Apresentação
O
tema para o primeiro trimestre de 2006, não podia ser
outro diferente do apresentado aqui: “EVANGELIZAÇÃO –
A grande Tarefa da Igreja”, pois mesmo os crentes menos
atentos às necessidades espirituais do mundo, podem perceber o
caos que envolve o planeta, levando-o conseqüentemente ao fundo
do abismo eterno, irremediavelmente.
Neste momento, a evangelização é o único esforço que vale a
pena como tentativa para salvar, se não todos, pelo menos aqueles
que de bom grado receberem as “palavras de vida eterna”.
A igreja é o grande “celeiro” abarrotado de toda sorte de bênçãos
espirituais, cujas portas precisam ser escancaradas, para que
alimento seja dado fartamente aos famintos do evangelho da paz.
Acreditamos que esta é a última hora, quando o povo de Deus
deve se levantar com todo o empenho da alma, para realizar a
tarefa da sua vida: Evangelização. Portanto, deve enxugar as tarefas
internas e mobilizar todos os crentes, no sentido de cumprir o “Ide”
de Jesus.
Esperamos em Deus, que estas lições inquietem a todos,
começando pela liderança a maior responsável pelo rumo tomado
pela igreja, que a deixou inerte. Creio numa reação conjunta, no
sentido de obedecer cabalmente a voz do Senhor: “Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).
Kleber Paulo Santana
Ministro de Educação Cristã
EVANGELIZAÇÃO: A GRANDE TAREFA DA IGREJA
“Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam
coisas boas!” (Romanos 10.15b)
Sumário
LIÇÃO 01 - Compreendendo a tarefa da evangelização
LIÇÃO 02 - A necessidade da evangelização
LIÇÃO 03 - Os benefícios da evangelização
LIÇÃO 04 - Empecilhos à evangelização
LIÇÃO 05 - Fatores motivadores da evangelização
LIÇÃO 06 - O Espírito Santo e a evangelização
LIÇÃO 07 - O campo de evangelização
LIÇÃO 08 - Os grupos familiares e a evangelização
LIÇÃO 09 - Missões, doação total na evangelização
LIÇÃO 10 - O discipulado e a evangelização
LIÇÃO 11 - Métodos de evangelização
LIÇÃO 12 - Estratégias de evangelização
LIÇÃO 13 - Resumo das 12 lições (Recapitulação)
COMENTÁRIO
Marisol A. de Castro Carvalho (Profess. Pré-adolescentes)
Arnaldo Ribeiro Dias Filho (Coord. Grupo de Casais)
Kleber Paulo Santana (Ministro de Educação Cristã)
Ana Lúcia de Souza Almeida (Ministra de Música)
Eliude Fernandes Silva Félix (Coord. EBD)
Marcelo Ruas de Sousa (Coord. ELAD)
Elaine José Alves (Coord. de Artes)
Nilton Félix Batista (Coord. EBD)
EDITORAÇÃO
Kleber Paulo Santana
SUPERVISÃO
Natanael Nogueira de Sousa
Pastor Presidente
BÍBLIA (Edição Revista e Corrigida)
Direitos autorais reservados à Igreja Assembléia de Deus do Setor
Oeste do Gama - Área Especial 2/4 - DF
Compreendendo a tarefa
da evangelização
Versículo Chave
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura” (Marcos 16.15)
Lição 01 - 01 de janeiro de 2006
Objetivos da Lição
• Destacar as várias fases históricas do evangelismo;
• Mostrar textos bíblicos que justifiquem esta tarefa;
Culto Familiar
Segunda – (Mt 4.17) – Pregando arrependimento
Terça – (Lc 4.18) – Pregando aos pobres
Quarta – (Lc 9.2) – Pregando o Reino de Deus
Quinta – (At 10.42) – Pregando Jesus
Sexta – (1Co 1.17) – Pregando com sabedoria
Sábado – (Mt 28.18-20) – Pregando a todo o mundo
SUGESTÃO DE HINOS - 018 - 127 - 394 (Harpa Cristã)
Mateus 28.18-20
18 - E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder
no céu e na terra.
19 - Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 - ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e
eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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INTRODUÇÃO
A
evangelização local e mundial é a tarefa mais importante que o Senhor
nos deu. A Igreja não pode ignorá-la e nem ser omissa quanto ao seu
cumprimento cabal. O esforço em compreendê-la, nos levará a tomar
decisão mais séria. Não devemos apenas falar de evangelismo, é necessário
agir, sem restrição, sem vacilar, agora e sempre.
As lições deste trimestre têm a finalidade de despertar o povo de Deus
para esta grande tarefa.
Nesta primeira lição veremos o poder, as evidências e a necessidade de
obedecer incondicionalmente à ordem de “pregar o evangelho a toda criatura”.
I – O PODER DE DEUS DEMONSTRADO NA
EVANGELIZAÇÃO EM TODOS OS TEMPOS
“E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder
no céu e na terra...” (Mt 28.18) - Evangelização é sinônimo de poder.
Significa travar uma ferrenha guerra espiritual contra o império das trevas. É
inconcebível fazer evangelismo sem poder do alto. Podemos constatar esta
verdade observando os fatos:
1. Nos dias de Jesus na terra – “O Espírito do Senhor Jeová está
sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas...” (Is
61.1) - O tempo do Senhor na terra foi preenchido com grande empenho em
mostrar aos pecadores o caminho da salvação. Os seus discípulos
testemunharam “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito
Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os
oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).
Antes de nos ordenar a ganhar almas, nos deu o exemplo: “E ele lhes
disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue,
porque para isso vim” (Mc 1.38).
2. Na época dos apóstolos – “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar
em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e
anunciavam com ousadia a palavra de Deus” (At 4.31) – Que a
evangelização só é efetivada com muito poder espiritual pode ser exemplificado
no ato dos apóstolos. Logo que foram revestidos de poder, saíram por toda
parte pregando a Palavra de Deus. Pedro e João diante da porta do templo
deram demonstração do poder que Deus disponibilizou à Sua Igreja para
ganhar almas. Eles não tinham dinheiro, mas tinham poder do alto para resolver
tudo que o dinheiro não pode resolver.
É impossível ignorar o que o Espírito Santo fazia por meio destes homens.
Vejamos alguns exemplos: Filipe (At 8.13), Paulo (At. 19.11), Pedro (At
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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9.40) e todos os apóstolos (At 2.43).
3. Na história da Igreja – “E eles, tendo partido, pregaram por
todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra
com os sinais que se seguiram. Amém!” (Mc 16.20) – A história registra
muitos milagres, realizados por meio dos servos de Deus, desde o primeiro
século da era cristã até aos nossos dias. As igrejas Assembléia de Deus,
Batista, Menonita, Presbiteriana, e outras mais trazem nos seus registros,
muitos fatos miraculosos. Somos testemunhas do que o Senhor tem feito em
nossos dias. Qualquer cristão verdadeiro pode testificar milagres em sua vida
e na vida dos seus familiares. São incontestáveis os sinais presentes na vida
dos cristãos em nossos dias.
II – AS EVIDÊNCIAS NA EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL
“... Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo...” (Mt 28.19). A evangelização
deve funcionar como uma corrente contínua. A situação hoje seria outra, se
muitas igrejas não tivessem quebrado esta corrente, negligenciando o
mandamento do Senhor. No entanto, muitos levaram a sério esta obra como
veremos a seguir:
1. A Igreja Primitiva – “De sorte que foram batizados os que de
bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se
quase três mil almas” (At 2.41) – Pedro, após receber o poder do alto,
pregou o seu primeiro sermão, conquistando quase três mil almas para Jesus
(At 2.22-41). Filipe “arrasou” a cidade de Samaria com uma poderosa
pregação do evangelho (At 8.5-8). Paulo, da mesma forma, levou o evangelho
desde Jerusalém até o coração do Império Romano, com a ajuda do Senhor:
“E disse o Senhor, em visão, a Paulo: Não temas, mas fala e não te
cales” (At 18.9). Você pode ouvir esta palavra do Senhor, te ordenando
pregar, meu irmão?
2. A Igreja na Idade Média – “... sobre esta pedra edificarei a minha
igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18)
– A consagração de Gregório I como o bispo de Roma constitui um marco
que divide o período antigo da história da Igreja do período medieval. A
história mostra como a igreja católica se apostatou, surgindo a necessidade
de uma reforma religiosa.
Neste período Deus levantou grandes pregadores que disseminaram a fé
nas Escrituras Sagradas, já há muito abandonada pelo catolicismo. Alguns
exemplos são: João Wycliffe, João Huss, Savonarola, Martinho Lutero, etc.
Mesmo em meio a tanta conturbação, o evangelho prosperou.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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3. A Igreja depois da Reforma até os nossos dias – “E este evangelho
do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
gentes, e então virá o fim” (Mt 24.14) – Logo após a reforma, grupos
distintos começaram a se levantar. Igrejas iam sendo formadas. O Senhor
começou a levantar pregadores em grande potencial, países inteiros, ouviram
a pregação do evangelho e almas, em grandes proporções, se converteram
ao Senhor Jesus. Isto perdura até aos nossos dias.
Alguns exemplos de avivalistas são: Jonathan Edwards, George Whitefield,
Samuel Davies, John Wesley, Charles H. Spurgeon, Billy Graham, etc. São
evidências de que o evangelho nunca cessou de ser pregado. Ele é o poder
de Deus para salvação de todo aquele que crer.
III – A OBEDIÊNCIA NA EVANGELIZAÇÃO ATÉ A
CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS
“... ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação
dos séculos. Amém!” (Mt 28.20).
1. É a maior tarefa da Igreja a ser cumprida – “E, logo depois desta
visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor
nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho” (At 16.10) – João
Batista começou sua obra com a pregação do evangelho (Mc 1.4), Jesus
Cristo também (Mc 1.14). Logo em seguida ao derramamento do Espírito
Santo os apóstolos e demais cristãos começaram a pregar o evangelho e não
se ocuparam tanto com outras coisas como com a evangelização. Ou seja, se
aplicaram à tarefa mais importante de suas carreiras como servos do Senhor
(Conf. Cap. 2 a 8.4).
Hoje, muitos estão ensinando que o mundo já está evangelizado e que o
mais importante é o louvor e a adoração. E então ficamos presos dentro de
quatro paredes, no conforto do nosso indiferentismo. Como o mundo está
evangelizado se mais de quatro bilhões de pessoas estão morrendo sem Jesus?
E porque não louvamos e adoramos ao Senhor com o nosso trabalho de
evangelização? Se não mudarmos logo a nossa atitude, teremos de ouvir do
Senhor: “Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está
escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está
longe de mim” (Mc 7.6).
2. É a grande esperança do mundo a ser salvo – “Porque Deus
enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17) – Sabemos que existem
muitas alternativas para os “gemidos” do mundo. São paliativos que
conseguem minimizar os sofrimentos. No entanto, só a igreja tem o remédio
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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para o pecado na alma humana e o meio dos homens escaparem do juízo final.
Ouçamos o clamor dos pecadores: “Passa à Macedônia e ajudanos!” (At 16.9); “Senhores, que é necessário que eu faça para me
salvar?” (At. 16.30); “... ai de mim, que vou perecendo!...” (Is
6.5); “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos”
(Jr 8.20).
Eis a resposta ao clamor do mundo: “Crê no Senhor Jesus Cristo e
serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31); “E acontecerá que todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13);
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder
de Deus para salvação de todo aquele que crê...” (Rm 1.16); “Ide
por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e
for batizado será salvo...” (Mc 16.15,16).
3. É a única justificativa para recebermos tanto poder – “Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo... e ser-me-eis
testemunhas...” (At 1.8) – Nada pode ser mais venenoso para o homem
do que a ostentação. Esta atitude é a melhor maneira que temos de
ofender a Deus. O texto diz claramente que Ele nos revestiu de poder
para testemunhar. Ou seja, pregar o evangelho mesmo que para isto
tenhamos de enfrentar a morte. Todas as demais coisas que praticamos,
devem fazer parte do culto a Deus, mas não podem servir de pretexto
para negligenciar a evangelização e muito menos usarmos dons e talentos
para nossa ostentação. Deus nos guarde bem no Seu amor.
CONCLUSÃO
Esta lição tem um só objetivo: Despertar-nos para a grande tarefa da
evangelização. Uma só é a nossa obrigação: Ganhar almas para o Senhor e
“lotar a sala de convidados”.
Não podemos negligenciar a Palavra do Senhor; não podemos negligenciar
a “visão celestial”; não podemos negligenciar a ordem suprema do “Ide”
de Jesus Cristo.
Para reflexão:
• Você tem demonstrado poder de Deus em tua vida evangelistica?
• Que tipo de evidência em sua vida demonstra que você é um evangelista?
• Para você qual é a maior tarefa da igreja a ser cumprida?
Questionário para avaliação e debate:
1. De acordo com Atos 10.38, com que poder Jesus curava os oprimidos?
2. De acordo com Romanos 1.16,17, o que é o evangelho?
3. De acordo com Atos 1.8, o que é ser testemunha de Jesus?
A necessidade de evangelização
Versículo Chave
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do
coração...” (Lucas 4.18)
Lição 02 - 08 de janeiro de 2006
Objetivos da Lição
• Ensinar que o crescimento da igreja depende da evangelização;
• Mostrar a situação do mundo contemporâneo e a necessidade de
evangelização urgente;
• Mostrar exemplos bíblicos de evangelização local e até aos “confins
da terra”
Culto Familiar
Segunda – (Mc 16.15) – É uma ordem do Senhor
Terça – (Jo 4.1-19) – Existem muitas almas perdidas
Quarta – (Jo 4.35) – Os campos já estão brancos para a ceifa
Quinta – (At 9.36-40) – Muitos estão mortos
Sexta - (Rm 3.23) – Todos estão destituídos da glória de Deus
Sábado – (Lc 4.17-21) – O evangelho trás libertação
SUGESTÃO DE HINOS - 073 - 212 - 440 (Harpa Cristã)
Lucas 4.17-21
17 - E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro,
achou o lugar em que estava escrito:
18 - O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar
os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 - a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em
liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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20 - E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os
olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21 - Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em
vossos ouvidos.
INTRODUÇÃO
D
esde a antiguidade, no Velho Testamento, as raízes do evangelismo
estão presentes, mas é na pessoa de Jesus Cristo que culmina o
propósito evangelístico do plano redentor de Deus. Em toda a vida
ministerial de Jesus, a pregação das Boas Novas do Reino de Deus teve papel
fundamental e, em suas palavras resumia bem a real necessidade da evangelização.
Dizia: “O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo;
arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15). Vejamos esta necessidade:
I – A IGNORÂNCIA DO POVO SEM DEUS
Está em foco, no texto da presente lição, a condição em que se
encontravam os ouvintes da palavra de Deus na época de Cristo. Esta
condição não é diferente nos tempos atuais.
1. Eles tinham as sinagogas “... entrou num sábado na sinagoga,
segundo o seu costume.” (v.16) - Era costume dos judeus que, ao chegarem
à idade de cinco anos, as crianças podiam assistir aos cultos nas sinagogas e
com a idade de treze anos, a lei os obrigava a isso. Como de costume, grande
número de pessoas assistia a essas reuniões de ensino da palavra de Deus,
mas ainda assim, fez-se necessário que Jesus pregasse pelas ruas e praças a
um povo carente e sedento de Deus. Hoje, temos igrejas abarrotadas de
pessoas e a necessidade da evangelização cresce a cada dia. Milhões estão
fora dos templos sem o menor conhecimento da era presente da salvação.
2. Eles tinham a Lei “... num sábado...” - Todos naquele contexto
estavam sob a lei, inclusive o Senhor Jesus, (Gl 4.4), que também guardava a
lei, assim como orientava a seus discípulos que a observassem (Mt 23.3).
Era costume ler, nas reuniões dos sábados nas sinagogas, dois textos bíblicos:
Um trecho do Pentateuco, e outro trecho dos profetas. Os ouvintes eram,
então, instruídos a respeito do que se lera. Nenhum judeu poderia alegar,
portanto, desconhecimento a respeito de Deus e da lei de Moisés. Porém em
João 17, Jesus deixa bem claro em sua oração ao Pai, que veio a terra com
a missão de revelar Deus e a sua vontade ao homem. Isso foi cumprido
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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exatamente no meio dos judeus, a despeito de todo conhecimento de Deus
já revelado anteriormente. Hoje, além das muitas igrejas existentes, Bíblias
são publicadas e até distribuídas gratuitamente (a lei de Deus), e ainda assim
continua a necessidade de se revelar Deus ao mundo.
