EDIÇÃO DEZEMBRO / 2008
Postos & Serviços é uma
publicação mensal do
Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados
de Petróleo, Lavarápidos e Estacionamentos de Santos
e Região (Resan).
Rua Manoel Tourinho, 269 - Santos/SP
Tel: (13) 3222-3535 - www.resan.com.br
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Presidente
José Camargo Hernandes
Jornalista responsável, textos e
editoração eletrônica
Christiane Lourenço
(MT b. 23.998/SP)
E-mail
[email protected]
Repórter Renato Santana
(textos e fotos)
Colaboração: Luiz Alberto Carvalho,
Marize A. Ramos e Maria do Socorro G. Costa
Impressão: Demar Gráfica
Tiragem: 1.600 exemplares
As opiniões emitidas em artigos assinados publicados nesta revista são de total responsabilidade de seus
autores. Reprodução de textos autorizada desde que
citada a fonte. O Resan e os produtores da revista não
se responsabilizam pela veracidade das informações e
qualidade dos produtos e serviços divulgados em
anúncios veiculados neste informativo.
ESPECIAL
NOVAS NORMAS DA
ABNT PARA POSTOS
Diesel S-50 chegará à Baixada
Santista apenas em 2012 ........16
INDICADORES
Páginas 4, 5, 6 e 7
ANP DECRETA FIM
DO POSTO-CLONE
Resolução 33 atualiza a Portaria 116 e define,
entre outras regras, que o posto não pode
exibir marca de companhia se estiver cadastrado como bandeira branca na ANP. Confira!
Páginas 8 e 9
2 Dezembro
2008
EDITORIAL
“Somos como uma vitrine”.........3
NR
As cores e suas regras...............9
RETROSPECTIVA
Acompanhe a análise de especialistas sobre 2008 e as perspectivas
para o ano novo...........10, 11 e 12
NOVIDADE
Projeto de lei dá novo nome aos
combustíveis nas bombas........13
VENDAS
Livros invadem as lojas de conveniência e garantem lucro....14 e 15
SEM ENXOFRE
Ranking de preços .....................17
ANIVERSÁRIO
Confira nomes da 2ª quinzena de
dezembro e 1ª de janeiro........18
- Agenda
CAMPANHA
Resan lança campanha contra exploração sexual de crianças.......19
EDITORIAL
JOSÉ CAMARGO HERNANDES
“SOMOS COMO UMA VITRINE”
A
Ao final de cada ano parece que somos atacados por crises nostálgicas.
É bom sermos vítimas desse vírus. Afinal, recordar nos leva a refletir sobre
como agimos e/ou reagimos em determinada situação.
E autocrítica é uma virtude a ser cultivada, pois nos conduz ao aprimoramento, seja como empresário, cidadão e,
principalmente, como ser humano.
Assim, através dela tanto podemos
rever posições equivocadas e erros,
como reafirmar e incrementar convicções reconhecidamente construtivas.
Nessa linha de reflexão e avaliação
desse ano, quase em seu final, cobrado insistentemente pela equipe da Postos & Serviços, que queria o texto do
editorial para esta edição da revista,
tentei buscar “inspiração” relendo algumas de nossas publicações antigas.
A crise nostálgica se acentuou....
Constatei que desde quando foi fundado no não tão longínquo 1993 o
Resan caracteriza-se por ser uma entidade inovadora e arrojada em suas
propostas e, sobretudo, em sua forma
de fazer sindicalismo patronal.
Passados 15 finais de ano de sólido
crescimento e amadurecimento, o
Resan não só conseguiu conquistar,
mas também consolidar confiabilidade
e respeitabilidade junto ao quadro
associativo, como também perante sindicatos congêneres, organismos governamentais e à opinião pública, particularmente dos consumidores de
combustíveis da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira.
Isso pudemos constatar quando
decidimos nos submeter à direta exposição e apreciação pública ao lançarmos em 2003 o Programa Permanente
de Esclarecimento ao Consumidor de
Combustíveis que tem na Cartilha do
Consumidor de Combustíveis seu principal canal de comunicação.
Agora, com o lançamento da campa-
nha Diga Não à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, confesso que, a
princípio fiquei preocupado com a abordagem pública que teria que fazer de um
assunto muito delicado. O tema surgiu de
discussões internas da Fecombustíveis,
para dar cumprimento a uma lei federal
que tornou obrigatória a divulgação de
mensagem relativa à exploração sexual e
tráfico de crianças e adolescentes apontando formas para efetuar denúncias.
A preocupação se concentrava no fato
de como seria entendido pelo associado
e pelo público em geral a abordagem
desse assunto. O Resan como entidade
efetivamente transparente em sua ações
e solidamente consciente de sua responsabilidades não pode omitir-se.
Só para se ter uma idéia desse grave
problema, somente em agosto último,
segundo a Secretaria Especial dos Direitos Humanos, foram 94 denúncias recebidas no Disque 100,
número de telefone gratuito para
denúncias desse tipo de crime.
gico destino, para nós do Resan, 2008
já terá sido um grande ano.
Quanto as questões específicas da
revenda, temos a consciência tranqüila
de que também em 2008 cumprimos
nosso dever, particularmente com a realização do I Encontro de Revendedores
de Combustíveis da Baixada Santista,
Litoral Sul e Vale do Ribeira, em agosto,
no Mendes Convention Center.
Um 2009 de muito sucesso e progresso para todos. Até!!!
“Para nós, do Resan, se
uma única criança for
poupada desse destino
trágico, a campanha ‘Diga
não à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes’ já
terá valido a pena”
Lastimavelmente em nossa
região o problema também
existe, por incrível que possa parecer. Para tanto, é
nosso dever engajar o maior número possível de
pessoas e empresas, justamente as que têm elevado conceito de cidadania, na divulgação
dessa campanha.
Figurativamente somos como
uma vitrine que expõe o que de ruim e
de bom possui a categoria empresarial que
representamos, o ruim
devemos extirpar; o bom
temos que exaltar.
Se através da campanha conseguirmos evitar
que uma única criança
seja poupada desse tráDezembro
2008
3
NOVA NORMA DA ABNT CRIA MANUAL DE
OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE POSTOS
D
Duas práticas mais do que comuns nos
postos devem ser banidas imediatamente sob risco de autuação. São elas o abastecimento de motocicletas com o condutor sentado e a venda de combustíveis
em saquinhos ou em garrafas PET. Esses são alguns dos poucos exemplos do
que mudará no dia-a-dia de um posto com
a publicação das normas de operação e
manutenção para posto revendedor de
combustíveis pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT).
Depois de dois anos de estudo e de
uma consulta nacional, a ABNT NBR
15.594 passa a “estabelecer os procedimentos mínimos para uma operação
segura e ambientalmente adequada”. Na
prática, a NBR compila as práticas que
já são conhecidas do setor, mas que
nem sempre são aplicadas.
Por enquanto estão disponíveis apenas duas das cinco fases já definidas:
procedimento de operação e procedimento de manutenção. Ficarão para o final
de 2009 as regras para troca de óleo e
lavagem e de operação do sistema de
armazenamento aéreo de combustíveis
(SAAC). A última etapa será a de manutenção do SAAC, prevista para 2010.
Segundo Maurício Prado, coordenador da Comissão de Distribuição e
Armazenamento de Combustíveis de
Postos e Serviços, da qual o Resan também é membro - representando a
Fecombustíveis, no Brasil as normas
são obrigatórias sempre que são citadas em alguma legislação, como é o
caso da Conama 273. Por isso, diz ele,
agentes de fiscalização poderão, sim,
exigir o cumprimento da NBR e até
autuar quem descumpri-la.
“Trata-se de um manual para administrar um posto de combustíveis. Não
havia nada similar antes. Outras mudanças sempre foram revisões, mas
essa é absolutamente nova. Surgiu da
Resolução Conama 273 e guarda todas
as relações com o posto revendedor”,
explica Avelino Morgado, assessor especial do Resan e membro da comissão de estudos da NBR.
4 Dezembro
2008
SEM MUITAS MUDANÇAS
Embora a NBR 15.594 não traga grandes novidades, sua função principal será
a de “dar transparência aos procedimentos adotados nos postos, principalmente
aqueles que são vistoriados pelos agentes
de fiscalização”, explica Prado.
