1 de Março de 2014 | edição 712
Carnaval 2014 promete fazer história em Paraíso
Manoel Ribeiro dos Santos
Por Heloisa Rocha Aguieiras
As escolas de samba de Paraíso
passaram esta semana correndo, e
muito, para colocar hoje, sábado, (01/
3), um belo desfile na avenida, ou melhor, na rua Pimenta de Pádua, na Praça
Comendador José Honório (Praça da
Matriz). São quatro escolas – Minas
de Ouro, Mocidade Alegre, Pérola
Negra e Unidos do Alto - e mais três
blocos – Boi Bumbá, Botina Veia e
Potinha, só Alegria.
Os barracões estiveram com costureiras e foliões trabalhando quase
que 24 horas para aprontar fantasias,
alegorias e carros alegóricos para a
apresentação, que começa às 20h
(veja abaixo a programação do Carnaval e ordem do desfile).
O presidente da Associação Folclórica das Escolas de Samba de São
Sebastião do Paraíso (Afessp),
Heraldo Bícego, disse que “o carnaval desse ano vai ficar na história de
Paraíso. Visitei barracão de escola e
A ordem do desfile das
Escolas de Samba
Dia 01/03 – Sábado
20h - Abertura oficial da festa
21h – Escola de Samba Pérola Negra
Bloco Potinha, só Alegria
Escola de Samba Minas de Ouro
Bloco Boi Bumbá
Escola de Samba Unidos do Alto
Bloco Butina Veia
Escola de samba Mocidade Alegre
Dia 02/03 – Domingo – 21h
Bloco Butina Veia
Escola de Samba Mocidade Alegre
Bloco Boi Bumbá
Escola de Samba Unidos do Alto
Bloco Potinha, só Alegria
Dia 03/03 – Segunda-feira – 21h
Bloco Potinha, só Alegria
Escola de Samba Pérola Negra
Bloco Boi Bumbá
Escola de Samba Minas de Ouro
Bloco Butina Veia
EM GUARDINHA
Dia 01/03 – Sábado
Banda 3 RE
DJ
Dia 02/03 – Domingo
Dupla Pedro Henrique e Paulo César
DJ
Matinê para crianças a partir das 15h com
MC Dinelsinho
Dia 03/03 – Segunda-feira
Dupla Elvis e Marcos
DJ
As pessoas costumam exagerar em bebidas alcoólicas e também saem da rotina em
relação à alimentação no período carnavalesco. Muitos desconhecem o quanto isso
pode ser prejudicial ao organismo e ficam
sem poder aproveitar o melhor que a folia
tem, a diversão.
A nutricionista e especialista em terapia
nutricional, Nayra Bergamo, explica que bebidas alcoólicas podem até relaxar em um
primeiro momento, mas dependendo da quantidade e do teor alcoólico no sangue pode
haver perda de reflexos e alteração de memória.
A especialista também alerta para a relação direta que há entre quantidade de álcool
e quantidade de comida. “Se a pessoa bebe
de estômago vazio, a absorção é muito maior e o estrago também. O álcool irrita a
mucosa estomacal e, em poucos minutos,
pode causar azia, queimação e dor de cabeça”.
A resseca é um sinal de intoxicação do
organismo pelo consumo exagerado do álcool, geralmente segue um quadro de desidratação e não é pouco comum nos dias de Carnaval.
Nayra diz que “a melhor opção para
amenizar os efeitos da ressaca é ingerir líquidos em grande quantidade, sendo a água a
com joias e muito dinheiro.
Ainda recomenda que cuide do
meio ambiente, evite atividades em
água quando não souber nadar e quando tiver acabado de se alimentar e alerta para que motoristas não ingiram
bebidas alcoólicas.
A PM finaliza dizendo: “Se cuide e
ame esta cidade! A gente que vê-lo de
novo no próximo carnaval. O bloco
da PM está na rua e o nosso samba
enredo é a paz social!”.
OBS: A ordem citada das escolas
de samba obedece a alfabética.
MINAS DE OURO
Sonhar não custa nada
MOCIDADE ALEGRE
Amazônia Valente
Guerreira, Clareia
a Beleza de sua
Fauna e Flora
De: André Cruvinel
O prefeito Reminho entrega chave da
cidade ao Rei Momo e rainha do Carnaval
nunca vi algo assim na cidade, alegorias muito bem acabadas, carros alegóricos muito criativos. A iniciativa
dos carnavalescos mostra que farão
uma festa acima das expectativas”,
disse ele.
Para Heraldo, o fato de voltar a
competição entre as escolas promoveu
um incentivo a mais para fazerem um
belo desfile. “Estimulou uma disputa
intensa e quem ganha com isso é o
público, afinal tudo o que se faz bem
feito gera resultados positivos”.
Heraldo também elogiou a estrutura que a Prefeitura montou para este
ano. “A estrutura que foi montada na
Praça também é de primeira e a comunidade vai sair ganhando com comodidade, beleza e muita animação,
tenho certeza”, disse o presidente da
Afessp.
Outra novidade do Carnaval 2014
é a folia no distrito de Guardinha, que
também começa hoje, com participação dos blocos Pinga ni mim, Cowboy
Folia, Fundão da Guardinha e Vida
Ativa.
O prefeito Rêmolo Aloise entregou
as chaves da cidade ao Rei Momo
Miguel Siqueira Filho e à Rainha Natália Aparecida Rodrigues Chaves, na
quinta-feira passada (27/2), em seu
gabinete, na Prefeitura.
REGULAMENTO
A Afessp divulgou o regulamento
do Carnaval. Serão dez jurados, um
para cada quesito, sendo alegorias e
adereços, bateria, carros alegóricos,
comissão de frente, música e letra do
samba enredo, enredo, conjunto e
evolução, fantasias, mestre sala e porta bandeira, segundo e terceiro casal
de mestre sala e porta bandeira.
A planilha para anotar a notas vem
com orientações, em cada quesito
desses, sobre o que o jurado deve se
atentar para dar a sua nota, sendo através de uma pergunta, com a alternativa sim ou não. Por exemplo, o quesito samba enredo possui a pergunta
“o samba enredo foi bem apresentado?”, com respostas para o jurado
escolher entre sim ou não.
A pontuação será computada diante do número de respostas “SIM”,
sendo uma equivalente à nota 6; dois
“SIM” gera nota 7; três equivale à nota
8; quatro “SIM” vai levar nota 9 e cinco é nota 10. Não havendo nenhuma
resposta “SIM”, a nota dada será a
mínima, ou seja 5.
A apuração será na terça-feira, (04/
03), a partir das 16h, na Câmara Municipal. A premiação será em forma
de trofeu.
SEGURANÇA
A Polícia Militar e a Guarda Municipal afirmam, vão trabalhar os quatro dias de folia com todos os seus
contingentes que, somados, totalizam
mais de 200 homens nas ruas da cidade. A PM fornece dicas de segu-
Carnaval e calor requerem cuidados
extras com a alimentação
Por Heloisa Rocha Aguieiras
rança para quem vai viajar e também
para aqueles que vão pular o Carnaval. Para a segurança da casa a polícia recomenda a instalação de dispositivos que dificultem a ação de ladrões, usar cadeados, não deixar luz
acesa durante o dia.
Evitar bebidas alcoólicas para
não ser presa fácil para os ladrões,
ficar longe de aglomerações, onde
é mais comum acontecer brigas e
confusões, não passar por lugares
despovoados e escuros, principalmente de madrugada e não andar
melhor opção, mas água de coco e sucos de
frutas também são boas opções. “A água de
coco natural é rica em potássio e possui
albuminas para o sangue. Isso faz uma
reidratação rápida”.
Os sucos naturais, feitos na hora, assim
como as frutas in natura também são ótima
forma de amenizar os efeitos da ressaca.
“Aproveite para misturar frutas variadas e
colocar um legume como beterraba ou cenoura, e até uma verdura escura, para aumentar o valor nutricional e a quantidade de
vitaminas, sem pesar”, ensina.
Dicas importantes para quem pretende cair na folia
Nayra Bérgamo ensina a melhor maneira
de se alimentar para enfrentar o esforço físico da folia e as altas temperaturas.
- Faça no mínimo quatro refeições por
dia;
- Controle o consumo de alimentos gordurosos, frituras, salgadinhos;
- Prefira as carnes brancas e magras, grelhadas, assadas ou cozidas, que contêm menos gordura e são mais fáceis de serem
digeridas;
- Consuma frutas, verduras e legumes,
para que você esteja em dia com a ingestão
de antioxidantes, vitaminas e sais minerais;
- Sobremesas refrescantes são ótimas
opções. Prefira sempre frutas, gelatinas, sor-
vete de frutas ou compotas geladas;
- Beba de dois a três litros de água diariamente. Consuma também sucos de fruta,
água de coco e isôtonicos, antes, durante e
depois da folia.
Confira abaixo o cardápio montado para
um dia de folia e de calor
Café-da-manhã:
1 copo de suco natural de laranja e abacaxi ou abacaxi e hortelã.
2 fatias de pão integral
2 fatias de queijo branco
Lanche da manhã:
Salada de frutas ou mix de castanhas e
frutas secas
Almoço: - Arroz branco ou integral
- Feijão cozido ou lentilhas
- Salada de folhas verdes e legumes variados cozidos
- Filé de frango ou peixe grelhado.
Sobremesa: 1 Fruta (abacaxi ou laranja)
Lanche da tarde: Água de coco e 1 fruta
ou barrinha de cereal ou suco desintoxicante:
2 fatias de abacaxi, 1 maçã, 1 pedaço pequeno de gengibre, pedras de gelo, bata tudo no
liquidificador e consuma em seguida.
Jantar: Sanduíche de pão integral com alface, tomate, cenoura ralada, frango ou atum.
Suco de uva
Sobremesa: gelatina
(Eu sonhei)
Eu sonhei que lá pras bandas das Arábias...
Era um sheik num palácio, um harém
Dourado e odaliscas aos meus pés...
Me senti como Aladim,
E que o mundo era só meu...
Tão feliz com os desejos que o bom
Gênio concedeu...
Tão feliz com os desejos, que o bom
Gênio concedeu...
Ôooooo ooooooo, sonhar não custa nada, eu
Sonho mesmo sim senhor...