II – O INÍCIO DE UMA NOVA MISSÃO
“O Espírito do senhor é sobre mim, pois me ungiu para...” (v. 18) Jesus, quando criança, estudara a palavra de Deus e esta se tornou parte de sua
vida. Naquele dia, em Nazaré, tomou o exemplar das Escrituras que costumava
ler na sinagoga, e revelou sua missão e identidade ao ler a própria passagem que
tinha cumprimento n’Ele perante os olhos de todo o povo. Eis a sua missão:
1. Evangelizar “... pois me ungiu para evangelizar os pobres...” (v.18)
- Este é o ofício primeiro com que o Espírito Santo habilitou Jesus para seu
ministério. Uma das marcas mais notáveis em sua obra, em contraste com
qualquer outra obra realizada no mundo, foi a de evangelizar “a toda a
criatura”, sem fazer qualquer acepção de pessoa. Confrontou autoridades
religiosas, trouxe para perto de si tanto rudes pescadores como conceituados
funcionários públicos, andou com ricos e pobres. Mas seu ministério foi
marcado pelo seu envolvimento com a escória da sociedade, pregando para
estes, um reino de tesouros inefáveis. E, para esta missão, aparentemente
pouco atrativa, recebeu a unção do Espírito Santo.
2. Libertar “... a apregoar liberdade aos cativos...” (v. 18) - Ao voltar
do deserto, Jesus iniciou sua investida contra o reino de Satanás (Mt 4.23),
pois o reino de Deus não pode estabelecer-se sem confronto com o reino
infernal. O poder de Jesus sobre Satanás fica claramente demonstrado na
expulsão de demônios, dando assim liberdade aos aprisionados. Enquanto o
diabo dominava os pensamentos, escravizava a vontade e afligia a alma
humana, Jesus os libertava proclamando o evangelho. Sua alma se compadecia
todas as vezes que se deparava com o sofrimento imposto aos homens pela
força do mal e a todos libertava. Ele é o verdadeiro emancipador, rompendo
o poder das trevas sobre a vida dos homens.
3. Iluminar “... dar vista aos cegos...” (v.18) - Esta era uma obra que
atingia tanto a esfera física quanto a esfera espiritual. Faz bem notar que
Cristo abriu os olhos físicos do cego de nascença, como também abriu seus
olhos espirituais (Jo 9.6,7). Quando Cristo se identificou como Luz do mundo
enquanto estava no mundo (Jo 9.5), falava dessa dupla missão. Agora, que
não mais está no mundo, este bastão foi entregue à sua igreja que, na terra, é
a luz do mundo (Mt 5.14), e tem o poder de dar vista aos cegos, tanto físicos
como espirituais, sob a unção e poder do Espírito Santo.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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III – O CUMPRIMENTO DA PROFECIA BÍBLICA
As promessas de profetas como Isaías estão presentes em todo o Velho
Testamento e, agora, se cumprem na pessoa de Jesus. Os judeus esperavam a
chegada do reino messiânico, porém, não sabiam que o ungido de quem o profeta
falara, estava presente ali, diante dos seus olhos, para cumprir sua missão.
1. Jesus aplicou a Escritura a si mesmo “Hoje se cumpriu esta
Escritura em vossos ouvidos.” (v. 21) - O humilde servente de Nazaré, o
carpinteiro de uma pequena vila, é o MESSIAS. Ao ler o texto, aplicou o
cumprimento das Escrituras a si mesmo dizendo: “Hoje se cumpriu esta
Escritura em vossos ouvidos”. Quando João Batista questionou sobre a
identidade de Jesus como o Messias, em sua resposta Jesus evidenciou o seu
ofício segundo a mensagem de Isaías. Ele disse: “Os cegos vêem, os coxos
andam, os leprosos são purificados os surdos ouvem, os mortos
ressuscitam, e aos pobres anuncia-se o evangelho.” (Lc 7.22).
2. Jesus afirmou que o tempo de salvação se chama “hoje” Sem dúvida, sua declaração foi muito ousada, mas Jesus afirmava que
a nova dispensação da graça de Deus já estava entre eles. Essa
declaração, certamente, inaugurou um novo período da relação Deus/
Homem. Toda aquela congregação de judeus julgava que a salvação
prometida na pessoa do Messias viria de algum lugar do futuro, mas
diante deles estava alguém afirmando que o que eles esperavam para
uma era distante tinha acabado de se tornar uma realidade presente. A
necessidade da evangelização será sempre uma realidade presente até
que a missão de Jesus Cristo, iniciada em Nazaré, seja concluída em
todo o mundo, porque o Dia da Salvação se chama hoje.
CONCLUSÃO
Jesus foi ungido, dirigido e potencializado pelo Espírito Santo, o que,
naturalmente, é a força motora do tremendo desenvolvimento que Ele
experimentou como homem. O grande plano de Deus foi cumprido na pessoa
de seu Filho Jesus, que deu início a uma obra ainda não concluída sobre a
face da terra. Iniciando essa obra, transferiu todos os subsídios necessários
aos seus liderados e disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a
toda criatura.” Esta missão não foi dada aos anjos, mesmo que a tenham
desejado ardentemente. Este é um privilégio exclusivo da verdadeira igreja
de Cristo que recebeu a mesma unção para evangelizar os pobres, apregoar
liberdade aos cativos e dar vista aos cegos.
A salvação chegou. O Messias a trouxe, e, esta, precisa percorrer a face
da terra.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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Para reflexão:
• O que você tem feito para ajudar a amenizar a necessidade da evangelização?
• Você tem vivido como a luz do mundo, em termos de evangelização?
• O texto: “aos pobres anuncia-se o evangelho” é uma verdade em tua vida?
Questionário para avaliação e debate:
1. Em termos de evangelização, o que significa para você Marcos 1.15?
2. Quais as cinco coisas que Jesus veio fazer de acordo com Lucas 4.18,19?
3. Qual período abrange o “ano aceitável do Senhor”?
SOBRE A TAREFA DA EVANGELIZAÇÃO
1. Só há uma maneira de combatermos o crescimento das seitas:
- “Chegando antes delas”.
2. No período apostólico, não havia avião, televisão, rádio,
Internet ou quaisquer meios modernos e rápidos de comunicação:
- No entanto: “...a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens
como mulheres, crescia cada vez mais.”(Atos 5.14).
3. Na situação atual da igreja estamos esperando que o pecador
venha aos cultos de domingo a noite, para então, Deus de uma
maneira miraculosa, o tocar convertendo-o:
- Jesus disse: “Ide e pregai”.
4. Qual era o segredo da igreja primitiva para tanto sucesso em
ganhar almas?
- Atos 1.8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir
sobre vos; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda
a Judéia e Samaria,e até aos confins da terra”.
5. Qual o segredo de Jesus como evangelista?
- Chorava pela multidão – (Lc 19.41,42);
- Se afligia por elas – (Lc 22.44);
- Ia ao encontro delas – (Mc 1.38,39).
6. O que devemos fazer?
- O mesmo que fez Filipe: “Levanta-te”. Levantou-se e foi (At 8.26,27);
- O mesmo que fez Paulo: “Levanta-te”. Levantou-se e foi (At 9.6;8);
- O mesmo que fez Ananias: “Levanta-te”. Levantou-se e foi (At
9.10,11;17).
Continua na pág. 23
Os benefícios da evangelização
Versículo Chave
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e
ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria,
mas todas as coisas lhes eram comuns” (Atos 4.32)
Lição 03 - 15 de janeiro de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar nas Escrituras algumas destas vantagens;
• Ensinar que o Espírito Santo atua com maior intensidade em igrejas
evangelísticas;
• Destacar que a evangelização trás conseqüente alegria e galardão.
Culto Familiar
Segunda – (At 4.33) – Evangelização trás poder
Terça – (At 5.14) – Evangelização trás crescimento
Quarta – (At 8.8) – Evangelização trás alegria
Quinta – (Rm 1.16,17) – Evangelização trás salvação
Sexta – (Ap 22.12) – Evangelização trás galardão
Sábado – (At 4.24-33) – Evangelização trás milagres
SUGESTÃO DE HINOS - 025 - 225 - 507 (Harpa Cristã)
ATOS 4.24-37
24 - E, ouvindo eles isto, unânimes levantaram a voz a Deus e disseram:
Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há;
25 - que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as
gentes, e os povos pensaram coisas vãs?
26 - Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma
contra o Senhor e contra o seu Ungido.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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27 - Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu
ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e
os povos de Israel,
28 - para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham
anteriormente determinado que se havia de fazer.
29 - Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus
servos que falem com toda a ousadia a tua palavra,
30 - enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e
prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus.
31 - E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos
foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.
32 - E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém
dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas
lhes eram comuns.
33 - E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição
do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34 - Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que
possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora
vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
35 - E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
36 - Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido,
é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre,
37 - possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou
aos pés dos apóstolos.
INTRODUÇÃO
S
omente através da evangelização há esperança para os povos. As
instituições públicas, formas de governo ou Ongs não podem beneficiar
o homem na sua totalidade. A economia transforma o mendigo
exteriormente, mas não interiormente. O evangelho é a única força capaz de
propiciar cura miraculosa, promover unidade, extirpar o egoísmo e encher
de graça o coração do pecador. Na lição de hoje, veremos os benefícios que
decorrem da evangelização.
I - A EVANGELIZAÇÃO PROPICIA CURA
ÀQUELES QUE CRÊEM
“Enquanto estendes a mão para curar” (v 30a). A Bíblia nos fala de
inúmeras pessoas que ao serem evangelizadas foram curadas de suas
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
15
enfermidades. A evangelização é a esperança para o homem doente, seja do
corpo, seja da alma.
1. A cura do corpo - Era comum pessoas serem curadas de doenças
físicas durante a evangelização. Até porque desta maneira o Senhor confirmava
a palavra (Mc 16.20). Deus é o criador do homem. Ele sabe onde precisa
ser tocado a fim de proporcionar saúde corporal. Jesus curou paralíticos,
cegos, surdos, etc. Não há enfermidade que Deus não cure. A cura física é
apenas um benefício dentre os inúmeros que Deus pode conceder ao homem.
Mateus 4.23-24 assim diz: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando
nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas
as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por
toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias
enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os
paralíticos, e ele os curava.”
2. A cura da alma - Além da cura física, outro benefício decorrente da
evangelização é a cura da alma. Deus tem o poder de tocar no homem não
apenas por fora, mas também por dentro. Milhares de pessoas se aproximaram
de Jesus deprimidas, complexadas, amarguradas, traumatizadas e foram
alcançadas e curadas por ele durante a pregação do evangelho. Jesus disse:
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar
os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar
liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18-19).
II - A EVANGELIZAÇÃO EXTIRPA O EGOISMO
DAQUELES QUE CRÊEM
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém
dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as
coisas lhes eram comuns” (v 32).
Alem de promover unidade, a evangelização dissipa o egoísmo. A palavra
pregada, quando crida, leva os homens a enxergarem para alem de si mesmos.
De acordo com o texto três coisas ocorreram na vida daqueles que creram
após serem evangelizados:
1. A vida passou a ter unidade de propósito - “Porque todos os que
possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que
fora vendido”. Não foi somente um, mas todos. Aqueles que possuíam
herdades compartilhavam suas posses para suprir as necessidades dos irmãos.
Quando o texto diz que era um só o coração dos discípulos significa dizer
que eles tinham o mesmo ideal, não atentando somente para o que era
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
16
propriamente seu, mas cada qual também para o que era dos outros (Fp
2.4), por isso eles eram chamados de cristãos (At 11.26). Vender
propriedades, dividindo seu preço com os necessitados de modo que não
houvesse falta alguma era prática comum. Uma vez alcançados pela
evangelização nos tornamos solidários, e quando revestidos de um mesmo
propósito empregamos esforços e energia para suprir a falta alheia.
2. A vida individual deixou de ser prioridade - “E ninguém dizia que
coisa alguma do que possuía era sua própria...”. Egoísmo é o amor
excessivo ao bem próprio, sem consideração para com os interesses alheios.
É o emprego constante do pronome eu, em detrimento do pronome nós. O
individualista é aquele que pensa que o mundo gira em torno de si. O
egocêntrico não tem parte no reino de Deus pela quebra do segundo maior
de todos os mandamentos: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”
(Mc 12. 31). A bíblia diz: “Ninguém busque o proveito próprio; antes,
cada um, o que é de outrem” (1 Co 10. 24).
3. A vida em comunidade tornou-se necessidade - “...mas todas as
coisas lhes eram comuns.” O sentimento comunitário diferentemente do
sentimento egoísta importa-se com a coletividade. O egoísta diz: Se eu estiver
bem, então tudo estará bem. O altruísta diz: Se o meu próximo estiver bem,
então eu estarei bem. A vida em comum tornou-se a moeda forte durante a
evangelização nos tempos da Igreja apostólica. Jesus disse: “Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”
(Jo 13.35). O amor praticado pelos primeiros cristãos soou como um
testemunho vivo para os seus contemporâneos. O amor era demonstrado
por meio da prática da vida comunitária.
III - A EVANGELIZAÇÃO ENCHE DE GRAÇA
AQUELES QUE CRÊEM
“E em todos eles havia abundante graça” (verso 33b).
Outro benefício decorrente da evangelização é a graça que recai sobre os
que crêem. Em um mundo faminto por graça somente o evangelho pode
preencher o vazio existencial das pessoas. Ela (a graça), está acessível a
todos sem distinção de cor, raça ou classe social. Alem do que, ela é mais
que suficiente.
1. A graça é abrangente - “E em todos eles.” Diz-nos as escrituras
que para Deus não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há
macho nem fêmea; porque todos somos um em Cristo Jesus (Gl 3.28). Em
se tratando de graça o acesso está inteiramente livre. E o melhor, é que a
graça do evangelho não faz acepção de pessoas, prestigiando uns e outros
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
17
não. Jesus disse: “Se alguém tem sede, que venha a mim e beba” (Jo
7.37). A expressão “alguém” indica qualquer indivíduo. A graça abrange
todos os que dela necessitarem.
2. A graça é mais que suficiente - “Havia abundante graça.” A bíblia
diz que onde o pecado abundou, superabundou a graça (Rm 5.20). A graça
não é somente acessível, mas também abundante. Ninguém precisa provar
dela sem dela fartar-se. Ela é completa não apenas em termos de abrangência,
mas também em termos de suficiência. Por sua vez o apóstolo Pedro assim diz:
“Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo” (2 Pe 3.18). Portanto, se quisermos, podemos mergulhar na
graça, ir fundo na graça, beber da graça, saciarmos da graça. A graça é mais
que suficiente. Jesus disse a Paulo: “A minha graça te basta” (2 Co 12.9).
CONCLUSÃO
Se todos os crentes se envolvessem com a grande tarefa da Igreja, um
número maior de pessoas seriam alcançadas por meio da evangelização. Há
muita gente faminta da graça de Deus, precisando de cura física e espiritual,
desejosas de um tipo de comunhão que lance fora todo o egoísmo. Somos
desafiados a participar desta tarefa de abençoar o mundo que hoje se encontra
sem Deus.
Para reflexão:
• Você já parou para meditar: De quantas enfermidades da alma Jesus te curou?
• Você tem disponibilizado teus bens para a obra da evangelização?
• Você tem crescido na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo?
Questionário para avaliação e debate:
1. Quais as bênçãos decorrentes da evangelização?
2. Por que a graça não é privilégio de poucos em detrimento de muitos?
3. Cite duas características da igreja primitiva que revela desprendimento e
ausência de egoísmo.
“Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê,
primeiro do judeu e também do grego”
(Rm 1.16)
Empecilhos à evangelização
Versículo Chave
“Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e
as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e
fica infrutífera” (Marcos 4.19)
Lição 04 - 22 de janeiro de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar na Bíblia alguns empecilhos à evangelização;
• Destacar que as muitas atividades internas da igreja, são empecilhos à
evangelização;
• Mostrar outros empecilhos: Ociosidade, falta de divulgação, ausência
das lideranças, etc.
Culto Familiar
Segunda – (Mt 20.6) - Ociosidade
Terça – (At 26.19) - Desobediência
Quarta – (Rm 10.16) - Incredulidade
Quinta – (2Co 4.4) – Ação diabólica
Sexta - (1Ts 2.16) – Religiosidade
Sábado – (Mr 4.14-20) – Coração endurecido
SUGESTÃO DE HINOS - 077 - 094 - 600 (Harpa Cristã)
Marcos 4.14-20
14 - O que semeia semeia a palavra;
15 - e os que estão junto ao caminho são aqueles em quem a palavra é
semeada; mas, tendo eles a ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi
semeada no coração deles.
