I Feira das Tecnologias
da Saúde de Santarém
Técnica inovadora em Imagiologia Mamária
no Hospital de Santarém, pioneira em Portugal
Implementação de Boas Práticas
na Área do Medicamento Hospitalar
A Acreditação de Serviços
A Acreditação é em sentido lato, um
atestado de garantia de que o que deve
fazer-se está a ser bem feito, com
qualidade e eficiência. Acreditar
significa que o que é feito merece toda a confiança e
pressupõe o reconhecimento público dos objetivos e
dos resultados alcançados, tendo como corolário a
satisfação das pessoas a quem se dirige a atividade do
hospital.
Neste processo de procura da excelência que o
Hospital de Santarém tem em curso de modo sectorial,
é necessário assegurar que os Serviços e os
Profissionais estão a dispor e a utilizar todos os meios
necessários para assegurar que os serviços prestados
correspondem rigorosamente à satisfação das
expectativas de todos, cumprindo todos os requisitos
e compromissos de melhoria continua.
Se o cidadão está no centro do sistema, então as suas
necessidades, procura, expetativas e satisfação
convertem-se nos objetivos principais do Hospital e
dos Serviços. É a qualidade apercebida pelos cidadãos
que dará a verdadeira dimensão da sua satisfação e do
cumprimento dos objetivos do Hospital.
Acreditar não é um fim, mas sim uma ferramenta de
uso permanente que nos permite manter um processo
de melhoria continua em todos os nossos gestos, dos
mais básicos aos mais diferenciados.
Dr. José Rianço Josué
Presidente do C.A.
HDSInForma | Edição n.º 41
Técnica inovadora em Imagiologia Mamária no Hospital
de Santarém, pioneira em Portugal
Texto Serviço de Imagiologia Fotos Marta Bacelar
O Hospital de Santarém, ciente da importância das
técnicas de diagnóstico e rastreio na patologia
mamária, modernizou recentemente as suas valências
técnicas de Imagiologia com a aquisição de uma
unidade de mamografia digital directa com
estereotaxia e imagem espectral de contraste, único
no país e de um equipamento de ecografia de última
geração com a técnica de elastografia, investimento no
montante global de
€486.000.
O cancro da mama
é actualmente uma
das formas mais
comuns de patologia oncológica na
mulher. Em todo o
m u n d o s ã o
diagnosticados
anualmente mais
de 1.3 milhões de
casos de cancro da
mama. A sua
deteção precoce
através das práticas de rastreio e diagnóstico é
fundamental, tendo contribuído significativamente
para uma diminuição da mortalidade.
Trata-se de um investimento co-financiado pela
União Europeia, através dos fundos estruturais (70%)
e pelo Estado Português (30%), no âmbito do Quadro
de Referência Estratégico Nacional (QREN). O
QREN é “o documento de direção estratégica e
operacional dos instrumentos financeiros de carácter
estrutural que apoiarão a concretização de
componentes importantes da política de
desenvolvimento de Portugal no período de 2007 a
2013”. O INALENTEJO, enquanto instrumento
financeiro de política regional, incluído no QREN,
respeitante ao período de 2007/2013, visa contribuir
para a promoção do crescimento e emprego, num
quadro de articulação entre os apoios mais
directamente relacionados com a competitividade
regional e os apoios à coesão social e territorial, com
particular relevo no primeiro caso, dos sistemas de
incentivos às empresas.
A aquisição desta moderna unidade de mamografia de
aquisição digital directa com detector de amplo
campo e elevada sensibilidade (General Electric - GE
Healthcare), permitirá realizar estudos de elevado
detalhe com uma redução na dose de radiação
utilizada e num curto intervalo de tempo. No campo
RCA
da intervenção mamária, esta plataforma permitirá
realizar os mais diversos procedimentos com uma
excecional versatilidade na abordagem das mais
diversas lesões superficiais e profundas, possibilitando inclusive a realização de procedimentos com a
utente deitada lateralmente.
Este equipamento conta com o mais recente
desenvolvimento em mamografia digital directa, a
Mamografia Espectral de Contraste, sendo o
Hospital de Santarém o primeiro a deter esta valência
em Portugal. A mamografia de contraste permite ao
equipamento de mamografia digital detectar um novo
tipo de informação diagnóstica extremamente útil.
Enquanto as técnicas de aquisição tradicionais ou
tomográficas na mamografia digital permitem
estudar apenas a estrutura do tecido mamário, a
mamografia de contraste habilita à localização da
proliferação de pequenos vasos sanguíneos,
potencialmente associados com tumores malignos.
Esta técnica inovadora demonstra ainda um elevado
potencial de avaliação da extensão das lesões para
planificação de cirurgia e tratamento.
