Resolução - RDC nº 33, de 19 de abril de 2000(*)
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>> RETIFICAÇÃ O - (D.O. de 6/6/2001)
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 11 inciso IV, do Regulamento da ANVS aprovado pelo Decreto 3.029, de 16 de
abril de 1999, c/c §§ 1º e 2º do art. 95 do Regimento interno aprovado pela Resolução n.º 1, de
26 de abril de 1999, em reunião realizada em 19 de abril de 2000,
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua
publicação:
Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos
em farmácias e seus Anexos:
ANEXO I – Boas Práticas de Manipulação - BPM em Farmácias.
ANEXO II – Boas Práticas de Manipulação de Produtos Estéreis – BPMPE em Farmácias.
ANEXO III – Boas Pr áticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas – BPMPH em
Farmácias.
ANEXO IV – Roteiro de Inspeção para Farmácia.
Art. 2º Os itens classificados como Imprescindíveis do Anexo IV deste Regulamento Técnico,
entram em vigor a partir de 19 de fevereiro de 2001, os demais itens do referido Anexo, a partir
de 19 de agosto de 2001.
§ 1º Durante o prazo a que se refere o artigo anterior os estabelecimentos em funcionamento
deverão ser avaliados pelas autoridades sanitárias locais.
§ 2º Findo o prazo estabelecido no caput deste artigo os estabelecimentos infratores ficarão
sujeitos às penalidades previstas na Lei nº 6 437, de 20 de agosto de 1 977.
Art. 3º Esta Resolução de Diretoria Colegiada entra em vigor na data de sua publicação.
GONZALO VECINA NETO
(*) Republicada por ter saído com incorreções, no original, publicado no Diário Oficial da União
nº 78-E, Seção 1, página 27, de 24 de abril de 2000.
REGULAMENTO TÉCNICO QUE INSTITUI AS BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃ O EM
FARM ÁCIAS - BPMF
1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico fixa os requisitos m ínimos exigidos para a manipulação,
fracionamento, conservação, transporte, dispensação de preparações magistrais e oficinais,
alopáticas e ou homeopáticas, e de outros produtos de interesse da saúde.
2. REFERÊNCIA
2.1. Brasil. Associa ção Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - NBR ISO 9000 –2: Normas de
gestão da qualidade e garantia da qualidade - diretrizes gerais para a aplicação das normas
ISO 9001, 9002 e 9003. (S.I.) : (s. n.), 1994.
2.2. Brasil. Associa ção Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - NBR ISO 9000 –2: Sistemas de
http://www.cff.org.br/Legislação/Resoluções/res_33_2000.html
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qualidade - modelo para garantia de qualidade em produção, instalação e serviços associados.
(S.I.) : (s. n.), 1994.
2.3. ASSOCIAÇÃ O NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS (ANFARMAG): Manual
de recomendação para aviamento de formulações magistrais (Boas Práticas de Manipulação).
São Paulo, 1ª Edição, p. 21; 1997.
2.4. BARCELOS, J.C. & BRITO, M.C.M. : Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos. Rio
de Janeiro, Dissertação apresentada ao I Curso de Extensão em Boas Práticas de Fabricação e
Controle de Medicamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro. P. 83.1996.
2.5. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃ O DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS: Tradução pelo
Ministério da Sa úde, autorizada pela Organização Mundial de Sa úde – OMS. Brasília, p. 146;
1994.
2.6. BRASIL. Centro de Vigilância de São Paulo. Portaria CVS n.º 4 de 10 de junho de 1997.
Aprova o roteiro de inspeção para farmácias (públicas e privadas) que manipulam NPP. Diário
Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 18 jun. 1997.
2.7. BRASIL. Centro de Vigilância de São Paulo. Portaria CVS n.º 4 de 2 de abril de 1998.
Aprova as normas t écnicas de recomendações para manipulação , conservação , dispensação,
e inspeção de qualidade das fórmulas oficiais e magistrais de medicamentos. Diário Oficial do
Estado de S ão Paulo, São Paulo, 18 jun. 1998.
2.8 BRASIL. Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 2ª Edição 1959
2.9. BRASIL. Decreto n.º 74.170, de 10 de junho de 1974. Regulamenta a Lei n.º 5.991, de 17
de dezembro de 1973, que sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil, Brasília, 11 jun. 1974.
2.10. BRASIL. Lei n.º 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dar outras
providências. Diário Oficial da Rep ública Federativa do Brasil, Bras ília, 19 dez. 1973.
2.11. BRASIL. Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a
que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos,
cosm éticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências.