16 - E da mesma sorte os que recebem a semente sobre pedregais, que,
ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
19
17 - mas não têm raiz em si mesmos; antes, são temporãos; depois,
sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se
escandalizam.
18 - E os outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais
ouvem a palavra;
19 - mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as
ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
20 - E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra,
e a recebem, e dão fruto, um, a trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um.
INTRODUÇÃO
O
texto base para o estudo desta lição mostra as adversidades
enfrentadas pelo pecador quando este recebe a palavra de Deus.
São elas: a oposição de Satanás, a oposição do meio em que ele está
inserido e a oposição do mundo. Os problemas enfrentados pelo pecador
são também os principais empecilhos que a igreja enfrenta para cumprir a sua
tarefa na evangelização dos povos. Veremos nesta lição como Satanás se
organiza para deter a missão da igreja; como a visão da própria igreja tem
sido um entrave a esta missão; e, por fim, como o mundo tem influenciado a
igreja ao invés de sofrer a influência dela. Observe:
I – AS HOSTES ESPIRITUAIS DA MALDADE (v. 15)
A Bíblia constantemente nos aponta Satanás e seus asseclas como
opositores de Deus e daqueles que procuram fazer a sua vontade (Ef 6.12).
Vejamos aqui como eles agem para impedir a propagação do Evangelho:
1. Lutam para impedir a mobilização da igreja – a primeira ação
opositora do Diabo para com a igreja é tentar fazer com que ela não se
levante para cumprir o ‘ide de Jesus’. Os demônios sabem que nada pode
deter o avanço de uma igreja determinada a evangelizar. Assim, promovem
dissensões, conflitos de lideranças, guerra de vaidades, raiz de amargura,
fofocas e muito mais (Mt 13.24,25,39). Quanto mais o corpo de Cristo estiver
envolvido com seus próprios dilemas, mais negligente será no cumprimento
de sua missão.
2. Levantam-se contra os que se predispõem a evangelização – (At
13.8-10). Depois de tentar impedir a saída da igreja, Satanás parte para a
ação combativa. É aquela em que ele vai para a luta corporal contra os que
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
20
insistem em se rebelar contra a sua vontade e seguir a vontade de Jesus. Por
esta razão, os missionários e evangelistas precisam estar sempre cobertos
por uma constante intercessão. Quando saem para seara eles se sujeitam a
enfrentar o inimigo cara a cara. Não raro os ministros sentem no corpo o
peso dessa luta.
3. Roubam a palavra que foi semeada nos corações – “... vem logo
Satanás e tira a palavra que foi semeada no coração deles” (v. 15b).
Por último, se o Diabo não conseguiu imobilizar a igreja e nem teve sucesso
na luta contra os evangelistas, ele vai para a ação destrutiva, para tentar
impedir que aqueles que se mostraram sensíveis à palavra de Deus
permaneçam na fé. Ele se vale de todo o seu arsenal maligno para ludibriar,
seduzir, enganar e roubar. Jesus nos advertiu quanto a isso: “Ele veio para
matar, roubar e destruir” (Jo 10.10).
II – DISTORÇÕES NA VISÃO MINISTERIAL DA IGREJA
Quando a igreja deixa de cumprir a sua missão de evangelização dos
povos se afasta do projeto original de Deus. Observe o porquê dessa realidade:
1. Receio em apontar os pecados do mundo – a igreja vive hoje uma
‘política de boa vizinhança com o mundo’, em que ela não se levanta
contra as ações pecaminosas do mundo, e este, por sua vez, não interfere
nos trabalhos da igreja. Falta-nos ousadia como a de Pedro que disse para
uma multidão: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados” (At 3.19). O Evangelho mostra o amor
inigualável de Deus, mas aponta também para o seu juízo contra o pecado. O
mundo precisa ouvir isto.
2. Excesso de atividades eclesiásticas internas – ensaios, reuniões,
congressos, fóruns, seminários, atividades de laser, cursos e mais cursos.
Com tantas atividades voltadas para a própria igreja sobra pouco tempo e
disposição para uma investida evangelística no mundo. Necessitamos,
enquanto igreja, desviar um pouco os olhos de nós mesmos e passarmos a
enxergar as pessoas que estão indo para o inferno. Muitos estão aprendendo
tudo sobre evangelismo, mas, poucos estão realmente saindo para evangelizar.
3. Falta de compromisso com o genuíno evangelho de Cristo – a
pregação de um evangelho utópico, que apresenta Cristo apenas como
salvador e não como Senhor; que diz que o pecador pode vir como está,
mas que não o leva a uma busca pela santificação; que faz com que o homem
busque a Jesus pelo que ele pode dar e não pelo que ele é, tem trazido sérios
prejuízos para a igreja. Muitos estão enchendo os templos, mas, demonstram
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
21
por meio de suas ações que não nasceram de novo, mas tiveram um parto
pela metade (Jo 3.3).
III – ASSOCIAÇÃO COM OS INTERESSES DO MUNDO (V. 19)
Todas as vezes que a igreja compactua com os interesses do mundo estes
agem como um empecilho a sua missão evangelizadora. Observe como a
igreja pode se envolver com o mundo:
1. Cuidado com as coisas do mundo – as ‘coisas do mundo’ (estudos
para concursos e faculdades, costumes, modismos, preocupações) servem como
embaraços para a missão do corpo de Cristo na terra. A igreja não pode e nem
deve se alienar completamente do mundo, uma vez que ela está inserida nele,
entretanto não pode se deixar levar pelo modo mundano de viver, sob pena de
se tornar fria, inoperante e estática. Cristo sabia que buscaríamos estas coisas,
e nos advertiu: “... buscai primeiro o Reino de Deus...” (Mt 6.33a).
2. Busca pelas riquezas do mundo – as maiores riquezas da igreja são,
sem dúvida, a Palavra de Deus e o mover do Espírito Santo no seu meio. É
impossível que uma igreja comprometida com esses valores deixe de lado a
evangelização. Ao voltar seus interesses para as riquezas materiais do mundo
a igreja decai espiritualmente. Templos suntuosos, ônibus de luxo e uma grande
renda mensal de dizimistas podem até tornar uma igreja rica para o padrão
do mundo, contudo, pode torná-la miserável diante de Deus (Ap 3.17).
3. Toda sorte de ambição – as ambições do mundo e de muitas igrejas
são: riqueza, fama e poder. A igreja primitiva era rica, não de bens materiais,
mas de dons espirituais; era famosa, não pelos seus templos suntuosos, mas
pela constante manifestação do sobrenatural; era poderosa, não pela associação
com políticos inescrupulosos, mas pela sua ligação direta com Deus. Tudo na
igreja primitiva tinha o propósito de engrandecer o nome de Jesus (At 19.17).
Atualmente, a igreja tem dinheiro suficiente para comprar cadeira de rodas,
mas não tem poder para fazer um aleijado andar. Pense nisso!
CONCLUSÃO
Por mais que Satanás e os seus lutem contra a genuína igreja eles não
poderão subjugá-la. Cristo já havia nos falado: “... as portas do inferno
não prevalecerão contra ela”. Por mais que o mundo seja influente e
malévolo, o Senhor nos disse: “... tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
Por mais que a nossa visão esteja míope e destorcida da visão celestial,
sigamos a ordem do mestre: “Levantai os vossos olhos e vede as terras,
que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35b). Resistamos ao Diabo,
rompamos com os empecilhos e mãos à obra, o Senhor está conosco, para
sempre! (Mt 28.20).
Para reflexão:
• Que tipo de empecilho o inimigo tem colocado para que você não evangelize?
• Você tem compromisso com a tarefa da evangelização?
• Você vive de fato Mateus 6.33a?
Questionário para avaliação e debate:
1. Explique com suas próprias palavras o texto de Efésios 6.12.
2. Mencione algumas atividades da igreja que a tem impedido de sair para evangelizar.
3. Em relação ao evangelismo, o que significa dizer que as portas do inferno
não prevalecerão contra a Igreja?
7. Por que pregamos – (Mc 16.15)?
- Porque é uma ordem do Senhor.
8. Quando devemos pregar – (2Tm 4.2).
- A tempo e fora de tempo
9. Onde devemos pregar – (At 20.20).
- Nas casas
10. Para que pregamos – (Ez 3.18).
- Para livrar o ímpio da sua impiedade
11. O que pregamos – (Rm 1.16).
- O evangelho
12 Os folhetos:
a) Não amasse os folhetos, se possível ponha-o em uma pasta onde
eles poderão ficar sempre no estado em que você os comprou. Ninguém
gosta de ler um folheto todo amassado;
b) Não os deixe molhar com o suor de suas mãos, sempre entregue-os
em perfeito estado;
c) Prefira folhetos coloridos, que chamam a atenção. Às vezes é
preferível pagar um pouco mais em um folheto atraente, do que em um
outro, mais barato, que ninguém irá se interessar;
Continua na pag. 68
Fatores motivadores da
evangelização
Versículo Chave
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão,
se não há quem pregue?” (Romanos 10.14)
Lição 05 - 29 de janeiro de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar que o argumento bíblico é a melhor motivação para a evangelização;
• Destacar alguns fatores de motivação: Mobilização, investimento,
envolvimento de todos;
• Conscientizar os alunos dando-lhes motivação para esta grande tarefa.
Culto Familiar
Segunda – (Mt 28.18-20) – É uma ordem pregar o evangelho
Terça – (Jo 4.36) – Quem prega a Palavra recebe galardão
Quarta – (At 10) – Os pecadores estão clamando por salvação
Quinta - (Rm 1.16,17) – O evangelho é o poder de Deus para salvar
Sexta – (Sl 126.5,6) – A evangelização trás alegria
Sábado – (Rm 10.8-15) – Sem pregação ninguém pode crer
SUGESTÃO DE HINOS - 018 - 026 - 322 (Harpa Cristã)
Romanos 10.8-15
8 - Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração;
esta é a palavra da fé, que pregamos,
9 - a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu
coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
10 - Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
24
11 - Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
12 - Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo
é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 - Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 - Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
15 - E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão
formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!
INTRODUÇÃO
A
motivação surge de muitas maneiras, mas a principal é pela
conscientização. A Palavra do Senhor e a atuação do Espírito Santo
na vida do crente podem ser consideradas formas únicas de despertálo para esta tarefa primordial. Uma vez conscientes da grande responsabilidade
que pesa sobre nossos ombros, a qual o mundo não conhece e os anjos
almejam, resta-nos dispor-nos para realizá-la.
I – O SENHOR CONFIOU A SUA PALAVRA AOS SALVOS - (V 8)
O Senhor preparou um povo, a igreja, para cumprir esta missão. Não poderia
ser diferente, pois somente quem já foi salvo pela Palavra de Deus pode
compreendê-la e crer no seu poder para salvação. Se falharmos, o mundo
perecerá e experimentará o flagelo eterno, porque não lhe falamos de Cristo.
1. Quem é salvo conhece a Palavra do Senhor – “A palavra está
junto de ti...” – Foi-nos dado total acesso à Palavra celestial. Não temos
que galgar escadas para alcançá-la nos céus, ou descer o abismo para procurála. Que bênção gloriosa, o Senhor colocou a sua Palavra pertinho de nós.
Podemos lançar mão dos seus benefícios a qualquer momento, basta desejálos. Que será então dos negligentes, que desprezam esta facilidade e se
desculpam dizendo: “Não vou, pois não sei pregar. Não conheço a
Palavra”. Ignorando-a? (Mt 22.29).
2. Quem é salvo vive a Palavra do Senhor – “... na tua boca e no teu
coração...” – Viver a Palavra é pregá-la com o testemunho da verdade. Quem
não sabe falar a Palavra, deveria pelo menos vivê-la. Uma vida correta, pautada
na Palavra de Deus, pode falar mais alto do que uma boa pregação (1 Pe 3.1).
3. Quem é salvo prega a Palavra do Senhor – “... esta é a palavra
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
25
da fé, que pregamos” – É algo natural, conseqüente, faz parte da própria
salvação. Quem foi salvo tem dentro de si uma força motriz, não pode deixar
de falar o que Deus fez em sua vida. “Porque não podemos deixar de
falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). É como uma fonte que não
pode deixar de jorrar. Quem é salvo prega a Palavra do Senhor.
II – O SENHOR AGUARDA RESULTADOS DO NOSSO
TRABALHO - (VV 9-13)
O Senhor não espera resultados acreditando na nossa capacidade humana,
ao nos dar a ordem para evangelizar, nos capacitou para tal. Eis os motivos
pelos quais Ele espera resultados do nosso trabalho evangelístico:
1. Por causa do poder salvador de Jesus – “Se, com a tua boca,
confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dos mortos, serás salvo” – Somente pelo conhecimento de
Jesus e pela aceitação dos critérios pré-estabelecidos por Deus para a
salvação, o homem poderá livrar-se da tragédia do inferno. Todos estes
conhecimentos só podem vir por meio da Palavra divina registrada na Bíblia.
Portanto, “... pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina”
(2 Tm 4.2).
2. Por causa da infalibilidade da Sua Palavra – “Porque a Escritura
diz: Todo aquele que nele crer não será confundido” – É uma tremenda
responsabilidade sobre nós. Não será confundido quem Nele crê, mas só
crerão se pregarmos a Palavra salvadora. A própria escritura garante salvação
para todos os que crerem. Uma vez falada, a Palavra produzirá o seu poderoso
efeito. “Assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para
que a enviei” (Is 55.11). É uma Palavra que não pode falhar nas suas
promessas. É eterna e tem poder para eternizar quem a recebe. “Mas a
palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que
entre vós foi evangelizada” (1 Pe 1.25).
3. Por causa da amplitude da salvação – “... um mesmo é o Senhor
de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo” – A salvação foi doada a
todos os homens, bastando que ouçam a pregação, creiam e confessem ao
Senhor no coração. Portanto, quando a igreja deixa de evangelizar, retém
para si, o direito que é de todos. É um grave pecado, deixar de compartilhar
o que está em nosso poder e aquilo de que os perdidos mais necessidade
têm. Que atitude egoísta, tornar o Senhor pobre em salvar, e tentar encolher
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
26
a mão que está estendida para salvar (Is 59.1).
III – O SENHOR NOS CHAMARÁ À PRESTAÇÃO
DE CONTAS - (VV 14,15)
“Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando
tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para
salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu
sangue da tua mão o requererei... Semelhantemente, quando o justo
se desviar da sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um
tropeço, ele morrerá; porque, não o avisando tu, no seu pecado morrerá,
e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue
da tua mão o requererei” (Ez 3.18; 20).
1. O Senhor não aceitará argumentação se formos negligentes na
pregação – “... E como ouvirão, se não há quem pregue?...” – Inútil
será tentar inventar desculpas por não termos cumprido com a nossa obrigação
de evangelizar, mesmo que estas argumentações, sejam, aparentemente,
justificáveis. Alegar falta de tempo ou ocupação com atividades internas da
igreja que nos impeçam “ir”, não adiantará nada. Como ouvirão se nós que
temos conosco a Palavra e o Espírito Santo, negligenciarmos a evangelização.
“... Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nos calamos; se
esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; pelo que
agora vamos e o anunciemos...” (2 Rs 7.9).
2. O Senhor não terá por inocente aqueles que fecharem as portas
da pregação – “... E como pregarão, se não forem enviados?...” – De
muitas maneiras fechamos as portas da pregação. Eis algumas razões:
Indolência, falta de conscientização, de investimentos financeiros, de
treinamento de pessoal; excesso de atividades internas, falta de visão,
comodismo, incredulidade, falta de mobilização por parte das lideranças da
igreja.
O Senhor não cessa de clamar: “... A quem enviarei, e quem há de ir
por nós? ...” (Is 6.8). Você pode responder a esta pergunta, amado leitor?
3. O Senhor galardoará aos que se deram a tarefa da evangelização
- “... Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz,
dos que anunciam coisas boas!” – A Palavra de Deus afirma que é sábio
aquele que ganha almas (Pv 11.30 ). É sábio porque tem a Palavra da sabedoria
e sempre apresenta respostas às questões mais difíceis da vida. É sábio porque
sabe livrar os perdidos da condenação eterna. É sábio porque está ajuntando
tesouros no céu e não na terra, onde perece. É sábio porque está trabalhando
visando galardão de Deus e não correndo atrás de prêmios efêmeros.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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Só receberá galardão quem trabalhou para o Senhor, movido pela força
da graça e pelo poder do Espírito Santo.
