprofundar conhecimentos e
tirar a licenciatura em Engenharia de
Transportes Especiais, onde desenvolveu competências que lhe conferem
um conhecimento profundo do setor.
Em 2001, faz-se acompanhar
dessa firma no regresso a Portugal,
empresa que mais tarde acaba por ser
adquirida por outra, portuguesa.
Esse foi o impulso necessário para
Alberto Veiga pensar num projeto próprio, onde pudesse aplicar todo o seu
conhecimento, oferecendo um serviço
chave-na-mão, totalmente inovador.
Assim nasce a PermitConde, fundada
em 2004, e que esteve presente em
grandes obras como a Metro do Porto,
tendo encerrado em 2012.
MVI Europe
Com uma imagem renovada, modernizada e um capital social maior,
surge em 2013 o gabinete de engenharia especializado em transportes
especiais: a MVI Europe.
Os seus clientes são maioritariamente empresas que pretendem
deslocar para Portugal, ou vice versa, cargas de grandes dimensões
e necessitam de apoio logístico. À
equipa de profissionais da MVI Europe
compete conseguir as autorizações
especiais para circular dentro do país,
ou resto da Europa, e solicitar acompanhamento policial e carro piloto, caso
seja necessário. “Em obras de grandes
dimensões pode ser necessária a
criação de acessos alternativos e o
reconhecimento do terreno, de forma
a detetar se o equipamento passa por
baixo de pontes ou se o peso por eixo
é suportável nas rotas estipuladas”,
explica. Para todos os serviços o profis-
sional faz-se acompanhar de parcerias
na área jurídica.
A MVI Europe é a única entidade
particular em Portugal capacitada
para realizar este trabalho, sendo por
isso parceira privilegiada de múltiplas
empresas nacionais e internacionais.
A aposta arrojada e inovadora na
imagem das suas viaturas cativa um
nicho de mercado médio/alto, mas é a
polivalência dos seus colaboradores, a
capacidade para falar em vários idiomas e a diponibilidade total, 24h por
dia 7 dias por semana, que os fideliza.
Balcão de Atendimento
Aproveitando as novas instalações, a MVI Europe vai abrir um
balcão de atendimento para ajudar
a resolver assuntos ligados ao IMT.
“Pretendemos, por exemplo, auxiliar
os condutores que venderam as suas
viaturas e, não tendo procedido ao
cancelamento da matrícula, estão a
enfrentar dificuldades para regularizar
a situação. Tenho os meios e as ferramentas necessárias para os ajudar,
a preços mais acessíveis”, conclui o
CEO. |
Setembro I 23
Portugal Inovador
Um espaço com glamour
A completar o primeiro aniversário deste atelier, Nuno Sousa partilha o sucesso deste projeto
com a sua companheira e falaram-nos dos receios que tiveram e do balanço extremamente
positivo que hoje podem fazer.
Desde 27 de setembro de 2013
que o Nuno Sousa Atelier de Imagem é um espaço onde o requinte e o profissionalismo se aliam
para garantir a imagem dos seus
clientes. Nuno Sousa começou a
sua carreira na melhor escola que
poderia encontrar, trabalhando
em espetáculos e bastidores de
um canal de televisão, onde pode
aliar o inesperado à diversidade de
trabalhos que lhe surgiam e isto,
sem nunca esquecer que teve o
privilégio de trabalhar ao lado de
24 I Setembro
grandes nomes que lhe garantiram
a experiencia e a técnica.
Em 2013, muito graças à insistência da família e amigos, o nosso
entrevistado decidiu abrir um espaço em nome próprio, no centro de
Gondomar, realizando assim uma
das metas a que se tinha proposto.
“Criei um espaço diferente, com
glamour, onde os clientes possam
entrar e disfrutar e ao mesmo tempo sentirem confiança nos nossos
serviços”, é desta forma que o
nosso entrevistado descreve o
seu espaço. Com uma técnica de
corte diferente, “aliada ao conforto,
bem-estar e requinte, este espaço
distingue-se de todos os outros e
prova disso é o feedback que os
clientes transmitem. “Nunca nos
podemos restringir ao corte ou a
uma boa coloração, ser cabeleireiro
passa bem mais longe do que isso,
temos de criar e transmitir algo para
o cliente”, acrescenta. Além de
cuidar da imagem dos visitantes,
sejam eles homens ou mulheres,
Nuno Sousa participa em diversos
desfiles e produções de moda um
pouco por todo o país embora,
atualmente esteja mais pelo Norte,
uma vez que este projeto necessita
da sua presença.
Associado a toda a complexidade desta arte, o nosso entrevistado
faz questão de ter um atendimento
personalizado e, “cada cliente é
único e necessita de um diagnóstico personalizado para garantir um
bom trabalho da nossa parte, só
assim é que podemos tratar bem
dos nossos clientes”.
Com uma equipa bem formada
e sempre disposta a aprender, este
Atelier de Imagem inclui também
um leque alargado de serviços na
área da estética. “Hoje em dia, as
pessoas preocupam-se cada vez
mais com a sua saúde e, o facto
de termos num mesmo espaço um
conjunto de serviços, faz com que
cada vez mais nos procurem. Os
nossos clientes sabem que podem
contar com a simpatia, a humildade
e acima de tudo o nosso profissionalismo”, afirma Nuno Sousa.
NS PRESTIGE
Sempre em busca de novos
desafios, este é o projeto mais recente do nosso entrevistado. Uma
coleção de camisas, com um cunho
muito pessoal, feitas à medida de
cada cliente. |
Portugal Inovador
Com cuidado detalhado
Minúcias é a marca representada pela equipa liderada por Ana Rebêlo, no mundo da
ourivesaria. Através de uma constante apresentação de novos desenhos de jóias em prata
e de uma grande atenção prestada ao serviço aos seus clientes, Minúcias Jóias apresentase no mercado como uma referência.
potenciar a abertura de outras
lojas Minúcias em Portugal e,
sobretudo, no estrangeiro.
No mundo da
Ourivesaria
Esta marca dispõe de uma
rede de retalhistas espalhados
pelo território nacional, contando também com alguns clientes
internacionais conquistados
através da presença da Minúcias
em Salões Internacionais de
Joalharia.
Como uma marca apresentada pela sua específica rede de
retalhistas, Ana Rebêlo sente a
necessidade de abrir um espaço
monomarca: “Procuro um espaço que apresente a imagem da
marca Minúcias com estilo claro
e bem definido junto do consumidor, e que sirva para acrescentar
valor aos produtos Minúcias” indica. A nossa entrevistada, com
a sua alma de artista, entende
uma loja própria como inspiração
para melhorar a imagem da marca na rede de retalhistas e para
Ao contrário de outros mercados, em Portugal quase não
existem lojas monomarca de
joalheiros nacionais. Esta é uma
marca com alma portuguesa que
pretende afirmar-se em vários
mercados. “É uma oportunidade
para o mercado português, mas
é uma necessidade para a marca
Minúcias avançar para mercados
internacionais” explica Ana Rebêlo. O projeto da loja Minúcias
foi desenvolvido pela arquiteta
Fernanda Lamelas, uma especialista Minúcias é uma marca
de joalheiro, que ambiciona um
posicionamento topo de gama.
Atualmente, a Minúcias está
direcionada para jóias em prata,
mas o objetivo é avançar para
O conceito
Minúcias é Ana Rebelo.
É exposição,
É dar vida a cada peça.
É Amor,
É teatro, é drama, é ação.
É carinho,
É atenção ao detalhe.
É afeto,
É criatividade, é formas, é um ninho.
É valor,
É um mundo.
É prazer,
É desejo, é paixão, é calor.
outros materiais com mais valor.
Ana Rebêlo constrói a esperança
que a Minúcias vai ser um conceito inovador em Portugal pois,
“de momento não existe nenhum
joalheiro nacional que se apresente com este programa junto
do consumidor: Produto/Marca/
Loja/Corner”, explica.
O estilo e a
inspiração
Aquando da criação da loja,
será desenvolvido um conceito
de “Espaço Minúcias”, que deverá espelhar a modernidade e
audácia da marca, culminando
num espaço que permita uma
compreensão das jóias Minúcias
e uma interação do público com
as mesmas. |
Setembro I 25
Portugal Inovador
“Construção mais acessível
com a mesma qualidade”
Manuel da Costa Ferreira & Filhos é uma empresa de construção e serralharia civil que se apresenta
no mercado desde 1970. João Babo e o seu filho, Ilídio Babo, seguem os passos dos seus familiares
na luta pela qualidade e rigor no setor.
A Portugal Inovador esteve nesta
empresa familiar direcionada para
um dos setores que sofreu mais com
a recente conjuntura económica. No
entanto, Manuel da Costa Ferreira
& Filhos persevera no mercado,
tornando os seus serviços para a
construção de habitação e restauro,
que tanta procura tem verificado.
“Anteriormente, os nossos serviços
e as nossas obras eram efetuadas a
nível comercial e industrial, ou seja,
construíamos armazéns e espaços
comerciais. Nos últimos três anos,
decidimos tomar um rumo diferente
apoiado no nosso rigor”, completa
João Babo, atual proprietário.
Tomando as rédeas da empresa
26 I Setembro
herdada do sogro, juntamente com
o seu filho, Ilídio Babo, João Babo
mostra a necessidade da constante
atualização perante os projetos que
lhes são apresentados. “A inovação
do nosso setor é constante e todos
os meses se descobrem novos
materiais, técnicas e desenhos. No
entanto, o que nunca foi nem será
alterado no nosso trabalho é o rigor
com que concretizamos os prazos
estabelecidos”, elucida o gerente.
Contam-se 18 funcionários que
trabalham para manter a qualidade
e a durabilidade das construções
Manuel da Costa Ferreira & Filhos.
João Babo contou-nos que, embora
tenha adquirido a sua posição de
gerente recentemente, vai continuar a lutar pela empresa e “pela
qualidade”.
Manuel da Costa Ferreira & Filhos atua em toda a zona Norte de
Portugal, tendo já elaborado alguns
trabalhos de realce nas Câmaras
Municipais da Maia e do Porto, no
Hospital S. João do Porto, no Hospital de Viana de Castelo, na Vercoope
em Santo Tirso e em diversas outras
em empresas de renome.
Em jeito de conclusão, João
Babo deixa uma mensagem esperançosa para o setor da construção:
“Vai melhorar num futuro próximo”. |
Portugal Inovador
“A atualização dos serviços são
imprescíndiveis nesta atividade”
Xana Beauty Center foi criado por Alexandra Pinto em 2006. Este é um espaço onde podemos
encontrar serviços variadíssimos que ajudam aqueles que procuram sentir-se bem.
A Portugal Inovador entrevistou
a gerente e fundadora do centro
de estética e beleza, que nos explicou a sua aposta neste tipo de
atividade, contando que os serviços
de que dispõe tendem a ter uma
crescente procura, dadas as necessidades atuais da população quanto
ao bem-estar físico e mental.
A oferta atual do Xana Beauty
Center compreende tratamentos
corporais (como relaxamento,
SPA, gordura, celulite, refirmantes,
entre outros), tratamentos faciais
(com colagénio, vitamina C, DNA,
peeling facial (ácidos)), depilação,
fotodepilação, manicure, pedicure,
unhas de gel, verniz gel, solário,
cavitação, radiofrequência, consultas de nutrição e podologia,
maquilhagem definitiva (através da
micropigmentação), extensão de
pestanas, permanente de pestanas,
pressoterapia, electroestimulação
e drenagem linfática manual. “Os
nossos clientes procuram-nos,
maioritariamente, pela variedade
dos nossos tratamentos corporais,
[referidos anteriormente], mas também pela depilação, unhas de gel
e solário”, elucida Alexandra Pinto.
A localização do Xana Beauty
Center é tida como excelente, uma
vez que na mesma avenida se encontra muito comércio e indústria.
Também o facto de estar numa
zona central em Rio Tinto, com muita habitação em redor, são factos
contributivos para o crescimento
da empresa.
Para o futuro, Alexandra Pinto
procura ter um centro mais vasto
em termos de oferta, com serviços
médicos integrados, mais abrangentes, e até novas lojas com a
marca da Xana Beauty Center.
Alexandra Pinto comentou o facto
de muitas pessoas associarem os
cuidados de estética e beleza apenas ao público que possui maiores
possibilidades económicas. “Sentimos que muitos clientes, mesmo
sem grandes capacidades financeiras, sacrificam sempre alguma
coisa em nome da sua autoestima,
de modo a poderem usufruir dos
cuidados que necessitam. Além disso, porque pretendemos também
chegar a todos os estratos sociais,
temos em prática um plano de promoções mensais muito atrativo”,
explica a fundadora.
A gerente do Xana Beauty
Center explicou-nos também que
precisamente nesta altura em que
“a sociedade atual, está mais nervosa, movimentada e barulhenta,
exigindo muito das pessoas, ao
ponto de estas serem dominadas
pelo “stress”, naturalmente, este é
um serviço que as ajuda a reagir,
promovendo o bem-estar e o relaxamento”. |
Para o público
em geral
No decurso da nossa entrevista,
Setembro I 27
Portugal Inovador
Desmistificar os cigarros
eletrónicos
No mercado desde 2013, a Mist é uma empresa de cigarros eletrónicos pouco convencional.
A aposta na inovação e na qualidade são os seus pontos fortes.
O facto de já ser utilizador dos
cigarros eletrónicos fez com que
Miguel Barroso decidisse abrir
uma loja que proporcionasse aos
clientes um leque variado de oferta
de produtos. Quando questionado
sobre o facto de não se ter associado a uma marca já existente
no mercado, o nosso entrevistado
não hesitou na resposta: “Não me
identifiquei com a filosofia de nenhuma marca. Nenhuma delas me
dava liberdade para ser diferente e
os produtos eram todos muito semelhantes”. Por esse motivo, criou
a Mist, uma loja que apresenta um
conjunto de alternativas ao cigarro
tradicional e onde os clientes se podem deslocar e escolher o produto
que mais se adequa ao seu estilo
de vida.
28 I Setembro
O tabagismo afeta negativamente quer a saúde humana, quer o
meio ambiente e os cigarros eletrónicos vieram alterar um pouco essa
lógica, pois liberta apenas uma névoa isenta de monóxido de carbono
e alcatrão. Além disso, existem
diversos produtos: “Eu quero que
o cliente entre aqui e veja inovação
e não apenas o cigarro eletrónico
base. Desde diferentes baterias
variáveis, Mods e equipamentos
que podem ser conectados com o
telemóvel através da função Bluetooth, existem muitos tipos diferentes de cigarros electrónicos”, refere.
