AULA 1
TEXTO I
A tartaruga e a lebre
Esopo
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Um dia uma tartaruga começou a contar vantagem dizendo que corria muito depressa, que a lebre era
muito mole e, enquanto falava, a tartaruga ria da lebre. Mas a lebre ficou mesmo impressionada foi quando a
tartaruga resolveu apostar uma corrida com ela.
“Deve ser só de brincadeira!”, pensou a lebre.
A raposa era o juiz e recebia as apostas. A corrida começou, e na mesma hora, claro, a lebre passou à
frente da tartaruga. O dia estava quente, por isso lá pelo meio do caminho a lebre teve a ideia de brincar um
pouco. Depois de brincar, resolveu tirar uma soneca à sombra fresquinha de uma árvore.
“Se por acaso a tartaruga me passar, é só correr um pouco e fico na frente de novo”, pensou.
A lebre achava que não ia perder aquela corrida de jeito nenhum. Enquanto isso, lá vinha a tartaruga
com seu jeitão, arrastando os pés, sempre na mesma velocidade, sem descansar nem uma só vez, só pensando
na chegada. Ora, a lebre dormiu tanto que se esqueceu de prestar atenção na tartaruga. Quando ela acordou,
cadê a tartaruga? Bem que a lebre se levantou e saiu zunindo, mas nem adiantava. De longe ela viu a tartaruga
esperando por ela na linha de chegada.
Moral: Devagar e sempre, se chega na frente.
Fábulas de Esospo. Compilação de Russell Ash e Bernard Higton. São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 1994, p. 12.
Ler e entender o que se leu, assim como falar e se fazer entender é fundamental para a vida de qualquer
pessoa hoje em dia. Por isso é tão importante aprender sempre. Vamos estudar, então, um pouquinho?
Faça o que se pede:
01. O texto deve ser lido em voz alta pelos alunos, ao menos 5 linhas para cada um, mesmo que seja necessário
repeti-lo algumas vezes.
02. Depois da leitura dos alunos, o professor deverá ler o texto inteiro com a entonação correta para a boa apreensão
da história.
03. Copie numa folha de caderno o primeiro parágrafo do texto, observando como são escritas as palavras. Faça as
divisões silábicas necessárias corretamente. (Depois de acabar o tempo marcado para a tarefa, o professor deverá
fazer um troca-troca de cadernos entre os alunos, para que cada um releia o parágrafo transcrito pelo colega e
veja se houve algum erro ou esquecimento.)
04. Já com sua folha de volta, retire desse mesmo parágrafo as palavras que têm “rr” ou “ss” e apresente a divisão
silábica delas.
05. Reescreva o 2º e o 4º parágrafos, apresentando as falas com outro tipo de marca gráfica.
06. Agora, transcreva, abaixo, o que se pede:
a. a frase que caracteriza que a lebre duvida da capacidade da tartaruga.
b. a frase que deixa clara a confiança da lebre em sua vitória.
c. As duas palavras, presentes no primeiro parágrafo, que põem, em situações contrárias, a lebre e a tartaruga, quanto
à sua capacidade de correr.
07. Identifique na fábula:
a. a apresentação
b. a complicação
c. o clímax
d. o desfecho
08. Explique o significado da moral da história.
09. Indique que tipo de narrador conta a história.
10. Observe a frase abaixo, retirada da fábula de Esopo:
“A corrida começou e, na mesma hora, claro, a lebre passou à frente da tartaruga”. (l. 5-6)
Que palavra usada pelo narrador nesse trecho confirma o pensamento da lebre presente no 2º parágrafo?
Aula 2
Hoje vamos ler outra fábula, mas vamos encontrar semelhanças com a lida anteriormente. Aproveite a leitura
que deverá ser feita, colocando um aluno para representar cada personagem e outro para ser o narrador. A
leitura deverá ser feita duas ou três vezes e o professor irá orientá-los quanto à entonação.
TEXTO II
O sapo e o coelho
Câmara Cascudo
1
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O coelho vivia zombando do sapo. Achava-o preguiçoso e lerdo, incapaz de qualquer agilidade. O sapo
ficou zangado:
– Quer apostar carreira comigo?
– Com você? – assombrou-se o coelho.
– Justamente! Vamos correr amanhã, você na estrada e eu pelo mato, até a beira do rio...
O coelho riu muito e aceitou o desafio. O sapo reuniu todos seus parentes e distribuiu-os na margem
do caminho, com ordem de responder aos gritos do coelho.