Foi ainda adquirido um Ecógrafo (Toshiba) de
elevadas prestações, baseado numa avançada
plataforma completamente digital e compacta que
reúne uma gama única de software e sondas de última
geração.
Entre as várias
tecnologias
avançadas,
realçam-se duas
especialmente dedicadas à ecografia
mamária:
A Elastografia,
técnica de fácil
execução e não
invasiva que permite avaliar
através de um estímulo mecânico, eventuais
alterações na elasticidade tecidular, melhorando o
desempenho da ecografia no diagnóstico das lesões
nodulares da mama;
O MicroPure, técnica totalmente inovadora,
desenvolvida para permitir a detecção por ultrassons
de micro-calcificações na mama.
Com estas valências inovadoras, o Hospital de
Santarém, assume-se como uma entidade de
referência na área da Senologia, não só a nível regional
como também no contexto nacional.
Sempre consigo a cuidar de si
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HDSInForma | Edição n.º 41
“Implementação de Boas Práticas na Área do Medicamento Hospitalar”
Projetos apoiados pela ACSS
Texto Farmácia Fotos Marta Bacelar
O Hospital de Santarém, submeteu duas candidaturas
no âmbito do Programa promovido pela
Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS),
“Implementação de Boas práticas na Área do
Medicamento Hospitalar”.
A primeira candidatura possibilitou dotar os Serviços
Farmacêuticos de meios para promover as Boas
Práticas de Farmácia Hospitalar no Atendimento
ao Doente em Regime de Ambulatório e a segunda
permitiu uma melhoria significativa da Unidade de
Preparação Centralizada de Citotóxicos.
A execução daquela candidatura permitiu a
adaptação das estruturas físicas com o intuito de
responder às necessidades de atendimento dos
doentes em regime de ambulatório nos Serviços
Farmacêuticos, dado que até à data não existia um
espaço que lhes fosse especificamente adstrito.
Foi simultaneamente possível criar um espaço
vocacionado para Ensaios Clínicos, com meios
técnicos adequados, o que permite a segurança e a
rastreabilidade do circuito do medicamento,
fundamentais para a credibilidade e aceitação do
Hospital como centro. O novo espaço criado tem
atualmente maior facilidade de acesso interno e
externo, sem barreiras arquitetónicas, muito próximo
da entrada principal do Hospital e da área do novo
edifício da Consulta Externa. A intervenção do
Farmacêutico nesta área é crítica, quer pelo número
de doentes tratados (atualmente cerca de 80/dia),
quer pela complexidade de muitos dos esquemas
terapêuticos e pelos encargos diretos e indiretos
decorrentes, na medida em que permite alcançar
segurança, efetividade e eficiência dos tratamentos,
bem como uma gestão racional e eficiente dos
recursos.
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Sempre consigo a cuidar de si
Na área das Preparações Não Estéreis foram criados
meios técnicos, contribuindo para uma maior
qualidade e segurança na preparação de
medicamentos a administrar aos doentes, melhor
capacidade de resposta às necessidades específicas de
determinados doentes, redução do desperdício
inerente a estas atividades e gestão racional dos
recursos.
A execução da segunda candidatura decorreu em 2011
e permitiu implementar medidas estruturantes na
Unidade de Preparação Centralizada de
Citotóxicos, para o Hospital de Dia de Oncologia,
contribuindo para garantir as condições físicas,
técnicas, documentais e ambientais exigidas a uma
das atividades críticas da Farmácia Hospitalar,
satisfazendo simultaneamente as exigências das Boas
Práticas de Farmácia Hospitalar.
Com a execução destes projetos e com profissionais
treinados e especializados, pretendeu-se alcançar a
rentabilização dos meios técnicos e humanos, a
diminuição dos riscos de exposição dos profissionais,
dos doentes e do meio ambiente, a melhoria da
qualidade dos serviços prestados, considerando a
melhor utilização dos fármacos e a qualidade da
preparação final e inerente aumento da segurança dos
doentes, culminando com a redução dos custos
diretos e indiretos envolvidos, com inegável
contributo para o controlo da despesa hospitalar com
medicamentos e a monitorização do seu consumo.
Com o envolvimento dos profissionais envolvidos,
alcançou-se a promoção de práticas centradas nas
necessidades dos doentes, com otimização dos
resultados em saúde, que advêm da utilização do
medicamento e de práticas de gestão do risco, de
forma a assegurar o aumento da eficiência e da
segurança do plano terapêutico.
