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ADAPTAÇÕES DE PEÇAS DE SHAKESPEARE
PARA O PÚBLICO INFANTOJUVENIL
Aluna: Marcela Lanius
Orientadora: Marcia Amaral Peixoto Martins
Introdução e Objetivos
Esta pesquisa busca mapear e analisar as adaptações das peças de William
Shakespeare para crianças e jovens sob a forma de quadrinhos, videogames e romances
em prosa. Por se tratar de um estudo abrangente, neste primeiro ano o foco preferencial
foram as reescritas das peças voltadas para o público jovem e em formato de
quadrinhos, com destaque para duas séries: a brasileira Shakespeare em quadrinhos, da
editora Nemo (http://grupoautentica.com.br/nemo), e a Manga Shakespeare, da editora
inglesa SelfMadeHero (http://www.mangashakespeare.com/), com 14 títulos em
catálogo, dos quais quatro foram traduzidos para o português e publicados pela Galera
Record (http://www.galerarecord.com.br/).
É importante ressaltar que a definição de “público jovem” adotada neste trabalho
é aquela fornecida pela editora Galera Record, que estipula duas faixas dentro do
segmento: (i) público juvenil: leitores entre 10 e 14 anos; (ii) público jovem adulto:
leitores com mais de 14 anos. Em princípio, as adaptações de Shakespeare em mangás
(Manga Shakespeare) são voltadas para a segunda faixa, e os quadrinhos da Nemo, para
a primeira.
Cabe aqui, ainda, um esclarecimento quanto ao conceito de adaptação. Para fins
deste estudo, entende-se adaptação nos seguintes sentidos: (i) de uma tradução
intersemiótica, que promove a interpretação de signos verbais por meio de sistemas de
signos não verbais (Jakobson, 2007). Este é o caso, por exemplo, das transposições de
romances para o cinema, ou de peças de teatro para ópera ou balé; (ii) de uma reescrita
voltada para outro tipo de público que não o visado originalmente, como um público
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inserido em outra cultura, de outra faixa etária, ou com outro nível de instrução; (iii) de
uma reescrita que promova mudanças como de localização ou de época.
Diante de um público crescente, ávido por consumir literatura em suas várias
formas, as editoras vêm investindo nos quadrinhos/novelas gráficas, cujo sucesso entre
os jovens valoriza o gênero como modalidade de adaptações de clássicos, antes restritos
basicamente a versões condensadas ou romances em prosa. Esta é uma das principais
justificativas da pesquisa proposta, que tem por objetivo examinar: (i) aspectos gerais
dessas adaptações; (ii) o grau de manutenção das principais características da obra com
respeito a tema, trama, desenho dos personagens e linguagem; e (iii) a imagem do autor
e da obra que resulta do trabalho de reescrita. Além da análise da proposta geral das
duas séries, Shakespeare em quadrinhos e Manga Shakespeare (inglês e português),
foram examinadas detidamente as adaptações das seguintes peças: da primeira série,
Romeu e Julieta, Otelo e Sonho de uma noite de verão, e da segunda, Hamlet, Romeu e
Julieta e Ricardo III.
O estudo seguiu a seguinte metodologia: cada peça era lida primeiro no original
e depois na versão adaptada, sendo que, quando havia a possibilidade de analisar a
adaptação em língua inglesa e a tradução dessa adaptação para o português, a
comparação era feita em três etapas.
A seguir, apresentamos as análises das peças.
Análise dos dados
I.
Shakespeare em quadrinhos - Editora Nemo
1) Otelo
A adaptação analisada mantém o tom obscuro e cruel da peça shakespeariana,
bem como sua linguagem um pouco mais rebuscada. Os traços das personagens são
sombrios, retratando-as muitas vezes sem olhos ou com capas sob o rosto, como é o
caso de Otelo e Iago. É interessante notar que as falas de Otelo, principalmente quando
já tomado de ciúmes ou quando impõe sua autoridade, aparecem sempre negritadas e
pontuadas com muitas exclamações, antecipando a sua crueldade final.
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Ainda vale especular sobre algumas diferenças cruciais, como a inexistência de Bianca,
amante de Cassio, e ausência da frase final de Desdêmona. Além disso, nota-se que
Desdêmona não fala, em momento algum, para si mesma ou para o leitor, como na
peça:
“DESDEMONA (aside)
I am not merry, but I do beguile
The thing I am by seeing otherwise.
Come, how wouldst thou praise me?”
(Ato II, Cena 1)
Ainda que o quadrinho não apresente nenhum tipo de indício ou dúvida sobre a
inocência de Desdêmona, ele tampouco busca prová-la (com exceção das palavras de
Emilia sobre o lenço no último ato, antes de ser morta por Iago). Essas parecem ter sido
escolhas intencionais do adaptador, motivadas quer por sua própria visão da peça, quer
simplesmente pela necessidade de reduzir a extensão da mesma.
