PERFIL DOS ACIDENTADOS EM TRANSPORTE TERRESTRE ATENDIDOS
EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE UM MUNICÍPIO DO ESTADO DE
RONDÔNIA, BRASIL
Injured people profile in road transportation accidents
at a Public Hospital in a municipality of Rondônia state, Brazil
Daniel Andrade Duizith1
Jorge Béria2
*Artigo formatado conforme as instruções do Cadernos de Saúde Pública, Rio de
Janeiro.
RESUMO: Esta é uma pesquisa quantitativa, realizada no Hospital Municipal de JiParaná, teve como amostra 167 vítimas de acidente de trânsito atendidas no período de
agosto a novembro de 2010. A amostra foi composta por todos os indivíduos vítimas de
acidentes de tranporte terrestre (ATT) atendidas no Hospital Municipal. Realizou-se um
estudo descritivo, através da investigação do perfil dos acidentados por meio de um
questionário estruturado fechado, com dados sócio-demográficos e econômicos. O
objetivo foi conhecer o perfil dos acidentados de transporte terrestre no município
citado. Constatou-se que 72,3% são do sexo masculino, 45,5% são brancos, 43,1% não
possuíam carteira nacional de habilitação, 77,8% dos acidentes ocorreram em vias
urbanas do município. 85,5% dos acidentes de trânsito foram por motocicletas. Apenas
10,2% das vítimas relatam ingestão de bebida alcoólica antes do acidente nas últimas 24
horas. Além de campanhas específicas para motociclistas, é importante a otimização de
políticas públicas de desenvolvimento regional, visto que o acidente de trânsito possui
custos econômicos, mas sobretudo pela dor, sofrimento e perda de qualidade de vida
imputada às vítimas, seus familiares e à sociedade.
Palavras-Chave: Qualidade de vida, Acidentes de trânsito, Prevenção de acidentes.
ABSTRACT: This is a quantitative research conducted at the Municipal Hospital of JiParaná city, with a sample of 167 traffic accident victims treated from August to
November
2010. The sample
comprised all
roads
transportation
accidents
(ATT) victims treated at the City Hospital. We conducted a descriptive study, by the
victims profile investigation through a closed structured questionnaire with sociodemographic and economic aspects. The aim was to know the profile of road
accidents in the city.. It was found that 72.3% are male, 45.5% white people, 43.1% had
no national driving license, 77.8% of the accidents occurred on urban roads in the
municipality. 85.5% of the accidents were on motorcycles. Only 10.2% of victims
reported consuming alcohol in the last 24 hours before the accident . It is considered the
optimization of public policies on regional development, since traffic accidents have
economic costs, but overall the pain, suffering and lost quality of life attributed to the
victims, their families and society.
Keywords: Quality of life, traffic accidents, prevention of accidents
1
Professor do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, Ji-Paraná-RO.
2
Professor Dr. da Universidade Luterana do Brasil, Canoas-RS.
Introdução
O impacto dos acidentes de transporte terrestre (ATT) sobre a saúde da
população tem contribuído para a diminuição da qualidade e da expectativa de vida
entre adolescentes e jovens. O número de pessoas que morrem a cada ano vítimas de
acidentes de transporte terrestre no mundo é estimado em cerca de 1,2 milhões,
enquanto o número de pessoas acometidas pela totalidade de acidentes é de,
aproximadamente, 50 milhões (Brasil1,2).
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), intitulado “Status
Global”, primeira avaliação ampla da situação da segurança rodoviária, feito em 178
países. Os resultados mostram que os ATT continuam sendo um importante problema
de saúde pública, principalmente para os países de baixa e média renda. Pedestres,
ciclistas
e
motociclistas representam
quase metade
dos
mortos nas
estradas,
principalmente entre jovens, destacando-se a necessidade de maiores programas
de segurança rodoviária (World Health Organization3).
Para o Departamento Nacional de Trânsito, acidente de trânsito é todo evento
não intencional, envolvendo pelo menos um veículo, motorizado ou não, que circula por
uma via para trânsito de veículos (Organização Mundial de Saúde4, Brasil5).
Existem duas características dos acidentes de trânsito que os tornam
especialmente importantes e atraentes do ponto de vista da pesquisa em saúde coletiva.
Em primeiro lugar, o alto índice de possibilidade de prevenção. Os acidentes de trânsito
não ocorrem “por acaso”, mas são decorrentes de deficiências das vias, dos veículos e,
principalmente, das falhas humanas. Em segundo lugar, esta é uma causa de morte que
atinge uma população essencialmente jovem (Barros6).