2.12. BRASIL. Lei n.º 6.368, de 21 de outubro de 1976. Dispõe sobre medidas de prevenção e
repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de subst âncias entorpecentes ou que determinem
dependência física ou psíquica, e dá outras providências. Diário Oficial da Rep ública Federativa
do Brasil, Brasília, 29 out. 1976.
2.13. BRASIL. Decreto n.º 78.992, de 21 de dezembro de 1976. Regulamenta a Lei nº 6.368, de
21 de outubro de 1976. Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso
indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá
outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 22 dez. 1976.
2.14. Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de
setembro de 1976. Que submete a sistema de vigilância os medicamentos, insumos
farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros.
2.15. BRASIL. Lei n.º 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura infra ções à legislaçã o sanitária
federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências.. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Brasília, 24 ago. 1977.
2.16. BRASIL. Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código Defesa do Consumidor. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil, Bras ília, v. 128, n. º 176, supl., p. 1, 12 set. 1990.
2.17. BRASIL. Ministério da Sa úde. Portaria SVS/MS n.º 112, de 19 de novembro de 1993.
http://www.cff.org.br/Legislação/Resoluções/res_33_2000.html
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Aprova o regulamento t écnico ,referente a fracionamento de medicamento. Diário Oficial da
União da Rep ública Federativa do Brasil, Bras ília, nov. 1993.
2.18. BRASIL. Ministério da Sa úde. Portaria SVS/MS n.º 116, de 22 de novembro de 1995.
Trata da admissibilidade de códigos farmacêuticos estrangeiros como referência no preparo de
produtos oficinais. Diário Oficial da União da Rep ública Federativa do Brasil, Bras ília, 23 nov.
1995.
2.19. BRASIL. Ministério da Sa úde. Portaria GM/MS n. º 2.814, de 29 de maio de 1998. Trata de
procedimentos a serem observados pelas empresas produtoras, importadoras, distribuidoras e
do comércio farmacêutico, objetivando a comprovação da identidade e qualidade de
medicamentos. Diário Oficial da União da Rep ública Federativa do Brasil. Bras ília, 18 nov. de
1998.
2.20. BRASIL. Ministério da Sa úde. Portaria SVS/MS n.º 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o
regulamento t écnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário
Oficial da União da República Federativa do Brasil, Bras ília, p. 37, 19 maio. 1998. Republicada
no Diário Oficial da União da República Federativa do Brasil. Bras ília, 1º de fev. de 1999
2.21. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia .Resolução nº 300, de 30 de Janeiro de 1997.
Regulamenta o exercício profissional em Farmácia ou unidade hospitalar.
3. DEFINI ÇÃO
Para efeito deste Regulamento Técnico s ão adotadas as seguintes definições:
3.1. BPMF - Boas Práticas de Manipulaçã o em Farmácias.
3.2. BPMPE - Boas Pr áticas de Manipulação de Produtos Estéreis.
3.3. BPMPH – Boas Pr áticas de Manipulação de Preparações Homeopáticas..
3.4. Controle de Qualidade: conjunto de operações (programação, coordenação e execuçã o)
com o objetivo de verificar a conformidade das preparaçõ es com as especificações
estabelecidas.
3.5. Desvio de qualidade: não atendimento dos parâmetros de qualidade estabelecidos para um
produto ou processo.
3.6. Dispensação: ato de fornecimento e orientação ao consumidor de drogas, medicamentos,
insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não.
3.7. Documentação normativa: procedimentos escritos que definem a especificidade das
operações para permitir o rastreamento dos produtos manipulados nos casos de desvios de
qualidade.
3.8. Especialidade Farmacêutica: produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e disponível no mercado.
3.9. Farmácia: estabelecimento de manipulaçã o de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio
de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de
dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assist ência médica.
3.10. Farmácia de atendimento privativo de unidade hospitalar: unidade clínica de assistência
técnica e administrativa, dirigida por farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às
atividades hospitalares
3.11. Fracionamento: divisão de uma especialidade farmacêutica em doses que atendam a
prescrição médica.
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3.12. Garantia da Qualidade: esforço organizado e documentado dentro de uma empresa no
sentido de assegurar as características do produto, de modo que cada unidade do mesmo
esteja de acordo com suas especificações.
3.13. Lote ou partida: quantidade definida de mat éria prima , material de embalagem ou
produto, obtido em um único processo, cuja característica essencial é a homogeneidade.