2) Romeu e Julieta
Ainda que apresente traços fortemente contrários à peça, a adaptação em questão
consegue conservar-se fiel ao original ao mesmo tempo em que moderniza de maneira
sutil os diálogos. Digo sutil pois a linguagem não é inteiramente rebuscada ou
antiquada, mas também não é informal; possui certos traços que podem ser
considerados como característicos de uma época:
“You kiss by th’ book.” (Ato I, Cena 5)
“Você beija como nos livros…”
Ou então:
“(...)
Compare her face with some that I shall show (Ato I, Cena 2)
And I will make thee think thy swan a crow.”
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“(…)
Quem sabe, diante de tantas outras, o seu cisne não se transforme em urubu? ”
Uma diferença crucial e, em minha opinião, prejudicial para a o leitor do
quadrinho é que não há nenhum tipo de Dramatis personae, o que dificulta o
reconhecimento de outros personagens que não Romeu e Julieta mas igualmente
importantes, como Mercúcio e Teobaldo.
É importante ter sempre em mente que esta adaptação é voltada para um público
que se encontra na adolescência e, portanto, algumas caracterizações são necessárias,
como a da mãe de Julieta (que é retrata como má ou até mesmo cruel). Contudo, é
interessante notar que enquanto o amadurecimento de Romeu não é relatado em
momento algum, e nem o triste solilóquio de Julieta pouco antes de fingir a própria
morte, no qual se despede da mãe, cria-se uma cena de sexo que não é descrita na peça.
3) Sonho de uma noite de verão
Sonho de uma noite de verão é sem dúvida uma das peças mais intrigantes de
Shakespeare no que diz respeito à sua encenação e à caracterização de seus
personagens, devido ao universo fantástico e personagens não humanos que a trama
apresenta. A adaptação analisada consegue resolver esses problemas exemplarmente –
não apenas por poder ambientar a peça fielmente em Atenas e na floresta, como também
na escolha da caracterização dos personagens do plano místico. Titânia e Oberon são
belos e ainda assim obscuros; Puck é um ser sombrio mas que lembra um menino, e
coisa similar ocorre com as fadas. É uma adaptação que sem dúvidas atrai o seu público
alvo, e ainda consegue conservar o fio narrativo (mesmo que a linguagem não seja tão
fiel à do original, como vimos nas outras adaptações dessa mesma coleção):
“Baixinha? Baixinha???
Sempre baixa, pequena, menor!
Ah, sua vareta loira! Eu vou acabar com você! ” (p. 41)
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II.
Mangá Shakespeare
1) Romeu e Julieta (versão original em inglês)
O processo de adaptação da peça Romeo and Juliet para a versão em mangá,
realizado por Richard Appignanesi, se mantém inteiramente fiel ao original no que se
refere à linguagem; na verdade, a obra adaptada se mantém tão fiel ao texto original que
todas as falas são recortadas da peça. Assim sendo, pode-se inferir que o trabalho de
Appignanesi foi o de encaixar falas, acontecimentos e até mesmo as ações e reações dos
personagens ao mangá e às mudanças feitas na ambientação da história:
PEÇA (Ato II, Cena 2)
Juliet: Three words, dear Romeo, and good night indeed.
If that thy bent of love be honourable,
Thy purpose marriage, send me word to-morrow,
By one that I'll procure to come to thee,
Where and what time thou wilt perform the rite;
And all my fortunes at thy foot I'll lay
And follow thee my lord throughout the world.
MANGÁ (p.52)
Juliet: Dear Romeo,
If thy love be honourable, thy purpose marriage,
Send me word tomorrow by one that
I’ll procure to come to thee.
Quanto à ambientação da peça, o mangá situa história no Japão dos dias atuais, e
Romeu (um rock star) e Julieta são filhos de famílias rivais da yakuza, tradicional máfia
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japonesa. Teobaldo é um jovem tatuado e furioso, enquanto a ama é uma velha senhora,
retratada sempre usando o quimono.
A adaptação analisada é importante para a pesquisa por conseguir adaptar uma
das mais famosas peças de Shakespeare para o público jovem, mas por conseguir fazêlo mantendo a linguagem da peça. Afinal, se pensarmos que os falantes nativos da
língua inglesa apresentam dificuldades lendo o inglês moderno, inaugurado perto da
época de Shakespeare, uma adaptação que opta por manter esse aspecto é não só ousada
como também um testemunho da força da obra.
