Pastoral de
Conjunto
Um estilo de ser Igreja
Pastoral Orgânica
 Configura-se, mais precisamente, como uma comunhão
“orgânica”, comparável à de um corpo vivo e operante:
ela, de fato, caracteriza-se pela presença simultânea da
diversidade e da complementaridade das vocações e
condições de vida, dos ministérios, carismas e
responsabilidades.
 Graças a essa diversidade e complementaridade, cada fiel
leigo encontra-se em relação com todo o corpo e dá-lhe o seu
próprio contributo (cf. ChL. 20).
Pastoral Orgânica
 O termo orgânico nos lembra um corpo vivo. Cada célula do
corpo depende da unidade do todo e o todo depende do
funcionamento de cada célula.
 Cada órgão depende do funcionamento dos outros, e assim,
podemos fazer uma analogia com “o câncer” que é o resultado
de uma célula rebelde que passa a viver um mundo a parte
multiplicando-se desordenadamente, quebrando a harmonia do
funcionamento do corpo.
Gênesis histórica da pastoral de
conjunto
 Uma das expressões pastorais mais usadas e importante no
âmbito eclesial é a pastoral de conjunto.
 A realidade que esta expressão significa é tão antiga como a
ação pastoral ou o apostolado, mas o termo que a recobre é
recente.
 Evidentemente, sempre existiu, em toda a realização ou
concepção da pastoral, uma preocupação pela conjunção de
todos os seus aspectos e setores.
 Isto foi conseguindo, sobretudo nas épocas em que a
preocupação eclesiológica foi mais clara, já que a Igreja é o
fundamento de toda a ação pastoral e, por conseguinte, de toda
a pastoral de conjunto.
 As primeiras preocupações modernas com uma pastoral conjunta
nasceu na Alemanha no princípio de nosso século.
 Em 1905, Michael Fassbender propõe a coordenação pastoral
das grandes cidades.
 Em 1909, Enrique Swovoda publica um importante trabalho
sobre a situação pastoral urbana (Swovoda, La cura de almas en
las grandes ciudades, 1909).
 O fundador da Caritas Alemã, L. Wertmann, cria no seio da
organização em 1911, uma associação livre para a ajuda da
Cáritas na pastoral.
 E a partir de 1934 se transforma em uma instituição nacional de
ajuda pastoral.
 No âmbito francês podem ser assinalados os movimentos de
Ação Católica como pioneiros no descobrimento da ruptura que
se dava entre a Igreja e o mundo.
 Em 1924, Cardijn funda a JOC com o propósito de cristianizar a
classe operária. A preocupação pelo laicato foi crescendo em
todos os setores do apostolado leigo.
 Tratava-se de implantar de novo a Igreja nas zonas urbanas,
industriais, trabalhadoras, turísticas, etc.
Uma nova ajuda surgiu da sociologia
religiosa através da análise da
situação global
 A Europa exigiu recomeço, ficando célebre o apelo de H. Godin e
Y. Daniel em La France, pays de mission?, 1943:
“Há toda uma população parisiense, mesmo educada, que não tem nada
de cristão. […]. Como todas as missões, a conquista do proletariado é um
trabalho duro e que pode ficar muito tempo estéril; também exige a todos
os que o empreendem que se entreguem a ele totalmente. […]. Uma tarefa
de tal gênero exige padres absolutamente decididos, que se entreguem a
este trabalho preferido de Cristo sem esperarem muito poder voltar atrás.
Há partidas para a missão que não deixam pensar no regresso”
(GODIN, H – Daniel Y: “La France , pays de mission?” Paris, 1943). Sobre a Igreja no mundo operário.
 BOULARD, F.: “Problémes Missionnaires de la France rurale”
(1945). Pesquisa de sociologia religiosa no ambiente rural.
 MICHONNEAU, G.: “Paroisse, communauté missionnaires.
Conclusion de cinq ans d’experiense au milieu populaire”
(1945).

Em 1931. George Le Bras publica um manifesto com o qual ele abre novas
perspectivas para explicar a ação da Igreja nas diversas regiões da França.