A concepção e as condições das estradas e redes viárias, o excesso e
velocidade inadequada,
jovens
condutores,
consumo de
álcool,
não uso
de
equipamentos de segurança, bem como a indisponibilidade de bolsas de ar dentro dos
veículos, têm sido relatados os principais determinantes dos acidentes de transporte
terrestre ocorridos nas estradas (Qirjako7).
A grande maioria dos acidentes tem sido atribuída principalmente ao
comportamento do condutor, como agressividade e mau julgamento, ingestão de
bebidas alcoólicas, seguido por má condições do veículo, mas também aos fatores
ambientais (MacRitchie8).
Os acidentes de transporte terrestre, em geral, constituem-se hoje, em um grave
problema de Saúde Pública e a OMS prevê que seus efeitos crescerão se a segurança no
trânsito não for adequadamente trabalhada pelos países (Pendem et al9).
Um dos grandes fatores de risco para os acidentes de transporte terrestre é o
álcool. Em uma pesquisa intitulada “Global Status Report on Alcohol”, o Brasil ocupa a
80ª posição quando comparado a outros 185 países em termos de consumo anual de
álcool ingerido em litros/habitantes com idade superior a 15 anos. No Brasil, o “II
Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas” realizado no ano de
2005, nas 108 maiores cidades do país, aponta o álcool como a substância psicoativa
mais consumida pela população. Estima-se que 74,6% dos brasileiros entre 12 e 65 anos
já consumiram bebidas alcoólicas pelo menos uma vez na vida, o que corresponde a
37.953.000 de indivíduos (Qirjako7, Duarte10, Abreu11).
Diversas leis regulamentam o uso de álcool por condutores de veículos
motorizados. Nas legislações de trânsito de diferentes países, foram estipulados limites
legais de alcoolemia. A alcoolemia permitida em países como Bulgária, Hungria,
Polônia, Romênia e Rússia é inferior a 0,5 gramas por litro de sangue (g/l). Do mesmo
modo, na Austrália, Finlândia, França, Japão e Suécia, o nível de alcoolemia
corresponde a 0,5 g/l. Na Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Itália e Alemanha, o
nível permitido é até 0,8 g/l e nos Estados Unidos, em alguns estados é de 1,0 g/l. O
novo Código de Trânsito Brasileiro, de 23 de setembro de 1997 (Lei n° 9503), em seu
artigo 276, estabelece o nível de alcoolemia limite em 0,6 g/l ou o equivalente para
outras formas de medidas (bafômetro) (MacRitchie8). Em 2007, no Brasil, este limite
caiu para de 0,2 grama de álcool por litro de sangue. Antes, somente motoristas cuja
dosagem de álcool no sangue superava 0,6 grama de álcool por litro de sangue (duas
latas de cerveja) eram punidos. Denominada de “Lei Seca”, tem como objetivo diminuir
os acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. (Influência de medidas de
segurança de trânsito no comportamento dos motoristas. Bottesini, G.; Nodari, T.)12
Ainda, a alcoolemia em torno de 0,4-0,6 g/l já pode representar efetivo fator de
risco ao provocar manifestações neuro-cognitivas e comportamentais em algumas
pessoas e de certos fatores individuais. Acima dessa taxa, o álcool pode promover
euforia, desinibição, impulsividade, agressividade ou passividade. Tais considerações
são importantes no que tange à possibilidade de riscos com níveis mais baixos do que é
habitualmente permitido (0,2 g/l de sangue). A lei considera crime conduzir veículos
com praticamente qualquer teor alcoólico no organismo. Quem for pego sofrerá
punições que variam da multa até a cadeia. O homicídio praticado por um motorista
alcoolizado será considerado doloso (com intenção de matar). A lei prevê também a
proibição da venda de bebidas alcoólicas nas das rodovias federais em zonas rurais.
(Abreu11, Artigo André12)
O simples fato de coibir níveis de alcoolemia acima do permitido é insuficiente,
em tese, para garantir ausência dos acidentes. Dessa forma, os resultados dependem em
grande parte da maneira de implementação de programas de prevenção (Abreu11).