HDSInForma | Edição n.º 41
Agradecimentos
Texto Conselho de Administração
São inúmeros os colaboradores que trabalharam no
nosso Hospital durante vários anos que têm vindo a
reformar-se. E no espaço de dois meses, aposentaramse quatro colaboradores nossos que dedicaram as suas
vidas profissionais aos doentes do nosso Hospital.
São décadas ao serviço dos doentes e da nossa
Instituição. São anos de devoção, de entrega,
disponibilidade, de profissionalismo e de motivação
em fazer cada dia mais e melhor, não regateando
esforços para cumprir a missão pessoal e do Hospital.
Por tudo o que conseguiram concretizar em prol dos
doentes é imperativo o Conselho de Administração
reconhecer e elogiar o médico Dr. Sebastião Geraldes
Barbas que trabalhou no nosso Hospital durante 32
anos, a médica Dr.ª Maria de S. José Marques, durante
24 anos, assumindo a Direção do Serviço de
Dermatologia durante 12 anos, a Enfermeira Maria da
Conceição Frazão, durante 35 anos e Enfermeira
Diretora durante 3 anos e a Técnica Superior D. Maria
Dolores Fidalgo, durante mais de 40 anos e Chefe de
Serviço de Contabilidade durante 38 anos.
São inúmeros os colaboradores que “vivem o
Hospital”, que “vestem a camisola da Instituição”. A
todos se reconhece o inestimável contributo e a todos
se agradece o empenho, a dedicação e a amizade à
nossa Instituição.
As Conversas de Diabetes chegam ao Hospital de Santarém
Texto Maria Duarte
O Serviço de Alimentação e Dietética em colaboração com o Serviço de Pediatria, implementou no nosso
Hospital, um programa educacional baseado numa abordagem dinâmica e interativa, que pretende transformar
a forma como as crianças com diabetes tipo 1 e os seus familiares aprendem a controlar a doença. O elemento
central do programa é uma ferramenta baseada na conversação, denominada de Mapa de Conversação, . O
objetivo é que pequenos grupos de crianças com diabetes tipo 1 em articulação com um profissional de saúde
com formação específica para o efeito, consigam a promoção de hábitos de vida saudáveis, nomeadamente uma
alimentação equilibrada e exercício físico, para atingir uma melhor vivência com a Diabetes.
TM
Crescer Saudável tendo Diabetes
Texto Patrícia Marques e Maria Duarte Foto Marta Bacelar
No passado dia 16 de Novembro, para celebrar o Dia Mundial da
Diabetes, o Serviço de Alimentação e Dietética em colaboração
com o Serviço de Pediatria, tomou a iniciativa de realizar uma
sessão clínica destinada a crianças com Diabetes tipo 1 e seus
familiares. Com o objetivo de melhorar as suas competências na
administração de insulina, aumentar conhecimentos que
permitam fazer alterações no estilo de vida, melhorando os
hábitos alimentares com a contagem dos hidratos de carbono e
promovendo a atividade física, procurando assim, otimizar o
controlo metabólico da Diabetes.
COLABORAÇÃO DO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA COM O SHST
Texto Maria de Lurdes Teixeira
O Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho, no âmbito das suas atividades de promoção de saúde dos
trabalhadores do Hospital de Santarém instituiu desde Janeiro de 2011 um protocolo com a Dietista do Serviço
de Alimentação e Dietética, tendo sido elaborado um Programa mensal que inclui Consulta de Apoio
Nutricional e realização de Workshops, no âmbito do Projecto “Saber Comer para Melhor Viver”.
Foram abrangidos 26 trabalhadores com boa adesão, traduzida na comparência regular às consultas e com
resultados a nível da perda ponderal significativos.
Reconhece-se a dedicação e empenho da Dr.ª Maria Duarte neste grupo de trabalho.
Sempre consigo a cuidar de si
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HDSInForma | Edição n.º 41
I Feira das Tecnologias da Saúde de Santarém
Texto Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica Fotos Vários
O Conselho Técnico de Diagnóstico e Terapêutica
(CTDT) do Hospital Distrital de Santarém (HDS)
organizou, nos dias 23, 24 e 25 de novembro de 2011, a I
Feira das Tecnologias da Saúde de Santarém.
Este evento decorreu no Jardim da Liberdade em
tendas de campanha
amavelmente disponibilizadas pela Cruz
Vermelha de Santarém
e pela Autoridade
Nacional da Protecção
Civil (CDOS de
Santarém). Contou
Sessão de abertura
com o incondicional e
precioso apoio do
Hospital Distrital de
Santarém e da Câmara Municipal de
Santarém, bem como
da Polícia de Segurança Pública de
Santarém, Rádio
Sessão de abertura
Pernes e diversas
Empresas de Dispositivos Médicos e Farmacêuticos.