(cf. G. Le Bras, Pour um examen detaillé et pour une explicationn historique
de l’etat du catholicisme dans les diverses régions de la France: RevHistEgl
Fr 17(1931).

Desde 1931 a 1940 Le Bras esteve sozinho; mas, mais tarde, com o contato
com a Mission de France, fundada em 1941; a experiência dos padres
operários, nascida no calor da Segunda Guerra; a renovação da missão
paroquial dos anos 1943-45 e o auge da Ação Católica, foi despertado um
intenso movimento de renovação pastoral total.
Natureza da pastoral de
conjunto
 No primeiro Congresso Internacional de Pastoral, realizado em
Friburgo, na Alemanha, em 1961, F. Boulard definiu a pastoral
de conjunto como
“esforço paciente para colocar em marcha livremente, em vista
da salvação do mundo, todos os filhos da Igreja com todas as
suas instituições e recursos, sob a autoridade do bispo, que tem
a missão de coordená-los e dirigi-los, e que, assim, podem
exercer em plenitude sua tarefa pastoral”
(F. Boulard, Proyetos y realizaciones de la pastoral de conjunto, in problemas actuais de
pastoral, Madrid, 1963, 281-303).
 No entanto, quando se analisam esta ou outras definições que
são dadas à pastoral de conjunto, observa-se que este conceito
se identifica teologicamente com o de pastoral e que se equipara
sociologicamente ao conceito de programação ou planejamento
pastoral.
 Não podemos nos esquecer que os primeiros planejadores ou
programadores da ação pastoral e da pastoral de conjunto foram
sociólogos, carentes, às vezes, de uma verdadeira concepção
teológica da pastoral.

Por isso tenham se preocupado mais com a infra-estrutura do que com as instituições básicas e
mais com a organização pastoral do que com o conteúdo e objetivos das ações eclesiais.

Daí, não podemos aceitar, de forma alguma, que a pastoral de conjunto se reduza a uma
organização. Por isso, François Houtart (Brussels, 1925), afirma que pastoral de conjunto é
descobrir em comum problemas que são apresentados à evangelização de uma região e os
meios para solucioná-los.

Contudo, parece que nem sempre se afirma com o devido vigor o fundamento teológico que
deve possuir a pastoral de conjunto.
Análise sócio-religiosa
 A primeira etapa na elaboração de uma pastoral de conjunto
consiste em um verdadeiro conhecimento da realidade a ser
evangelizada e a relação concreta dessa realidade com a
Igreja.

Não basta estabelecer algumas estatísticas religiosas mais ou
menos científicas, ainda que necessárias.
 É preciso chegar a um verdadeiro estudo psico-social concreto.
Sem esta análise séria sobre a realidade, corre-se o risco de
dar respostas a perguntas que não foram feitas.
Zona humana e zona pastoral
 A pastoral de conjunto privilegia o que se chama de zona
humana, isto é, a unidade social elementar da vida de um grupo
de pessoas.
 Esta unidade compreende, do ponto de vista formal, a rede de
relações decorrentes entre os indivíduos de um território ou
ambiente, mais ou menos extenso, para permitir o
desenvolvimento de todas as dimensões mais significativas da
existência humana.
 Para ser realista e eficaz, a ação pastoral deve estruturar-se em
referência à zona humana na qual opera a comunidade cristã.
 Surge, assim a exigência de se criar a zona pastoral entendida
como o “lugar no qual a ação eclesial enfrenta os problemas
humanos e religiosos de uma unidade social de base.
 Não se tira a importância da paróquia, mas é redimensionado o
seu papel e função e, ela mesma, deve integrar-se em uma
dimensão zonal.
 Desta reflexão também surgiu, posteriormente, a pastoral
ambiental como resultado da preocupação não com os limites
da paróquia, mas sim como os diversos grupos humanos
sociais.
 Para a realização de uma pastoral de conjunto, é preciso dividir
a diocese em zonas pastorais, como estruturas intermediárias
entre as paróquias e os organismos diocesanos.
 Estas estruturas podem ser denominadas por: zona pastoral,
região episcopal, forania, etc.