A vida é feita dos sonhos, é a arte da
Inspiração...
Quem espera sempre alcança, escute a
Voz do coração (Refrão – 2 vezes)
Basta pedir pra receber...
Que os cosmos conspiram a favor do
Querer...
Pra estrela cadente eu vou perguntar...
Se o meu desejo vai se realizar...
Adrentrar na floresta dos elementais...
No reino das fadas que nos trazem a
Paz...
São seres tão puros, cobertos de luz...
Da cor tão vibrante que atrai e seduz...
Vem colombina, abraçar o seu pierrôt
Que esse mundo tá precisando de mais
Amor...
Infinito ou passageiro, mas
Verdadeiro!!!
E a Minas de Ouro vem sonhar também,
Pois não custa nada sonhar com o
Bem...
(Refrão – 2 Vezes)
PÉROLA NEGRA
Não se avexe , hoje a
Perola e Nordeste
Carlinhos Margarida e Denilson de Paula
Eu vim lá das bandas do sertão
Com sangue azul da realeza a me guiar
O chão rachado,rabiscado em poesia
“Vixi” Maria Sol e lua a enfeitiçar
Lendas e crendices na prosa contei
No Velho Chico com carrancas espantei
Bumba meu boi, reisado,
Maracatu,ta encarnado e popular
Sustanças que enfastiam o paladar
No barro a criação alumiar
(BIS)
Vem pro bando da alegria,vem pro baião Esse
xote ta danado,viva o sertão
Toca sanfona hoje vou “forrozear”
Atrás do trio que eu vou me acabar
Óh meu “padim pade ciço”
Dessa gente festeira
Peço a sua proteção
A cada um com sua raça e sua fé
Esse axé que toca a alma é bênção
Nas escadas do senhor do Bonfim Batalhas
venci
Retorno a minha terra, o destino se faz Num
se avexe nunca te esqueci
Reino encantado de amor e paz
(BIS)
Minha comunidade é cabra da peste Oxente
o Nordeste arretou meu coração
Sou cangaceiro azul e branco Pérola Negra
eu sou Bate em meu peito meu amor ao pavilhão
Valente, guerreira
A Mocidade chegou, vai levantar poeira
Com muito orgulho, sou Mocidade
Eu sou a força da comunidade
(Duas vezes o refrão)
O samba verdadeiro vai passar
É tradição que faz emocionar
Despertando a consciência
Um mundo melhor eu posso sonhar
Da Amazônia e suas riquezas
O homem e a natureza
Da pátria amada mãe gentil
A fauna e flora reluziu
Essência do nosso tesouro
Beleza que faz a vida melhor
Em cada rio, uma historia pra contar
Avante, família!
A nossa Amazônia não pode acabar
É a união das massas, vou erguer a taça
Pra comemorar!
É fonte pra vida, clareia
Clareia nosso preservar
Em nosso dia a dia a diversidade
Num banho de felicidade
(Repete três vezes)
UNIDOS DO ALTO
No imaginário de um
povo, fica o dito pelo não
dito... Ditos populares
De: Neto
Gira baiana pra lá, gira baiana pra cá, vem
nesse samba se contagiar
Lê e relê e trelelê, um pingo só é letra para
quem sabe lê
(Repete duas vezes)
(Eh Malandro)
Eh malandro quem avisa amigo é...
Mais vale um pássaro na mão que dois voando...
Então não tire o seu boné... (eh malandro)
Eh Malandro quem avisa amigo é...
Nem tudo que reluz é ouro...
E na Unidos eu boto fé ...(água mole)
Água mole em pedra dura, tanto bate até que
fura
Eh canto com muito amor, hoje é da caça
amanhã do caçador
(oi bate...bate)
Bate...bate bateria, essa é sensacional...
E como diz o nosso ditado, eu mato a cobra
e mostro o pau...
Refrão
Gira a baiana pra lá, gira a baiana pra cá, vem
nesse samba se contagiar
Lê e relê e trelelê, um pingo só é letra pra
quem sabe lê...
(Repete duas vezes)
(e quem tem boca)
E quem tem boca vai Roma, escute eu vou
lhe falar...
Aqui se faz aqui se paga melhor prevenir
que remediar...
(oi falar)
Falar é prata, calar é ouro...diz o ditado popular...
A união faz a força...ajuda que Deus te ajudará...
Refrão
Gira a baiana pra lá...gira a baiana pra cá vem
nesse samba se contagiar
Lê e relê e trelelê, um pingo só é letra pra
quem sabe lê...
Jornal do Sudoeste
página 2
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
1 de Março de 2014
por Gérson Peres Batista
Entrevista ao site P4R
– Parte 2 –
Xadrez Educa
A seguir segunda parte da entrevista concedida pelo professor paraisense Gérson Perse
Batista (foto) ao site www.p4r.com.br, do enxadrista Eduardo Esber de Itajubá/MG.
5- Grandes jogadores já nascem com um talento especial que os faz jogarem bem desde
pequenos ou esse talento pode ser adquirido com
treinamento? Em outras palavras, pode alguém
que aprendeu a jogar Xadrez depois de adulto se
tornar um Grande Mestre Internacional?
O talento é um fator que acelera o rendimento. Da mesma forma o é a questão intelectual.
Alguém talentoso e/ou inteligente assimilará
conteúdos de Xadrez em um tempo menor do
que alguém com menos aptidão ou com uma inteligência menos privilegiada. Talento e inteligência então ajudam a cumprir mais rapidamente
etapas do desenvolvimento enxadrístico. Eu acredito muito no poder do trabalho. Alguém que
decida seriamente ser um mestre de
Xadrez e se esforce constantemente para esse
fim (jogando torneios e estudando a teoria do
jogo), com certeza atingirá pelos menos o nível
de MN ou MF. Já para ser MI ou GM penso que
o interessado deva ter outras habilidades que
não só a questão da vontade e do trabalho.
Lidei com alunos com uma memória prodigiosa (quase fotográfica), com uma habilidade ímpar para calcular, com sentido apurado para encontrar planos (mesmo em posições bastante
complexas)... Esses alunos então seriam candidatos naturais para chegarem a MI ou quiçá a
GM se trabalhassem por vários anos para atingir
estes níveis. Eles têm uma aptidão a mais para o
Xadrez que a maioria dos jogadores e isso é um
diferencial.
6- Em sua opinião, quem pode ser considerado o maior enxadrista de todos os tempos e por
quê?
Fala-se muito em quem foi o melhor enxadrista da história, mas penso que não há uma resposta lógica para essa questão. Isso porque não
é possível mensurar a qualidade dos jogadores
em momentos históricos diferentes, onde os adversários e as condições são distintas.
Uma análise para apontar o melhor enxadrista sempre cairá então num campo subjetivo, além
do aspecto da preferência de quem está avaliando. Eu, por exemplo, sou um enxadrista de estilo
tático-combinatório, por isso ao me perguntarem sobre o melhor jogador de todos os tempos
me vem à mente Mikhail Tal, do qual sou fã incondicional pela forma como ele conduzia suas
partidas.
Alguém que tenha sido campeão mundial refletiu o melhor daquele momento. Colocá-lo num
comparativo com outros campeões mundiais
sempre haverá desigualdade de forças na balança.
7- Você acha que houve alguma evolução no
Xadrez que é jogado hoje comparado com o que
era há algumas décadas? O que basicamente
mudou no jogo dos campeões de antigamente
para o jogo dos campeões de hoje?
Entrevista concedida a Adriano Rosa
Oriane Soares
de Paula e Silva
Prof. Gérson Peres Batista:
O Xadrez a cada dia está se afastando da
condição de jogo e se aproximando de ciência.
Sem estudar Xadrez seriamente é muito pouco
provável que o jogador, ainda que talentoso,
obtenha sucesso nos dias atuais.
Essa condição de estudo para aprimorar o
nível técnico nada mais é do que o lado científico do Xadrez se sobrepondo ao caráter desportivo e artístico, tornando-se condição primeira
para se atingir a excelência na modalidade.
Hoje está mais difícil ganhar o ponto do adversário, pois a informática socializou o conhecimento e fez subir a média de força dos jogadores.
Nos meus primeiros anos de jogador – há
pouco mais de duas décadas – até a metade do
torneio ganhávamos relativamente fácil dos adversários. Hoje, vemos mestres empatando ou
mesmo perdendo na primeira rodada.
A informação agora está disseminada, não
havendo uma distância tão gritante entre um
amador e um profissional da área.
Temos acesso a aulas com mestres, livros
atuais, vídeos sobre temas específicos, testamos nosso repertório contra fortes jogadores...
e tudo de dentro da nossa casa mesmo, pelo
computador. Quando o jogador estudioso chega ao torneio ele está preparado, pois tudo que
é preciso para crescer no Xadrez está disponível para ele.
Vejo evolução sim no Xadrez e ela aconteceu forçosamente por meio da informática. No
nível mais alto, na elite do Xadrez mundial, isso
também foi sentido. O jogador estuda muito mais
hoje para ter os mesmos resultados de outrora.
O nível entre os Top GMs igualou ainda mais e é
preciso muitas horas ao dia de treinamento para
tentar desequilibrar as partidas. O aprofundamento do conhecimento técnico é a marca do
Xadrez moderno!
e-mail: [email protected]
SERGIO MAGALHÃES
Hegemonia ameaçada
EFE
De problema para problema, a Red Bull andou pouco na pré-temporada
e tem sua hegemonia de quatro títulos consecutivos ameaçada
Havia uma chance de brecar o domínio da
Red Bull. O regulamento. E está acontecendo. A
equipe austríaca pula de problema para problema com dificuldades muito complexas, nas palavras do consultor Helmult Marko, e que precisa ser resolvido em conjunto com a Renault.
Ah, a Renault! Como escrevi semana passada era a fabricante de motor que mais sofria
com sucessivas quebras e continua sendo. A
situação é tão caótica que se o campeonato
começasse hoje os carros empurrados por suas
“unidades de potência” (é assim que os motores estão sendo tratados) correriam sério risco
de não se classificar para a largada do GP da
Austrália por falta de velocidade. Kamui
Kobayashi, piloto da Caterham, disse que os
motores Mercedes são cerca de 30 km/h mais
rápidos de reta e tamanha diferença de velocidade final permite diferentes pontos de freada.