Estima-se que a falha do elemento humano esteja envolvida em 90% dos
acidentes, seja por meio de erros ou violações à lei. (Influência de medidas de segurança
de trânsito no comportamento dos motoristas. Bottesini, G.; Nodari, T.)12
Conforme informações apresentadas pela Associação Brasileira de Medicina de
Tráfego (ABRAMET), segundo à Lei nº. 11.705/08 1, que proibiu a venda de bebidas
alcoólicas na faixa de domínio das rodovias federais e alterou dispositivos da Lei
9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro, no que diz respeito à embriaguez ao volante,
cerca de 36.000 pessoas são mortas a cada ano (19,4 a cada 100 mil habitantes), e
120.000 são internadas anualmente na rede do SUS – Sistema Único de Saúde devido
aos acidentes de trânsito, sendo a associação entre álcool e direção responsável em
média, por 40% destas fatalidades (Piccoli13).
Neste aspecto, é sobre o setor de saúde que vai recair o maior ônus de todas as
suas conseqüências. É o setor saúde que vai cuidar dos feridos, contabilizar as mortes e
arcar com os importantes aspectos ligados às seqüelas, que muitas vezes são
irreversíveis (Piccoli12).
O aumento da frota de veículos tem sido mundial, mas em geral, o sistema viário
e o planejamento urbano não acompanham este crescimento, um exemplo disso é o
número de veículos na cidade de Ji-Paraná. O município de Ji-paraná, possui uma frota
de 57.067 veículos, para 116.610 habitantes. O presente estudo teve como objetivo
avaliar o perfil dos acidentados de transporte terrestre atendidos em um hospital
público, no Município de Ji-Paraná, Rondônia (Brasil1,2).
Materiais e Métodos
Este é um estudo descritivo, realizado através da coleta de dados de 167 vítimas
de acidentes de trânsito urbano, sendo 121 do gênero masculino e 46 do gênero
feminino, ocorridos no período entre agosto a novembro de 2010, atendidos no Hospital
Municipal de Ji-paraná, Rondônia, Brasil.
O conjunto das vítimas abrangeu todas as atendidas no serviço da Clínica
Cirúrgica, Ala do Hospital do Município de Ji-Paraná, conveniado ao Sistema Único de
Saúde (SUS) e após os cuidados médicos, obtiveram alta, onde não ocorreram nenhum
óbito, no período de agosto a novembro de 2010.
A investigação do perfil dos acidentados foi realizada por meio de um
questionário estruturado fechado, desenvolvido pelo Governo Federal do Brasil, para
ATT, onde foram coletadas informações de dados sócio-demográficos como: etnia,
idade, sexo e escolaridade (a escolaridade foi definida pelo último ano de estudo onde o
indivíduo obteve aprovação na escola).
No mesmo questionário foram coletadas informações a respeito das condições
econômicas. As condições clínicas foram aferidas a partir dos sinais vitais (anotados no
prontuário do paciente) e pela escala de Glasgow (aplicada pelo pesquisador e pelos
auxiliares de pesquisa).
Foram realizadas perguntas referentes ao consumo de álcool e drogas psicoativas
(data de último consumo, quantidade do último consumo). Foi aplicado dentro do
próprio questionário, o módulo de dependência química, o Mini International
Neuropsychiatric Interview (MINI). Trata-se de um instrumento diagnóstico por
entrevista semi-estruturada, de duração aproximada de 10 minutos, que permite a
formulação de diagnósticos de abuso ou dependência de álcool e drogas. É utilizado em
mais de 30 idiomas e possui versão brasileira. (Amorim13)
Foram indagadas características do acidente: se o acidentado era condutor,
passageiro ou pedestre, dia da semana, local onde aconteceu o acidente, veículos
envolvidos no acidente, em qual tipo de veículo o acidentado encontrava-se, pessoas
envolvidas no acidente, se havia algum menor de 18 anos de idade, se utilizava algum
equipamento de segurança no momento do acidente, como chegou ao Pronto Socorro,
se esteve envolvido em outro acidente de trânsito. Outra variável estudada foi se o
acidentado portava carteira nacional de habilitação (CNH).
A coleta de dados foi realizada pelo pesquisador e pela equipe de auxiliares de
pesquisa, composta por alunos do Curso de Fisioterapia do 9º e 10º semestre do Centro
Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA), das Disciplinas de Estágio em
Fisioterapia Hospitalar I e II. Foi feita uma reunião para explicar como abordar o
paciente com o instrumento de coleta de dados, para realização de como entrevistar a
vítima de ATT e de como preencher corretamente o termo de consentimento livre
esclarecido (TCLE), com a assinatura do acidentado ou familiar responsável. Foi
esclarecido também o objetivo do estudo para que se pudesse indagar corretamente o
acidentado e que este respondesse corretamente o instrumento de coleta de dados.
