PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL-PPI
“Cultura não se herda; conquista-se”
Andrá Malraux
Mantenedora:
ASSOCIAÇÃO ITARAREENSE DE ENSINO LTDA - AIE
Sede: Rua João Batista Veiga, 1725 - Itararé-SP.
CEP 18460-000
C.N.P.J.45.463.841/0001-73
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Enquanto mantenedora de uma instituição educacional de formação e aperfeiçoamento de Recursos Humanos para
promoção do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, dispõe-se a AIE a contribuir na produção, acumulação,
sistematização e disseminação de conhecimentos e cultura em áreas do conhecimento de relativa conexão, mediante
o vinculo da multidisciplinaridade.
Em função dessa concepção, concentra esforços para contribuir na formação integral do indivíduo, despertando-lhe o
senso crítico, o critério ético e a capacidade de julgar e agir corretamente; formando cidadãos conscientes,
capacitados para a vida profissional e cívica, procurando atender as exigências da sociedade moderna.
1. INTRODUÇÃO
O Projeto Pedagógico Institucional que segue, como o de qualquer outra Instituição de Educação Superior, foi
composto e elaborado considerando a natureza das transformações (em termos de profundidade, extensão e
significado) que modificam diuturnamente na denominada sociedade do “conhecimento”: notadamente aquelas
ligadas à cultura (tecnologia) e à natureza (meio ambiente) e que mediam nossa relação com o mundo, desde a
produção de equipamentos, softwares, máquinas, até medidas políticas, que buscam atenuar a extensão do dano
imposto pelo homem, ou àquelas que buscam assegurar melhores índices de sanidade ou o aumento do índice de
sobrevida humana; finalmente, as de prazo indeterminado (antes equivocadamente definidas). Como de longo prazo,
que buscam pela conjunção dos fatores humanos (culturais, sociais, econômicos e políticos) e dos fatores
tecnológicos (conhecimento), assegurar (universal e ainda utopicamente) melhores condições de vida à humanidade,
extinguindo expressões e palavras que traduzem situações, comportamentos, políticas, ações e omissões tão
comuns e tão irrefutáveis no início do terceiro milênio como discriminação, exclusão social, fome, genocídio, guerra,
inanição, miséria, preconceito e desigualdades de toda e qualquer natureza.
Ainda que adote uma referência holística e uma visão universal, nosso modo de fazer pedagógico tem a ver com uma
região inóspita do Estado de São Paulo; com uma denominação, Faculdades Integradas de Itararé - FAFIT/FACIC,
que registra o vínculo político e vocacional de seus fundadores, todos com reconhecida participação da educação no
município e na região sul paulista que se estende até o norte pioneiro do Paraná; com uma instituição que surgiu
situada e voltada para a primeira e, parafraseando Ortega y Gasset, “com nossas circunstâncias” - nosso espaço,
nosso povo, nossa história, nossos limites, nossos anseios e, sobretudo, nossa realidade.
Por isso, nosso plano considera tais insumos fundamentais, para subsidiar nossa prática pedagógica e não pode
deixar de considerar fatores relevantes, como a industrialização da produção; a transformação do conhecimento
científico em tecnologia; o surgimento de novos ambientes humanos com o crescimento descontrolado das cidades
que geram índices de miséria e criminalidade jamais vistos, novas formas de poder, de dominação e de luta de
classes e, ainda, a perda do sentido e do valor da vida e da própria condição humana.
Neste quadro as instituições de ensino, sobretudo as de ensino superior, enfrentam uma considerável dificuldade: o
de formar profissionais para atuar no limiar do século XXI, certamente dotando-o, por exemplo, de conhecimentos
que sequer foram gerados à época de seu ingresso na Educação Superior, tal a velocidade das mudanças e o nível
de exigência de um, cada vez mais, competitivo mercado de trabalho.
O Projeto Pedagógico Institucional das Faculdades Integradas de Itararé - FAFIT/FACIC inspira-se na vocação
humanista desse grupo pioneiro de educadores que há 33 anos impõem-se, diuturnamente, esforços de contribuir na
formação profissional qualificada, proporcionando novas oportunidades àqueles que a buscam como opção e nela
circulam ou devem gravitar como uma vigorosa e inegável referência.