A aposta no design inovador e na
qualidade dos produtos são o principal elemento de diferenciação da
Mist, visto que não trabalham com
marcas brancas, mas apenas com
“marcas mundialmente reconhecidas e que nos dão garantias de
qualidade e inovação”, acrescenta.
Para quem ainda não conhece
as potencialidades dos cigarros
eletrónicos, Miguel Barroso faz
questão de acompanhar os clientes que visitam a loja pela primeira
vez. “Temos a função de elucidar
as pessoas sobre aquilo que estão
a comprar e, como a variedade
é tanta, estas têm de perceber
as diferentes especificidades dos
produtos para poderem escolher
o cigarro eletrónico que melhor se
adapta às suas necessidades”.
A pouco tempo de completarem
um ano de existência, o proprietário
da Mist faz um balanço muito positivo. Em junho deste ano lançaram
um site para vendas online e, o
grande objetivo futuro, para além de
continuar a crescer e a apostar na
inovação, é “dinamizar o site e as
vendas online. Se possível igualar
as vendas no site com as da loja”,
conclui. |
Portugal Inovador
Jóias com diferenciação
António Marinho apresenta-se como um nome de destaque na ourivesaria nacional.
zar e fazer crescer este conceito”,
afirma.
Tendo 75 a 80 % da sua produção dirigida ao mercado nacional
a empresa António Marinho encara o futuro com otimismo, baseado numa perspetiva de crescimento na exportação, assim
como a solidificação no mercado
interno. Cada vez mais interessado em peças diferenciadas e
personalizadas em que o design
seja um valor acrescentado, indo
ao encontro da filosofia da empresa António Marinho. |
As ligações do empresário
gondomarense ao setor remontam aos avós, cuja empresa de
comercialização permitiu-lhe desenvolver os primeiros contactos
nesta arte, ainda como estudante. “Aproveitava as férias para
trabalhar com eles e foi a partir
daí que nasceu o `bichinho` pela
ourivesaria” , recorda.
Há 25 anos, inicia o seu
próprio negócio de distribuição,
tendo mais tarde partido para o
fabrico próprio. O crescimento
que se seguiu foi alicerçado
numa produção diferenciadora,
com uma vertente manual muito
forte, diz ainda que “não basta ter
uma ideia é preciso saber defini-la e principalmente, conseguir
concretizá-la. O primeiro passo
para a sua concretização será
o de conseguirmos traduzir uma
boa ideia num negócio viável e
com sucesso”. Tanto na sua reflexão e amadurecimento, como
na análise da sua viabilidade,
através de passos simples, mas
que requerem bastante trabalho e
tempo. “O que realmente faz com
que as ideias se transformem em
empresas com bons resultados,
são as pessoas! Apenas com
esforço, dedicação, criatividade
e principalmente competências
comerciais conseguiremos reali-
Setembro I 29
Portugal Inovador
Artigo de opinião
Diana Ferreira
Herança de Ouro
A ourivesaria portuguesa é um dos pilares da nossa
cultura. Apesar da formação de elevadíssima qualidade
de que dispomos, denota-se a falta de aproveitamento
desta atividade para o desenvolvimento económico das
regiões a que se lhe associam.
Reconhecendo Portugal como
um país de tradições, muitos dos
turistas que nos visitam fazem-no por todos os elementos que
nos tornam uma referência: pela
nossa gastronomia, pela música
e pela língua, os nossos monumentos e habitações, e pela
beleza natural que oferecemos.
Como habitante da cidade do
Porto, reconheço a importância
do turismo para Portugal, e já
tive a oportunidade de questionar ocasionalmente alguns
visitantes do nosso país. Infelizmente, apenas alguns entendem
a ourivesaria como um elemento
de referência. De um ponto de
vista mais positivo, os que reconhecem a ourivesaria como uma
arte são atraídos pelos pormenores dos trabalhos portugueses
de filigrana e ficam curiosos pela
história de cada peça, como por
exemplo, do designado “coração
de Viana”.
A execução cuidadosa, a
riqueza e a variedade dos materiais colocam a ourivesaria portuguesa num patamar de luxo e
requinte. O ouro mais trabalhado
em Portugal é o de 19,2 quilates,
intitulado, por essa mesma razão, de Ouro português, um dos
mais valiosos a nível mundial.
A AORP (Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal)
apoia cerca de 75% dos indus-
30 I Setembro
triais de ourivesaria do Norte do
país, onde se concentra a maior
parte da produção desta atividade. Esta Associação acompanha
a evolução do setor e visa o
desenvolvimento de ações que
promovam a atividade.
A cidade de Gondomar, onde
estão sediados alguns dos nossos entrevistados desta edição
de setembro, é a representante
de cerca de 60% da indústria de
ourivesaria portuguesa.
Nesta edição, a revista Por-
Portugal Inovador
Perante a
exportação
tugal Inovador visitou o Cindor
(Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria
e Relojoaria), que desde 1984
contribui para o desenvolvimento
da formação do setor e o aumento da certificação profissional
dos trabalhadores da atividade.
A visão do Cindor é partilhada
por muitos profissionais da área:
o reconhecimento nacional e
internacional do setor.
O jornal Público apresentou-nos, em março, o aumento extraordinário, em relação ao ano
passado, de 45% de exportação de
artigos de luxo ligados à ourivesaria
e joalharia. A AORP revelou que
este valor representa 60 milhões
de euros de exportações, o que
não parece muito comparado com
outros setores, mas é um valor muito positivo para os industriais que
nas últimas décadas observavam
valores quase inexistentes.
Uma arte tradicionalmente portuguesa como é a filigrana, que
requer uma vida de dedicação e
muita perícia, dado trabalhar fios de
prata ou ouro, merece o reconhecimento interno e externo. Para isso,
devem ser encontrados os meios
para levar a excelência portuguesa ao estrangeiro, começando por
mostrá-la a quem nos visita. |
Setembro I 31
Portugal Inovador
Guimarães
32 I Setembro
Portugal Inovador
Credibilidade na venda de
equipamento desportivo
Depois de uma longa carreira como figura de referência no voleibol, Allan Cocato é agora
treinador da equipa de séniores do Vitória de Guimarães. Para além disso, o brasileiro
complementa a sua atividade com a gerência da Supervolei, loja especializada em dar
suporte à prática deste desporto.
Allan Cocato jogou voleibol
durante 30 anos. No Brasil, teve
um percurso que lhe permitiu ser
campeão nacional por três vezes
e atingir dezenas de internacionalizações pela sua seleção. Depois
de uma passagem pelo Japão, veio
para Portugal, inicialmente para
o Nacional da Madeira, e um ano
depois para o Vitória de Guimarães, onde se estabeleceu há já 13
anos. “A minha vida sempre foi o
voleibol”, conta, daí que tenha feito
todo o sentido iniciar um projeto
comercial dedicado à sua paixão.
Foi então em 2007 que criou a
Supervolei, cujo conceito passou
por ser a primeira loja em Portugal
vocacionada especificamente para
o comércio de equipamento para a
prática do voleibol. Após ter funcio-
nado apenas como plataforma de
venda online, a Supervolei passou
a apresentar-se há três anos e meio
com um espaço aberto de venda
ao público, situado num local muito
próximo do Complexo Desportivo
do Vitória de Guimarães. Esse
reforço da sua presença comercial foi sendo acompanhado por
uma diversificação na sua oferta,
estando a Supervolei agora “especializada no desporto indoor em
geral”. Durante a nossa conversa,
Allan Cocato deixa também uma
saudação ao Vitória Sport Clube de
Guimarães. Para quem entra neste
espaço, a primeira impressão com
que fica é a de poder contar aqui
com uma oferta muito ampla de
calçado para a prática desportiva
e é, de facto, aí que recai a gran-
de aposta desta loja, que inclui
marcas como a Mizuno, a Asics
ou a Adidas. Podendo contar com
o acompanhamento de um atleta
experiente, o cliente tem também
a vantagem de ficar informado
acerca do produto cujas especificidades melhor se adequam ao
que pretende fazer. “Perguntamos
sempre ao cliente o que precisa”,
assume, e sobre as tendências que
tem verificado ao nível da procura,
nota que “o cliente já está a investir
mais em produtos mais duráveis e
de melhor qualidade”.
Pouca aposta nas
modalidades
Apesar da sua associação a
este desporto, Allan Cocato apresenta-se como um homem defensor
das modalidades em geral. “Acho
que os atletas têm de experimentar tudo”, sublinha. É por isso que,
quando questionado sobre a panorâmica que encontra no nosso
país a este nível, o internacional
brasileiro lamenta que em Portugal
“a aposta nas modalidades tenha
decaído muito nos últimos anos”.
“Quando cheguei aqui havia muitas
equipas com poderio financeiro,
capazes de ter uma meia dúzia de
atletas a viver só do voleibol, hoje
em dia já não é assim”, nota. |
Setembro I 33
Portugal Inovador
“A embalagem é fundamental
na venda de qualquer produto”
É com este sentido de responsabilidade que a Joroplás, empresa vimaranense, se tem
destacado como um fiel parceiro de diversos produtores importantes da região.
Há 25 anos, os sócios Jorge
Silva e João Rocha deixaram
o seu trabalho numa outra empresa do setor para tomarem a
iniciativa de formar a Joroplás.
Após essa experiência, que
consideraram “fundamental”, a
ideia passou por irem à descoberta de alguns nichos que lhes
34 I Setembro
permitissem ocupar um lugar no
mercado da comercialização de
artigos de embalagem.
“Sentimos a necessidade por
parte do mercado de ter resposta
para as pequenas encomendas
de sacos com impressão, na ordem das 10 ou 20 mil unidades,
com grande rapidez”, conta, par-
tindo daí a iniciativa de adquirir
uma máquina impressora e duas
de corte. “De facto, não queríamos ser mais uma empresa e
tentámos diferenciar-nos neste
aspeto, a capacidade de resposta que temos neste mercado dos
sacos em menor quantidade”.
Atualmente, a Joroplás incide
fundamentalmente sobre os concelhos de Guimarães, Famalicão
e Fafe, estando direcionada para
setores que vão desde a área
alimentar à têxtil, ao calçado ou
à metalurgia.
A vocação que a Joroplás encontrou para se posicionar neste
ramo acompanha uma tendência
que é cada vez mais visível
no funcionamento da indústria
atual: “Há uns anos, os clientes
faziam uma programação das
encomendas que era muito mais
alongada. Agora, o nosso armazém acaba por funcionar também
como o armazém deles e, em vez
de se depararem com grandes
Portugal Inovador
empates de capital, vão recorrendo a nós sempre que forem
precisando”. É nesse sentido que
os parceiros da Joroplás podem
sempre contar com uma capacidade de entrega “muito rápida”.
Paralelamente à capacidade
logística, o desafio da inovação
e do design é também algo que a
empresa não descura. “A nossa
embalagem não é do tipo que
está no mercado massificado”,
apontam, tendo por isso consciência das responsabilidades
que a isso estão inerentes. “O
produto pode ser menos bom,
mas uma embalagem atrativa já
representa meia venda e é por
isso que tentamos sempre colaborar com o cliente dando-lhe
sugestões, não nos limitando
apenas a registar encomendas”.
A Joroplás está, para isso, acompanhada por um “bom trabalho
de design”.
Num outro âmbito, e em jeito
de conclusão, a administração
mostra-se igualmente sensível
a outro aspeto em que o setor
vai conhecendo cada vez mais
exigências: a questão ambiental. “Felizmente, cumprimos
todas as normas e estamos,
nomeadamente, a caminhar com
consciência na alternativa aos
polímeros”, garantem. Esclare-
cendo a evolução que a indústria
tem mostrado e que a Joroplás
se tem preocupado em acompanhar, dão o exemplo da mudança
que houve de “sacos que eram
deitados à terra e duravam uns
300 ou 400 anos” para “sacos
com uma durabilidade de apenas
12 ou 24 meses”. |
Setembro I 35
Portugal Inovador
Gestão responsável e dedicada
A Capitalges, sediada em Guimarães, desenvolve uma atividade de elevada responsabilidade,
aconselhando pequenas e médias empresas nas diversas atividades de gestão.
João Carlos, outrora estudante do ISCAP no Porto, agora
mentor de um projeto sustentado
que dá pelo nome de Capitalges,
traz rejuvenescimento na área
da gestão. Desde muito cedo
começara a trabalhar na área da
contabilidade, mais especificamente na contabilidade analítica.
36 I Setembro
A aprendizagem e a contínua
atualização na área foi uma
constante na sua vida. Projetos
internos impulsionaram o nascimento da Capitalges em 2008.
Ser referência no setor de
atividade em que atua, prestar
informação em tempo útil ao
cliente, gerar confiança e credi-
bilidade, a par com a satisfação
dos clientes são os grandes
objetivos da empresa, que atua
em quatro ferramentas: contabilidade, fiscalidade, apoio à gestão
e recursos humanos. Cada uma
delas abrange diferentes serviços. Os serviços da Capitalges
ultrapassam as meras obrigações fiscais e contabilísticas.
João Carlos anteviu a necessidade das empresas atuais em ter
um serviço mais próximo da gestão, e por isso criou a empresa
nessa base onde a contabilidade
serve como input para a gestão.
A qualidade, a inovação e o
profissionalismo fê-lo progredir
mesmo em tempos de crise. “Na
crise há sempre oportunidades”,
sublinha. A atitude positiva e a
solidificação da empresa com
base em conceitos modernos,
sem aderir a modelos estandardizados tão bem conhecidos nas
linhas de produção de grandes
fábricas, diferenciou-o. João
Portugal Inovador
Carlos reconhece que a rotina
no trabalho produz maus resultados, por isso cada um dos seus
colaboradores aplicam conhecimentos nas diferentes áreas,
gerando satisfação e dedicação
no trabalho em equipa. A multidisciplinariedade integrada no
espírito da equipa transparece
cá para fora no relacionamento
com os clientes, possibilitando
a criação de valor acrescentado
para ambas as partes.
Fomentar inovação
João Carlos, de olhar atento,
sabe que todas as áreas laboradas na Capitalges são desafiantes e de difícil inovação, logo o
método de trabalho aplicado e o
gosto por esta área de atividade
são essenciais para a concretização dos objetivos da empresa.
“Trabalhamos com áreas muito
específicas, para obtermos bons
resultados e proliferarmos pode
demorar anos”, observa. Com o
objetivo de poupar tempo e garantir informação disponível 24 horas
por dia aproveitaram as vantagens
das novas tecnologias. Criaram
um website com uma plataforma
web, onde o cliente, estando em
qualquer parte do mundo, pode
aceder aos seus dados através
do login da sua conta.