As informações de acidentes de trânsito contidas no banco de dados do
Departamento de Trânsito do Estado de Rondônia (DETRAN-RO), são provenientes de
registros feitos em delegacias especializadas em delitos de trânsito, batalhões de polícia
militar, instituto médico legal e polícia rodoviária federal, órgãos existentes na capital e
nos municípios do Estado. (Detran13)
Consideraram-se vítimas de acidente de trânsito as pessoas incluídas nas
condições acima, no período de agosto a novembro de 2010, classificadas nas rubricas
V01 a V89 da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas
Relacionados à Saúde – Décima Revisão (CID 10) (Brasil4).
Os dados das vítimas e dos acidentes relacionados no instrumento foram
digitados no programa EpiData 3.1 e processados pelo programa SPSS 18.0. O controle
rigoroso das fichas, tanto manual como eletrônico, evitou multiplicidade de entrada de
uma mesma vítima no banco de dados.
O método estatístico utilizado foi o de análise descritiva geral dos dados.
(Vieira14, Siegel15, Magalhães16)
Foram considerados 167 indivíduos vítimas de ATT para amostra do estudo,
ocorrendo perda de 33 indivíduos, devido ao não preenchimento correto do questionário
pelos auxiliares de pesquisa e não constar a assinatura da vítima por ATT e/ou familiar
responsável no termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).
A coleta dos dados foi realizada sob aprovação do projeto de pesquisa pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná
(CEULJI/ULBRA), com prévia autorização das fontes e setores envolvidos na pesquisa.
Resultados e Discussão
Ji-Paraná é a cidade mais importante da região norte do Estado de Rondônia,
depois da capital, Porto Velho. É rica no setor agropecuário, na oferta de trabalho e
educação para a cidade, região e até para outros Estados. O Município possui alto índice
de motorização: média de um veículo para cada dois habitantes, segundo registros do
Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran/RO) em novembro de 2010.
Possui uma frota de 57.067 veículos, para 116.610 habitantes, ou seja 489
veículos/1000 habitantes, ocorrendo um alto índice de acidentes de trânsito. (Detran17,
IBGE18).
O crescimento da frota de veículos no Estado de Rondônia foi de 13,96% em
2010, um dos maiores do país, principalmente de motocicletas – de 54,87%, neste
período, perfazendo um total de 307.556 motocicletas. (Denatran19)
Os dados das vítimas de ATT foram analisados segundo variáveis que
possibilitaram conhecer as características dos acidentes e o perfil epidemiológico.
(Amorim20)
A grande maioria dos acidentes ocorreu entre 10 horas e 19 horas, com
proporção maior nos dias de sábado e domingo.
Os registros mostram ainda ocorrência mais elevada de acidentes diurnos do que
noturnos (58% e 37%, respectivamente), sendo a grande maioria destes acidentes
registrados em zona urbana.
A localização geográfica dos acidentes indicou as vias urbanas do Município e
vias urbanas de outras cidades como locais geradores de vítimas.
Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina e Tráfego, 2007, a frota de
veículos (taxa por mil habitantes), Brasil e Região Norte, em 2005, foi de 228,4 para
102,4 veículos por mil habitantes, onde o Estado de Rondônia atingiu o maior índice
com 193. (Piccoli13)
Observamos na tabela 1, que a fração determinada entre veículos/habitantes,
considerando o resultado do Censo IBGE 2010, que indica que a população é de 190.732
milhões, o país tem uma media de um carro para cada 2,94 habitantes. (IBGE18)
Nas Capitais citadas, no último censo do IBGE e Denatran, 2010, o número de
veículos por mil habitantes na Capital do Estado de Rondônia, Porto Velho, é de 370
veículos/1000 habitantes. Constata-se que no município de Ji-paraná é de 489
veículos/1000 habitantes, demonstrando que a relação de veículos/1000 habitantes é
maior que as capitais citadas, isto devido ao grande desenvolvimento da região na área
da agricultura, extrativismo vegetal e mineral, e pecuária, demonstrando o alto poder
aquisitivo da sociedade local. As pessoas que não possuem poder aquisitivo alto
relacionam seu poder de compra à veículos mais acessíveis e baratos, de transporte
rápido nas vias urbanas, como as motos. Acredita-se que esse elevado número de motos
nos diferentes municípios e regiões do Brasil, deve-se ao baixo custo deste veículo,
facilitando a sua compra, e ao rápido deslocamento entre as vias urbanas de difícil
acesso, devido a sua falta de conservação e manutenção, e também ao alto fluxo de
veículos motorizados de quatro rodas. (Detran17, IBGE18)
Tabela 1: Comparativo de índice de veículos por habitantes, 2010.