2) Romeu e Julieta (versão traduzida)
A tradução de Romeu e Julieta da coleção Mangá Shakespeare se apresenta,
assim como a versão em inglês, como uma verdadeira homenagem à peça. Uma vez que
a adaptação em língua inglesa se mantém inteiramente fiel ao original, adaptando
apenas a ambientação, traduzi-la para o português significa traduzir Shakespeare. É por
esse motivo que a edição brasileira traz, logo de início, uma nota do tradutor Alexei
Bueno a respeito de aspectos formais da tradução; ele esclarece que “o que é verso foi
traduzido em verso, os trechos em prosa foram traduzidos em prosa, e quando havia
rima esta sempre foi mantida” (Nota do tradutor). O decassílabo branco inglês foi
traduzido em decassílabos brancos em português. O modo de falar dos personagens
também não foi simplificado; Bueno usa o tempo todo pronomes de segunda pessoa,
retratando a linguagem shakespeariana. A preocupação de Bueno em manter a
sonoridade das falas também é ressaltada, pois ele busca mesmo alterar a ordem de
alguns elementos para que a forma seja mantida:
“Marry is the very theme I came to talk of.” (Mangá, versão em inglês, p. 23)
“Para disso falar eu te chamei.” (Mangá, versão traduzida, p .39)
E:
“I'll look to like” (Mangá, versão em inglês, p. 25)
“Tentá-lo-ei” (Mangá, versão traduzida, p. 41)
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E também em:
(Mangá, versão em inglês, p.184)
Juliet: O happy dagger.
This is thy sheath.
There rust and let me die.
(Mangá, versão em inglês, p.193)
Julieta: Feliz adaga, aqui está tua bainha.
Nela repousa, e deixa-me morrer.
Da mesma forma, vale analisar a tradução de Bueno para algumas passagens
emblemáticas da peça. Porém, como o mangá inglês possui alguns cortes e diferenças
de pontuação quanto ao original, realizamos aqui uma análise em três partes: da peça
para o mangá em inglês, e do mangá em inglês para a versão traduzida.
É importante ressaltar também o destaque dado ao tradutor, pois há uma nota na
quarta capa dedicada a descrever brevemente seu trabalho como tradutor de poesia e
literatura, além da “Nota do tradutor” já mencionada e que aparece em todas as edições
traduzidas.
3) Ricardo III
Ricardo III é uma das peças mais emblemáticas de Shakespeare, se analisada a
partir da figura do vilão – uma vez que Ricardo é, sem dúvida, um dos grandes vilões
não apenas do teatro shakespeariano como também da dramaturgia de um modo geral,
como também se analisada pelo viés político e histórico que aborda. O contexto da
Guerra das Rosas pode ser confuso para alguns, dado o vasto número de envolvidos.
Ricardo III tem, portanto, a difícil missão de narrar a Guerra das Rosas, encerrá-la, e
retratar Ricardo como esse grande vilão, capaz de tudo para que possa usar a coroa da
Inglaterra.
Sendo uma das peças mais longas de Shakespeare, há que se reconhecer o
brilhante trabalho de adaptação para o mangá realizado por Patrick Warren, que ainda
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incluiu um pequeno diagrama ilustrando a Guerra. Ainda que os diálogos apareçam
reduzidos ou recortados (como foi o caso em Romeu e Julieta), nada se perde: as
passagens mais importantes de todas as cenas se encontram presentes, bem como falas
emblemáticas. Além disso, outro traço importante dessa versão em mangá é o traçado
dos desenhos: se em Romeu e Julieta havia um traçado caracteristicamente japonês, por
vezes considerado cômico ou “fofo”, o mesmo não ocorre em Ricardo III. Aqui, tudo é
absolutamente negro, com aspectos góticos e imagens obscuras. Ricardo é, sem dúvida,
vilão em caráter e em imagem. É importante ressaltar também que, de um modo geral, a
ambientação é mantida – só há o toque gótico, que é refletido nas roupas das
personagens. Fora isso, não há nenhuma mudança drástica.
A tradução de Alexei Bueno é, novamente, muito cuidadosa. Além de conservar
o tom e adaptar as rimas, é possível reconhecer as falas diretamente do original,
tamanha sua fidelidade ao texto shakespeariano:
PEÇA (Ato I, Cena 3)
Queen Margaret: Poor painted queen, vain flourish of my fortune!
Why strew'st thou sugar on that bottled spider,
Whose deadly web ensnareth thee about?
Fool, fool! thou whet'st a knife to kill thyself.
The time will come when thou shalt wish for me
To help thee curse that poisonous bunchback'd toad.
MANGÁ (p.63)
Rainha Margaret: Emplastada rainha,
Um dia ainda hás de a falta sentir
De minha ajuda para este
Sapo torto amaldiçoar.
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Outro exemplo se encontra em:
PEÇA (Ato II, Cena 2)
Duchess of York: Ah, so much interest have I in thy sorrow
As I had title in thy noble husband!
I have bewept a worthy husband's death,
And lived by looking on his images:
But now two mirrors of his princely semblance
Are crack'd in pieces by malignant death,
And I for comfort have but one false glass,
Which grieves me when I see my shame in him.
