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Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano IX - Julho de 2008
É nos braços do papai
que aprendemos
as melhores lições:
amar a Deus,
a Família,
a Igreja,
os princípios da ética
e da honestidade!
Igreja matriz
Nossa Senhora das Mercês
Horários e atendimentos
ENDEREÇO
da paróquia e convento
Av. Manoel Ribas, 966
80810-000 CURITIBA-Pr
Tel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.)
Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)
EXPEDIENTE da Secretaria paroquial:
Das 8h até 18h
MISSAS horário
Segunda-feira: 6h30
Terça e quarta-feira: 6h30 e 19h
Quinta-feira: 6h30 e 18h30
Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h
Novena: 8h30
Sábado: 6h30, 17h e 19h
Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30,
12h, 17h e 19h
BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30
e das 14h às 18h
Sábado: das 8h às 11h30
e das 14h às 17h
Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606
Encontros de Entreajuda
Depressão, desânimo, obsessões, possessões, somatizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos
falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades
conjugais, problemas familiares e outros. Participe
desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini,
em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 15,00
(quinze reais), com direito a um livro ou fita K7 de relax
e programação mental. Será servido gratuitamente
um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel.
3335-5752, e-mail [email protected], celular do
Fr Zanini: 9971-8844.
ANIVERSARIANTES
Nossa comunidade felicita os aniversariantes do mês
de agosto, oferecendo a todos a prece comunitária e
as intenções na Santa Missa.
SUGESTÕES
Caro leitor!
Sua opinião e sugestões são muito importantes.
Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para
o e-mail [email protected]. - Se você
quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos responder. Mande seus artigos até o dia 25
de cada mês.
Expediente do Boletim
Pároco: Frei Alvadi Pedro Marmentini.
Vigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma e
Fr. Ovídio Zanini.
Jornalista responsável: Janaina Martins Trindade - DRT
nº 6595. Revisor: Frei Dionysio Destéfani.
Coordenadora: Erotides F. Carvalho.
Fotógrafa: Sueli F. Assunção. Colaboradores: Irmãs
Vicentinas - Lúcia Helena Zouk (Catequese), Rosecler
Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de Cássia Munhoz, Marisa
Cremer, Secretárias da Paróquia.
Diagramação: Edgar Larsen.
Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106).
Tiragem: 6.000 exemplares.
82 - Ano IX - Julho de 2008
Demonstrativo financeiro
Junho de 2008
RECEITAS
Dízimo paroquial.................................................................................................. R$
Ofertas................................................................................................................ R$
Espórtulas/batizados/casamentos........................................................................ R$
Total................................................................................................................... R$
47.527,50
13.944,00
1.185,00
62.656,50
Dizimistas cadastrados:......................................................................................................... 1.425
Dizimistas que contribuíram:..................................................................................................... 762
DESPESAS
Dimensão Religiosa
Salários/encargos sociais/vales transporte........................................................... R$
Plano de saúde dos funcionários........................................................................... R$
Salários dos 3 freis que trabalham na paróquia...................................................... R$
Despesas da casa paroquial................................................................................. R$
Luz/água/telefone/correio.................................................................................... R$
Despesas c/culto/ornamentação.......................................................................... R$
Manutenção e combustível de veículos/seguro....................................................... R$
Manut/compra/móveis/utensílios/equipamentos................................................... R$
Conservação de imóveis/ reformas/pinturas.......................................................... R$
Material de limpeza/expediente/xerox................................................................... R$
Revistas/internet/jornal “O Capuchinho”/ WEB...................................................... R$
Serviços contábeis............................................................................................... R$
Total................................................................................................................... R$
8.652,64
139,00
3.240,00
1. 371,25
2.518,32
656,00
467,70
1.771,30
6.461,02
1.853,24
2.695,56
75,00
29.901,03
Dimensão Missionária
Taxa para a Arquidiocese...................................................................................... R$
Taxa para a Província freis capuchinhos................................................................. R$
Material pastoral e catequético............................................................................. R$
Curso Diácono..................................................................................................... R$
Total................................................................................................................... R$
5.951,21
6.827,33
1.800,00
180,00
14.758,54
Dimensão Social
Ação Social V.N. Sra. da Luz................................................................................ R$
(Além das doações de: cestas básicas, alimentos, roupas e outras)
Confraternização/festa junina /café dízimo.......................................................... R$
Total .................................................................................................................. R$
TOTAL GERAL...................................................................................................... R$
3.000,00
2.682,98
5.682,98
50.342,55
“Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: ‘A metade dos meus bens, Senhor, eu dou aos pobres;
e, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais’. Jesus lhe disse: ‘Hoje a salvação entrou
nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. De fato o Filho do Homem veio
procurar e salvar o que estava perdido’ “! (Lucas 19,8-10)
Muito obrigado pela sua partilha e doação em nossa comunidade.
Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais - CAEP
Quer ser um frei capuchinho?
Conheça mais sobre os
freis capuchinhos pelo site:
www.capuchinhosprsc.org.br
ORAÇÃO VOCACIONAL
Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim,
que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de
São José, seu esposo e de todos os santos, que nos
concedas maior número de operários para a tua Igreja,
que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem
pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
BÊNÇÃO DE
SÃO FRANCISCO
DE ASSIS
“O Senhor te abençoe e te proteja.
Mostre-te a
sua face e se
compadeça de ti.
Volva a ti o seu
rosto e te dê a paz”
FATOS DA VIDA PAROQUIAL
Aniversário do frei Alvadi
Em 7 de julho, com belíssima missa sertaneja, coordenada pelo grupo de jovens, comemoramos o aniversário do nosso pároco frei Alvadi Pedro Marmentini. Após a missa, a festa continuou
no salão paroquial com muito pinhão, quentão,
pipoca e outras delícias juninas. Parabéns, frei
Alvadi, por mais um ano de vida frente à paróquia N. Sra das Mercês! Continue sempre com
muita disposição, saúde e paz. São os sinceros
votos de toda comunidade paroquiana.
Apresentação do Grupo de Canto
Durante o café do dízimo de 12 de julho, o
Grupo de Canto da professora Daniele de Souza
realizou bela apresentação. Com muita competência, dedicação e carinho, ela ministra aulas
de canto na paróquia. Ao total, 13 alunos participam do grupo. Parabéns â professora Daniele
e aos seus alunos por tornar o momento do café
do dízimo ainda mais agradável aos nossos paroquianos!
Mercês promove a Oficina de Oração. O início
será segunda-feira, 3 de agosto, em dois horários 14h30 e 20h. Não perca a oportunidade de
participar deste trabalho maravilhoso, que nos
ajuda a melhorar a prática de oração. Venha participar e colher os frutos de bênçãos e graças
que a Oficina de Oração proporciona.
Encontro de Casais com Cristo
No final de semana de 29 a 31 de agosto,
ocorrerá o X Encontro de Casais com Cristo. É
oportunidade ímpar para os casais de tornarem
a vida a dois e com a família ainda mais abençoada e feliz. Venha participar!
Encontro Vocacional
Frei Pedro Cesário de Palma coordenou, aos
27 de julho, o Encontro Vocacional em Almirante
Tamandaré-PR. Participaram do evento 80 vocacionados da Região de Curitiba.
Estacionamento
Para que nossos paroquianos possam deixar
seus carros em local seguro durante as celebrações, a paróquia N. Sra das Mercês firmou
convênio com o estacionamento do Centro Empresarial Mercês (prédio em frente à igreja). O
valor a ser cobrado é de R$ 2,00 (período de
duas horas). Os horários de funcionamento do
estacionamento são:
· Quinta-feira: das 16h30 às 22h30;
· Sábado: das 16h30 às 20h30;
· Domingo: das 8h30 às 13h00 e das
16h30 às 20h30.
Oficina de Oração
Como ocorre todo ano, a paróquia N. Sra das
Cursos de Parapsicologia
A paróquia oferece cursos gratuitos de parap-
sicologia às terças das 15h às 16h e às quintasfeiras, em dois horários, das 10h às 11h e das
19h30 às 20h30.
Aniversariante
Convidamos a todos para a missa de Ação
de Graças, em homenagem ao Frei Pedro Cesário Palma, em comemoração do seu aniversário,
no dia 15 de agosto, próximo, às 19h. Desejamos ao Frei Pedro, muita paz, saúde, alegria no
cumprimento de seu ministério e as melhores
bênçãos de Deus.
Secretaria paroquial
AÇÃO SOCIAL MERCÊS
Graças à ajuda de nossos paroquianos, dos dizimistas e de tantas outras pessoas, a nossa paróquia Nossa Senhora das Mercês continua seus
trabalhos sociais. Ficou assim a distribuição do
mês de julho de 2008:
• Nossa Senhora das Mercês: 16 Kg de alimentos avulsos, 11 cestas básicas, 13 peças de roupa, 1 par de calçado e 4 cobertores novos.
• Frei Ovídio Zanini: 250 Kg de alimento às
pessoas carentes e 48 sacolas.
• Toca de Assis: 100 Kg de alimento, 3 cobertores novos, 19 peças de roupa e 27 diversos
(brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc),
1 par de sapato, 58 peças de roupa.
• Almirante Tamandaré: 940 Kg de alimento,
2,333 peças de roupa, 10 cobertores, 157 pares
de calçados, 980 diversos (brinquedos para crianças, eletrodomésticos, etc), uma cadeira de rodas,
uma batedeira de bolo, 1 liquidificador, 1 ferro elétrico, 1 berço de madeira com colchão e 1 laptop.
• Vila Nossa Senhora da Luz (CIC): 1.042 Kg
de alimento, 1.688 peças de roupa, 3 cobertores
novos, 1.601 diversos, 190 pares de calçados, 1
espremedor de frutas, 1 monitor “LG”, 1 monitor
“Samsumg”, 1 CPU “LG”, 2 caixas de alto falantes,
1 teclado para computador, 3 colchões solteiros,
1 ferro de passar e R$ 3.000,00 (porcentagem do
nosso dízimo) para os trabalhos de promoção humana daquela comunidade.
Nosso muito obrigado a todos que contribuem
com nossa ação social da qual tanta gente se beneficia. Deus abençoe sua generosidade.
Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap
Coordenador a Ação Social Mercês
É feliz quem sabe partilhar!
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 83
QUAL A MINHA VOCAÇÃO?
A cada ano, no mês de agosto, voltamos a meditar sobre o tema vocação. A palavra vocação significa
chamado. Todos nós somos chamados, de uma forma
ou de outra, a fazer alguma coisa. Depois de ter-nos
chamado à vida, Deus torna a chamar-nos, porque há
muitas coisas que Ele deseja fazer no mundo através
de nós. Deus não quer agir sozinho. Por isso, quando
Deus chama, Ele convoca alguém para confiar-lhe uma
missão. O chamado de Deus é sempre um desafio.
Ao sermos chamados à fé pelo batismo, nos
comprometemos a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e a colaborar com os homens na busca
da verdade e do bem, vivendo como irmãos.
Dizemos que há a vocação humana e vocação
divina. A vocação humana é aquela em que a pessoa se sente feliz e realizada em ser médico, advogado, professor, lavrador, mecânico e em tantas
outras profissões. Trabalhamos mais e melhor naquilo que gostamos. Se a pessoa trabalha numa
profissão da qual não gosta, dizemos que não tem
vocação para essa especialidade.
Qual a diferença entre vocação humana e divina? A diferença é que, na vocação humana, você
abraça determinada profissão e espera o salário e
a recompensa merecedora pelo trabalho desenvolvido. Na vocação divina, você faz puramente por
amor desinteressado, que sai de dentro do coração, da alma. Esta vocação produz em você paz
verdadeira, porque provêm do cumprimento da vontade de Deus e porque é um amor-doação.
Vocação é convite pessoal que Deus dirige a
cada um. Cada ser humano tem algo de pessoal,
e uma maneira pessoal de realizá-lo. Ao descobrir
sua vocação, o homem está se descobrindo a si
mesmo. Daí a necessidade de permanecer atento
a tudo, para perceber sua própria vocação.
ASSUNÇÃO DE MARIA
Maria, a mãe de Jesus, foi elevada aos céus
pelos anjos. Rodeada de luz, chegou ao Reino de
Deus para receber a glória que o Pai Celeste lhe
tinha reservado.