Região
Habitantes
Automóveis
Motos
Total de
Veículos/1000hab.
veículos
BRASIL
190.732.694
32.965.550
13.853.120
64.223.721
336
PORTO
428.527
68.564
48.740
158.873
370
116.610
14.683
24.657
57.067
489
VELHO
JIPARANÁ
Fonte: IBGE, DENATRAN, novembro de 2010. Visitado em julho de 2011.
Em relação a situação da vítima de ATT, dentre as principais categorias de
vitimados, os condutores de motos e carros representaram 68,9% da amostra, os
passageiros 24%, os pedestres 1,8% e 5,3% não quiseram relatar sua situação no ATT.
A Tabela 2 demonstra o tipo de veículo envolvido em ATT no município de JiParaná. O principal veículo envolvido em ATT é a motocicleta. A evolução do índice de
acidentes com vítimas no Município foi de 9,13% de 2009 para 2010, sendo de 127,7
acidentes com vítimas para 138,78 vítimas de acidentes. Algumas considerações a
destacar, dizem respeito, por exemplo, ao fato de que enquanto a frota de automóveis
cresceu cerca de 16%, entre 2001 e 2005, a de motocicletas elevou-se mais de 65%
(Detran17).
Dados do IBGE, em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran), mostram um levantamento no fim de 2010 que revelou as dez cidades com
mais motocicletas por pessoa. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a cidade
de São Paulo, por exemplo, não faz parte desta lista. Aliás, apenas três cidades do
Estado de São Paulo estão entre as dez, todas no interior. Quem encabeça a relação é a
cidade de Ji-Paraná em Rondônia , seguida por Tocantins e Araguaína (IBGE18,
Denatran19).
Ji-Paraná possui 21 motocicletas a cada 100 habitantes. Possui uma população
de 116.610 habitantes, sendo apenas a 225ª cidade mais populosa do Brasil. Um motivo
que pode levar os habitantes de Ji-Paraná a se locomover tanto de moto é o clima. As
temperaturas médias anuais variam entre 24º e 26°C, podendo marcar máximas de
33°C. (IBGE18)
Pesquisas sugerem que o uso de motocicletas dos modelos mais novos está
associado com um aumento nas taxas de mortalidade. Podendo ser em parte devido ao
fato de que as pessoas trocaram os automóveis pelas motocicletas em tempos de
aumento do preço da gasolina. Assim, as motocicletas viraram o principal meio
de transporte, ocasionando mais acidentes. (Hyatt21)
Os motociclistas são cinqüenta e oito vezes mais propensos a morrer em uma
colisão de veículos e são oito vezes mais propensos a se ferir do que os passageiros
ocupantes de carros leves. O fato de que motociclistas têm um maior risco relacionado à
lesões e morte, levanta preocupação com o aumento do número de motos (Hyatt21).
Tabela 2: Tipo de veículo envolvido no ATT. Ji-Paraná-RO, 2010.
Tipo de veículo
N
%
Automóvel
7
4,2
Caminhão
1
0,6
143
85,6
Bicicleta
4
2,4
Não sei
1
0,6
Desistiu/Não respondeu
11
6,6
Total
167
100,0
Motocicleta
Fonte: Hospital Municipal de Ji-Paraná-RO, 2010.
A infração de trânsito mais comum foi: “dirigir veículo sem possuir Carteira
Nacional de Habilitação (CNH)”, havendo um aumento de 44,8% em comparação com
ano anterior de 2009, no número de autuações. Observa-se na Tabela 3, abaixo, que os
dados demonstrados na pesquisa indicam que há um alto índice da infração de trânsito,
onde 72 condutores, 43,11% da amostra, não possuíam Carteira Nacional de
Habilitação, agravando ainda mais a situação de risco de acidentes no município.
(Denatran19)
Tabela 3: Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ji-Paraná-RO, 2010.
CNH
N
%
Sim
88
52,92
Não
72
43,11
Não respondeu
7
4,19
167
100,0
Total
Fonte: Hospital Municipal de Ji-Paraná-RO, 2010.