CONCLUSÃO
Se a Palavra do Senhor não nos motivar a pregar o evangelho, outro argumento
não poderá fazê-lo. A Palavra está perto de nós, na nossa boca e no nosso
coração, é o remédio em nossas mãos, para curar as enfermidades da alma
humana. Deixar de distribuí-lo é, no mínimo, egoísmo e uma tremenda falte amor.
Deixemos os embaraços e lancemos mão do arado, pois como ouvirão se
não há quem pregue?
Para reflexão:
• Você já usou esta desculpa: “Não vou, pois não sei pregar. Não conheço
a Palavra”?
• O que você tem feito para livrar homens da tragédia do inferno?
• A quem o Senhor enviará, e quem há de ir por Ele?
Questionário para avaliação e debate:
1. O que é que o salvo conhece, vive e prega?
2. Explique 2 Tm 4.2, e diga o que é que você tem feito para cumpri-lo.
3. Dê algumas razões pelas quais temos fechado as portas para a
evangelização.
DEPARTAMENTO
DE EDUCAÇÃO
CRISTÃ
Existe para prestar
ser
viços didáticos.
serviços
Procure-nos!
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
28
VEJAM SÓ...
1. O “homem rico”, estando no inferno, intercedeu pelos pecadores
apesar de não ter a sua oração respondida. Você tem intercedido pelos
pecadores?
2. O condenado lembrou-se dos pecadores, embora nada pudesse fazer
por eles. Você pode. O que tens feito?
3. O condenado se angustiou pelos pecadores, apesar de ele mesmo
ser um caso perdido. Você é um salvo. Qual é o teu sentimento em relação
aos que perecem?
4. O condenado desejou que o evangelho fosse pregado, apesar de ele
mesmo não sofrer mais os benéficos efeitos do evangelho. Você tem anunciado
as boas novas, da maneira como a recebeu?
5. O condenado esforçou-se para impedir que outros fossem lançados
no inferno, apesar de ser impossível para ele sair dali. Você tem o céu
garantido. O que está fazendo para mostrar o caminho a outros?
6. O condenado acreditava na possibilidade da ressurreição, apesar de
não poder mais alcança-la. Você já ressuscitou com Cristo. E os perdidos ao
seu redor, como ficarão?
7. O condenado desejou que os pecadores se arrependessem, apesar de
não ter tido esta atitude no passado. Você já se arrependeu do pecado da indolência,
e está se esforçando para que outros também se arrependam dos pecados?
8. O condenado tinha consciência dos pecados que o levou ali, apesar de
não poder se arrepender deles. Você pode se arrepender dos seus, embora
sua negligência na evangelização pareça mostrar que nem tens consciência deles.
9. O condenado tinha consciência de que todos os que vivem errados
vão para ali. Você está vivendo errado porque não tens consciência do erro
em não pregar o evangelho.
10. O condenado tinha consciência de que a pregação do evangelho pode
livrar o pecador do tormento eterno, apesar de que para ele o remédio era
ineficaz. Você já foi curado. O que está fazendo pelos doentes espirituais?
11. O condenado tinha consciência de que a rejeição à Palavra de Deus
é suficiente para que alguém seja lançado no inferno. Como você tem reagido
a Marcos 16.15?
(Conforme: Lc 16.27-30).
Reflexão: O que fazer quando as atitudes de um condenado ao inferno
sobrepujam as nossas atitudes religiosas?
Kleber Paulo Santana
Ministro de Educação Cristã
O Espírito Santo e a
evangelização
Versículo Chave
“E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram
impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia”
(Atos 16.6)
Lição 06 - 05 de fevereiro de 2006
Objetivos da Lição
• Ensinar que o Espírito Santo foi dado a Igreja para cumprir a tarefa de
evangelização;
• Mostrar que nenhum método ou estratégia podem substituir o poder
do Espírito Santo;
• Destacar a necessidade de se buscar a presença e o poder do Espírito
Santo.
Culto Familiar
Segunda – (Jo 14.26) – Nos ensina o que falar
Terça – (At 1.8) – Nos dá virtude para falar
Quarta – (At 4.31) – Nos dá ousadia no falar
Quinta – (At 5.5) – Nos dá revelação ao falar
Sexta – (At 7.1-54) – Nos capacita para falar
Sábado – (At 8.4-17) – Nos dá sinais que acompanham nosso falar
SUGESTÃO DE HINOS - 340 - 358 - 387 (Harpa Cristã)
Atos 8.4-17
4 - Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra.
5 - E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo.
6 - E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia,
porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
7 - pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando
em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
30
8 - E havia grande alegria naquela cidade.
9 - E estava ali um certo homem chamado Simão, que anteriormente
exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria,
dizendo que era uma grande personagem;
10 - ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo:
Este é a grande virtude de Deus.
11 - E atendiam-no a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido
com artes mágicas.
12 - Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de
Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.
13 - E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou, de contínuo,
com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava
atônito.
14 - Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria
recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João,
15 - os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o
Espírito Santo.
16 - (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram
batizados em nome do Senhor Jesus.)
17 - Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
O
projeto de Deus para o resgate da humanidade não terminou com a
morte e ressurreição de Jesus. Por ocasião da ascensão de Cristo,
foi enviado o Espírito Santo para dar continuidade à missão do Filho
de Deus, impulsionando com poder o processo da evangelização do mundo.
O apóstolo Paulo ensina aos tessalonicenses que não foi só por palavras,
mas também, no poder do Espírito Santo que o evangelho chegou até onde
chegou (I Ts 1.5). Assim, se fazia necessário que Jesus subisse ao Pai (Jo
16.7), para que o Espírito Santo pudesse dar o próximo passo no processo
da evangelização mundial.
I – ACOMPANHA A EVANGELIZAÇÃO COM
SINAIS E PRODIGIOS
“... ouviam e viam os sinais que ele fazia...” (v.6) - Um dos inúmeros
papéis desempenhados pelo Espírito Santo no seio da igreja é a realização
de sinais e prodígios. Esta foi uma promessa do próprio Cristo aos que
cressem (Mc 16.17).
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
31
1. Curas físicas - “... e muitos paralíticos e coxos eram curados...”
(v.7) - Uma das preocupações de Jesus em seu ministério tinha estreita relação
com o bem estar do homem. Por onde passava, se compadecia dos doentes
e os curava a todos (Mt 12.15). Não poderia ser diferente ao designar
discípulos para dar continuidade àquilo que ele começou. Sua ordem foi: “...
curai os enfermos...” (Lc 10. 1,9).
2. Curas espirituais libertação de demônios - Não é suficiente curarlhes as enfermidades. O alvo maior de Deus para o homem está em resgatar
e curar a sua alma. Quando o mestre deu ordens ministeriais aos primeiros
pescadores de homens, disse: “... expulsai os demônios...” (Mt 10.8).
Novamente, após a sua ressurreição, ordenou-os que pregassem o evangelho
a toda a criatura e garantiu que os sinais seguiriam aos que cressem. Um
destes sinais era: “em meu nome expulsarão os demônios.” Porém, para
que essas realizações fossem possíveis, deveriam esperar em Jerusalém, até
que do alto fossem revestidos do poder do Espírito Santo (Jo 24.49).
II – ATUA NA CONVERSÃO DOS PECADORES
“... Samaria recebera a palavra de Deus...” (v.14) - Filipe era um dos
muitos que haviam sido dispersos por ocasião da perseguição à igreja e fazia
parte do grupo dos escolhidos do capítulo seis: “Varões de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria.” (At 6.3).
1. Homens e mulheres deram crédito – Por meio da persuasão humana
não há como levar alguém ao verdadeiro arrependimento. Somente o Espírito
Santo tem o poder para penetrar o mais profundo da alma humana
promovendo conversão genuína.
O livro de Atos dos apóstolos mostra que em quase todos os lugares onde
o evangelho foi pregado grande multidão se agregava para ouvir, e a população
de muitas cidades ficou conhecendo a palavra de Deus (At 13.42,44; 14.11;
17.4 etc.) e muitos creram em Jesus Cristo sob as virtudes do Espírito Santo.
2. Todos foram levados ao batismo - “... se batizaram tanto homens
como mulheres...” (v.12) - Filipe evangelizava a respeito do Reino de Deus e
do nome de Jesus. Ainda não fora mencionado o Espírito Santo até a chegada de
Pedro e João mais tarde. Mas, aqueles Samaritanos creram na mensagem de
Filipe e tiveram uma mudança de mente. Assim sendo, eram batizados nas águas
em nome de Jesus num ato público de aceitação e confirmação da fé. Ao
chegarem, Pedro e João pregaram, para que os cristãos fossem cheios da plenitude
do Espírito Santo, “... impuseram-lhes as mãos e todos receberam” (v. 15).
III – CONCEDE O DISCERNIMENTO ESPIRITUAL
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
32
Talvez nenhum outro dom seja tão necessário na igreja quanto o do
discernimento, pois qualquer outro poderá ser perigoso sem o concurso deste
que controla a atividade daquele. Este faz parte daqueles conferidos à igreja
por intermédio única e exclusivamente do Espírito Santo (I Co 12.11).
1. Simão quis comprar o dom de Deus - Simão, o mago, ficou tão
impressionado com os sinais milagrosos feitos por Filipe que quis comprar a
habilidade de conceder o Espírito Santo sobre outros. Essa atitude revelou
que, apesar de já batizado, Simão não era um verdadeiro crente. As palavras
de Pedro (vs. 20 a 23) deixam clara a condição pobre e miserável de Simão.
Sempre haverá pessoas que tentarão se valerem do evangelho e do poder
de Deus em favor dos seus propósitos pessoais.
2. Pedro discerne o interior do coração - João nos adverte a termos
cautela porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo (I Jo
4.1). Quem poderia enxergar o interior de outrem se não através do poder
o Espírito Santo? A condição espiritual do mago Simão é séria, mas
imediatamente detectada por Pedro que não mede palavras para
repreendê-lo, porém, não exclui a possibilidade de arrependimento e
perdão. Poderíamos entender que se tratasse de uma mera ingenuidade
do neófito, mas é o Espírito Santo aquele que sonda e vê como a luz do
meio dia o interior dos corações (Ap 2.23).
CONCLUSÃO
O real significado de pregar o evangelho em Samaria com todo aquele
sucesso e magnitude não pode ser explicado em termos de mérito humano
ou mesmo habilidade no campo da oratória. Todos aqueles milagres
inquestionavelmente realizados que atraíam multidões, não se justificam á
luz da arte da mágica, que por sinal, cai por terra ante esse poder real. Qual
seria a única explicação plausível para um tão gigantesco avanço no
compromisso da igreja em evangelizar os gentios? A resposta é a atuação
do “Espírito Santo na evangelização”.
Para reflexão:
• Você tem se preocupado com o bem estar dos pecadores?
• De que maneira o Espírito Santo tem atuado na tua conversão?
• Você sabia que o Espírito Santo conhece tudo à teu respeito?
Questionário para avaliação e debate:
1. O que o Espírito Santo faz na evangelização?
2. Por que Simão quis comprar o dom do Espírito Santo?
3. Como foi que Pedro descobriu a falha de Simão e a de Ananias?
O campo de evangelização
Versículo Chave
“Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a
ceifa? Eis que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as
terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4.35)
Lição 06 - 12 de fevereiro de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar que o campo é nossa casa, nossa cidade, nosso estado, nosso
país, etc;
• Destacar que o campo são as pessoas em todos os lugares;
• Mostrar a extensão do campo de evangelização.
Culto Familiar
Segunda – (At 3) - Jerusalém
Terça – (At 8.1) - Judéia
Quarta – (At 8.14) - Samaria
Quinta – (At 18.5) - Macedônia
Sexta – (At 13.47) – Confins da terra
Sábado – (Jo 4.35-42) – Em toda parte
SUGESTÃO DE HINOS - 115 - 476 - 510 (Harpa Cristã)
João 4.35-42
35 - Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis
que eu vos digo: levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão
brancas para a ceifa.
36 - E o que ceifa recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna, para
que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
34
37 - Porque nisso é verdadeiro o ditado: Um é o que semeia, e outro, o
que ceifa.
38 - Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam,
e vós entrastes no seu trabalho.
39 - E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra
da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito.
40 - Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com
eles; e ficou ali dois dias.
41 - E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
42 - E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque
nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo,
o Salvador do mundo.
INTRODUÇÃO
E
sta lição tem o objetivo de mostrar toda a abrangência do campo de
evangelização. O texto base nos revela que Jesus fazia discípulos em
todos os lugares pelos quais passava. Pregava a todos que encontrava,
sem distinção de raça, credo ou posição social. Qualquer pessoa era vista
por Ele como um solo fértil. Todas as cidades, vilas e ruas, por onde Jesus
andava ouviam as Boas Novas de salvação. Ele tinha ‘fome’ de anunciar o
evangelho: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou
e realizar a sua obra” (Jo 4.34). Este é mais um exemplo de Cristo que
devemos seguir, pois nos faz entender o que vem a ser o campo onde devemos
evangelizar. É o que pretendemos apresentar a seguir, vejamos:
I – O CAMPO É UM LUGAR ESPECÍFICO
Quando se fala em ‘específico’, pensa-se logo em restrição, mas não é
neste sentido que esta palavra está sendo usada. O campo para a evangelização
é todo espaço geográfico habitado por pessoas, que são o alvo do evangelho
de Cristo. Observe:
1. O campo é o nosso lar - “Torna para tua casa e conta quão
grandes coisas te fez Deus” (Lc 8.39a) – Este versículo, foi dito ao
endemoninhado gadareno depois que este foi liberto. Vemos Jesus priorizando
a parentela deste homem, pois sabia que ele seria um grande missionário
entre seus familiares e que a libertação e transformação experimentada por
ele levariam muitos à conversão. Não são poucas as indicações bíblicas que
nos mostram que somos ‘testemunhas vivas de Cristo’ em nossa própria
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
35
casa. Em I Co 7.14 Paulo diz que o cônjuge crente santifica o descrente. No
evangelho de João vemos André, um dos primeiros discípulos, levando seu
irmão Pedro ao mestre. O texto diz: “Este achou primeiro a seu irmão
Simão... e levou-o a Jesus” (Jo 1.41-42). É assim que devemos agir no
nosso lar, como missionários portadores de boas notícias de salvação.
Devemos ter sempre a preocupação de estarmos testemunhando a nossa
família e aos nossos vizinhos. Muitos deles poderão se converter a Cristo.
2. O campo é a nossa cidade (país) - “Deixou, pois, a mulher o seu
cântaro, e foi à cidade...” (Jo 4.28) – Assim como todo cristão tem sua
família, à qual deve testemunhar, ele também está inserido em uma comunidade.
A sociedade na qual ele reside é um campo pronto para ser semeado e nele
muitos frutos bons podem ser colhidos. O amor e a compaixão pelos habitantes
de nossa cidade devem ser a motivação para pregarmos o evangelho,
compartilhando com eles as benesses da salvação eterna. O versículo acima
nos mostra a prontidão da mulher samaritana em anunciar Cristo aos seus
compatriotas. Ela teve tanta urgência em contar as boas novas que ouvira de
Cristo, que até esqueceu seu cântaro, pois nela já começava a brotar a água
viva. E sabe qual foi o resultado de sua semeadura? “E muitos dos
samaritanos daquela cidade creram nele (Jesus), pela palavra da
mulher, que testificou...” (Jo 4.39).
3. O campo é o mundo – “E disse-lhes: ide por todo o mundo, pregai
o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15) – Aqui vemos a ordem imperativa
que Jesus deixou aos seus seguidores aqui na terra, e é destes a
responsabilidade de cumprir tão preciosa missão. O mundo está perecendo
nas trevas, os povos da terra têm sofrido e gemido em meio aos seus pecados
e iniqüidades, e a Igreja de Cristo está no meio deste povo. Por mais que
saibamos que nosso lugar não é aqui, fazemos parte do mundo e não podemos
ignorar nossa tarefa, que se constitui num grande privilégio, que é o de
evangelizar todos os povos. A Igreja não pode esquecer seu ‘papel’ de
evangelizadora, nem deixar de priorizar tal tarefa. Deve resistir à tentação de
estar voltada para si mesma. Seu chamado à evangelização mundial, foi feito
por Jesus, que a capacita, inspira, desafia e envia, a fim de que cumpra o
imperativo citado acima.
