Definições Importantes Sobre Custos
Prezados amigos, congratulações!
Dando seqüência, segue abaixo algumas definições importantes sobre custos,
necessárias para a resolução de questões e entendimento de algumas situações.
Para o alcance das metas e diretrizes organizacionais estabelecidas, ou até
mesmo para o desenvolvimento das diversas atividades cotidianas, o administrador, seja
numa indústria ou firma prestadora de serviços, necessita de ações financeiras as quais
darão o suporte para as diversas operações correlatas. Nesse ínterim, o papel do
administrador nas entidades é planejar, organizar, coordenar, controlar e executar os
processos, tomando decisões que invariavelmente giram em torno de sacrifícios
financeiros.
Dessa forma, a ação financeira com que a entidade arca, necessária para o
desenvolvimento das diversas operações que são inerentes ao cumprimento das metas,
diretrizes e atividades operacionais, recebe o nome de “Gasto”.
A referida ação financeira pode ser representada pela entrega imediata ou
posterior de um ativo, geralmente dinheiro. Em contrapartida, a entidade recebe um
produto, matéria-prima, contrata de serviços, compra um imobilizado, adquire um
investimento ou cumpre com os demais gastos cotidianos, dependendo de seu ramo de
atuação ou objetivos estratégicos.
Cabe ressaltar que em algumas situações a ação financeira referente à entrega
de um ativo, normalmente em dinheiro, poderá não possuir como contrapartida a
obtenção de produtos, matéria-prima e contratação de serviços. Isso em virtude da
peculiaridade da operação desenvolvida como, por exemplo, o pagamento de juros
referente a uma dívida.
Em contabilidade de custos os gastos assumem variadas denominações, de
acordo com as características específicas do sacrifício ou ação financeira. Sendo assim,
os gastos são sacrifícios financeiros (desembolsos ou saídas de dinheiro) com os quais
uma entidade arca, com a finalidade de atingir um objetivo qualquer. Esse objetivo
poderá ser à obtenção ou produção de um produto, a prestação de um serviço ou
também poderá ser a contribuição, direta ou indireta para a produção de fluxo de caixa
futuro para a entidade.
Vejamos agora algumas categorias de gastos:
a) Custos
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Carlos Alexandre
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Custos para a contabilidade são as medidas monetárias dos sacrifícios
financeiros com os quais uma empresa têm de arcar com a finalidade do atingimento de
seus objetivos específicos organizacionais. Esses sacrifícios financeiros correspondem à
a utilização de um produto ou serviço qualquer na obtenção de outros bens ou serviços.
A contabilidade de custos e gerencial incorpora esses e outros conceitos econômicos na
elaboração de relatórios gerenciais.
O custo corresponde ao gasto realizado referente a utilização de um bem ou
serviço, para a obtenção de outros bens e serviços, cumprindo assim os objetivos
específicos da organização.
É importante mencionar também os Pronunciamentos Técnicos do CPC, os
quais estabelecem o tratamento contábil para estoques e outras considerações, pelo fato
dos mesmos abarcarem definições importantes em relação ao reconhecimento do custo
de produtos e serviços.
Vejamos agora algumas denominações sobre custos:
√ O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de
importação e outros tributos, bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e
outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na
determinação do custo de aquisição;
√ Custos Fixos são os custos que, para determinado nível ou intervalo relevante de
atividade, embora tenham um valor total que não se altera com a variação da quantidade
de bens ou serviços produzidos, seu valor unitário se altera de forma inversamente
proporcional à alteração da quantidade produzida. Ex.: O pagamento de seguro;
√ Custos Variáveis são os custos que, em bases unitárias, possuem um valor que não se
altera com alterações nas quantidades produzidas, porém, cujos valores totais variam em
relação direta com a variação das quantidades produzidas. Ex.: matéria-prima;
√ Custos Totais é a soma de custos variáveis mais custos fixos, representado pela
expressão CT=CF+CV;
√ Custos Diretos são os custos sucetíveis de serem alocados facilmente aos bens ou
serviços resultantes, ou seja, possuem parcelas definidas apropriadas a cada unidade ou
lote produzidas. Geralmente são representados por mão-de-obra direta e pelas matérias
primas;
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√ Custos Indiretos são todos os custos que dependem da adoção de algum critério de
rateio para sua alocação ou direcionamento ao produto. São chamados de Custos
Indiretos de Fabricação (CIF) ou Gastos Gerais de Fabricação;
O método de custeio é o método utilizado para alocação dos custos aos
produtos. Temos como os principais métodos o custeio por absorção, o custeio variável
(direto), o custeio ABC e o custeio padrão.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 16, a alocação dos custos
indiretos de fabricação às unidades produzidas deve ser baseada na capacidade normal de
produção. A capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo de vários
períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em consideração, para a
determinação dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total não utilizada por
causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes
considerados normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se
aproximar-se da capacidade normal.