Na soma das duas primeiras baterias de
testes, Jerez e Bahrein, um resultado bizarro
entre as equipes empurradas pelos Renault: a
nanica Caterham foi a que mais andou, 329 voltas, 1.705 km. Deixou a poderosa Red Bull na
poeira com apenas 137 voltas, 719 km.
E não se trata de esconder o jogo. Longe
disso até porque está é uma pré-temporada
atípica, em que todo mundo tenta desvendar os
segredos do desconhecido. E as equipes com
motores Mercedes abriram larga vantagem contra as de Renault e de Ferrari. No balanço dos 8
dias de testes, os times da montadora alemã
(Mercedes, McLaren, Williams e Force India)
completaram 2.022 voltas, 10.081 km com raras quebras isoladas. As de Ferrari (Ferrari,
Sauber e Marussia) deram 1.000 voltas, 4.975
km, e as de Renault (Red Bull, Lotus, Toro Rosso
e Caterham) 770 voltas, 4.018 km.
A Renault está muito atrasada no desenvolvimento de seu propulsor e tem apanhado dos
softwares e no armazenamento de energias
cinéticas captadas do calor dos freios traseiros
e dos gases do escapamento, respectivamente energias calorífica e elétrica que são transformadas em potência para o motor V6 turbo. A
Red Bull é a mais atingida pelos problemas da
Renault porque Adrian Newey tem como filosofia de trabalho aproveitar cada milímetro do carro. Sempre foi assim em todos os seus projetos na Fórmula 1, e com tantos novos componentes, Newey “espremeu” tudo que podia na
concepção do RB10 e o resultado é um grave
problema de refrigeração que tem feito a
tetracampeã andar tão pouco na pré-temporada.
O cenário aponta a equipe Mercedes como
forte candidata a vencer corridas no início do
campeonato. É disparada a que mais andou
até o fechamento desta coluna, 624 voltas, 3.072
km. A McLaren veio na balada com 541 voltas,
2.685 km. A escuderia de Felipe Massa vai bem,
a Williams completou 498 voltas, 2.522 km.
Alonso e Raikkonen percorreram 538 voltas com
a Ferrari, 2.664 km.
Aquele impacto causado pela esquisitice dos
carros de Fórmula 1 passou. A gente acostuma.
O que todos estão de olho é no desempenho de
cada um. A pré-temporada termina amanhã no
Bahrein e carro na pista agora só na sexta-feira
nos primeiros treinos livres para o GP da Austrália, dia 16 de março. Quem andou, andou, quem
não andou vai para Melbourne no escuro e cheio
de problemas para resolver.
BLOCO DE NOTAS
>> Enquanto Simona de Silvestro é preparada para correr em 2015, Susie Wolff vai quebrar
o hiato de 22 anos desde a última participação
feminina na Fórmula 1 com Giovanna Amatti,
em 1992. Susie fará dois treinos livres de sexta-feira com a Williams nos GPs da Inglaterra e
da Alemanha.
>> Felipe Nasr tem por contrato a garantia
de correr caso alguns dos titulares da Williams,
Massa e Bottas, não possam participar de algum GP. Nasr estará em todas as corridas e vai
participar de cinco sessões de treinos livres de
sexta-feira.
>> Jacques Villeneuve (43) vai disputar as
500 Milhas de Indianápolis. Foi nesta prova, em
95, que o canadense projetou de vez seu nome
no automobilismo que acabou levando-o para
a Fórmula 1 onde seria campeão em 97.
De professora à advogada, atuando na Defensoria Pública
e no poder Executivo, a vida da entrevistada desta semana
é simples – como ela mesma define, mas rica de passagens
e lembranças que guarda com entusiasmo em seu coração!
Hoje aposentada, continua exercendo sua profissão, mas dedica
um tempo maior para si mesma e para as viagens que adora fazer!
A seguir um pouco de Oriane Soares, uma mulher
que vive em alegria, é flexiva e adaptada às mudanças.
Inicialmente, onde você
nasceu e como foi a sua infância?
Nasci aqui mesmo em Paraíso, há 52 anos. Tive uma infância muito feliz, protegida,
pai, mãe, avó materna morando
junto, três irmãos menores, casa
confortável, sem qualquer luxo,
mas de mesa farta, convivendo
com muitos amigos e primos. Férias na fazenda da avó paterna,
com direito a bolinho de chuva,
biscoito de polvilho frito, carne
de porco na lata e frango na panela de ferro. Brincadeiras na rua,
tombos de balanço, banhos de
chuva, subidas em árvores,
ralação de joelhos, comer fruta no
pé, ainda verde. Até o gosto das
frutas hoje é diferente. Maçã argentina, só via quando ficava
doente. E ainda guardava o papelzinho roxo, onde ela era embrulhada, para continuar sentindo o
perfume mais tempo. Minha avó
era costureira e tínhamos duas
trocas de roupa de passeio: cada
domingo ia à missa com uma, trocando no seguinte, na maior felicidade. De calçados, apenas um
chinelo havaianas (que nessa
época não era grife), que teimava
em arrebentar e era consertado
com um grampo, um sapato pra
passear e um tênis (que se chamava Conga) para ir à escola.
Antes do natal, um passeio obrigatório, a bordo de um Fusca
branco, 69, a Ribeirão Preto/SP.
Era a viagem do ano, com direito
a bauru e guaraná no Pinguim! Na
volta, parada obrigatória em
Batatais ara comprar abacaxi e
melancia, tão doces como só podem ser os sonhos de criança.
Depois da escola, a fuga para o
consultório de um médico vizinho,
para ler os livros de história que
seus netos esqueciam na sala de
espera, até que minha mãe dava
pelo sumiço e ia me resgatar. Ficava horas e horas viajando na
imaginação. Vida simples. Aconchego. Tempos felizes.
E sua família, Oriane? Falenos um pouco sobre seus pais.
Sou imensamente grata à minha família. Meu pai foi um homem ímpar, uma influência muito
positiva em minha vida. Era um
homem muito rígido, mas, ao mesmo tempo, muito amável, não no
sentido de expressar esse amor –
era muito reservado, mas de empenhar-se muito para que os filhos tivessem uma vida melhor
que a dele, repassando valores
com atitudes, exemplos. Foi a
pessoa mais honesta que já conheci na minha vida! E trabalhou
por mais de 65 anos como motorista, transportando leite, diariamente, sem qualquer dia de descanso. Um homem essencialmente bom que, ao partir, deixou muita
saudade... Sempre dizia que a maior herança que um homem pode
deixar para os filhos é um nome
limpo. E foi o que fez. Minha mãe é
uma mulher forte (embora pense o
contrário), super protetora, sempre
esteve ao lado do meu pai, apoiando-o em tudo. Excelente cozinheira, tem sempre um café e um
quitute para agradar quem vai
visitá-la. Mulher de fibra, que tem
na família seu refúgio. Tive três irmãos, mais novos: Erlane, que herdou a profissão do meu pai; Suzi,
que foi professora no Pingo de
Gente por muitos anos e partiu repentinamente há dois anos; e Silvia, que também é professora e
minha grande companheira.
E onde você estudou e se formou? Que recordação guarda
desta época?
Cursei os primeiros anos escolares no Noraldino Lima, aonde posteriormente cheguei a lecionar. O 1º e 2º graus fiz no Colégio Paula Frassinetti, onde cursei
o magistério e onde tenho orgulho de dizer que cultivei grandes
amizades, que mantenho até hoje.
Eram tempos de sonhos, de vontade de mudar o mundo, de fazer
a diferença! De lá, saí direto para
a Faculdade de Direito de Franca,
onde me formei em 1982.
E sua adolescência, Oriane?
Como foi? Muitas paqueras e sonhos para o futuro?
Anos 80. Período de significativas mudanças e de novos
ordenamentos no quadro político brasileiro, com o início do processo de abertura política, após
longo período de ditadura militar,
possibilitando o surgimento de
novas organizações da sociedade civil e da sociedade política.
Nós, jovens, assistíamos ao
surgimento de novos atores no
cenário político e social, através
de organização de sindicatos, associações científicas e comunitárias, novos partidos políticos e
organizações não governamentais (ONGs) que começavam a
desenvolver ações que não eram
assumidas pelo Estado. Enquanto isso, nossa preocupação adolescente, nesta pequena cidade
do interior, era concluir o 2º grau
e, de qualquer forma, ter acesso à
faculdade. Grande sonho. E para
isso, estudar e estudar. Acho que
fui boa aluna. Recordo-me com
muita saudade das tardes de estudo, cada dia na casa de uma
amiga (éramos oito: eu, Lila, Ana
Célia, Renata, Mariza, Clélia,
Lucilene, Silvana e Magda), uma
auxiliando a outra nas dificuldades de cada matéria, para que todas pudessem conseguir bons
resultados. Aproveitávamos o
tempo livre para dividir sonhos,
confidências do coração, inquietações, dúvidas, medos e alegrias próprias da juventude, além de
estudarmos para as provas de Biologia da professora, dona Gilda,
o maior terror dos tempos de colégio! Tinha ainda as aulas de Inglês com a Zélia na Fisk, os ensaios da fanfarra, as missas no mês
de maio na capela do colégio, depois dos ensaios de violão, o passeio na praça da matriz, o spumoni
das tardes de domingo na praça.
Mais tarde, a piscina no Clube
Eldorado, o jogo de vôlei no Clube Paraisense, a boate do
Katatoko’s – onde todos se en-
contravam à noite, a vontade de
ir às festas no Posto do Sol, as
serenatas, as rosas deixadas na
janela... Por incrível que pareça,
creiam, só tenho ótimas recordações da minha adolescência.
Onde você começou a trabalhar e que lembranças têm deste
período?
Comecei a trabalhar assim que
terminei o magistério. Meu primeiro contrato foi na escola Campos
do Amaral. No ano seguinte passei no concurso estadual e fui
nomeada para a escola coronel
José Cândido. Nessa época, lecionava de manhã e à tarde fazia
estágio no fórum: no Cartório do
Distribuidor e no Registro de Títulos e Documentos. Também trabalhei pela manhã na então denominada Delegacia Regional de
Ensino, hoje Superintendência,
onde tive a oportunidade de conviver com grandes e talentosas
educadoras e fazer inúmeras amizades. Continuava no fórum e fui
contratada como assistente de
promotoria. Eram tempos difíceis,
pois lecionava de manhã, trabalhava à tarde no fórum e à noite
viajava para Franca, diariamente.