Na manhã seguinte os dois enfileiraram-se e o coelho disparou como um raio, perdendo de vista o sapo
que saíra aos pulos. Correu, correu, correu, parou e perguntou:
– Camarada sapo?
Outro sapo respondia dentro do mato:
– Oi?
O coelho recomeçou a correr. Quando julgou que seu adversário estivesse bem longe, gritou:
– Camarada sapo?
– Oi? – coaxava um sapo. Debalde o coelho corria e perguntava, sempre ouvindo o sinal dos sapos
escondidos. Chegou à margem do rio exausto, mas já encontrou o sapo, sossegado e sereno, esperando-o. O
coelho declarou-se vencido.
CASCUDO, Luís da Câmara. Os compadres corcundas e outros contos brasileiros.
Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 88.
11. Você lembra que no texto anterior as falas eram apresentadas de uma forma diferente destas? Qual a diferença?
12. Reescreva esta fábula, seguindo o estilo de fala do texto anterior. Faça as adaptações necessárias, mas observe as
marcas de parágrafo e as divisões de sílabas que forem necessárias. Depois, façam, de novo, um troca-troca de
cadernos para que um leia a cópia do outro colega e corrija.
13. Em: “(...) e distribuiu-os na margem do caminho (...)” (l. 6), a quem se refere a palavra “os”?
14. Pelo que vemos da história “O sapo e o coelho”, o sapo realmente venceu a corrida? Explique.
15. Que atitude do sapo poderia ser questionada pelo coelho se este tivesse conhecimento dos fatos?
16. Transcreva do primeiro parágrafo a palavra que representa o sentimento que levou o sapo a desafiar o coelho.
17. Correlacione a primeira e a segunda colunas, segundo as informações contidas em cada item, de acordo com o
texto.
a. Apresentação
(
) O sapo desafia o coelho.
b. Conflito
(
) O Coelho já correu muito.
c. Clímax
(
) O sapo parece ser o vencedor para o coelho.
d. Desfecho
(
) O coelho se considera mais ágil que o sapo.
Agora vamos pensar na relação dos dois textos até agora lidos: as fábulas “A tartaruga e a lebre” e “O
sapo e o coelho”.
18. A fábula, como um gênero textual, obedece a algumas regras. Percebemos, no entanto, que falta, pelo menos,
uma característica comum a uma fábula no texto “O sapo e o coelho”, de Câmara Cascudo. Identifique-a.
AULA 3
Que tal você também criar uma fábula? É muito divertido. Hoje vamos ler uma fábula escrita por dois colegas
do CMRJ. Eles estavam no 6º ano em 2012. Aproveite a leitura que também deverá ser feita, colocando um aluno
para representar cada personagem e outro para ser o narrador. A leitura deverá ser feita duas ou três vezes e o
professor irá orientá-los quanto à entonação.
TEXTO III
A tartaruga e a lebre
Scafutto e Damaso
(alunos do 6º ano do CMRJ/2012)
1
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Certa vez no bosque a lebre estava se exibindo de como era rápida:
– Eu sou mais rápida que vocês! – dizia a lebre.
Escondida no meio dos animais, uma tartaruga disse com coragem:
– Eu desafio você a correr.
– Você, uma tartaruga lenta? Vou ganhar fácil! – gabou-se a lebre.
– É o que veremos! – disse a tartaruga.
Chegou o dia da decisão da grande corrida! Os corredores estavam prontos para largar.
– Você já era! – falou a lebre.
– Chega de papo. Vamos correr! – respondeu a tartaruga.
Quando começou a corrida, a lebre jogou areia na cara da tartaruga.
– Adios, mané! – disse a lebre.
– Não consigo ver!!! Quando eu achar aquela desgraçada, ela vai ver!
Longe dali, a lebre achou um atalho por onde passou por uma fazenda de cenouras.
– Meu Deus! Quanta cenoura! Vou dar uma parada...
A lebre comeu tanto, que dormiu. A tartaruga, que continuou passo a passo, se aproxima da linha de
chegada. Quem ganhará?
Depois de um tempo, a lebre acordou e viu a tartaruga passando a linha de chegada.
– Nãooooo!!!!! Eu perdi!!! – disse a lebre.
– Minha amiga, viu só? Não fique se exibindo. – falou a tartaruga.
Moral: Com humildade se chega longe.
Versão criada durante uma aula no CMRJ, pelos alunos Scafutto e Damaso, da turma 604, agosto de 2012.