3.14. Manipulaçã o: conjunto de operações com a finalidade de elaborar preparações magistrais
e oficinais, fracionar produtos industrializados para uso humano .
3.15. Mat éria-prima: subst ância ativa ou inativa com especificação definida, que se emprega na
preparação dos medicamentos e demais produtos abrangidos por este Regulamento T écnico .
3.16. Preparação magistral: é aquela preparada na farmácia para ser dispensada atendendo a
uma prescrição médica, que estabelece sua composi ção, forma farmac êutica, posologia e
modo de usar.*
3.17. Preparação oficinal: é aquela preparada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita nas
Farmacopéias, Compêndios ou Formulários reconhecidos pelo Ministério da Sa úde.*
3.18. Preparação: procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado,
compreendendo a avaliação farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de
substâncias ou produtos industrializados, conservação e transporte das preparações magistrais
e oficinais.
3.19. Procedimento operacional padrão (POP): descrição pormenorizada de técnicas e
operações a serem utilizadas na farmácia, visando proteger, garantir a preservação da
qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos manipuladores.
3.20. Preparação magistral semi-acabada: É aquela preparada e mantida no laboratório da
farmácia, devidamente identificada, obedecendo uma ordem de manipulaçã o de uma
formulaçã o estabelecida, de uso freqüente e/ou com complexidade farmacotécnica justificada,
aguardando a prescrição correspondente para acabamento e dispensação.*
4. ABRANGÊNCIA
4.1. Este Regulamento Técnico não se aplica :
4.1.1. Às farmácias que preparam exclusivamente Soluções para Nutrição Parenteral e Enteral .
4.1.2. Às farmácias que preparam medicamentos de uso exclusivo na medicina veterinária.
4.2. As farmácias citadas nos itens 4.1.1. e 4.1.2. devem atender às legislações espec íficas.
5. CONDIÇÕES GERAIS
5.1. As BPM estabelecem requisitos gerais para a aquisição de drogas, insumos farmacêuticos
e materiais de embalagem, o armazenamento, a manipulação, a conservação, o transporte, a
dispensação de preparações magistrais e oficinais e fracionamento de produtos
industrializados , respeitado o ítem 5.4 deste Regulamento.
5.2. As farmácias públicas ou privadas só podem habilitar-se para a manipulação de
preparações magistrais e oficinais se preencherem os requisitos dos itens abaixo descritos e
forem previamente aprovadas em inspeções sanitárias:
a) possuir licença de funcionamento, atualizada, expedida pela Autoridade Sanitária
competente;
b) atender as BPMF e/ou BPMPE e/ou BPMH .
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c)possuir Certificado de BPMF .
d) possuir Autorização Especial, expedida pela ANVS, quando se tratar de manipulação de
substâncias sujeitas a controle especial;
5.3.Para as farmácias que possuem filiais é vedada a centralização total da manipulação em
apenas um dos estabelecimentos, de modo a atender o que estabelece a legislação vigente,
bem como garantir que a atividade de manipulação seja mantida em cada uma das filiais.
5.3.1. A manipulação realizada em cada filial da empresa deve atender os requisitos deste
Regulamento Técnico, relacionados com as preparações por ela manipulada.
5.3.2. É vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais em
drogarias, ervanarias e postos de medicamentos, ainda que em filiais da mesma empresa, bem
como a intermediação entre empresas.
5.3.3. É facultada a empresa centralizar em um dos estabelecimentos as atividades do Controle
de qualidade sem prejuízo dos controles em processos necessários para a avaliação das
preparações manipuladas.
5.4. O fracionamento de especialidade farmacêutica, em doses, somente pode ser realizado
sob responsabilidade e orientação do farmacêutico em farmácia de atendimento privativo de
unidade hospitalar , desde que seja preservada a qualidade e eficácia originais dos produtos.
5.4.1 As doses fracionadas devem apresentar as seguintes informações: nome do paciente,
denominação genérica e concentração da substancia ativa, n úmero do lote e prazo de validade.
5.5. As farmácias devem possuir recursos humanos, infra-estrutura física, equipamentos e
procedimentos operacionais que atendam às recomendações deste Regulamento Técnico e
seus Anexos.
5.6. A manipulação de medicamentos estéreis somente pode ser realizada por farmácias
licenciadas pela autoridade sanitária local, após inspeção para comprovação do atendimento
aos requisitos deste Regulamento Técnico, do Anexo I e os requisitos específicos descritos no
Anexo II.
5.7. A licença de funcionamento, expedida pela autoridade sanitária local, deve explicitar as
atividades para as quais a farmácia está habilitada, com base nas conclus ões do Relat ório de
Inspeção.