Tenho boas lembranças desse
tempo. Éramos uma turma de cinco pessoas, estudantes de Direito e de Administração. Compramos em sociedade um Opala vermelho, bem velho e saíamos daqui da cidade à tardezinha para
onde retornávamos só após a meia
noite. A estrada de São Tomás de
Aquino a Franca não era asfaltada e então tínhamos que ir a Franca por Itaú de Minas ou Batatais.
O dinheiro era curto e os lanches
eram compartilhados, assim como
as histórias do dia a dia, muitos
sonhos e planos. Mas a diversão
era garantida com os “causos” e
o sono na volta sempre entendido, mas quase nunca respeitado,
já que era proibido cochilar. Engraçado como hoje tudo parece
apenas divertido. Nossa memória
é mesmo seletiva! Depois de formada, continuei trabalhando no
fórum, oportunidade em que foi
instalada a Defensoria Pública na
comarca. Passei então a advogar
atendendo às pessoas hipossuficientes financeiramente, daqui,
também de Pratápolis e Itaú de
Minas que, à época, pertenciam a
esta comarca de São Sebastião do
Paraíso. Neste período também fui
Jornal do Sudoeste
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
1 de Março de 2014
página 3
Uma mulher simples em
busca de mais simplicidade
aprovada no concurso público
municipal, como assessora jurídica, mas continuei prestando serviços na Defensoria Pública. O
trabalho ali desenvolvido foi uma
experiência incrível e marcou realmente minha vida profissional,
pois sentia que estava ali para
servir e servir da melhor forma
possível, dando o apoio necessário àquelas pessoas que procuram a Instituição, que muitas vezes necessitavam mais do que um
apoio jurídico, mas de atenção e
de um atendimento digno. Foi um
trabalho árduo, pois no início era
sozinha e o volume de atendimento muito grande, mas de recompensas imateriais inimagináveis!
Paralelo a Defensoria Pública, também fui contratada pela Faculdade Unifenas, primeiramente como
coordenadora do estágio de Direito e, posteriormente, também
como professora de Sociologia
Jurídica. Em 2003 retornei ao cargo de procuradora municipal e
passei a ter uma visão diferente
do direito, agora na área administrativa. Um desafio, mas mais
aprendizado! O foco agora era o
interesse público e os serviços da
coletividade, desenvolvidos segundo a lei e a moralidade administrativa. Novo olhar sobre as
políticas públicas, público diferenciado, mas igualmente interessante. Paralelamente, sempre
mantive o escritório de advocacia próximo ao fórum e a ele estou
me dedicando integralmente, agora depois da aposentadoria.
E quando despertou em você o
desejo pelo Direito? O início do
exercício desta profissão foi fácil para você?
Na realidade, a princípio não
houve uma opção pelo Direito.
Terminado o curso de magistério,
minhas amigas, na maioria, partiram para Ribeirão Preto, para o
cursinho preparatório para o vestibular. Minha família não tinha
condições financeiras para manter-me fora de casa. Eu queria continuar estudando. Então me restavam cursos na área do magistério em Passos e Guaxupé ou Direito e Administração em Franca,
onde podia ir e voltar todos os
dias. Dentre as opções, o curso
de Direito foi o escolhido, por oferecer várias opções para concursos. E não é que me apaixonei pe-
mer, ver na TV e filmes?
Adoro ler. É vício. Leio tudo
que me chega às mãos e livraria
exerce em mim atração fatal. É
meu canto predileto nos
shoppings. Na minha profissão
de advogada, a reciclagem é
constante, sob pena de não conseguir exercê-la. Assim, a leitura
de livros e periódicos é rotina.
Mas, sobretudo, adoro ler nos
momentos de lazer e tenho a mania de ler dois livros ao mesmo
tempo. Adoro poesias, crônicas,
romances, aventuras, biografias.
Adoro ouvir MPB e música clássica. Gosto de seriados, filmes
americanos e documentários.
Quanto à comida, como descendente de italianos, adoro massas,
acompanhadas de um bom vinho;
não há como resistir! (risos).
E hoje? Como analisa o Poder Judiciário como um todo?
As leis existentes estão sendo boas para quem?
O Judiciário no Brasil está
passando por momento de
grande transição. Começa
pela acentuada federalização,
resultante da atuação do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que está se pondo
a regrar, indiscriminadamente, situações administrativas que costumavam ser
definidas no âmbito de cada
Tribunal de Justiça. Depois,
cada vez mais, o Judiciário
vem sendo chamado a dispor sobre a mais variada
gama de conflito de interesses, inclusive os resultantes da ineficiência do
próprio Estado. Como
consequência direta dessa procura à jurisdição, o
fenômeno do transbordamento da capacidade de
adequada resposta às demandas cada vez mais se acentua. Mas, o que é bom, nota-se,
mesmo em nível nacional, a
conscientização que está havendo para o problema. Tem-se aí a
inovação do processo virtual, ferramenta da qual muito se espera
em termos de resultados favoráveis – após, naturalmente, o tempo necessário para sua assimilação e contorno de todas as dificuldades iniciais que já estamos
enfrentando. Não apenas pelo
que representará a pura e simples
eliminação do papel, com o ganho de espaços físicos em foros,
vantagens dignas de nota, mas
pelo que poderá proporcionar em
termos de aceleração do rito dos
procedimentos. Padronizações,
proporcionadas por disposições
processuais relativamente recentes, que conferem a julgamentos
dos tribunais superiores força
cogente também facilitarão a solução das demandas de massa.
Nesse sentido, também ações coletivas têm ganhado força. O Judiciário brasileiro continua sobrecarregado e apresenta uma série
de precariedades que tornam a
tramitação processual morosa,
que vai além do chamado tempo
razoável do processo e isso dificulta o exercício pleno da advocacia. Todos os cidadãos são titulares de direito e merecem tratamento isonômico, independente
do valor ou da complexidade da
causa. Ao clamar por “justiça”
nos momentos mais graves, a população brasileira busca, pelas
mãos da lei, aplacar seu sofrimento, honrar seus entes queridos e
contribuir para edificarmos uma
sociedade mais humana e justa.
Temos o dever moral, enquanto
operadores do direito, de respondermos prontamente a esse chamamento. No que se refere ao
Poder Legislativo, com a Nação
vivendo em plenitude democrática, ele tem um campo amplo de
atuação, que se subordina às funções básicas para as quais ele existe: falar, fiscalizar e propor. A palavra é o grande instrumento de
que dispõe o parlamentar para
exercer seu mandato. Por isso, ela
é livre e não pode sofrer qualquer
tipo de constrangimento. Fiscalizar o Poder Executivo é tarefa a
que o Legislativo não pode se furtar, sob pena de perder sua razão
de ser. Por fim, ele recebe a delegação da representação popular
para fazer as leis, seja propondo,
seja votando propostas vindas
dos outros poderes e da própria
sociedade. Há um vício no Brasil
de acreditar que podemos ter melhores dias mediante novas leis.
Mas nós não precisamos de novas normas. Precisamos é de homens, principalmente públicos,
que observem as já existentes.
Dinheiro, sabedoria, saúde e
amigos. Qual a ordem dessas palavras em sua vida e por quê?
Saúde em primeiro lugar. Não
depende de nosso controle. Sem
ela, nada podemos. Não há amigos, dinheiro ou sabedoria que
possa adquiri-la, depois de perdida. Já dizia Confúcio: “As pessoas prejudicam a saúde para ganhar dinheiro e mais tarde, já
doentes, gastam todo o dinheiro
para recuperar a saúde”. Em seguida, sabedoria para discernir,
amigos para amar e se sentir amada e dinheiro para usufruir das
boas coisas da vida.
Quais os pontos positivos e
negativos de se trabalhar com a
advocacia?
A advocacia é talvez uma das
profissões mais antigas de que se
tem conhecimento, haja vista que
todo o homem é dotado de direitos e obrigações. Se na socieda-
de antiga já se precisava de advogados, atualmente a necessidade é ainda maior, em face das
complexas relações interpessoais
que a vida impõe a todos nós, e
do nível de civilização a que
chegamos. Pode-se dizer que, assim como o médico dedica-se à
preservação da vida de seu paciente, o advogado dedica-se à manutenção dos direitos de seu cliente. Mas não é só na esfera privada que o advogado é importante: ele exerce papel fundamental
na formação da sociedade quando busca a preservação do direito à liberdade de expressão, do
direito à propriedade; liberdade
na forma de construção das relações familiares, no modo de atuação do mercado econômico e até
mesmo na atuação do Estado. A
sociedade atual, por ser complexa, exige diariamente associações,
contratos, obrigações, e nesse
espaço entra o profissional do
direito como “decifrador” do emaranhado normativo, como conselheiro, como defensor dos direitos, posto que, conforme sabemos, na vida em sociedade, a liberdade de alguém termina quando começa a do outro. Portanto,
entendo que o advogado é peçachave na formação da sociedade
atual e no seu regular funcionamento, pois dele depende vivermos uma sociedade justa, plural e
democrática. E diante das inovações ora apresentadas no mundo
jurídico (julgamentos informatizados, peticionamento eletrônico,
certificação digital de acórdãos,
inquérito policial digital, penhora
on line, etc.) necessário se faz inovar também no exercício da profissão, já que mais arriscado do
que inovar é ficar inerte frente às
constantes mudanças no mundo.
E o mundo jurídico muda a cada
minuto. Cada dia que passa, somos compelidos a romper com o
passado da segurança profissional da advocacia, a enfrentar o presente da crise econômica, da competição acirrada e da evolução
tecnológica, para alcançar o futuro que almejamos. A realidade mostra que o sucesso é conquistado
com estratégia, ousadia e coragem
e, claro, competência e ética no
exercício profissional.
Recentemente você se aposentou como servidora pública
municipal, onde atuou por anos
no setor jurídico da Prefeitura.
Fale-nos desta experiência.