Num espaço de seis anos,
João Carlos observa com objetividade e de forma positiva o
futuro da Capitalges. A necessidade de contratar mais pessoas,
conjugada com a reputação que
os clientes credibilizaram no
seu trabalho trouxe confiança e
gerou oportunidades. |
Setembro I 37
Portugal Inovador
Criar lazer
A Urbadec, sediada em Guimarães, tem 20 anos de história e aposta no constante rigor e
qualidade dos seus materiais.
questão de colocar em prática. Ao
aplicar o material numa determinada
área da cidade, seja em escolas,
bairros sociais, ou condomínios,
mostra-se sempre atento às particularidades da população que nela
habita, para que dessa forma possa
adaptar o parque de acordo com a
faixa etária, informando as pessoas
para o correto uso. A ágil forma de
estar no mercado distingue-os. “Os
moradores melhor do que nós conseguem ver como o parque vai ser
utilizado”, evidencia.
Nova realidade
Fernando Ribeiro, fundador da
Urbadec, com o avançar da idade
preferiu delegar o seu cargo a
Paulo Costa, na altura colaborador
da Costinfor, empresa que já lhe
vinha prestando apoio na área da
contabilidade.
O contacto com a natureza e o
processo de criação de espaços
confortáveis para socializar e interagir sempre cativaram Paulo Costa,
levando-o desde logo a sentir-se
estimulado para a atividade que a
Urbadec viria a concretizar.
Inicialmente, a empresa comercializava exclusivamente material
urbano. Em 2004, dedicou-se inteiramente aos parques infantis e
equipamentos para a prática de desporto, ajustados às diferentes faixas
etárias. A qualificada mão-de-obra,
unida em torno de um só projeto,
fortalece o espírito de equipa, conciliado também às diferentes parce-
38 I Setembro
rias estabelecidas com serralharias,
carpintarias, e jardinarias.
O trabalho desta casa assegura a
boa resistência dos materiais usados
nos diferentes equipamentos, oferecendo garantia aos seus clientes ao
longo de oito anos. Os circuitos de
manutenção e dos parques infantis
têm dois componentes que podem
ser alterados: o alumínio e a madeira de pinho nórdico. O alumínio,
100% reciclável, apesar de ser mais
dispendioso na aquisição, pela sua
elevada durabilidade, é recompensador na manutenção, ao contrário do
que sucede com a madeira de pinho
nórdico. Agora estão a começar a
apostar no polietileno de alta densidade, 90% reciclável, igualmente de
reduzida manutenção.
Mas, a mais valia da empresa
não se esgota na qualidade dos
materiais. Existe a componente social e humana que Paulo Costa faz
Paulo Costa observa que há 20
anos havia desinteresse pelas áreas
de lazer. O aparecimento de grandes
centros comerciais desencadeou a
maior aglomeração de pessoas para
uma zona, apelando ao abandono
dos seus lares, descobrindo aí um
novo espaço para habitar em conjunto com a família e os amigos. Em
relação aos espaços de lazer, Paulo
Costa explica: “São vantajosos para
a sociabilização, proporcionam convívio perto de casa e apelam a uma
vida menos sedentária”. Atenta à
qualidade de vida, a Urbadec opta
por atuar localmente gerando menor
deslocação, por parte da população,
para os grandes parques da cidade.
Neste momento, a Urbadec está
a criar uma gama especializada para
o particular, visando proporcionar
maior benefício de preço-qualidade
nos baloiços. Prevê-se que este
mês (setembro) surjam as primeiras
amostras para comercializar. |
Portugal Inovador
“O rosto é
a nossa primeira imagem”
Cristina Carvalho é o rosto da clínica Hydracure, um centro de estética e beleza situado em
Creixomil, com uma vasta panóplia de serviços à disposição, entre eles o tratamento facial.
A responsável pela clínica confidenciou-nos os motivos que a
levaram a enveredar por este ramo
de atividade, adquirir algum know-how, até à fase em que optou por
dar início – corria o ano de 2010
– ao seu próprio projeto: “Era uma
cliente assídua destes espaços. O
meu interesse foi crescendo, adquiri conhecimentos sobre a área
e decidi arriscar”, disse Cristina
Carvalho.
O seu espaço acolhedor, sereno
e dotado de todas as tecnologias e
materiais necessários ao cuidado
estético e personalizado, atribuem
à clínica Hydracure mais-valias
que lhe permite o sobressair num
mercado “feroz”.
São 200 metros quadrados,
cinco salas, vários serviços e
uma equipa especializada. Para a
gerente, é fulcral “ter uma grande
proximidade com cada cliente que
frequenta o espaço e desenvolver
uma relação de amizade”, reiterando ainda que “as pessoas voltam
quando se sentem bem”.
De forma a entender se o público tem aumentado a preocupação e
o cuidado para com a sua aparência
física, Cristina Carvalho afirmou
que “de uma forma geral a maioria
interessa-se”, acrescentando que
“o rosto é a primeira imagem”. O
nível de satisfação obtido no primeiro tratamento é decisivo para
a continuidade: “Se obtiverem o
resultado desejado, experimentam
outros”, afiançou a responsável.
Combate ao envelhecimento,
manchas, acne, couperose, gor-
duras localizadas, celulite, flacidez,
medicinas alternativas e fotodepilação, estes dois últimos com grande
procura por parte dos homens.
Cristina Carvalho relembrou que
determinados tratamentos como o
combate à gordura e celulite devem
ser mantidos ao longo do ano, e
não apenas numa altura sazonal,
como o verão.
Para ajudar nesse efeito, a clínica disponibiliza aos seus clientes
a possibilidade de se associar,
usufruindo de inúmeras vantagens,
descontos, campanhas e ainda cartões cheques-prenda que pode ser
uma oferta “simples mas aprazível”.
Prometendo “trabalhar com honestidade”, Cristina Carvalho admitiu que vai aumentar a equipa “para
corresponder as necessidades
dos clientes”, assumindo também
a possibilidade de vir a introduzir
fisioterapia nos seus serviços. |
Setembro I 39
Portugal Inovador
Profissionais meticulosos para
um serviço complexo
A Noguinfor nasceu em 2009, quando Hélder Nogueira iniciou a sua atividade consertando
computadores em sua casa. Começando do zero, o nosso entrevistado foi crescendo e
especializando-se na área.
O que faz a Noguinfor, realmente? “Nós trabalhamos para lojas de
informática, como os stands dos
centros comerciais, que reparam
os problemas mais simples. Quando algo mais grave acontece, por
exemplo, se a motherboard queima,
nós reparamo-la”, explana Hélder
Nogueira. O crescimento da empresa nesta área permitiu o aumento
da equipa - e um facto que chamou
a nossa atenção - que é composta
por jovens amigos que trabalham
num ambiente descontraído e familiar. “Nunca falhámos um prazo
de entrega em cinco anos, creio
que isso se deve à nossa excelente equipa de trabalho. O facto de
estarmos num ambiente familiar e
amistoso ajuda ao bom funcionamento da empresa. Temos crescido
40 I Setembro
30% anualmente”, completa.
De referir que esta empresa
foi pioneira na importação de um
equipamento com o que, através
de micro soldas, efetua estes
serviços de reparação complexos,
alcançando uma taxa de 87% de
sucesso na reparação e garantia
dos equipamentos.
Para corresponder ao enorme
fluxo de trabalho que recebem, a
Noguinfor é ávida por parcerias,
tendo protocolos com o Centro de
Formação Cenatex, Escola Secundária Francisco Holanda, Didaxis e
com a Universidade Lusíada, entre
muitas outras entidades.
Para o futuro, Hélder Nogueira
tenciona iniciar a importação de material, com o intuito de - para além
das reparações - poder aniquilar
todos os problemas a baixo custo,
tanto para os revendedores como
para o público em geral. “Há muitas
formas de fazer este serviço, mas a
nível de qualidade e durabilidade,
queremos ter confiança no material
que usamos”, explica.
A Noguinfor é parceiro da mar-
ca XDSOFTWARE para pontos
de venda, pois encontra nela “a
qualidade/facilidade a um preço
espetacular” e a nível de Gestão
Comercial é parceiro oficial SAGE
pela “potente e rigorosa ferramenta
de gestão”.
NogEduca
Inserido neste projeto surge a
NogEduca, em outubro de 2013,
em Requião. “Este é um projeto informático que nasceu da Noguinfor,
mas desenvolve-se no sentido da
formação como centro de estudos”,
explica o empresário.
Encontramos assim uma loja
dividida em três vertentes: a primeira oferece produtos de informática
prestando assistência informática
base; a segunda disponibiliza formação, tanto para adultos como
para jovens, e uma última sala de
centro de estudos, direcionada para
estudantes desde a primeira classe
até ao 12º ano. Na NogEduca existem muitas atividades para jovens
e adultos, sendo exemplos disso o
campo de férias e os workshops. |
Portugal Inovador
Style in a Box
Ivone Silva encontrou a solução para o problema de muitas mulheres que não têm o vestido
ideal para certas ocasiões. A Style in a Box é a primeira plataforma online da Europa que aluga
vestidos das melhores marcas e nomes conceitos do mundo da moda, a preços acessíveis.
Love.Enjoy.Return
“O look perfeito para cada ocasião” será, provavelmente, a melhor expressão para descrever a
precisão deste serviço. A investidora desta iniciativa, Ivone Silva, reconhece que a ideia surgiu
com o objetivo de proporcionar
às mulheres a oportunidade de
experimentar vestidos exclusivos,
a preços acessíveis, nos eventos
mais importantes das suas vidas.
As peças colocadas à disposição dos clientes neste portal pertencem a alguns dos nomes mais
sonantes do mundo da moda como
Red Valentino, Moschino, Galliano
Fetherston, Carolina Herrera, Elisabetta Franchi, Purificacion Garcia,
Just Cavalli, entre muitas outras.
Durante a nossa conversa com
Ivone Silva, a administradora indicou-nos que o slogan da Style in a
Box foi criado com a intenção de
levar esta marca além-fronteiras:
“Pretendo que o slogan Love.
Enjoy.Return seja ouvido entre as
mulheres. O acesso aos artigos
mais desejados de cada estação é
um desejo de muitas mulheres, por
isso quero tornar a oportunidade
de alugar o vestido perfeito para
cada evento uma experiência única,
divertida e inesquecível”, completa.
“On the budget” foi outra expressão utilizada por Ivone Silva,
que descreve a situação de muitas
pessoas na sociedade atual. “Como
mulheres, sabemos melhor que ninguém que temos de nos conter na
compra de peças que iremos utilizar
apenas uma vez. Assim, a missão
da Style in a Box é dar oportunidade a todas as mulheres de experimentarem marcas de qualidade
sem que o preço seja impeditivo.
Queremos que todas as nossas
clientes se sintam confiantes nos
momentos mais importantes das
suas vidas”, explica.
O objetivo desta plataforma, a
nível de reconhecimento da marca,
é conquistar todos os países da
Europa e ganhar notoriedade como
uma marca de excelência.
passos: abrir o website www.styleinabox.pt, escolher o vestido perfeito, selecionar a data, escolher dois
tamanhos para um fitting perfeito e
o ponto ckme. Após o usufruto da
experiência, a devolução é feita na
embalagem preparada com o máximo cuidado e carinho para com
os clientes.
Para além de assegurar o transporte (envio e retorno) das peças, a
Style in a Box garante, ainda, a sua
limpeza e pequenas reparações. O
custo reduzido, o acesso a peças
de estilistas de renome, a facilidade
de entrega e o retorno dos produtos
prometem ser o novo paraíso para
mulheres cosmopolitas, que apreciam pequenos luxos e as últimas
tendências, não estando, no entanto, dispostas a investir numa peça
que acabariam por usar apenas
uma vez. |
Simples e rápido
O portal funciona seguindo 5
Setembro I 41
Portugal Inovador
Feris projeta vitalidade
A Feris, Projetos Elétricos, LDA., fundada em 1987, desenvolve e acompanha projetos nas
áreas de Engenharia Eletrotécnica, Telecomunicações e Segurança Integrada.
Com experiência acumulada
ao longo dos quase 30 anos de
existência, opera principalmente no
mercado português, tendo despertado acerca de uma década para
a realidade dos países africanos,
designadamente para os de língua portuguesa. Esses mercados,
nomeadamente Moçambique e
Angola, assim como o mercado nacional prioritariamente, permitem à
Feris encarar o futuro com otimismo
responsável.
Terminados os estudos universitários, Cruz Fernandes quis colocar em prática os conhecimentos
adquiridos no curso de Engenharia
Eletrotécnica. Apostou em si, e nos
seus colaboradores, através da
experiência conquistada dia após
dia. Hoje é com dedicação que concretiza todo o seu trabalho. “É uma
atividade bastante aliciante, pela
diversidade que encerra”, declara.
No âmbito da estratégia de desenvolvimento implementada pelo
governo angolano, em todo o território, os últimos projetos realizados
42 I Setembro
pela Feris, para Angola, incidem
na área das infra estruturas de
eletricidade e telecomunicações em
urbanizações de grande dimensão,
requalificação de zonas urbanas,
vias de comunicação e redes de
alta tensão 15kV, 30kV e 60kV.
Em Moçambique, a Feris está
envolvida em projetos para edifícios
destinados a habitação e serviços.
Ainda que atendendo às especificidades próprias dos PALOP,
os projetos são elaborados tendo
por base a legislação portuguesa,
o que leva Cruz Fernandes a não
constatar diferenças significativas
entre Portugal e estes países. Os
angolanos e os moçambicanos têm
vindo a avaliar positivamente o trabalho realizado pelos portugueses,
“quando querem qualidade, regra
geral, procuram técnicos portugueses”, aponta.
Juventude e atualidade é o que
define o espírito de equipa da Feris.
Dois engenheiros, um desenhador
projetista e Cruz Fernandes, trabalham de forma contínua e interligada. A formação é preponderante “na
nossa área tudo evoluiu com muita
rapidez”, constata o entrevistado.
Soluções tecnicamente sustentadas e economicamente viáveis,
com qualidade e funcionalidade,
são, atualmente, as maiores preocupações dos clientes.
Neste momento, estão a trabalhar num projeto para a sede de
um Ministério em Moçambique; em
Angola, por seu turno, continuam a
ser as infraestruturas o denominador comum, como por exemplo, as
Reservas Fundiárias.