2. HISTÓRICO
Em l970, um grupo de idealistas, na maioria professores da rede estadual de ensino e empresários de Itararé,
planejou um audacioso projeto de implantação de uma Faculdade, para atender uma clientela carente de ensino
superior na região sudoeste paulista e norte pioneiro paranaense. Nascia a Associação Itarareense de Ensino (AIE),
com seu primeiro pleito encaminhado ao MEC para autorizar os cursos de Pedagogia e Letras, embrião da FAFIT,
graduação autorizada em 1973, e em 1976 seu reconhecimento com conclusão da sua primeira turma.
Em 1996, o MEC autorizava o curso superior de Ciéncias Contábeis, embrião da FACIC.
Despontava, assim, a FAFIT-FACIC, que passou a aglutinar uma clientela acadêmica de quase trinta cidades do
entorno de Itararé, com a inclusão do norte pioneiro paranaense.
Em 2001, o MEC autorizava os cursos de Administração Geral, Administração em Agronegócios e Turismo, todos já
devidamente reconhecidos pelo MEC, através de suas comissões de verificação de funcionamento. Logo após, em
2002, o curso de Direito era autorizado pelo MEC.
Preenchendo uma lacuna no âmbito do ensino técnico na região, a AIE instalou o Colégio XXV de Abril, com os
cursos de nível médio nas áreas de Informática, Enfermagem, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho.
Coerente com seu slogan “QUEM FAZ FAFIT-FACIC, FAZ SUCESSO”,a instituição optou por formar um aluno apto a
tomar decisões e intervir de forma crítica no setor profissional, dado o padrão de qualidade de ensino firmado. Seus
egressos têm ocupado lugar de destaque no mercado de trabalho regional, onde atua com competitividade,
dinamismo e espírito investigador.
Paralelamente à vida acadêmica, a FAFIT-FACIC agregou ao seu “campus”, instituições que servem de laboratório
para as atividades práticas e de estágio como a FACIC-JUNIOR (Empresa Júnior), empresa que mantém parceria
com o CIEE; ACE de Itararé, a FACIC-TUR, Agência de Viagens e Turismo administrada por alunos através de
estágios supervisionados; EDUCADORA FAFIT 88,7 FM, uma emissora FM das Faculdades FAFIT-FACIC, com
programação 24 horas, digitalizada e moderna infra-estrutura tem contribuído para o desenvolvimento sócio-cultural
da região; o setor de transporte de acadêmicos e professores tem merecido especial atenção da AIE, proporcionando
melhor e maior freqüência aos cursos mantidos, contando com 17 ônibus utilizados pelos acadêmicos das cidades
atendidas; uma agência bancária instalada em seu “campus”; o Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária
(CEPEX) com a missão de desenvolver as referidas atividades dentro da comunidade onde a IES se insere.
As Faculdades Integradas de Itararé - FAFIT/FACIC oferece instalações modernas aos acadêmicos, como Biblioteca
com acervo atualizado em todos os cursos (cerca de 9.450 títulos e 18.680 volumes); laboratórios de Enfermagem,
quatro de Informática, todos conectados em redes, com provedor próprio locando sua home page.
No corrente ano, as Faculdades Integradas de Itararé - FAFIT/FACIC desenvolve dois programas de Educação
Continuada em parceria com o Governo do Estado - a Teia do Saber (180 inscritos), e com Prefeituras Municipais do
sul do Estado (70 inscritos).
A clientela das Faculdades Integradas de Itararé -FAFIT/FACIC agrega cerca de 2.400 alunos; com 1700
graduandos, 90 acadêmicos em cursos de pós-graduação, 300 alunos no Ensino Técnico Profissionalizante, 140
inscritos em cursos de especialização e capacitação profissional.