II – O CAMPO SÃO AS PESSOAS
A expressão campo de evangelização nos remete à local, lugar ou região.
No entanto, não é pelo espaço geográfico que Deus se preocupa de fato, ma
sim com Pessoas. São elas o alvo da evangelização. Jesus não morreu por
casas, cidades ou países, mas pelos que neles habitam. Na cruz do Calvário,
Ele derramou seu sangue para salvar a humanidade de forma indistinta.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
Vejamos, por quem Ele se sacrificou:
36
1. Pessoas religiosas ou de conduta ilibada – Existem pessoas que
possuem uma vida exemplar: não têm vícios, não são promíscuas, são de boa
índole e ainda reconhecem a existência e poder de Deus. Porém, ainda não se
decidiram por Jesus e não se posicionaram em relação a sua fé. Por se acharem
tão justas dificilmente se convertem a Cristo. A Bíblia nos apresenta alguns
exemplos: os fariseus, o jovem rico, Nicodemos e outros. Os fariseus (Lc 18.1830) cumpriam rigorosamente a lei, contudo, ocultavam mesquinhez, secura de
coração e muito orgulho. Careciam ser transformados pelo evangelho de Cristo.
O jovem rico (Mt 19.16-22) tinha um forte sentimento religioso, preocupavase com a vida eterna e cumpria os dez mandamentos, mas em seu coração
existia um vazio que boa índole e retidão jamais supririam. Jesus queria preencher
o seu vazio, todavia, ele valorizou mais as suas riquezas e perdeu a bênção.
Nicodemos (Jo 3) era um importante fariseu, mestre da lei, mas toda sua riqueza
e inteligência não saciava sua sede de Deus. Conhecemos muitos assim,
simpatizantes, mas não convertidos. Deus não procura admiradores, mas sim
seguidores. Pessoas assim precisam ser alcançadas pelo Evangelho de Cristo e
por isso são um excelente campo de evangelização.
2. Pessoas de conduta questionável – “Veio uma mulher de Samaria
tirar água...” (Jo 4.7a) - Um excelente exemplo de uma pessoa de conduta
questionável é o da mulher samaritana, para quem Jesus não negou o anúncio
da salvação, mas passou por cima do preconceito cultural, social e religioso.
Ele a enxergou como ‘um campo de evangelização’, não se preocupando
se ficaria mal falado por estar na companhia dela, antes lhe demonstrou seu
amor e compaixão, abençoando-a com suas palavras. A Igreja, diferente de
Jesus, tende a julgar as pessoas ao invés de enxergá-las como necessitadas
de salvação. “Deus enviou seu filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3.17 - ARA).
Contudo, a Igreja presta-se ao papel de julgar ao próximo como
‘incorrigível’, ao invés de levá-lo a Cristo. Precisamos entender que são os
doentes que necessitam de salvação (Mc 2.17).
3. Pessoas totalmente rejeitadas (párias sociais) – “... vindo da
cidade um homem... possesso de demônios e não andava vestido nem
habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros” (Lc 8.27) – Esse é o
tipo de pessoa pela qual dificilmente nos interessaríamos. Julgamos como
perda de tempo evangelizar alguém assim. É interessante notar que um dos
textos bíblicos que precede a história deste homem é justamente o da Parábola
do Semeador (Lc 8.4-15), que discorre sobre os tipos de solo. Qual de nós
enxergaria o endemoninhado gadareno como um solo fértil? Conhecemos o
final dessa história e percebemos que ele foi um campo de evangelização.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
37
Como bem disse o profeta: “... a palavra que sair da minha boca: não
voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo
para que a designei” (Is 55.11). O cristão precisa se dispor a pregar a
palavra de Deus indistintamente para bêbados, drogados, mendigos e tantos
outros excluídos socialmente. Era com pessoas assim que Cristo se
relacionava: mendigos, prostitutas, leprosos, samaritanos e publicanos.
CONCLUSÃO
A Igreja de Deus tem uma missão a cumprir: a de pregar o evangelho
ao mundo, conduzindo pessoas a Cristo. O evangelho de Jesus é
impregnado de salvação e esperança, por isso deve ser compartilhado
com toda e qualquer pessoa, com todas a gentes e em todos os lugares
da terra. Deus deu à igreja, e somente à igreja, a responsabilidade e a
honra desse compartilhamento. Cabe a ela realizar sua missão de forma
integral e urgente. A salvação de almas traz regozijo: “E o que ceifa
recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna, para que, assim
o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem” (Jo 4.36).
Para reflexão:
• Você sabia que o seu lar também é campo de evangelização?
• Em que você é melhor que o “jovem rico”, Nicodemus, a Samaritana, etc?
• Tua maneira de viver mostra evidências da salvação?
Questionário para avaliação e debate:
1. Dê alguns tipos de “campos” de evangelização.
2. Dê alguns tipos de pessoas que são campos de evangelização.
3. Como devemos cumprir João 4.36?
“Não dizeis vós que
ainda há quatro meses até
que venha a ceifa? Eis que eu
vos digo: levantai os vossos olhos e
vede as terras, que já estão
brancas para a ceifa”
(João 4.35)
Os grupos familiares e a
evangelização
Versículo Chave
“E, no dia imediato, chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava
esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais
íntimos” (Atos 10.24)
Lição 08 - 19 de fevereiro de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar como funcionavam os grupos familiares na Bíblia;
• Destacar a grande força de evangelização por meio dos grupos familiares;
• Dar instruções quanto à funcionalidade dos grupos familiares.
Culto Familiar
Segunda – (At 2.41-47) - Grupo familiar nas casas dos crentes
Terça – (At 12.12) - Grupo familiar na casa de João Marcos
Quarta – (At 16.13-15) - Grupo familiar na casa de Lídia
Quinta – (At 16.30-34) - Grupo familiar na casa do Carcereiro
Sexta – (At 28.30,31) - Grupo familiar na casa de Paulo em Roma
Sábado – (At 10.24-35) – Grupo familiar na casa de Cornélio
SUGESTÃO DE HINOS - 394 - 503 - 512 (Harpa Cristã)
Atos 10.24-35
24 - E, no dia imediato, chegaram a Cesaréia. E Cornélio os estava
esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos.
25 - E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo e,
prostrando-se a seus pés, o adorou.
26 - Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.
27 - E, falando com ele, entrou e achou muitos que ali se haviam ajuntado.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
39
28 - E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu
ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum
homem chame comum ou imundo.
29 - Pelo que, sendo chamado, vim sem contradizer. Pergunto, pois: por
que razão mandastes chamar-me?
30 - E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora,
orando em minha casa à hora nona.
31 - E eis que diante de mim se apresentou um varão com vestes
resplandecentes e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas
estão em memória diante de Deus.
32 - Envia, pois, a Jope e manda chamar Simão, o que tem por sobrenome
Pedro; este está em casa de Simão, curtidor, junto do mar, e ele, vindo, te falará.
33 - E logo mandei chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora, pois, estamos
todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado.
34 - E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus
não faz acepção de pessoas;
35 - mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz
o que é justo.
INTRODUÇÃO
C
onsiderando que o grupo familiar não pode ser visto como um passatempo, ou entretenimento para os crentes e muito menos, culto na
casa de crentes para crentes, surge então a pergunta: O que vem a ser
grupo familiar?
O grupo familiar é uma atividade estratégica para alcançar almas para
Jesus. Neste caso, o lar dos crentes é o lugar onde o culto é realizado,
transformando-se numa ponte entre a igreja e os descrentes.
Vejamos os objetivos, estrutura e estratégias para os grupos familiares:
I – QUAIS OS OBJETIVOS DE UM GRUPO
FAMILIAR? (VV 24-27)
Um grupo familiar para obter bons resultados, precisa traçar objetivos
claros e se esforçar para cumpri-los. Boa parte dos crentes que participam
dos cultos nos lares, não sabem exatamente qual a sua função dentro do
grupo, por isso, vemos poucos resultados. Vejamos os principais objetivos:
1. Reunir, semanalmente, nos lares para promover evangelização
– As reuniões devem acontecer pelo menos uma vez por semana, de acordo
com a programação normal da igreja. Não podem existir atividades paralelas,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
40
porque este trabalho não é responsabilidade de meia dúzia de crentes. É
tarefa da igreja.
Deve haver poderosa mobilização no sentido de conscientizar, treinar,
organizar e criar estratégias. E isto não se pode fazer simplesmente com
anúncios sobre a existência dos grupos.
A evangelização é o tópico central dos grupos. É necessário que haja
conversão de almas para que o objetivo seja alcançado.
2. Discipular os novos crentes que se decidem nos grupos familiares
– As pessoas que se decidem por meio deste trabalho, precisam ser
discipuladas. São estes novos crentes que darão continuidade ao trabalho.
Cada grupo crescerá e se dividirá em novos grupos e assim sucessivamente
(Mt 28.19,20; 2 Tm 2.2). Esta é a forma mais eficaz de crescimento da
igreja. Portanto, muitas atividades da igreja, poderiam, simplesmente, serem
suprimidas, para dar lugar à evangelização e discipulado.
3. Promover comunhão e integração entre os crentes – O objetivo
maior dos grupos não é o culto de ação de graças, ou apenas uma festa
espiritual para os crentes. Já vimos nos subtópicos anteriores que o alvo dos
cultos nos lares é o pecador. No entanto, não podemos esquecer que jamais
obteremos bons resultados, se os próprios crentes não estiverem em plena
comunhão uns com os outros. É a prática do amor e atitudes fraternais entre
os irmãos (Rm 12.9-13), que atrairá para Jesus os descrentes. Portanto, o
culto se transforma num belo momento de comunhão cristã.
4. Fazer treinamento, visando a multiplicação dos grupos familiares
– Evidentemente, que ninguém deveria ser colocado à frente de um grupo familiar,
para liderá-lo, sem primeiro ser treinado. Esta, aliás, tem sido a causa básica
do fracasso deste empreendimento. O líder precisa saber conduzir com
sabedoria e muito poder espiritual, os demais componentes do seu grupo. Por
sua vez, os demais participantes devem saber o seu papel e como desempenhálo bem, para que todo o culto tenha uma só meta e veja resultados satisfatórios.
II - ESTRUTURA PARA A REUNIÃO DO
GRUPO FAMILIAR (VV 28-33)
É preciso estabelecer algumas normas para o funcionamento do grupo
familiar, cada igreja poderá estabelecer as suas próprias.
A seguir, temos algumas idéias para o funcionamento do grupo, que podem
ser modificadas, melhoradas e, até mesmo, substituídas. No entanto, não
podemos descaracterizar o grupo familiar.
1. O grupo deverá ser formado por no mínimo três pessoas e no
máximo 20 – Considerando que o objetivo do grupo é ganhar almas para
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
41
Jesus, evidentemente, que estas pessoas precisam ser convidadas para o
culto. O líder do grupo não deve passar o tempo dando oportunidades para
testemunhos e cânticos. Nem por isso, os componentes se sentirão inúteis,
pois cada um tem sua função. Receber os convidados, deixando-os bem à
vontade. Outro acompanhará o louvor com algum instrumento musical. Os
demais presentes estarão apoiando com oração silenciosa.
2. O louvor deve ter seu tempo limitado para não impedir a
ministração da Palavra (1 Co 14.26; Col 3.16) – Não se pode ocupar o
tempo do culto, que deve ter no máximo uma hora de duração, com cânticos.
Bastam dois ou três hinos ou corinhos. A mensagem deve ser transmitida
com fervor e de maneira clara para o entendimento dos ouvintes.
3. A ministração da Palavra deve ficar a cargo de alguém
devidamente preparado (Rm 1.15; 1Pe 3.15) – O líder do grupo precisa
saber que não se deve passar o tempo dando oportunidades para
“testemunhos” dos irmãos. Não se trata de uma diversão. São almas que
estão em jogo. O líder deve preparar a mensagem para pregar com sabedoria.
Deve ser de oração e consagração. Não podemos resgatar pecadores das
trevas infernais, militando na carne (2Co 10.4).
4. Os assuntos a serem ministrados a cada semana, devem seguir
uma seqüência lógica (Lc 24.27) – Pode-se seguir um livro ou epístola da
Bíblia. Mas é bom que o tema tenha seguimento. Improviso não parece ser
arma de crente esforçado. Entregar tudo ao “Deus dará”, elimina a
responsabilidade do grupo de orar, jejuar e trabalhar. Confiar em Deus não
significa fazer cultos sem planejamento, sem preparo e sem estratégias.
5. Todos os componentes do grupo devem participar – Trata-se de
evangelismo arrojado onde todo o grupo está num mesmo Espírito, buscando
em Deus proezas para cada semana. O Crescimento e multiplicação do grupo
deve ser alvo de cada componente. O grupo deve ser prioridade para cada
participante durante toda a semana e não apenas no dia do culto.
Durante a ministração todos devem estar orando em espírito e evitando distrações.
III - A ESTRATÉGIA DOS GRUPOS FAMILIARES (VV 34,35)
O ingresso no programa de trabalho com grupos familiares exige de cada
um de nós uma revisão de valores a fim de que esta atividade passe a ocupar
um lugar de destaque em nossa escala de prioridade. Vejamos alguns exemplos:
1. Deixando os costumes e tradições religiosas de lado – “...
invalidando, assim, a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós
ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas” (Mc 7.13) –
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
42
Evidentemente que estamos falando de costumes e tradições que nada
acrescenta à vida cristã. São idéias formadas a partir de tabus, preconceitos,
má formação religiosa, atitudes farisaicas etc. Estas “doutrinas” impedem o
fluir natural do culto, neutraliza a Palavra de Deus e impede a operação do
Espírito Santo na vida dos participantes.
2. Criando um ambiente espiritual, mas não místico – A humildade e a
simplicidade devem permear o culto todo. As conversas paralelas devem cessar,
as distrações devem ser evitadas. Deve haver envolvimento de todos, procurando
criar um ambiente espiritual sem, porém entrar no mundo místico. Um culto
fervoroso não significa emocionalismo. Os milagres precisam estar presentes,
porém não podem ser aceitos no culto “visagens”, “arrebatamentos” e
“profetadas”, que só servem para distrair o ouvinte da Palavra de Deus.
É dispensável mesas para servir de altar. Nunca disponha os crentes numa
fileira e os incrédulos em outra. Deve-se criar um ambiente descontraído,
para que o descrente se sinta à vontade.
3. As reuniões devem ser regadas com oração fervorosa, sempre
buscando de Deus milagres que glorifiquem o Seu nome e que atraia as
pessoas a Cristo (At 8.5-8) – O fracasso é visível em muitos grupos familiares,
porque negligenciamos a oração, porque muitos crentes são egoístas e só
participam do culto interessados em receber a sua benção, sem se preocupar
em doar alguma coisa, em compartilhar também.
Sem nenhum exagero, mas aqueles que não estão dispostos a se
consagrarem deixando toda forma de pecado conhecido, não deveriam
ingressar nos grupos familiares.
CONCLUSÃO
A Igreja precisa se multiplicar, e os crentes precisam ser edificados. Os
grupos têm estas duas finalidades: Evangelização e edificação.
Deve haver envolvimento total, de cada membro da igreja. Para isto, tornase necessário deixar de lado, muitas tarefas paralelas e colocar os grupos
familiares no topo das prioridades.
Para reflexão:
• Você faz parte de algum grupo familiar na tua igreja?
• Os grupos familiares são responsabilidade de quem?
• Quanto tempo você tem reservado para orar pelos grupos familiares?
Questionário para avaliação e debate:
1. Diga os quatros objetivos de um grupo familiar, conforme a lição.
2. De acordo com a lição, dê a estrutura do grupo familiar.
3. Dê uma estratégia para os grupos familiares.
Missões, doação total na
evangelização
Versículo Chave
“Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na
palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vossa caridade para
conosco, assim também abundeis nessa graça” (2Coríntios 8.7)
Lição 09 - 26 de fevereiro de 2006
Objetivos da Lição
• Destacar que missões é a prática da evangelização local e mundial;
• Ensinar que missões como evangelização é um ato de doação total;
• Mostrar que de acordo com as Escrituras, missões é tarefa de todos.