Nos Estados Unidos, na década 90,
foram gastos milhões de dólares para
implantar novos procedimentos. Mas,
só agora os postos estão passando por
treinamento, o que novamente exigiu
investimentos pesados.
Aqui no Brasil, a NBR deve ser tida
como a bíblia ou a cartilha do posto
revendedor. Por isso, tanto o dono do
posto quanto seus funcionários devem
ser treinados para seguir as normas e,
assim, operar adequadamente os equipamentos existentes. Minimizar preju-
Pela nova norma, o abastecimento em
saquinhos plásticos e garrafas PET está
proibido. Entretanto, ainda não há no
mercado recipiente para este fim que
esteja adequado às regras da NBR
ízos ao meio ambiente e garantir a segurança nas operações, protegendo tanto consumidores quanto os funcionários da revenda, são os principais objetivos da ABNT.
Na prática, a publicação da NBR,
que já está em vigor desde agosto deste
ano, não complicará em nada o dia-adia da revenda. Pelo contrário: vai acabar com dúvidas e eliminar situações
dúbias. É isso o que diz Maurício Prado: “nos pressupúnhamos que essas
normas estivessem sendo cumpridas,
mas a prática revelou que havia muitas
dúvidas e até desconhecimento”.
MOTOS, A NOVIDADE
Embora o revendedor já tivesse ouvido que não deveria
permitir o abastecimento de motos com o condutor
sentado, não existia nada na legislação que normatizasse o
procedimento. É isso o que fez a NBR 15.594-1, que criou
elencou os procedimentos de operação a serem seguidos
nos postos. Por ele, o “abastecimento de motocicletas,
triciclos, bicicletas motorizadas ou outros veículos de
pequeno porte” deve ser feito sem pessoas sentadas, com
vazão lenta, sem auxílio de funil e mantendo o contato
entre o bico e o bocal durante o abastecimento.
“Imagine se há um transbordamento ou respingos que
atinjam o condutor. Se houver alguma ignição o motociclista estará na linha de frente do fogo”, adverte José
Camargo Hernandes, presidente do Resan.
‘SAQUINHOS’ OU PET, PROIBIDOS DE VEZ
A
Afinal, como atender um cliente que
está com o carro em pane seca e vai
ao posto buscar combustível? Pela
nova NBR, os tradicionais saquinhos
e as garrafas PET estão proibidos.
Vender combustível fora do tanque
do veículo só se for em embalagem
rígida, adequada para este fim.
O problema é que a indústria que
atende aos postos não oferece ainda
recipiente com essa finalidade. Numa
das empresas consultadas por P&S,
os saquinhos deixaram de ser vendidos há tempos por falta de qualidade
por parte do fabricante. “Havia muita
reclamação de que ele rasgava no
transporte”, conta uma vendedora.
Pelas regras, os recipientes de
combustível devem ser “rígidos,
metálicos ou não-metálicos, devidamente certificados e fabricados para
este fim, permitindo o escoamento da
eletricidade estática gerada durante o
abastecimento. Os não-metálicos
devem ter capacidade máxima de 50
litros e atender aos regulamentos
municipais, estaduais ou federais”.
Os recipientes devem ser abastecidos em até 95% de sua capacidade
para evitar o transbordamento em
caso de dilatação do produto. O
abastecimento deve ser fora do
veículo, apoiado sobre o piso,
“embutindo ao máximo possível o
bico dentro do recipiente”.
BARCOS
O abastecimento de volumes
superiores a 50 litros, geralmente
utilizados em embarcações ou
maquinários, deve ser feito em
recipientes metálicos, certificados
pelo Inmetro, e pode ser feito sobre a
carroceria do veículo, “desde que
garantida a continuidade elétrica do
aterramento, durante o abastecimento, através do mínimo contato do
bico com o bocal do recipiente”.
CARTILHA DEFINE PERIODICIDADE PARA INSPEÇÕES
N
Nenhum
equipamento
instalado
n u m
posto
pode ficar sem
inspeção num intervalo máximo de
três anos. O nível de inspeção e o
intervalo devem ser determinados de
acordo com o tipo de maquinário,
as recomendações do fabricante, a
zona da área classificada e o resultado de inspeções anteriores. A manutenção técnica deve ser obrigatoriamente realizada por profissionais
comprovadamente qualificados.
A rotina do posto exige, no entanto,
manutenções e inspeções diárias, semanais, mensais, bimestrais e anuais.
Entre as verificações diárias estão, por exemplo, bicos, mangueiras, válvulas de segurança de mangueira, filtro transparente, visor de
fluxo e unidade abastecedora (partes externa e interna).
ESTOPA
Atenção: a estopa não deve ser
usada em hipótese alguma. Pela NBR
15.594-3, a limpeza deve ser feita com
produto neutro biodegradável.
TANQUE
A norma exige que sempre ao
substituir um produto no tanque seja
realizada uma limpeza prévia. Também deve-se, com freqüência, verificar o nível de água no fundo dos
tanques de diesel. Caso seja constatada a presença do líquido, deve ser
efetuada a drenagem. A qualquer suspeita de vazamento deve ser solicitado ensaio de estanqueidade, a ser
executado por empresa técnica especializada. Mensalmente, verifique
o estado da sinalização de identificação dos produtos armazenados em
cada um dos tanques.
Dezembro
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5
FRENTISTA DEVE SEGUIR MANUAL À RISCA
As tantas placas obrigatórias na pista de um posto, desde a que proíbe o fumo até a que
pede que o motor do veículo seja desligado ao abastecimento, ganham ainda mais força
com a NBR 15.594-1. No capítulo “Abastecimento de veículos automotores”, um passo
a passo é apresentado ao revendedor para que o atendimento seja padrão em qualquer posto do território nacional. Confira os procedimentos e não deixe de capacitar
seus funcionários. “A excelência no atendimento é o nosso diferencial. O revendedor
mais exigente é também o mais reconhecido pelo consumidor que preza cada dia
mais a qualidade não só do produto, mas do serviço em geral”, diz Hernandes.
A operação de abastecimento somente deve ser iniciada quando:
a) não houver fonte de ignição na área de abastecimento e as instalações/
equipamentos elétricos estiverem em conformidade com a ABNT NBR 14639
b) o motor do veículo estiver desligado
c) não existir pessoas fumando’
d) o atendende deve confirmar com o motorista o combustível a ser abastecido
e) o mostrador mecânico ou display da bomba deve estar zerado
Para iniciar o abastecimento, o veículo
deve estar parado de modo que evite
que a mangueira fique transpassada por
baixo dele. O atendente deve, ainda:
a) acionar manualmente os teclados da
bomba, sem uso de canetas ou outros objetos
b) retirar o bico de abastecimento do suporte,
mantendo a ponteira para cima
c) operar manualmente a alavanca de acionamento da bomba, sem ajuda de nenhum objeto
d) manter a mangueira estendida
e) inserir o bico de abastecimento no bocal do
tanque do veículo
Durante o abastecimento, o atendente deve:
a) manter o contato entre o bico de abastecimento e o bocal do tanque
b) permanecer na área de abastecimento, podendo realizar outras tarefas enquanto o abastecimento for efetuado por meio de bico automático
c) operar de maneira contínua quando o
abastecimento for efetuado por meio de bico
simples, sendo proibido o travamento do
gatilho. Neste caso, o frentista não pode realizar
outras tarefas simultâneas
d) interromper imediatamente a operação em
caso de derramamentos, utilizando material
absorvente para a remoção do produto
Após o abastecimento, o frentista deve:
a) destravar o bico automático, caso ainda
esteja acionado
b) retirar o bico de abastecimento do bocal do
veículo, mantendo a ponteira para cima
c) desligar a bomba recolocando o bico no
suporte
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DESCARGA DEVE SEGUIR PADRÃO RÍGIDO DE OPERAÇÃO
N
Na maioria dos casos, revendedores e
gerentes de postos sabem de cor os
procedimentos para a descarga de caminhão-tanque. O perigo está quando
a autoconfiança se sobrepõe aos riscos efetivos de acidentes. Assim, a
NBR 15.594 inclui um capítulo especial sobre o assunto. Confira:
1
antes de iniciar a descarga, verificar a necessidade de drenagem e
limpeza no interior da câmera de contenção da descarga de combustível
2
11
conectar primeiramente o cachimbo de descarga no colar
da descarga selada do tanque subterrâneo e em seguida no caminhão
12
o motorista deve acompanhar
toda a operação de descarga,
não se afastando das válvulas de fluxo do caminhão e do ponto de conexão do tubo de enchimento
13
14
proibida a entrada de estranhos
na área de descarga
interrom per a descarga nos
casos:
antes da descarga, o atendente
deve assegurar que nenhum veículo ou equipamento esteja posicionado
na área onde estiverem o caminhãotanque ou os mangotes de descarga
- vazamento na conexão da mangueira, no dispositivo da descarga selada
ou em qualquer
ponto da linha de
descarga
3
- ejetado líquido
pela extremidade
da linha de respiro
o motorista deve estacionar o ca
minhão de forma a retirá-lo facilmente, facilitando a fuga em eventual
emergência
4
o local de descarga deve ser isolado com cones de sinalização de
tráfego ou outras barreiras, que devem ser colocados pelos motoristas,
isolando a área
5
o motorista deve posicionar placas “não fume” e os extintores, que
devem ser posicionados na área de
descarga, acessíveis e disponíveis
para operação durante a descarga
6
7
8
assegurar que o produto seja descarregado no compartimento correto
identificar o dispositivo anti-transbordamento do tanque subterrâneo
os bocais que não estiverem sen
do utilizados, devem permanecer
fechados
9
conectar o cabo terra sempre primeiramente no ponto de descarga de combustível do tanque subterrâneo ou a um ponto de aterramento
indicado na instalação para, em seguida, conectar no caminhão
10
no dispositivo de descarga selada, acoplar o cachimbo da
mangueira do caminhão-tanque (também chamado de joelho ou canhão)
ao bocal do tanque subterrâneo ou a
um ponto de aterramento indicado na
instalação para, em seguida, conectar
no caminhão
“Estes são procedimentos
mínimos para uma operação
segura e ambientalmente
adequada para capacitação
da equipe e elaboração do
plano de operação do posto
revendedor”
ABNT NBR 15594-1
vel de combustível.