Maria foi a filha muito amada pelo Pai Eterno, a
mãe admirável de Deus Filho e a esposa fiel à voz
do Espírito Santo. Por isso, Ela é um exemplo a ser
seguido.
Ela é exemplo de fé porque acreditou no anjo
Gabriel quando lhe anunciou a maternidade divina;
exemplo de humildade porque aceitou o convite declarando-se serva do Senhor; exemplo de caridade
porque soube socorrer, com carinho e compaixão,
dos pobres e humildes; exemplo de sabedoria porque soube educar o Menino Deus nas leis do amor;
exemplo de fortaleza porque não fugiu das dificuldades que encontrou na vida.
Maria, coroada no céu, olha por nós como sendo seus filhos; ama-nos como nossa mãe porque
se tornou, pela força de Deus, a onipotência suplicante; recebeu do Filho a sabedoria para guiar-nos
na vida, e do Espírito Santo o amor para sentirmonos uma só e grande família humana.
A Virgem Maria apareceu várias vezes ao mundo, recebendo diversos nomes, mas Ela permanece sempre a Virgem Maria.
Pinte os nomes dados à Maria depois de
suas aparições e veja que mensagem aparece
com os balões pintados, e o que ela deseja para
o mundo:
QUEM É QUEM?
Descubra quem são as personagens do diálogo
abaixo e complete a frase. Depois, pra saber se
acertou, desvende o segredo que está no quadrinho de letras, ignorando todas as letras A, B, C, G,
H, I, M, Q, V.
Personagem A: Quem vós dizeis que eu sou?
Personagem B: Tu és o Cristo, o Filho de Deus
vivo.
Personagem A: Feliz és, Simão, filho de Jonas,
porque foi meu Pai quem te revelou isto.
E te declaro: tu és Pedro,
e sobre esta _________
edificarei a minha __________.
Eu te darei as __________
do Reino dos céus;
tudo o que ligares na _________
será ligado no __________,
e tudo o que desligares na terra
Será desligado nos céus.
Agora vamos ajudar Pedro a achar a fechadura
do Reino do céu?
Descubra em que fechadura entra a chave que
Pedro recebeu de Jesus.
Quadrinho de letras
Fechadura: 6
84 - Ano IX - Julho de 2008
AGOSTO: MÊS VOCACIONAL
No 1.º domingo comemoramos o dia do padre;
No 2.º domingo o dia dos pais (iniciando a semana nacional da família), no 3.º domingo, o dia do religioso(a),
e no 4.º domingo o dia do catequista e do cristão leigo. O jornal “O Capuchinho”, para melhor dar ênfase
as estas diversas vocações, fez as entrevistas que se seguem abaixo:
CATEQUESE
Sandra Regina Frazão Scodiero M. Abrahão é casada com Antônio Gílson de Miranda Abrahão. É engenheira eletrônica e faz projetos de iluminação arquitetônicos (residências, lojas, paisagismo, fachadas).
Faz também trabalhos artísticos de pintura a óleo e
acrílico sobre tela. É voluntária na Paróquia Nossa
Senhora das Mercês, como catequista.
O Capuchinho: Sandra, como você começou a ser
“catequista” aqui na paróquia das Mercês?
Sandra: Desde jovem quis fazer trabalho voluntário
ou para moradores de rua ou para crianças. Resolvi
começar pela catequese, porque meus filhos completariam – um ano depois – a idade necessária para ingressar na catequese. Por isso, eu queria me inteirar
mais sobre esse trabalho, saber como é a catequese
hoje, poder dar minha contribuição para que esse serviço, tão fundamental na vida de uma pessoa, fosse
cada vez mais agradável e interessante.
O Capuchinho: Você tem quantos filhos, como faz
para conciliar família, trabalho e a catequese?
Sandra: Como disse, tenho dois filhos de 9 anos.
Quando comecei a catequese, eu também estava reiniciando minhas atividades profissionais. Como hoje
sou autônoma, posso flexibilizar melhor meu horário
de trabalho. Quanto à família, sendo mãe, tenho muitos horários durante o dia em que sou “motorista” das
crianças. Além disso, preciso acompanhar suas tarefas
escolares. Por isso, organizo minha agenda em função
desses horários. Faço serviços de casa, contando com
minha ajudante do lar que é muito responsável e me
ajuda muito. Meu marido me apóia nas atividades que
me proponho fazer, assim sou muito grata a ele.
O Capuchinho: Como você se sente com este trabalho na catequese?
Sandra: É trabalho de muita responsabilidade. As
crianças são caixinhas de surpresa e sentimentos.
Não pode ser enfadonho, tem que ser criativo e tem
que ser um encontro gostoso, em que o catequizando e o catequista possam trocar companheirismo. Eu
me sinto muito feliz. Inclusive ajudou-me a ser muito
mais equilibrada no meu dia-a-dia. Sinto que sou outra pessoa e que me fortaleci. É uma força agradável
e serena. Como pedi muito a Deus que me guiasse
nesse trabalho – que é muito sério – tenho certeza
de que essa força foi Ele quem ma deu.
O Capuchinho: A principal atividade da Igreja é a
“Evangelização”, principalmente através da catequese. Fale-nos de sua formação e como é o trabalho da
catequese em nossa paróquia.
Sandra: Em primeiro lugar, quero citar as reuniões
mensais de Formação de Catequistas que ocorrem
na nossa paróquia, presididas pela nossa Coordenadora, Irmã Durcília. Para mim elas foram e são muito
importantes, porque nelas trocamos idéias, falamos
de nossas dificuldades e ouvimos as dificuldades dos
outros. A Irmã Durcília sempre nos incentiva, ensinando novas dinâmicas de grupo para trabalharmos
com os catequizandos, além dos exercícios de interiorização, que me são úteis para deles sair com mais
coragem e ânimo, especialmente nos dias em que
julgo ter muitas dificuldades a enfrentar na missão
de catequista.
Em segundo lugar, nossa coordenação está sempre antenada para nos informar sobre cursos, palestras e workshops que acontecem na área. Para citar
alguns deles, procurei fazer o curso de “Formação de
Catequistas Iniciantes”, um projeto da Arquidiocese
de Curitiba de um ano e meio de duração (que iniciei
no ano passado, mas tive que parar; por isso, farei
novamente esse ano) e um workshop na Livrarias
Paulinas “Brincando na Catequese” com o catequista
e psicólogo Rogério Bellini, com duração de um dia.
Farei também, em breve, um curso de fim de semana
em Campo Largo de “Dinâmicas de Grupo”, voltado
para a formação catequética.
O Capuchinho: Há quanto tempo você se dedica
à catequese?
Sandra: Dedico-me à catequese desde o início do
ano passado (2007).
O Capuchinho: Como é a sua turma de catequizandos?
Sandra: Minha turma de catequizandos é da 1ª etapa e tem 9 crianças de 9 a 11 anos. É uma turma divertida: crianças com jeito de criança, que fazem traquinagens, dão largas risadas, são engraçadas e cheias de
energia. Mas são também doces e sabem fazer boas
reflexões; fazem as atividades com capricho; são inteligentes porque respondem às perguntas prontamente
e sabem também fazer perguntas muito interessantes,
típicas e coerentes com a realidade de suas vidas.
O Capuchinho: Como a família pode contribuir na
formação religiosa dos filhos?
Sandra: A família é a primeira catequese, a primeira escola dos filhos. Assim com não há escola que
substitua a educação familiar, não há catequese que
substitua a educação religiosa dos filhos. A família
precisa acompanhar a catequese, começando pelo
álbum catequético semanal, levar a criança à missa
toda semana, incentivar o entendimento do evangelho
dominical. É bom incentivar as orações ao dormir, por
exemplo, rezar com os filhos ensinando-os a agradecer a Deus por tudo de bom que lhes acontece, pedir
Seu perdão pelas falhas do dia, pedir Sua proteção
não somente para a própria família, mas ensiná-los a
se preocuparem também com o resto do mundo (darlhes desde pequenos, uma dimensão maior da vida,
para que não vejam apenas o “seu” mundo, o que
está à sua volta).
O Capuchinho: O que seu marido e filhos acham
deste seu trabalho, de sua dedicação ao serviço da
Igreja?
Sandra: Meu marido acha muito bom. Ele se preocupa muito em doar e ajudar outras pessoas. Os meninos, Vinícius e Giuliano são muito curiosos, fazem
muitas perguntas a respeito e querem saber de muitos detalhes. Agora, eles compreendem melhor o que
é um trabalho voluntário.
O Capuchinho: Faça um convite para ser “catequista”, exemplifique sua motivação! Dê seu testemunho!
Sandra: Ser catequista é ser um fio que pode ligar
o coração do catequizando à tomada do Amor. O Amor
nos foi doado para ser também doado, e não retido.
É pelo brilho nos olhos dos catequizandos que se vê
se a tomada está fazendo “contato” ou não. Só a possibilidade de fazer isso – mesmo que não se atinja o
contato pleno – e de produzir faíscas – mesmo que
o contato ainda não se estabeleça – é uma alegria
imensa para o catequista. Sabemos que a vida se
encarrega de dar chances e mais chances até que
o ser humano entenda a lei do Amor. Ser catequista
é poder fazer parte dessa história, dessas histórias
particulares de vida. É, ao menos, tentar partilhar o
que se recebeu. É, por tudo isso, um trabalho muito
gratificante.
O Capuchinho: Você pode dar uma mensagem aos
catequistas da nossa paróquia pelo “seu Dia”, aos
24 de agosto?
Sandra: Nesse mundo belo mas difícil em que vivemos, há necessidade de “jardins verdes e calmos”
onde se cultive a paz. Ser propagador e testemunhar
os ensinamentos de Cristo é chuva benéfica e essencial para esses jardins. Em nome da paz e do
bem-estar de nossas sociedades, vamos agradecer a
todos os catequistas. Muitos deles enfrentam horas
no trânsito para chegarem à paróquia. Outros fazem
grandes esforços em sua vida diária para assumir e
cumprir essa missão. À maneira de cada um e seguindo um programa e diretrizes, cada um lança mão de
suas habilidades e imprime seu valor no intuito de
fazer com que a catequese se torne sempre melhor.
A todos os catequistas, por abraçarem livremente sua vocação, nosso “muito obrigado”. A luz do
Espírito Santo continue a brilhar em suas vidas.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 85
A FORMAÇÃO PARA SER FREI CAPUCHINHO
A Direção do nosso Jornal “O Capuchinho”,
aproveitando o mês vocacional (agosto), entrevistou-se com frei Pedro Cesário Palma (Vigário
Paroquial da Paróquia das Mercês) sobre a vocação e a formação dos freis capuchinhos:
O Capuchinho: Frei Pedro, quantos seminaristas vocês têm atualmente?
Frei Pedro: Temos 40 vocacionados em nossos seminários, nas diversas etapas: aspirantado, postulantado, noviciado e pós-noviciado;
e uns 35 que estão sendo acompanhados, com
possibilidade de entrarem no próximo ano.
O Capuchinho: Fale um pouco sobre cada uma
das etapas de formação e o que significam esses nomes: aspirantado, postulantado, noviciado
e pós-noviciado.
Frei Pedro: Aspirantado é a fase inicial do
processo formativo, em que o candidato aspira
(deseja) a vida religiosa. Aqueles vocacionados,
que não têm condição de estudar estando com
suas famílias, entram em nossos seminários
em Santo Antônio da Platina-PR ou Céu Azul-PR
para concluir o Ensino Médio e recebem formação religioso-franciscano-capuchinha. Em Ponta
Grossa-PR eles cursam Filosofia e também recebem formação religioso-franciscano-capuchinha.
É uma etapa de conhecimento da nossa vida. É
como um “namoro” da vida religiosa. Esta etapa
tem a duração de dois anos (se o candidato já
tiver cursado o ensino médio) ou mais (se deverá
concluir o ensino médio).
Postulantado é a fase em que os candidatos
postulam (pedem) o ingresso à vida religiosa.
Nesta etapa eles recebem formação religiosofranciscano-capuchinha mais intensa. É como o
noivado da vida religiosa. Esta etapa tem a duração de um ano e é realizada em Almirante Tamandaré (Butiatuba)-PR.