Como conseqüência, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida não
pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos
fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no
período em que são incorridos. Em períodos de anormal alto volume de produção, o
montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida deve ser diminuído, de maneira
que os estoques não sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produção
variáveis devem ser alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos
variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada.
√ Custo Primário é representado pela soma do custo de mão-de-obra direta (MOD) e de
material direto ou matéria-prima (MAD);
√ Custo de Transformação ou Conversão é o custo total do processo produtivo e é
representado pela soma da mão-de-obra direta (MOD) com os custos indiretos de
fabricação (CIF) e representa o custo de transformação da matéria-prima em produto
acabado;
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 16, os custos de transformação
de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou
com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão-de-obra direta. Também
incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que
sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.
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Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem
relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e equipamentos
e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são
aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais
como materiais indiretos e certos tipos de mão-de-obra indireta.
√ Custo Fabril é o custo total de fabricação, ou seja, a soma dos custos primários com os
custos indiretos de fabricação(CIF);
√ Custo de Fabricação ou de Produção corresponde a expressão Custo Fabril + Estoque
Inicial de Produtos em Processo - Estoque Final de Produtos em Processo,
representando o valor da produção de determinado período;
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 16, o valor de custo do
estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros
custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
√ Custo de Mercadorias ou Produtos Vendidos corresponde a expressão Custo Fabril +
Estoque Inicial de Produtos Acabados - Estoque Final de Produtos Acabados,
representando o valor da produção vendida em determinado período;
√ Custo Oportunidade é o valor do benefício que se deixa de receber, quando em um
processo de decisão, se opta por determinado investimento em detrimento de outro,
sendo os benefícios da alternativa rejeitada o custo oportunidade da alternativa
escolhida;
√ Custo Afundado (sunk cost) são os custos realizados até ao momento de uma
determinada tomada de decisão e que não irão interferir nessa mesma tomada de
decisão. Num determinado momento, o administrador deverá decidir de acordo com os
custos resultantes dessa decisão e nunca com base nos custos já realizados até essa data.
O conceito de custo afundado aplica-se a qualquer setor da atividade econômica e em
diversas ocasiões de nossa vida. Por exemplo, uma empresa que investe num
determinado mercado e vê que os investimentos não produziram, até então, resultados
esperados, não deve sair do mercado apenas por isso, uma vez que o investimento feito
até então é um custo afundado. Deve sim avaliar se a continuação do investimento trará
resultados positivos ou não;
√ Custo Marginal é um conceito de custo ligado à Economia que significa a parcela de
acréscimo no custo total por cada unidade adicional produzida;
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√ Custo-meta, também conhecido como Target Costing, é uma estratégia de gestão de
custos que, a partir do preço de mercado e de uma margem de lucro desejada, estabelece
um teto de custo para os produtos ou serviços. É tido como um método de custeio;
√ Custo Padrão são custos predeterminados, porém, diferentemente dos custos
estimados, são calculados com base em parâmetros operacionais, e utilizados em
operações repetitivas de produção, onde não compensaria calcular o custo individual de
cada repetição. É tido como um método de custeio também;
√ Custos ocultos são gastos referentes à atividade de produção, no qual sua principal
característica é ser de difícil mensuração, ou seja, os custos ocultos não podem ser
reconhecidos facilmente ou atribuídos a um determinado processo produtivo onde são
gerados. Além disso, estes custos são numerosos e muito mais altos que o esperado pela
maioria dos departamentos de contabilidade;
√ Custos Imputados são custos não revelados pelas demonstrações contábeis uma vez
que não são registrados pela contabilidade, por serem assumidos em decorrência de
medida de valor do uso de determinado recurso e não representam desembolso de caixa.
São custos constantes de estudos comparativos destinados à tomada de decisão ou de
planejamento de projetos;
√ Outros custos que não de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos
custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os
estoques no seu local e na sua condição atual. Por exemplo, pode ser apropriado incluir
no custo dos estoques gastos gerais que não sejam de produção ou os custos de desenho
de produtos para clientes específicos. Em algumas circunstâncias específicas os
encargos financeiros de empréstimos obtidos são incluídos no custo do estoque.
b) Despesa
Despesa para a contabilidade é o gasto necessário para a obtenção de receita.