Em termos de resenha, importa referir que os Técnicos
de Diagnóstico e Terapêutica do Hospital de
Santarém desenvolvem a sua atividade em várias áreas,
integrados em equipas multidis- ciplinares,
colaborando assim para uma prestação de cuidados de
excelência, centrada nas necessidades dos utentes e
contribuindo para o seu bem estar e melhoria da
qualidade de vida. No desenvolvimento das suas
funções, os técnicos
de diagnóstico e
terapêutica atuam
em conformidade
com a indicação
clínica, pré-diagnóstico, diagnóstico e Fisioterapia e Terapia Ocupacional
investigação ou identificação, cabendo-lhes conceber,
planear, organizar, aplicar e avaliar o processo de
rabalho no âmbito da respectiva
Sessão de abertura
profissão, com o objectivo da promoção da saúde, da
prevenção, do diagnóstico, do tratamento, da
reabilitação e da reinserção.
Estes profissionais apostam fortemente numa
aprendizagem contínua, através do envolvimento em
programas de formação e investigação nas suas áreas
profissionais, o que lhes permite responder à
crescente evolução tecnológica que se tem registado
nos últimos anos no sector da saúde e lhes conferem
um papel determinante nas equipas de saúde.
O CTDT é um órgão que integra os técnicos
coordenadores e os representantes das profissões que
constituem a
carreira dos Técnicos de Diagnóstico
e Terapêutica e
tem como função
“promover a
articulação das
Cardiopneumologia
actividades dos
respectivos sectores e ainda emitir pareceres sobre
matérias relacionadas com o exercício profissional no
âmbito das actividades de diagnóstico e terapêutica”
(DL n.º594/99 de 21 de dezembro).
processo de
Radiologia - rastreio
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Sempre consigo a cuidar de si
Terapia Ocupacional
Ortóptica - rastreio
HDSInForma | Edição n.º 41
Neste evento estiveram envolvidas nove das profissões das
Tecnologias da Saúde existentes no HDS, nomeadamente Análises
Clínicas e Saúde Pública, Anatomia Patológica, Audiologia,
Cardiopneumologia, Fisioterapia, Ortóptica, Radiologia, Terapia
da Fala, Terapia Ocupacional, estando envolvidos, para além da
maioria dos profissionais do Hospital, alguns estagiários das diferentes
áreas profissionais.
Foram ainda convidadas outras duas profissões - a Neurofisiologia
(MELF) e a Radioterapia (Quadrantes), que embora não fazendo
parte do CTDT do nosso Hospital mantém com este protocolos de
trabalho.
Cada profissão dinamizou o seu stand, promovendo sessões de
esclarecimento, distribuição de folhetos informativos, rastreios e
oferta de pequenas lembranças.
A Sessão de Abertura contou com a presença do Conselho de
Administração do HDS, de representantes da Câmara Municipal de
Santarém, de entidades públicas convidadas, de dirigentes sindicais e
da Indústria.
O principal objectivo deste evento foi dar a conhecer os Meios
Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) de que a
população dispõe no distrito, nomeadamente no Hospital Distrital de
Santarém e do contributo das diversas profissões do universo das
tecnologias da saúde na promoção da saúde, na melhoria da qualidade
de vida da população e alertar a população do risco que representa o
exercício destas profissões por indivíduos não qualificados, facilmente
detetáveis por não possuírem Cédula Profissional.
Realizaram-se alguns rastreios nas diferentes áreas profissionais
tendo-se verificado uma forte adesão da população, excedendo as
expectativas da organização, o que constitui um forte incentivo à
realização de futuros eventos.
O CTDT quer agradecer a todos os colegas envolvidos nesta
organização a sua dedicação e disponibilidade, bem como às
Instituições que tornaram possível
este evento.
Terapia da Fala
Análises clínicas e saúde pública - rastreio
Farmácia e Anatomia Patológica
Radioterapia
Exterior da Feira
Audiologia - rastreio
Neurofisiologia
CDP Coimbra- rastreio da tuberculose
Grupo de trabalho
Sempre consigo a cuidar de si
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O Natal no
Hospital de Santarém
Texto Enfª Fazenda, João Borga e Liliana Gabriel Fotos Marta Bacelar
Em Dezembro sentiu-se o ambiente festivo no nosso
Hospital com o aparecimento, logo no início do mês,
das ornamentações, iluminações, árvores de natal e
presépios. Por todos os Serviços se manifestavam os
sinais da alegre celebração do Natal e como já é
tradição, não puderam faltar as diversas iniciativas
destinadas a todos, desde os mais novos aos mais
velhos, doentes, utentes e colaboradores.
O Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa, tal
como em anos anteriores, formou três grupos de vozes
afinadas, recrutadas entre funcionários do Hospital,
voluntários, jovens do grupo “Presépio na Cidade” e
do Grupo Juvenil do Vale de Santarém e no dia 16,
foram cantar o Natal a todas as Enfermarias e
Serviços, distribuindo presépios elaborados pelo
grupo “Presépio na Cidade” e postais com um cântico
de Natal. Nesse dia foi ainda celebrada a Missa de
Natal.
A Festa de Natal da
Pediatria, organizada
pelo Serviço de
Pediatria, decorreu na
Sala Polivalente no dia
21 de Dezembro,
destinada a todas as
crianças que passaram e
passam pelo nosso
Hospital. A festa
decorreu em ambiente muito animado e todos os
presentes puderam assistir ao teatro infantil, canções
de Natal, Jazz, um conto de Natal, danças tradicionais,
a actuação dos “Timbre” e claro, à actuação do
emblemático “Coro da Pediatria”. A festa foi
apresentada pela
“Dra. Pipoca”, a qual
fez rir e sorrir
crianças e adultos.
Paralelamente,
decorreu a “Oficina
de Natal” com
actividades lúdicas,
onde as crianças
puderam dar asas à
criatividade e
alegria. Todas as
crianças receberam um livro e a festa foi finalizada
com um lanche.
O Núcleo de Estudos e Formação para a Enfermagem e
Saúde (NEFES), organizou em parceria com a
Associação de Familiares e Amigos do Doente
Psicótico (FARPA), uma Exposição de Postais de
Natal, que decorreu de 22 a 30 de Dezembro. Foram
expostos 804 postais, de 10 nacionalidades diferentes
8|
Sempre consigo a cuidar de si
e pertencentes
a um período
compreendido
entre 1940 e
2011, gentilmente cedidos por doentes, funcionários e familiares.
A exposição foi visitada por mais de 400 visitantes.
No fim de semana que precedeu o Natal um grupo de
motards distribuiu presentes e alegria às crianças
internadas. O Rotary Club, como vem sendo tradição,
ofereceu enxovais ao Serviço de Pediatria e que são
destinados aos recém-nascidos das famílias mais
carenciadas.
HDSInForum
HDSInForum
SUPLEMENTO CIENTÍFICO
Hospital Distrital de Santarém
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA NUM SERVIÇO
DE MEDICINA INTERNA DE UM HOSPITAL DISTRITAL:
RETROSPETIVA DE UM ANO
1
1
1
2
3
4
J. P. Andrade , I. Câmara , R. Paulos , A. M. Gameiro , L. Glória , M. Cabrita
1
Interno da formação específica de Medicina Interna do Hospital Distrital de Santarém
Assistente de Medicina Interna do Hospital Distrital de Santarém
Assistente Graduada de Gastroenterologia do Hospital Distrital de Santarém
4
Directora do Serviço de Medicina III do Hospital distrital de Santarém
2
3
RESUMO
Introdução: A hemorragia digestiva alta (HDA) é
uma causa frequente de admissão hospitalar e
internamento nos Serviços de Medicina Interna com
elevada morbi-mortalidade.
Objectivo: Caracterizar os dados epidemiológicos,
clínicos e evolução clínica.
Doentes e Métodos: Análise retrospetiva dos doentes
admitidos por HDA, no Serviço de Medicina III do
Hospital Distrital de Santarém, no ano 2009.
Resultados: Dos 66 doentes, 42 eram do sexo
masculino; a média de idade foi 72,4 anos (DP ± 14,8),
sendo 63,6% homens. A duração média de
internamento foi de 9,4 dias (DP ± 8,4). Quanto aos
fatores de risco 53% utilizavam fármacos lesivos para
a mucosa gastroduodenal, 24,2% tinham úlcera
péptica e 18,2% cirrose hepática. Os que tinham úlcera
péptica 93,7% faziam fármacos lesivos para a mucosa
gastroduodenal. A forma de apresentação mais
frequente foi hematemeses (33,3%), melenas (30,3%),
hematemeses e melenas (18,2%). Os principais
achados endoscópicos foram: úlcera péptica (34.8%)
doença erosiva gastroduodenal (34.8%), varizes
gastroesofágicas (9,1%) e neoplasia gástrica (9,1%). O
H. pylori foi identificado em 44% dos doentes com
úlcera péptica; 22% tinha úlcera gástrica e 71,4%
úlcera duodenal. Foi instituída terapêutica com
omeprazol e vasopressores em doentes com evidência
de hipertensão portosistémica.