Em Portugal continuam a desenvolver a sua atividade alicerçada
na indústria, serviços e edifícios
públicos. Em Guimarães tem tido o
privilégio de colaborar em projetos
de significativa relevância, designadamente Plataforma de Artes,
Estabelecimentos escolares, Hospital Privado de Guimarães, Centro
Cultural Vila Flor, as Piscinas Municipais, Pavilhão Multiusos, Avepark,
e Estádio D. Afonso Henriques,
entre outros. |
Portugal Inovador
“É um espaço
dedicado à mulher”
Silvana Vieira é o rosto da Varga, loja de pronto-a-vestir feminino situada na Avenida de
Londres, na cidade de Guimarães. O seu conceito passa por ter uma oferta das mais
recentes tendências de moda que ajude a “tornar a mulher especial”.
A própria data da inauguração
da loja foi pensada de acordo
com o objetivo da criação da
Varga. Foi no dia 8 de março de
2014, dia da mulher, que Silvana Vieira abriu este espaço ao
público.
Profunda admiradora da marca brasileira Melissa, admitiu
que foi a razão inicial deste
projeto: “A marca não existia em
Guimarães, o que me obrigava a
deslocar-me a outras cidades e
surgiu então a ideia de introduzir a marca aqui”, começou por
contar.
“Como não íamos vender apenas Melissa, fomos estudando o
mercado e ver o que realmente
fazia falta em Guimarães. Não
queríamos que a Varga fosse
mais um espaço de moda em
Guimarães, pretendíamos sim
que fosse uma loja com as mais
recentes tendências de moda
nacional e internacional, ao nível
do vestuário, do calçado e também dos acessórios. “
As características do seu espaço são outra mais-valia. Posicionada na Avenida de Londres,
uma zona “chique e sofisticada
da cidade”, a loja que montou é
um espaço requintado e glamoroso. O atendimento personalizado e atencioso, o qual se deve
à competência das suas duas
colaboradoras, faz também toda
a diferença e é o lema da Varga.
Por último, a responsável pela
Varga partilhou connosco a sua
vontade de expandir a Varga. Os
últimos cinco meses têm sido um
sucesso e, como tal, já justificam
que se pense mais alto. Mas no
entanto ainda não será revelado
quais os novos projectos. Mas
serão sem dúvida ao mesmo nível
de requinte, beleza e glamour. |
Setembro I 43
Portugal Inovador
O melhor serviço para captar
os melhores momentos
A Provideo, de Luís Pereira e Ana Isabel Pereira, dedica-se a fazer uma cobertura competente
em fotografia e vídeo de casamentos e batizados, entre outros eventos.
Instalado em Pevidém, Luís
Pereira deu início a este espaço
em 2006. “Desde novo que tenho
paixão pelo vídeo e foi por aí que
comecei, em 1993”, conta. Nessa
altura, tinha montado o seu primeiro
estúdio de edição para casamentos. Ao fim de dois anos, passou
também o próprio a fazer reportagens de casamentos, trabalhando
para outros fotógrafos. Na altura
em que arrancou com a Provideo,
aprofundou os seus conhecimentos
da prática fotográfica, através de
vários cursos, workshops e também
da ajuda de colegas. “É também
graças a eles que hoje estou capacitado para tratar da fotografia
sozinho”, reconhece.
O trabalho diário da Provideo
inclui todo o processo que vai do
evento até ao trabalho de pós-
44 I Setembro
-produção. Para isso, estão equipados com computadores para
Full HD e o Mac Pro para a edição
da maquete dos álbuns e, para o
trabalho exterior, máquinas Full HD,
acessórios como drones (nos quais
foi um pioneiro no concelho), gruas,
steadicam e slider. “Tudo aquilo
que se utiliza num casamento nós
temos e quase 90% dos nossos
noivos querem o serviço que inclui
esse equipamento todo, que fica
mais caro, mas através do qual
conseguimos captar os momentos
de diferentes ângulos”, descreve.
Os meios não chegariam se não
estivessem acompanhados por um
trabalho competente. Luís Pereira
tem sempre duas preocupações:
“Conseguir boas fotografias de
pose, mas também aquelas fotos
mais espontâneas”. É por isso
que, a par da capacidade técnica,
o responsável pela Provideo cultiva uma importante capacidade
para o contacto com os noivos,
procurando sempre a empatia e a
descontração, porque “só assim se
conseguem imagens bonitas”.
Como já foi referido, a equipa
da Provideo, para além do trabalho
que desenvolve no exterior, está
também diariamente presente no
seu espaço, em Pevidém, não só
para o trabalho de estúdio como
também para receber os noivos e
outros clientes. |
Portugal Inovador
Explicações que dão garantias
A Explicolândia tem-se afirmado como uma cadeia de referência a nível nacional na área
dos centros de estudos. Fomos falar com Diana Fernandes, responsável pelo seu primeiro
e até agora único espaço no Norte do país.
A primeira unidade da Explicolândia foi implantada em 2005, em
Sacavém. Neste momento, esta
rede está distribuída em dez, por
todo o país. Diana Fernandes, desencantada com as possibilidades
que encontrou para a sua carreira
no ensino, sempre teve o sonho
de criar o seu próprio negócio e
sentiu-se motivada para iniciar um
projeto com este carácter. O seu
centro, em Guimarães, está neste
momento a pouco tempo de cumprir
o seu segundo aniversário.
“Na pesquisa que fiz na altura,
vi que a Explicolândia era a marca
com que me identificava”, explica,
referindo o facto de “serem bastante
organizados e estarem sempre disponíveis para prestar apoio”. “Posso dizer que não iniciei sozinha,
porque tive todas as orientações de
que precisava; já tinha conhecimentos para dar explicações, mas na
parte de gerir um negócio não, por
isso notei que a Explicolândia dava
resposta a todas essas questões”,
defende.
Apostando na exigência, à semelhança daquele que é o espírito
da rede em que está integrada,
Diana Fernandes aponta algumas
particularidades do conceito da
Explicolândia que tem aplicado
no seu espaço: “A nível do apoio
escolar, nunca temos mais de seis
alunos em simultâneo, já que com
mais do que isso não me parece
que se aprenda devidamente. Responsabilizamo-nos também por dar
sempre o feedback necessário aos
pais acerca do que se passa aqui.
No final do mês, recebem sempre
um relatório via e-mail, identificando
onde é que os seus filhos sentem
mais dificuldades e isso tem resultado muito bem”. Comprovando
este bom trabalho, a responsável
por esta unidade manifesta o seu
orgulho nas taxas de sucesso que
verifica nos seus alunos, que estão
“entre os 80% a 90%”.
Outro motivo de orgulho é a
motivação e o próprio prazer que
encontra nestas crianças e jovens:
“Orgulho-me em ver que eles, por
exemplo, dantes não gostavam de
matemática e agora adoram. Não
há nenhum aluno que considere ser
aborrecido frequentar o espaço”.
Diana Fernandes é também um
exemplo de satisfação: “Gostava de
abrir mais Explicolândias. Adoro o
que faço e estou muito bem assim.
Posso dizer que agora as segundas-feiras são interessantes”. |
Setembro I 45
Portugal Inovador
A máxima competência na
recuperação de baterias
Apostando num trabalho de qualidade, a Clibaterias está situada na freguesia de Azurém,
em Guimarães, e destina o seu serviço à reparação de baterias dos mais diversos tipos.
O responsável, Luís Álvares,
estabeleceu-se neste espaço
há três anos. Conta que o que
mais o cativou para iniciar a sua
empresa, após já ter trabalhado
na área, foi “saber que há cada
vez mais aparelhos alimentados
por baterias e que havia pouca
oferta para dar resposta a esta
necessidade”.
A Clibaterias trata, portanto,
da reparação de todos os modelos de baterias compostas por
células/pilhas de diversos tipos
(Ni-CD, Ni-MH, Lítio) e modelos
46 I Setembro
(Sub-C, 4/3A, etc). Essa reparação passa pela substituição das
células que compõem a bateria
por células novas. Dotada de
equipamento para testar o estado das baterias, há também
um trabalho prévio que permite
concluir se determinada bateria
necessita, efetivamente, dessa
recuperação. No caso de o problema se verificar no carregador, a Clibaterias está também
equipada para a reparação do
mesmo.
Atendendo às necessidades
tanto de clientes particulares
como de empresas que recorrem
ao seu serviço, as áreas abrangidas por esta empresa são muito
diversas, cobrindo o tratamento
das baterias em equipamentos
como máquinas aparafusadoras,
eletrodomésticos, carros e aviões
de modelismo, aspiradores, etc.
A nível da sua diversificação, um
dos interesses de Luís Álvares
passa por “expandir o serviço
para a área da medicina, junto
de clínicas ou também dos estabelecimentos que comercializam
cadeiras de rodas ou instrumentos elétricos de apoio”.
Sobre o trabalho que tem
desenvolvido, Luís Álvares apresenta-o como um trabalho em
que se aposta “na qualidade,
quer do trabalho, quer das baterias, devidamente acompanhada
por uma capacidade de resposta
para a entrega destes produtos
em tempo útil”. É por isso que,
apesar das normais dificuldades
em obter procura, a Clibaterias
tem os seus motivos de congratulação: “Continuo a acreditar
que há muito trabalho. Já recebi
contactos de Lisboa e de vários
outros pontos do país. Tenho
clientes fidelizados de longa
data, que estão satisfeitos e
continuam a deixar sempre aqui
as suas baterias”. |
Portugal Inovador
MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA
Distrito de COIMBRA
Setembro I 47
Portugal Inovador
“Coimbra esta cada vez mais
virada para a reabilitação urbana”
No mercado imobiliário há 10 anos, Hugo Rocha trabalha por conta própria há seis. Em
entrevista à Portugal Inovador, explica como o setor imobiliário em Coimbra tem evoluído.
Com um vasto conhecimento do
mercado imobiliário em Coimbra,
Hugo Rocha decidiu fundar em
2008 a HR House, uma empresa
de mediação imobiliária cuja principal filosofia é encontrar excelentes
negócios para todos os clientes. De
acordo com o nosso entrevistado,
o setor imobiliário conimbricense,
atualmente está mais voltado para
a reabilitação urbana e para o mercado de arrendamento. “O mercado
imobiliário em Coimbra esta cada
vez mais virado para a reabilitação
urbana e para os imóveis usados”.
Exatamente por este motivo, a
HR House investe muito na venda
de imóveis antigos para reabilitação, bem como no arrendamento:
“As pessoas estão a retornar para
o centro das cidades e preferem
viver em apartamentos antigos e
48 I Setembro
reabilitados. Claro que o facto de
Coimbra ser uma cidade universitária faz com que apostemos muito
no arrendamento”, acrescenta Hugo
Rocha. Quando questionado sobre
os principais clientes que procuram este tipo de investimento, o
nosso entrevistado não exitou: “Os
investidores, os construtores e os
casais jovens são os que mais nos
procuram para comprarem imóveis
para reabilitação. Os investidores e
construtores, porque querem ter na
sua carteira também imóveis para
reabilitar e os casais jovens pois
não têm dinheiro para comprar uma
casa nova”.
Certificação
Energética
No mercado imobiliário, um dos
temas que tem gerado mais polé-
mica é a obrigatoriedade da certificação energética, uma vez que,
alguns agentes imobiliários são a
favor e outros não. Além de ser uma
despesa grande para quem quer
colocar o seu imóvel à venda, caso
este documento não seja apresentado, isto pode resultar numa multa
tanto para a agência imobiliária,
como para o proprietário. Hugo Rocha acredita que “neste momento, o
maior problema que as empresas de
mediação imobiliária enfrentam é a
questão da certificação energética.
Se for num imóvel novo, não há
qualquer tipo de problema, mas se
for em casas antigas não faz sentido. As pessoas colocam as suas
habitações á venda, geralmente
porque não têm possibilidades de
as manter e sendo que temos de
ser nós, enquanto mediadores, a
dizer que têm de fazer o certificado,
é muito complicado”.
Crescimento
sustentado
É exatamente por aqui que passa
o futuro da HR House, um crescimento a par e passo, sempre “com
vontade de trabalhar mais e melhor
e de manter os clientes satisfeitos”.
Por enquanto, abrir mais delegações não está nos planos de Hugo
Rocha, mas manter a qualidade dos
serviços prestados é “obrigatório”,
conclui. |
Portugal Inovador
Investir na Lousã
Com uma equipa dinâmica, coesa e proativa, a Remax
Montanha é uma referência na Lousã, no distrito de Coimbra.
A atuar no mercado da Lousã,
mas abrangendo também outras
regiões do país, por força das
parcerias estabelecidas, João
Paulo Serra reportou-nos a sua
visão sobre o setor: “A Lousã
é um mercado ligeiramente diferente comparativamente com
Coimbra, porque não temos tanta
incidência de arrendamento.
Existe sim procura para construção nova, mas esta já não
existe”. O nosso entrevistado
observa um crescimento do setor
no último ano e, enquanto Remax Montanha, “em 2014 houve
uma majoração na ordem dos
100% , comparativamente com o
mesmo período do ano passado,
sendo que no ano de 2013 já haviam crescido 30% relativamente
ao ano transato, o que é muito
significativo”, explica.
Graças a essas mutações do
mercado imobiliário, o diretor
desta agência afirma que hoje
em dia os imóveis da Banca
representam apenas 20% do
seu negócio, ao contrário do
que aconteceu no início da crise financeira, em que grande
parte dos trabalhos passavam
pela parceria com o setor bancário: “Felizmente conseguimos
captar exclusividade de imóveis
da Banca, o que menos fez
criar um bom trabalho e posso
dizer que cerca de 80% desses
imóveis que foram vendidos na
Lousã, passaram pela Remax
Montanha”. João Paulo Serra
fez também questão de referir
a crescente aposta do público
estrangeiro na região. “Contra-
riamente ao que se possa pensar
os reformados estrangeiros já
começam a procurar as zonas
mais rurais. Já começam a ter
algum conhecimento das potencialidades da região, não tanto
da Lousã, mas de Coimbra”,
explica. Com diversos contactos
com empresas de scouting o
nosso entrevistado afirma que
“as pessoas começam a fugir
de Lisboa, porque esse é um
mercado muito saturado. O que
os leva a procurar outras zonas,
Coimbra é uma das opções”.
Com uma filosofia muito própria que abrange todos os colaboradores, a Remax Montanha
procura ter uma equipa coesa,
dinâmica e proativa e, para tal, o
nosso interlocutor garante que o
segredo está na forma como se
relacionam. “Aqui somos todos
iguais e trabalhamos lado a lado
para que o negócio funcione.
Ações de team building e formações são absolutamente fundamentais para que tal aconteça”.