 A zona pastoral, região ou forania são um conjunto no qual os
diversos ambientes gozam de certa homogeneidade por
depender dos mesmos centros de influência.
 A diocese é, em geral, uma unidade pastoral excessivamente
grande para que todos os problemas sejam resolvidos em uma
só instância. Daí o principio de subsidiaridade.
A PASTORAL DE CONJUNTO
NÃO É:
 uma nova pastoral a ser implantada na Igreja, nem uma
Pastoral específica, alinhada às outras pastorais, como a da
Saúde, a do Menor, dentre tantas.
 Nasceu na trilha de renovação eclesial efetuada pelo Concílio
Vaticano II, a partir da compreensão de que a Igreja é uma rede
de comunidades de irmãos e irmãs, cuja ação pastoral se dá de
forma global, orgânica e articulada.
 Trata-se de uma mentalidade, um espírito que norteia a ação
evangelizadora das dioceses.
Fonte: Diocese da Campanha/MG
 Devemos entendê-la como um esforço de aglutinação e
articulação de metas e princípios na ação evangelizadora.
 À Pastoral de Conjunto, cabe a tarefa de promover a unidade na
Igreja. Estabelecer o alicerce da estrutura pastoral calcada numa
espiritualidade de comunhão.
 Em Puebla, em 1979, o episcopado latino-americano assim
definiu a Pastoral de Conjunto:
Ação global, orgânica e articulada, que a comunidade eclesial
realiza sob a direção do bispo destinada a levar a pessoa e todos
os membros à plena comunhão de vida com Deus.
 Vale lembrar que já, em 1966, a CNBB elaborou o primeiro
“Plano de Pastoral de Conjunto” (1966-1970), que propunha seis
“linhas de trabalho”, atualmente conhecidas como “dimensões”.
 Esse plano foi o embrião das atuais “Diretrizes Gerais da Ação
Evangelizadora”, até 1994 chamada “Diretrizes Gerais da Ação
Pastoral”.
 Servir para solidificar as bases de uma Igreja que testemunha a
comunhão e ajuda a construir uma sociedade solidária, de
forma orgânica. Nascidas da reflexão e estudo de todos os
bispos brasileiros reunidos em Assembleias Gerais, essas
diretrizes fundamentam a Pastoral de Conjunto de todas as
dioceses do Brasil.
 A 46ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, ocorrida em
Indaiatuba (SP), de 30 de abril a 9 de maio de 2008, aprovou as
diretrizes que compreendem o triênio 2008-2010, assim
resumidas no seu objetivo geral:
Evangelizar a partir do encontro com Jesus Cristo,
como discípulos missionários
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres,
promovendo a dignidade da pessoa,
renovando a comunidade,
Participando da construção de uma
Sociedade justa e solidária,
“para que todas tenham vida e a tenham em abundância” (Jo
10,10).
 O objetivo da Pastoral de Conjunto não é padronizar as
pastorais nem desfigurar a variedade dos dons, carismas e
serviços presentes nas comunidades.
 A busca da unidade não abafa a criatividade nem a ação do
Espírito Santo. Cada grupo ou movimento eclesial, com sua
espiritualidade e objetivos específicos, coloca-se em sintonia
com as metas que a Igreja com um todo deseja alcançar.
 Assim se configura a espinha dorsal, na qual fraternalmente se
equilibram os membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja,
dispostos a caminhar numa perspectiva da pastoral orgânica:
 aposta-se na eficácia dos Conselhos de Pastorais como
instrumento articulador da evangelização;
 estudam-se e aplicam-se os planos pastorais das dioceses;
 renuncia-se as interpretações pessoais, do subjetivismo e do
espontaneismo;
 abandona-se o espírito de “grupismo”, as pastorais isoladas
entram numa salutar crise de identidade, que as reconduz ao
núcleo de uma ação missionária pautada pela sociedade e pela
ajuda mútua;

 desmontam-se os esquemas internos de competição e
concorrência pastorais.
 O estabelecimento de metas comuns na evangelização,
aplicadas com criatividade, senso de comunhão e pertença à
Igreja, pode concretizar o ideal da “unidade na diversidade”.