As Faculdades Integradas de Itararé - FAFIT/FACIC atende aos padrões exigíveis, tendo sido edificada em
conformidade com as determinações do MEC, oferecendo conforto e comodidade aos nossos acadêmicos. Os
investimentos em edificações são contínuos, visando atender à demanda crescente de acadêmicos. Os dirigentes da
AIE vêm acompanhando mudanças e tendências que ocorrem nos mercados de trabalho dos egressos de seus
cursos, procurando reformular os Currículos dos Cursos em funcionamento, respeitadas as atuais Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
3. VISÃO
“Aprender para saber, aprender para fazer, aprender para ser e aprender para viver com os outros”
(Jacques Delors, Educação - um tesouro a descobrir, 1999).
Em Educação à um tesouro a descobrir (1999), obra que reproduz relatório apresentado pela Comissão Internacional
sobre Educação no Século XXI à UNESCO, Jacques Delors (org.) promove uma abordagem holística da educação
que consiste em quatro “pilares”: aprender para saber, aprender para fazer, aprender para ser, e aprender para viver
com os outros.
Em Aprender a conhecer, a aprendizagem é um meio e uma finalidade da vida humana. Meio, pretende que cada um
aprenda a compreender o mundo que o rodeia, pelo menos na medida em que isso lhe é necessário para viver
dignamente. Finalidade, porque seu fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir, a apreciar
cada vez mais, as alegrias do conhecimento e da pesquisa individual. É essencial que cada criança, esteja onde
estiver, possa ter acesso, de forma adequada, às metodologias científicas de modo a tornar-se para toda a vida
"amiga da ciência". Aprender para conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando a atenção, a
memória e o pensamento.
No pilar aprender a fazer, a Comissão destaca que, aprender a conhecer e aprender a fazer são, em larga medidas,
indissociáveis. Essa segunda aprendizagem está mais estreitamente ligada à questão da formação profissional:
como ensinar o aluno a pôr em pratica os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho
futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução Aprender a fazer não pode, pois, continuar a ter o
significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada, para fazê-lo no fabrico de alguma
coisa. Como conseqüência, as aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como simples
transmissão de práticas mais ou menos rotineiras, embora estas continuem a ter um valor formativo que não é de
desprezar.
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros, segundo os autores representa, hoje em dia, um dos
maiores dificuldades da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo de violência que se opõe à esperança
posta por alguns no progresso da humanidade. A história humana sempre foi conflituosa, mas há elementos novos
que acentuam o problema e, especialmente, o extraordinário potencial de autodestruição criado pela humanidade no
decorrer do século XX. Até agora, a educação não pôde fazer grande coisa para modificar esta situação real.
Poderemos conceber uma educação capaz de evitar os conflitos, ou de os resolver de maneira pacífica,
desenvolvendo o conhecimento dos outros, das suas culturas, da sua espiritualidade. É de louvar a idéia de ensinar a
não-violência na escola, mesmo que constitua apenas mais um instrumento, entre outros, para lutar contra os
preconceitos geradores de conflitos. A tarefa é árdua porque, muito naturalmente, os seres humanos têm tendência a
supervalorizar as suas qualidades e as do grupo que a pertencem e a alimentar preconceitos desfavoráveis em
relação aos outros. Por outro lado, o clima geral de concorrência que caracteriza, atualmente, a atividade econômica
no interior de cada país, e sobre tudo em nível internacional, têm a tendência de dar prioridade ao espírito de
competição e ao sucesso individual. De fato, esta competição resulta, atualmente em uma guerra econômica
implacável e numa tensão entre os mais favorecidos e os pobres, que divide as nações do mundo e exacerba as
rivalidades históricas. É de lamentar que a educação contribua, por vezes, para alimentar este clima, devido a uma
má interpretação da idéia de emulação.
Finalmente, em aprender a ser os autores concluem que a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da
pessoa - espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido ético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo
ser humano deve ser preparado, especialmente graças à educação que recebe na juventude, para elaborar
pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si
mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
Assim, acreditamos ser impossível pensar em uma educação que seja apenas baseada em técnicas e métodos e que
despreze uma reflexão filosófica sobre a própria essência do ato de educar.