5.8. É de responsabilidade da Administração Pública ou Privada responsável pela Farmácia
prever e prover os recursos humanos e materiais necess ários à operacionalização das suas
atividades.
5.9. A farmácia responde, na pessoa do seu responsável t écnico para todos os efeitos legais,
pela avaliação das prescrições, conforme descrito no item 6.2.3., deste Regulamento.
5.10. É vetada a farmácia habilitar-se em licitação pública, para fornecimento de medicamentos
manipulados, quando houver disponível no mercado especialidade farmacêutica semelhante,
na dose e concentração e/ou forma farmacêutica.*
5.10.1 A farmácia poderá ser contratada, conforme legislação em vigor, para o atendimento
individual de preparações magistrais e oficinais, requeridas por estabelecimentos hospitalares e
congêneres, desde que justificadas tecnicamente.*
5.11. As farmácias podem atender solicitações, de profissionais habilitados , para manipula ção
de produtos específicos , provenientes de laboratórios de análises clínicas, hospitais, clínicas e
consultórios , para uso exclusivo em pacientes na atividade clínica ou auxiliar de diagnóstico, do
próprio estabelecimento.
5.11.1. É vedado aos estabelecimentos citados a comercializaçã o de produtos adquiridos em
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farmácias de manipulação.
5.12. É vetada a exposição ao público de preparações magistrais de medicamentos, com o
objetivo de propaganda, publicidade ou promoção.*
5.13. O descumprimento das disposiçõ es deste Regulamento Técnico e seus Anexos, sujeita os
responsáveis às penalidades previstas na legislação sanitária vigente, sem prejuízo da
responsabilidade civil e criminal cabíveis.
5.14. Danos causados aos consumidores, comprovadamente decorrentes de desvios da
qualidade na manipulação de preparações magistrais e oficinais, estão sujeitos às disposi ções
previstas na Legislação Sanitária vigente.
6. CONDIÇÕES ESPECíFICAS
Na aplicação deste Regulamento Técnico são adotadas as seguintes condições específicas:
6.1. Prescriçã o
6.1.1. Os profissionais legalmente habilitados, respeitando os respectivos âmbitos profissionais,
são os responsáveis pela prescrição dos produtos de que trata este Regulamento T écnico e
seus Anexos.*
6.2. Preparação
6.2.1. O farmacêutico é respons ável pela manipulação e manutenção da qualidade das
preparações até a sua dispensação ao cliente, devendo orientar e treinar os funcionários que
realizam o seu transporte, quando for o caso.
6.2.2. A preparação das formulações envolve a avaliação farmacêutica da prescrição, a
manipulação, o controle de qualidade, a conservação e a dispensação.
6.2.3. A avaliação farmacêutica das prescrições quanto à concentração, compatibilidade físicoquímica e farmacológica dos componentes, dose e via de administração, é de responsabilidade
do farmacêutico e deve ser feita antes do início da manipulação. Qualquer alteração na
prescrição, que se fizer necessária, em função desta avalia ção, deve ser discutida com o
profissional prescritor.
6.2.4. As alterações realizadas na prescrição, após contato com o prescritor, devem ser
anotadas, datadas e assinadas pelo farmacêutico na receita e a fórmula, devidamente corrigida,
registrada no Livro de Receituário, podendo ser informatizado.
6.2.5. É vedado fazer alterações nas prescrições de medicamentos a base de substâncias
incluídas nas listas constantes do Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial e nas suas atualizações.
6.2.6. A farmácia pode transformar especialidade farmacêutica, em car áter excepcional ou
quando da indisponibilidade da matéria prima no mercado e aus ência da especialidade na dose
e concentração e ou forma farmacêutica compatíveis com as condições clínicas do paciente, de
forma a adequá-la à prescrição.
6.2.7. A farmácia pode manipular e manter estoque m ínimo de prepara ções oficinais,
devidamente identificadas, em quantidades que atenda uma demanda previamente estimada
pelo estabelecimento, por um período que não ultrapasse 15 (quinze) dias e desde que
garantida a qualidade e estabilidade das preparações.
6.2.7.1 Poderá ser mantido estoque mínimo de bases galênicas de acordo com as
necessidades técnicas e gerencias do estabelecimento.