 As diferenças de leitura e interpretação, necessárias à
contextualização dos planos nas distintas realidades nas quais
estamos inseridos, são insignificantes diante da fé comum que
professamos.
 Mas só planejamento e organização não são suficientes.
Cumprir o que se planeja é um bom começo, mas não é tudo.
 A Igreja não é uma empresa submetida às leis do mercado,
nem comprometida com a ideologia do “controle e qualidade
total”.
 Nem tudo que planejamos e colocamos no papel produz os
frutos esperados. O Espírito Santo nos reserva surpresas e é
bom que estejamos preparados para acolhê-las.
 O plano pastoral mais perfeito do mundo pode resultar em nada,
se o espírito que o anima não nascer da caridade pastoral de
Cristo, Bom Pastor.
 Ele é o nosso “programa”. Sua pastoral consiste
fundamentalmente em sair à procura da ovelha perdida. Para
encontrá-la, não carrega consigo em roteiro de viagem, nem o
mapa que aponta a direção da ovelha perdida e machucada.
 Ele segue os impulsos de seu coração, que sabe muito bem onde
há alguém à espera de carinho, cuidado e de “boas notícias”.
 Ainda estamos bem distantes da transparência e vigor que
impregnavam cada palavra e gesto de Jesus Cristo. Ele era o
que anunciava. Sua pastoral era organizada e articulada de
acordo com os planos e a vontade do Pai, sem mediações.
 Nós precisamos de reuniões, assembleias, planejamentos,
consultas e assessorias. Os planos pastorais elaborados em
nossas dioceses, a partir das diretrizes da CNBB, serão sempre
um rascunho dos nossos sonhos. Servirão, por algum tempo.
 Outros planos de PASTORAL DE CONJUNTO deverão surgir.
Inspirações e estratégias serão aperfeiçoadas e falhas
corrigidas nas assembléias e sínodos diocesanos.
 O que está afixado no papel caducará, mas a chama do desejo
de levar as pessoas à plena comunhão de vida com Deus não
poderá se extinguir.
 “PASTORAL DE CONJUNTO” ou “PASTORAL ORGÂNICA”
são apenas nomes que damos ao esforço de evangelizar em
mutirão:
leigos, leigas, religiosos, religiosas e a hierarquia, em
comunhão orgânica e missionária, a serviço da vida e da
justiça.
UMA SUGESTÃO DE
PASSO-A-PASSO
1) Conhecimento recíproco
 Para que possa haver a integração entre as Pastorais,
Movimentos, Associações e demais forças vivas, enfim a
PASTORAL DE CONJUNTO, é preciso que cada um procure
conhecer o outro, seus objetivos e suas atividades específicas, já
que não se ama aquilo que não se conhece.
 Conhecendo-se mutuamente, descobrirão que muito mais
poderão fazer pela evangelização somando forças, trabalhando
em parceria.
2) Conhecimento de fazer
acontecer a integração:
 A integração só será possível se houver, da parte dos
envolvidos na proposta de PASTORAL DE CONJUNTO, real
interesse pelo trabalho de parceria. Não basta a vontade do
bispo, do pároco e do animador da comunidade.
 Tampouco é suficiente que os coordenadores em questão
queiram a integração. A integração precisa ser desejada por
todos os membros ou ao menos, pela maioria.
 Portanto, antes de pensar na integração, faz-se necessário um
trabalho de conscientização e de motivação sobre sua
importância com os envolvidos na proposta.
3) Integração não é fusão
 A integração pressupõe a existência de, pelo menos, duas
faixas (pastoral e/ou movimento e/ou associação), bem
organizadas, com sua coordenação, com seus
agentes/membros e com sua programação.
4) Encontros com os agentes/membros
das duas (ou mais) faixas
 Esses encontros servirão para estreitar os laços de amizade,
fraternidade, conhecimento recíproco e para discutir atividades
que poderão ser realizadas juntas. Serão encontros para rezar,
meditar a Palavra de Deus, estudar a doutrina da Igreja e
conviver.
5) Ter uma agenda mínima em
comum
 Para todo trabalho em parceria faz-se necessário haver
uma agenda mínima em comum, ou seja, atividades em
que as faixas envolvidas estarão trabalhando juntas.