Culto Familiar
Segunda – (Mc 6.30-34) – Doando o tempo
Terça – (At 4.32-37) – Doando os bens
Quarta – (At 20.20-24) – Doando a própria vida
Quinta – (Rm 10.15) – Doando a Palavra de Deus
Sexta – (Ef 6.18-20) – Doando oração
Sábado – (2Co 8.1-15) – Doando tudo
SUGESTÃO DE HINOS - 065 - 127 - 409 (Harpa Cristã)
2 Coríntios 8.1-15
1 - Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às
igrejas da Macedônia;
2 - como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e
como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade.
3 - Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda
acima do seu poder, deram voluntariamente,
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
44
4 - pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço,
que se fazia para com os santos.
5 - E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos
se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus;
6 - de maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado,
assim também acabe essa graça entre vós.
7 - Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e
na ciência, e em toda diligência, e em vossa caridade para conosco, assim
também abundeis nessa graça.
8 - Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência
dos outros, a sinceridade da vossa caridade;
9 - porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo
rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.
10 - E nisso dou o meu parecer; pois isso vos convém a vós, que desde o
ano passado começastes; e não foi só praticar, mas também querer.
11 - Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como
houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes.
12 - Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que
qualquer tem e não segundo o que não tem.
13 - Mas não digo isso para que os outros tenham alívio, e vós, opressão;
14 - mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta
dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade,
15 - como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que
pouco, não teve de menos.
INTRODUÇÃO
A
Igreja é o meio pelo qual Deus quer chegar ao mundo todo e não
somente a certos setores. Mesmo encontrando um quadro
desfavorável, ela tem motivos diversos para continuar e não aceitar o
desânimo, pois ela é uma comunidade missionária. Portanto, vejamos:
I – MISSÕES É PRÁTICA DE EVANGELIZAÇÃO
O IDE de Jesus para que o Evangelho seja pregado envolve também
ensinar a Palavra de Deus a tal ponto que com a evangelização possamos
provocar conversões genuínas (At 6.4). Assim, a evangelização deve ser:
1. Em todo Tempo - “E durou isto por espaço de dois anos, de tal
maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a Palavra do
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
45
Senhor Jesus, tanto judeus como gregos” (At 19.10). A insistência do
apóstolo Paulo em evangelizar consistia totalmente em conduzir vidas ao
Senhor para serem transformadas e tornarem-se verdadeiros missionários. A
Palavra de Deus era ensinada e não ficava somente na escola de Tirano.
A prática missionária de evangelização rompe barreiras erguidas pelo
homem, ou pelo inimigo, principalmente quando as pessoas aceitam a Cristo
como seu Senhor e Salvador. O discipulado e o ensino seguem uma constante
para que os conversos cresçam em perfeição (2 Tm 3.17; Ef 4.13).
2. A todas as pessoas - “Eu sou devedor tanto a...” (Rm 1.14). Estava
arraigado no apóstolo Paulo forte senso de obrigação em anunciar o evangelho
(cf. Ef 3.1-8) porque ele sabia que as pessoas buscavam algo ou alguém
para que as libertassem (Mc 5.2,3;15;18-20).
O apóstolo Pedro chegou até Cornélio e sua família em obediência à
Palavra de Deus, através de uma visão (cf. At 10.9-22). Há milhões de
Cornélios espalhados por todo o Brasil e o mundo, sendo assim, a igreja em
pleno século XXI não pode ficar indecisa quanto ao local a investir em missões.
3. Em todos os lugares - “... tanto em Jerusalém... e até aos confins
da terra.” (At 1.8) – Jesus derrubou a barreira geográfica não dando
preferência a Jerusalém em detrimento aos confins da terra. Dessa forma não
pode haver atrito entre missões nacionais e transculturais. A obra missionária
precisa ser feita o mais simultaneamente possível, preocupando-se com todos
os lugares (cf. Lc 14.21; 8.39; 4.43; 9.6; Mt 28.19 e Mc 16.15).
II – MISSÕES, ATO DE DOAÇÃO TOTAL
“Um grande despertamento espiritual entre os cristãos pode resultar
na paixão pelas almas e em sacrifício pela causa do evangelismo...”
(Missões Transculturais – pág. 794).
1. Doação completa é feita sem restrição e com amor - Onde seu
objeto é o maior beneficiado.
Ana, por exemplo, em I Sm 1.11, fez uma doação completa, assumindo
um compromisso com Deus, e, com isso o Senhor de Israel foi exaltado.
Nós também, como igreja local devemos assumir uma posição bem definida
na obra missionária participando ativa e intensamente da obra de missões.
2. Doação completa é feita com esforço e dedicação - “... me esforcei
por anunciar o Evangelho...” (Rm 15.20). O ministério especial de Paulo era
voltado para o alcance de vidas que não conheciam a Cristo, sendo dessa forma
abençoado e conduzido a diversos lugares pelo Senhor (Rm 15.18 e 19).
Este esforço missionário envolveu uma doação total em que barreiras foram
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
46
rompidas em nome de Jesus e em favor das almas.
3. Doação completa é feita com sacrifício e abnegação - Jesus foi e
é o maior doador na obra missionária (Mt 26.38 e 39), doou a si mesmo
renunciando o Seu trono de glória e padecendo pela humanidade pecadora.
Ele via em cada ocasião um ponto de apoio para a proclamação do Seu
Reino.
A doação total em missões implica que cada situação desfavorável ou as
pedras de tropeços sejam pontos de apoio para tornar a obra missionária
cada vez mais forte, mais ousada e mais abrangente.
Na doação total levantar os olhos e ver que os campos estão brancos
para a ceifa não é o suficiente. O amor que nasce em seu coração o faz
arregaçar as mangas e dizer: “Pai que seja o que tu queres” (Mc 14.36).
É necessário sentir dor em favor dos perdidos, pois ela nos leva a buscar a
cura.
III – MISSÕES, TAREFA INACABADA E
RESPONSABILIDADE DE TODOS
O futuro de missões repousa em nossa capacidade de fazermos o melhor,
lutando por provocar conversões, afinal a igreja é uma comunidade missionária
que deve ser aberta ao que o Espírito Santo orientar-nos.
1. Todos os crentes são chamados para realizar esta tarefa - É claro
que nem todos irão fazer missões transculturais, mas sobre todos nós pesa a
responsabilidade de anunciar o Cristo Salvador, como disse o apóstolo Paulo:
“pesa sobre mim a obrigação de anunciar o evangelho de Jesus Cristo”
(1Co 9.16). Também sobre cada crente pesa esta responsabilidade.
2. Todos os crentes são convocados a se envolverem com esta tarefa
– Há, porém a necessidade de que alguns saiam de suas terras para se
envolverem bem de perto com os que ainda não ouviram o evangelho (At
13.2). É com essa finalidade que o Pr. Waldemar de Carvalho, na missão
Kairós, tem uma espécie de peneira, no período de treinamento.
Jesus treinou seus discípulos para pescarem homens (Mt 4.19). Missões
também tem o objetivo de pescá-los, levando-os a crer em Jesus como seu
Salvador e Senhor.
3. Todos os crentes são responsáveis pelo envio de pregadores “... e como ouvirão se não há quem pregue” (Rm 10.14). Como igreja,
somos os responsáveis por nossos missionários que se desprendem de tanta
coisa para levar o evangelho aos perdidos, entretanto, temos também a nossa
responsabilidade aqui. Precisamos fortalecer nossa visão missionária
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
47
assumindo uma posição participativa nesta obra.
A igreja assume sua responsabilidade missionária não somente se alegrando
com alguém que tenha esta vocação, mas comprometendo-se em orar, enviar
e também sustentar financeiramente os missionários.
CONCLUSÃO
O projeto missionário de Deus está em Jo 3.16 - o mundo todo, logo, o
projeto da igreja também deve ser o mundo todo, e, Deus quer usar a cada
crente que já O aceitou como seu Senhor e Salvador para abençoar a obra
missionária com força total, porque a Palavra de Deus nunca volta vazia.
Para reflexão:
• Em relação à tarefa da evangelização você se considera um devedor?
• Você tem se aplicado à tarefa missionária sem restrições?
• Você tem consciência da sua responsabilidade com a evangelização?
Questionário para avaliação e debate:
1. Explique a maneira como Pedro chegou até Cornélio.
2. O que é fazer missões sem restrições?
3. Por que missões, apesar de ser responsabilidade de todos, é uma tarefa
inacabada?
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O discipulado e a evangelização
Versículo Chave
“E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava
muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes
obedecia à fé” (Atos 6.7)
Lição 10 - 05 de março de 2006
Objetivos da Lição
• Destacar o discipulado bíblico;
• Ensinar a maneira correta de fazer discipulado hoje;
• Mostrar a necessidade de visitas, treinamento, acompanhamento e
integração, etc.
Culto Familiar
Segunda – (Mt 10.1-19) – Discípulos de Jesus Cristo
Terça – (At 16.1-5) – Timóteo, discípulo de Paulo
Quarta – (At 18.24-28) – Apolo, discípulo de Áquila e Priscila
Quinta – (Tt 1.4) – Tito, discípulo de Paulo
Sexta – (Fm 1) – Onésimo, discípulo de Paulo
Sábado – (At 2.40-47) – A multidão de discípulos
SUGESTÃO DE HINOS - 104 - 166 - 340 (Harpa Cristã)
Atos 2.40-47
40 - E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo:
Salvai-vos desta geração perversa.
41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua
palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no
partir do pão, e nas orações.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
49
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam
pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos,
segundo cada um tinha necessidade.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão
em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias
acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
INTRODUÇÃO
G
anhar almas para Jesus Cristo é muito mais que falar do evangelho às
pessoas. Dificilmente os novos convertidos permanecerão na igreja,
se não forem ajudados no início da sua fé. Sem discipulado o esforço
para evangelizar o mundo, perde o seu sentido. Jesus mandou pregar, batizar
e ensinar a guardar os seus mandamentos. Isto é discipulado.
Para entendermos melhor esta lição, vamos observar os passos a seguir:
I – PRIMEIRO PASSO: EVANGELIZAR (VV 40,41)
O discipulado começa com a evangelização. Pregamos as verdades básicas
para a fé cristã (Hb 5.13,14). Explicamos o evangelho da salvação (Jo 3.16)
numa ordem lógica, de modo simples e claro. Se formos negligentes nesta
questão, não poderemos exigir de Deus qualquer resultado positivo. Os dois
subtópicos a seguir comprovam isto:
1. Foi feita uma exposição clara e completa do plano de salvação –
“E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvaivos desta geração perversa” – Muita pregação tem sido feita nestes últimos
dias, mas vemos uma pregação incompleta e invertida. Estamos oferecendo
aos perdidos, uma vida saudável mesmo antes de diagnosticar a enfermidade
e aplicar o remédio certo no “paciente”. Prometemos aos pecadores uma
vida abençoada antes de aplicar-lhes azeite nas feridas.
No Capítulo 2 de Atos podemos contemplar a pregação de Pedro,
suficiente para levar qualquer pecador ao arrependimento, mesmo assim,
os apóstolos acharam necessário testificar e exortar os novos decididos
com “muitas outras palavras”.
2. Foi cuidado para que os pecadores não escapassem pelas “portas
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
50
dos fundos” - “De sorte que foram batizados os que de bom grado
receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil
almas” – Houve um cuidado muito especial com os arrependidos. Subtende
pelo texto que os apóstolos passaram muitas horas discipulando os novos
convertidos, até ficarem no ponto do batismo, os quais o fizeram de “bom
grado”. Ou seja, entenderam o propósito do batismo e a necessidade de se
agregarem. “Agregar” significa: Reunir, congregar. A palavra agregados traz
a idéia da família de moluscos acéfalos, sem concha, caracterizada pela reunião
de muitos indivíduos da mesma espécie dentro duma pele comum, que lhes
confere a aparência de um indivíduo único. Discipular é agregar.
II – SEGUNDO PASSO: FORTALECER (VV 42,43)
Deus não nos mandou fazer “membros” de igreja, e sim discípulos. Em
uma igreja que funciona bem os grupos familiares, há necessidade de que
seus componentes sejam discípulos e que façam novos discípulos. Discipulado
exige compromisso, submissão e trabalho. O fortalecimento do novo crente
depende de um acompanhamento sistemático que a igreja lhe dispensa, como
veremos:
1. Deve haver perseverança no ensino e aprendizado – “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir
do pão, e nas orações” – O novo discípulo deve receber uma orientação
segura da sua nova jornada como cristão rumo ao céu. Deve aprender
princípios e disciplina da vida cristã. Precisa ser integrado à comunhão e
serviço da igreja e entender as implicações do Senhorio de Cristo e da
mordomia cristã (Gl 4.19).
2. Deve haver vida prática – “Em cada alma havia temor, e muitas
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos” – Se não houver
acompanhamento prático ao novo convertido, ele acabará por cair nas malhas
do emocionalismo e do fanatismo, pois “crentes” mal intencionados logo o
adotará. Ele deve aprender a confiar em Deus, esperar de maneira bíblica
nos milagres de Deus, e temer o nome do Senhor.
Os crentes novos que são abandonados à própria sorte, quando não se desviam,
se tornam em crentes consumidores, ou seja, só querem receber, nunca têm nada
para compartilhar com outros crentes. Espécies assim, nunca serão discipuladores,
servirão apenas para encher banco de igreja e criar problemas para a liderança.
III – TERCEIRO PASSO: TREINAR (VV 44-47)
Os novos convertidos agora precisam aprender a serem servos de Jesus
Cristo e dos homens. Devem começar a viver o novo estilo de vida de
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
51
discípulo, visando a vida de discipulador. Se isto não for exigido dos novos
convertidos, eles se tornarão ociosos e infrutíferos. Então vejamos:
1. Devem ser treinados para participar da obra comum a todos “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum”- Há
necessidade de que entendam que cristianismo é vida, vida é ação, ação é:
“E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à
vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e
à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, o
amor fraternal, e ao amor fraternal, a caridade. Porque, se em vós
houver e aumentarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem
estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Pe 1.5-8).
2. Devem ser treinados para servirem voluntariamente com seus
bens - “Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos,
segundo cada um tinha necessidade” – A avareza e o amor ao dinheiro são
males que devem ser cortados da vida do novo convertido, imediatamente e
pela raiz (1Tm 6.6-19). A partir daí, desenvolver no discípulo, a atitude de
compartilhar seus bens e a sua própria vida com o seu próximo (2Co 9.112).
Se hoje a igreja está cheia de crentes embaraçados pelo apego as coisas
materiais, em grande parte, isto se deve a falta de discipulado no passado.
São pessoas que levantaram as suas mãos para Jesus, foram batizados, mas
ninguém lhes ensinou o caminho do amor altruísta. Não houve quem os
ensinassem a “... a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...”
(Mt 28.20).
3. Devem ser treinados para terem comunhão com todos os irmãos
- “E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão
em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração...” – É
necessário treiná-los para que sejam sensíveis a Deus e aprendam também a
ministrar através dos dons e talentos concedidos pelo Espírito Santo. O
discípulo deve saber que o plano de Deus é que ele conheça e experimente o
gozo indescritível de ser canal do Seu amor para muitas vidas. Deverá saber
que a razão da sua passagem pela terra, é deixar atrás de si uma marca
indelével de bênçãos para seu semelhante (Gl 3.9).
Crentes apagados, de difícil comunicação, fechados em si mesmos,
indiferentes às necessidades do próximo, insensíveis, sem afeto sem
misericórdia, desprovidos de amor fraternal, nunca foram discipulados.
4. Devem ser treinados para o bom testemunho e para a
evangelização - “... louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo.
E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
52
de salvar” – Por meio do discipulado o novo crente tem a oportunidade de
aprender a lei de Cristo: “De graça recebestes de graça daí”. Ele aprende
a compartilhar com os pecadores o evangelho que lhe salvou. Aprende que
com boas obras, pode atrair pecadores para Jesus (Mt 5.16). Não cessarão
de dar o seu fruto (Sl 1.3; Jo 15.1-16).
CONCLUSÃO
O discipulado, como vimos, é a maneira de assegurar que o novo
convertido se firmará no evangelho e dará seus frutos, dando continuidade a
obra. Ele será também um discipulador, para fazer novos discípulos e assim
haverá continuidade na obra de Deus.
Precisamos atentar para estas lições, ver onde caímos, levantar e começar
a prática das primeiras obras (Ap 2.5).
Para reflexão:
• O que você tem feito para não deixar escapar pelas “portas dos fundos”
os novos crentes?
• Discipulado exige compromisso, submissão e trabalho. Qual é a tua posição?
• Você sabia que o propósito de Deus na tua vida é que você seja uma bênção?