6.2.7.2 Quando se tratar de preparações magistrais especiais que requeiram técnicas e
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aparelhagem específicas ao seu manuseio, poderá a farmácia possuir estoque mínimo de
preparações magistrais semi-acabadas, a critério da autoridade sanitária local, por um período
que não ultrapasse 30 ( trinta ) dias, para atendimento de prescrições m édicas, no caso de
preparações habitualmente prescritas e de uso freqüente.*
6.2.8. A farmácia de atendimento privativo de unidade hospitalar pode manter estoque m ínimo
de preparações magistrais e oficinais, devidamente identificados, em quantidades que atenda
uma demanda previamente estimada pelo estabelecimento, por um período que não ultrapasse
15 (quinze) dias.
6.2.8.1 Pode ser mantidos estoques mínimos de bases galênicas de acordo com as
necessidades técnicas e gerencias do estabelecimento.
6.2.8.2 As farmácias-escola, subordinadas às Faculdades de Farmácia de Instituições de
Ensino e Pesquisa, reconhecidas oficialmente, podem manter estoque mínimo conforme item
6.2.8, desde que comprovada sua vinculação a uma unidade hospitalar.
6.2.9. As preparações previstas nos itens 6.2.7 e 6.2.8 devem atender a todos os requisitos
deste Regulamento Técnico e seus Anexos.
6.2.10. É vedado manter estoques mínimos de preparações à base de substâncias sujeitas a
controle especial, de substâncias altamente sensibilizantes ( penicilínicos / cefalosporínicos ),
antibióticos em geral, hormônios e citostáticos.
6.2.11. As preparações previstas nos itens 6.2.7. e 6.2.8. acima, devem, ainda:
6.2.11.1. Atender a uma ordem de manipulação específica para cada lote, seguindo uma
formulaçã o padrão.
6.2.11.2. Deve ser realizado o controle em processo, devidamente documentado, para garantir
o atendimento às especificações estabelecidas para o produto.
6.2.11.3. A farmácia deve estar devidamente equipada e com os procedimentos estabelecidos e
escritos para realizar, em amostras estatísticas das preparações do estoque mínimo de
medicamentos, por produto, os itens abaixo relacionados, quando aplicáveis, mantendo os
registros dos resultados:*
a) )caracteres organolépticos;
b) pH;
c) peso médio;
d) friabilidade;
e) dureza;
f) desintegração;
g) grau ou teor alcoólico;
h) densidade;
i) volume;
j) viscosidade;
k) teor do princípio ativo;
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l) pureza microbiológica
6.2.11.4. A farmácia deve dispor de laboratório de controle de qualidade capacitado para
realização de controle em processo e análise da preparação manipulada, referidos nas letras a)
a L) do item 6.2.11.3 .
6.2.11.4.1. É facultado à farmácia terceirizar o controle de qualidade das matérias-primas e
preparações manipuladas, em laboratórios tecnicamente capacitados para este fim, mediante
contrato formal, para a realização dos itens k) e L) acima referidos.
6.2.11.5. A farmácia deve manter amostra de refer ência de cada lote preparado, até 4 ( quatro )
meses após o vencimento do medicamento.*
6.2.11.6. Os rótulos das preparações, antes da dispensação, devem conter: identificação do
produto, data da manipulação, número do lote e prazo de validade.
6.2.11.7. Os rótulos das preparações magistrais, exceto as bases galênicas, que se destinarem
ao estoque m ínimo, devem apresentar, no momento da dispensação, as informações
estabelecidas no item 4.5.3.3, do Anexo I, acrescidas do n.º de lote da preparação.*
6.2.11.8. Os rótulos das preparações oficinais, exceto as bases galênicas, que se destinarem
ao estoque m ínimo, devem apresentar, no momento da dispensação, as informações
estabelecidas no item 4.5.3.4, do Anexo I, acrescidas do n.º de lote da preparação.*
6.2.12. Todo medicamento manipulado deve ser rotulado com identificação clara do nome do
paciente, composiçã o e demais informações legais e específicas, conforme item 4.5.3 do Anexo
I, para a segurança de sua utilizaçã o e garantia de rastreamento.
6.2.13. Após a manipulação, o medicamento deve ser submetido à inspeção visual e
conferência de todas as etapas do processo de manipulação, verificando a clareza e a exatidão
das informações do rótulo.
6.3. Conservação
6.3.1. Os produtos manipulados devem ser mantidos at é sua dispensação em condições de
armazenamento que garantam a manutenção das suas especificações e integridade.
6.3.2. Os medicamentos termossensíveis devem ser mantidos em refrigeradores com
temperatura compatível com sua conservação, mantendo-se registros e controles.