Noviciado é o tempo for te de experiência da
vida religiosa. Os noviços, além da formação intensa para a nossa vida, cultivam muito for temente a vida espiritual e fraterna. No início do
noviciado recebem o hábito capuchinho e começam a ser chamados de freis (é um frei novo, daí
a palavra “noviço”). No final do noviciado fazem
os votos temporários de pobreza, obediência e
castidade. Estes votos são renovados a cada
ano até a emissão dos votos perpétuos (que se
realiza após três anos ou mais de votos temporários). O noviciado é como o casamento na vida
religiosa. É realizado em Joinville-SC e tem a duração de um ano.
Pós-noviciado é a fase do amadurecimento da
opção feita pela vida religioso-franciscano-capuchinha. Durante este período, o vocacionado recebe formação para vida religioso-franciscano-capuchinha, e poderá realizar estudos acadêmicos.
Os que optam por serem sacerdotes estudam
teologia (4 anos); os que não serão sacerdotes
poderão fazer outros estudos ou também estudar
teologia. Este período tem a duração de, no míni-
86 - Ano IX - Julho de 2008
mo, três anos (até a emissão dos votos perpétuos) e é realizado em Londrina-PR, ou Florianópolis-PR ou em outras fraternidades nossas.
O Capuchinho: O número de vocacionados diminuiu ou aumentou ultimamente?
Frei Pedro: No nosso caso, o número de vocacionados manteve-se mais ou menos estável. Mas
sempre precisa melhorar, porque muitos jovens,
no decorrer da caminhada, descobrem que sua
vocação não é para a vida religiosa. Então precisa
ter sempre um grupo maior para que o resultado
final seja bom. Nós, graças a Deus, temos tido
ordenações sacerdotais e votos religiosos perpétuos em todos os anos, e isto como resultado de
nosso trabalho e de tanta gente que nos ajuda.
O Capuchinho: Com quantos anos de idade a
pessoa pode entrar no seminário dos freis capuchinhos?
Frei Pedro: Com o Ensino Médio já cursado,
por tanto a par tir dos 15 ou 16 anos de idade.
Em alguns casos o vocacionado poderá concluir o
Ensino Médio no Seminário. Daí entra mais novo.
Eu penso que a média de idade dos que entram
em nossos seminários seja de 18 a 20 anos.
O Capuchinho: Como é feito o trabalho vocacional?
Frei Pedro: Os freis procuram desper tar e incentivar a vocação para a vida religioso-franciscano-capuchinha em todos os lugares onde trabalham. Temos também os regionais vocacionais
(cada regional abrange determinado território ou
algumas comunidades) com um frei responsável
para coordenar o trabalho vocacional. Há também um frei liberado para coordenar todo o trabalho vocacional da Província. Esta missão, muito
impor tante, é realizada pelos SAVs (Ser viços de
Animação Vocacional) regionais, que são grupos
de pessoas que incentivam as vocações, rezam
pelos vocacionados, apoia-os e procuram criar
clima vocacional nas comunidades.
O Capuchinho: Como é a vida do dia-a-dia de
um seminarista?
Frei Pedro: Varia um pouco de uma etapa para
outra. Mas geralmente é assim: desper ta-se pelas 6h, pelas 6h30 faz-se a oração comunitária.
Em seguida, toma-se o café e a par te da manhã
é dedicada ao estudo. O almoço é ao meio-dia e,
em seguida, faz-se a limpeza (lavação de louças
e limpeza da casa). A seguir, realizam-se trabalhos manuais (três a quatro horas de trabalhos
por dia em hor ta, jardinagem, biblioteca, fabricação de velas e outros). Três vezes por semana
pratica-se espor te.
O final da tarde é dedicado à formação para a
vida religiosa e à oração comunitária. A Eucaristia é celebrada na par te da manhã, ou da tarde
e, às vezes, também com o povo. À noite podese assistir o telejornal e, quando há programas
bons pela TV, pode-se combinar com o diretor e
assisti-los. É tempo também para o estudo pessoal. Pelas 22 ou 22h30 é bom dormir para no
outro dia acordar cedo!
O Capuchinho: Os rapazes têm alguma par ticipação na vida da comunidade?
Frei Pedro: Sim. Esta par ticipação se dá através dos estágios pastorais (visitas ás famílias,
celebrações nas comunidades ou outras) nos finais de semana. Em algumas etapas da formação, realizam-se estágios pastorais mais intensivos uma ou mais vezes por ano, em que os
rapazes permanecem nas comunidades por alguns dias ou também em hospitais e asilos.
O Capuchinho: Qual o carisma específico dos
freis Capuchinhos?
Frei Pedro: O nosso carisma é viver e agir de
acordo com o Evangelho, em fraternidade. Atuamos em diversos campos: missões populares,
pregação de retiros, confissões, orientação espiritual e psicológica, bênçãos, paróquias, promoção social, capelanias hospitalares, pastoral
universitária, entre outros.
O Capuchinho: A formação capuchinha é muito dispendiosa? Como os freis capuchinhos a
mantém?
Frei Pedro: Sim, fica cara. Mesmo porque
nós dependemos de alguns professores de fora
(além dos freis) para o curso de filosofia. Para o
curso de teologia nós dependemos dos institutos
diocesanos.
Além dos estudos, há tantas outras despesas com os vocacionados, como, alimentação,
viagens, assistência médica, etc. As famílias
dos vocacionados dificilmente têm condição de
contribuir, pois são pobres. Por isso, grande parte da formação é mantida com o trabalho dos
freis, isto é, as remunerações que os freis recebem pelo trabalho feito são rever tidas para a
formação. Ajudam também na manutenção os
trabalhos que os vocacionados realizam nos seminários. Temos ainda o projeto “Amigos das
vocações dos freis capuchinhos”: pessoas que
contribuem mensalmente com alguma quantia
em dinheiro (o quanto puder) para a formação
dos novos freis.
Gostaria de convidar você, leitor de nosso boletim O Capuchinho, para ser também um dos
Amigos das Vocações dos Freis Capuchinhos.
Venha falar conosco e receber as orientações.
É muito gratificante poder contribuir com a formação dos novos freis que, após a formação,
dedicarão suas vidas em atender nossas comunidades urbanas e rurais.
O Capuchinho: Qual a mensagem final que o
senhor nos deixa?
Frei Pedro: Todas as pessoas, famílias e
comunidades devem se sentir responsáveis pelas vocações sacerdotais, religiosas e leigas.
Quanto à vocação religiosa e sacerdotal, todos
devemos ser promotores vocacionais, rezando e
incentivando as pessoas a assumirem este estado de vida. Deus sempre chama, mas é preciso
criar um clima (familiar e comunitário) em que
as pessoas possam ouvir o chamado de Deus e
respondê-lo.
FREI ALVADI
Frei Alvadi Pedro Marmentini é sacerdote religioso e pároco da nossa paróquia, Nossa Senhora
das Mercês.
O Capuchinho: Conte-nos um pouco da sua história familiar, seus pais, irmãos, sua cidade natal.
Frei Alvadi: Meus pais eram agricultores e comerciantes. Vieram do Rio Grande do Sul para o
Paraná em 1945, na cidade de Pato Branco, onde
eu nasci. Família muito religiosa, e unida. Éramos
nove irmãos: cinco irmãs e quatro irmãos. Somos
atualmente apenas cinco. Meus pais também faleceram.
O Capuchinho: Com quantos anos entrou no seminário e com que idade foi ordenado sacerdote?
Frei Alvadi: Com 12 anos de idade, meu pai procurou um colégio para me internar, porque eu era
muito “comportadinho” em casa. Depois de tanto
procurar, encontrou em São Lourenço do Oeste-SC
o Colégio das Irmãs Vicentinas. Lá eu fiquei durante um ano. Fiz amizade com o capuchinho frei
Donato de Ênego, me tornei coroinha. Um dia o
frei visitou minha família querendo me levar para
o seminário. Meu pai, achando que o estudo do
seminário era bom, me deixou ir. Eu admirava o
trabalho do frei Donato. Creio que ele foi o primeiro
despertar da vocação. Fui ordenado com 28 anos
na cidade de Pato Branco.
O Capuchinho: Por que escolheu “ser frei capuchinho”?
Frei Alvadi: Eu sempre ia com minha mãe, que
era Legionária, visitar os pobres e os doentes. Isto
despertou em mim a vontade de ajudar as pessoas
que sofriam. Mas, na verdade, creio que a minha
vocação surgiu das preces de minha mãe. Ela sonhava em ter um filho padre. No entanto, ela nunca
me revelou para não me influenciar. Somente quando fui ordenado sacerdote, ela me falou que tinha
um segredo para me revelar. Naquele dia, disse,
ela estava recebendo a graça que tinha pedido a
Deus quando estava grávida de mim: um filho sacerdote. Creio que as orações de minha mãe foi a
maior força para a minha vocação.
O Capuchinho: Qual a sua formação acadêmica
e onde estudou?
Frei Alvadi: Estudos de filosofia e teologia em
Ponta Grossa, Curitiba e São Paulo. Parapsicologia
em Florianópolis. E Psicologia Holística nos Estados Unidos.
O Capuchinho: Qual a diferença do sacerdote
religioso e diocesano?
Frei Alvadi: O sacerdote religioso vive em fraternidade e segue a espiritualidade do seu fundador,
no meu caso São Francisco de Assis. Fazemos os
três votos de obediência, pobreza e castidade e
obedecemos a um superior provincial. O padre diocesano, em geral, trabalha sozinho. Faz votos de
castidade e obediência ao bispo e trabalha em sua
diocese. Não faz voto de pobreza.
O Capuchinho: O Sr. teve alguma dúvida durante
a sua formação? Não teve vontade de ter mulher,
filhos, enfim ser pai de família?
Frei Alvadi: Dúvidas a gente sempre tem. Mas
o ideal de servir e me doar ao povo de Deus, foram
mais fortes e não me deixaram desistir dos meus
objetivos.
O Capuchinho: Por que hoje, a Igreja tem tanta
falta de sacerdotes, ser padre não atrai mais os
jovens?
Frei Alvadi: Primeiro por falta de incentivo das
famílias. Muitos jovens tem vocação mas os pais
pouco incentivam. Falam de todas as vocações e
profissões, mas quase não falam da vocação sacerdotal e religiosa.
Creio também que a Igreja devia também abrir
opções para padres casados e sacerdócio para
mulheres. Estamos perdendo muitos católicos pela
falta de pastores.
O Capuchinho: Que recado o Sr. daria aos jovens, vale a pena ser sacerdote religioso, leva-se
alguma vantagem?
Frei Alvadi: É uma vocação que realiza afetivamente, que dá segurança para o futuro. O não estar
ligado a uma família, faz você estar livre para amar
muito mais os sem família, os sofredores, os não
amados os que não tem nem vez nem voz. Deus
precisa de você, de seu coração para continuar a
amar, de suas mãos continuar ajudar a abençoar,
de sua mente e inteligência para continuar a orientar tanta gente sem rumo na vida. Ecoa ainda hoje
a preocupação de Jesus: “ Vendo a multidão, ficou
tomado de compaixão, porque estava enfraquecida
e abatida como ovelhas sem pastor.”(Mt.9,36).
Você não quer ajudar Jesus? Ele precisa de você.
O Capuchinho: O Sr. gosta de ser pároco aqui
nas Mercês? Fale-nos deste seu trabalho aqui.
Frei Alvadi: Sinto-me muito feliz em trabalhar
nesta paróquia. Gosto dos freis e do povo com
quem trabalho.
Nos últimos anos venho estudando muito
como trabalhar na pastoral urbana. Sinto que a
Igreja hoje tem papel muito impor tante para dar
uma resposta ao povo que sofre. O per fil da paróquia urbana é acolher os que sofrem. Em geral, nossas paróquias não estão preparadas para
acolher: são doentes, idosos, enlutados, depressivos, famílias desajustadas, casais em segunda
união, jovens sem rumo, dependência química,
solidão, orientação espiritual, confissões....A
igreja precisa de dar uma resposta às pessoas
que nos procuram. Essas pessoas precisam ser
acolhidas. Estamos fazendo o possível. Além das
9 missas de fim de semana,e as cinco celebrações de Entreajuda às quintas-feiras, contamos
com o trabalho dos profissionais voluntários, que
dedicam par te de seu tempo no atendimento às
pessoas. Na realidade, nós freis não estamos
dando conta com a grande demanda do povo
sofrido que nos procura. O trabalho voluntário
é muito impor tante na pastoral urbana. Temos
25 terapeutas para ouvir as pessoas carentes.