O educador deve reavaliar constantemente sua prática pedagógica, utilizando-se da filosofia da educação como
suporte para fazer uma constante interrogação a fim de avaliar e deliberar sobre os princípios que a regem, excluindo
as posições dogmáticas, reducionistas e deterministas que permeiam a prática pedagógica inibindo o senso crítico, a
autonomia e a capacidade criadora dos sujeitos envolvidos no processo educacional.
Para isto acontecer, entretanto, é preciso resgatar a credibilidade da Filosofia da Educação, desmistificando o caráter
de inutilidade, de contemplação e de saber para poucos que lhe foi atribuído. A Filosofia da Educação pode contribuir
para uma melhor configuração do objeto educativo problematizando-o enquanto tema de reflexão, pondo em
evidência sua especificidade e viabilizando sua abordagem metódica e sistemática, promovendo uma reflexão
radical, crítica, rigorosa e de conjunto sobre as diversas formas de encarar a educação, desvendando suas
características, semelhanças, diferenças e suas relações mútuas.
O educador que assume uma postura de constante indagação filosófica sobre a educação não a considera como um
mero ponto de passagem de reflexões geradas pelas ciências humanas como a Psicologia, a Sociologia, a História
da Educação, pelo contrário, recoloca a problemática educacional no centro de nossas cogitações como ponto de
partida e de chegada das práticas pedagógicas.
Reconhecendo as condições internas e externas à problemática educacional a filosofia desenvolve uma análise
reflexiva e crítica sobre estas questões a fim de desvendar os fundamentos, esclarecer as tarefas e as contribuições
das disciplinas pedagógicas, formando diferentes maneiras de articular os pressupostos filosóficos com a teoria da
educação e a prática pedagógica, revelando uma reflexão filosófica deliberada, metódica e sistematizada formando
um todo articulado e coerente.
O educador deve reconhecer por meio da análise crítica e reflexiva que é impossível uma prática pedagógica
segregada de uma fundamentação teórica para não fazer um "praticismo pedagógico", e que não existe uma teoria
sem prática, pois a educação seria reduzida ao mero verbalismo. Há uma indissociabilidade entre teoria e prática no
campo educacional.
Quando se alia filosofia à educação implica em tentar fazer uma recusa a qualquer posição dogmática, refletindo
como deve pensar e agir é encontrar os aspectos que não podem ser objeto de ciência, evitando assim cair no
ceticismo e de adotar uma prática pedagógica acrítica e sem fundamentação teórica.
Ao fazer uso das ciências humanas para elucidar o fenômeno educacional deve-se ter o cuidado de não abandonar a
contribuição filosófica, pois as ciências são insuficientes por não levar em consideração os aspectos que se
relacionam com a própria condição de existência dos sujeitos da educação e com a produção do conhecimento,
inclusive o adequado aproveitamento da própria contribuição científica integrando os diversos conteúdos de maneira
interdisciplinar numa totalidade de sentido coma predisposição a transdisciplinaridade e a intersubjetividade.
Dentre as contribuições da filosofia no campo educacional podemos dizer que cabe a ela a construção de uma
imagem de homem enquanto sujeito fundamental da educação como ação intencional na busca do sentido e de uma
visão integrada do homem como ser histórico-social, capaz de transformar o mundo e a si mesmo. Enquanto análise
reflexiva sobre os valores e fins leva em consideração os fundamentos da existência humana buscando uma
configuração mais assente às condições reais. Cabe à filosofia desenvolver uma discussão sobre questões
envolvidas pelo processo de produção, sistematização e transmissão do conhecimento desmascarando a ilusão e o
falseamento da realidade inculcados na consciência subjetividade cada indivíduo e revelar as relações de dominação
e as situações de alienação, dando condições de contribuir para a transformação social.
Em síntese, a visão de futuro de nossa instituição é consolidar-se como centro de excelência, reconhecido nacional e
internacionalmente na produção, sistematização e difusão do conhecimento e na qualidade de serviços prestados à
comunidade.
4. MISSÃO
As Faculdades Integradas de Itararé á FAFIT/FACIC, projetadas em princípios éticos e humanísticos, têm por missão
contribuir na formação integral de cidadãos, por meio da produção e difusão do conhecimento e da cultura, em um
contexto de pluralidade.
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