6.4. Transporte
6.4.1. Se necessário, o transporte dos produtos manipulados deve obedecer a critérios
estabelecidos nas BPM, conforme item 4.5.4. do Anexo I.
6.5. Dispensação
6.5.1. No ato da dispensação devem ser dadas as seguintes orientações: condições de
conservação e transporte, interações alimentares e medicamentosas, modo de usar, posologia,
duração do tratamento, via de administraçã o e, quando for o caso, os efeitos adversos e outras
consideradas necessárias.
6.6. Documentação Normativa e Registros
6.6.1. Todo processo de preparação de produtos manipulados deve ser devidamente
documentado, com procedimentos escritos que definam a especificidade das operações e
devem ser mantidos os registros que permitam o rastreamento dos produtos manipulados.
6.6.2. Os documentos normativos e os registros das preparações magistrais e oficinais são de
propriedade exclusiva da farmácia, ficando à disposição da autoridade sanitária, quando
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solicitados.
6.6.2.1. Quando solicitadas pelos órgãos de vigilância sanitária competente devem os
estabelecimentos prestar as informações e/ou proceder a entrega de documentos, nos prazos
fixados, a fim de não obstarem a ação de vigilância e as medidas que se fizerem necessárias
6.7. Inspeções
6.7.1. A fiscalização de estabelecimentos farmacêuticos de que trata este Regulamento Técnico
deve ser realizada, conforme a Legislação Sanitária vigente, por equipe de Vigilância Sanitária
integrada, no mínimo, por um profissional farmac êutico.
6.7.2. As farmácias estão sujeitas a inspeções sanitárias para verificação do padr ão de
qualidade das preparações magistrais e oficinais manipuladas, com base nas exigências deste
Regulamento.
6.7.3. As inspeções sanitárias devem ser realizadas com base no Roteiro de Inspeção do
Anexo IV.
6.7.4. Os critérios para a avaliação do cumprimento dos itens do Roteiro de Inspeção, visando a
qualidade do medicamento manipulado, baseiam-se no risco potencial inerente a cada item.
6.7.5. Considera-se item IMPRESCIND ÍVEL ( I ) aquele que pode influir em grau crítico na
qualidade, segurança e eficácia das preparaçõ es magistrais ou oficinais e na segurança dos
trabalhadores em sua interação com os produtos e processos durante a manipulação.
6.7.6. Considera-se item NECESSÁRIO (N) aquele que pode influir em grau menos crítico na
qualidade, segurança e eficácia do produto manipulado das preparações magistrais ou oficinais
e na segurança dos trabalhadores em sua interação com os produtos e processos durante a
manipulação..
6.7.7. Considera-se RECOMEND ÁVEL (R) aquele item que pode influir em grau não crítico na
qualidade, segurança e eficácia das preparaçõ es magistrais ou oficinais e na segurança dos
trabalhadores em sua interação com os produtos e processos durante a manipulação.
6.7.8. Considera-se item INFORMATIVO (INF) aquele que oferece subsídios para melhor
interpretação dos demais itens, sem afetar a qualidade, a segurança e a eficácia do produto
manipulado.
6.7.9. O item ( N ) não cumprido após a inspe ção passa a ser tratado automaticamente como
( I ) na inspeção subsequente.
6.7.10. O item ( R ) não cumprido após a inspeção passa a ser tratado automaticamente como
( N ) na inspeção subsequente, mas nunca passa a ( I ).
6.7.11. Os itens ( I ), ( N ) e ( R ) devem ser respondidos com SIM ou NÃO.
6.7.12. São passíveis de sanções aplicadas pelo órgão de Vigilância Sanitária competente, as
infrações que derivam do não cumprimento dos itens qualificados como ( I ) e ( N ) no Roteiro
de Inspeção, constante do Anexo IV deste Regulamento, sem preju ízo das a ções legais que
possam corresponder em cada caso.
6.7.13. O não cumprimento de um item ( I ), do Roteiro de Inspe ção, acarreta na suspensão
imediata da atividade afetada até o seu cumprimento integral.
6.7.14. Verificado o não cumprimento de itens( N ), do Roteiro de Inspe ção, deve ser
estabelecido um prazo para adequação, de acordo com a complexidade das ações corretivas
que se fizerem necessárias.
6.7.15. Verificado o não cumprimento de itens ( R ), do Roteiro de Inspe ção, o estabelecimento
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deve ser orientado com vistas à sua adequação.