Temos o grupo de apoio ao luto, de prevenção e
cura do câncer, grupo do amor exigente,de apoio
aos familiares de dependentes químicos, S.O.S
família, 3 grupos de terapia de grupo, cursos de
parapsicologia, cursos de cura e liber tação aos
domingos com o frei Zanini. Além disso, temos
voluntários em massoterapia, acupuntura, reik,
nutrição, dermatologia, irodologia, arquitetura,
yoga e trabalho de ação social e promoção humana e duas paróquias carentes. Tentamos assim, acolher e aliviar um pouco o peso e o sofrimento dos que vem em busca de auxilio.
O Capuchinho: O Sr. parece “ser feliz”, realizado, de bem com a vida, uma pessoa disposta, com
saúde! Qual o “segredo” disto?
Frei Alvadi: Gosto e vibro com o que faço. Estou
sempre motivado, procuro sempre me atualizar lendo, estudando, e rezando. Sou muito disciplinado.
Levanto todo o dia às 4h30 e faço esteira, e ás
segundas feiras corro nos parques.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 87
CASAL
O casal Jayme e Ana Maria Arana foram entrevistados pelo O Capuchinho. Transmitimos aos leitores as valiosas respostas deles.
O Capuchinho: Contem-nos como vocês se conheceram? Duas procedências, suas famílias.
Jayme: Conhecemo-nos em maio de 1971 quando participávamos de um grupo de jovens universitários chamado “MUC” (Movimento Universitário
Cristão de Curitiba), que era dirigido pelo padre jesuíta Gustavo Henrique Pereira Filho. Começamos
a namorar em setembro do mesmo ano, quando
eu cursava o terceiro ano de Medicina na UFRP
e a Ana Maria o primeiro ano de Odontologia da
mesma universidade. Minha família é da região de
Presidente Prudente-SP e Ana Maria de Campos
Novos-SC.
O Capuchinho: Onde se casaram, com quantos
anos?
Jayme: Após quatro anos e três meses de
namoro, eu com 27 anos e a Ana Maria com 23
anos, casamo-nos na Igreja do Rosário em Curitiba, em dezembro
de 1975. Após o casamento passamos a participar do GRECC (grupo de estudos católicos casais de
Curitiba), também dirigido pelo padre Gustavo Pereira.
O Capuchinho: Vocês tem quantos filhos e como formaram os seus
filhos (vida acadêmica)?
Jayme: Temos três filhos satisfeitos e realizados em suas profissões: o primogênito que nasceu
em julho de 1977, é advogado e
atua na função de procurador federal. Os outros dois fizeram medicina e estão se especializando em oftalmologia. O caçula (25anos) está
no segundo ano de especialização
e o outro concluiu a especialização
e está fazendo uma sub-especialidade na área da
oftalmologia (retina e vítreo) e se prepara para concluí-la nos Estados Unidos. Salienta-se que os três
estão muito contentes.
O Capuchinho: Qual a profissão de vocês? Foi
difícil conciliar trabalho, vida familiar, educação
dos filhos?
Jayme: Jayme, médico na especialidade de oftalmologia; Ana Maria, odontopediatria e parapsicologia. No início de nosso casamento, Ana Maria
trabalhava dois períodos, mas quando nasceram
as crianças, ela optou por trabalhar meio período
diário, para dar atenção às crianças. Ela sempre
os incentivou a praticarem esportes de todas as
modalidades e brincar ao ar livre e, sempre que
possível, diminuindo o tempo em TV e vídeo-game.
Apesar de trabalharmos bastante, tivemos a sorte
de contar com os avós maternos, com seu equilíbrio, amor e dedicação aos netos. Durante o período de férias, tínhamos ainda o auxílio dos avôs
paternos que moravam em outra cidade.
88 - Ano IX - Julho de 2008
O Capuchinho: Como vocês realizam seu trabalho voluntário na Igreja? Têm tempo?
Jayme: Participamos do grupo de dizimistas.
Ana Maria também presta trabalhos voluntários
na Paróquia das Mercês nas tardes de terça-feira
atendendo parapsicologia e também ministrando
curso de parapsicologia.
O Capuchinho: Vocês são dizimistas? Sentem
em suas vidas o retorno de Deus com isto?
Jayme: Somos dizimistas há alguns anos. Temos uma sensação muito agradável de pertencermos ao grupo de dizimistas. Sabemos que o
dinheiro que é doado, é muito bem utilizado nos diversos programas pastorais da Igreja. É a maneira
de podermos assim ajudar a prover as condições
materiais necessárias para a execução do apostolado da nossa paróquia. Achamos que, nós leigos,
temos o dever de proporcionar ambiente aconchegante para que nossos religiosos tenham a tranqüilidade de desenvolverem sua sagrada missão sem
nenhuma preocupação e privação.
O Capuchinho: Com que valores vocês acham
que a família contribui para termos uma sociedade
melhor?
Jayme: A família é o núcleo mais importante
para a formação dos valores da sociedade. Os pais
– com seus exemplos de honestidade, amor a Deus
e ao próximo, fé, espiritualidade, afetividade, compreensão, respeito – vão incutindo nos filhos esses
mesmos valores. É importante salientar que, para
haver paternidade responsável, os pais, dentro do
possível, devem fazer um elenco de seus problemas pessoais, dialogarem a respeito da educação
dos filhos, de seus medos, inseguranças antes
mesmo de conceberem um filho. Como diz Thomas Verny (psiquiatra infantil) em seu livro bebês
do amanhã “O que fazemos ao nosso filho será o
que eles farão ao mundo.”
O Capuchinho: É possível ser feliz “só com uma
mulher”, e um “só homem”? A fidelidade conjugal
ainda é um dos fatores principais para se ter harmonia no lar?
Jayme: É claro que sim. A fidelidade é fundamental em um relacionamento, pois valores, como,
respeito, confiança, honestidade, são essenciais
em qualquer relacionamento.
Não é trocando de companheiro(a) que a pessoa vai ser mais feliz, pois a felicidade vem do interior de cada um. Cabe ao casal cultivar o seu
amor e seu relacionamento, com pequenas manifestações de carinho no dia-a-dia, elogiando as
qualidades um do outro.
A pessoa é feliz quando ela está em harmonia
com seu corpo e sua mente; quando se sente integrada ao todo: contexto familiar, profissional, social, à natureza e ao Criador...
O Capuchinho: Que conselho vocês dariam aos
jovens para serem felizes para “sempre” na vida
conjugal?
Jayme: Não existe receita universal. Cada casal vai descobrindo seu caminho para ser feliz. De
modo geral, consideramos essenciais alguns pontos, como: ter uma vida espiritual, cultivar o respeito, a fidelidade, o romantismo e
a companhia agradável um do outro como nos tempos de namoro,
sair juntos, cultivar o lazer a dois.
Enfim, evitar a rotina. Valorizar os
afetos, a compreensão, a amizade.
Respeitar as diferenças e encarálas como “forma de crescimento”,
sem ficar esperando que o outro o
faça feliz. Cada cônjuge deve focalizar a felicidade.
A felicidade está no interior de
cada um, contudo deve-se salientar
e valorizar as qualidades do outro.
O importante no casamento é o
amor, manifestação no carinho do
dia-a-dia, dedicação, compreensão,
respeito, muito e muito amor.
Os cônjuges terão maior probabilidade de serem felizes quanto
mais compartilharem valores em comum, como,
condições sócio-econômicas, religiosas, culturais
e morais.
É interessante ao jovem observar o relacionamento de sua namorada com a mãe dela e com
seus familiares: você poderá tirar muitas conclusões...
O Capuchinho: Vocês se acham plenamente
realizados no casamento e em suas profissões?
Expliquem este “segredo”.
Ana: Estamos bastante satisfeitos e realizados
na vida matrimonial e profissional. Contudo sempre
estamos aprendendo...
Ele (o Jayme) acredita e acha que o segredo
para o homem é saber escolher uma boa esposa e ter uma esposa realizada em casa. Isso é
mais fácil e agradável quando se tem um marido
apaixonado pela esposa. Por outro lado, cabe à
esposa manter sempre viva esta chama, este algo
especial que ela tem que despertou este amor no
marido.
SEGUIR JESUS NA VIDA CONSAGRADA
Ouvir a voz de Jesus chamando para servir aos
irmãos, é um convite a desinstalar-se, a sair do
egocentrismo e a caminhar ao seu encontro com
disponibilidade e alegria.
Tantos anos atrás, Jesus, o Homem de Nazaré,
quis contar com alguns pescadores para difundir o
Reino de Deus na humanidade. Lançou-lhes então,
o convite, que tocados pelo divino olhar do Mestre,
imediatamente deixaram tudo e seguiram o jovem
Galileu.
Assim hoje, Ele continua a repetir o mesmo convite a muitos jovens, homens e mulheres que, com
esforço, dedicação e determinação, abdicam o que
o mundo oferece para abraçar a vida consagrada,
assumindo com convicção a Vocação à qual foran
chamados.
Viver a Vida Consagrada exige fidelidade ao projeto de Deus que é cumulado de bênçãos e graças.
É ser testemunha autêntica da Sua Palavra, vivenciando-a no dia-a-dia. É ter a certeza de que Jesus
caminha ao lado, segurando na mão daquele que
decidiu acompanhá-Lo.
Seguir Jesus é viver com alegria todos os dias,
procurando, à maneira do Salvador, trilhar no caminho os seus passos e assim, com dinamismo e
entusiasmo, levar mais pessoas a se aproximarem
do Criador.
Ir. Lucia Helena Zorek.
Filha da Caridade
VISITA AO LEPROSÁRIO
O livro e o filme do Pe Damião sempre me
atraem muito e, com freqüência, releio-o e revejo-o. Com certeza, uma alma repleta de Jesus
Cristo.
Quanto ao texto de Madre Teresa de Calcutá
e Gandhi, eu não o conhecia, mas agora, adoroo. E interessante que, para ambos, em tudo a
primazia é do amor. Estes são anjos de Deus
nos falando e ensinando.
Quanto ao final de semana, consegui cumprir o que tinha planejado (a preparação das
comidas em Piraquara está dando trabalho mas
até que faço rapidamente. O problema é que
não é só cozinhar, mas sempre tenho que ficar
limpando, lavando roupa. Nunca imaginei que
seria assim. Depois que organizo aqui em casa,
chego em Piraquara e aquilo está parecendo
uma pocilga.
Participei da missa em Piraquara. Hoje foi a posse do
Padre (se não me engano seu
nome é Dirceu). Dom Ladislau Biernaski estava presente. O padre está muitíssimo
animado, e motivou a comunidade para a construção de
um salão para duas mil pessoas, em dois pavimentos.
Fiquei feliz ao ver o ânimo
dele. Também as pessoas
estavam bem animadas para
cantar. Lembrei-me, então,
como são as celebrações em
Pitanga. Também nessa Igreja de Piraquara há a imagem
de uma santa que nunca vi
antes. Ela parece uma moça
bem nova e está segurando uma ovelhinha no braço.
Não descobri o seu nome.
Há também a imagem bem
grande de São Francisco de Assis. Penso que
é a Igreja com mais imagens que já vi: ao todo,
oito e bem grandes e mais quadros de Jesus
Misericordioso. N. Sra. do Perpétua Socorro e
outros.
Fiquei das 14 às 16h30 no leprosário. Conversei bastante com o Alcides (o que não tem
visão). Fiquei imaginando o seu dia-a-dia naquela cama há mais de oito anos. Ele sente muito
frio mas felizmente tem um “pai de coração”
(João Mário, proprietário do Haras, onde se comemora o seu aniversário), que lhe compra muitos cobertores e também um aquecedor. Fiquei
muito tempo conversando, sentada ao lado da
sua cama. Senti grande certeza da presença
de Jesus nele: um sofrimento que parece não
ter fim. No entanto, notei grande resignação e
até alegria, pois, com muito ânimo e interesse,
aguardava o jogo do Atlético (pelo rádio) e me
contava tudo sobre os jogadores deste time.