O trabalho na Procuradoria
Geral do Município foi a princípio
um grande desafio, para quem estava há anos trabalhando mais especificamente na área de direito
de família. E assim, mais estudo e
especializações se fizeram necessárias. Como já havia feito duas
pós-graduações na área de Direito Civil e Processual Civil, o caminho foi buscar nova especialização em Direito Municipal e a realização de cursos na área de Direito Administrativo. A Procuradoria Geral do Município ainda
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A experiência como professora foi gratificante? Como avalia
o sistema educacional naquela
época e nos dias atuais?
Sim, claro! No início da carreira lecionava para crianças e elas
sempre me encantaram porque
têm olhos encantados, coisas que
nós adultos não vemos. Uma capacidade de espantar-se e surpreender-se diante do banal... Uma
curiosidade pura, que muitas vezes é sufocada com palavras decoradas e conceitos vazios, que
nos são repassados por professores obrigados a cumprir programas e obedecer à grade curricular.
O ensino só tem sentido se nos
ajuda a ver o mundo melhor e nos
permite raciocinar e assim foi que
procurei lecionar. Mas na escola
tradicional, ser professor consistia em transmitir o conteúdo indiscutível a ser memorizado, num
modelo de exposição que era
acompanhado de exercícios a serem resolvidos pelos alunos e tinha o recurso da avaliação como
controle rígido e preestabelecido.
Hoje se entende que a tarefa do
professor é outra e estes não podem mais se comportar como simples transmissores de conhecimento estáveis ou invariáveis e de uma
cultura “eterna”: a cultura escolar,
como também a cultura da sociedade, são envolvidas por um turbilhão. A multiplicação de inovações e de técnicas, a velocidade
sempre maior com que é colocada
em circulação e desaparecem objetos e saberes, certezas e ideias,
provocam nos professores o sentimento de estar sendo continuamente ultrapassados. Hoje as matérias estão todas na internet. E a
função do professor é ensinar o
aluno a pensar e a descobrir onde
ele pode encontrar a resposta para
as perguntas que ele tem. Essa é
uma função nova e completamente diferente do professor. Os que
estão acostumados a preparar a
aula até costumam usar as fichas
do ano retrasado, dificilmente vão
mudar. Acho que muitos desses
profissionais estão acordando
para isso simplesmente porque
não estão mais aguentando o tédio. Às vezes os vejo como esses
guias turísticos que vão todo dia
ao mesmo monumento, levando
um grupo diferente e repetindo as
mesmas coisas. Isso é muito chato. Nenhuma pessoa merece viver
uma vida desse jeito, nesse desencantamento. Em tudo que se faz é
necessário uma grande dose de
amor, senão vira obrigação, chateação, um grande aborrecimento.
las aulas de Filosofia e Sociologia do primeiro ano? E tive muita
sorte de ter excelentes professores, pessoas vocacionadas, que
conseguiram demonstrar quão
necessário é o direito para se atingir a justiça. No terceiro ano descobri que era aquilo mesmo que
queria: ser advogada e não me arrependo da escolha. Amo o que
faço. O início da profissão não
foi fácil, havia escassez de livros
para consulta, as petições tinham
que ser datilografadas em três
vias, havia falta de material gráfico e o acesso à informação e
comunicação eram muito lentos.
Mas havia mais companheirismo entre os profissionais da
área, o que sinto falta na atualidade. A classe era mais unida.
Puro saudosismo...
não estava estruturada – e até hoje
depende de lei para tal – mas
como tem por finalidade assistir
direta e imediatamente o Poder
Executivo e o prefeito no desempenho de suas atribuições, o cuidado com a emissão de pareceres
a todos os departamentos para
desempenho destes devia ser redobrado, pois há que se ter em
mente sempre, o interesse público
e a moralidade administrativa. A
convivência com um grupo maior
de profissionais exercita nossa
capacidade de lidar com as diferenças, com a competitividade, instabilidades e incertezas, mas aguça o espírito de equipe e a vontade
de que tudo saia perfeito. Sem contar que também lá, graças a Deus,
deixei inúmeras amizades.
E agora que você está aposentada, como tem curtido sua vida?
Viajando muito? O que tem feito
nessas suas horas de folga?
Tenho reservado um tempo só
meu, para caminhar, ler, ver filmes,
cuidar das plantas e da casa, cozinhar (adoro), fazer trabalhos manuais, estudar italiano, auxiliar minha mãe a cuidar do sítio, ter tempo para minha família e para o trabalho voluntário de auxílio ao próximo. É um tempo que só agora me
permito usar com coisas que me
agradam e que ficaram delegadas
a segundo ou décimo plano enquanto estava trabalhando os dois
períodos. Tenho ainda planos de
viagens, que adoro fazer com a família ou com amigos. No final do
ano viajamos os quatro para o
Chile e antes disso, eu e Horácio
(esposo) estivemos na Europa.
Bom demais conhecer outras culturas! Viajar traz uma leveza aos
nossos dias.
Você é casada e mãe. Como é o
convívio com seu marido e filhos?
Qual a sua opinião a respeito do
casamento, a família e sobre a
maternidade, fazendo um comparativo de ontem e de hoje.
Casei-me aos 25 anos, depois
de formada. Horácio apareceu na
minha vida, como que por acaso
(não acredito em acasos) numa
dessas ações judiciais envolvendo reajuste de locação, nos velhos
tempos do cruzado (moeda corrente à época). O romance começou
de brincadeira e já estamos casados há 26 anos. No amor, seja com
os filhos ou com o marido, o importante é dar a certeza do colo,
do ombro, da escuta. Temos dois
filhos lindos: Ivan, que está no último ano de Engenharia Mecatrônica e mora em Belo Horizonte, e
Daniel, de 17 anos, cursando o
ensino médio. Este é meu porto
seguro. Acredito no valor da família, do afeto, do afago nas horas
difíceis. Não consigo me imaginar
sem eles. Sou uma mulher simples,
em busca de mais simplicidade.
Amo a vida, os amigos, os filhos, a
profissão, minha casa, o amanhecer, o anoitecer. Sou uma amadora
da vida, porque já estive muito pró-
xima de perdê-la, há alguns anos,
quando fui acometida de uma doença grave e até então incurável.
Brinco, dizendo que estou no lucro faz tempo! Tenho muito que
agradecer a Deus!
Oriane, de que forma você
analisa o papel da mulher em nossa sociedade atual?
Estereotipada durante séculos como alguém dotado de menor capacidade mental que o homem, a mulher sempre foi – e para
alguns ainda o é – relacionada à
imagem de pessoa indefesa que
deve ser protegida pela figura
masculina. Seu “reino” sempre foi
o lar, e sua função na sociedade
era se casar e dar a luz a um homem para que o império patriarcal
perdurasse. Essa imagem evidentemente foi cristalizada na sociedade e foi repassada a todos os
seus setores. Contudo, a mulher,
após as reivindicações do movimento feminista, alcançou inúmeras vitórias e, atualmente, a mulher pode se separar, votar, ser
mãe solteira, divorciar-se, casar
novamente e ter condições de trabalho e de salário, senão iguais
às do homem, ao menos mais dignas. Pode-se afirmar que a mulher
de hoje tem uma maior autonomia, liberdade de expressão, bem
como emancipou seu corpo, suas
ideias e posicionamentos outrora
sufocados. Em outras palavras, a
mulher do século XXI deixou de
ser coadjuvante para assumir um
lugar diferente na sociedade, com
novas liberdades, possibilidades
e responsabilidades, dando voz
ativa a seu senso crítico. Esses
tempos modernos trouxeram diversas mudanças para o universo feminino e, se a tarefa de educar um
filho já era difícil, imagine ter que
conciliar esta função com a de ser
uma ótima profissional, uma esposa perfeita e ainda uma dona de
casa exemplar? A gente cansa só
de pensar, não é? A cobrança é
muito grande. Por isso, tentar também separar um tempo para fazer o
que gosta e cuidar de si são coisas
essenciais para que possamos nos
sentir melhor, penso eu.
E neste ano de eleições? O que
você espera dos candidatos e dos
vencedores?
O que todo brasileiro espera é
que a democracia tem que funcionar e proporcionar decência, dignidade, alegria, segurança, respeito, seriedade a toda sociedade..
Que sejamos, com eleições e
Copa e toda a balbúrdia, menos
alienados e menos fúteis – para
sermos menos sofridos. Continuamos com candidatos que buscam
cargos não para servir à sociedade, mas para se servir dela. A sociedade não é vítima, é a culpada.
Reclama do governo e se esquece de que quem colocou os políticos lá foi ela própria.
O que você gosta de ler, co-
Quais são as suas principais
qualidades e defeitos?
Sou uma mulher simples, em
busca cada vez mais de mais simplicidade. Sou otimista, não tenho
medo de tentar algo novo e, na
maior parte do tempo, adoto uma
visão positiva sobre os resultados esperados. Acredito que sou
flexiva, sempre disposta a me
adaptar às mudanças. Amo a vida,
os amigos, a família, os filhos, a
profissão, minha casa. Sou criativa, gosto de ajudar os outros, de
conhecer novas pessoas e cultura e sempre encontro uma forma
diferente para enfrentar as adversidades. Preciso trabalhar melhor
minha ansiedade. Sou muito impaciente com o erro e a falta de
comprometimento das pessoas,
fatos que realmente me tiram do
sério. Sou tímida para falar em
público, o que é extremamente
negativo em minha vida profissional. Mas estou atenta a estes
pontos e tenho me esforçado para
flexibilizar as mudanças!
Como é sua relação com
Deus?
Deus eu imagino como força
de vida: luminosa, positiva,
imperscrutável. Em momentos de
muita dor e desespero, cheguei a
duvidar de sua infinita bondade,
para depois reconhecer que tudo
na vida é aprendizado e é nas provações que tiramos nossa força,
nossa capacidade de resistir, a
famosa resiliência... Fui criada
dentro da religião católica, estudei em colégio de freiras, mas não
tenho nenhuma religião instituída, rotulada. Considero-me
espiritualista e penso que o conhecimento das religiões pode
nos ajudar a compreender melhor
a vida e que todas elas nos encaminham a Deus, na medida em que
se firma no amor que deve nortear
os relacionamentos humanos.
Rejeito o fundamentalismo e todos que acreditam serem possuidores exclusivos da verdade. Tenho uma profunda visão “religiosa”, sagrada, da natureza, das
pessoas, do outro. Acredito que
a vida não é só nascer e morrer.