6.7.16. Quando solicitadas pelos órgãos de vigilância sanitária competente devem os
estabelecimentos, prestar as informações e/ou proceder a entrega de documentos, nos prazos
fixados, a fim de não obstarem as ações de vigilância e as medidas que se fizerem necess árias.
7. Índice de Anexos
Anexo I – Boas Práticas de Manipulação – BPM em Farmácias.
Anexo II – Boas Práticas de Manipulação de Produtos Estéreis – BPMPE em Farmácias
Anexo III – Boas Pr áticas de Manipulação de Preparações Homeop áticas – BPMPH em
Farmácias
Anexo IV – Roteiro de Inspeção para Farmácia.
ANEXO I
boas práticas de manipulação em farmácias - BPMF
1. OBJETIVO
Estabelecer os requisitos de Boas Práticas de Manipulação (BPM) a serem observados na
avaliação farmacêutica da prescrição, na manipulação, conservação e dispensação de
preparações magistrais e oficinais, fracionamento de produtos industrializados e de outros
produtos de interesse da saúde.
2. REFERÊNCIA
2.1. ASSOCIAÇÃ O NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS (ANFARMAG): Manual
de recomendação para aviamento de formulações magistrais (Boas Práticas de Manipulação).
São Paulo, 1ª Edição, p. 21, 1997.
2.2. BARCELOS, J.C. & BRITO, M.C.M. : Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos. Rio
de Janeiro, Dissertação apresentada ao I Curso de Extensão em Boas Práticas de Fabricação e
Controle de Medicamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro. p. 83,1996.
2.3. BRASIL. Centro de Vigilância de São Paulo. Portaria CVS n.º 4 de 10 de junho de 1997.
Aprova o roteiro de inspeção para farmácias (públicas e privadas) que manipulam NPP. Diário
Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, 18 jun. 1997.
2.4. BRASIL. Centro de Vigilância de São Paulo. Portaria CVS n.º 4 de 2 de abril de 1998.
Aprova as normas t écnicas de recomendações para manipulação , conservação , dispensação,
e inspeção de qualidade das fórmulas oficinais e magistrais de medicamentos. Diário Oficial do
Estado de S ão Paulo, São Paulo, 18 jun. 1998.
2.5. Brasil. Minist ério da Saúde. Portaria GM/MS 3523 de 26 ago. – 98 - DOU 31 ago. – 1998
Regulamento Técnico referentes as medidas especificas de qualidade do ar em ambientes
climatizados.
2.6.The United States Pharmacopeia XXIII ed. / The National Formulary XVIII, 5º Suplement.
3. DEFINI ÇÃO
Para efeito deste Regulamento Técnico, são adotadas as seguintes definições:
3.1. Água Purificada: é aquela que atende às especificações farmacopéicas para este tipo de
água.
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3.2. Água para produtos Estéreis: é aquela que atende às especificações farmacopéicas para
“água para injetáveis”.
3.3. Ajuste: operação automática, semi-automática ou manual, destinada a fazer com que um
equipamento apresente desempenho compatível com o seu uso.
3.4. Área de dispensação: área de atendimento ao usuário destinada, especificamente, para a
entrega dos produtos e orientação farmacêutica.
3.5. Área de manipulaçã o: área destinada à manipula ção de fórmulas.
3.6. Bases galênicas preparações compostas de uma ou mais matérias primas, com fórmula
definida, destinadas a serem utilizadas como veículos/excipiente de preparações farmacêuticas.
3.7. Calibração: conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação
entre valores indicados por um instrumento ou sistema de medição, ou valores representados
por uma medida materializada ou um material de referência, e os valores correspondentes das
grandezas estabelecidas por padrões.
3.8. Contaminaçã o cruzada: contaminação de determinada matéria-prima, produto intermediário
ou produto acabado com outra mat éria-prima ou produto, durante o processo de manipulação.
3.9. Cosmético: produto para uso externo, destinado à prote ção ou ao embelezamento das
diferentes partes do corpo.
3.10. DCB: Denominação Comum Brasileira do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo
aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária.
3.11. DCI: Denominação Comum Internacional do fármaco ou princípio ativo aprovada pela
Organização Mundial da Sa úde.
3.12. Droga: substância ou matéria-prima que tenha finalidade medicamentosa ou sanitária.
3.13 Embalagem Primária :Recipiente destinado ao acondicionamento/envase que mant ém
contato direto com a preparação manipulada.
3.14. Insumos : matérias primas, e materiais de embalagem empregados na manipulação e
acondicionamento de preparaçõ es magistrais e oficinais.