Conclusão: A população de risco para hemorragia
digestiva é predominantemente masculina, idade
superior a 70 anos, com antecedentes de úlcera
péptica e medicados com fármacos lesivos para a
mucosa gastroduodenal. A úlcera péptica e as lesões
erosivas gastroduodenais foram as principais causas
de HDA. O H. pylori foi detectado em ¾ dos doentes
com úlcera duodenal. A mortalidade foi de 10%.
ABSTRACT
Introduction: Upper gastrointestinal bleeding
(UGIB) is a frequent cause of hospital admission and
inpatient services in Internal Medicine with high
morbidity and mortality.
Objective: To characterize the epidemiological data
and clinical outcome.
Patients and Methods: Retrospective analysis of
patients hospitalized for upper gastrointestinal
bleeding at the Department of Medicine III, Hospital
of Santarem, in the year 2009.
Results: Of 66 patients, 42 were male and their mean
age was 72.4 years (SD ± 14.8), 63.6% being men. The
average length of hospital stay was 9.4 days (SD ± 8.4).
The risk factors 53% used drugs harmful to the
gastroduodenal mucosa, 24.2% had peptic ulcer and
18.2% cirrhosis. Those who had peptic ulcer 93.7%
used drugs harmful to the gastroduodenal mucosa.
The most frequent form of presentation was
hematemesis (33.3%), melaena (30.3%), hematemesis
and melena (18.2%). The main endoscopic findings
were: peptic ulcer (34.8%) gastroduodenal erosive
disease (34.8%), gastroesophageal varices (9.1%) and
gastric cancer (9.1%). H. pylori was identified in 44%
of patients with peptic ulcer, 22% had gastric ulcer
and duodenal ulcer 71.4%. Was instituted
vasopressor therapy with omeprazole in patients
with evidence of hypertension portosistémic .
Suplemento Científico
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HDSInForum | Edição n.º 41
Conclusion: The population at risk for
gastrointestinal bleeding is predominantly male,
older than 70 years, with a history of peptic ulcer and
treated with drugs harmful to the gastroduodenal
mucosa. Peptic ulcer and erosive gastroduodenal
lesions were the main causes of upper gastrointestinal
bleeding. H. pylori was detected in three quarters of
patients with duodenal ulcer. The mortality rate was
10%.
factores de risco, quando usados no momento do
evento hemorrágico, independente do tempo de uso.
Num total de 66 processos clínicos seleccionados
analisaram-se: dados demográficos, clínicos e
endoscópicos. O tratamento dos dados fez-se
recorrendo ao SPSS Statistics 17 version e Microsoft
Excel XP 2007.
INTRODUÇÃO
A hemorragia digestiva alta foi responsável por 3,6%
das admissões no Serviço de Medicina III do HDS no
período considerado. Dos 66 doentes, 63% eram do
sexo masculino, a média de idade foi de 72,4 ± 14,8
anos e os idosos (> 65 anos) representaram 80% da
amostra. A duração do internamento oscilou entre 1 e
38 dias, com uma média de 9,38 dias. Identificaram-se
factores de risco em 52 doentes, dos quais 53%
usavam fármacos lesivos para a mucosa
gastroduodenal, 24% tinham história de úlcera
péptica e 18% cirrose hepática. Dos doentes com
úlcera péptica, 68,8% estavam medicados com
AINE's e/ou anti-plaquetários. Hematemeses
(34,8%), melenas (30,3%) e hematemeses e melenas
(18,2%) constituíram as principais formas de
apresentação clínica (figura 1).
A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma emergência
médica e uma causa frequente de internamento nas
enfermarias de Medicina Interna. Com uma
incidência estimada de 50 a 150 casos/100.000
habitantes/ano, a sua taxa de mortalidade na última
década permanece inalterada entre os 8% - 14%, não
obstante os avanços da terapêutica endoscópica e
1,2,3,4
farmacológica . Este fenómeno correlaciona-se com
o envelhecimento da população, a coexistência de
comorbilidades, o uso frequente de anti-inflamatórios
não esteróides (AINE´s) e anti-agregantes
plaquetários5. Hematemeses e/ou melenas são a forma
de apresentação clínica mais frequente da HDA. A
úlcera péptica é a causa mais comum, responsável por
50% a 70% dos casos, seguida da lesão aguda da
mucosa gastroduodenal (LAMGD) e das varizes
2,3,6,7
gastroesofágicas
. Outras causas incluem o
síndrome de Mallory-Weiss, angiodisplasias do
tracto gastrointestinal, neoplasias, lesão Dieulafoy e
2,7
fistula aorto-entérica . Nos hospitais sem Serviço de
Urgência Gastroenterológico, é da responsabilidade
dos médicos de Medicina Interna a abordagem dos
doentes com HDA no momento da admissão e o
respectivo follow up.
