Texto de apoio ao curso de Especialização
Atividade Física Adaptada e Saúde
Prof. Dr. Luzimar Teixeira
Diabetes Tipo 1
No diabetes tipo 1, ou insulino-dependente, as células do pâncreas que normalmente produzem
insulina foram destruídas. Quando pouca ou nenhuma insulina vem do pâncreas, o corpo não
consegue absorve a glicose do sangue; as células começam a "passar fome" e o nível de glicose
no sangue fica constantemente alto. A solução é injetar insulina subcutânea (embaixo da pele) para
que possa ser absorvida pelo sangue. Ainda não é possível uma forma de insulina que possa ser
administrada oralmente já que a insulina é degredada, no estômago, em uma forma inativa.
Uma vez que o distúrbio se desenvolve, não existe maneira de "reviver" as células produtoras de
insulina do pâncreas. O transplante de um pâncreas sadio ou, apenas, o transplante de células
produtoras de insulina de um pâncreas sadio já foram testados, mas ainda estão em estágio
experimental. Portanto, a dieta correta e o tratamento com a insulina ainda são necessários por
toda a vida de um diabético.
Não se sabe o que causa a destruição das células produtoras de insulina do pâncreas ou o porquê
do Diabetes aparecer em certas pessoas ou em outras. Fatores hereditários parecem ter um papel
importante, mas o distúrbio, praticamente, nunca é diretamente herdado. Os diabéticos, ou as
pessoas com Diabetes na família, não devem ter restrições quanto a ter filhos.
Diabetes Tipo 2
Embora não se saiba o que causa o Diabetes Tipo 2, sabe-se que neste caso o fator hereditário
tem um importância bem maior do que no Diabetes Tipo 1. Também existe uma conexão entre a
obesidade e o Diabetes Tipo2, embora a obesidade não leve, necessariamente, ao Diabetes. O
Diabetes Tipo 2 é um distúrbio comum, afetando 5 - 10% da população.
Todos os diabéticos Tipo 2 produzem insulina quando diagnosticados e, a maioria, continuará
produzindo pelo resto de suas vidas. O principal motivo que faz com que os níveis de glicose no
sangue permaneçam altos está na incapacidade das células musculares e adiposas usarem toda a
insulina secretada pelo Pâncreas. Assim, muito pouco da glicose presente no sangue é aproveitado
por estas células. Esta ação reduzida da insulina é chamada de "resistência insulínica".
Os sintomas do Diabetes Tipo 2 são menos pronunciados e esta é a razão para considerar este
tipo de diabetes mais "brando" que o tipo 1. O Diabetes Tipo 2 deve ser levado a sério, embora
seus sintomas possam permanecer desapercebidos por muito tempo, uma vez que pode por em
sério risco a saúde do indivíduo.
Sintomas
Em um paciente diabético Tipo1, não tratado, o metabolismo da glicose pelas células do corpo é
reduzido e o excesso de glicose presente no sangue é eliminado pela urina. Esta condição produz
muitos sintomas. Os mais freqüentes são:
•
Perda de peso;
•
Fadiga;
•
Poliúria (muita urina);
•
Sede excessiva.
Uma pessoa com estes sintomas pronunciados pode ser facilmente diagnosticada como portadora
do Diabetes Tipo 1. Os portadores do Diabetes Tipo 2 apresentam diversos níveis de gravidade e
sintomas, podendo passar por um período (até de muitos anos) em que não se suspeitará do
Diabetes.
Níveis de glicose no sangue
Para diagnosticar apropriadamente o Diabetes, o médico deve saber a quantidade exata de
glicose presente no sangue do paciente. Esta quantidade de glicose é expressa em milimols por
litro (mmol/l), referindo-se ao número de moléculas de açúcar por litro de sangue. Uma outra
maneira de expressar este valor é em miligramas de açúcar por decilitro (mg/dl).
Diabetes e Outras Doenças
Durante qualquer doença, especialmente as acompanhadas de febre, o seu corpo reage
produzindo hormônios que neutralizam os efeitos da insulina e, assim, elevam o nível de glicose no
seu sangue. Por isso, quando você estiver doente ou sob muita pressão, pode precisar de mais 2550% de insulina que o normal, mesmo se estiver comendo menos que o usual.
Se você não receber a quantidade apropriada de insulina durante um doença,seu corpo formará
uma quantidade excessiva de cetonas, chamada "acetona", que é detectada na urina ou pelo hálito
(cheiro de fruta, maçã ou acetona). Se este estado continuar, os sintomas serão como se você não
estivesse recebendo nenhum tratamento; grandes quantidades de urina, sede e perda de peso.
Ainda, um constante nível alto de glicose no sangue poderá produzir alguns dos sintomas que,
originalmente, começaram o processo (como a perda de apetite, náuseas e vômitos).
Se você apresentar estes sintomas, procure o seu médico urgentemente. Fique atento para o seu
nível de glicose no sangue e lembre-se de fazer o teste para cetonas, enquanto aguarda
tratamento do seu médico.
Diabetes e Gravidez
As mulheres com Diabetes podem ter uma gestação normal e dar a luz a crianças sadias, desde
que tomem certas precauções.
Quanto mais o metabolismo da mãe diabética desviar-se do normal durante a gestação, maior será
o risco para o desenvolvimento do bebê.
Isto porque o bebê e a mãe dividem o mesmo suprimento de sangue e os níveis de glicose de um
serão idênticos aos níveis de glicose do outro. Enquanto um adulto pode tolerar níveis
periodicamente altos de açúcar no sangue, estes níveis podem representar uma séria ameaça ao
desenvolvimento do bebê.
Um bom controle, portanto é essencial mesmo antes da concepção. Recomenda-se planejar a
gravidez. As primeiras 7 - 8 semanas depois da concepção são particularmente importantes,
porque neste período vários órgãos essenciais do bebê estão se formando.
A paciente diabética, tratada com insulina, deve esperar uma necessidade de mudança de insulina
durante a gravidez. Possivelmente, haverá uma necessidade um pouco menor de insulina no
começo da gravidez e uma necessidade maior com o decorrer do tempo. Depois do nascimento,
esta quantidade de insulina voltará aos níveis usuais.
As mulheres com Diabetes podem amamentar, desde que tomem precauções contra hipoglicemia,
reduzindo a dose de insulina ou ingerindo mais alimentos, especialmente carboidratos.
A gravidez também aumenta a necessidade de outras substâncias como cálcio, ferro e vitaminas
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Diabetes Tipo 1 - Luzimar Teixeira