Em relação ao uso de cinto de segurança ou capacete, pela vítima de ATT em JiParaná, na Tabela 4, observa-se que 70,7% das vítimas estavam usando estes
dispositivos de segurança, diminuindo o risco de óbitos por acidente. Porém, o que
ainda é preocupante, indicado na pesquisa, devido as vítimas de ATT não possuíam
CNH, acredita-se que isto se deve ao fato das pessoas desconhecerem as leis de trânsito,
e não saberem utilizar corretamente ou não, estes dispositivos de segurança.
Correlaciona-se a este fator o uso de substâncias psicoativas, comportamentos de risco e
não possuir a idade mínima correta para conduzir um veículo automotivo.
Tabela 4: Uso de cinto de segurança ou capacete, pela vítima de ATT. Ji-Paraná-RO,
2010.
Estava
usando
cinto
de
N
%
Sim
118
70,7
Não
31
18,6
Não se aplica
2
1,2
Desistiu/Não respondeu
14
8,4
Não sei
2
1,2
167
100,0
segurança/Capacete
Total
Fonte: Hospital Municipal de Ji-Paraná-RO, 2010.
Na
Nova
Zelândia,
onde
a
idade
mínima
legal
de
condução
é de 15 anos, estudos mostram que apenas 36% do condutores possuiam menos que 18
anos de idade e tinham uma licença de motorista válida, porém 72% não possuíam
motocicleta. Contramedidas para a falta de uma licença de motorista inclui a
apresentação de uma licença válida como pré-requisito para a compra de uma
motocicleta, aplicações rigorosas das leis de licenciamento, penalidades severas por
falta de uma licença, e determinando uma idade mais avançada para obter uma licença
da motocicleta. Os riscos de lesão e morte de moto são os mais elevados para os jovens.
Há evidências de que características dos jovens pilotos contribuem para o risco elevado
de lesões em motocicletas, e as condutas de risco podem incluir excesso de velocidade,
beber enquanto estiver pilotando, não usar um capacete enquanto estiver pilotando,
pilotar sem licença, utilização de luzes amarelas, e dirigir com muito pouco cuidado
onde esses comportamentos estão correlacionados. (Lina22)
Motoristas de motocicletas com idades entre 25 anos, relacionam-se com o
risco de acidente como sendo de médio ou alto grau, pessoas com idade entre 26 e 39
anos relacionam o risco de acidente como de médio grau, e aqueles com 40 anos ou
mais como de baixo grau. O risco de acidente percebido foi associado com o gênero,
experiência, e região geográfica. Condutores jovens tendem a subestimar o risco de ter
um acidente no período próximo de dois anos. A percepção de risco dos motoristas
adolescentes correspondeu ao risco real de acidentes de motocicletas, mas eles não
modificam seus comportamentos de risco, nem reduzem o risco de acidentes, mesmo
depois de experimentar um acidente associado à lesão. (Lina22)
Os maiores riscos de lesão e morte para condutores de motocicletas foram
relatados por estarem associados a uma idade mais jovem, falta de proteção, e pouca
visibilidade do condutor do veículo e para outros motoristas que utilizam a estrada. No
entanto, fatores modificáveis tais como o não uso de capacete, o uso de álcool e de
outras drogas, onde a inexperiência, a falta de licenciamento e da propriedade do
veículo, estão associadas com a alta velocidade e têm sido recentemente identificados
como contribuição para os riscos de acidentes de trânsito. (Lina22)
Enquanto o álcool é a droga mais frequentemente associada com todos os tipos
de acidentes de veículos automotores, os motoristas de motocicleta, são mais propensos
a ter consumido álcool do que os motoristas de carro. Por exemplo, 49% de mortes de
acidente de moto em relatórios policiais nos Estados Unidos da América foram
atribuídas ao uso de álcool, em contraste com 26% dos acidentes de trânsito. No
entanto, os motoristas de moto que receberam formação adequada não tiveram redução
significativa no risco de acidentes em comparação com aqueles que não receberam um
treinamento. Há várias explicações possíveis para a falta de treinamentos e cursos de
formação para reduzir acidentes de motocicleta e seus ferimentos. Em primeiro lugar, a
experiência por si só pode não ser um fator determinante, pois pode ser correlacionada
com a idade, particularmente em jovens pilotos. Nas colisões de carro e moto, dois
terços dos motoristas alegaram não ter visto a motocicleta ou ter visto muito tarde para
ter evitado a colisão, onde o uso de feixe de luz alta ou baixa de faróis durante o dia foi
melhor do que outros aparelhos concebidos para aumentar a visibilidade, como as faixas
reflexivas na carenagem das motos e casacos fluorescentes. Na Nova Zelândia, roupas
de alta visibilidade e capacetes de cor branca foram também fatores encontrados para
reduzir o risco de ter um acidente em comparação com outros tipos de medidas.
