FARMACOGNOSIA II
2013
Profª. Ana Carla Gheller
QUIMIOSSISTEMÁTICA
OU
QUIMIOTAXONOMIA
Reino Plantae ou Metaphyta
O reino das plantas é constituído de organismos
pluricelulares, eucariontes, autótrofos
fotossintetizantes.
Famílias
unidades taxonômicas
apresentam um
determinado número de características em comum
gêneros
e
estes
Espécies
morfológicas
químicas
por
uma
ou
mais
formam
espécies.
possuem centenas de características
externas e internas
genéticas
embriológicas
classificá-las em diferentes táxons.
Briófitas
ex: Musgos e hepáticas
(AVASCULARES)
CRIPTÓGAMAS
(SEM SEMENTES)
Pteridófitas
ex: Samambaias e avencas
(VASCULARES)
Gimnospermas
ex: Pinheiro do Paraná
(SEM FRUTOS)
FANERÓGAMAS
(COM SEMENTES)
Angiospermas
(COM FRUTOS)
qualquer planta que produz
fruto (ex: mangueira, cajueiro,
laranjeira, abacateiro...)
hepáticas
Briófitas
Gimnosperma
Pteridófita
Angiosperma
Briófitas
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas
pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura,
que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Devido a ausência de vasos
condutores de nutrientes, a
água absorvida do ambiente e
é transportada nessas plantas
de célula para célula, ao longo
do corpo do vegetal.
musgos
hepáticas
Briófitas
musgos
musgos
Pteridófita
A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais
phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam
uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero
materno.
Ao longo da história evolutiva da
Terra, as pteridófitas foram os
primeiros vegetais a apresentar
um sistema de vasos condutores
de nutrientes.
A maioria das pteridófitas é
terrestre e, como as briófitas,
vivem preferencialmente em
locais úmidos e sombreados.
Pteridófita (samambaia)
Pteridófitas
Samambaiaçu
soros da samambaia
Xaxim
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente')
são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em
ambientes de clima frio ou temperado.
Há produção de sementes: elas se
originam nos estróbilos femininos. No
entanto, as gimnospermas não
produzem frutos. Suas sementes são
"nuas", ou seja, não ficam encerradas
em frutos.
Gimnospermas
Angiosperma
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e
sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado
em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou
Metaphyta.
As angiospermas produzem raiz, caule,
folha, flor, semente e fruto.
Considerando essas estruturas, perceba
que, em relação às gimnospermas, as
angiospermas apresentam duas
"novidades": as flores e os frutos
Agentes Polinizadores nas Angiospermas
Metabolismo Vegetal
A presença restrita de determinados grupos
químicos nos vegetais
quimiotaxonomia.
Metabolismo Vegetal
• De Candolle (1816)
plantas diferentes nascidas em solos
idênticos continham produtos diferentes enquanto que plantas
análogas
nascidas
em
solos
formavam produtos análogos
completamente
diferentes
considerou a composição
química como um caráter taxonômico.
•
Propôs as bases da moderna ecologia bioquímica
alelopatia
observação
interação de insetos com grupos de plantas.
• Compostos presentes em certos grupos de plantas
estudos sobre evolução.
• Grupos não relacionados
denomina-se
• Grupos relacionados
similaridades morfológicas
convergência ou paralelismo.
divergência
conhecimento químico
SOLUÇÃO
QUIMIOTAXONOMIA.
METABOLISMO BÁSICO
Uma das características dos seres vivos é a
presença de atividade metabólica.
METABOLISMO = conjunto de reações químicas que
ocorrem no interior das células.
PLANTAS:
• Primário.
• Secundário.
• QUIMIOTAXONOMIA
fornece dados para
reestruturação de sistemas de
classificação
ETNOFARMACOLOGIA
aliado à
novos fármacos.
BIOTECNOLOGIA
Metabolismo básico e origem
dos metabólitos secundários
Metabolismo primário
Conjunto de processos metabólicos que desempenham uma
função essencial no vegetal, tais como a fotossíntese, a
respiração e o transporte de solutos.
Os compostos envolvidos no metabolismo primário possuem uma
distribuição universal nas plantas:
•
•
•
•
Aminoácidos;
Nucleotídeos;
Lipídios;
Carboidratos.
Metabolismo secundário
Origina compostos que não possuem uma distribuição
universal, pois não são necessários para todas as
plantas.
Como consequência prática, esses compostos podem ser
utilizados em estudos taxonômicos (quimiosistemática).
Embora o metabolismo secundário nem sempre seja
necessário para que uma planta complete seu ciclo de
vida, ele desempenha um papel importante na
interação das plantas com o meio ambiente.
PRODUTOS SECUNDÁRIOS:
Possuem um papel contra:
• a herbivoria;
• ataque de patógenos;
• competição entre plantas e;
• atração de organismos benéficos como polinizadores,
dispersores de semente e micro-organismos simbiontes.
PRODUTOS SECUNDÁRIOS:
Possuem ação protetora:
em relação a estresses abióticos, como aqueles
associados
com
mudanças
de
temperatura,
conteúdo de água, níveis de luz, exposição a UV e
deficiência de nutrientes minerais.
Existem três grandes grupos de metabólitos
secundários: terpenos, compostos fenólicos e alcaloides.
COMPOSTOS FENÓLICOS
Muito do sabor, odor e coloração de diversos vegetais
que apreciamos são gerados por compostos fenólicos.
Os compostos fenólicos não são apenas
atrativos para nós, mas também para
outros animais, os quais são atraídos
para polinização ou dispersão de
sementes.
aldeído cinâmico da canela
(Cinnamomum zeyllanicum)
TERPENOS
Cada unidade básica dos terpenos assemelha-se mais a
uma peça de lego , do que propriamente um monômero.
TERPENOS
ALCALOIDES
Os alcaloides são compostos orgânicos cíclicos que possuem
pelo menos um átomo de nitrogênio no seu anel.
Notar que uma
característica comum dos
alcaloides é a presença de
nitrogênio no anel
carbônico. Essa estrutura
indica que os
alcaloides são derivados de
aminoácidos.
CONCLUSÃO
• A presença de vários princípios ativos nos extratos
vegetais é explicada pelo fato das plantas normalmente
desenvolvem uma série de metabólitos com funções
complementares na defesa contra pragas e doenças.
– Essa estratégia impede o desenvolvimento de resistência
por parte dos organismos maléficos.
BIBLIOGRAFIA
SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; DE MELLO, J. C. P.; MENTZ,
L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed.
Porto Alegre: Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da UFSC, 2007.
LEITE, J. P. V. Fitoterapia: bases científicas e tecnológicas. São Paulo: Atheneu,
2009.
ROBBERS, J. E.; SPEEDIE, M. K.; TYLER, V. E.
Farmacobiotecnologia. São Paulo: Premier, 1997.
Farmacognosia e
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