- alarme de transbordamento: o
acionamento do alarme sonoro e visual ocorre ao atingir 90% da capacidade do tanque, devendo a válvula do
caminhão-tanque ser imediatamente
- transbordamento de combustível
pela unidade de
filtragem, quando
existir
- transbordamento de combustível
pelo eliminador de
ar da unidade
abastecedora
15
a operação dos dispositivos antitransbordamentos deve contemplar pelo menos um dos dispositivos abaixo:
- válvula anti-transbordamento: bloqueia o fluxo ao atingir 95% da capacidade do tanque, que é percebido
pelo visor do joelho da mangueira,
devendo a válvula do caminhão ser
fechada
- válvula de retenção de esfera flutuante: ao atingir 90% da capacidade
do tanque, o acionamento da válvula
restringe o fluxo, devendo a válvula do
caminhão ser fechada. Caso não seja
possível aguardar a drenagem da
mangueira antes de desengatar as
conexões por falha nos procedimentos de descarga é necessário acionar a unidade abastecedora correspondente ao tanque para reduzir o ní-
fechada e a mangueira drenada antes de desengatar as conexões.
16
Desconectar o cabo terra primeiramente no caminhão-tanque e
em seguida no ponto de descarga
do tanque.
17
assegurar que a tampa do dispositivo de descarga selada e a
da câmara da descarga tenham sido
recolocadas nos devidos locais
18
não deve ser acionada a unidade abastecedora interligada ao
tanque que estiver recebendo produto
19
assegurar que o compartimento
do caminhão-tanque descarregado tenha sido totalmente esvaziado
20
após a descarga, verificar a necessidade de drenagem e limpeza no interior da câmara de contenção da descarga de combustível.
Dezembro
2008
7
NOVA RESOLUÇÃO DA ANP ACABA COM POSTO
CLONE E EXIGE CUMPRIMENTO DA FICHA CADASTRAL
Posto credenciado como bandeira branca não pode ostentar marca de uma distribuidora, mesmo
que compre combustível apenas dela há anos. Para isso, terá de mudar documentação
A
A ANP publicou no dia 14 de novembro as alterações propostas para a Portaria 116, a mais importante para o setor varejista de combustíveis. Discutida em audiência pública em agosto do
ano passado, a Resolução 33/08 tem
como principal missão combater os
chamados postos “clonados”. Com
regras mais claras para os revendedores
que quiserem operar sem ostentar marca de uma distribuidora, tornando-se
postos bandeira branca, a resolução
também define novos prazos para alteração cadastral, o que beneficiará inclusive os postos que querem apenas
mudar de parceiro comercial.
Na prática, se atualmente um
revendedor pode comprar combustível
de uma companhia e expor sua marca
mesmo que ele esteja credenciado na
ANP como bandeira branca, a partir
desta resolução esse modo de operação
não é mais permitido.
Assim, a principal mudança se refere aos casos de alteração quanto à
opção de exibir ou não a marca comercial de um distribuidor de combustíveis. Assim, o revendedor prestes a
mudar de distribuidora ou deixar de
estar vinculado a uma marca deverá:
protocolar, junto à ANP, Ficha
Cadastral de Solicitação de Atualização Cadastral de Marca Comercial/ Sócios de Posto Revendedor, no
prazo de até 15 (quinze) dias contados a partir da data da alteração
indicada na Ficha Cadastral;
retirar todas as referências visuais da marca comercial do distribuidor antigo a partir da data de alteração informada à ANP, indicada na
Ficha Cadastral
As demais alterações que não se refiram à ostentação de marca continuam
a ter o prazo de 30 dias para atualização
dos dados cadastrais junto à Agência.
Está previsto na resolução que o
revendedor que optar por uma distribuidora, deverá exibir sua logomarca, no
mínimo, na testeira do estabelecimento,
Os postos BR são os mais
clonados. Pela Resolução 33, é
proibida a utilização de “cores e
suas denominações, se dispostas
ou combinadas de modo peculiar e
distintivo, ou caracteres que
possam, manifestamente, confundir
ou induzir a erro o consumidor”
a
b
8 Dezembro
2008
de forma destacada, visível à distância,
de dia e de noite, permitindo que o consumidor o reconheça facilmente. Não é
preciso dizer que o posto só poderá adquirir e revender combustível fornecido
pela mesma empresa cuja marca exibir.
E no caso do bandeira branca? A
resolução é clara: ele “não poderá exibir marca comercial de distribuidor em
suas instalações e deverá identificar, de
Caso no endereço eletrônico da
ANP conste que o revendedor
não optou por exibir a marca
comercial de um distribuidor de
combustíveis líquidos, o
revendedor varejista...
... não poderá exibir marca
comercial de distribuidor em
suas instalações; e
... deverá identificar, de forma
destacada e de fácil
visualização, em cada bomba
abastecedora, a razão social ou
o nome fantasia do distribuidor
fornecedor do respectivo
combustível e o CNPJ
forma destacada e de fácil visualização,
em cada bomba abastecedora, a razão
social ou o nome fantasia do distribuidor fornecedor do respectivo combustível e o CNPJ”.
Até mesmo as “cores e suas denominações, se dispostas ou combinadas
de modo peculiar e distintivo, ou
caracteres que possam, manifestamente, confundir ou induzir a erro o con-
sumidor” estão proibidas.
“Devemos ressaltar que o uso das
cores é permitido, e que ninguém tem
exclusividade na sua utilização; mas
deve-se ter cuidado redobrado para que
a disposição dessas cores não seja igual
ou semelhante à forma de disposição de
cores adotadas por outros agentes do
mercado”, analisa Leonardo Canabrava,
consultor jurídico da Fecombustíveis.
Segundo ele, “o revendedor que
desejar ostentar marca própria deve
acautelar-se para que o seu estabelecimento tenha uma identidade visual suficientemente singular para que não
produza a confusão no consumidor.
Nesse contexto, especial cuidado deve
ser adotado quando o revendedor utilizar cores já identificadas com distribuidoras consagradas”.
Canabrava adverte para a necessidade de “a fiscalização da ANP ter a
sensibilidade necessária para autuar
apenas os casos em que a confusão
das imagens é manifesta (a própria resolução utiliza essa palavra, significando que casos duvidosos não devem ser
objeto de autuação da Agência)”.