(Lina22)
A maior taxa de acidente, demonstrada na Tabela 5, ocorreu nos dias de
domingo, quarta e sexta, com 42, 29 e 28 acidentes respectivamente, onde a grande
maioria dos acidentes no horário entre 10 horas da manhã e 19 horas da noite.
Segundo dados do Departamento de Trânsito de Rondônia, 2010, foram
registrados 13.646 acidentes com vítimas, 11,4% a mais que 2009. A maioria desses
acidentes ocorreu durante o dia, 63,1%. Analisando as ocorrências desses acidentes de
trânsito, constata-se que foram decorrentes ao fator de imprudência e imperícia dos
usuários de vias públicas, onde novamente a motocicleta o veículo mais envolvido em
acidentes com vítimas no Estado tem maior índice (52,1%). (Detran17)
Tabela 5: Dia do ATT e da vítima atendida no Hospital Municipal de Ji-Paraná-RO,
2010.
Dia do acidente
N
%
Domingo
42
25,1
Segunda-feira
14
8,4
Terça-feira
15
9,0
Quarta-feira
29
17,4
Quinta-feira
15
9,0
Sexta-feira
28
16,8
Sábado
24
14,4
Total
167
100,0
Fonte: Hospital Municipal de Ji-Paraná-RO, 2010.
Constatou-se que 72,3% são do sexo masculino, 45,5% são brancos, 43,1% não
possuíam carteira nacional de habilitação, sendo que a maioria desses acidentes, ou seja,
77,8% ocorreram em vias urbanas do Município de Ji-Paraná, comprovado com dados
do DETRAN-RO, 2010, onde 1.144 (94,85%) acidentes ocorreram em vias urbanas e
62 (5,14%) em via rural. 85,5% dos acidentes de trânsito ocorreram com motocicletas,
onde 70,7% utilizavam equipamentos de segurança. Quanto às características do
acidente dentro do município, a maior parte aconteceu na quarta-feira e no domingo. O
horário do acidente variou muito, sendo observado no período das 7 às 17 horas, o
maior fluxo de acidentes. Três pedestres sofreram atropelamento.
Apenas 10,2% das vítimas do estudo relatam ter ingerido bebida alcoólica antes
do acidente nas últimas 24 hs.
A colisão de carros representou 4,2% da amostra, já com os motociclistas
representa 85,6% da amostra, sendo estes responsáveis pelo maior percentual de vítimas
nessas categorias.
Houve predomínio de vítimas em idade produtiva, trabalhadores adultos jovens,
na faixa etária de 29 a 33 anos. A maioria das vítimas era morador de Ji-Paraná
(77,8%).
De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul
(Detran-RS19), 80,5% das infrações de trânsito foram cometidas por condutores do sexo
masculino, sendo 26,45% destes considerados adultos jovens.
Há evidências consideráveis sobre a influência da idade e de gênero na condução
arriscada e da probabilidade de estar envolvido em acidentes de trânsito: os homens
jovens são mais freqüentemente envolvidos em acidentes de trânsito com lesões, e eles
também relatam envolvimento em comportamentos de direção arriscada com maior
freqüência do que as mulheres, enquanto as mulheres apresentam níveis mais elevados
de conformidade com as normas de trânsito e uma atitude mais positiva em segurança
nas rodovias (Schmidta23).
Na presente pesquisa, a maioria das vítimas de acidentes de trânsito atendidas no
Hospital Municipal de Ji-paraná, não sabia o valor correto em decigramas de álcool
ingerido antes de dirigir sob seu efeito, havendo a necessidade de novas campanhas de
educação no trânsito.
Considerações Finais
A abrangência das variáveis de natureza epidemiológica incluídas nesta pesquisa
revelou a magnitude do problema dos acidentes de trânsito em Ji-Paraná-RO. Indicando
a necessidade de proposição e implantação de várias estratégias de intervenção para sua
prevenção ou minimização, como maior cobertura e melhor qualidade dos registros dos
acidentes, com integração entre as diferentes fontes de dados.
Há uma necessidade de haver uma melhoria no banco de dados das vítimas de
acidente de trânsito no Município.