De acordo com João Paulo
Serra, o futuro passa por solidificar ainda mais o nome da
Remax Montanha e, sobretudo
fazer com que haja “uma maior
abertura por parte das mediadoras convencionais. “Eu partilho
com eles e procuro trabalhar em
parceria”, assume. |
Setembro I 49
Portugal Inovador
O local ideal para habitar
Foi no município de Tábua que procuramos obter uma outra visão sobre o estado atual da
mediação imobiliária em Portugal, este mês com especial enfoque no distrito de Coimbra.
Tábua é uma região rica em
património natural e histórico.
Situada no Centro de Portugal,
é constituída por montes e vales
férteis, acolhendo vários rios e
ribeiras que conferem um maior
encanto à região. Foi esta paisagem inspiradora e bucólica que
apaixonou a família de Vries,
oriunda da Holanda.
A Imobitábua®, Chave Sólida – Mediação Imobiliária, Lda
é uma empresa de mediação
imobiliária, hoje liderada por
duas mulheres, Henriette e Inge
de Vries, mãe e filha respetivamente. A relação criada na sua
terra Natal, na Holanda, com
os portugueses oriundos, entre
outros, de Tábua, espicaçou-lhes a curiosidade de visitar os
encantos desta vila portuguesa.
A paixão foi imediata de tal modo
que, em 1995, a família mudou-se para Portugal.
O marido de Henriette de
Vries possuía já uma larga experiência e formação no setor
imobiliário adquirido na Holanda.
Trabalhou na empresa nos primeiros 10 anos, sendo que ainda
hoje mantém a ligação a esta
50 I Setembro
empresa, estando sempre disponível para esclarecer dúvidas
na área da avaliação imobiliária.
Antes de iniciar a atividade,
a Imobitábua® estudou qual a
melhor localização para a sua
sede e acabou por optar pela
vila de Tábua. Um importante
ponto de partida ao iniciar foi
estudar ao máximo as regras e
as leis relacionadas com o sector
imobiliário para poder prestar um
melhor serviço aos seus clientes,
evitando deceções posteriores.
Também o conhecimento e a
experiência no setor imobiliário
na Holanda vieram a revelar-se
úteis.
Tendo fortes ligações e conhecimentos na Holanda e outros países, a equipa da Imobitábua esforça-se por captar
novos investimentos e pessoas
que, tal como elas, se apaixonem
por Portugal. Com o passar dos
anos, denotam que o interesse
dos estrangeiros está a aumentar: “Eles procuram casas
amplas com jardim, pequenas
quintas, mais ou menos isoladas,
algo que dificilmente têm acesso
na Holanda. Aqui conseguem
propriedades com muito terreno,
sentem maior liberdade e beneficiam da segurança que felizmente ainda se verifica neste país”.
Após 17 anos de atividade, a
Imobitábua® é conhecida pela
sua experiência, pelos bons
serviços prestados e pelo bom
acompanhamento, durante e
mesmo após a aquisição. “Mantemos um contacto muito direto
com os nossos clientes e acompanhamos muitos deles mesmo
no pós-venda. Esse aspeto
torna-os mais próximos de nós”.
Outro serviço importante prestado pela Imobitábua® é o acompanhamento dos compradores na
aquisição de uma propriedade à
venda numa colega imobiliária.
Mediadores ilegais
O setor imobiliário continua a
sofrer com a existência de mediadores ilegais. Estes não têm
um escritório aberto, portanto não
são controlados. Com frequência,
os compradores acabam por ficar
com muitos problemas por comprarem através de um mediador
ilegal. Isto dá uma imagem negativa ao sector imobiliário.
A Imobitábua® aconselha aos
potenciais compradores para
pedirem referências das imobiliárias. |
Portugal Inovador
Pioneiros na Certificação
Energética
Com 19 anos de existência, a Planética, S. A., tem sido desde o seu início, uma empresa
empenhada na inovação e no incremento das energias renováveis.
“Projetamos, Construímos, Certificamos”, é este o lema com que a
Planética se apresenta no mercado.
Fundada em 1995 por José Maria
Seixas, engenheiro civil de formação, esta empresa surgiu ligada a
projetos de engenharia e arquitetura, envolvendo-se, naturalmente,
na construção civil, de acordo com
as exigências de mercado.
Já no ano de 2008, o nosso
entrevistado, consciente de que o
futuro do nosso país passaria pelas
energias renováveis e pela eficiência energética, acompanhando deste modo, as preocupações, vividas
na Europa e no Mundo, quanto ao
aproveitamento dos recursos naturais e à preservação do ambiente,
apostou no desenvolvimento deste
setor. Desta forma, “formámos os
nossos quadros na área da certificação energética e energias renováveis, ficando assim habilitados a
responder a esta necessidade de
mercado. Criámos o nosso portal
de certificação, que foi o primeiro a
nível nacional e, em 2009, éramos
já a maior empresa de certificação
energética”, refere.
Com cerca de 40 colaboradores
e mais de 1000 parceiros espalhados por todo o país, “garantimos
uma rede sólida, presente e de
resposta eficaz e competente de
Norte a Sul”. Além da certificação,
a Planética dedica-se fortemente às
energias renováveis, que para além
de serem uma forma de diminuir a
fatura energética, são fundamentais
para a preservação do ambiente.
“As energias verdes são o futuro
no nosso país, e os portugueses
já se começam a aperceber disso”. Uma das grandes apostas da
Planética, neste setor, passa pela
biomassa e geotermia que “consiste no aproveitamento da energia da
terra, que tem muito potencial em
grandes empreendimentos, centros
comercias, hospitais, entre outros.
É importante reduzir nos custos
energéticos protegendo o ambien-
te. Parece-me que esta terá de ser
a aposta das novas gerações, dispensando cada vez mais a energia
fóssil”.
Certificação em
Portugal
Atualmente, a Certificação Energética representa grande parte do
volume de negócio desta empresa:
“O importante da certificação energética prende-se com a necessidade do nosso país se tornar menos
dependente da energia fóssil e de
contribuir para uma maior consciencialização da importância da
eficiência energética nos edifícios.
Daí ter surgido a obrigatoriedade
do certificado energético”. A classificação energética depende de
um conjunto de fatores, entre os
quais se destacam a localização
e a orientação do edifício e o tipo
de materiais que constituem a
sua envolvente exterior. O facto
de muita população, hoje em dia,
estar devidamente informada faz
com que “analisem a classificação
energética antes de comprar ou
arrendar. Se a eficiência energética
for mais alta (classe A ou B) a fatura
da energia vai ser menor, o que
se torna numa mais-valia. Com o
tempo, os cidadãos em geral vão-se apercebendo da importância
deste assunto”, garante José Maria
Seixas. |
Setembro I 51
Portugal Inovador
A conceber um ideal urbano
Fundada em 2006, a Curbi – Conceiving the Urban Ideal, surgiu no mercado para apresentar
soluções de excelência no domínio da designada indústria AEC (Arquitetura Engenharia e
Construção), sempre em perfeita sintonia com as pretensões dos clientes. Desde 2008 a
certificação energética tem representado um dos serviços mais influentes na dinâmica geral
da empresa.
“A nossa mais
valia é a multidisciplinaridade e a
possibilidade de
oferecer soluções
integradas de projeto para a cons­
trução”
A trabalhar como profissional liberal há já alguns anos, Sérgio Rolo
decidiu criar a CURBI, passando
a oferecer soluções integradas de
projeto para a construção. Um conceito onde o cliente entra e dispõe
de um conjunto de serviços que
são prestados de forma coesa pela
equipa interna que a empresa define para cada trabalho. Com quatro
áreas de atuação, nomeadamente:
a certificação energética, a arquitetura, a avaliação imobiliária e a
engenharia, de acordo com o nosso
entrevistado, “a sua mais-valia passa pela multidisciplinaridade. Temos
arquitetos, engenheiros e desenha52 I Setembro
dores. Num determinado processo,
conseguimos servir o cliente desde
a fase de topografia, passando pela
arquitetura e engenharia, até à gestão de obra”.
Com uma equipa composta por
oito elementos, entre os quais estão
quatro engenheiros (dois dos quais
peritos qualificados na área de certificação energética), três arquitetos e
um desenhador, esta empresa está
especialmente preparada para a
concretização de projetos de construção nova e na área da reabilitação
de edifícios.
Há oito anos no mercado, Sérgio
Rolo decidiu apostar na internacionalização da CURBI em 2010,
realizando projetos para Luanda,
Congo, França e Timor. “Em apenas quatro anos, conseguimos que
o nosso volume de negócios no
estrangeiro representasse 40% do
nosso trabalho, o que é significativo”, garante.
Certificação
Energética
Desde 2006 que a certificação
energética é obrigatória no nosso
país, mas em 2013 ganhou maior
visibilidade graças à normativa europeia que entrou em vigor no dia 1
de dezembro, que obriga a que os
imóveis tenham um certificado energético no ato de publicitar a venda.
Desde o início que a CURBI disponibiliza o serviço de certificação
energética, tendo sido esta área um
forte apoio no arranque da empresa,
sensivelmente até 2008. Nos anos
subsequentes, tirou partida da sua
versatilidade e desenvolveu diversos serviços nas restantes áreas de
atuação da empresa.
Para que os nossos leitores
aprofundem o seu conhecimento
sobre a temática da certificação,
Sérgio Rolo fez questão de explicar: “A certificação energética,
apesar da resistência de alguns
players do mercado imobiliário, é
uma excelente ferramenta para a
disseminação de soluções energeticamente mais sustentáveis e
amigas do ambiente”.
Relação com o setor
imobiliário
Quanto aos promotores imobiliários, uma classe que ficou muito
reticente face à obrigatoriedade
“Num determinado
processo,
conseguimos servir
o cliente desde a
fase de topografia,
passando pela
arquitetura e
engenharia, até à
gestão de obra”
Portugal Inovador
dos certificados energéticos, Sérgio
Rolo explica que é necessário que
os mediadores percebam que em
grande parte dos casos, o certificado só os vai ajudar na venda.
“Quando os mediadores perceberem que o certificado pode ajudar os proprietários a publicitarem
melhor a sua casa, será maior o
consenso em torno desta temática.
O relatório de medidas de melhoria
é talvez a peça chave deste cenário todo e a mediação imobiliária,
se tirar partido disto, pode ajudar
o proprietário a vender mais facilmente”. |
“O relatório
de medidas de
melhoria é talvez
a peça chave
deste cenário
todo e a mediação
imobiliária, se tirar
partido disto, pode
ajudar o proprietário
a vender mais
facilmente”
Setembro I 53
Portugal Inovador
“A atual legislação não
credibiliza a certificação
energética”
Carlos Murtinheira é um dos responsáveis pela ENERQAI, empresa do setor da energia e da
qualidade do ar desde 2009, que partilhou a sua particular visão sobre o processo de certificação.
Com instalações situadas em
Tondela, um dos municípios do
distrito de Viseu, a ENERQAI
– portadora da certificação ISO
9001 – direciona a sua atividade à
certificação e auditoria energética,
assim como planos de manutenção,
contando com uma equipa de cinco
colaboradores.
Essencialmente, o seu corebusiness passa pela certificação de
grandes superfícies comerciais e
edifícios dirigidos a serviços, tendo
já alcançado reduções de 30 e 40%
em alguns espaços. Entre vários,
a ENERQAI certificou o edifício
sede da Vodafone no Porto, o Hotel
Yellow Lagos Meia Praia, a Escola
Professor Rolando de Oliveira em
Viseu e quase dois terços dos Intermarché em Portugal.
Numa altura em que a União
Europeia pretende reduzir o consumo energético, e além de toda a
controvérsia envolta da certificação
energética em Portugal, Carlos
Murtinheira considerou “satisfatória” esta decisão europeísta,
afirmando que o certificado deveria
ser adquirido no aluguer e na edificação nova: “Em muitos dos casos,
quando fazemos o nosso trabalho,
propomos as medidas necessárias
54 I Setembro
e elas morrem no papel, porque
quem vende não informa de modo
correto o potencial comprador”.
Além disso, encontra diferentes
pontos de vista entre as partes
envolvidas no negócio: “Quem
vende, vê o processo como uma
imposição ou como um imposto.
Quem compra precisa de ter uma
noção do produto que vai adquirir”.
Para o responsável da ENERQAI,
a falta de obrigatoriedade poderia
ser combatida com “incentivos
financeiros”, reiterando que quem
vende não está preocupado com o
certificado: “Se fosse um condição
necessária nos apoios para implementar medidas de certificação
energética faria todo o sentido”,
apontou Carlos Murtinheira.
O administrador abordou também a nova legislação de dezembro, reiterando que não atribui a
devida importância à qualidade do
ar interior e à inspeção periódica
dos equipamentos e que é tecnicamente fraca e ambígua, permitindo
classificar o mesmo edifício com
classes diferentes, consoante a
interpretação do Perito. Ademais,
frisou que “não faz sentido certificar
um edifício de serviços devoluto,
que irá ser vendido, mas cujo uti-
lização será desconhecida”. Os
próprios valores de certificação
deveriam ser também regularizados: “A legislação não empresta
credibilidade a esta matéria, o que
é preocupante”, referiu.
Por último, Carlos Murtinheira
afiançou que a nova lei terminou com alguns dos serviços da
ENERQAI. No entanto, mantém um
desejo: “Acima de tudo, queremos
manter a nossa qualidade e rapidez
sempre que somos chamados a
intervir”. |
Portugal Inovador
Região Centro
Setembro I 55
Portugal Inovador
“Ética como pano de fundo”
Os 36 anos de existência poderiam ser suficientes para demonstrar a sua importância
no mercado. Américo Duarte, enquanto administrador da EFAPEL, partilhou connosco a
forma como se procuraram evidenciar em Portugal e no exterior, pronunciando-se sobre a
importância da ética no mundo empresarial e no sucesso alcançado.
ção de produzir as aparelhagens
elétricas”, acrescentou Américo
Duarte.
Desde então que o seu corebusiness tem sido a conceção e
produção – gradualmente melhoradas – e comercialização de material
elétrico: “Comprou-se um pinhal,
construi-se um edíficio, adquiriram-se algumas máquinas necessárias,
fizeram-se projetos e começámos
a produzir”.
Adquirir o estatuto
de referência
É na pequena localidade de Serpins, a 27 quilómetros de distância
da cidade de Coimbra, que se vislumbra o vasto parque empresarial
da EFAPEL – Empresa Fabril de
Produtos Elétricos S.A. –, empresa
fundada numa época fortemente
marcada pela pós-revolução do 25
abril de 1974. Questionado sobre
os primórdios – corria o ano de
1978 -, Américo Duarte mencionou
as “convulsões próprias de então”,
fase em que a oferta não correspon56 I Setembro
dia à procura existente: “O mercado
caiu em larga escala. Deixou-se
de produzir de forma substancial
e havia apenas as reuniões gerais
de trabalhadores. Era fácil vender
equipamentos elétricos, mas não
havia tomadas para o seu funcionamento”, começou por contar.