Estamos mergulhados em um mistério maior e as relações humanas
não acontecem por acaso.
E se Ele te chamasse hoje para
a outra vida, você estaria pronta,
iria ou pediria mais um tempo?
O que você espera encontrar do
outro lado da vida?
A morte é um grande mistério,
um abismo silencioso... Houve um
tempo em que eu temia a morte,
porque achava que era muito cedo,
tinha filhos pra criar, coisa que ninguém faria melhor que eu, “gavetas” demais para arrumar... Quanta
arrogância! Hoje não sei se me sinto preparada e não sei se haverá
uma forma de se estar preparado,
mas acho que consigo pensar nela
com mais serenidade e sem nenhum pânico. Procuro pensar que
será apenas uma nova viagem e
espero sinceramente, que do lado
de lá, tudo seja mais suave e menos dolorido. Gostaria de encontrar as pessoas que amei e que tanta
falta me fazem. Mas enquanto isso
não acontece, vou tratando de seguir a vida me permitindo fazer as
coisas que me dão prazer, agora
que estou aposentada. Planos
para o futuro? Eu quero viver com
alegria. Meus grandes prazeres
hoje: ler e viajar. Quero ver a vida
com olhos de turista!
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JUSTIÇA
ESSE TAL DE FACEBOOK
Cena 1: levo meu filho mais
velho ao colégio. Na entrada,
duas senhoras já invernadas
nos trinta anos - nitidamente
mães de alunos - conversam.
Não estão falando da carestia,
das notas dos filhos ou dos
problemas do marido. Estão
discorrendo sobre as fofocas
do Facebook. Cena 2: o casal
de empresários trabalha doze
Renato Zouain
horas por dia e tem dois filhos
pré-adolescentes. De noite, família toda reunida, cada
qual vai para um computador. Ao invés de
conversarem sobre os problemas do dia, namorar,
darem conselhos ou fiscalizarem os deveres
escolares dos pimpolhos, mãe e pai vão passear em
páginas de sites de relacionamento do Facebook,
deixando que os filhos (e o casamento) se resolvam
sozinhos. Cena 3: em um velório, uma parenta do
defunto aproveita o tempo mandando mensagens no
facebook através de seu celular de última geração e
sem se preocupar com a dor dos entes queridos à
sua volta, totalmente insensível ao mundo real e
hipnotizada na realidade virtual que a telinha do
smartphone lhe proporciona. O que as três cenas
tem em comum? A extrema insensibilidade de
pessoas que não estão utilizando a internet, mas sim
a habitando de maneira perigosa, se esquecendo dos
riscos que envolvem a exposição e, sobretudo, a
imersão paranoica em um mundo de bits e bytes e
não de carne e osso. Lamentável!
O MUNDO VIRTUAL E OS JOVENS
Trabalho com a infância e a juventude em minha
atividade principal, a magistratura. Não sou um juiz
puritano, longe disso. Cresci em uma Belo Horizonte
boêmia e culturalmente efervescente, compus banda
de rock nos anos oitenta e bem sei da importância
do lazer e do entretenimento para os jovens. Também
reconheço que a adolescência é uma época,
sobretudo de experimentação, em que os aprendizes
de adultos, que todos somos antes dos vinte anos,
estão conhecendo o mundo e apanhando e
aprendendo com ele. No entanto, o acompanhamento
dos pais jamais, jamais, pode faltar - é isso que faz a
grande diferença entre um jovem saudável que
aproveita a vida e um delinquente juvenil que não
consegue interagir e se adequar ao meio social. A
geração atual de pais parece ter se esquecido desse
detalhe importante, e vezes sem conta é necessário
que sejam advertidos de que crianças e adolescentes
não são como computadores que já saem das lojas
configurados. É necessário ensinar-lhes a diferença
entre o bem e o mal, mostrar-lhes o caminho das
pedras e apresentá-los às mazelas da vida. No
entanto, papais e mamães que já não têm muito
tempo, porque trabalham fora o tempo todo, perdemse à noite e nos finais de semana com passeios
virtuais pelo facebook, fofocando a vida dos outros e
se esquecendo daquilo que é, de fato, o mais
importante na vida: formar uma família com bases
sólidas, com formação religiosa e moral e respeito
ao próximo.
TEMPO
Está como tempo sobrando? Então, ao invés de
navegar como um ocioso pela internet, vá ler um
livro. Vá praticar esporte. Você dona de casa, vá
cuidar dos filhos, fazer um curso e retornar aos
estudos. Você pai, se há espaço na sua agenda lotada
para divagações cibernéticas, também há para levar
o filho a um jogo de futebol ou à igreja, seja qual for o
seu credo. Ao invés de falar mal da vida dos outros
habitando um mundo que não é seu e não existe, vá
se preocupar com a sua própria vida e procure vivêla de maneira plena, real, e não através de cliques
do mouse. A internet, amigo leitor, é uma ferramenta
para ser usada para informação e entretenimento.
Importante ferramenta, é fato, mas é só isso: algo
para ser usado para seu bem estar, e não para
dominá-lo. A pessoa que habita a internet, ao invés
de meramente usá-la de maneira funcional e
objetiva, é como um alcoólatra, um dependente
químico. Como não consegue suportar ou entender
o mundo real e a própria vida, procura artifícios para
amenizar sua incapacidade de se relacionar e busca
viver a vida dos outros através de uma farsa que lhe
dá a sensação de integrar uma “comunidade” que, a
rigor, só desagrega as pessoas.
Renato Zupo, Juiz de Direito na comarca de Araxá.
A corrente
anônima
Até pouco tempo era comum o recebimento de cartas
anônimas. Não é a primeira que
recebo, entretanto a mais
comovente de todas. Trata-se
de uma “corrente” dessas que
a gente deve copiar várias vezes e enviar a pessoas diferentes. Não se trata de mandar ou
receber dinheiro, nem fugir de
maldição de qualquer espécie.
Não se apelava para a nossa vil
superstição, nem para a nossa
vã cobiça. O que deveria ser
mandado anonimamente, a dezenas de pessoas, era o tal poema, intitulado “Ciúmes”. Ainda tenho em mente algumas
estrofes que dizem:
Não gosto de você nem um
pouquinho ...
Acho- a feia, vulgar, pretensiosa.
Não gosto de você tenho
certeza.
Juro por tudo que me é precioso.
Isto que dizer que também
a esqueci não a amo.
Mas! Ouça por favor...
Não dê a mais ninguém seu
coração.
Nem tenha em sua vida um
outro amor...
É somente porque... Oh!
meu Deus.
É porque, porque...
Eu tenho muito ciúmes de
você
Hoje relembrei esses versos. É um poema de amor e
saudade, nada mais. Ele pensa
na amada que já não o ama, e
poderá ser de outro. Possivelmente o autor dessa corrente,
deveria ser alguém que sofria
a dor do desprezo. Pedia às
pessoas multiplicarem a corrente e o poema atingir milhões
de leitores, e, quem sabe, poderia chegar ao âmago de sua
amada.
Não sei, mas tive ânimo de
continuar a corrente. Alguma
coisa pareceu-me uma tristeza
na progressão geométrica daquele lamento solitário.
That is life (assim é a vida).
Sebastião Pimenta Filho
Membro da APC.
Você sabe o que
é caviar???
Nunca vi nem comi eu só
ouço falar. Evidentemente que
ninguém tem direito de censurar outra pessoa por ter gosto refinado. Se o sujeito é
acostumado com salmão, não
lhe ofereça sardinha, se é
acostumado a Vinho do Porto
não lhe ofereça Vinho Chapinha. A questão é com que verba ela paga por esses refinamentos, se for do próprio bolso, nada contra. Causou espécie à população de Paraíso as
despesas de viagem de um
vereador a BH, quando em
duas sentadas em uma Churrascaria de luxo gastou quase
R$ 500,00. Não temos nada
com o refinado paladar do vereador, mas, se ele foi a BH
buscar recursos para obras
sociais, isto significa que em
Paraíso existem dificuldades,
e cidade em dificuldades não
pode pagar pelo luxo de vereador. Evidentemente que nem
de longe estamos sugerindo
que vereadores, em busca de
recursos para o município se
alimentem de “coxinhas de
frango” em adegas e botecos
de BH, o que poderia lhes causar uma bela indigestão. Aliás,
qual é o valor do cheque que
ele trouxe, por que se voltou
só com promessas, vocês já
sabem o que acontece com
promessas de políticos. Recentemente o presidente do
Congresso Nacional Renan
Calheiros usou um jatinho público para viajar para fazer
implante de cabelos, descoberto, ele devolveu o dinheiro gasto aos cofres públicos. E aí
vereador? Como é que fica?
PHS. Cadê o Humanismo e
Solidariedade?
Alziro Freitas de Camargo
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
1 de Março de 2014
DIA
INTERNACIONAL
DA MULHER
(*) Ely Vieitez Lisboa
O preconceito contra a
mulher vem de tempos imemoriais, na Bíblia, na vida e até na
Gramática. Essa verdade levou
a inteligente Débora Vendramini, Secretária Municipal da Educação, em uma palestra, afirmar: Diante do crescimento
intelectual e cultural da mulher
moderna, questiona-se a verdade bíblica que a Mulher foi
feita da costela de Adão. Imagine se fosse do filé...
Dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da
Mulher. Costuma-se ver a data
ligada ao incêndio na fábrica
Triangle Shirtwaist, em Nova
Iorque, dia 25 de março de
1911, quando morreram 146
trabalhadoras, a maioria costureiras, que lutavam pelos seus
direitos. Na verdade, foi em
1910 que ocorreu a primeira
Conferência Internacional das
Mulheres, em Copenhagen,
quando foi aprovada a proposta da socialista alemã Clara
Zetkin. No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado de 1910 a 1920, mas
só em 1977 a data foi oficializada.
Até hoje se publicam muitas obras sobre o assunto, principalmente por feministas, seguidoras das ideias da famosa
Simone de Beauvoir (1908/
1986) escritora, filósofa
existencialista e feminista francesa. Culta, com uma obra literária premiadíssima, ela teve
uma tumultuada relação com
Jean Paul-Sartre durante anos.