Questionário para avaliação e debate:
1. Qual é o primeiro passo no discipulado? Explique-o.
2. Qual é o segundo passo no discipulado? Explique-o.
3. Qual é o terceiro passo no discipulado? Explique-o.
No próximo
trimestre estaremos
estudando temas extraídos da
Epístola aos Hebreus. Seguiremos o
ensino principal da epístola mostrando
a superioridade de Jesus Cristo em
relação aos anjos, a Moisés,
Antigo Pacto, etc.
Métodos de evangelização
Versículo Chave
“Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a
salvar alguns” (1Coríntios 9.22)
Lição 11 - 12 de março de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar os métodos usados por Jesus Cristo na evangelização;
• Mostrar os métodos usados pelos apóstolos na evangelização;
• Destacar os vários métodos tradicionais e modernos que podemos
lançar mão hoje.
Culto Familiar
Segunda – (Mt 5.1-16) – Evangelismo pelo ensino da Palavra
Terça – (Mc 4.3-8) – Evangelismo por meio de parábolas
Quarta – (At 2.14-47) – Evangelismo pela pregação da Palavra
Quinta – (At 8.5-8) – Evangelismo por meio de sinais
Sexta – (At 16.25,26) – Evangelismo por meio do louvor
Sábado – (Jo 3.1-12) – Evangelismo pessoal
SUGESTÃO DE HINOS - 080 - 100 - 183 (Harpa Cristã)
João 3.1-12
1 - E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe
dos judeus.
2 - Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és
mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes,
se Deus não for com ele.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
54
3 - Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.
4 - Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho?
Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?
5 - Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
6 - O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
7 - Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
8 - O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde
vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
9 - Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?
10 - Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?
11 - Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e
testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.
12 - Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos
falar das celestiais?
INTRODUÇÃO
G
anhar almas para Cristo é o desejo de todo aquele que teve o seu
coração transformado pelo Senhor. No entanto, seja no evangelismo
pessoal ou de massa é necessário um preparo especial para fazê-lo,
por isso trazemos, por meio deste exemplo prático na evangelização de
Nicodemos, o embasamento necessário para ser bem sucedido, analisando
os métodos usados pelo nosso mestre Jesus Cristo e seus apóstolos, e a sua
aplicação na igreja atual:
I – USADOS POR JESUS CRISTO
“Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém
pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” (v.2).
Nicodemos reconheceu a autoridade de Jesus por meio da sua obra, pois os
Seus métodos de evangelização eram insubstituíveis. Vejamos então como
eram usados pelo Senhor:
1. Eram específicos – “E havia entre os fariseus um homem
chamado Nicodemos, príncipe dos judeus” (v.1). Nicodemos era judeu e
fariseu, Jesus direciona uma mensagem específica para o mesmo, assim como
fez a tantos outros, pois o seu ministério era direcionado aos judeus (Mt
15.22-28). Pedro e Paulo também tinham ministérios igualmente direcionados
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
55
(Gl 2.7,8), assim como os quatro evangelhos, que foram escritos para públicos
específicos, por isso têm estilos diferentes. O Senhor conhece nossas
diferenças e por isso nos ensina que devemos direcionar o método de
evangelismo, de acordo com o povo a ser alcançado. Assim como numa
pescaria escolhemos a isca para cada espécie de peixe, também no
evangelismo é o público alvo quem determina o método a ser utilizado.
2. Eram claros e objetivos – “Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (v.3).
Jesus lançou para Nicodemos uma mensagem clara e objetiva, pois conhece
as ansiedades, necessidades e interesses das pessoas (Mt 9.4; 12.25; Mc
2.8; Lc 9.47). Clareza e objetividade são fundamentais no evangelismo de
uma sociedade que vive numa corrida diária. Sem muito tempo disponível, as
pessoas precisam de mensagens claras, de fácil assimilação, e que sejam
objetivas, fazendo-as refletir sobre os pontos principais do evangelho.
3. Eram Confrontadores – “Tu és mestre de Israel e não sabes isso?”
(v.10). Mesmo Nicodemos sendo alguém importante Jesus não se deixou intimidar,
sua mensagem era confrontadora, combatendo o pecado, e era ministrada a todos
sem acepção de pessoas. Infelizmente muitos hoje, tentam mascarar o evangelho
do Senhor, principalmente quando evangelizam pessoas importantes, pregando
somente bênçãos e prosperidade. Esquecem, no entanto, de que uma conversão
não será verdadeira se não tiver a essência do cristianismo, que é o arrependimento
e o compromisso com Cristo (2 Co 7.9-10; Mt 3.2,8-10; 2Pe 3.9).
II – USADOS PELOS APÓSTOLOS
“(...) ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde
vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” (v.8). Evangelizando
Nicodemos, Jesus compara a vida dos seus seguidores com o barulho do
vento – sem controle sobre si mesmos, guiados pelo Espírito, para exercerem
sua chamada de “pescadores de homens” (Mt 4.19). No entanto, seus
apóstolos não faziam dessa pescaria um hobby, como muitos o fazem, mas
utilizavam métodos para serem bem sucedidos neste empreendimento:
1. Eram guiados pelo Senhor – “(...) concluindo que o Senhor nos
chamava para lhes anunciarmos o evangelho” (At 16.10). Se havia algo
bem claro para os discípulos é que todos os seus métodos de evangelismo
provinham do Senhor: O lugar a ser evangelizado (At 8.26); a quem
evangelizariam (Mt 10.5-6); a mensagem a ser ministrada (Ef 6.19) e a forma
como falariam (Cl 4.6). Assim também devemos ter a convicção de que esta
obra é do Senhor (Pv 19.21), portanto não podemos trabalhar conforme a
nossa vontade, mas Ele é quem deve guiar todos os nossos passos.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
56
2. Eram apoiados no seu testemunho – “O que é nascido da carne é
carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.” (v. 6). Jesus fala a Nicodemos
sobre a diferença daquele que é nascido do Espírito. Pois somente aquele que
nasceu de novo poderá dar um testemunho capaz de gerar novas vidas para o
Senhor. Os apóstolos não somente falavam de uma nova vida com Cristo, mas
davam provas de que isso era possível através dos seus atos (1 Ts 1.5-9). O
testemunho é fator preponderante como método de evangelismo pessoal, pois
nada convence mais o homem da necessidade de mudança, do que mostrar na
prática, o que é uma vida transformada por Cristo.
3. Eram inabaláveis nas dificuldades – “Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui
excelente” (2Co 4.17). A leve e momentânea tribulação, referida por Paulo,
talvez não tivesse esse mesmo sentido para muitos atualmente (2Co 11.24-27).
Afinal o que você faria, se depois de açoitado, humilhado e ferido, fosse jogado
numa prisão? Aproveitaria a oportunidade para evangelizar? Paulo e Silas, assim
o fizeram (At 16.25). As dificuldades faziam os apóstolos mais confiantes (Fp
1.14); sendo açoitados, tornaram-se mais ousados (1 Ts 2.2) e ainda se alegravam
por sofrerem pelo nome de Jesus (Atos 5.41).Assim, como os apóstolos, devemos
entender que as dificuldades sempre farão parte do evangelismo, portanto devemos
aproveitá-las para solidificar o nosso ministério, fazendo-as contribuir para o maior
proveito do evangelho (2 Co 1.3,4; Fp 1.12).
III – USADOS PELA IGREJA
“(...) nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos” (v.11).
Cristo transmite a Nicodemos a função primordial da igreja, falar e testificar
acerca do reino celestial. Essa missão, no entanto, além de estar respaldada
por uma autêntica comunhão com Cristo e o conhecimento da Sua Palavra,
deve estar amparada por três métodos básicos que analisamos a seguir:
1. Devem ser abrangentes – “Se você deixa o machado perder o
corte e não o afia, terá de trabalhar muito mais. É mais inteligente
planejar, antes de agir.” (Ec 10.10 – BLH). Se a igreja tivesse a
preocupação de planejar seus métodos de evangelização, o quanto se preocupa
com sua organização interna, seu evangelismo com certeza seria mais
abrangente e eficaz. Sua estrutura, geralmente dividida em departamentos
que promovem congressos, festas e atividades, se fosse adaptada para
atividades externas, seria perfeita para alcançar a sociedade. Entretanto, seria
necessário que a mobilização para o evangelismo fosse de toda a igreja e não
apenas de um departamento. Quanto mais sensível a igreja for às necessidades
da sociedade (1 Jo 3.16-18), mais abrangente se torna o seu evangelismo,
atuando em áreas ainda pouco exploradas.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
57
2. Devem ser dinâmicos – “Se vos falei de coisas terrestres, e não
crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (v.12). Cristo adaptou a
Sua mensagem para que fosse compreendida por Nicodemos. Usar esse método
de forma dinâmica é função da igreja, pois a sociedade muda constantemente e
às vezes é necessária algumas mudanças para despertar o interesse daqueles que
ainda não foram alcançados. Por isso o Senhor concedeu a Sua Igreja dons para
serem usados (1Co 12.1-11) e trazer almas pra Cristo. Porém é necessário abrir
mão de preconceitos, que não refletem a verdade da Palavra de Deus e usar com
bom senso, os recursos como a internet, programas e propagandas na televisão
e no rádio, artes (cênicas, visuais, coreografia) etc. A Igreja deve entender que
quando, por preconceito, enterra os seus talentos, tanto prejudica a si mesma,
como aqueles que deixaram de ser alcançados (Mt 25.14-30).
3. Devem ser movidos pela Compaixão – (1Ts 1.5) Quando o
evangelismo da igreja é movido pela compaixão pelas almas perdidas, ele
passa a ser responsabilidade de todos e adquire caráter de urgência (Mt
9.36-38). Ele sai da fria teoria das pesquisas e estudos e parte para a prática,
pois o amor pelo pecador o impele a isso (Jo 15.12-17). Quando os nossos
métodos são movidos pela compaixão, deixamos de lado a preguiça e as
infinitas desculpas para entrar na batalha, nos esforçando ao máximo para
salvar o pecador do inferno (Tg 5.20), pois pesa sobre nós essa
responsabilidade (1 Co 9.16).
CONCLUSÃO
Cristo e os apóstolos deixaram bons exemplos de um evangelismo eficaz, e
quando a igreja os adota, não há dificuldades em se decidir onde, quando e como
evangelizar. O evangelismo torna-se urgente e dinâmico, pois levam em conta as
mudanças na sociedade. As dificuldades tornam-se experiências para o
aprendizado, e a força motivadora é revigorada a cada alma conquistada para o
reino de Cristo. Mas para que tudo isso seja possível é preciso estar sempre na
direção de Deus, pois Ele é o único capaz de transformar os nossos métodos de
evangelismo em instrumentos abençoados na salvação dos pecadores.
Para reflexão:
• Você tem se preparado para evangelizar?
• O amor pelo pecador tem te influenciado a evangelizar?
• Quais dos métodos mencionados na lição você tem usado no seu dia-a-dia?
Questionário para avaliação e debate:
1. Dê um método usado por Jesus na evangelização.
2. Dê um método usado pelos apóstolos na evangelização.
3. Dê um método que a igreja deve usar na evangelização.
Estratégias de evangelização
Versículo Chave
“Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me
de beber” (João 4.7)
Lição 12 - 19 de março de 2006
Objetivos da Lição
• Mostrar algumas estratégias usadas por Jesus, pelos apóstolos e pela
igreja, na Bíblia;
• Destacar que as obras sociais, os eventos comemorativos são grandes
estratégias;
• Pesquisar e apresentar aos alunos, novas estratégias modernas de
evangelização.
Culto Familiar
Segunda – (Mt 26.6-13) – Num evento social
Terça – (Jo 3.1-12) – Num encontro “casual”
Quarta – (At 8.26-38) – Em viagens
Quinta – (At 10.21-35) – Nos lares
Sexta – (At 16.13-15) – No local de trabalho
Sábado – (Jo 4.3-18) – Em visitas
SUGESTÃO DE HINOS - 111 - 116 - 132 (Harpa Cristã)
João 4.3-18
3 - deixou a Judéia e foi outra vez para a Galiléia.
4 - E era-lhe necessário passar por Samaria.
5 - Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade
que Jacó tinha dado a seu filho José.
6 - E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentouse assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
59
7 - Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8 - Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
9 - Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes
de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se
comunicam com os samaritanos)?
10 - Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e
quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
11 - Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é
fundo; onde, pois, tens a água viva?
12 - És tu maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo
ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13 - Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará
a ter sede,
14 - mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque
a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.
15 - Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais
tenha sede e não venha aqui tirá-la.
16 - Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá.
17 - A mulher respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus:
Disseste bem: Não tenho marido,
18 - porque tiveste cinco maridos e o que agora tens não é teu marido;
isso disseste com verdade.
INTRODUÇÃO
S
egundo o Mini-dicionário Ruth Rocha, a palavra estratégia significa
“um conjunto de conhecimentos destinados a estabelecer operações
de guerra em planos de conjunto”. Como povo escolhido por Deus
para cumprir a grande tarefa da evangelização, nós travamos uma guerra
constante contra as hostes espirituais da maldade que ardilmente tentam
conduzir as pessoas ao lugar da perdição e por isso, também precisamos de
estratégias. É verdade que é o Espírito Santo quem convence o pecador de
seu pecado (Jo 16.7-8), mas é nossa a responsabilidade de levar as boas
novas da salvação aos outros (Mc 16.15; At 1.8) e precisamos traçar nossa
estratégia para alcançarmos este objetivo. E que estratégias são estas?
I – ESTABELECER UM ELO COM OS PECADORES (VV. 3-15)
Não pode haver comunicação efetiva se há antipatia entre as duas partes.
Não quer dizer que devemos seguir suas práticas pecaminosas, mas que
devemos estar perto deles, criando um elo de confiança:
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
60
1. Estando no meio deles (v.4,5) - Ledo engano de nossa parte pensar
que, esperando aos domingos na igreja, esta irá encher-se de almas
arrependidas desesperadas por Jesus. Precisamos ir onde eles estão, conhecer
suas casas, comer com eles à mesa. Muitos pensam como os fariseus, que
isto é prejudicial à “imagem” do Cristão. Jesus pensava o oposto e estava
constantemente com eles (Mc 2.15; Lc 15.2). Estar com eles não significa
ser conivente com seus costumes, mas sim, criar uma abertura através da
confiança estabelecida e assim, anunciar a palavra de Deus.
2. Falando a linguagem deles (v.10-15) – O apóstolo Paulo escreveu
aos coríntios sobre a importância de se usar a linguagem adequada para a
obra de evangelização (I Co 9.18-23). Evangelizar é comunicar, e para
comunicar-se com eficiência, é preciso utilizar a mesma linguagem, seja ela
musical ou falada e às vezes até mesmo na vestimenta, fazendo-se como um
deles. Fazer-se não quer dizer tornar-se (I Co 9.26-27). É um estratagema
para deixar-se entender, como Jesus ao falar com a mulher samaritana usando
a água, um elemento de seu cotidiano e, portanto, de fácil compreensão.
Para nos comunicar salvação, Jesus teve de se fazer como um de nós (Jo
1.14).
3. Praticando obras sociais (v.15) – Tiago diz que a fé sem obras é
morta (Tg 2.14) e esse é um conceito essencial na obra de evangelismo. Os
seres humanos têm necessidades diversas e um canal de comunicação é aberto
quando nós atendemos a estas necessidades. Da mesma forma que aquela
mulher no poço queria a “água viva” para não mais ter sede, as pessoas
querem ser alimentadas, agasalhadas, ter suas enfermidades tratadas. A Igreja
precisa voltar ao primeiro amor e fazer como no início: Compartilhar seus
bens com os mais necessitados (At 4.32; 34-37), atraindo assim pecadores
para si a fim de lhes anunciar o evangelho da salvação.
II – DESPERTAR O INTERESSE DOS PECADORES (VV. 7-10)
O homem é um curioso por natureza. Vemos isso em sua constante busca
por conhecer os diversos mistérios da criação Divina. A mulher samaritana
iniciou seu diálogo com Jesus por conta de sua curiosidade acerca do
comportamento dEle, pedindo-lhe que lhe desse de beber, sendo que Judeus
e Samaritanos não se comunicavam (v.9). Uma das melhores estratégias para
a evangelização é despertar este interesse inerente ao ser humano e “fisgálo” logo após com o poder da palavra de Deus.