Foi nesse panorama que se encontrou uma oportunidade de negócio: “Após algumas reuniões entre
pequenos empresários, formou-se
um grupo de trabalho com a inten-
A EFAPEL começou como uma
empresa de “vão de escada”, com
um pequeno edíficio com condições um pouco desajustadas e
uma produção algo “rudimentar”
e “totalmente manual”. Contudo,
Américo Duarte percebeu que seria
necessário “produzir qualidade para
haver viabilidade empresarial”.
Dessa forma, identificou como
fundamentais, para o crescimento desejado para o seu projeto,
a qualidade do produto, preço e
serviço: “Foram os três fatores
preponderantes para a nossa afirmação. A cada oportunidade, fomos
melhorando. Em pouco tempo, já tínhamos condições para produzir de
forma apoiada por equipamentos
adequados, melhorámos as condições de trabalho e melhorámos os
espaços de produção”.
Ademais, a ética foi algo pelo
qual o adminstrador da EFAPEL
sempre primou, aplicando inclusive
este princípio na própria propaganda em torno do seu produto: “Para
além da relação qualidade/preço e
do serviço de excelência, ao longo
do tempo atribuímos constantemente uma enorme importância
à ética geral e comercial, mas
Portugal Inovador
também ao nível do marketing, de
forma a favorecer o consumo dos
nossos produtos”, disse Américo
Duarte.
Para o administrador, as pessoas que trabalham todos os dias
na EFAPEL são um elemento
fundamental para se promover a
distinção entre empresas. Américo
Duarte considerou como “fundamentais” os seus 300 funcionários:
“Quem faz as melhores empresas,
são os funcionários. Os recursos
humanos sempre foram fundamentais para mim, tendo sempre procurado selecionar as pessoas com
as características enquadradas à
função que viriam a desempenhar.
Além disso, cuidamos da sua motivação e formação interna”, afiançou
o empresário.
Em Portugal e em mais
de 50 países
Passados 36 anos de história e
de contínua evolução empresarial,
a EFAPEL conta com quatro unidades fabris – que perfazem um
total de 26.173 metros quadrados–,
nomeadamente três em Serpins
para a produção de componentes
injetados, montagem, armazenamento e distribuição e outra na
zona industrial do Alto Padrão, no
concelho da Lousã, destinada à
extrusão de calhas técnicas.
De acordo com Américo Duarte,
a posição da EFAPEL é “claramente
de liderança” em Portugal, atravessando sem dificuldades de maior a
crise económica que despontou em
2008. Porém, o administrador foi
perentório no que toca à exigência
no mundo dos negócios: “Leva muito tempo a evidenciar no mercado a
nossa capacidade e a qualidade os
nossos produtos, mesmo com um
preço apelativo e um bom serviço”.
A EFAPEL chega a quatro continentes, tendo como principais
mercados estrangeiros Espanha,
França, Alemanha, Grécia, Rússia,
Arábia Saudita, Angola, Chile e
Perú. Para esse feito, Américo Duarte destaca a aposta estratégica na
abertura de delegações comerciais
in loco: “É a única forma de estarmos
verdadeiramente presentes”.
Relações e parcerias
baseadas na ética
O administrador de 65 anos
realçou, por várias vezes, a virtude ética das pessoas no mundo
empresarial, aludindo a aplicação
da ética como um “pano de fun-
Em prol do ambiente
O administrador da EFAPEL
encara a defesa do meio ambiente como “um dever que cabe a
todos”, afirmando que consciencializa os seus colaboradores e
fornecedores para a importância
das práticas ambientais.
do” nas relações “transparentes”
com os clientes e fornecedores:
“Colocamo-nos sempre do lado do
cliente, seja qual for a questão. O
desenvolvimento do nosso produto
a todos os níveis passa muito pelas
propostas, opiniões, sugestões dos
nossos fornecedores”, apontou
Américo Duarte.
Questionado sobre a certificação do produto, o responsável
remeteu que esse processo “é resultado da conseguida evolução do
produto”, expondo os seus desejos
para o futuro da EFAPEL e da sua
estabilidade: “Se eu tivesse menos
30 anos de vida, diria que o nosso
objetivo era crescer, crescer e crescer. Mas apenas crescer de uma
forma constante e sustentada, cuidando sempre dos nossos fatores
críticos de sucesso sem descurar a
ética”, terminou Américo Duarte. |
Setembro I 57
Portugal Inovador
Paixão farmacêutica
A Farmácia Vilaça, espaço localizado numa das principais artérias de Coimbra, repleta de
história e tradição, está a cargo de Amadeu Carvalho e da sua esposa. A ligação pessoal de
ambos levou-os a abraçar o mesmo projeto profissional.
“No coração de Coimbra e no
seu”. É desta forma que Amadeu
Carvalho descreve o posicionamento da sua farmácia com as portas
abertas ao público.
Todavia, o responsável começou por contar toda a história que
se iniciou ainda nos seus tempos
de faculdade, no decorrer do curso
de Química Educacional: “Conheci
a minha esposa enquanto caloira,
alguém que sempre gostou desta
área. Simplesmente, impôs a si
própria trabalhar numa farmácia.
Após o término da minha formação,
saí de Coimbra para acompanhar a
minha mulher, algo que me custou”,
continuou.
Primeiramente, Amadeu Carvalho e a sua esposa adquiriram
uma modesta farmácia no distrito
de Viseu. Em 2008, alargaram a
sua atividade a cidade de Coimbra
adquirindo a Farmácia Vilaça. O farmacêutico afirmou ainda que é um
58 I Setembro
local de eleição de um público heterogéneo: “Atendemos com a mesma
dedicação todas as pessoas, por
isso somos procurados por utentes
de diferentes estratos socioeconómicos que continuam a privilegiar o
nosso espaço”, acrescentou.
Logo após a compra da farmácia, Amadeu Carvalho decidiu
renovar e ampliar as instalações
sem nunca perder a identidade e
os traços característicos que ainda
hoje se mantêm, um lugar nobre
e muito acolhedor. Todavia, não
foram as únicas alterações efetuadas: “Utilizando a tecnologia e o
trabalho de equipa, prestamos um
atendimento personalizado, sempre
com o intuito de acrescentar mais
valor ao utente, ao medicamento
e a todos os serviços prestados.
Acredito ser a única forma de merecermos a confiança da população”.
O horário de funcionamento do
estabelecimento – de segunda a
sábado entre as 8:30h e 20h – foi
um fator levado em consideração
por Amadeu Carvalho. No verão,
mantém as portas abertas durante
mais meia hora pelo fluxo existente
na cidade de Coimbra.
Dispondo de uma vasta e variada oferta de dermocosmética,
considerado uma “mais-valia” as
pessoas podem efetuar as suas
compras, nesta área, de forma
espontânea e livre. No entanto, a
maioria das vezes são aconselhadas pelas farmacêuticas e, em casos mais exigentes, as pessoas são
encaminhadas ao GAP (Gabinete
de Atendimento Personalizado)
onde podem realizar um teste de
pele ou capilar utilizando a tecnologia do «DERMOPRIME».
A Farmácia Vilaça disponibiliza
ainda serviços e cuidados farmacêuticos, Espaço Animal, loja online
e serviços de deteção de problemas
de saúde como hipertensão, colesterol, glicémia e outros.
A inovação também é um marco
da Farmácia Vilaça. Além da modernização do espaço, foi adquirido
o robot Rowa Vmax que permite
uma arrumação inteligente e rápida, permitindo um maior fluxo de
trabalho.
Por último, Amadeu Carvalho
admitiu que a dermocosmética é a
sua aposta de futuro com o projeto,
em desenvolvimento, de loja virtual,
disponível a partir de outubro de
2014, tendo por objetivo diversificar
o público alvo. |
Portugal Inovador
Ao serviço da economia local
A família Gonçalves, natural de Oliveira do Hospital, tem dedicado a sua vida profissional
ao empreendedorismo e à dinamização da terra que a viu nascer.
Foi em 1989 que regressado
de uma passagem por África, Rui
Gonçalves alia-se ao irmão, Carlos,
e juntos adquirem um pequeno supermercado, fundando o que hoje é
conhecido por IG Supermercados.
Mais de 20 anos passados, e após
constantes renovações e ampliações, em 2012 inauguram as atuais
instalações. Uma grande superfície
comercial que pela sua dimensão,
variedade e qualidade de serviços
tem conquistado a confiança de
um crescente número de visitantes.
“Somos um concelho com cerca de
22 mil habitantes, mas os nossos
clientes não são exclusivamente de
cá. Vêm de Tábua, Arganil, Nelas,
Seia ou até mesmo de Coimbra”,
explica Rui Gonçalves.
Num mercado tão concorrencial
qual a razão para a preferência?
“A dedicação é alma do negócio,
considero que quando se acredita
no projeto o crescimento é natural”, responde o empresário. Aqui,
podemos encontrar para além dos
artigos de mercearia, talho, peixaria, padaria e pastelaria, uma vasta
gama de eletrodomésticos e um
serviço de take-away, contando ainda com espaço de refeições. Conta
ainda, com uma galeria comercial
com parafarmácia, telecomunicações e quiosque.
“Temos uma quota de mercado claramente maioritária. Esta
fidelização deve-se à qualidade do
atendimento e da atenção prestada
a cada cliente. Para além, disso
primamos pela melhor relação qualidade/preço, conseguimos oferecer
preços altamente competitivos”,
explica o administrador.
O feedback do público tem sido
muito positivo em todas as vertentes: “O nosso serviço de take-away
tem verificado uma grande adesão,
servindo ainda uma média diária de
100 refeições sentadas. Os nossos
parceiros da peixaria, do talho e da
frutaria primam também pela qualidade e pela frescura dos produtos,
mantendo conceitos tradicionais de
atendimento ao público, mas numa
superfície comercial”, salienta.
Com uma forte consciência
social, para além dos 90 postos de
trabalhos diretos, a IG Supermercados, apoia os fornecedores e as
empresas da região, promovendo
a dinamização da economia local:
“As construções foram edificadas
essencialmente com empreiteiros
locais e tentamos que os nossos
fornecedores também o sejam”,
acrescenta.
A família Gonçalves assume que
“o sucesso tem sido conquistado
com muito trabalho e a aposta tem
sido forte, apesar das dificuldades”.
A má qualidade dos acessos poderia
ser razão para anular estes investimentos, mas na realidade o Grupo
continua a criar novos projetos.
Nesse sentido, e tendo sido
o supermercado o motor de toda
a estrutura empresarial, o Grupo
Irmãos Gonçalves detêm ainda o
posto IG Combustíveis com a marca Prio (com abastecimento GPL)
e uma empresa de investimentos
imobiliários que está a desenvolver
o último projeto da família: um Lar
Residencial para a terceira idade.
“A surgir próximo do centro histórico
de Oliveira do Hospital, o nosso
público-alvo são pessoas com mobilidade que pretendem continuar
a realizar as suas tarefas diárias,
mas apoiadas por um conjunto de
valências e serviços” conclui. Este
projeto tem inauguração prevista
em 2015. |
Setembro I 59
Portugal Inovador
Ver com segurança
A Multiópticas, assinalada pelos portugueses como Marca de Confiança em 2013 e 2014,
tem vindo a reforçar a qualidade do seu trabalho por todo o país. Em Santa Maria da Feira
e Paços de Ferreira, João Abel prima pelo cuidado da visão e satisfação dos seus clientes.
cada vez mais confortáveis ao olho
humano, e a formação contínua,
têm vindo a ser os grandes pilares
da Multiópticas. Todas as lojas
trabalham em conformidade com
os problemas de visão que cada
cliente tem, com um campo alargado de ofertas para que a escolha
entre preço e qualidade se torne
benéfica e facilitada.
Os olhos e as novas
tecnologias
João Abel frequentou o curso de
Física Aplicada direcionado para o
ramo de optometria, aí desenvolveu
o interesse pela área da ótica. A
sua carreira profissional começou
como optometrista na Multiópticas
em Lisboa. Um ano mais tarde,
ainda nessa loja, “tornou-se responsável pela formação no ramo da
optometria, e dos seus problemas
adjacentes, das novas equipas
que integravam o projeto”, explica.
Quer fossem vendedores, gerentes
ou optometristas ficavam assim a
conhecer conceitos como refração,
hipermetropia, miopia, entre outros.
Mais tarde, em 2002, decidiu embarcar num novo desafio, e candidatar-se a uma franquia. O trabalho
que conhecia da Multiópticas foi
determinante para a sua decisão.
Sabendo de antemão que Santa
60 I Setembro
Maria da Feira era uma cidade com
história, optou por abrir uma loja no
concelho, em 2003. Em Paços de
Ferreira abriu apenas em 2011.
A aposta em novas soluções,
Ao longo dos anos João Abel
vivenciou largos passos na evolução da optometria, no entanto, a
grande adesão aos novos meios
tecnológicos, sentida nos últimos
tempos, como por exemplo, os
tablets, tem agravado o estado de
saúde dos olhos da população. “As
pessoas estão a precisar de óculos
cada vez mais cedo, ao contrário do
que sucedia antigamente”, aponta o
entrevistado. O avanço das novas
tecnologias proporcionou outros
progressos no ramo da ótica, e as
lentes de contacto são um exemplo vivo desse desenvolvimento,
“é um futuro próximo de grande
Portugal Inovador
encontra-se em qualquer ponto do
país para o resolver.
Agora o trabalho, realizado por
oito pessoas, prosseguirá com a
mesma linha de orientação, baseado na mesma filosofia. Nos próximos dez anos João Abel perspetiva
a abertura de novas lojas. |
evolução”, garante João Abel.
As lentes de contacto de silicone
hidrogel são fáceis de manusear,
apresentam grande resistência, e
podem ser usadas até 12 horas,
se o olho for de fácil lubrificação
e não apresentar muita secura.
Apesar de a Multiópticas ter estas
soluções, João Abel, relembra aos
pais que “é preciso que as crianças
abandonem os sítios fechados, rodeados de televisão, e computador,
e descubram novos espaços lá fora,
pois de outra forma não vão conseguir exercitar a sua visão para perto
e para longe, equilibradamente,
podendo vir a ter consequências
graves que podem ser prevenidas
atempadamente”.