TRANSIÇÃO
A Resolução 33 torna mais clara e
segura para o dono do posto o processo de transição do contrato comercial
entre uma marca e outra. Dentro do
prazo de 45 dias, contados a partir da
data da Ficha Cadastral de Solicitação
de Atualização Cadastral de Marca Comercial / Sócios de Posto Revendedor,
o revendedor poderá efetuar a aquisição de combustíveis de outra companhia. As únicas ressalvas é que a documentação seja entregue à nova distribuidora e mantidas cópias no posto.
A alteração cadastral, quando for
deferida pela ANP, terá efeitos retroativos à data da solicitação, “permitindo
que o posto possa tomar as suas decisões comerciais com liberdade e agilidade”, completa Canabrava.
As novas regras, entretanto, concedem prazo apertado de apenas 15 dias
para postos que mudaram de companhia
trocarem toda a sua identidade visual,
contados da publicação da resolução, em
13 de novembro passado. Após esse prazo, ele estará sujeito a autuação.
NR 26 ESTABELECE O USO DE CORES DE
SINALIZAÇÃO E ADVERTÊNCIA NOS POSTOS
A Norma Regulamentadora
26, última desta série de reportagens iniciada em abril e
destinada à atualização da categoria, trata das cores que,
entre outras funções têm
como objetivo evitar acidentes, identificando as áreas
dentro do posto.
No total, a NR prevê o
uso de 12 cores, das quais
oito devem ser adotadas em
um posto de combustíveis.
No entanto, em muitos estabelecimentos, como as tubulações passam por baixo da
terra, o uso de cores é menor. Para evitar distrações e
confusões, as cores servem
apenas para delimitar áreas,
identificar canalizações para
condução de líquidos e gases
e advertir contra riscos.
De acordo com a NR, os postos devem usar as cores vermelha, amarela, branco, preto, verde, alumínio e marrom. Cada uma
possui uma funcionalidade e só
deve ser empregada quando necessário.
A
SIGNIFICADOS
Cada cor é aplicada à respectiva indicação desta NR. O vermelho é usado para distinguir e indicar equipamentos, aparelhos de
proteção e combate de incêndio,
enquanto o amarelo sempre é para
alertar, sinalizar um “Cuidado!”.
No caso do branco, o
revendedor deve usá-lo para indicar bebedouro, corredores, circulação, zonas de segurança, áreas em torno de equipamentos de
segurança.
Canalizações de inflamáveis e
combustíveis de alta viscosidade
(óleo lubrificante e combustível)
Extintores de incêndio devem ser
sinalizados com as cores vermelho
(para equipamentos de proteção e
combate a incêndio) e amarelo
(significa ‘cuidado!’)
levam a cor preta. Verde é a cor
que caracteriza segurança. Já o
alumínio para canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (óleo diesel, querosene,
gasolina, lubrificantes).
Por último, o marrom, que serve
para identificar qualquer fluído nãoidentificado por nenhuma das outras
cores, mas sua funcionalidade fica
a cargo da direção do posto. Para
fins de segurança, os depósitos ou
tanques fixos que armazenem fluidos deverão ser identificados pelo
mesmo sistema de cores que as canalizações.
Toda identificação por meio de
cores tem como premissa a fácil
visualização e é determinada pelo especialista em segurança do trabalho.
Dezembro
2008
9
RETROSPECTIVA 2008
...um ano de crise num cenário de crescimento
C
Como já dizia um velho ditado, o mais
importante é o caminho e não a chegada.
Pensando nisso, a revista Postos & Serviços “voltou a fita” de 2008 para
relembrar as principais cenas e episódios de um ano marcado por uma crise financeira sem precedentes e descobertas
de petróleo nunca antes imaginadas pelos brasileiros. Sob a ótica das principais
lideranças do setor de combustíveis do
País, essa retrospectiva pode ser tomada
com um balanço e termômetro para o ano
que chega. Por hora, segundo os entrevistados, ela é positiva.
Para o presidente da Fecombustíveis,
Paulo Miranda, 2008 vai embora e deixa
um ótimo legado. A começar pela Medida
Provisória (MP) 413. Seu texto pedia a
cobrança do PIS/COFINS do álcool combustível direto na fonte, no caso as usinas, como já acontece com as distribuidoras. O lobby dos usineiros foi maior, a
MP não foi para frente, mas para Miranda
já foi uma grande vitória. “Foi um golpe
na chamada fraude do álcool e a tendência é a cobrança ser feita integralmente
na fonte (por enquanto é de apenas
60%)”.
Outro aspecto positivo lembrado pelo
presidente da Fecombustíveis é a Resolução 33 da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que atualiza a Portaria 116
(veja matéria nas páginas 8 e 9). “A resolução acaba com a questão do posto
clonado. Também melhorou a questão da
sucessão nos postos, até então demorada e complicada”. Miranda ressalta que
a portaria protege os empresários que
investem na marca.
“O ano registra mais eficiência na fiscalização, que melhorou muito. É nítida a diminuição de fraudes. Devemos lembrar
ainda das descobertas no setor do petróleo e o bom desempenho da indústria
automobilística”, acrescenta Miranda.
Sobre 2009, o presidente da
Fecombustíveis é taxativo ao dizer que a
preocupação com a crise financeira mundial, que no Brasil derrubou o crédito e
aumentou os juros, é central. “Estamos
torcendo para que essa situação não afe-
10
Dezembro
2008
te mais o que já afetou o crescimento do
País, indispensável para o bom desempenho da revenda”. Segundo Miranda, o
setor espera um crescimento de 2,5% do
Produto Interno Bruto (PIB).
No centro do poder, a Fecombustíveis
estará de olho no Código Brasileiro de
Combustíveis, em tramitação na Câmara
dos Deputados, e na Reforma Tributária,
já em curso. “Defendemos para esta reforma a unificação das alíquotas do ICMS
para combustíveis em todos os estados”,
diz Miranda. Inclusive, a Federação estuda uma forma de entrar na Justiça pedindo a unificação. A brecha já existe:
segundo a Constituição Federal, não se
pode cobrar alíquotas elevadas para produtos de primeira necessidade.
Apesar da crise, 2008 foi um bom ano para a revenda. Paulo Miranda (à esq)
comemora a redução de fraudes e medidas aprovadas para melhorar a fiscalização. Já Alcides Amazonas, da ANP, cita trabalho “árduo”para zerar a adultaração
ANP TAMBÉM
COMEMORA
“O ano foi muito bom e
produtivo, mas os
fraudadores são muito
hábeis, sempre com novidades. É preciso manter a
linha de trabalho em 2009”,
Alcides Amazonas
A
Alcides Amazonas, coordenador da ANP
no Estado de São Paulo, avalia 2008
como muito positivo. Principalmente
quando se fala da qualidade dos combustíveis. “Inicialmente estávamos com
força-tarefa apenas na Capital, agora o
movimento cresceu e já está muito bem
na Baixada Santista e ABC”, comemora
Amazonas.
Desde 2004 a ANP toca o Programa de
Monitoramento de Qualidade, diariamente. Este ano, a Agência conseguiu seu menor índice de adulteração: 1,4% no último
trimestre, quando no ano passado fechou
em 4,7% . “Esse é um número só observado em países bem mais desenvolvidos que
o nosso”, lembra o coordenador.
Na Baixada Santista a força-tarefa, trabalhando em conjunto com a Agência
Metropolitana (Agem), registrou 0% de
adulteração em Santos, Guarujá e Praia
Grande. “Um trabalho árduo e que envolveu muitos outros órgãos”, ressalta.
Amazonas comemora também a
contratação do dobro de agentes que
possuía e o recente preenchimento das
vagas ociosas na própria direção da
Agência. “O ano foi muito bom e produtivo, sem dúvida”. Ainda assim, o coordenador prevê um 2009 de muito trabalho porque “os fraudadores são muito
hábeis, sempre com novidades. É preciso manter a linha de trabalho”.
Entre os pontos prioritários para a
Agência no ano que vem estão a intensificação da fiscalização nas usinas de álcool e mais acompanhamento da qualidade de lubrificantes, biodiesel e GNV.
“Todo este trabalho terá o aporte de laboratórios novos e na Baixada Santista,
especificamente, queremos consolidar a
força-tarefa”, conclui.
SINDICOM APOSTA NUM CONTÍNUO
CRESCIMENTO DO SETOR
N
Na distribuição de combustíveis, o ano
será lembrado como o da continuidade do
crescimento do mercado de combustíveis.