19. Essa fábula é uma versão de outra fábula. Explique com suas palavras o que é isso.
20. Identifique, a partir desse texto, as partes do enredo e os elementos da narrativa que se pedem a seguir. Não
transcreva nem aponte. Exponha com as suas palavras.
a. a situação inicial
b. o conflito
c. o espaço onde se passa a história
d. o tipo de narrador
21. Nesse texto, é possível identificar uma frase que caracteriza o momento do clímax. Que frase é essa?
Transcreva-a.
22. Você observou que nesse texto há várias exclamações? O que as frases exclamativas representam no modo de
falar das personagens?
23. Transcreva do texto
e. uma frase declarativa.
f.
uma frase interrogativa.
g. uma frase imperativa.
24. As marcas gráficas são muito importantes em um texto. O que a palavra ‘não’, representada em “Nãooooo!!!!!”
(l. 17) nos indica quanto a fala da personagem?
25. Esse texto foi escrito de acordo com a variedade padrão da língua ou segundo uma outra variedade? Por quê?
Agora que nessas aulas lemos três textos, responda aos itens abaixo tendo como base a fábula “A tartaruga
e a lebre”, de Esopo e a versão de alunos do CMRJ.
26. A moral do texto III serviria para o texto I? Por quê?
27. O sentimento que levou a lebre a interromper a corrida é o mesmo nos textos I e III. Os fatos que a distraíram, no
entanto, são diferentes.
a. Que sentimento é esse?
b. Que fatos foram esses?
28. Quem lança o desafio no texto I é a mesma personagem do texto III? Justifique.
29. Os textos I e III são fábulas em sua totalidade. Assinale a única alternativa em que a fábula é corretamente
caracterizada.
A. ( ) É um texto narrativo em que animais falam e que contém um ensinamento.
B. ( )
É um texto que descreve os animais vivendo em seu habitat natural.
C. ( )
É um texto narrativo com final engraçado, sobre fatos do cotidiano.
D. ( ) É um texto que conta um fato acontecido em um passado próximo.
Agora, para essa questão você precisa da versão dos alunos e o texto II, “O sapo e o coelho”.
30. Reescreva os trechos abaixo, substituindo a palavra destacada por um vocábulo ou expressão sinônima que
caiba realmente no contexto.
a. “Bem que a lebre se levantou e saiu zunindo (...)” (Texto I, l. 12)
b.
“O coelho vivia zombando do sapo” (Texto II, l. 1)
c. “Achava-o preguiçoso e lerdo (...)” (Texto II, l. 1)
d. “– Quer apostar carreira comigo?” (Texto II, l. 4)
e.
“(...) já encontrou o sapo, sossegado e sereno, esperando-o” (Texto II, l. 16)
f.
“(...) a lebre estava se exibindo de como era rápida” (Texto III, l. 1)
g.
“Gabou-se a lebre” (Texto III, l. 5)
h.
“Chega de papo.” (Texto III, l. 9)
i.
“Com humildade se chega longe” (Texto III - moral)
TEXTO IV
Retirado de http://sustentabilizando.wordpress.com – em 09 de dezembro de 2009.
31. A tira acima mostra Calvin e uma colega de turma discutindo.
a. Em que a discussão deles se assemelha à fábula de Esopo (texto I)?
b. Transcreva o trecho da tira que demonstra a derrota de um dos personagens. Explique.
TEXTO V
Retirado de Delmato e Castro in: Português: ideias & linguagens.
6º ano, 13ª ed. reform. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 113.
32. A charge acima exige conhecimento de mundo do leitor (conhecer a fábula que envolve esses personagens e
saber o que é “banda larga”, informação que pertence aos noticiários e propagandas atuais).
Com base nisso, explique por que o coelho diz que a tartaruga instalou banda larga.
TEXTO VI
Retirado de SARMENTO, Leila Lauhar. Português: leitura, produção, gramática. 3ª ed., São Paulo: Moderna, 2009. p. 183.
Sobre os textos I (a fábula de Esopo) e VI (a tira acima), responda:
33. A tirinha acima mostra uma ilustração baseada na fábula de Esopo. Que sentimento presente no pensamento da
lebre lá no texto I não transparece na imagem do bichano acima?
TEXTO VII
Mauricio de Sousa. Leia a HQ completa aqui:
http://www.monica.com.br/comics/fabulas/pag4.htm
34. Percebe-se, nesse trecho destacado da HQ de Mauricio de Sousa, que houve uma aposta para a corrida.
a. Quem apostou?
b. O que se apostou?
35. O tom de voz de Bidu, no 3º quadrinho, é semelhante ou diferente do tom de voz da lebre no 4º quadrinho?
Explique a partir das marcas gráficas do texto.
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