Desempenho local
O grupo GrandVision, um dos
maiores retalhistas do mundo,
confere à Multiópticas um trabalho
de grande prestígio, alargando a
sua oferta em relação às marcas.
Mas a Multiópticas apesar de ser
uma grande marca franchising,
muito do seu sucesso é devido às
pessoas que dedicam o seu esforço localmente. As lojas de Santa
Maria da Feira e Paços de Ferreira
são exemplo disso. A fidelização e
o compromisso que têm para com
o cliente são os principais valores
que regem a sua conduta. Dessa
forma o serviço pós venda torna-se fulcral, pois qualquer problema
que o cliente tenha a Multiópticas
Setembro I 61
Portugal Inovador
Agricultura com futuro
A Aromáticas Lobonense, projeto do jovem empresário agrícola Bruno Mota, é mais um bom
exemplo de sucesso comercial no setor.
“Começar um projeto destes é
uma aventura, praticamente não
sabemos no que vai dar”, conta-nos. Foi então há três anos que,
sozinho, Bruno Mota tomou a iniciativa de se dedicar a este nicho
de mercado e, chegando a 2014,
mostra-se satisfeito pela procura
que tem conseguido: “Foi no terceiro ano que comecei a ter frutos.
Estou a vender muito ao ponto de a
minha produção atual não ser suficiente para as encomendas sendo
necessário recorrer a colegas de
modo a dar resposta ao que os
clientes me pedem”.
A capacidade produtiva desta
empresa instalada em Lobão, concelho de Santa Maria da Feira, consiste em dois hectares destinados
62 I Setembro
à produção de ervas aromáticas
medicinais, distribuída por quatro
variedades: tomilho-limão, hortelã-pimenta, erva cidreira e lúcia-lima.
Bruno Mota dedica o seu dia-a-dia
a tratar das plantações, do corte,
da secagem e da embalagem em
sacos de aproximadamente 15 a 20
quilos, que são depois vendidos a
empresas que utilizam esta matéria
prima para a produção de óleos,
chás, sabonetes ou champôs. Esta
atividade comercial já atinge a
exportação, designadamente para
países como Espanha, França ou
Suíça. “O problema que se está a
registar é, de facto, não conseguir
dar resposta às encomendas sozinho”, assume, daí que os planos
imediatos para a Aromáticas Lobo-
nense passem pela expansão para
mais um hectare e pela construção
de duas estufas.
A procura que lhe tem chegado
e que justifica esta referida necessidade de crescimento é, naturalmente, um exemplo que contraria
certos receios que são habituais em
muitos outros jovens que ponderam
entrar em iniciativas semelhantes.
É acerca deste fenómeno cada vez
mais visível, que são os jovens agricultores, que Bruno Mota conclui,
mostrando-se satisfeito: “Temos
um bom clima e bons terrenos e,
depois de todos estes anos em
que a agricultura esteve parada,
faz todo o sentido que se tenha
começado novamente a apostar
nesta atividade”. |
Portugal Inovador
Nem a reforma
o afasta da medicina
Aníbal Silva foi médico de família, tendo-se reformado em Junho deste ano. Em Julho, abriu
as portas da clínica C.M.U-Consultas Médicas de Urgência, seu projeto pessoal.
Anteriormente, exerceu funções
de médico de família em Vila Maior,
freguesia do concelho feirense.
Porém, é na Corga do Lobão, outra
localidade do concelho de Santa
Maria Feira, que está localizada
a clínica Consultas Médicas de
Urgência, espaço idealizado por
Aníbal Silva e a sua esposa Cristina Silva.
O responsável justificou a sua
criação com a sua forma de ser e de
estar, reforçando a ideia de que era
fundamental manter-se ativo: “Com
a minha idade, não tinha paciência
nem vontade para permanecer em
casa. O importante para mim era
continuar a fazer aquilo que gosto,
nomeadamente a trabalhar com as
minhas mãos”, começou por contar.
A celeridade com que abriu a
sua própria clínica – demorou cerca
de dois meses entre o seu processo
de reforma e a inauguração – pren-
deu-se com o facto de Aníbal Silva
ter tratado de toda a burocracia
previamente: “Como sabia que ia
ser um processo muito longo, coloquei ‘os pés ao caminho’ para ter,
a seu tempo, todas as permissões
necessárias”, continuou.
“Procurei saber quais as necessidades da população para
conseguir ser eficaz nos serviços
à disposição”, justificou Aníbal
Silva. Atualmente, e além da suas
consultas de Clínica Geral, a clínica dispõe de Consultas Médicas
de Urgência – equipada com dois
consultórios e uma sala para tratamentos de interveção terapêutica e pequenas cirurgias – conta
com um ortopedista, nutricionista,
pneumologista e tratamentos de
hipnose além duma uma enfermeira especializada em recuperação
respiratória, física e pós-acidente
vascular celebral. Além disso,
presta um serviço de enfermagem
diário na clínica e de 24 horas ao
domicílio com acompanhmento
médico se necessário. Contudo,
admite receber outras solicitações
por parte de alguns utentes: “Tem
havido pessoas a perguntar se
podemos vir a ter a especialidade
de Ginecologia… essa de facto
pode vir a ser a próxima novidade”,
adiantou o médico.
A relação com os pacientes é extremamente importante para Aníbal
Silva, reiterando que não se considera um médico que realiza consultas com rapidez aos seus utentes
e, por essa razão, preocupa-se em
conhecer o seu paciente: “Pode
ser um problema mínimo, ou até
nunca mais voltar, mas interesso-me em saber o historial clínico do
paciente”, disse.
Tem também definido um acordo
com Ramalho de Almeida, médico
especialista em Patologia Respiratória, num programa de rastreios de
doenças respiratórias e alérgicas
ao longo dos próximos tempos,
devido á prevalência daquele tipo
de doenças do foro pneumológico
nesta região, que é fortemente
dominada pela industria da cortiça.
Quanto ao futuro, Aníbal Silva
pretende manter o sucesso já
alcançado: “O balanço ao fim de
30 dias de abertura é satisfatório.
Espero que as pessoas se sintam
bem connosco”, terminou. |
Setembro I 63
Portugal Inovador
Poder Local
64 I Setembro
Portugal Inovador
União de Freguesias de
Arcos e Mogofores
Com mais de 6500 habitantes, a União das Freguesias de Arcos e Mogofores situa-se no
concelho de Anadia na parte sul do distrito de Aveiro e é a Freguesia mais populosa deste
concelho, englobando a maior parte da cidade de Anadia.
Situada bem no coração da
Bairrada tem na agricultura,
mais propriamente na produção
de vinhos e na cerâmica de louças sanitárias, de pavimentos e
revestimentos, para além dos
serviços, as atividades mais
empregadoras e também as que
mais contam na balança das
exportações.
Segundo o presidente, Fernando Fernandes, “o principal
objetivo do executivo da Junta
tem sido acima de tudo responder positivamente ao maior
número possível de solicitações
e desafios que nos são dirigidos
tanto por pessoas singulares
como por instituições e associa-
ções e tentar sempre que o que
à partida pareça ser um pequeno
problema não passe disso”. O
dinamismo de uma população
reflete-se nas suas instituições e
associações e, por isso, “quero
realçar as que existem na nossa
freguesia e já agora no nosso
concelho. Sem dúvida alguma
a esmagadora maioria tem feito
um trabalho fantástico nos mais
diversos âmbitos a que se destinam”, acrescenta.
Na parte turística, a gastronomia da Bairrada tem um grande
peso para esta região, pois o
leitão e o espumante são reis e
senhores, o que acaba por atrair
muitos visitantes. Neste sentido
a Feira da Vinha e do Vinho que
se realiza todos os anos no mês
de junho em Anadia, é uma mais-valia na promoção dos produtos
que estão ligados ao nome da
Feira, “que está registado no
Livro do Guiness com o maior
brinde de espumante”, afirma o
nosso entrevistado.
No sentido de realizarem
uma gerência equilibrada e sem
sobressaltos principalmente monetários, “temos optado sempre
pelo que consideramos mais
prioritário para o momento e,
com isso, conseguimos que a
qualidade de vida dos nossos
munícipes esteja sempre acima
de tudo e, neste sentido, realço
a Câmara Municipal de Anadia
que tem sido um excelente parceiro, atento e sensibilizado para
as grandes causas”. |
Setembro I 65
Portugal Inovador
União de Freguesias da Mealhada,
Ventosa do Bairro e Antes
Tradição enriquecida pela experiência
A revista Portugal Inovador esteve à conversa com João Santos o presidente da União das
freguesias da Mealhada, Ventosa do Bairro e Antes, para perceber melhor a realidade desta
nova freguesia.
João Santos, figura central com
uma apresentação ininterrupta ocupa o cargo que lhe foi confiado com
uma aptidão natural.
A constante procura de soluções, a busca harmoniosa dos
diferentes pontos de vista das pessoas, a resposta às necessidades
locais, são os principais elementos
a ter em conta para percorrer este
caminho.
A União destas três freguesias
apresenta-se como uma realidade
completamente nova para toda a
66 I Setembro
gente. “As novas uniões de freguesia foram criadas sem qualquer
apoio por parte do poder central”,
aponta o autarca. “A Câmara Municipal fica encarregue das grandes
obras, já à Junta da União, cabe
as pequenas obras, mas não é por
serem pequenas que não devem
ser valorizadas”, assegura.
Localização da União
das Freguesias - o seu
turismo e artesanato
A Mealhada, privilegiada pela
sua localização geográfica, situada
na região Centro, entre a Serra do
Bussaco e o mar, oferece bons
acessos rodoferroviários para todos
os pontos do país, assim como
Coimbra, Porto e Lisboa. Conhecida pela sua gastronomia, realiza
todos os anos no mês de junho a
sua Feira de Artesanato, onde se
apresenta o trabalho de artesãos
locais e se promove as quatro
maravilhas do concelho: leitão,
pão, vinho e água e se beneficiam
diferentes sabores para satisfazer
paladares.
A população vive numa posição
acolhedora, porque se encontra em
relação constante com o espaço
de quietude e tranquilidade aqui
coexistente.
Espaços como o parque da
cidade, o jardim municipal, eventos como o Carnaval e a sua feira
gastronómica, são exemplos vivos
da qualidade de vida e diversidade
que a região oferece.
Ventosa do Bairro e Antes, oferecem um conjunto de variedades
gastronómicas vivas ao passo de
uma paisagem verdejante.
A típica chanfana de cabra, o
leitão, a cabidela de leitão, os negalhos e o bom vinho satisfazem os
distintos paladares.
A Lagoa do Sume situada entre
Antes e Ventosa do Bairro, com
obras de requalificação para breve
e paragem obrigatória, para quem
queira espreitar o sossego com
vinhas e olivais a perder de vista.
Absorvidas por esta paz, estão envolvidas por património arquitetónico
invejável. Igrejas, capelas, monumentos, antiga capela particular, pelourinhos, casas seculares, marco milenar,
são obras de grande destaque.
Portugal Inovador
O artesanato também não é
esquecido, a tanoaria, a arte de trabalhar a pedra, a verga e a moagem
de farinhas feita em grandes mós
movidas pela corrente da água,
mostram que a tradição nunca
cessará.
“Venham conhecer e saborear
os nossos paladares e não se
arrependerão”, conclui o autarca. l
Setembro I 67
Portugal Inovador
“A Junta tem de criar os
mecanismos para que
tudo funcione bem”
Com cerca de sete mil habitantes, a Junta de Freguesia de
Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro, tem como principal
objetivo implementar um programa de turismo industrial para
atrair mais visitantes.
A Freguesia de Oliveira do
Bairro é a capital de concelho; não
por ser a maior em termos populacionais ou de superfície; mas sim,
por ser sede, abrangendo todos os
serviços que existem no concelho.
Em redor da cidade existem cerca
de dez espaços (lugares ou aldeias
onde predominam os traços de ruralidade) onde se vive da atividade
agrícola, mas Oliveira do Bairro
acaba por ser enriquecida com os
espaços industriais e os serviços
que acolhe. De acordo com Márcio Oliveira, presidente da Junta:
“Temos um pouco de tudo, mas
sobretudo um grande movimento
de pessoas por força do dinamismo empresarial e industrial que se
68 I Setembro
verifica na freguesia, o que capta
muitas pessoas de fora”. À frente da
Junta desde 2009, o nosso entrevistado garante que um dos grandes
projetos que tem para a freguesia
passa pela criação e promoção do
turismo industrial. “Temos empresas com processos de produção
atrativos que podem vir a cativar
muitos visitantes”.
Projetos Sociais
Sempre com uma grande preocupação com o bem-estar da população de Oliveira do Bairro, Márcio
Oliveira, desde cedo procurou criar
um conjunto de projetos de caráter
social e cultural, por forma a ajudar
os mais necessitados e, ao mes-
mo tempo, incentivar o gosto pela
cultura. “Temos de acompanhar o
dinamismo da freguesia e a Junta
deve ser um órgão de proximidade
para com a população. Por esse
motivo, é que o nosso trabalho e
a nossa obra é de cariz social e
apoio comunitário”, garante. Ainda
no decurso do primeiro mandato, o
nosso interlocutor fez questão de
criar dois projetos que trouxeram
grande dinamismo para a freguesia, essencialmente para os mais
idosos. A Universidade Sénior, “que
teve uma visibilidade muito grande
e uma adesão maior do que aquela
que previa. Já vamos no quarto
ano letivo e o sucesso é enorme”.
Outro dos projetos foi o Bebé Feliz,
que consiste em gerar (gerir) um
banco de bens para bebés até aos
dois anos de idade. Graças a estes
projetos, o presidente desta Junta
conseguiu dinamizar a freguesia,
explicando: “Acho que cada vez
mais o poder local tem que ter uma
voz mais ativa, de intervenção, na
sua comunidade e as verbas que
gerimos têm que acompanhar esse
aumento de responsabilidades. O
nosso trabalho, hoje em dia, só
pode ser verificado através do contacto com a comunidade”, conclui. |
Portugal Inovador
“Temos uma dinâmica
associativa muito forte”
São João de Loure e Frossos, união de freguesias resultante do processo de reorganização,
situa-se em Albergaria-a-Velha e conta com a existência de várias associações que “mantêm
a região ativa”.
Foi nas eleições autárquicas de
2002 que Adalberto Póvoa tomou
posse da Junta de Freguesia de
São João de Loure. A caminho do
seu quarto mandato, o presidente
tem também a seu cargo a localidade de Frossos.