Thou art a widow; yet thou art a mother,
And hast the comfort of thy children left thee:
But death hath snatch'd my husband from mine arms,
And pluck'd two crutches from my feeble limbs,
Edward and Clarence. O, what cause have I,
Thine being but a moiety of my grief,
To overgo thy plaints and drown thy cries!
MANGÁ (p.85)
Duquesa de York: És viúva,
E o conforto tens dos filhos.
Mas a morte o marido me tirou
E dos meus fracos membros
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As muletas,
Eduardo e Clarence.
Essa adaptação analisada é, sem dúvida, exemplar. Ela não só é bem-sucedida na
tarefa de tornar a complexa história da Guerra das Rosas clara para o leitor jovem, como
também usa a maldade de Ricardo III como atrativo. Afinal, um contexto medieval e
extremamente histórico, como é o caso, dificilmente encontra lugar entre o público
juvenil; mas o Ricardo III da coleção Mangá Shakespeare é capaz de atingir o status de
popular, seja por seus traçados ou ainda, no caso da tradução de Bueno, por sua
impecável e fiel linguagem.
Conclusões
A série brasileira Shakespeare em quadrinhos tem uma proposta diferente da
inglesa Manga Shakespeare. Embora ambas trabalhem com a mesma linguagem
(quadrinhos), a primeira tem como estratégia contar a história resumida e
simplificadamente sem introduzir mudanças na época ou na ambientação, enquanto a
série inglesa e suas traduções para o português se caracterizam por: (i) reproduzir o
texto shakespeariano original, preocupando-se em manter as falas mais emblemáticas;
(ii) por trazer ilustrações típicas de mangás japoneses (embora não mantenham a direção
japonesa de leitura dos mangás, que é da direita para a esquerda); e (iii) também por
promover, em algumas peças, a transposição para uma outra época, cultura e lugar
geográfico. A trama de Hamlet, por exemplo, se passa no ano de 2017, depois que uma
mudança global do clima deixou a Terra devastada; em um Macbeth futurista,
guerreiros samurais buscam recuperar um mundo pós-nuclear habitado por mutantes; e
a história de Romeu e Julieta é ambientada em um Japão contemporâneo, onde os dois
jovens amantes são envolvidos em uma vingança entre famílias rivais da Yakuza, a
máfia japonesa. A tradução para o português dos títulos publicados pela Galera Record
é de Alexei Bueno, tradutor prestigiado que tem seu nome na capa e assina uma “Nota
do tradutor” no interior do volume, em uma rara demonstração de visibilidade (que na
maioria das vezes não depende do tradutor e, sim, da editora).
O que essa análise realmente ressalta, no entanto, é a atualidade dos temas
tratados por Shakespeare e também a sua originalidade e maestria, uma vez que mesmo
adaptadas, as obras ainda mantêm caráter fortemente shakespeariano. Não só isso, serve
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como confirmação de que é possível aproximar a leitura dos clássicos do público jovem,
mesmo por meio de uma adaptação tão radical como a de peças shakespearianas para o
formato de quadrinhos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] JAKOBSON, Roman. Aspectos Linguísticos da Tradução. Linguística e
Comunicação. Trad. Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 2007, p.
63-72.
[2] SHAKESPEARE, William. Otelo. Adaptação de Jozz. Editora Nemo: Coleção
Shakespeare em quadrinhos. São Paulo, 2011. 1ª edição.
[3] SHAKESPEARE, William. Othello. London, 1971: New Penguin Shakespeare.
[4] SHAKESPEARE, William. Romeu e Julieta. Adaptação de Marcela Godoy.
Editora Nemo: Coleção Shakespeare em quadrinhos. São Paulo, 2011. 1ª edição.
[5] SHAKESPEARE, William. Romeo and Juliet. London, 1994: Penguin Popular
Classiscs.
[6] SHAKESPEARE, William. Sonho de uma noite de verão. Adaptação de Lillo
Parra. Editora Nemo: Coleção Shakespeare em quadrinhos. São Paulo, 2011. 1ª edição.
[7] SHAKESPEARE, William. A Midsummer Night’s Dream. United Kingdom,
2012: The New Cambridge Shakespeare.
[8] SHAKESPEARE, William. Adapted by Richard Appignanesi. Romeo and Juliet –
Manga Shakespeare. London, 2012: Selfmade Hero.
[9] SHAKESPEARE, William. Tradução de Alexei Bueno. Romeu e Julieta – Mangá
Shakespeare. Editora Galera Record, Rio de Janeiro. 2011.
[10] SHAKESPEARE, William. Tradução de Alexei Bueno. Ricardo III - Mangá
Shakespeare. Editora Galera Record, Rio de Janeiro. 2011
[11] SHAKESPEARE, William. The Complete Works. Oxford, 2005: Claredon Press.
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