Depois encontrei o Adão que fará aniversário em 19 de julho e quer ganhar um agasalho
do Atlético.
Conversei bastante tempo com o Liander
(aquele que não tem os dois braços). Ele fala
bastante e se mantém sempre sorrindo. Transmite profunda serenidade com a ternura e a
paz dos anjos de Deus. É algo doce que não sei
bem descrever.
Aquela que cantava bonito (a Joanice) não
está muito bem.
Todos recordaram o tempo em que íamos
ao hospital com mais freqüência e também das
comemorações. Isto suscitou em mim a idéia
de fazer uma festinha lá, no dia de São Francisco de Assis (ou num dia próximo a esta data).
Como ganhei 150,00 reais
de uma pessoa para comprar
cobertores e como ainda temos muitos cobertores, então vou guardar este dinheiro
e conseguir mais um pouco
para fazer a festinha.
Na saída encontrei frei
Rui, ficamos conversando durante 40 minutos (acho que
ele estava precisando falar).
Contou-me de seu amor pelos pacientes do hospital,
pela comunidade da periferia,
que é extremamente pobre e
também afetada pela hanseníase. Ainda falou, com muito
entusiasmo, do seu coral que
canta muito bem.
Sueli Rodaski
da Ordem Franciscana
Secular(OFS)
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 89
OS POBRES DA ESTRADA DO CERNE
Para o padre, o domingo é o dia de maior ocupação. Então, escolhi segunda-feira como meu dia de
descanso, que é uma lei do Senhor. Acostumei-me
a ir á chácara do meu sobrinho que está na Estrada
do Cerne. Os vizinhos são extremamente pobres
e dificilmente encontram emprego. Como se diz,
moram no mato. Há pessoas da cidade que abandonam seus gatos e cachorros ao longo desta estrada do Cerne. A família vizinha à chácara acolheu
13 animais abandonados. Dona Flora Madalosso
me entrega graciosamente, em toda segunda-feira,
uns quarenta e até mais quilos de restos de frango
para os cachorros e gatos desta família.
Comecei a pensar. Se os cachorros e gatos
recebem comida semanalmente, por que não poderia providenciar alguma ajuda alimentar para
os pobres desta região da Estrada do Cerne? E
deu cer to.
Faz 46 anos que, em toda
sexta-feira, às 15 horas, temos a missa do Cristo Partido
em nossa Matriz, com o costume dos fiéis trazerem alimentos para os empobrecidos.
Agradeço de coração a estas
pessoas benfeitoras e peço a
Deus que as recompense com
sua proteção.
Falei com o pároco, frei
Alvadi P. Marmentini, e ele
permitiu que eu levasse estes
donativos e outros que os fiéis da paróquia nos trazem
para os necessitados de que
falei acima, perto do km. 30
da Estrada do Cerne. São 13
famílias atendidas. Fiquei feliz
e agradecido em nome dos
atendidos. Faz um mês que,
em toda segunda-feira, transportamos para eles 13 pacotes com diversos alimentos
imperecíveis.
Além destas doações, pouco ou nada fazemos pela promoção humana destes empo-
brecidos. Nem saberíamos como, pois já fazemos
isso para os pobres da Vila Nossa Senhora da Luz
dos Pinhais e da Paróquia de Almirante Tamandaré.
Ajudamos porque são nossos irmãos. Representam o próprio Cristo Jesus
O concurso para entrar no paraíso são as obras
de misericórdia, porque o amor cobre a multidão
dos pecados. Então, feliz de quem realiza estas
obras de caridade, entregando suas doações à
Ação Social da paróquia. Estaremos à direita de
Cristo Jesus que nos dirá: “Vinde, benditos de meu
Pai, recebei por herança o Reino preparado para
vós desde a fundação do mundo” (Mt 25, 34)!
Frei Ovídio Zanini,
OFMCap
OFICINA DE ORAÇÃO E VIDA
Os novos grupos iniciarão de 3 a 9 de agosto
Os novos grupos iniciarão de 3 a 9 de agosto
próximo.
A Oficina de Oração e Vida consta de quinze
sessões, além de uma reunião de abertura. A
sessão é semanal, com duração de duas horas
cada. O número ideal de assistentes de uma oficina está entre 15 e 25 pessoas.
Trata-se de uma oficina de oração, porque, assim como numa oficina se aprende trabalhando
e se trabalha aprendendo, na Oficina de Oração
se aprende a rezar rezando. Por isso, a Oficina
tem conotação eminentemente prática, pedagógica e experimental. Rezar não consiste em uma
reflexão intelectual, mas em elevar a atenção e
a emoção a Deus e assim entrar em comunicação afetiva com um Tu. É, pois, atividade vital, e
as coisas da vida se aprendem vivendo-as.
90 - Ano IX - Julho de 2008
Tudo isto se começa desde os primeiros passos. O processo continua com variada gama de
modalidades ou maneiras diferentes de se relacionar com o Senhor até se chegar à contemplação. Trata-se, pois, de aprender a rezar de
maneira organizada, variada e progressiva.
Em segundo lugar, é uma oficina de vida. A
Oficina pega o aprendiz e, à luz da Palavra, o
introduz numa complexa estrutura de reflexão,
oração, mensagem libertadora e revisão da vida.
E, sem perceber, o aprendiz é impelido a vital
transformação. Não se trata de conversão de um
fim de semana, mas de um processo lento e evolutivo de quatro meses. Esse fator testemunhal
confere maior credibilidade às Oficinas e constitui a razão principal de sua rápida difusão.
Nas últimas sessões, mediante a contemplação centrada em Cristo, o aprendiz vai assu-
mindo os traços positivos de Jesus: paciência,
fortaleza, mansidão, compaixão, amor... E assim escutamos, com freqüência, os familiares
dizendo como mudaram nossos pais, nosso filho, nosso irmão...
A Oficina de Vida e Oração entrega à sociedade pessoas saudáveis, fortes e alegres, e à
Igreja, apóstolos convictos. Fazemos Igreja e fazemos Pátria.
Para maiores informações procure as Coordenações pelos telefones:
Curitiba 1: Vanda - 3339-5255
Curitiba 2: Claudete - 3233-7277
Curitiba 3: Luci - 3276-9660
Curitiba 4: Maria Augusta - 3233-0478
Curitiba 5: Guajacira - 3254-2656
Curitiba 6: Damião - 3367-4122
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PLANO DE SAÚDE: CUIDADOS NA ESCOLHA
No Brasil, o atendimento público à saúde da população vem, ao longo dos últimos anos, recebendo severas críticas e demonstrando a incapacidade
dos governos em encontrar e implantar soluções
que reduzam o sofrimento da população.
O que se vê são longas e intermináveis filas
nos locais de atendimento e tempo de espera para
uma simples consulta médica que pode levar a vários meses, tudo motivado por uma infra-estrutura
deficiente e muita falta de sensibilidade para com
as necessidades da parcela mais carente da população, aquela que não tem condições de pagar por
atendimento particular.
Esta realidade é extremamente dolorosa considerando que a grande maioria da população situase exatamente nas camadas mais pobres e não
tem condições de manter um plano de saúde com
cobertura para toda sua família, senão vejamos:
de uma população brasileira atualmente estimada
em 183 milhões de pessoas, apenas 51,4 milhões
possuem algum tipo de plano com cobertura para
atendimento médico e/ou odontológico, ou seja,
apenas 28% da população.
Esta triste realidade impulsiona cada vez mais
aqueles que não recebem cobertura médica em
seus empregos a buscar a contratação de algum
plano de saúde, hoje considerado item de primeira
necessidade, mesmo que isso exija importante sacrifício econômico.
Para dar vazão à crescente demanda, existem
hoje, em atividade no Brasil, segundo dados da
Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS,
mais de 1.800 operadoras de planos de saúde nas
mais diversas modalidades, que oferecem coberturas e planos diversos. Por isso, alguns cuidados
devem ser tomados antes da contratação, como
se sugere:
1. Certifique-se de que a Operadora que está
oferecendo o plano de saúde possua registro na
Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Verifique também se o plano a ser contratado está
devidamente registrado e em funcionamento. Para
isso, consulte o endereço eletrônico da Agência
Nacional de Saúde Suplementar (www.ans.gov.br)
ou ligue para o Disque-ANS: 0800-701-9656;
2. Leia com atenção o contrato antes de assinálo, de preferência na companhia de alguém com
conhecimento e de sua confiança;
3. Exija uma cópia do contrato e da declaração
de saúde datados e assinados por você, para que
você possa consultá-lo sempre que tiver dúvida. É
um direito seu e um dever da operadora. Solicite o
contrato à sua empresa se o seu plano for coletivo;
4. Exija que todas as informações e “promessas” feitas pelo corretor ou representante da operadora sejam feitas por escrito. Com isso, se surgir
alguma dúvida ou impasse, você poderá comprovar
todos os seus direitos. Se lhe for prometido que
não há carência no plano que você escolheu, exija
esse compromisso por escrito;
5. Pesquise junto a médicos, parentes e amigos
sobre diversos planos existentes no mercado, buscando os dados necessários para uma exaustiva
comparação e uma satisfatória escolha;
6. Leia atentamente todo o material informativo, o contrato e as condições da apólice, para evitar surpresas futuras;
7. O vendedor é, naturalmente, um entusiasta
do produto que vende. E nem poderia ser diferente.
Sobretudo quando vende um produto que dispensa
maquiagem e se impõe pela qualidade: entretanto,
o interessado deve fazer todas as perguntas indispensáveis ao esclarecimento de dúvidas. O plano
de saúde há de ser transparente, claro e auto-explicativo;
8, Compare vários planos de saúde, mas não
compare apenas as mensalidades. Compare também: as coberturas, as carências, a rede credenciada de médicos, hospitais e laboratórios, a abrangência geográfica dos planos (municipal, regional,
nacional, e se for o caso, também planos que têm
alcance internacional). Compare as facilidades na
obtenção de informações em plantão telefônico 24
horas. Compare porte e tradição das Seguradoras
que estão dando a cobertura aos planos. Compare
o padrão dos serviços oferecidos (hospitais, médicos e laboratórios credenciados). Consulte as
pessoas que têm planos de saúde, para melhor conhecimento, na prática, sobre o funcionamento dos
mesmos, para que você não se torne apenas um
mero usuário. “Mensalidade” é um dado importante, mas é apenas um dos diversos aspectos que
deverão subsidiar a sua decisão final;
9. Não se esqueça de solicitar um guia completo do plano de saúde que esclarece, de maneira
simples e objetiva, todos os benefícios e procedimentos de atendimento;
10, Tenha muita tranqüilidade na escolha, não
faça nada de forma apressada.
Alcir Empinotti
Contador e ex-diretor de
gestora de Plano de Saúde
COMEMORAÇÕES DE AGOSTO
Em agosto, comemoram-se duas importantes profissões: 27, dia do psicólogo e 31, dia do
nutricionista. Essas profissões ganham cada vez
mais destaque nos dias atuais diante da percepção do homem em buscar equilíbrio entre corpo
e mente.
Na chamada era pós-moderna, em que há
supervalorização do trabalho e excesso de desgaste físico, o psicólogo e o nutricionista são importantes aliados do homem na busca de vida
equilibrada.
Dia do Psicólogo
Derivado do grego, psykhé (alma) e lógos (estudo), psicologia significa o estudo da alma e
traz, como grande nome, Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, uma de suas
correntes teóricas. Cabe ao psicólogo estudar
questões ligadas à personalidade, à aprendizagem, à motivação, à memória, à inteligência, ao
funcionamento do sistema nervoso, e também à
comunicação interpessoal, ao desenvolvimento,
ao comportamento sexual, à agressividade, ao
comportamento em grupo, aos processos psi-
coterapêuticos, ao sono e ao sonho, ao prazer
e à dor, além de outros processos psíquicos e
comportamentais não citados.