3.15. Lote ou partida: quantidade definida de mat éria prima , material de embalagem ou
produto, obtido em um único processo, cuja característica essencial é a homogeneidade
3.16. Material de embalagem: recipientes, rótulos e caixas para acondicionamento das
preparações manipuladas.
3.17. Número do Lote: designação de números e/ou letras que permitem identificar o lote e, em
caso de necessidade, localizar e revisar todas as operaçõ es praticadas durante todas as etapas
de manipulação.
3.18. Ordem de manipulaçã o: documento destinado a acompanhar todas as etapas de
manipulação de uma preparaçã o magistral ou oficinal.
3.19. Produtos de higiene: produtos para uso externo, antissépticos ou não, destinados ao
asseio ou à desinfecção corporal, compreendendo os sabonetes, xampus, dentifrícios,
enxaguatórios bucais, antiperspirantes, desodorantes, produtos para barbear e ap ós o barbear,
estípticos e outros.
3.20. Prazo de validade: data limite para a utilização de um produto com garantia das
especificações estabelecidas, com base na sua estabilidade.
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3.21. Quarentena: retenção temporária de insumos, preparações básicas ou preparações
manipuladas, isolados fisicamente ou por outros meios que impeçam a sua utilização, enquanto
esperam decisão quanto à sua liberação ou rejeição.
3.22. Rastreamento: é o conjunto de informações que permite o acompanhamento e revisão de
todo o processo da preparação manipulada.
3.23. Reanálise: análise realizada em matéria prima, previamente analisada e aprovada, para
confirmar suas especificaçõ es.
3.24. Saneante Domissanitário: substância ou preparação destinada à higienização,
desinfecção ou desinfestação de ambientes e superfícies.
3.25. Validaçã o: ato documentado que ateste que qualquer procedimento, processo, material,
atividade ou sistema esteja realmente conduzindo aos resultados esperados.
3.26. Verificação: operação documentada para avaliar o desempenho de um instrumento,
comparando um parâmetro com determinado padrão.
4. CONDIÇÕES GERAIS
As Boas Práticas de Manipulação estabelecem os requisitos mínimos para a avaliaçã o
farmacêutica, manipulação, conservação, dispensação de preparações magistrais e oficinais,
fracionamento de produtos industrializados, bem como critérios para aquisição de matériasprimas e materiais de embalagem.
A farmácia é responsável pela qualidade das prepara ções magistrais e oficinais que manipula,
conserva, dispensa e transporta.
A farmácia deve assegurar a qualidade microbiológica, química e f ísica de todos os produtos
reembalados, reconstituídos, diluídos, adicionados, misturados ou de alguma maneira
manuseados antes da sua dispensação.
É indispensável o acompanhamento e o controle de todo o processo de obtenção das
preparações magistrais e oficinais, de modo a garantir ao paciente um produto com qualidade.
4.1. Organização e Pessoal
4.1.1. Estrutura Organizacional
4.1.1.1. Toda farmácia deve ter um organograma que demonstre possuir estrutura
organizacional e de pessoal suficiente para garantir que o produto por ela preparado esteja de
acordo com os requisitos deste Regulamento Técnico.
4.1.1.2. Toda farmácia deve contar com pessoal qualificado e em quantidade suficiente para o
desempenho de todas as atividades.
4.1.2. Responsabilidades e Atribuições
4.1.2.1. As atribuições e responsabilidades individuais devem estar formalmente descritas e
perfeitamente compreendidas pelos envolvidos, que devem possuir autoridade suficiente para
desempenhá-las.
4.1.2.2. O farmacêutico é o respons ável pela supervisão da preparação, devendo possuir
conhecimentos cient íficos na atividade.
4.1.2.3. Na aplicação de BPM é recomend ável não haver sobreposição de atribuições e
responsabilidades.
4.1.2.4. São inerentes ao profissional farmacêutico as seguintes atribuições:
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a) conhecer, interpretar, cumprir e estabelecer condições para cumprimento da legislação
pertinente;
b) especificar, selecionar, inspecionar, armazenar, criteriosamente, as matérias primas e
materiais de embalagem necessários ao preparo das formula ções magistrais e oficinais;
c) qualificar fabricantes / fornecedores e assegurar que a entrega dos produtos seja
acompanhada de certificado de análise emitido pelo fabricante / fornecedor;
d) estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisi ção;
e) avaliar a prescrição quanto à concentração e compatibilidade físico-química dos
componentes, dose e via de administração;
f) assegurar condições adequadas de manipulação, conservação, transporte, dispensação e
avaliação
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