O objetivo principal do trabalho é uma análise retrospetiva das principais características
epidemiológicas, clínicas endoscópicas e terapêuticas
dos doentes com HDA internados numa enfermaria de
Medicina Interna no ano 2009.
MATERIAIS E MÉTODOS
Procedeu-se a uma análise retrospetiva dos processos
clínicos referentes a doentes admitidos na enfermaria
de Medicina III do Hospital Distrital de Santarém,
entre Janeiro e Dezembro de 2009. A hemorragia
digestiva alta foi definida como localizada a montante
do ângulo de Treitz. No estudo incluíram-se os
doentes internados por hematemeses e/ou melenas,
casos de anemia por HDA e excluíram-se as HDA não
comprovada clínica ou endoscopicamente. Os AINE's
e os antiagregantes plaquetários foram considerados
10 |
Suplemento Científico
RESULTADOS
Fig. 1: Formas de apresentação clínica da hemorragia digestiva alta
A
A maioria
maioria dos
dos doentes
doentes (89,4%)
(89,4%) realizaram
realizaram EDA.
EDA. A
A
úlcera
péptica
foi
a
causa
mais
frequente
de
úlcera péptica foi a causa mais frequente de
hemorragia,
hemorragia, seguida
seguida de
de lesão
lesão aguda
aguda da
da mucosa
mucosa
gastroduodenal
e
varizes
gastroesofágicas.
gastroduodenal e varizes gastroesofágicas. O
O
espectro
etiológico
da
HDA
é
apresentado
no
quadro
espectro etiológico da HDA é apresentado no quadro
1.
1. Não
Não foram
foram identificados
identificados aa causa
causa da
da hemorragia
hemorragia em
em
10.6%
dos
doentes.
A
biópsia
endoscópica
10.6% dos doentes. A biópsia endoscópica foi
foi
realizada
realizada nos
nos casos
casos de
de lesões
lesões suspeitas.
suspeitas. O
O H.
H. pylori
pylori foi
foi
identificado
identificado em
em 44,4%
44,4% dos
dos doentes,
doentes, dos
dos quais
quais 22,2%
22,2%
tinham
tinham úlcera
úlcera gástrica
gástrica ee 71%
71% úlcera
úlcera duodenal.
duodenal.
Os
doentes
foram
submetidos
Os doentes foram submetidos aa tratamento
tratamento
conservador
com
reposição
da
volémia,
inibidores
conservador com reposição da volémia, inibidores de
de
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Lesão
n
Úlcera péptica
Úlcera gástrica
Úlcera duodenal
Úlcera gástrica + duodenal
Lesão aguda da mucosa gastroduodenal (LAMGD)
Gastrite erosiva aguda
Duodenite erosiva aguda
Varizes gastroesofágicas
Esofagite
Neoplasia gástrica
Angiodisplasia gástrica
Neoplasia esofágica
23
12
9
2
17
15
2
6
6
5
2
1
Quadro 1: Diagnóstico Endoscópico dos Doentes com Hemorragia digestiva Alta
bomba de protões, vasoconstrictores endovenosos
nos que apresentavam hipertensão portosistémica.
Dos 66 doentes, 39 foram transfundidos com uma
média de 3,14 unidades de CE.
A mortalidade total cifrou-se em 15,2%. A morte por
hemorragia digestiva alta (11%) ocorreu por choque
hemorrágico refractário e falência multiorgânica. As
outras causas foram pneumonia nosocomial, cirrose
hepática descompensada e neoplasia gástrica.
DISCUSSÃO
A nossa amostra é constituída por um número
reduzido de doentes e a média etária situa-se acima
dos 72 anos. À semelhança dos outros estudos, o
género masculino representou a maioria (63%) dos
doentes com HDA. Este fenómeno está relacionado
com maior prevalência de certas doenças nos homens,
como a cirrose hepática e o alcoolismo3,4,7,8. Todavia a
úlcera péptica permanece como a principal causa de
HDA4,7,8,9.
Os AINE´s e anti-agregantes plaquetários são factores
de risco bem conhecidos para hemorragia digestiva
alta. Segundo a literatura, os AINE's aumentam 3 a 4
vezes o risco de hemorragia por úlcera péptica e cerca
de 15% dos casos de HDA podem ser explicados pelo
10,11,12,13
uso destes fármacos
. Este facto foi confirmado no
nosso estudo, em que 53% dos doentes usavam estes
fármacos e as principais causas de HDA foram úlcera
péptica (56%) e LAMGD (22,6%).
A prevalência de infecção por H. pylori é elevada nos
países desenvolvidos. A sua presença é um importante
factor de risco para úlcera péptica e actua
4,10,12
sinergicamente com os AINE´s na sua patogênese .