A psicologia apresenta diversas correntes
teóricas. As correntes podem ser diferentes em
alguns ou em vários parâmetros, dependendo do
foco de estudo. As escolas surgem normalmente contrapondo-se ou complementando à escola
anterior.
Dia do Nutricionista
O nutricionista é o profissional com formação
generalista, humanista e crítica. É capaz de atuar visando à segurança alimentar e à atenção
dietética, em todas as áreas do conhecimento
em que a alimentação e nutrição se apresentem
fundamentais. E tudo isto para melhorar a promoção, manutenção e recuperação da saúde e
prevenção de doenças de indivíduos ou grupos
populacionais. Desta maneira, contribui para a
melhoria da qualidade de vida, pautado em princípios éticos, com reflexões sobre a realidade
econômica, política, social e cultural.
Estudos comprovam que os gregos, 25 sé-
culos atrás, já reconheciam a importância dos
alimentos para uma vida saudável. Antoine Lavoisier, considerado o “Pai da Nutrição”, no século XVIII, abrangeu o estudo da respiração, da
oxidação e da calorimetria, sempre relacionadas
com a utilização da energia proveniente dos alimentos.
No entanto, até a metade do século XX, as
pesquisas com alimentos tinham caráter, sobretudo, curativo. A partir da segunda metade
do século, o fator prevenção ganhou destaque
nas pesquisas científicas relacionadas aos alimentos. A nutrição exerce importante papel na
prevenção de doenças, como por exemplo, na
prevenção das doenças cardiovasculares, onde
os principais fatores de controle são evitar o
excesso de peso, evitar consumo de gorduras
saturadas e trans; consumir fibras diariamente,
entre outros.
Parabéns a esses profissionais que contribuem para melhorar a qualidade de vida.
Estes são os votos da paróquia N. Sra das
Mercês!
Janaína M. Trindade - Jornalista
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 91
PARAPSICOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA
O ser humano está sujeito, como tudo no universo, à Lei da Evolução. Toda evolução pressupõe um
processo de expansão ou de crescimento, um trajeto
a ser percorrido em diversas etapas para atingir um
alvo, um objetivo.
Objetivos sempre renovados são a forma mais
prática de evitar as crises, de fugir da estagnação
mortífera, da apatia agonizante, do caminhar rumo
ao nada e inclusive, de superar a depressão.
Cabe destacar que depressão é insegurança diante do futuro, é ausência de motivos para viver. Pode-se superar a depressão criando objetivos novos,
reassumindo atividades que nos repõem no ritmo
dinâmico da evolução.
Desenvolver os talentos humanos mais e mais,
eis a forma mais prática de estar permanentemente
integrado à Evolução Cósmica. Desenvolver a inteligência, os dons artísticos, exercidos nas diferentes
artes, o potencial físico, na prática dos mais variados
esportes, e o potencial intuitivo e paranormal, nas
mais belas descobertas é entrar no ritmo do vir-a-ser
universal.
Integrar-se à evolução cósmica é, enfim, crescer
n.º 25
humanamente na vivência harmoniosa e construtiva
da fraternidade humana em suas mais diversificadas
manifestações, das religiosas às políticas. Não confundi-las, entretanto, com fanatismos sectários, tão
pouco com demagógicas politicagens.
O sabor da vitória, a alegria de sentir-se vencedor
é a mais agradável, a mais profunda e a maior satisfação que o ser humano pode vivenciar. E isto porque
assim pode vivenciar, de forma direta e palpável, a
satisfação de sentir-se integrado ao Poder Criador e
Evolutivo do universo, ser partícipe com Deus do ato
de criar e do evoluir cósmico.
Eis porque o superprotegido vive insatisfeito e
revolta-se, porque lhe é roubada a oportunidade da
vitória, da conquista, do evoluir e do sentir-se capaz,
afastando-se da capacidade de conquistar os bens
necessários a sua sobrevivência.
Não se deve privar ninguém do sabor da vida, do
sabor das alegrias, do sabor da vitória, nem mesmo o
bebê, que quer engatinhar, de aprender a conquistar o
seu espaço e ampliar seus ainda estreitos horizontes.
Para exercitar: Acomode-se confortavelmente.
Deite-se ou sente-se com os pés apoiados no chão.
Mantenha sua cabeça equilibrada, não a deixe pender. Repouse as mãos sobre as pernas. Feche os
olhos. Fique totalmente imóvel, tranqüilo. Respire
profundamente e, ao exalar, relaxe. Respire profundamente umas dez vezes e, ao exalar, relaxe cada
vez mais. Mantenha-se consciente enquanto relaxa.
Tome posse de si mesmo, fique em paz.
Após uns minutos de relaxamento físico e concentração mental, perceba em que aspectos da vida
você precisa evoluir, crescer. Defina novos objetivos
ou retome objetivos abandonados, esquecidos. Programe-se para não superproteger ninguém, programese para estimular, cobrar, desafiar para que cada um
faça o que já é capaz de fazer.
A Parapsicologia é indicada para os casos de depressão, síndrome do pânico, medos, inseguranças,
bloqueios, sentimento de culpa, baixa auto-estima,
falta de concentração e outros semelhantes.
Flávio Wozniack - Parapsicólogo
Tel. 3336-5896 - 9926-5464
Atendimento: 1. Gratuito (para carentes) - Paróquia das Mercês - 3335-5752 | 2. Particular - Rua
Manoel Ribas, 852 - sala 12 - Mercês
-”Mas, nem sabemos o que ele faz, ou onde ele
mora!”, disse a Diretora. Nisso, João Pedro, o mais
moço da casa, pega uma pasta contendo os inúmeros os papéis, com todas as histórias de Marciano,
que ele havia guardado.
-”Lembro que tinha o endereço dele em uma das
histórias...”. E, logo em seguida: -”Aqui está, eis o
endereço, vamos até lá, Diretora, por favor, vamos
até lá!”.
Imediatamente, a Diretora e os sete rapazes entraram na caminhonete do lar e foram procurar aquele endereço. A casa era simples, toda amarela e de
telhado bem vermelho. Bateram a campainha, mas
não houve resposta. Um dos rapazes, então, tentou
o trinco da porta, e verificou que ela estava aberta.
Sem vacilar, decidiram entrar na casa. Era muito pequena, apenas com um quarto, uma pequena
sala, um banheiro e uma cozinha. E, à mesa da cozinha, lá estava Marciano, com a caneta na mão e o
rosto deitado sobre a página de um novo texto.
-”Seu Marciano!”, disse um dos rapazes. Mas
logo verificaram que ele já não responderia mais.
Marciano havia morrido. E, muito provavelmente, da
maneira como gostaria: escrevendo um de seus textos dedicados àqueles moços.
Um dos jovens, então, decidiu ler o que Marciano estava escrevendo naquele dia.
O texto chamava-se “Os meus sete anjos”. Eis
um trecho:
“Amo-os profundamente, e sei que vocês são
excelentes pessoas. Sinto isso. Vejo isso nos olhos
de cada um de vocês. Tornaram-se viciados, sim,
porém não por culpa de vocês, mas pelas duras
circunstâncias da vida. Parecem ignorar o que lhes
leio, mas isso não me importa nem um pouco, pois
sei que, no fundo de suas almas, vocês são excelentes pessoas. Pessoas tão jovens e que já foram tão
massacradas por uma vida que, nem sempre, é tão
justa como desejaríamos. Mas mesmo sem saber
os seus nomes, rezo sempre por cada um de vocês.
E quero que saibam que jamais desistirei de vocês.
Continuarei a visitá-los. Prosseguirei insistindo, até
o último dia de minha vida. E estejam certos: a minha esperança em vocês nunca acabará”.
Ao terminar a leitura, os sete jovens estavam todos chorando.
O enterro de Marciano foi simples, mas de grande significado. Os seus sete anjos estavam lá, se
revezando para carregar o caixão.
João Pedro, Cristiano, Alexandre, André Luis,
Luis Carlos, Márcio e Jonas. Todos os sete recuperaram-se de suas dependências e, recentemente,
fundaram o seu próprio lar para auxílio a dependentes químicos. O nome do lar?
“Lar São Marciano”!
Alguém disse a João Pedro que aquele nome era
muito estranho, pois “nunca houve um Santo chamado Marciano”.
João Pedro simplesmente sorriu, com o olhar de
quem não concordava com aquilo, mas não disse
nada. Apenas sentou-se no canto da sala, abriu um
livro e começou a ler um trecho para os jovens do
novo lar. Era o livro que os sete haviam publicado,
reunindo todos os textos de “Marciano”, isto é, (e
por que não?) os textos de “São” Marciano.
Não sei quanto aos anjos mas é a bondade que
dá asas às pessoas.
Marcos de Lacerda Pessoa
MARCIANO
Um senhor, de nome Marciano, todos os dias ia
visitar uma casa de recuperação de jovens dependentes químicos.
Ele entrava na mesma hora, às seis da tarde,
sempre com um papel na mão. Sentava-se no canto
da sala, e dizia a todos os sete jovens da casa (mas
sem olhar para nenhum deles em particular), que
iria ler para eles o texto que ele havia escrito.
A cada dia, um novo assunto. Eram textos sobre
temas diversos como coragem, amor, esperança,
persistência, fé...
Ao terminar a leitura, ele levantava da cadeira,
deixava o papel na mesinha próxima, e despedia-se
com leve sorriso e um... -”Até amanhã!”.
Certo dia, decidi entrar naquele lar de jovens, pois
a visita fazia parte do projeto acadêmico do qual que
eu participava. Foi bem na hora em que Marciano
estava chegando. Vi toda aquela cena, que chamou
muito minha atenção. Quando Marciano saiu, perguntei à Diretora do lar, quem era aquele senhor. Ela disse que sabia pouco, além do nome dele. E me contou
que ele fazia aquilo há mais de dois anos, diariamente, sem perder ao menos um domingo, nem mesmo
qualquer feriado. E me disse, ainda, que sentia muita
pena daquele senhor, pois os jovens não prestavam
atenção naquilo e simplesmente o ignoravam.
Em certo dia, porém, Marciano não apareceu. Já
eram seis e meia da tarde, quando um dos jovens,
após olhar para o relógio, comentou com os demais:
-”Será que ele não vem?”. Dez minutos depois, outro dos rapazes disse: -”Pode ter acontecido alguma
coisa!...”. Logo em seguida, todos decidiram que a
ausência de Marciano, naquele dia, deveria ser imediatamente relatada à Diretora. E assim o fizeram.
92 - Ano IX - Julho de 2008
CO-DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Este texto é uma continuação do texto “Mulheres que amam demais”. Falarei sobre os padrões
de comportamento e as emoções que habitam as
pessoas co-dependentes.
O que é co-dependência e o que é co-dependente? Co-dependência e co-dependente têm definições
estreitamente ligadas. Co-dependência é a condição
emocional, psicológica, ligada a padrões de comportamentos obsessivos compulsivos. Co-dependente
é a pessoa intimamente envolvida, que controla de
forma obsessiva o outro em sua dependência, que
pode ser química, emocional, financeira ou física.
Dependentes e co-dependentes apresentam
condições físicas, emocionais similares: o dependente químico é viciado em drogas e o co-dependente é viciado em relacionamentos obsessivos.
O co-dependente é viciado em relacionamentos
destrutivo porque ele deseja e precisa de pessoas
dependentes, pois só assim se sentem feliz à sua
maneira patológica (doentia).
Quem se torna co-dependente provavelmente
teve uma história familiar de pouco ou nenhum espaço para expressão de suas emoções e necessidades. Filhos de pais problemáticos (disfuncionais)
podem sofrer todas as formas de abuso, explícito
ou implícito, como gritos, xingamentos, humilhações, podem ser ridicularizados pelo que pensam;
podem ser negligenciados em suas necessidades
básicas, como alimentação, abrigo e afeto. Não
é raro que o conceito de Deus seja usado como
ameaça para manipulá-los, que as crianças sejam
usadas como forma de suprir suas necessidades
afetivas.
Eis algumas características que identificam o
co-dependente: relacionamentos destrutivos e forte tendência a ligar-se a pessoas emocionalmente
comprometidas; relacionamento com um dependente químico dentro da família parental; preocupação obsessiva com o outro; baixa auto-estima;
trabalho compulsivo; perfeccionismo; sentimento
de culpa, entre outras.
