O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO O Senhor Deus criou o homem e deu a ele o dom da vida. Constituiu este homem livre através do dom do “livre arbítrio”. O pecado não foi cogitado por Deus na criação, por que Ele é Santo. Ele sabia que este tal pecado, é a própria dissociação da vida, que mais tarde trouxe como conseqüência a morte material e espiritual do homem e escravidão da criação de Deus. O diabo antes da sua queda foi constituído querubim da guarda. Mas guardar do que? se antes tudo era puro e não havia pecado? Guardar da possibilidade da criação de Deus vir a cair no pecado e na vaidade, ou seja, na existência sem significado, como muitas vezes hoje em dia tudo nos parece. A palavra “pecado” quer dizer: desviar-se do seu objetivo (errar o alvo), desviarse do propósito para o qual fomos criados. O diabo foi o primeiro a fazer isto. Ele viu no seu cargo de confiança a possibilidade de insurgir-se e tornar-se o “dono da situação”. Ele cobiçou a glória de Deus, e quis ser igual a Deus. Ele usou o seu livre arbítrio de forma errada. Ele caiu no próprio pecado do qual ele deveria manter afastado de si e da criação de Deus. O Senhor Deus o tinha capacitado para isso. O diabo resolveu abrir mão de sua responsabilidade de guardião e preferiu dar a sua existência um outro propósito, o de ser igual a Deus, coisa para o qual o Senhor Deus não o tinha criado. Ele errou o alvo, ele pecou e como primeiro pecador tornou-se o pai do pecado e da mentira. A benção do seu livre arbítrio se tornou em maldição. O pecado, de possibilidade tornou-se em fato e escravizou a criação de Deus. Com o homem isto tem acontecido da mesma forma. ë preciso perceber que a existência esteve sempre associada, desde o princípio, a responsabilidades. Todos nós somos responsáveis por alguma coisa. Por isso é preciso vigiar. Então existe algo mais poderoso que o diabo, que pode nos arrastar para o mal? Sim! a nossa livre escolha quando feita de forma errada. Por isso precisamos ser reverentes diante do Criador e sermos sujeitos a Ele porque ele é quem faz avançar a máquina da criação. Não podemos ultrapassá-lo por mais capazes e talentosos que somos. Somos apenas criaturas. A Ele devemos tudo, Todo a honra toda a glória e todo o poder .... O homem tem usado o seu livre arbítrio para fazer escolhas erradas que comprometem a sua própria existência, esquecendo-se de reconhecer que o dom da Vida emana do próprio Deus. Jesus disse: Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida ninguém vem ao Pai senão por mim. Jesus é o “logos” de Deus e a compreensão de todas as coisas. É o verbo de Deus é a ação de Deus. É o próprio Deus. Os valores reais e eternos capazes de nos tornar abeis para a Vida só podem ser encontrados na Palavra de Deus. Nenhum sistema social político ou religioso por mais bem elaborado ou bem intencionado que seja, subsiste no Universo sem a presença de Deus, sem Deus como o seu alicerce e formador da vocação do homem para a vida. A proposta do Evangelho e do Reino de Deus não é religiosa, com padrões de comportamento ritualista desprovido da própria essência da vida. O Evangelho é a verdadeira proposta da Vida com Deus, porque não há Vida sem Deus. Jesus é Deus encarnado, o Emanuel, que quer dizer Deus conosco. Ele é o autor e participante da própria Vida que Ele criou. Ele é Deus comprometido com a sua criação, a tal ponto que deu sua Vida, para que todos tenham Vida por meio dEle. O pecado é a própria dissociação com a Vida que trouxe a ruína para a existência humana. Só Jesus tem a solução para o problema da existência humana. Viver a vida sem Jesus é cair no existencialismo vazio sem significado, é entediar-se com a existência, é carregar o pesado fardo de sobreviver sem saber para onde vamos depois de tudo. O diabo hoje em dia, como não tem a vida em si mesmo, só pode cogitar do que lhe tornou-se próprio, ou seja o pecado. Este pecado, a cada dia procura avassalar a sociedade com violência, drogas, etc. Tudo isto mostra que nada subsiste sem Deus. E afastado dEle por causa do pecado perecemos. O homem após o pecado e afastado de Deus, ficou sem compreender o significado da sua existência. Ele procurou muitas invenções, formou as sociedades, aprendeu a lidar com o problema da sua sobrevivência, porém gerou conflitos e ódio. Hoje em dia, a nossa sociedade vive este verdadeiro conflito de valores que tem comprometido a vida e a existência humana. Os jovens são a parte mais massacrada neste conflito, o que tem feito com que eles procurem alternativas várias, para se inserir no tão complicado contexto social e se tornarem aceitáveis como pessoas, tanto para consigo mesmos como para como outros. Alguns jovens procuram quebrar os paradigmas do comportamento humano e adquire novos hábitos, novas formas de se vestir e de se apresentar diante da sociedade. Outros porém caem na cilada dos prazeres e querem justificar a existência através “da vida pelo prazer”. Lidar com os jovens é lidar com os valores emergentes da vida humana. Porque a juventude se situa entre a doce idade da infância, onde tudo é maravilhoso e a idade adulta, onde muitas situações quando não compreendidas tornam-se insolúveis para o convívio humano. O Jovem reage porque ele não tem formação suficiente para apresentar propostas de soluções dos seus próprios problemas e dúvidas. A vida é inédita para todos. Os adultos porém, precisam perceber a transição de valores que sofre a juventude e apresentar alternativas para a solução dos seus problemas de adaptação na sociedade, a fim de que a juventude adquira as diretrizes corretas para uma vida abundante e saudável. Não havendo compreensão deste tão complicado sistema de valores da Vida humana e da sociedade, o jovem se rebela e tenta exaurir a sua angústia existencial através da busca intensa do prazer. Ele se escraviza nos falsos propósitos da vida e na falsa felicidade esgotando a sua vontade própria e o seu livre arbítrio, tornando-se escravo do pecado e sendo apenas um reflexo do sistema que o cerca. É preciso fazer a diferença e ser um referencial. Não adianta ser mais um na fila da maternidade ou, na fila de um Banco. É preciso entender este aparentemente tão complicado conflito entre a vida e a morte entre o bem o mal e saber que ele tem solução. Porque a vida possui sua justificativa na própria pessoa de Deus que a criou.