Alísio Vaz, vice-presidente executivo do
Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), afirma que 2008 deve
fechar na ordem de 9% de crescimento.
“Destaca-se o etanol hidratado, cujo consumo aparente deve crescer cerca de
50%”. Como Paulo Miranda, Alísio Vaz
acredita que outros fatores positivos
deste ano incluem duas evoluções na
área tributária: a introdução da Nota Fiscal Eletrônica para os combustíveis e o
aprimoramento da tributação federal sobre o etanol, através da lei n° 11.727.
“Estes dois mecanismos têm grande potencial para reduzir a sonegação de tributos. (...) estimamos que cerca de 25%
do volume consumido apresentam algum
grau de evasão de tributos”, diz.
Para Vaz, 2009, de relevante, deverá ter a
ABIEPS ESTÁ OTIMISTA
APESAR DA CRISE
”De relevante para 2009 esperamos
que a luta contra a adulteração seja
vencedora e traga ao mercado e
principalmente ao revendedor que
não participa dessas práticas, um
melhor equilíbrio”. Isso é o que
espera Carlos Zeppini, presidente
da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos
de Serviços (Abieps).
P&S - Quais suas perspectivas
para 2009? O que de mais relevante está previsto para acontecer?
Zeppini - Mesmo com os acontecimentos que estão preocupando os
mercados no mundo todo, continuamos otimistas e esperamos que o
setor continue com investimentos
para 2009. Isso devido a dois
fatores básicos: o primeiro com
respeito a adequação ambiental,
que é uma exigência legal e que
vem sendo cumprida; o segundo
fator é devido a frota de veículos ter
crescido intensamente nos últimos
anos e com mais carros nas ruas
eles tem que abastecer e o
revendedor que estiver investindo do
seu empreendimento vai conquistar
esses consumidores.
Reforma Tributária, na qual ele destaca
dois pontos: a preservação da Cide, que
passaria a ser o único tributo federal sobre os combustíveis, e a uniformização
das alíquotas de ICMS.
Alísio Vaz comemora crescimento de 9%
IPIRANGA DESTACA FUSÃO
O aumento do volume de combustíveis comercializado em 11,8% de janeiro a setembro, chegando a 61,3
milhões de litros, é um dos pontos positivos em 2008 destacados por
Ricardo Maia, diretor de Marketing da
Ipiranga. “Além disso, houve uma movimentação de consolidação de
players com a aquisição da Texaco
pela Ipiranga e da Esso pela Cosan”.
P&S - Então o ano foi bom?
Maia - Para a Ipiranga, o ano foi muito
importante. Conseguimos ampliar a
venda de combustíveis líquidos (gasolina, álcool, diesel) em 9,8% de janeiro
a setembro, totalizando 8,5 milhões de
litros. Outros projetos como Cartão Carbono Zero e a loja virtual Ipirangashop.com
tiveram resultados significativos. Mas o
grande destaque de 2008 foi a aquisição da Texaco, realizada em agosto pelo
Grupo Ultra. Com essa operação, a
Ipiranga volta a atuar em todo País como
uma rede de 5 mil postos. A participação
de mercado da empresa subiu para 23%
e isso mostra a nossa posição de
consolidadora do setor de combustíveis.
P&S - Quais as perspectivas para 2009?
Maia -Será o ano de consolidar a nossa presença no território nacional com
a fusão da Texaco com a Ipiranga.
Dezembro
2008
11
“EM 2008 TIVEMOS SIGNIFICATIVAS
MELHORIAS NO AMBIENTE COMPETITIVO”,
“É PRECISO MAIS EMPENHO E PARTICIPAÇÃO,
PRINCIPALMENTE DO PODER JUDICIÁRIO”,
Edmario Machado, Diretor da Rede de Postos de Serviços da BR
Jucelino Sousa, vice-presidente da ALE Combustíveis
Edmario - Acho que o ponto de maior destaque foi o
aperfeiçoamento dos mecanismos de combate ao
comércio irregular de combustíveis. Ações na área
regulatória, como a Resolução ANP 7/07, por exemplo; na área fiscal, como a
NF-e e o Sistema Público
de Escrituração DigitalSPED; na área tributária,
como a maior concentração do PIS/COFINS nos produtores de álcool; e na área de
repressão, com a ação integrada entre ANP, Sefaz, Procon,
polícias e prefeituras. Houve significativas melhorias no ambiente competitivo, o que nos leva a acreditar que poderemos ter uma competição mais saudável no próximo ano.
P&S - Qual o saldo deste ano?
Edmario - Muito positivo. Na BR vamos fechar o ano com
uma forte consolidação de nossa marca nos principais mercados do país. Em 2009 continuaremos atuando para modernizar nossa rede e melhorar a qualidade dos serviços e
do atendimento nos postos BR, pois acreditamos que a competição se deslocará dos preços para a qualidade dos produtos e do atendimento. Considerando que o mercado estará melhor regulado e fiscalizado, acreditamos que a chave
do sucesso da revenda estará na mão do frentista. No caso
da BR, o frentista representa toda a cadeia produtiva, do
poço ao tanque dos automóveis, sendo a figura de maior
importância, por atuar no momento final, em que precisamos assegurar que o consumidor seja bem atendido e retorne
ao posto BR. Assim, é imprescindível que ele seja receptivo,
ágil e esteja capacitado. Um simples erro ou uma postura
inconveniente pode resultar em graves conseqüências.
P&S - Quais suas perspectivas para 2009? O que de
mais relevante está previsto?
Edmario - Deveremos ter a aprovação pela ANP de alterações na Resolução 116, medida que é muito esperada
pelo setor, uma vez que reforçará o combate ao comércio
irregular de combustíveis. Desejamos que sejam intensificadas medidas dos órgãos fiscalizadores contra a adulteração de bombas e equipamentos de medição dos combustíveis, práticas que têm se revelado altamente prejudiciais aos consumidores e ao comércio ético. Outro ponto
que certamente está gerando forte expectativa no setor é
a resistência de alguns agentes econômicos na
comercialização irregular de álcool, o que vem causando
graves prejuízos aos estados e à livre concorrência.
12 Dezembro
2008
P&S - Qual balanço o sr. faz deste ano?
Sousa - Intensificação do combate às irregularidades (sonegação de impostos) nas vendas de álcool hidratado,
com ênfase na aprovação da MP 413. Aceleração do processo de consolidação do segmento com as aquisições
da Esso, Texaco e Polipetro. Entrada de produtores de
álcool no segmento de distribuição. Introdução da mistura obrigatória de 3% do biodiesel no diesel comum. O
início da nota fiscal eletrônica nos combustíveis.
P&S - Qual o saldo deste ano?
Sousa - O saldo é positivo, muita coisa evoluiu, porém não foi
neste ano ainda que os principais problemas do setor foram
resolvidos definitivamente. A sonegação de impostos no álcool hidratado ainda é grande e a utilização da Nota Fiscal eletrônica como ferramenta
de combate ainda não tem
sido feita de forma eficiente pelos estados. A fiscalização por parte da ANP e
do IPEM, principalmente
em São Paulo, tem sido
rigorosa, porém ainda insuficiente para debelar por
completo as ações criminosas. Faz-se necessário
mais empenho e participação, principalmente do
Poder Judiciário. O biodiesel já é uma realidade,
mas existem preocupações quanto a sustentabilidade dos fabricantes e do equilíbrio do sistema após a saída da Petrobras como agente regulador nos leilões.
Foto Bruno Magalhães
P&S - O que de mais
importante ocorreu em
2008?
P&S - Quais suas perspectivas para 2009? O que de
mais relevante está previsto para acontecer?
Sousa - A grande questão é quanto ao impacto da crise
financeira no segmento; o consumo deve crescer num ritmo
mais lento que nos anos anteriores e a inadimplência deve
aumentar. Outro aspecto é que os investimentos certamente serão mais seletivos e o nível de exigências na área
ambiental deverá ser cada vez maior. O somatório desses
fatores deverá acelerar mais ainda o processo de consolidação no segmento de distribuição. Infelizmente, momentos
de crise são territórios férteis para a volta de irregularidades.