O co-dependente desenvolve um vício de relacionar-se de forma nociva. Quando essa relação
destrutiva acaba, ele promete que isso não acontecerá novamente, mas logo escolhe novo parceiro e
os comportamentos se repetem.
O contato do co-dependente com seu interior
fica prejudicado, desenvolvendo um vazio, que é o
vazio de si mesmo. A pessoa fica tão carente que
passa a buscar seu preenchimento interno no outro. Socialmente, o co-dependente é reconhecido
como salvador. Salvar o outro é a tentativa inconsciente de salvar a si mesmo.
Ao procurar auxílio profissional, o co-dependente
entrará em contato com sua história de vida, encontrando outras maneiras de viver saudavelmente. Estando de bem consigo mesmo, a fé nascerá em sua
alma e a vida terá outro brilho.
Rosecler Schmitz - Psicóloga Clínica
CRP-08/10 728 - Cel.: (41) 9601 6045
PAI SEMPRE LEMBRADO!
PAI SEMPRE AMADO!
Aquela figura séria, franzina, olhar severo, mãos
calejadas, mas um coração magnânimo sempre
aberto para o diálogo, assim me lembro do meu
pai, que sempre fez questão de “prover” para o
sustento material e a educação de seus 10 filhos.
Meu pai era agricultor, minha mãe costureira e
habilidosa dona de casa. Cozinhava, lavava, e fazia
todos os afazeres domésticos, usando seus dotes
de verdadeira “administradora do lar”, apesar dos
parcos recursos financeiros. Tirava leite até de pedras...
Não havia o “bolsa família”, nem “bolsa escola”, nem “vale” para nada- Era o “bolso” quase
sempre vazio do papai, que tudo provia, mandando
os filhos para a escola, à igreja e os acompanhava nas lições de casa, nas funções religiosas, no
trabalho, na oração feita em família reunida todas
as noites. A cada filho destinava tarefas: trabalhos
domésticos, o cuidado com os animais, a lida na
horta, no jardim e na lavoura. Que educação!
Educação que vinha da paternidade e maternidade responsáveis, baseada no amor mútuo, conjugal. Era esse “exemplo que arrasta”! Não existiam as crises conjugais. A fidelidade era a maior
virtude que os filhos admiravam e a sentiam na
convivência do dia-a-dia...
Certa vez estava dando catequese para um grupo de jovens e, no desenrolar da palestra, um deles
- de uns 15 anos - disse: “Meu pai é um “homem
bom”, ele é “fiel”! Lembrei-me do Evangelho, Jesus
disse: “Servo bom e fiel”... (Mateus 25,21)
É, sem dúvida, a “fidelidade” ao compromisso
do matrimônio cristão que impulsiona todo o fundamento do lar bem constituído, da família feliz, onde
tudo se resolve com o diálogo, amor, apesar das
influências das mazelas que assolam a sociedade
e que ocasionam a desestrutura familiar.
A infidelidade conjugal é crime que sacrifica os
próprios filhos. O homem ou a esposa que se trocam por outros relacionamentos, também trocam
os filhos. Como disse o Papa Bento XVI, é uma
ferida. Ela dificilmente cicatriza sem deixar as marcas na vida familiar. É uma castração espiritual.
Das coisas mais violentas e sujas que um homem,
ou mulher podem cometer contra seus filhos, a
infidelidade é a pior. São Paulo na carta aos Efésios 5,25, fala: “Maridos, amai vossas esposas”.
Este é também o conselho dado aos cônjuges no
momento em que celebram o sacramento do matrimônio. Quem ama não trai!
Querido Pai, neste dia que é dedicado a você,
cercado pelas homenagens, abraços, beijos, carinhos e presentes, este é o fruto de seu bom relacionamento que você semeou: o respeito pela sua
mulher, a dimensão humana e espiritual da sexualidade são contagiantes aos filhos que o respeitarão
e admirarão como um “Pai herói”, um “Pai bom”,
um “Pai fiel”!
Dar a vida a outro ser humano pode ser força
do instinto, como também pode ser conquista do
espírito. Seus filhos são fruto desta conquista do
espírito. Neste dia de muita emoção para pais e
filhos, de festa e de lembranças, pode também
ser “o dia” de um pedido de perdão, de desculpas
e de começo de vida nova, de amor e respeito entre
pais e filhos.
Parabéns a todos os pais que entenderam sua
vocação e se capacitam com a melhor boa vontade e cultura para “aprender” sempre mais a difícil, mas possível tarefa de educar e tratar os filhos
como “gente” com personalidade merecedora de
respeito. E neste respeito você estará honrando o
título de educador que exige, perdoa e muito ama!
Pais e filhos num só coração e numa só alma,
no aconchego do lar, juntem suas vozes e digam
com carinho: Nós nos amamos eternamente, pais
e filhos, no abraço acolhedor, com a bênção de
Deus Pai!
Erotides Floriani Carvalho
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 93
POR QUÊ SOU CATEQUISTA?
No início da década de 1970, o café e o algodão
reinavam absolutos no Norte do Paraná. Nessa
época na cidade de Borrazópolis num sítio chamado Laranja Docer de propriedade do meu avô João
– um italiano teimoso, mas de uma ternura e uma
fé inabaláveis – eu vim ao mundo pelas mãos de
minha avó Vitória ..
A folha da minha vida ainda estava em branco, mas de uma coisa hoje tenho certeza absoluta: nela Deus escrevia, à maneira Deler uma bela
história.
Quando completei um ano de idade, mudamos
para a cidade.
A vida era tranqüila. Brincávamos descalços pelas ruas ainda sem asfalto. Vizinhança amiga e há
apenas duas quadras da nova Igreja Matriz Imaculada Conceição. Nova porque a velha igrejinha de
madeira fora comprada e demolida pelo meu pai
para construir nossa casa na cidade.
Sempre senti que aquela casa era abençoada.
Imaginem morar entre as paredes da Igreja aonde
meus pais se casaram e todos nós fomos batizados!
Meu pai era Ministro de Eucaristia quando comecei a me entender por gente. Quando completei
seis anos de idade, ele foi ordenado Diácono Permanente.
Daquele dia em diante, nunca mais me sentei
ao lado dele em uma missa porque ele sempre estava no altar servindo. Lembro-me que, na escola
na rua, na Igreja e entre os amiguinhos todo mundo
me perguntava: “Teu pai é padre não é”? Eu tentava em vão explicar: “Não ,ele é Diácono”. Mas eles
retrucava: “Mas ele faz casamentos, batizados,
atende velórios, lê o Evangelho e, às vezes, é ele
mesmo quem celebra!”
Diaconato é o ministério do serviço e disso meu
pai sempre teve muita consciência. Que o digamos
nós quando crianças, nos finais de semana: “Pai,
quando é que nós vamos passear na casa da avó?”
Ele, tranqüilamente, nos respondia: “Quando eu
terminar os batizados depois da missa”!
Viagens aos sábados? De que jeito? Ele sempre
tinha casamentos para celebrar.
A Diocese de Apucarana (a qual pertencíamos)
foi na década de 1970 uma das mais pródigas na
formação e ordenação de diáconos permanentes e
meu pai participava constantemente de encontros,
retiros e estudos. Até hoje é assim, ele sabe que
esse é um processo contínuo.
Quanto mais estudamos e nos aprofundamos
na Palavra de Deus, mais temos sede de buscá-Ia
no dia-a-dia. A Catequese é também um processo
permanente. Sempre repito a seguinte frase: Quanto mais conhecemos alguma coisa sobre a Palavra
de Deus, mais a amamos.
A Bíblia, lá em casa, sempre foi o livro mais
lido, Eu não me lembro de ter se passado um único
dia em que meu pai não a tenha folheado. Aprendi
desde cedo a riqueza deste hábito.
Com 10 anos fiz minha primeira comunhão
(guardo até hoje a prova de religião na qual tirei
nota 10). Minha catequista, Dona Anastácia, era
muito inteligente e querida. Mas, naquela época a
catequese era no estilo pergunta e resposta. A gente decorava por medo como na escola.
Aos 11 anos recebi a Crisma. E logo comecei a
participarr assim como meus irmãos, de encontros
de adolescentes e, mais tarde, do grupo de jovens
e, aos 18 anos, era catequista de adolescentes.
Numa família de seis filhos e de um pai completamente voltado para a comunidade, a mãe era
sempre a figura soberana no cuidado e educação
das crianças.
Minha mãe era e ainda é de uma fortaleza incrível. Além de cuidar dos filhos, costurar e trabalhar
no plantio de mudas de café (atividade com a qual
nossa família se sustentava), ela aceitou de Ministra de Eucaristia, quando eu tinha apenas 12 anos.
Uma criança, que sempre teve em casa exemplos
tão vivos de fé e amor à Igreja, não poderia mesmo
trilhar outro caminho. Deus sempre sabe o que faz
em nossas vidas.
Por quê Deus me deu tanto?
Sinto imensa alegria em retribuir tudo o que recebi e recebo diariamente, através da doação na
catequese, liturgia, canto e o SAV. Sempre que inicio novo grupo de catequizandos, alguns às vezes
mais velhos do que eu, abraço com amor e muita
alegria esta missão.
Hoje entendo porque Deus me deu tanto: é porque o projeto Dele, em minha vida, é que eu seja
feliz testemunhando Jesus Cristo e sua Boa Nova,
que continua tão atual e cada vez mais necessária.
Por quê sou catequista? “É pelo fruto que se
conhece a árvore”. E o fruto, como diz o ditado
popular, não cai longe do pé.
Cléia Delicoli
Catequese de Adultos
Paróquia N.Sra. das Mercês
Notas: meu pai, Luiz Delicoli, é Diácono Permanente há 32 anos e reside na Paróquia São José
do Capão Raso. Minha mãe, Mônica Bocon Delicoli,
também continua exercendo o Ministério Extraordinário da Sagrada Eucaristia.
OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS
Estamos iniciando, a partir deste número de
“O Capuchinho”, um estudo sobre os Mandamentos da Lei de Deus. Faremos neste artigo uma
introdução e o primeiro mandamento; nos números sucessivos, estudaremos dois ou três mandamentos a cada vez.
Introdução
No monte Horeb, o Senhor entregou a Moisés o Decálogo, ou seja, a lista dos dez Mandamentos que são as dez exigências fundamentais
para quem quer viver de acordo com a vontade
de Deus, no amor ao próximo. Os três primeiros
mandamentos se referem mais ao amor de Deus,
e os outros sete ao amor do próximo.
Os dez Mandamentos formam uma unidade.
Transgredir um mandamento é infringir todos os
outros. Não se pode honrar as pessoas sem bendizer a Deus, seu criador. Não se pode adorar a
Deus sem amar as pessoas, suas criaturas.
Os dez Mandamentos são encontrados na Bíblia, no Antigo Testamento, em dois lugares, com
pequenas diferenças: Em Ex (Êxodo) 20,2-17 e Dt
(Deuteronômio) 5,6-21. Segundo a Bíblia, Deus
escreveu estas “dez palavras” (Decálogo – dez
94 - Ano IX - Julho de 2008
Mandamentos) “com seu dedo”, à diferença de
outros preceitos escritos por Moisés. São Palavras de Deus de modo eminente (cf. Catecismo
da Igreja Católica, nº. 2056).
Desde o Antigo Testamento os livros sagrados
se referem às “dez apalavras”. Mas é em Jesus
Cristo, na Nova Aliança, que será revelado seu
sentido pleno.
No Novo Testamento são muitas as passagens que se referem aos Mandamentos de Deus.
Por exemplo, em Mc 12,28-34 Jesus, respondendo à pergunta do escriba sobre qual é o primeiro
dos mandamentos, diz que o primeiro é amar a
Deus e o segundo é amar o próximo. Portanto,
Jesus resume os Mandamentos em dois: amar a
Deus e amar o próximo. Em Mt 19,16-19 Jesus,
respondendo a pergunta do jovem rico, cita alguns
Mandamentos (não enumera todos). Em Rm 13,9
Paulo resume os Mandamentos nesta sentença:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Fr.
Ildo Perondi, artigo).