 Para a montagem dessa agenda comum, faz-se
necessário a realização de encontros periódicos de
representantes das duas pastorais, com o objetivo de
planejar e avaliar as atividades desenvolvidas em
parceria.
 É bastante oportuno quando na diocese se realiza um
encontro anual para que essa agenda mínima seja
elaborada, levando em conta as atividades próprias de
cada faixa.
6) Preocupar-se com a formação
permanente de seus agentes
 As faixas envolvidas deverão possibilitar um crescimento
progressivo e contínuo de seus agentes/membros.
 Com certeza, agentes/membros bem formados, conscientes de
sua missão e conhecedores da missão da outra faixa favorecerão
enormemente a integração e oferecerão um serviço pastoral de
qualidade.
7) Fazer tudo por amor e em
espírito de serviço
 Todos podem fazer muitas coisas, individualmente ou em
parceria, mas, se não for por amor, de nada valerá (cf. Cor 13).
“Se não fizermos tudo por amor, corremos o risco de nos
cansarmos e de abandonarmos tudo”(Ibil.,p,15).
 Todos devem aprender de Jesus que tudo o que fazemos na
Igreja deve ser com espírito de serviço (cf. Mc 10,42-45) e de
gratuidade (cf. Lc 17,10). “Se trabalharmos para servir e não
para receber aplausos, resistiremos com mais facilidade aos
desafios”. (Ibid).
 A formação permanente permite ver a realidade de
maneira bem mais criteriosa e objetiva. Ela favorece
a criatividade na fidelidade aos valores essenciais
que não passam.
 Essa compreensão do trabalho pastoral na Igreja ajuda a
superar o espírito de competição, de rivalidade, e criará um
espírito de comunhão e participação, encarnando o
pensamento Paulino de que “eu plantei”, Apolo regou, mas era
Deus que fazia crescer” (1 Cor 3,6).
 Paulo ainda afirma que “aquele que plante e aquele que rega
são iguais” ( 1 Cor 3,8). Todos são importantes para o
cumprimento da missão da Igreja.
8) Uma visão eclesial segundo o
modelo dos Atos dos Apóstolos
 A integração exige que as faixas tenham uma mesma
compreensão sobre a Igreja e sobre a sua missão.
 E o melhor modelo é aquele bíblico apresentado pelo livro dos
Atos dos Apóstolos: uma Igreja toda ministerial e missionária,
pobre e livre, que escuta e anuncia sem medo a Palavra de
Deus, solidária e libertadora, que une fé e vida (cf. 2, 42-47;4,3237).
9) Envolver toda comunidade
 Nesse trabalho de integração devemos buscar ampliar sempre
mais as parcerias com outras pastorais, movimentos,
associações, grupos...
 Para isso, precisamos formar/renovar a comunidade a fim de
que todos se sintam responsáveis pelo serviço de animação
vocacional, pois todos os membros da Igreja, sem exceção, têm
a graça e a responsabilidade do cuidado pelas vocações.
10) Urgência da integração
 Essa integração é mais que necessária e urgente para o bem
da Igreja. Onde ela já acontece, precisa ser intensificada e
incentivada, especialmente, pelos responsáveis mais diretos
das comunidades, paróquias, micro-regiões (setores), macroregiões (áreas), diocese.
 Onde ainda não acontece, deveremos buscar fazê-la acontecer.
 Acontecendo a integração todos ganham. Ganham as pessoas,
que saberão assumir melhor o seu batismo, escutar o chamado
de Deus e responder a ele.
 Ganha a Igreja, porque será enriquecida de muitos servidores e
servidoras, “cada um no seu lugar” (1 Cor 12,27), conforme os
dons recebidos do Espírito Santo (cf. 1 Cor 12,7.11). Ganha o
Reino de Deus com o crescimento dos trabalhadores e
trabalhadoras da messe.
Enfim, a Pastoral Orgânica
“É a organização da ação da igreja, nos vários níveis,
estruturas, situações e dimensões, e ao mesmo
tempo, a busca comum das necessidades pastorais
urgentes e dos meios mais adequados para responder
essas necessidades”.