Por isso, o Sindicom, a Fecombustíveis, o Poder Público e
a sociedade precisam estar vigilantes e atuantes para que o
combate à sonegação e às práticas de adulteração de produtos continue evoluindo. Existe também grande expectativa do segmento quanto à evolução da reforma tributária. É
uma ótima oportunidade para correção de distorções derivadas das diferenças de alíquotas entre os Estados. Outro
ponto importante para 2009 é o início de distribuição do diesel S-50 em algumas localidades.
PROJETO DE LEI DÁ NOVO NOME AOS
COMBUSTÍVEIS VENDIDOS NAS BOMBAS
J
Já tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados um projeto de lei que dá
novo nome aos combustíveis na bomba
dos postos: o álcool passará a ser chamado de bio-etanol e a gasolina com mistura
de 25% de álcool, de bio-gasolina G25EBrasil. De autoria do deputado Gilmar Machado (PT-MG), o PL 4120/08 também fixa
em 25% o percentual obrigatório de adição de álcool etílico anidro combustível à
gasolina em todo o território nacional.
A proposta em análise dá ao Governo
autorização para reduzir esse percentual
ao limite de 20%. A legislação atual (Lei
8723/03, que trata da redução de emissão
de poluentes por veículos automotores)
prevê um percentual obrigatório de 22%,
podendo variar, de acordo com autorização do Poder Executivo, entre 20% e 25%.
BIO-GASOLINA
“É inadmissível que até hoje o maior programa de bio-etanol do mundo, desenvolvido em nosso País e invejado por todos
os outros países, não tenha feito registro
do seu nome junto às bombas dos postos
de combustível de todo o Brasil”, afirma o
deputado. Machado lembra ainda que a
adição de etanol à gasolina é feita no Brasil há vários anos, sem que se tenha o registro desse fato nas bombas de combustível. Com sua proposta, explica, a cifra G25E
deixa claro ao consumidor que a gasolina
contém 25% de bio-etanol.
PREÇO EM QUEDA?
A ministra Dilma Roussef, presidente do
Conselho de Administração da Petrobras,
disse em audiência na Câmara dos Deputados, no final de novembro, que o preço dos
combustíveis poderá cair nas refinarias em
função da queda na cotação do barril de
petróleo no mercado internacional.
“Vai haver, eu acredito, a partir do
momento em que se estabilize o preço
(do barril de petróleo) uma acomodação
para baixo”. A última redução de preços
aconteceu em abril de 2003 (-6,5% para
gasolina e -8,6% para o diesel). De lá para
cá, o preço subiu cinco vezes.
COLABORE!!
A
A campanha
‘Abasteça o Natal
de Quem
Precisa’
chegou ao
seu 13º. ano
consecutivo,
reafirmando o
compromisso
do Resan de
arrecadar
várias toneladas de alimentos não-perecíveis e cestas
básicas para a doação às entidades
assistenciais credenciadas pelo sindicato em toda a região. O objetivo deste
ano é superar o volume de doações de
todos os anos , numa demonstração de
que a categoria continua primando pela
responsabilidade social mesmo num
momento de crise como o vivido pelo
mundo em 2008. Para participar, você
pode comunicar a quantidade de cestas
que serão doadas pela sua empresa e o
total de doações conseguidas entre
clientes e amigos pelo telefone (13)
3229-3535, com a srta. Socorro.
Dezembro
2008
13
COM O CONSUMO EM ASCENÇÃO, LIVROS INVADEM
AS GÔNDOLAS DAS LOJAS DE CONVENIÊNCIA
J
José Saramago, Érico Veríssimo e
Dostoievski se tornaram personagens comuns nas lojas de conveniência. Tudo porque a venda de livros
é, hoje, uma das grandes maneiras
de diversificar o comércio nos postos
de combustíveis, atendendo um
perfil de consumo em ascensão no
País. Os títulos esotéricos, espirituais, motivacionais e de auto-ajuda
estão na lista dos mais vendidos.
“Tenho uma cliente que, a cada
quinze dias, sai da loja com três,
quatro livros”, conta Daniela Carvalho, gerente do posto Portal 500
Anos, em São Vicente, onde os
livros fazem parte das gôndolas há
oito anos. Lá, por dia são vendidos
10 livros, enquanto aos finais de
semana o número pula para 15.
A revenda pode ser o termômetro
do que vem acontecendo no País.
Em 2001, a Câmara Brasileira do
Livro (CBL) fez uma pesquisa sobre
o índice anual de leitura e o resultado
foi de 1,8 livros por habitante. No
início deste ano, a CBL divulgou
novo estudo com um salto para 4,7
livros por habitante. Por outro lado, o
Fundo Pró-Leitura é a contrapartida
do setor livreiro à desoneração de
PIS/Cofins sobre o livro – 1% do
faturamento anual. O fundo tem a
capacidade de gerar cerca de R$ 46
milhões por ano para financiar as
ações previstas no Plano Nacional
do Livro e da Leitura (PNLL).
Tais fatores indicam aquecimento do setor livreiro. Segundo o
relatório de produção e vendas do
setor editorial brasileiro, feito pelo
Sindicato Nacional de Editores de
Livros (SNEL), o faturamento do
segmento, em 2007, aumentou
6,41% em relação ao ano anterior;
seguindo o mesmo critério de
análise, cresceu 8,21% a quantidade de exemplares vendidos e
37,94% o números de livros
rodados em 1ª edição.
14
Dezembro
2008
NICHO A SER EXPLORADO
M
Mais livros, mais consumidores.
“Sempre vendi razoavelmente. De
uns meses para cá as vendas estão
superando as expectativas”, observa
Daniela. A gerente aponta que o
perfil dos consumidores é de mulheres, na faixa dos 30 aos 50 anos.
Ponto, esse, comprovado pela CBL.
Segundo a entidade, as mulheres
lêem mais que os homens.
Mesmo com o público feminino
dominando a compra de livros nas
lojas de conveniência, Daniela
lembra que o serviço é muito
abrangente e acaba satisfazendo
perfis diferenciados de
freqüentadores dos postos.
“Tenho clientes que compram
sempre; chegam a levar quatro
livros de uma vez. Como os títulos
são variados, atendo a todos os
gostos”, explica. Ela aconselha: “É
um meio de conquistar um cliente
diferenciado”.
Os preços das obras variam de
R$ 9,90 a R$ 50,00 e ficam no
posto por consignação. O
revendedor ganha 20% sobre o
valor de cada livro vendido. A
média de saída, por loja de conveniência, é de 50 exemplares por mês.
Mas os benefícios vão muito além
dos números, principalmente
quando as vendas aumentaram
32%, em apenas dois anos.
LOJAS DA REGIÃO RECEBEM 38 MIL LIVROS POR ANO SIMULADOR CALCULA
VANTAGEM DO GNV SOBRE
A Catavento é uma empresa que
OUTROS COMBUSTÍVEIS
A
trabalha desde 1964 com distribuição de
livros. No começo fazia o serviço
apenas para livrarias, depois avançou
para hipermercados e há dois anos
distribui livros para postos de combustíveis. Hoje, atende 450 lojas de conveniência nos Estados de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais, além da região
Sul do País. Nesse perímetro de
atuação, distribui 567 mil livros por ano.
Na região do Resan, a empresa
trabalha com quase 30 lojas de
conveniência, com maior concentração na Baixada Santista. Para essas
lojas a distribuição chega 37.800
livros por ano. Uma de suas táticas
para absorção no mercado varejista
de combustíveis é fechar acordos
nacionais, como, por exemplo, com
a AM PM, da rede Ipiranga.
Para um dos diretores da
Catavento, Júlio César Cruz, o
revendedor que disponibiliza livros em
seu estabelecimento acaba atendendo
outras necessidades dos clientes.
“Ambientes com maior pluralidade
agregam mais pessoas. Buscamos
oferecer um mix de produtos pensando nessa pluralidade”, explica.
SEM PREJUÍZOS
Para o revendedor, os prejuízos
são nulos. Todo material é consignado e por isso não gera estoque; a
venda é de impacto, ou seja, os livros
não concorrem com nenhum outro
produto; para o comerciante não há
gastos, apenas a necessidade de
reservar um espaço para o display
E
Está disponível no site da CEG
(www.ceg.com.br ) um simulador que
calcula se o uso do Gás Natural Veicular (GNV) continua vantajoso perante
outros combustíveis. Basta informar a
quantidade de quilômetros rodados no
mês para o sistema devolver um comparativo de gasto mensal com gasolina, álcool e GNV, de acordo com os
preços médios conferidos na pesquisa
semanal da ANP. O serviço é completo: o simulador informa também se a
conversão do motor para GNV é vantajosa, mostrando o tempo de retorno do
investimento. Na verdade, o cálculo é
resultado da divisão do preço do álcool
pelo do GNV. Se o resultado ficar acima de 0,5, vale utilizar o GNV.