É na observância aos Mandamentos que mantemos nossa relação harmoniosa com Deus, com
as pessoas e com o mundo. Eles foram escritos
para preservar a vida, trazer paz, amor, justiça e
solidariedade à sociedade humana. Não foram escritos para escravizar, mas para libertar. Foram
escritos para que todos tenham vida e a tenham
em abundância (cf. Jo 10,10).
O primeiro mandamento:
Amar a Deus sobre todas as coisas
O que significa amar a Deus sobre todas as
coisas? Significa aceitar suas palavras e ter nele
fé e confiança plenas. É reconhecer, como Maria,
que ele fez grandes coisas e que seu nome é santo (cf. Lc. 1,46-49). É evitar as superstições, as
idolatrias, o ateísmo, o agnosticismo,... e colocar
em Deus todas as nossas esperanças, pois Ele é
todo poderoso e bondoso.
Amar a Deus acima de tudo é não aceitar outro deus que não seja o Pai de Jesus, o Deus
trinitário, comunitário; é rejeitar, como deuses de
nossas vidas, o dinheiro, o poder, o prazer, a opinião dos outros, o medo; é agir como Jesus agiu,
buscando a libertação dos pobres e afirmando a
soberania de Deus sobre todas as coisas.
Frei Pedro Cesário Palma, OFMCap.
INVISTA NA FAMILIA
Neste mês de agosto celebramos a semana
da família. O que nossas catequistas em nossas
paróquias e nossos professores em nossas escolas constatam é uma grande desestrutura familiar:
crianças e jovens agressivos, revoltados, desobedientes e carentes afetivamente. É no aconchego
do lar que deveríamos adquirir a estrutura básica
para o amor, para a espiritualidade e educação.
Nem a Igreja, a escola e nenhuma instituição vão
suprir a omissão e ausência da família.
O apóstolo Paulo fala no livro de Timóteo o seguinte: “ Mas se alguém não cuidar dos seus, e
especialmente dos de sua família, tem renegado a
fé, e é pior que um incrédulo”. (1Tim. 5,8).
São palavras sérias da Bíblia. A primeira experiência de Deus, é feita já no útero materno quando nossas mães oram e continua depois quando
a criança sente o testemunho de fé em seus pais.
Mas quantas famílias já deixaram de lado o cultivo
da fé. Como os filhos vão se alimentar espiritualmente, se falta o exemplo dos pais?
Na linha do amor sabemos também que desde o momento da concepção a criança precisa ser
bem-vinda, amada, cercada de harmonia e afetividade. A falta de amor leva ao desamor primordial,
fonte de conflitos emocionais, deficiências físicas,
doenças e desequilíbrios, inseguranças, pendor
para as drogas , entre outros distúrbios graves de
comportamento. Que dizer, então de tantas famí
lias desajustadas, pais ausentes, rejeições, brigas
e agressividade?
Muitos pais também reclamam da falta de tempo.
Em primeiro lugar é óbvio que você passa mais
tempo da sua vida em seu trabalho. Com as longas jornadas de trabalho atuais não é exagero afirmar que você passa em média de 50%a 60% do
seu tempo em seu trabalho.
Em segundo lugar se você vivesse 100% do seu
tempo dedicado à família e à sua casa, provavelmente chegaria um momento em que você ficaria
entediado e gostaria de nova ocupação. Logo, ambos são importantes, mas devem ser equilibrados
na proporção certa.
Como o trabalho consome a maior parte de
seu tempo, a dedicação à família precisa ser muito
mais qualitativa do que quantitativa. O que quero
dizer com isso? Que quando você está com a família, você está com a família e não com seu notebook, com seu Ipod, com seu jornal ou na frente
da sua TV.
A correria profissional do dia-a-dia acaba sendo
repetida dentro de casa. Corremos dentro de casa
como se estivéssemos no escritório.
Quantas vezes no último mês você almoçou,
jantou ou tomou café com toda a família? Quantas
vezes nesta semana você desligou a televisão e
ficou 1 hora sentado com todas as pessoas que
vivem com você, conversando, discutindo um assunto ou apenas se divertindo?
Posso afirmar que muitas famílias moram juntas , mas não vivem juntas. São vidas separadas,
independentes , sem um profundo conhecimento
mútuo e correndo sempre em lados opostos.
A união familiar está sendo vencida pela falta
de tempo. É comum ouvir as pessoas dizerem que
o casamento acabou de repente, que a filha entrou
nas drogas do dia para a noite, que a família se
destruiu por uma briga... Em relacionamentos, as
coisas não acontecem do dia para a noite. Elas
acontecem aos poucos e muitas vezes de forma
imperceptível. Quando nos damos conta esses pequenos problemas se acumularam, se juntaram e
causam as rupturas familiares.
Gestão de tempo é gestão de relacionamentos,
dentro de seus papeis importantes e das pessoas que você ama. Por que somente quando temos
uma experiência traumática começamos a dar valor
para à vida e para às pessoas?
O certo é que o amor move o ser humano, move
o mundo, “move o céu e estrelas” segundo Dante
Alighieri, mas pode transformar-se em ódio, uma
espécie de amor ao contrário, com resultados imprevisíveis para os envolvidos. Mas lembram os
psicólogos, o contrário do amor não é o ódio e sim
a indiferença.
Como nos afirmou o Papa João Paulo II na sua Encíclica Redemptor Hominis,”o homem não pode viver
sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e sua vida é destituída de sentido, se
não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra
com o amor, se não o experimenta e se não o torna
algo próprio, se nele não participa vivamente”.
É em nossa família que deveríamos nos alimentar de amor. Essa é a fome mais terrível da humanidade, pois nascemos para amar e sermos amados
porque nossa origem é divina é do Deus Amor. Será
que você e os seus de sua casa não estão passando fome de amor?
Fr. Alvadi Pedro Marmentini - Pároco
nos faz tanta falta. Este é o momento mágico que
pode nos fazer chorar, mas que reconforta e ajuda
a seguir na caminhada.
Usando ainda a imaginação, pode-se vislumbrar
aquela pessoa tão querida, feliz, sorrindo em paz e
dizendo para nós a oração “A morte não é nada”,
atribuída a Santo Agostinho.
E assim, damos um “drible” na saudade, até o
dia em que ela aperte novamente...
SAUDADE
Hoje eu acordei sentindo saudade! Se saudade
é a presença constante de uma ausência, como
é que se explica o fato dela afogar tanto? Se é
um vazio, como pode preencher todos os espaços
de um ser? Quando ela chega, vai se infiltrando
pouco a pouco e só a presença do que a causa,
pode fazê-la desaparecer. Então, se a saudade é
do gosto de chocolate, faça um brigadeiro; se é
saudade do mar, planeje seu próximo fim de semana; se a saudade é de um filho, telefone para ele
ou visite-o! Mas, e se ele já morreu? O que fazer?
Tenta-se de tudo: olhar fotos antigas parece fazer
a dor aumentar, procurar seus velhos amigos, nos
faz chorar. O dia fica vazio e a nossa vida também.
O que fazer?
Orar, orar e orar!
Orar não com fórmulas prontas e palavras vazias, mas em silêncio, com a mente e o coração.
Ouvir o que Deus tem para nos dizer. Fazer como no
Ofertório: Entregar a Deus toda a angústia, medo,
desespero e dizer somente:” Senhor, providenciai!”
E esperar, confiando que Ele providenciará. Nada é
tão certo nesta vida, como a presença de Deus em
nós e a sua misericórdia.
Quando, no silêncio e calma interior, se consegue finalmente ouvir a voz de Deus no coração e
sentir sua presença em nós, é chegada a hora de,
através da imaginação, encontrar aquele ser que
Marisa Cremer
Grupo de Apoio ao Luto
Reuniões às quintas-feiras:
14h30 e 19h30
A MORTE NÃO É NADA
“A morte não é nada.
Eu somente passei
Para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
Eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vocês sempre me deram,
Falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,
Eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene
Ou triste, continuem a rir
Daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim,
Que meu nome seja pronunciado
Como sempre foi,
Sem ênfase de nenhum tipo,
Sem nenhum traço de sombra
Ou tristeza.
A vida significa tudo
O que ela sempre significou.
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
De seus pensamentos,
Agora que estou apenas fora
De suas vistas?
Eu não estou longe,
Apenas estou
Do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente...
A vida continua, linda e bela,
Como sempre foi
(Santo Agostinho)
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 95
FRATERNIDADE N. Sra. DAS MERCÊS E
A OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES
Seguindo na opção “Igreja preferencial pelos pobres e excluídos”, proposta reafirmada no Documento de Aparecida, a Fraternidade Nossa Senhora das Mercês-OFS, inspirada no seu fundador São Francisco de Assis, prossegue com seus trabalhos desenvolvendo os Projetos: “Cantinho da Misericórdia” e “Abrace Jesus no Morador de Rua”,
atividades realizadas há 8 e 3 anos, respectivamente.
Com a convicção de que “o amor se mostra mais nas obras do que nas palavras” (DA),
a Fraternidade trabalha arduamente para obter alguns recursos para desenvolver o Projeto. As atividades acontecem por meio da Providência Divina que infunde solidariedade na
alma e no coração dos colaboradores,que anseiam pela preservação da vida.
Nossas atividades são direcionadas para a acolhida, alimentação, encaminhamentos
para assistência médica e psicológica, recuperação da sobriedade, de documentos,
alfabetização, oficinas e cursos profissionalizantes e evangelização.
Atendemos nossos irmãos nos endereços:
- na Rua Domingos Dalabona, 421, São Bráz (Cantinho da Misericórdia),
- na Rua Desembargador Westephalen 1207 (Abrace Jesus no Morador de Rua) e,
- à noite, nas ruas para a distribuição de agasalhos, lanches. Nesses momentos somos solicitados para orarmos com eles, para fazer leitura e reflexão biblica, ou ainda,
para simples escuta.
Entendemos que não podemos nos limitar a alguns aspectos meramente assistencialistas. Os esforços devem ser direcionados para que se instale uma política de promoção
humana integral e inclusão social, embora seja imprescindível atender as necessidades
básicas do ser humano.
Assim surge o grande sonho: a aquisição de local para acolher os irmãos que permanecem na rua, para abrigar e oferecer condições apropriadas de higiene, de descanso e
sono tranqüilo e reparador.
Percebemos a importância da albergagem pelos inúmeros depoimentos como:
- “ Tia, estou feliz porque vou começar trabalhar amanhã”,
- “Consegui vaga em um curso, vou ter uma profissão e conseguir trabalhar registrado” .
Passados alguns dias, não percebo a mesma alegria no seu olhar, e ao ser indagado,
respondeu:
- “Perdi o trabalho, tia”
- Por quê? Não deu certo?
- “Quem fica na rua não dorme durante a noite, é muita insegurança, é preciso ficar
esperto por causa da violência, ou ainda, bebi para enfrentar o frio. Quando pego no sono
já está amanhecendo e, por isso, não acordo cedo pra trabalhar”.
Outras vezes a explicação é:
- “Quando não se tem onde tomar banho, logo o patrão percebe e manda embora”.
Embora sejam justificativas, podemos até relutar em aceitá-las ou termos dificuldades em entendê-las, pois estes fatos, para nós de ordem prática e de simples solução,
constituem-se apenas um dos aspectos de toda a complexidade que envolve o processo
de exclusão.
Conforme os ensinamentos da Igreja “é necessário sublinhar a inseparável relação
entre o amor a Deus e o amor ao próximo” (DA).
Considerando que o desamor é causa principal da cruel realidade do irmão que sofre
em situação de rua, que padece pela escassez de recursos materiais e humanos, incluindo profissionais nas diversas áreas, pedimos a sua colaboração em todos os aspectos
– só um gesto de amor pode reparar, construir e reconstruir.
São Francisco de Assis interceda junto a Jesus Cristo pelos nossos irmãos em situação de rua!
Paz e Bem!
OFS - Fraternidade Nossa Senhora das Mercês
Para contatos:
Maria da Luz Freitas:
(041) 3273-4447 - (041) 3272 -7142
Suely Rodaski:
(041) 3296 2165 - (041) 9995 -2167
96 - Ano IX - Julho de 2008
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Jornal "O Capuchinho"