Os dois foram sepultados juntos, no mesmo túmulo, no Cemitério de Montparnasse, em
Paris.
Simone de Beauvoir defendia a igualdade entre os dois
sexos. Algumas frases suas ficaram para a posteridade e viraram bandeiras das verdadeiras feministas: “Entre as que se
vendem pela prostituição e as
que se vendem pelo casamento, a única diferença consiste
no preço e na duração do contrato”. Ela defende ardorosamente a liberdade feminina:
“Que nada nos defina. Que
nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância”.
Suas ideias continuam
atualíssimas. Com a crescente
violência contra as mulheres,
hoje e sempre, vê-se que o
mundo evolui muito devagar.
Paliativos tentam minimizar a
brutalidade dos maridos, dos
companheiros ferozes, a quantidade de estupros cresce a
cada dia (cerca de 15 mil mulheres são estupradas por ano,
no Brasil). A Lei Maria da Penha arrefece muito pouco a
sanha dos monstros violentos.
Na última década, 45 mil mulheres foram assassinadas, no
nosso País.
Ideias feministas surgem
aqui e ali, muitas vezes destorcidas e equivocadas, como as
ridículas “Marchas das Vadias”,
protesto realizado inicialmente
em Toronto, no Canadá, evento copiado em inúmeras cidades brasileiras. Realiza-se no
Brasil a mais famosa Parada
Gay do mundo, na Av. Paulista;
contraditoriamente, é o Estado
onde a homofobia é mais ferrenha.
Esse câncer moderno parece não ter solução e pelo contrário, surgem modalidades
bestiais, como o estupro coletivo. O problema é grande demais para as terapêuticas usadas, as leis muito brandas são
meros placebos. Talvez se a
castração química fosse implantada contra estupradores e
pedófilos, os resultados seriam
outros.
Enfim, quando no Dia Internacional da Mulher tenta-se
analisar o ínfimo resultado da
luta diante da violência contra
a mulher, vê-se que as mudanças profundas arrastam-se
morosamente, diante do aumento da selvageria animalesca
do propalado sexo forte.
Um pálido consolo é ver um
pequeno exército de jovens
mulheres, provando todos os
dias sua superioridade intelectual, galgando cargos antes só
dos homens, numa luta sem
trégua. Seu posicionamento e
modo de ser lembram a afirmação sábia de Simone de
Beauvoir: “Não se nasce mulher. Torna-se”.
(*) Ely Vieitez Lisboa é escritora.
E-mail: [email protected]
Clube das Acácias doa tecido para
roupa de cama ao Gedor Silveira
Por Heloisa Rocha Aguieiras
O Hospital Psiquiátrico
Gedor Silveira recebeu na tarde de quinta-feira (27/02), do
Clube das Acácias, 500
metros de tecido para confecção de roupa de cama. A entrega foi realizada pela presidente do clube, Vera Lúcia
Pimenta de Pádua, que disse
que o dinheiro para a compra
foi arrecadado em um jantar
promovido pelo Clube, que
aconteceu em novembro do
ano passado e teve a presença de 200 pessoas.
“Na época soube que a demanda por roupa de cama,
porque suja e perde muito.
Buscamos atender onde há o
máximo de necessidade”, disse.
Vera explicou que o Clube
das Acácias é ligado à Loja
Maçônica Fraternidade Universal e sempre realiza jantares beneficentes, através de
suas associadas, “as Acá-
cias”, que fazem e vendem os
ingressos, preparam o cardápio, compram o material, ou
seja, fazem tudo para a realização do evento, de modo que
sobre o máximo de recursos
para as doações.
O provedor da Fundação
Gedor Silveira, Guilherme
Giubilei ao agradecer a doação disse o quanto será útil o
material recebido, pois a instituição tinha a necessidade de
substituir roupas de cama,
mas devido dificuldades financeiras que encontra, vinha protelando. O motivo, conforme
ressaltou ao Jornal do Sudoeste, é que praticamente toda
a ocupação dos leitos do hospital são internações via SUS
-, e os valores das diárias recebidas não chegam a R$ 50,
para cada paciente para cobrir despesas de atendimento
médico e enfermagem, medi-
camentos, e a chamada parte
de hotelaria, ou seja, refeições
e acomodação dos pacientes.
BALANÇO
E AGENDA
O Clube das Acácias em
menos de um ano fruto de suas
promoções doou R$ 15,5 mil
à Santa Casa de Misericórdia
de São Sebastião do Paraíso
e mais R$ 10 mil ao Hospital
do Câncer de Passos.
O último jantar, realizado
dia 20 de fevereiro passado,
rendeu recursos para doação
ao menino João Marcelo, que
necessita de um transplante
de medula.
Em meados de fevereiro o
Clube participou do 8º Encontro do Hospital do Câncer de
Passos, quando ficou acertado que será realizado, em setembro, um jantar dançante,
chamado de “Primavera Solidária”, possivelmente na Liga
Operária, com animação do
grupo “Paraíso em Seresta”.
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
1 de Março de 2014
Jornal do Sudoeste
página 7
Caixas para toaletes
A caixa para toaletes complementa a decoração e demonstra a atenção
dos noivos aos detalhes do evento. Não basta comprar uma caixa pronta
sem analisar os itens oferecidos, é preciso que ela atenda ao propósito
inicial que é proporcionar aos convidados o uso de produtos que possam
precisar. As embalagens individuais e personalizadas são muito bonitas,
porém deve-se ter o cuidado de não inibir o uso do produto com
embalagens difíceis de se abrir. Para disponibilizar remédios é bom que
tenha alguém sempre cuidando, para que uma criança não pegue ou
que alguém faça uso em demasia. O uso de enxaguatório bucal depende
da oferta de copinhos descartáveis que geralmente não estão inclusos
nas Caixas. Alguns itens são de uso pessoal e não havendo em
embalagem individual e descartável melhor evitar como desodorante roll
on. Sabonete líquido e loção hidratante, devem estar diferenciados e se
possível longe um do outro para evitar constranger algum convidado por
uso trocado. O mesmo vale para perfumes e aromatizante de ambiente,
sendo que para este pode-se usar o difusor. Grampos e elásticos para
cabelo devem ser de boa qualidade e discretos. Oferecer absorvente
interno e preservativo, pode virar uma gafe inesquecível na mão de uma
criança ou de algum convidado sem escrúpulos. Os itens mais procurados
são os curativos, elásticos e grampos de cabelo, creme para mãos, batons
e kit de costura. A caixa pode ter repartições ou não, dependendo do uso
que farão da mesma posteriormente: caixa de costura, de remédios ou
para guardar as recordações do grande dia.
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Horóscopo Semanal
ÁRIES A semana começa com a influência da Lua Minguante em
Sagitário que pede revisão em projetos que envolvem pessoas e
negócios estrangeiros. O momento pode ser de pouca fé e otimismo,
mas essa sensação é passageira. A melhor noticia da semana fica
por conta de Mercúrio, que retoma seu movimento direto no final
da semana, deixando atrasos e problemas em seus contatos e
contratos com grandes empresas, clubes e instituições para trás. A
Lua Nova em Peixes também no final da semana deixa você mais
reflexivo.
TOURO A semana começa sob a influência da Lua Minguante em
Sagitário que vai deixá-lo mais introspectivo e preocupado com
sentimentos e emoções que devem passar por algumas mudanças.
Não é hora de investir em projetos que envolvam sociedades.
Mercúrio em Aquário retoma seu movimento direto melhorando
sensivelmente e movimentando seus projetos profissionais. O
momento é de retomada de planos e projetos. Os atrasos e as
dificuldades relacionadas ao trabalho ficam para trás. A lua Nova
em Peixes traz novidades nos trabalhos em equipes e nas amizades.
GÊMEOS A semana começa sob a influência da Lua Minguante
em Sagitário e pede que você reveja e questione um
relacionamento mais próximo. É hora de repensar algumas atitudes
e esperar alguns dias para tomar uma atitude mais firme. A melhor
noticia da semana fica por conta de Mercúrio, seu regente, que
retoma seu movimento direto e você volta a se comunicar com
liberdade, depois de um tempo mais fechado. Os atrasos e mal
entendidos ficam para trás. A Lua Nova em peixes abre portas e
traz novas oportunidades em sua carreira.
CÂNCER A semana começa influenciada pela Lua Minguante em
Sagitário que pede que você puxe o freio no excesso de atividades
de trabalho. Um projeto pode precisar de revisão durante os
próximos dias. Mercúrio retoma seu movimento direto no final da
semana e suas emoções agradecem. Depois de uma fase de maior
profundidade emocional e algumas mudanças até meio dolorosas,
tudo volta à normalidade. A Lua Nova em Peixes vai abrir novas
portas para os projetos, especialmente os que envolvem viagens e
contatos com pessoas estrangeiras.
LEÃO A semana começa sob a influência da Lua Minguante em
Sagitário que vai fazer você se fechar um pouco com relação a
questões que envolvem seu coração. Sua criatividade pode
também diminuir um pouco neste período. A melhor notícia da
semana fica por conta de Mercúrio que retoma seu movimento
direto melhorando significativamente seus relacionamentos, tanto
os pessoais quanto os profissionais. um novo movimento será sentido
no setor. A Lua Nova em peixes vai trazer algumas mudanças
positivas em suas emoções mais profundas e você pode ter alguns
insights importantes.
VIRGEM A semana começa influenciada pela Lua Minguante em
Sagitário pedindo para você ficar mais na sua, e entre os seus. O
momento pode ser de reclusão e emoções mais contidas. Um de
seus pais pode precisar mais de você por motivos de fraqueza ou
doença. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário
melhorando significativamente seus projetos de trabalho. Você
pode ser chamado para começar um novo emprego nos próximos
dias. A lua Nova em Peixes traz um novo movimento aos seus
relacionamentos. Novas amizades a caminho.
LIBRA A semana começa influenciada pela Lua Minguante em
Sagitário e você pode ter alguns problemas na comunicação. É
possível que você fique mais fechado ou mais inseguro na forma
de se colocar e expressar-se. A boa notícia da semana fica por
conta de Mercúrio que retoma seu movimento direto em Aquário
trazendo um novo movimento em questões que envolvem o amor
e os romances. Boas noticias podem chegar relacionadas ao setor.