(local onde os livros ficam expostos)
e, além de tudo isso, a possibilidade
de diversificar a loja de conveniência,
cada dia mais completa.
A cada 30 dias a Catavento troca os
35 títulos consignados por outros
diferentes, respeitando as obras de
maior preferência dos consumidores.
“No geral, livros de desenvolvimento
pessoal (motivacionais, por exemplo)
são os que mais saem. Depois temos
os de auto-ajuda, livros com temas
femininos”. Os livros infantis, afirma
Cruz, estão surpreendendo em vendas.
Entretanto, a cabeça do comerciante
não deve ficar só no lucro.
“O revendedor acaba cumprindo
um papel social importante porque os
livros e a leitura são essenciais para o
desenvolvimento social. É uma
característica que agrega valor ao
comércio”, completa.
APEX-BRASILPATROCINARÁ
A FÓRMULA INDY PARA
CONSOLIDAR O ETANOL
A
A Fórmula Indy, movida exclusivamente
a etanol desde 2007, será patrocinada
pela APEX-Brasil. A decisão contribui
para consolidar o etanol como commodity
global. A assinatura do pré-acordo entre
a APEX-Brasil e a Indy Racing League
(IRL) ganha ainda mais destaque por envolver dois países que respondem juntos
por mais de 75% do etanol mundial. O
Brasil porque é o principal produtor, e os
Estados Unidos por serem o maior consumidor. O presidente da UNICA (União
da Indústria da Cana-de-Açúcar), Marcos
Sawaya Jank, comemorou a notícia. Para
ele, o uso de etanol oriundo de diferentes
matérias-primas agrícolas na Formula
Indy simbolizaria o sonho de uma maior
integração energética dos países americanos, com potencial para se estender
por todo o planeta.
ANÚNCIO DA SEBIVAL
ROSE, DA GRÁFICA DEMAR,
JÁ ESTÁ COM ARTE ORIGINAL
Dezembro
2008
15
DIESEL S-50, COM BAIXO TEOR DE ENXOFRE,
CHEGARÁ À BAIXADA SANTISTA APENAS EM 2012
U
Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado no dia 30 de outubro prevê que a partir do dia 1º. de janeiro de 2009 será obrigatória a utilização do diesel S-50 apenas nas frotas
cativas de ônibus urbanos dos municípios de São Paulo e Rio de Janeiro. A
Baixada Santista deverá receber o S50 apenas em 2012.
Aprovado em uma reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, o
documento inclui a antecipação da adoção do diesel S-10 nos ônibus e caminhões em circulação no Brasil, para
2012.
O impasse surgiu a partir da ação
civil pública proposta pelo Governo de
São Paulo, Cetesb e por entidades
ambientalistas que não concordaram
com o atraso das ações para o cumprimento da Resolução Conama 315/
2002, que previa a utilização do diesel
S-50, que reduz em 90% a poluição
emitida pelos veículos, a partir de janeiro de 2009.
Segundo nota oficial do Ministério
do Meio Ambiente, a Petrobras investiu 4 bilhões de dólares em 12 refinarias para dessulfurizar (retirar o enxofre) o diesel, “mas está atrasada e só
produzirá a quantidade necessária do
S-50 em 2010”.
O acordo – muito criticado por
ambientalistas que exigiam o cumprimento imediato da resolução – estabeleceu uma nova etapa do Proconve
(Programa de Controle de Poluição do
Ar por Veículos Automotores), instituindo um padrão para 2012 equivalente
ao Euro 5 e ao S-10 , cinco vezes menos poluidor do que o S-50.
Além disso, pelo TAC, também a
partir de 1º. de janeiro, o diesel S-2000,
distribuído no interior, terá que ter 1800
partes por milhão (ppm) de enxofre,
pouco abaixo das 2000 ppm presentes
no diesel atual. A sua extinção deverá
ocorrer em 2014.
Pelo TAC, os postos de combustíveis deverão ter pelo menos uma bomba para a venda do novo combustível
até o início de 2011.
16
Dezembro
2008
REFINARIA DE CUBATÃO
“Já há condições de produzir esse
combustível na RPBC, que faz parte
de um programa negociado com o
Ministério do Meio Ambiente, para a
região metropolitana de São Paulo”,
afirmou o superintendente da RPBC,
Willian França, em entrevista a Postos
& Serviços. Em números, a Refinaria
de Cubatão pode despejar no mercado
30 mil m³ do Diesel S-50 por mês. Hoje
a RPBC atende 85% da região de São
Paulo produzindo em torno de 450 mil
m³ de diesel metropolitano e marítimo,
equivalentes ao S-500 e ao S-2000.
“O projeto não é necessariamente de
apenas uma refinaria, mas de todo Sistema Petrobras. A companhia vai atender ao que ficou acordado entre as partes envolvidas”, completou França.
O superintendente ressaltou que o
projeto do S-50 segue conforme o previsto, mesmo com a crise financeira,
mas lembra da dependência do desenvolvimento de motores de veículos para
a utilização do combustível.
A Anfavea, por sua vez, alegou que
a resolução concedia 36 meses para
adequação de motores novos a partir da
especificação do diesel “limpo” pela
ANP, o que só ocorreu no ano passado.
Ainda segundo o TAC, a Petrobras
e montadoras terão de subsidiar proje-
IMPASSE
O TAC patrocinado pelo Ministério
Público Federal de São Paulo foi assinado pelo Governo Federal,
Petrobras, Fecombustíveis, Agência
Nacional do Petróleo (ANP), Anfavea,
Governo do Estado de São Paulo e
Cetesb – esses dois últimos também
autores da ação civil pública que colocou a questão na Justiça Federal.
Pelo acordo entre MP Federal,
Governo e outros órgãos, a partir de
1º. de janeiro de 2009 será obrigatória
a utilização do diesel S-50 apenas nas
frotas cativas de ônibus urbanos dos
municípios de SP e RJ
tos ambientais, como a construção de
um laboratório de testes de motores que
custará à Anfavea cerca de R$ 12 milhões e o investimento de R$ 1 milhão,
por parte da Petrobras, no sistema de
fiscalização da fumaça de São Paulo.
BAIXADA SANTISTA
Pelo TAC, somente em 2012 as determinações da resolução passam a entrar em vigor nas cidades de Curitiba,
Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador
e para as regiões metropolitanas de São
Paulo, Baixada Santista, Campinas, São
José dos Campos e Rio de Janeiro. Para
as outras cidades, o diesel vai, até
2014, ser substituído gradativamente
pelo S-500.
RANKING DE CUSTOS E PREÇOS
OUTUBRO X NOVEMBRO 2008
Confira os índices máximos
e mínimos e as variações
de preços e custos de
combustíveis, segundo
dados oficiais da Agência
Nacional de Petróleo
(ANP).
Os índices citados são referentes à média nacional,
do Estado de São Paulo e
de cinco cidades da Baixada Santista (Santos, São
Vicente, Praia Grande,
Itanhaém, Cubatão e
Guarujá) e devem ser utilizados apenas como fonte
de informação para o
gerenciamento dos postos
revendedores.
INDICADORES
OUTUBRO (1)
Semana 26 a 31
PREÇO AO CONSUMIDOR
PREÇO DA DISTRIBUIDORA
NOVEMBRO(2)
Semana 23 a 29
PREÇO AO CONSUMIDOR
METODOLOGIA:
PREÇO DA DISTRIBUIDORA
VARIAÇÕES (2-1)
Média
Consumidor
Média
Distribuidora
O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrange Gasolina
Comum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum, pesquisados em 411 municípios
em todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e as cidades de Santos, São Vicente, Praia
Grande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviço é realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA.,
de acordo com procedimentos estabelecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalho
paralelo desenvolvido pelo Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços e
custos praticados pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelo
site da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.
CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃO
DOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL
Fonte: Fecombustíveis
(*) Valores médios estimados
Dezembro
2008
17
Variedades
ANIVERSARIANTES
2ª QUINZENA DE DEZEMBRO
16
Reinaldo Kensuke Monma
17
Auto Posto Cajati - Cajati
Cristina Nunes Bento
Auto Posto Bom Amigo - Guarujá
18
Wilson Roberto Calpena
23
Posto Conselheiro Nébias - Santos
Luciana Vilela de Carvalho
7
8
Sérgio de Souza
Auto Posto Falcão do Terminal Guarujá
Auto Posto Carga Pesada do
Guarujá Ltda.- Guarujá
Luciano Jair Ongarato
Posto JB 4 Irmãos - Jacupiranga
Auto Posto Búfalo do Vale Ltda Pariquera-açu
Severina Simões Leone
Auto Posto Cinese - Guarujá
10
Ricardo Eugênio Meirelles de Araújo
Fase Quattro Comércio de Combustíveis
Juquiá
24
Antônio Carlos Quintas de Pinho
A. G. de Pinho & Cia Ltda - Guarujá
25
José Luiz Eboli Villamarim
Auto Posto Espumas - Santos
29
Marcello Francisco Ameixeiro
Super Posto 800 Milhas - São Vicente
Posto Avenida - Santos
Auto Posto La Caniza - Guarujá
A. G. de Pinho & Cia Ltda. - Guarujá
13
Super Posto Constituição Ltda. - Santos
Super Posto 800 Milhas Náuticas - SV
31
14
José Roberto D’Elia Sampaio de Oliveira
Auto Posto Praia de São Lourenço Bertioga
1ª QUINZENA DE JANEIRO
1
2
5
6
Antônia Mateus
Auto Posto Retiro das Caravelas
Cananéia
Sanny Royas de Aguiar
Posto de Serviços Califórnia - Santos
Laurindo Carlos Rozinelli
Auto Posto Redentor - Guarujá
Naide Albers
Comércio de Combustíveis 568 da Régis
Ltda. - Barra do Turvo
15
Luzia de Fátima Rodrigues Campagnaro
Posto de Serviços Travessia de
Santos Ltda - Santos
Auto Posto Brumar - Santos
Cristiane do Prado Verderano
Auto Posto da Balança - Santos
Flávio Ribas de Souza
Linha Um Produtos de Petróleo
Ltda. - Santos
Carlos Alberto Duque
Posto de Serviços Vereda Tropical
Ltda. - Guarujá
Presidentes dos Sindicatos
18/DEZ - Paulo Miranda Soares
Presidente da Fecombustíveis;
28/DEZ - José Fernando Chaparro
11 Resan promoverá novos treinamentos para funcionários;
12 Assistec cancela workshop do dia 27/11;
- Resan lança em sua base territorial a
campanha Diga Não à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes;
- Campanha Abasteça o Natal de Quem
Precisa 2008.
NOVEMBRO
05 Reunião com a
Subdelegada do
Trabalho, Rosângela Mendes Ribeiro Silva, para apresentação da campanha Diga Não à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes;
15 Participação na Festa do Revendedor
do Paraná, acompanhado dos diretores
Ricardo Lopez, Artur Schor e Ricardo Araújo, em Curitiba/PR;
18 Reunião do grupo da ABNT que
trata da NBR 13.787, representado
pelo assessor técnico Avelino Morgado, em São Paulo;
24 Visita à redação do Jornal A Tribuna de Santos para apresentação da
campanha Diga Não à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes;
- Cerimônia de Posse do Diretor Executivo da AGEM, Sr. Edmur Mesquita
25 Participação no Programa Café da
Manhã da Rádio Saudade FM
- Reunião Ordinária do Conselho Regional do SENAC, em São Paulo;
26 Reunião do grupo da ABNT que trata
da NBR 13.787, representado pelo assessor técnico Avelino Morgado, em SP;
- Solenidade de lançamento da campanha Diga Não à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na
sede do sindicato, em Santos;
- Participação no Programa Painel
Regional na TV Santa Cecília.
- Participação na Convenção Regional dos Revendedores de Combustíveis de Pernambuco.
Dados fornecidos pela secretaria do Resan:
Marize Albino Ramos
Secretária
Maria do Socorro G. Costa
Telemarketing
Presidente do Sindicato do Mato Grosso
SAÚDE OCUPACIONAL
AV. ANA COSTA, 136 - VILA MATHIAS - SANTOS
TELEFAX (013): 3233-2877
www.labormed-sso.com.br - e-mail: [email protected]
ESTACIONAMENTO PARA CLIENTES NO LOCAL
18 Dezembro
2008
PARA ANUNCIAR,
LIGUE (11) 5641-4934
OU (11) 9904-7083
RESPONSABILIDADE SOCIAL
RESAN DÁ INÍCIO À CAMPANHA CONTRA EXPLORAÇÃO
SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA REGIÃO
A
A exploração sexual de crianças e
adolescentes é um dos crimes mais
difíceis de serem combatidos por
conta de questões culturais. A
erotização transmitida, sobretudo,
por programas de televisão também
está na linha de frente da ordem de
fatores que influenciam na formação
de uma sociedade permissiva.
Essas são algumas das conclusões apresentadas por especialistas
durante o lançamento da campanha
Diga Não à Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, desenvolvida pela Fecombustíveis com apoio de
seus sindicatos filiados, entre eles o
Resan, e do Sindicom. O start da
campanha na base territorial do
Resan ocorreu no dia 26 de novembro, na sede do sindicato.
A participação dos associados
consiste na divulgação do material da
campanha em seu posto. Os
revendedores já estão recebendo
cartazes e folders que têm como
objetivo principal conscientizar o
cidadão para a necessidade da denúncia
de casos de exploração pelo Disque100, um serviço do Governo Federal
gratuito e que garante o anonimato.
O lançamento da campanha
contou com a participação do
secretário de Assistência Social de
Santos, Carlos Teixeira Filho, do
presidente da Unimed-Santos,
Raimundo Macedo, entre outros
agentes do setor de atendimento às
crianças e adolescentes da região. A
Prefeitura de Santos e a Unimed são
parceiros do Resan ao lado de outras
entidades como o Sindisan e de
outras empresas, como a Rede VTV,
Rádio Saudade e a Demar Gráfica.
Além dos cartazes, a campanha será
divulgada na Baixada Santista e Vale do
Ribeira através de busdoors, de spots
em rádios e vinhetas na Rede VTV.
A coordenadora do projeto
Camará, de São Vicente, Lumena Celi,
e o jornalista Carlos Ratton, diretor de
vários curtas metragens que estão
concorrendo a diversos prêmios
Campanha foi lançada
no Resan com a
presença de apoiadores
e entidades que trabalham com crianças e
adolescentes. Na foto,
da esquerda para direita,
o secretário de Assistência Social de Santos,
Carlos Teixeira Filho, o
presidente da UnimedSantos, Raimundo
Macedo, e a coordenadora do projeto Camará,
Lumena Celi
nacionais, participaram do evento.
“Essa iniciativa coloca cidadãos
comuns na linha de frente do
enfrentamento sexual infantojuvenil”, disse Lumena Celi. Segundo
ela, é preciso antes de tudo entender
a diferença entre abuso sexual
(aquele que é praticado por pais,
padrastos, tios, irmãos...) e a exploração sexual (em que há a busca pelo
lucro). Ela continua: “A mobilização é
tão necessária numa região portuária
como Santos quanto no Nordeste,
apesar das diferenças. O importante é
desenvolver ações de prevenção”.
PARCEIROS
Para Raimundo Macedo, presidente da Unimed, o foco da campanha está diretamente ligado “ao DNA
do sistema Unimed”. A cooperativa
de médicos está colaborando com a
inserção de spots da campanha nas
suas cotas de publicidade.
Já o secretário de Assistência
Social, Carlos Alberto Teixeira Filho,
falou sobre projetos desenvolvidos
pela Prefeitura, como o Espaço
Meninas, e as dificuldades para
resgatar jovens de situações de risco.
“Poucos dão oportunidade de trabalho a esses adolescentes”, lamentou.
As pessoas que estiveram no
lançamento da campanha assistiram
ainda ao curta metragem Esquina,
escrito e dirigido pelo jornalista Carlos
Ratton, que filmou as agruras de uma
adolescente pobre, filha de pais
desempregados, e que sem oportunidades acabou na prostituição.
Dezembro
2008
19
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ANP DECRETA FIM DO POSTO-CLONE