O presente estudo mostra as características do perfil do acidentado de trânsito
em um Hospital do Município de Ji-Paraná, Rondônia. Demonstrando que este perfil é
semelhante a de outras regiões do Brasil, ou seja, estas vítimas são de maioria do sexo
masculino, entre a faixa etária de 20 a 49 anos de idade, faixa etária de alta
produtividade do indivíduo em relação ao trabalho.
Em relação a raça, depende muito da região do Brasil, porém o presente estudo
demonstra o predomínio da raça branca.
Aos motociclistas, são preocupantes os dados obtidos no estudo, pois
demonstram a necessidade em criar melhorias das vias públicas, como conservação de
sinalização e pavimentação, melhoria dos transportes públicos, e também a
conscientização da população sobre as leis de trânsito e ao uso de equipamentos de
segurança, como o capacete e o cinto de segurança.
O desempenho de motoristas em veículos motorizados pode ser constituído por
três componentes sucessivos: a percepção de mudanças no ambiente de tráfego; a
decisão de responder a estas mudanças. Fatores que afetam a habilidade dos motoristas
de perceber, decidir e agir determinam a eficácia do motorista em relação aos veículos
e aos obstáculos, aumentando a probabilidade de acidentes. Torna-se fundamental a
continuidade da implantação do Código de Trânsito Brasileiro, o qual se mostra efetivo,
embora ainda não tenha sido devidamente implantado em todas as macrorregiões do
País.
O aprimoramento e atualização são importantes para o enfrentamento de novas
realidades, com o aprofundamento do processo educativo dos condutores e pedestres e a
fiscalização rigorosa do uso do álcool, uso de equipamentos de segurança e do respeito
aos limites de velocidade, entre outras medidas a serem tomadas (Wang24).
Finalmente, a vigilância de acidentes de transporte deve ser aperfeiçoada,
especialmente no seu papel de defesa, atraindo a atenção dos gestores públicos para o
problema e subsidiando a articulação entre o atendimento pré-hospitalar e uma resposta
ágil e qualificada da assistência hospitalar de urgência e sua retaguarda. A melhor
contribuição do setor da saúde está na prevenção desses eventos e na promoção de ações
intersetoriais e integradas dos parceiros envolvidos.
Restrições à velocidade e desempenho do motor de veículos de duas rodas em
muitos países de alta renda têm introduzido regulamentos relativos à velocidade e
desempenho do motor para os ciclomotores e motociclos, com o objetivo de redução
das taxas de acidentes e lesões (Hingson25).
De uma forma geral, as principais causas dos acidentes de trânsito são atribuídas
aos motoristas, sobretudo em decorrência de uso de substâncias psicoativas (SPAs),
abuso do álcool e sonolência diurna excessiva. O presente estudo demonstra um
pequeno percentual de relato de uso nessa população.
Diante disso e de seus principais impactos produzidos, visa-se à otimização de
políticas públicas de desenvolvimento regional. Sabendo-se que, o acidente de trânsito
tem especial relevância, não somente pelos custos econômicos provocados, mas,
sobretudo, pela dor, sofrimento e perda de qualidade de vida imputada às vítimas, seus
familiares e à sociedade como um todo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que o número de mortes
causadas por acidentes de trânsito em países de média e baixa renda
será uma
importante questão global nos próximos 20 anos. Condições de tráfego de veículos nas
sociedades menos motorizadas são bastante distintas daquelas sociedades motorizadas
(Li26, Souza27).
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Recebido: __/__/__
Aceito em: __/__/__
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Daniel Andrade Duizith – Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do
Brasil em Canoas-RS (ULBRA/RS), Especiaista em Traumato-Ortopedia com Ênfase
na Clínica de Fisioterapia, pelo Centro de Estudos Sistêmicos em Porto Alegre-RS
(CBES), Mestrando em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil em
Canoas-RS (ULBRA/RS). Atualmente é Professor com dedicação exclusiva no Curso
de Fisioterapia do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-RO (CEULJI/ULBRA),
responsável pela Coordenação da Clínica Escola e Coordenação dos Estágios
Supervisionados, atuando como Professor dos Estágios Supervisionados em Fisioterapia
Hospitalar I e II, Ambulatorial I e II. Leciona as Disciplinas de Semiologia
Fisioterapêutica e Fisioterapia Traumatolo-Ortopédica e Reumatológica III. Atua como
avaliador de trabalhos de conclusão e científicos e coolaborador do Comitê de Ética e
Pesquisa do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-RO.
E-mail: [email protected]
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