A Lua Nova em Peixes traz novidades em questões que envolvem
os projetos de trabalho. Melhora sensível na saúde.
ESCORPIÃO A semana começa influenciada pela Lua Minguante
em Sagitário e pede para você não dar nenhum novo passo no
que diz respeito às suas finanças e projetos que envolvam aumento
de seus rendimentos. Deixe as decisões mais importantes para a
semana que vem. Mercúrio retoma seu movimento direto em
Aquário movimentando questões que envolvem sua vida domestica
e seus relacionamentos em família. Os mal entendidos ficam para
trás. A Lua Nova em Peixes aponta para novidades no setor amoroso.
Escorpianos solitários podem encontrar um novo amor.
SAGITÁRIO A semana começa influenciada pela Lua Minguante
em seu signo e pede para você relaxar e descansar se puder. Sua
energia vital estará mais baixa e seu otimismo e fé podem ressentir.
Não comece nada neste período, espere a semana que vem.
Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário melhorando
significativamente a comunicação. Os mal entendidos ficam
definitivamente para trás. A Lua Nova em Peixes traz movimento e
novidades em questões que envolvem sua casa. Uma reforma pode
começar nas próximas quatro semanas.
CAPRICÓRNIO A semana começa influenciada pela Lua Minguante
em Sagitário que vai deixar você ainda mais fechado e
introspectivo. O momento pede reclusão e afastamento do barulho
social. Bom para a pratica da meditação e leituras espirituais.
Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário e questões
relacionadas às suas finanças melhoram significativamente. Um
projeto que foi engavetado pode voltar a fazer parte de seus planos
e começar a trazer alguns rápidos resultados. A Lua Nova em peixes
melhora a comunicação e beneficia acordos de negócios.
AQUÁRIO A semana começa influenciada pela Lua Minguante em
Sagitário e você vai preferir isolar-se a qualquer atividade social.
Um trabalho em equipe pode precisar de revisão ou seu ritmo
pode ser diminuído. A boa noticia fica por conta de Mercúrio que
retoma seu movimento direto em seu signo no final da semana
trazendo um novo movimento à sua vida. mal entendidos,
dificuldades com eletrônicos e atrasos ficam definitivamente para
trás. A Lua Nova em Peixes traz boas novidades à sua vida material
e financeira. Um novo projeto pode beneficiar e muito seus ganhos.
PEIXES A semana começa influenciada pela Lua Minguante em
Sagitário e você pode perceber a necessidade de rever um projeto
em andamento, no setor profissional. Certa insatisfação no setor
pode abater você. Mercúrio retoma seu movimento direto em Aquário
no final da semana e a confusão emocional que abateu você nas
ultimas três semanas fica para trás. O momento envolve
discernimento e resoluções. A Lua Nova em seu signo traz boas
novidades em todos os setores de sua vida. o momento pede novos
inícios e novos projetos.
Em solenidade realizada na Câmara Municipal
de Passos, Ivan Furtado Duarte recebeu
certificado de conclusão do Curso Técnico em
Comunicação Visual pelo IFSUL. Recebe
cumprimentos da coluna, extensivos à sua mãe,
Neusa Maria Duarte Furtado que muda de
idade nesta segunda, dia 3.
ANIVERSARIANTES
Sábado, dia 1.º de março em São
Tomás de Aquino o médico Dr. José
Renato Russo. Domingo, dia 2 Leo
Castellani Neto. Dia 6 Wallace Silva.
Dia 8 Emerson Felix da Silva, Gabriela
Ladeira, filha de Sidrônio e Natália.
Maria das Graças Hilário Bozelli
aniversariou no dia 28 de fevereiro.
Parabéns.
Prato de Verão
INGREDIENTES:
Rúcula, 1 pé de alface lisa
200 gr. cebola
200 gr. cenoura ralada
3 beterrabas raladas
200 gr. vagem cortadas em dois
1 repolho cortado fininho
250 gr. filé de frango – passado na manteiga
250 gr. filé de peixe – passado na manteiga
200 gr. presunto e 200 gr mussarela (enrolados)
200 gr. batata cozida (acrescentar maionese)
100 gr. azeitonas verdes
2 tomates cortados em rodelas
1 abacaxi, 2 ovos cozidos, cortados em rodelas.
Modo de apresentar o prato:
Colocar a alface e rúcula em uma travessa. Os filés de frango
e peixe devem ser colocados no centro da travessa. Em seguida
as cenouras, beterraba, vagem, repolho, maionese com batata,
tomate, ovos cozidos abacaxi e azeitonas.
Para acompanhar, arroz branco, suco natural ou vinho.
JÁ NAS BANCAS
Jornal do Sudoeste
página 8
Psicoletrando
O Carnaval e o compromisso
com a educação infantil
Josimara Neves,
psicóloga e escritora
(CRP-04/37147)
Marília Neves,
professora e escritora
Contato:
[email protected]
Chega a época que agita nosso país e, assim, os pais responsáveis
preocupam-se com os filhos: “O que fazer com as crianças nesses dias de
folga?” Quando o orçamento permite, viajar é uma boa pedida, porém, às
vezes não é possível juntar o útil ao agradável, pois o início do ano vem
atrelado a diversas contas (fato que compromete o lazer familiar em dadas
circunstâncias). Diante desse panorama, o jeito é driblar as dificuldades,
usar a criatividade e canalizar as energias em ações que trazem contentamento, no entanto, não ferem o próximo.
O Carnaval deve ser vivido com alegria e com responsabilidade, já que,
pelo fato de ser um feriado, permite que nossa rotina sofra mudanças, que o
relógio não seja visto com tanto rigor. Mas é fundamental não usar o velho
álibi de que “a carne é fraca” para sair pelas ruas liberando geral, sentindose lindo, leve e solto, brincando com os sentimentos alheios, infringindo
regras, bebendo exageradamente, brigando, batendo, ou agindo como se
assumisse uma nova persona — no sentido pejorativo — só para atuar
durante os quatro dias de folia.
Por isso, preocupadas com a violência que já virou moda no Brasil,
conclamamos a população a refletir sobre suas escolhas e,
consequentemente, possibilitar às crianças a oportunidade de desfrutarem
de momentos de diversão sem, contudo, obterem prejuízos futuros devido à
negligência de seus cuidadores. Não somos contra o Carnaval. Somos contra a hipocrisia que reveste aqueles desprovidos de discernimento entre
ventura e libertinagem. Somos contra a prostituição infantil. Somos contra a
adultização das crianças. Somos contra a pseudoalegria que povoa a face
de tantos que bebem para fingir que são felizes. Somos contra o vandalismo.
Somos contra a depredação de bens públicos. Somos contra a podridão dos
corruptos que se aproveitam de festinhas para distribuir agradinhos aos que
carecem de emprego, de saúde e de educação. Somos contra o furto da
inocência que ainda paira nos semblantes infantis!
Assim, elaboramos um paradoxo entre duas categorias de formadores
de sujeito:
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PAIS E/OU RESPONSÁVEIS NEGLIGENTES:
estimulam as crianças, ainda bem pequeninas, a “dançar” de forma
obscena, fazendo movimentos que incitam o sexo, a cantar qualquer
refrão que faça apologia à violência, à rebeldia, a condutas infratoras;
usam o grito, os xingamentos e a agressão física e psicológica para
“educar” o filho, não permitindo que ele fale ou que expresse seus
argumentos;
cobram do filho algo que eles mesmos não fazem, isto é, exigem
respeito, mas não respeitam; dizem para o filho não fumar, mas fumam;
recriminam a discriminação, mas são preconceituosos;
permitem que o filho assista a quaisquer programas televisivos (independentemente do horário);
preferem que o filho fique em casa em frente ao computador, viajando pelo mundo dos jogos virtuais (sem ao menos acompanhar o conteúdo dessa diversão que já virou vício) a passear ou brincar com ele, a
fim de estreitar os laços que os unem;
não se preocupam em oferecer um caminho religioso para o filho,
deixando que ele cresça sem princípios cristãos, pois também não são
afeitos a crenças;
não exercitam a afetividade com o filho, achando que beijar, abraçar
e dizer “eu te amo” é coisa ultrapassada.
PAIS E/OU RESPONSÁVEIS CONSCIENTES:
estimulam as crianças, ainda bem pequeninas a valorizar a arte:
literatura , músicas de boa qualidade, pintura, teatro, danças que elevam o ser humano, despertando-lhes a sensibilidade;
usam o diálogo, ouvem o que as crianças têm a lhes dizer e falam
sobre o que julgam ser conveniente ou não, explicando-lhes o porquê
de regras, as consequências de atos cometidos, além de utilizarem
exemplos significativos a fim de que compreendam o recado que almejam transmitir.
dão o exemplo de quais procedimentos acreditam ser mais apropriados para a convivência social: esperam a vez de o outro falar, respeitam as diferenças, evitam mostrar o vício que possuem para o filho (ou
quando o fazem, explicam-lhe por que ainda não conseguiram se livrar
dele e quais as consequências de tal malefício à saúde) etc.;
determinam horários para o filho assistir à televisão ou a filmes;
organizam seu tempo de modo a poder desfrutar da presença do
filho para passear ou brincar com ele, assistir a uma apresentação
dele —seja no futebol, no xadrez, no teatro, na música — ou ouvir o que
ele tem a contar sobre os feitos na escola ou em casa;
oferecem um caminho religioso para o filho, pois sabem que todo ser
humano precisa acreditar em uma força maior, ter a quem recorrer nos
momentos de aflição, de dúvida, de tristeza e a quem agradecer pelas
dádivas recebidas;
demonstram como o filho é importante em sua vida, através do carinho, da atenção, da conversa franca e necessária, dos abraços e
beijos, da corrigenda nos momentos oportunos e da prática diária do
amor sublime.
Ó abre alas
Que eu quero cantar
Ó abre alas
Que eu quero dançar
Quero alegria
Na terra e no mar
Quero alegria
Não quero chorar
Ó abre alas
Que eu quero cantar
Ó abre alas
Que eu quero dançar
A festa é ouro
Se souber brincar
A festa é ouro
Se souber brincar
Marília Neves e Josimara Neves
São Sebastião do Paraíso-MG e Região
1 de Março de 2014
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Carnaval 2014 promete fazer história em Paraíso