Na nossa amostra apenas os doentes com lesões
suspeitas (78,4%) fizeram biópsia endoscópica, o que
%
não permitiu determinar a prevalência da
infecção por esta bactéria. Os doentes
34,8 que fizeram biópsia e pesquisa para H.
18,2 pylori, a maioria eram positivos, com
13,6 maior incidência nos doentes com úlcera
duodenal.
3
A úlcera péptica (38.4%) foi a principal
25,7 causa de hemorragia digestiva alta
22,7 seguida de gastrite erosiva aguda, com
uma incidência de 22,7% respeti3
vamente. Estes dados foram semelhantes
9,1
aos encontrados em alguns estudos, em
que a úlcera péptica é responsável por 50
9,1
7,14
- 70% dos casos . Segundo alguns
7,5
autores, a incidência de úlcera péptica
3
como causa de HDA tem sido
sobrevalorizada. No estudo CORI
1,5
(Clinical Outopcome Research
Initiative) sobre hemorragia digestiva alta nãovaricosa, a úlcera péptica foi responsável apenas por
15
20% dos casos e este fenó- meno parece estar
relacionado com a erradicação em larga escala do H.
pilory e a utilização, cada vez mais frequente, de
9,15
inibidores de bomba de protões (IBP) .
As varizes gastroesofágicas por cirrose hepática
foram a terceira causa de HDA na nossa amostra. Os
autores acreditam que este valor poderá estar
relacionado com o facto da amostra ter sido recolhida
apenas numa enfermaria de Medicina Interna. Não
foram identificadas causas de hemorragia em 10.6%
dos doentes.
Nos doentes com úlcera duodenal as melenas são a
forma de apresentação clínica mais frequente de
hemorragia enquanto as hematemeses são a forma de
apresentação predominante na úlcera gástrica 2,8. No
nosso estudo 50% dos doentes com úlcera gástrica
tiveram melenas, 25% hematemeses e 8% melenas e
hematemeses. Na úlcera duodenal 55% apresentaram
com melenas, 22% com hematemeses e igual número
com hematemeses e melenas.
Em 80% dos casos a hemorragia digestiva é
controlada. A mortalidade e a morbilidade têm a sua
expressão máxima nos doentes em que a hemorragia
não é controlada ou recidiva.
Foram elaborados scores de quantificação de risco
(scor de Rockall), que associa parâmetros clínicos,
laboratoriais e endoscópicos e permite a separação
entre baixo e alto risco. Algumas sociedades
científicas recomendam que os doentes com scor
Rockall elevado devem ser tratados em Unidades
Sangrantes ou de Cuidados Intensivos e submetidos a
6,9,14,15,16
terapêutica intensiva
.
A associação de IBP em bolus ou em perfusão contínua
com terapêutica endoscópica constitui um grande
Suplemento Científico
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HDSInForum | Edição n.º 41
progresso no tratamento da HDA e reduziu
significativamente o número de recidivas. Estudos
randomizados revelam que a terapêutica endoscópica
reduz a necessidade de transfusão e o tempo de
1,9,17
internamento . Todos os nossos doentes foram
tratados com IBP por via endovenosa e em 54,5%
houve necessidade de transfusões.
A mortalidade global da nossa série foi de 15,2%, valor
superior à dos vários estudos publicados em que a
3,16,18
taxa de mortalidade ronda os 10% . A idade
avançada e as comorbilidades graves são os factores
que mais contribuíram para a mortalidade elevada
neste grupo de doentes9. O facto de não haver
Gastroenterologia de urgência e a não utilização de
IBP em perfusão contínua, poderão ter contribuído
pora uma taxa de mortalidade mais elevada.
Os autores recomendam como estratégia para
redução da mortalidade, tratamento adequado e
vigilância das comorbilidades como úlcera péptica e
cirrose hepática. Nos doentes em que a terapêutica
com AINE´s e antiagregantes plaquetários estão
indicados devem ser adoptadas medidas profiláticas.
Os que apresentam sintomas dispépticos sugestivos
de úlcera péptica não devem ser tratados
empiricamente sem uma investigação endoscópica, o
que permitia instituir tratamento específico e
consequentemente redução da taxa de complicações
7,9,11,15,17
.
Em conclusão, a úlcera péptica e as LAMGD
permanecem como as principais causas de HDA. A
população de risco para hemorragia digestiva e
predominantemente masculina, idade superior a 70
anos e medicados com fármacos lesivos para a mucosa
gastroduodenal. A endoscopia digestiva alta é o exame gold standard no diagnóstico etiológico e a sua
realização nas primeiras 12-24 horas é recomendada.
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Suplemento Científico
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