(Estudos da CNBB 41)
Resumindo, a Pastoral Orgânica
visa:
 Integrar forças, evitando desperdício e falta de relacionamento;
 Possibilitar o relacionamento de estruturas, setores, conselhos,
comissões, etc..;
 Favorecer ações articuladas e coordenadas;
 Dar maior eficiência à ação;
 Encontrar respostas adequadas aos desafios da realidade.
 Quando se propõem uma
pastoral orgânica
ou de conjunto, fatores que
contribuem
para fragmentação pastoral
1. Ausência de um ideal comum
Ninguém trabalha em conjunto sem idéias comuns, sem
instrumentos comuns, sem linguagem comum. Sem um
método comum, sem uma visão de conjunto das atividades
desenvolvidas dentro de uma mesma unidade eclesial.
Por isso é necessária uma opção teológica e pastoral por um
modelo de igreja de comunhão e participação, além do
jurídico-institucional.
2. Ausência de planejamento
pastoral
Não se trata apenas de planejar tarefas e atividades dentro
do mesmo serviço e equipe e ou planejar cada serviço
isoladamente.
Trata-se de se criarem diretrizes mais amplas, com objetivos
a serem atingidos por toda a comunidade. E se criarem
instrumentos de comunhão e participação adequados e
comuns a todos os serviços e equipes.
Uma pastoral planejada, racionalizada, no nível de cada
unidade eclesial, seria instrumento de unidade pastoral não
só ideal, mas prático. Contudo, a improvisação ou repetição
parece ser a marca característica das pastorais.
3. Ausência de instrumentos
Há pouco estudo de conteúdo e métodos de trabalho, poucas
pesquisas sobre a realidade...
Consequentemente pastorais, realidades eclesiais,
movimentos, serviços, anos após anos, fazem sempre a
mesma coisa, aconteça o que acontecer na vida da
comunidade e na realidade em que atuam, não
contextualizam.
Não há convergência , não se articulam em assembléias,
encontros de formação comum, celebrações comuns,
atividades comuns. Não chegam a pensar como paróquia ou
diocese. São capazes apenas de pensar dentro dos limites e
das medidas de suas funções e pequenos serviços.
4. A importação dos subsídios
Subsídios pastorais importados de diversas áreas
e regiões. Cada equipe acaba adotando um tipo de
subsídio, criados em outras situações, em outros
contextos, com as mais diversas orientações,
metodologia e conteúdo.
Acabam no fragmentarismo:
(visão de conjunto) diversos conteúdos métodos, modelos de
igreja, diversas linguagens, circulam dentro da mesma
unidade eclesial e pastoral.
E toda essa diferença dificulta traçar e alcançar um objetivo
comum, um trabalho em conjunto, dificulta o diálogo e a
comunhão diocesana.
Pontos Importantes
 Que cada cristão, agente de pastoral, coordenador de pastoral
e de movimento apostólico, adquira consciência da
necessidade de servir em comunhão, eliminando assim o
individualismo na caminhada pastoral.
 A necessidade de uma espiritualidade de comunhão na vivencia
cotidiana como bem ensinou o Papa João Paulo II na carta
apostólica: Novo Millenio Ineunte.
 A conversão pessoal e do grupo ou comunidade à necessidade
desta unidade na diversidade na missão única da igreja
Responsabilidade Pessoal
 Era uma vez, um grupo formado por quatro
pessoas que se chamavam: “Todo Mundo”,
“Qualquer Um”, “Alguém” e “Ninguém “.

Havia na comunidade um importante
trabalho a ser feito e Todo Mundo
acreditava que Alguém iria executá-lo.
Qualquer um poderia fazê-lo, mas Ninguém
o fez. Alguém ficou aborrecido com isso,
porque entendia que sua execução era a
responsabilidade de Todo-Mundo.
 Todo Mundo, por sua vez, pensou que Qualquer
Um poderia executá-lo, mas Ninguém imaginou
que Todo Mundo não o faria.

Resultado: Todo Mundo culpou,
Alguém, quando Ninguém fez o
que Qualquer Um poderia ter feito.
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