Funciona como um sacrifío financeiro feito hoje o qual contribuirá direta ou
indiretamente para a formação de fluxo de caixa positivo futuro, necessário para a
continuidade dos negócios da entidade. As despesas são gastos que não se identificam
com o processo produtivo dos bens e produtos.
As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura
administrativa e comercial da empresa como, por exemplo, aluguel, salários e encargos,
pró-labore, telefone, propaganda, impostos, comissões de vendedores etc. As despesas
são ainda classificadas em fixas e variáveis, sendo as fixas aquelas cujo valor a ser pago
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não depende do volume, ou do valor das vendas, enquanto que as variáveis são aquelas
cujo valor a ser pago está diretamente relacionado ao valor vendido.
No Brasil, as despesas são demonstradas na Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE) de diversas maneiras,
com o objetivo gerar informações úteis ao
processo decisório.
De acordo com o disposto no Pronunciamento Técnico Conceitual Básico do
CPC, as despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil
sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que
resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição
aos proprietários da entidade.
A definição de despesas abrange perdas assim como as despesas que surgem no
curso das atividades ordinárias da entidade. As despesas que surgem no curso das atividades
ordinárias da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação.
Geralmente, tomam a forma de um desembolso ou redução de ativos como caixa e
equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado.
É importante frisar que, contabilmente, despesa não é sinônimo de custo, uma
vez que este último é relacionado com o processo produtivo de bens ou serviços. A
despesa diz respeito, de uma forma genérica, aos gastos com a manutenção das
atividades da entidade.
c) Perdas
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 perdas representam outros
itens que se enquadram na definição de despesas e podem ou não surgir no curso das
atividades ordinárias da entidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e,
como tal, não são de natureza diferente das demais despesas.
Perdas incluem, por exemplo, as que resultam de sinistros como incêndio e
inundações, assim como as que decorrem da venda de ativos não-correntes. A definição de
despesas também inclui as perdas não realizadas, por exemplo, as que surgem dos efeitos
dos aumentos na taxa de câmbio de uma moeda estrangeira com relação aos empréstimos a
pagar em tal moeda. Quando as perdas são reconhecidas na demonstração do resultado, elas
são geralmente demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada
de decisões econômicas. As perdas são geralmente demonstradas líquidas das respectivas.
O problema das perdas é recorrente e inerente à atividade comercial.
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Trata-se de um aspecto que impacta fortemente os resultados financeiros das
organizações comerciais.
Poderão estar ligadas ao processo produtivo normal da empresa, ao gasto
involuntário e anormal, a um sinistro, ao desperdício de produto ou deterioração do
mesmo, por estar fora de uso ou por obsolescência.
As perdas, se dotadas de características como a anormalidade e
involuntariedade, serão tratadas como despesas. Se forem fruto do processo produtivo
normal, são consideradas como custos.
d) Investimentos
De certa forma as entidades procuram aplicar os excessos de disponibilidades
financeiras em relação às necessidades imediatas em títulos e valores mobiliários
resgatáveis em certos períodos de tempo, como forma de proteção contra a ação da
inflação e das altas taxas de juros.
Seguindo essa linha, o investimento é a aplicação de algum tipo de recurso
(gasto), podendo ser dinheiro ou títulos, com a expectativa do recebimento de algum
retorno no futuro, superior ao montante inicialmente aplicado, de forma a compensar
perdas decorrentes do uso desse recurso durante o periodo de aplicação. Cabe ressaltar
que em relação ao investimento o gasto fica “ativado”.
O investimento poderá ser represenado pela compra de máquinas,
equipamentos e imóveis para o parque fabril, assim como a compra de títulos como
letras de câmbio e ações. Resumidamente, é toda aplicação em dinheiro com expectativa
de lucro.
Em economia, o investimento representa a aplicação de capital em meios que
levam ao crescimento da capacidade produtiva da entidade, proporcionando fluxos de
caixa positivos futuros, ou seja, em bens de capital.
Por hoje é só meus amigos, caso queiram entrar em contato para dirimir
dúvidas meu email é [email protected], até breve com muitos exercícios sobre
os temas apresentados hoje !
Cordialmente
Carlos Alexandre
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