Com cerca de três mil habitantes
distribuídos por 18 quilómetros quadrados, a agricultura é o principal
ramo de atividade. A sua localização geográfica – no centro de um
triângulo industrial composto por
Aveiro, Albergaria-A-Velha e Águeda – é fulcral para o seu próprio
desenvolvimento, capacidade de
atração e “maior dinâmica”.
Estando à direita do rio Vouga e
a Sul do concelho de Albergaria-A-
-Velha, a freguesia possui características agrícolas e ripícolas, propicias à produção agrícola e espaços
de lazer junto à zona ribeirinha.
A Pateira de Frossos, local com
elevada biodiversidade, é possuidor
de uma paisagem “aprazível”, “inúmeras ciclovias”, levando a cabo o
birdwatching no âmbito do ecoturismo: “Temos um potencial turístico
significativo que tem sido alvo de
estudos”, disse Adalberto Póvoa.
As 11 comunidades associativas e recreativas existentes na
freguesia são um marco importante,
oferecendo uma “riqueza enorme
em termos de atividades e eventos
nas diversas áreas da sociedade
para a população” e que desem-
penham um papel diferente: “As
coletividades têm, cada vez mais,
uma responsabilidade para com a
população, prestando o apoio necessário aos habitantes”, afiançou.
Beneficiando de várias infraestruturas como escolas, pavilhões
desportivos e parques de lazer – e
no futuro um centro cultural – São
João de Loure e Frossos está
“habilitada para o aumento da
densidade populacional”. Adalberto
Póvoa revelou-nos a forma como se
posiciona: “Somos vendedores de
ideias. Temos que perceber a comunidade e atuar de forma exígua.
A nossa ação é de proximidade,
esclarecimento, identificação e condução dos problemas”, sublinhou.
O desenvolvimento cultural e
social tem sido alvo de atenção por
parte da presidência. De acordo
com Adalberto Póvoa, a junta da
freguesia “estabeleceu com as coletividades um forte elo de ligação
de forma a continuarem ativas”,
mantém um diálogo constante com
o agrupamento escolar, faltando
apenas a abertura da próxima unidade de saúde da região.
Adalberto Póvoa reiterou ainda
que “concorda com este processo
de reagrupamento”, embora o método tenha sido “mal gerido”, apesar
da importância de reorganizar o
território de forma “profunda”. |
Setembro I 69
Portugal Inovador
Diferenciar para conquistar
Localizada na zona industrial da Barosa, em Leiria, a DCV direciona a sua atividade para o
ramo metalúrgia ligeira desde 1997. A exportação e internacionalização foram, entretanto,
alcançadas.
Joaquim Fernandes, responsável pelo destino da DCV, conta com
um know-how adquirido ao longo de
32 anos de atividade nos ramos supracitados. Após alguns anos, optou
por abraçar o seu próprio projeto,
alavancando-o e definindo sucessivas estratégias de mercado até
atingir o reconhecimento desejado.
O seu core business, desde então, passa pela conceção, desenvolvimento e montagem de escadas
e guardas – para espaços interiores
e exteriores –, conjugando vários
tipos de materiais, tais como o inox,
alumínio, vidro, acrílico, pedra e a
própria madeira.
“Adquirimos formação técnica
70 I Setembro
para poder articular estas vertentes. Hoje somos vistos como uma
empresa capaz”, referiu Joaquim
Fernandes a propósito daquilo que
distingue a DCV no mercado.
O desejo do administrador prende-se com a “diferenciação em
termos de produto”, rejeitando o estatuto de “apenas mais um a laborar
na área”. Dessa forma, o modus
operandi da DCV é o principal fator
de sucesso: “Procuramos associar
inovação, design e arquitetura ao
produto, o que resulta numa maior
elaboração e personalização”,
acrescentou.
A exportação e internacionalização foram dois marcos de nobre
importância, fulcrais na história
da DCV e no patamar atingido.
Joaquim Fernandes explicou-nos
que foi necessário equacionar e
programar este passo de forma
sustentada devido à opção de risco
tomada: “Sem nunca perder a nossa ideia de base do produto peça
a peça, paralelamente tivemos de
apostar na produção em série para
dar sustentabilidade ao negócio. A
determinada altura apostámos noutra faixa de mercado, enveredando
pela classe média-alta”, apontou o
responsável.
O raio de ação da DCV é abrangente: “Trabalhamos por Portugal,
embora represente apenas 5% do
nosso volume de faturação. Quanto
ao estrangeiro, estamos a fabricar
produtos para França, Angola, Venezuela e Marrocos. Moçambique
e Argélia são dois mercados tentadores que estão em vista”, afiançou
Joaquim Fernandes.
Os 16 colaboradores que compõem a equipa de trabalho da
DCV foram alvo de uma palavra de
apreço por parte do administrador,
enaltecendo a dedicação demonstrada ao longo dos últimos anos e
remetendo uma critica à tutela: “Tenho uma equipa com um empenho
enorme, fator que nos tem permitido
continuar em frente. Aquilo que verdadeiramente lamento é estar num
pais que é “padrasto” de quem trabalha e desperdiça os talentos que
vão aparecendo, comprometendo
assim, o nosso amanhã”, finalizou. |
Portugal Inovador
Projetar inovação
FNT Engenharia, gabinete de estudos e elaboração de projetos de instalações elétricas,
telecomunicações e segurança, sediada em Vila Nova de Gaia e fundada em 2009, apoia
os seus clientes permanentemente num serviço de inovação e qualidade.
Os anos trabalhados noutra
empresa ligada ao mesmo ramo
e os últimos anos na FNT Engenharia permitiram que a empresa
ganhasse o know-how hoje conquistado. Diferentes áreas que se
entrelaçam mutuamente, otimizando os padrões de exigência com a
competência técnica e económica
de cada um. Ao longo dos anos
sentiu um franco desenvolvimento
que incentivou a FNT Engenharia
a contratar mais dois engenheiros
e três desenhadores e a procurar
novas instalações para abranger
um conjunto alargado de serviços.
Num percurso conduzido em contramão, contrariando as adversidades apresentadas pela crise, a FNT
Engenharia direcionou-se mais
para o mercado externo. África,
em especial Angola, são as suas
grandes apostas. Agora estão em
fase de prospeção para poderem
abrir um novo escritório e explorar
o mercado de Moçambique. Passos
ponderados que asseguram vitalidade no crescimento.
Um projeto,
uma história
Os seus projetos focam-se nas
diversas especialidades: projetos
de instalações elétricas, projetos
de instalações de telecomunicações, projetos de segurança contra
incêndios e intrusão, projetos de
gestão técnica, pareceres e análise
de projetos. As grandes áreas de
actuação são ao nível de projectos
de edifícios hospitalares, edifícios
desportivos e edifícios comerciais.
O Pavilhão Arena de Luanda, com
capacidade para 12.000 pessoas,
e o Pavilhão de Arena Malanje
e Namibe, com capacidade para
3000 pessoas, realizados para o
Campeonato do Mundo de Hóquei
Patins são as obras de maior destaque da FNT Engenharia.
A visibilidade em Angola projetou-os para voos mais altos, através
da simbiose estabelecida entre empresas nacionais e internacionais.
Bruno Fernandes, tendo ganho
maior amplitude internacional, verifica que o mercado nacional se
encontra bastante limitado devido
às diversas empresas existentes
ligadas a este ramo e ao escasso
investimento público e privado. A
adaptação a novos métodos de
trabalho tornam-se prementes para
o desenvolvimento da atividade. “O
licenciamento de um trabalho em
Portugal é analisado por diversas
entidades tornando o processo
mais moroso do que a nível internacional onde a responsabilidade
fica a cargo dos projetistas”, aponta
o entrevistado. Este atraso traz
muitas desistências por parte dos
clientes que não querem mais
ver o seu projeto a ser executado
pelas dificuldades que se lhes apresentam pelo caminho. Mas a FNT
Engenharia gosta de desafios e, por
isso, trabalha todos os dias para
cativar e ganhar a confiança dos
seus clientes permanentemente. |
Setembro I 71
Portugal Inovador
“A CIMACA é uma marca forte
e reconhecida no mercado”
Com quase 40 anos de história e uma gama variada de produtos destinados ao setor da
construção civil, são fatores justificativos da dimensão e sucesso alcançados, sendo PME
Líder desde 2010.
Fundada em 1975 em Avintes,
freguesia de Vila Nova de Gaia,
a CIMACA iniciou a sua atividade
como uma “pequena drogaria” “que
se transformou numa empresa de
média dimensão de referência no
Grande Porto”.
Atualmente, e desde os anos
80, a administração que se tEm
mantido – juntamente com os seus
dedicados colaboradores – beneficia de instalações adequadas aos
tempos modernos, com showroom
capaz de atrair e responder às
exigências crescentes dos clientes.
Apesar da evidente queda do
setor da construção civil, a CIMACA vence no retalho e reabilitação
urbana mantendo-se no mercado
como referência empresarial.
72 I Setembro
A equipa comercial está orientada para o esclarecimento personalizado sobre produtos e suas
aplicações, nomeadamente cozinhas, eletrodomésticos e energias
renováveis cumprindo prazos de
entrega e satisfação geral do cliente.
A própria formação interna da
sua equipa de colaboradores tem
sido merecedora de atenção por
parte da administração da CIMACA,
que tem promovido sessões várias
transversais, cujo beneficio sem
vem a registar no funcionamento
da empresa.
Resta concretizar o negócio de
trading direcionado para África e
Europa, mercados com os quais
a CIMACA mantém relações comerciais.
A CIMACA conta manter-se no
mercado pela marca, em que se
apoia no bem servir. |
Portugal Inovador
Setembro I 73
Portugal Inovador
Artigo de opinião
Era uma vez…
Há diferentes formas de ler um livro, diferentes formas de pensá-lo e conhecê-lo. Desde
muito cedo me apercebi do valor das palavras, escritas, faladas, ouvidas, e cantadas, mas
foi na literatura que conheci a sua verdadeira magia. Poderia aqui enumerar muitos bons
exemplos de magia, mas provavelmente alguma grande obra ficaria por dizer, portanto em
vez disso abordarei algumas questões que mais me inquietam.
Porque se perderam os hábitos de
leitura? Será que as plataformas online
aproximaram ou distanciaram estes
hábitos? Por que muitos bons livros
ficam esquecidos no tempo? Por que
o mercado e a sociedade não estão
preparados para algumas histórias?
Por que muitas são conduzidas à
censura? São tantas as perguntas (e
a sua complexidade envolvente) em
que tropeço que se torna difícil saber
por onde começar.
Conhecer o vasto mundo da edição
revela-se desde logo um desafio, uma
vez que esta indústria não disponibiliza nem dados objetivos nem muitos
estudos críticos. O mercado nacional
no setor da indústria editorial sofreu
um decréscimo de 4,6% em termos de
faturação em 2013, fruto da quebra do
consumo das famílias e do crescente
conteúdo disponibilizado online. Angola
e Moçambique são os principais destinos de livros portugueses, segundo
um estudo demonstrado pelo Sectores Portugal, publicado pela DBK, da
Informa D&B.
Pequenez e fragilidade são as características que definem o mercado
editorial português. Mas para perceber melhor essas vulnerabilidades é
preciso analisar mais profundamente
as suas raízes, e os consequentes
progressos. A maior parte das vezes
a propriedade e direção das editoras
ficam a cargo de diferentes gerações
de membros da mesma família. Só
recentemente grandes grupos económicos proporcionaram a concentração
e a fusão de editoras, ainda assim o
cenário editorial não se encontra muito
convergente e absorvido por parte de
grandes grupos europeus. A vulnerabilidade económica nacional, juntamente
com os fracos índices dos hábitos de
leitura, trazem também limitações na
produção, concebida através de meios
muito tradicionais, sobretudo nos países de língua oficial portuguesa, onde
o mercado externo se encontra muito
limitado.
Ao longo dos anos foram feitos
esforços para o seu desenvolvimento.
Na expetativa de alargar a diversidade
de oferta editorial implementou-se em
1980 uma política específica para o livro: o Instituto Português do Livro (IPL).
Mas para que a oferta editorial diversificada estivesse em estreita correlação
com o reforço dos hábitos de leitura,
instituiu-se uma rede nacional de leitura pública. Para o desenvolvimento
integrado e sustentado nos países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa
(PALOP) desenvolveram-se políticas
para a implementação do livro e da
leitura. Nesse contexto, em 1987 surgiu
o Instituto Português do Livro e da Leitura (IPLL) que realizou o programa da
Rede Nacional de Bibliotecas Públicas
(RNBP). Mais tarde em 1992 o IPLL foi
substituído pelo Instituto da Biblioteca
Nacional e do Livro (IBNL) articulando
a valorização patrimonial do livro com
a difusão do livro e da leitura. Para
reforçar hábitos de leitura criara-se o
Programa Nacional de Promoção de
Leitura (PNPL). Estas entidades estão
desenhadas para funcionar como polos
de promoção da leitura e de outras
dinâmicas culturais.
O mercado de trabalho português
dominantemente masculinizado tem
vindo a ser recomposto ao longo dos
anos com a entrada massiva de mulheres. Embora se saiba que a igualdade de oportunidades entre homens
e mulheres na agenda política portuguesa seja muito recente. No meio
editorial, especificamente as mulheres,
encontram-se sub-representadas em
funções de direção, no entanto, não
existem obstáculos estruturais que
as impeçam de que tendencialmente
venham a dirigir este setor. A progressiva feminização está interligada com o
facto de que as mulheres se encontram
cada vez em maior número em cursos
de línguas ou literatura.
Para Patrícia Portela, escritora e encenadora, a literatura é a ciência mais
pura, e por isso tem a possibilidade de
mudar o mundo. A verdadeira batalha
encontra-se no facto de ela poder vir a
funcionar nos mesmos moldes políticos, económicos, estéticos e éticos que
regem a ciência e a tecnologia, sem
espaço para ser livre e reagir.
O avanço das novas tecnologias
proporcionou uma complementaridade entre os diversos meios, mas é
com alguma tristeza que eu observo
a crescente popularização dos livros
eletrónicos e dos e-readers. As palavras podem ser as mesmas, mas como
diria McLuhan “o meio é a mensagem”,
e o livro não é só o seu autor e a sua
linguagem, o livro é o esfolhear de páginas. O livro é tato e olfato, os sentidos
que prendem e auscultam todos os
outros, e para mim nunca fará sentido
manuseá-lo de outro modo. Patti Smith,
poeta rocker, pede “por favor, por mais
que avancemos tecnologicamente,
não abandonem o livro. Não há nada
no mundo mais bonito que um livro”. |
Melanie Alves
74 I Setembro
Portugal Inovador
Setembro I 75
Portugal Inovador
76 I Setembro
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