1. Por meio do uso das artes – A manifestação artística remonta aos
tempos da idade antiga. O homem expressa seus sentimentos e idéias através
da música, do teatro e da dança e consegue muitas vezes atingir um público
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
61
que não seria facilmente convencido através de simples palavras, ou mesmo
aqueles que, de passagem, acham os espetáculos interessantes, emocionantes
ou divertidos. Estes são instrumentos valiosos a serem usados pela Igreja
moderna na propagação do evangelho. Deus tem concedido dons aos seus
servos, fazendo-os verdadeiros artistas em sua casa, para o louvor exclusivo
de sua glória.
2. Por meio de grandes eventos (v.16) – Criar eventos que reúnam
uma boa parte da comunidade para poder ministrar-lhes a palavra sutilmente
também é um bom estratagema. Palestras e fornecimento de informações de
interesse público em diversas áreas, oferecimento de serviços gratuitos, grande
eventos musicais, são algumas formas de se agregar pessoas num único local,
para que ali elas possam receber o que foram buscar e ainda mais do que
poderiam esperar: o dom da vida oferecido gratuitamente. Uma boa
publicidade é essencial, para que a maioria das pessoas seja atingida, da
mesma forma como com os samaritanos de Sicar. (Jo 4.28-30).
CONCLUSÃO
As estratégias na evangelização não têm a intenção de ajudar a obra do
Espírito Santo, nem tampouco substituí-la na vida do pecador. Pelo contrário,
servem para auxiliar o servo de Deus no cumprimento de sua tarefa, sabendo
que é apenas um facilitador que permite o contato com o perdido para que
então o Espírito Santo fale por meio de nós.
Para reflexão:
• Como tem sido o seu relacionamento com as pessoas descrentes?
• Como tem sido a sua prática em relação às obras sociais?
• Você é a favor do uso da arte na evangelização? Justifique tua resposta.
Questionário para avaliação e debate:
1. Dê o teu parecer sobre a atitude de Jesus em “comer com pecadores”.
2. Explique com suas próprias palavras o texto de 1Co 9.20-22.
3. Dê exemplos de eventos que a igreja deve participar com finalidade evangelística.
“Andai com sabedoria para com
os que estão de fora, remindo o
tempo” (Cl. 4.5)
Recapitulação
Versículo Chave
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a
toda criatura” (Marcos 16.15)
Lição 13 - 26 de março de 2006
Objetivos da Lição
• Destacar os pontos mais importantes das lições estudadas;
• Desafiar os alunos quanto a uma tomada de posição;
Culto Familiar
Segunda – (Mt 28.18-20) – Evangelizando e batizando
Terça – (Lc 4.17-21) – Evangelizando os oprimidos
Quarta – (Jo 4.35-42) – Evangelizando os excluídos
Quinta – (Rm 10.8-15) – Evangelizando com a Palavra de Deus
Sexta – (2Co 8.1-15) – Evangelizando com doação total
Sábado – (Mc 16.15-20) – Evangelizando o mundo
SUGESTÃO DE HINOS - 065 - 115- 340 (Harpa Cristã)
Marcos 16.15-20
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão
demônios; falarão novas línguas;
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
63
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não
lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e
assentou-se à direita de Deus.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com
eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!
INTRODUÇÃO
A
evangelização local e mundial é a tarefa mais importante que o Senhor
nos deu. A Igreja não pode ignorá-la e nem ser omissa quanto ao seu
cumprimento cabal. O esforço em compreendê-la, nos levará a tomar
decisão mais séria. Não devemos apenas falar de evangelismo, é necessário
agir, sem restrição, sem vacilar, agora e sempre.
Esta lição é um resumo dos ensinos mais importantes já ministrados durante
o semestre.
I - COMPREENDENDO A TAREFA DA
EVANGELIZAÇÃO - (Mt 28.18-20)
1. Evangelização é sinônimo de poder - Significa travar uma ferrenha
guerra espiritual contra o império das trevas. O tempo do Senhor na terra foi
preenchido com grande empenho em mostrar aos pecadores o caminho da
salvação (Is 61.1). Os seus discípulos testemunharam “como Deus ungiu a
Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele” (At 10.38).
2. Evangelização é uma necessidade - temos igrejas abarrotadas de
pessoas e a necessidade da evangelização cresce a cada dia. Milhões estão
fora dos templos sem o menor conhecimento da salvação.
Este é o ofício primeiro com que o Espírito Santo habilitou Jesus para seu
ministério. Uma das marcas mais notáveis em sua obra, em contraste com
qualquer outra obra realizada no mundo, foi a de evangelizar “a toda a
criatura”, sem fazer acepção de pessoas.
3. Evangelização trás benefícios – (Atos 4.24-37)
Era comum pessoas serem curadas de doenças físicas durante a
evangelização, até porque desta maneira o Senhor confirmava a palavra (Mc
16.20). Não há enfermidade que Deus não cure. Além da cura física, outro
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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benefício decorrente da evangelização é a cura da alma. Deus tem o poder
de tocar no homem não apenas por fora, mas também por dentro.
4. Evangelização tem seus empecilhos – (Marcos 4.14-20)
A Bíblia aponta Satanás e seus asseclas como opositores de Deus e daqueles
que procuram fazer a sua vontade (Ef 6.12). Os demônios sabem que nada
pode deter o avanço de uma igreja determinada a evangelizar. Assim,
promovem dissensões, conflitos de lideranças, guerra de vaidades, raiz de
amargura, fofocas e muito mais (Mt 13.24,25,39).
Excesso de atividades internas tira o tempo da igreja para evangelizar. “...
buscai primeiro o Reino de Deus...” (Mt 6.33a).
II - FATORES MOTIVADORES DA EVANGELIZAÇÃO
1. A Palavra do Senhor. (Rm 10.8-15) – Foi-nos dado total acesso à
Palavra celestial. Não temos que galgar escadas para alcançá-la nos céus, ou
descer o abismo para procurá-la. Que bênção gloriosa, o Senhor colocou a
sua Palavra pertinho de nós. Quem foi salvo tem dentro de si uma força motriz,
não pode deixar de falar o que Deus fez em sua vida. “Porque não podemos
deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20). É como uma fonte
que não pode deixar de jorrar. Quem é salvo prega a Palavra do Senhor.
2. O Espírito Santo. (At 8.4-23) - Por meio da persuasão humana não
há como levar alguém ao verdadeiro arrependimento. Somente o Espírito
Santo tem o poder para penetrar o mais profundo da alma humana
promovendo conversão genuína.
João nos adverte a termos cautela porque muitos falsos profetas se têm
levantado no mundo (I Jo 4.1). Quem pode enxergar o interior de outrem se
não através do poder o Espírito Santo?
3. O campo. (João 4.35-42) - O campo para a evangelização é todo
espaço geográfico habitado por pessoas, que são o alvo do evangelho de Cristo.
O campo é o nosso lar - “Torna para tua casa e conta quão grandes
coisas te fez Deus” (Lc 8.39a). O campo é a nossa cidade (Jo 4.28) – A
sociedade na qual residimos é um campo pronto para ser semeado e nele muitos
frutos bons podem ser colhidos. O campo é o mundo (Mc 16.15) – A Igreja não
pode esquecer seu ‘papel’ de evangelizadora, nem deixar de priorizar tal tarefa.
Seu chamado à evangelização mundial, foi feito por Jesus, que a capacita, inspira,
desafia e envia, a fim de que cumpra o imperativo citado acima.
III – INSTRUMENTOS AUXILIARES NA EVANGELIZAÇÃO
1. Os grupos familiares - (At 10.24-35) - Um grupo familiar para obter
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
65
bons resultados, precisa traçar objetivos claros e se esforçar para cumpri-los.
Deve reunir, semanalmente, nos lares para promover evangelização. Não
podem existir atividades paralelas, porque este trabalho não é responsabilidade
de meia dúzia de crentes. É tarefa da igreja. Cada grupo crescerá e se dividirá
em novos grupos e assim sucessivamente (Mt 28.19,20; 2 Tm 2.2).
2. Missões, doação total (2Co 8.1-15) - O Ide de Jesus para que o
Evangelho seja pregado envolve também ensinar a Palavra de Deus a tal ponto
que com a evangelização possamos provocar conversões genuínas (At 6.4).
Doação completa é feita sem restrição e com amor. Ana, por exemplo,
em I Sm 1.11, fez uma doação completa, assumindo um compromisso com
Deus, e, com isso o Senhor de Israel foi exaltado.
Doação completa é feita com esforço e dedicação - (Rm 15.20). O
ministério especial de Paulo era voltado para o alcance de vidas que não
conheciam a Cristo, sendo dessa forma abençoado e conduzido a diversos
lugares pelo Senhor (Rm 15.18 e 19).
Doação completa é feita com sacrifício e abnegação - Jesus foi e é o maior
doador na obra missionária (Mt 26.38;39), doou a si mesmo renunciando o
Seu trono de glória e padecendo pela humanidade pecadora. Ele via em cada
ocasião um ponto de apoio para a proclamação do Seu Reino.
3. O discipulado - (At 2.40-47) - O discipulado começa com a
evangelização. Pregamos as verdades básicas para a fé cristã (Hb 5.13,14).
Explicamos o evangelho da salvação (Jo 3.16) numa ordem lógica, de modo
simples e claro.
Discipulado exige compromisso, submissão e trabalho. O fortalecimento do
novo crente depende de um acompanhamento sistemático que a igreja lhe dispensa.
Devem ser treinados para participar da obra comum a todos - Há necessidade
de que entendam que cristianismo é vida, vida é ação (2Pe 1.5-8).
Crentes apagados, de difícil comunicação, fechados em si mesmos,
indiferentes às necessidades do próximo, insensíveis, sem afeto sem
misericórdia, desprovidos de amor fraternal, nunca foram discipulados.
4. Os métodos da evangelização - (João 3.1-12) – Os métodos
usados por Jesus Cristo eram específicos, claros, objetivos e
confrontadores.
“Se você deixa o machado perder o corte e não o afia, terá de
trabalhar muito mais. É mais inteligente planejar, antes de agir.” (Ec
10.10 – BLH). Se a igreja tivesse a preocupação de planejar seus métodos
de evangelização, o quanto se preocupa com sua organização interna, seu
evangelismo com certeza seria mais abrangente e eficaz.
Os métodos devem ser dinâmicos. Cristo adaptou a Sua mensagem para
que fosse compreendida por Nicodemos. Usar esse método de forma
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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dinâmica é função da igreja, pois a sociedade muda constantemente e às
vezes é necessária algumas mudanças para despertar o interesse daqueles
que ainda não foram alcançados. Usar com bom senso, os recursos como a
internet, programas e propagandas na televisão e no rádio, artes (cênicas,
visuais, coreografia) etc. A Igreja deve entender que quando, por preconceito,
enterra os seus talentos, tanto prejudica a si mesma, como aqueles que
deixaram de ser alcançados (Mt 25.14-30).
5. Estratégias de evangelização - (João 4.3-18) - Não pode haver
comunicação efetiva se há antipatia entre as duas partes. Não quer
dizer que devemos seguir as práticas pecaminosas dos descrentes,
mas que devemos estar perto deles, criando um elo de confiança.
Engano de nossa parte pensar que, esperando aos domingos na igreja, esta
irá encher-se de almas arrependidas desesperadas por Jesus. Precisamos ir onde
eles estão, conhecer suas casas, comer com eles à mesa. Muitos pensam como
os fariseus, que isto é prejudicial à “imagem” do Cristão. Jesus pensava o oposto
e estava constantemente com eles (Mc 2.15; Lc 15.2). Estar com eles não significa
ser conivente com seus costumes, mas sim, criar uma abertura através da confiança
estabelecida e assim, anunciar a palavra de Deus (1Co 9.18-23).
CONCLUSÃO
A finalidade destas lições é resgatar o ensino bíblico referente ao
evangelismo. Pretendemos conscientiza cada crente para desempenha esta
grande tarefa. Toma Deus que cada servo e cada serva se sintam desafiados
para ganhar almas para o Reino de Deus.
QUESTIONÁRIO PARA DEBATE E AVALIAÇÃO
LIÇÃO 01
1. Que tipo de poder estava sobre Jesus para auxiliá-lo na evangelização?
2. Mencione o nome de um dos reformadores.
3. Explique a importância da evangelização e da adoração e diga como conciliar
estas duas tarefas sem que uma prejudique a outra.
LIÇÃO 02
1. Como você explica um mundo cheio de “igrejas”, cheio de Bíblias e milhões
de pessoas sem conhecerem Jesus?
2. O “Espírito do Senhor Jeová” ungiu a Jesus para o que? (Is 61.1)
3. Você concorda com a frase do comentarista da lição: “A necessidade da
evangelização será sempre uma realidade presente”?
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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LIÇÃO 03
1. Quais os dois benefícios da evangelização mencionados no primeiro tópico
da lição?
2. Como podemos provar que “a vida da igreja passou a ter unidade de
propósito”? (Veja tópico II.1)
3. “Em todos havia abundante graça”. Se este é um dos benefícios da
evangelização, por que não o buscamos?
LIÇÃO 04
1. O que o Diabo tem feito para impedir a mobilização da igreja no
evangelismo?
2. Como o excesso de atividades internas tem impedido que a igreja saia
para evangelizar?
3. Explique a frase: “Buscai primeiro o Reino de Deus”, em relação ao
evangelismo?
LIÇÃO 05
1. O que significa: “A Palavra está junto de ti”?
2. Você tem cumprido 2 Timóteo 4.2?
Que tipo de argumento você apresentará ao Senhor por ter sido negligente
na evangelização?
LIÇÃO 06
1. O Espírito Santo tem acompanhado o seu trabalho de evangelismo com
sinais?
2. Qual é o principal papel do Espírito Santo na vida dos pecadores? (João
16..7,8)
3. Qual é a importância do dom do discernimento que o Espírito Santo dá ao
crente, na evangelização?
LIÇÃO 07
1. Quais os três lugares básicos considerados “campo” de evangelização?
2. Quais os três tipos de pessoas consideradas “campo! De evangelização?
3. Explique o texto de Isaías 55.11, aplicando-o a tarefa de evangelização.
LIÇÃO 08
1. Quais os objetivos dos grupos familiares?
2. Dê um resumo da estrutura dos grupos familiares.
3. Dê apenas uma estratégia para melhorar a atuação dos grupos familiares.
LIÇÃO 09
1. Na tua opinião, o que significa “até aos confins da terra”?
2. Diga quais são as três maneiras de se fazer doação total com relação à
Revista de Estudo Crescimento Bíblico
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missões, de acordo com o tópico II e explique cada um deles.
3. Na tua opinião, se missões é “responsabilidade de todos”, por que é ainda
uma tarefa inacabada?
LIÇÃO 10
1. Explique o primeiro passo no discipulado, de acordo com o tópico I.
2. Explique o segundo passo no discipulado, de acordo com o tópico II.
3. Explique o terceiro passo no discipulado, de acordo com o tópico III.
LIÇÃO 11
1. De acordo com o tópico I, como eram os métodos usados por Jesus?
2. Cite uma situação difícil na vida de Paulo, a qual ele transformou em
oportunidade para evangelizar.
3. O que é um método considerado “dinâmico”, na evangelização?
LIÇÃO 12
1. De que maneira podemos “quebrar o gelo” para termos acesso aos
necessitados do evangelho?
2. De que maneira a arte dramática pode ser grande auxiliar na evangelização?
3. De que maneira a música pode auxiliar na evangelização?
d) Entregue o folheto apropriado à pessoa certa. Os folhetos são como
remédios, para cada tipo de enfermidade, um tipo de medicamento. Assim
também são os folhetos. Para um doente um folheto que fale sobre cura,
a uma pessoa aflita, um folheto que fale sobre esperança;
e) Leia sempre a mensagem de todos eles, você precisa saber do que
se trata para falar ao pecador;
f) O folheto deve ter sempre o carimbo da igreja com o endereço e
dias de culto de modo legível;
g) Entregue o folheto sempre sorrindo. Um evangelista nunca irá
conquistar uma alma oferecendo-lhe um folheto com a cara fechada.
h) Entregue o folheto debaixo de oração. Ora antes, durante e depois de
entregá-lo.Os demônios fazem de tudo para atrapalhar a obra de evangelização.
i) Não force ninguém a pegar o folheto.Quando a pessoa rejeitar não
tente forçá-la, isso só piora a situação, mesmo por que, a pessoa esta no
direito dela de rejeitá-lo. Nesse ínterim agradeça de modo gentil e não a
ameace com versículos bíblicos ou coisas do gênero.
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Evangelização - A grande tarefa da igreja