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Gestão empresarial
CASSEL
CONSULTORIA
O economista Irineu Cassel esclarece as principais
dúvidas sobre planejamento tributário nas empresas
O
Brasil ocupa o terceiro lugar no
ranking de países com maior
carga tributária. Tributação e
outros temas estão entre as maiores
preocupações dos empresários brasileiros. Por isso, este mês, a revista
Destaque Gaúcho conversou com o economista Irineu Cassel, para esclare-
cer algumas dúvidas dos leitores sobre como fazer um planejamento tributário eficaz dentro das empresas.
Irineu trabalhou como executivo das
empresas, Gerdau, Pactum e Banco
BCR. Hoje é sócio-fundador da Cassel
Consultoria Ltda. Confira!
Irineu Cassel: sócio-fundador
da Cassel Consultoria Ltda
que
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Setembro/2009
Destaque Gaúcho - Economistas realizam o Planejamento T
ributário atraTributário
vés do Planejamento Financeiro de
uma organização, ou seja, na busca
da otimização dos recursos financeiros disponíveis, como é concretizado esse procedimento?
Irineu - A carga tributária no Brasil é
uma das mais altas do mundo. Isto onera demais o caixa das empresas que
geralmente pagam os tributos antes de
receber dos clientes o valor das suas
vendas. E todo este custo é repassado
aos consumidores, ao final das contas.
A Cassel busca identificar cada fato
gerador de imposto existente na operação da empresa e analisa as melhores alternativas legais para enquadrálos, de forma totalmente administrativa e preventiva. Para isso conta com
uma estrutura de economistas, administradores, contadores, advogados e
engenheiros. A legislação tributária é
extensa e complexa, mas permite que
os contribuintes optem pelo tipo de
tributação que melhor lhe convier.
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FOTO: DIVULGAÇÃO
Prédio onde funciona a Cassel Consultoria
Essa conexão entre a realidade de
cada empresa e a legislação adequada
é o que a Cassel proporciona: o Planejamento Tributário Administrativo.
DG - Estima-se que o Brasil ocupa
o terceiro lugar no ranking de países com a maior carga tributária. No
Brasil, existem mais de 70 impostos
e taxas diferentes como é possível
saber o que é realmente necessário
ser pago? A minha empresa, por
exemplo, pode ter uma lei de incentivo e pagar menos?
Irineu - Os impostos e as contribuições incidem sobre eventos específicos, definidos por lei, como a receita
das empresas, seus lucros, rendimentos financeiros e encargos sociais sobre a folha de pagamento, por exemplo. Esses eventos são os fatos geradores. A legislação ainda prevê obrigações e desonerações tributárias que
atingem determinados setores, como
o automotivo, ou atividades, como a
exportadora. Também existem alguns
incentivos, como à Inovação Tecnológica ou ao setor de Informática. Os
estados também concedem incentivos
para atrair investimentos - a Guerra
Fiscal. Cada empresa está imersa nesse emaranhado de obrigações, mas
pode também se enquadrar em condições de se beneficiar de incentivos
legais.
DG - Quais são as principais dificuldades que a Cassel encontra quando chega em uma organização?
Irineu - As empresas, corretamente,
direcionam a sua energia para o mercado. As questões tributárias costumam ficar em segundo plano, com
poucos investimentos, apesar de os
tributos atingirem 20%, 30% ou mais
das suas receitas. Não raro, sua atuação nesta área é bastante conservadora. E há uma grande diferença entre
agir de forma correta e de forma con-
servadora. A diferença é a exata compreensão dos limites legais. Como
nosso trabalho é bastante aprofundado
no campo tributário, apesar de ser totalmente embasado no regramento
legal vigente, por vezes encontramos
resistências à aplicação de normas claras e explícitas, já que eram desconhecidas do empresário. Mas, a quebra de
paradigma ocorre quando se demonstra a magnitude da redução dos custos e a segurança jurídica das ações.
DG - O trabalho da Cassel Consultoria é diferenciado, pois o primeiro
investimento no cliente é seu. T
raTrabalhar dessa forma é quase uma garantia de lucro para a empresa?
Irineu - Esse é o nosso propósito junto ao mercado. Nossos serviços não
geram custos fixos para os clientes.
Primeiro apresentamos resultados e
somente somos remunerados após a
empresa percebê-los. Caso não geremos benefícios nada será cobrado, o
que, felizmente, nunca ocorreu. Logo,
o nosso desafio é o de oferecermos
soluções de ponta. Trabalhamos com
total transparência. Isso realmente
garante que nossos clientes somente
têm a ganhar com nossos serviços.
DG - Há quanto tempo a Cassel trabalha nesse ramo?
Irineu - A Cassel foi criada no ano de
1997, após longa experiência de seus
sócios como executivos em empresas
destacadas como o Grupo Gerdau. Hoje temos vários colaboradores de nível sênior oriundos de lá. Nossos parceiros estratégicos também possuem
extensa folha de serviços em organizações de ponta do país e multinacionais. Como a área tributária exige alta
especialização toda a nossa equipe é
bastante experimentada, de forma que
oferecemos como diferenciais o conhecimento profundo e grande vivência prática na matéria.
DG - A Cassel presta consultoria
para grandes empresas do Brasil.
Como é o trabalho dentro dessas
empresas?
Irineu - O primeiro passo é conhecerSetembro/2009
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mos o negócio do cliente e como ele
opera. Mesmo empresas concorrentes
se estruturam de maneiras diferenciadas. Analisamos os últimos anos da
operação e o que está planejado para
o futuro, de maneira que possamos intervir minimamente na operação, mas
sempre nos pontos de maior relevância para redução dos custos tributários. A prevenção é a chave do melhor
desempenho neste campo. Se uma
operação começa com custos mais altos a reversão é mais cara. Assim, em
menos de 90 dias estruturamos planos
para implantação no curto, médio e
longo prazos, em compasso com a realidade dos negócios de cada cliente.
Os resultados são crescentes, os custos são mínimos e a empresa vai absorvendo as mudanças lentamente.
Nossos técnicos estão presentes na
implantação e acompanham os resultados mensalmente, avaliando todas as
variáveis previamente planejadas, garantindo o sucesso do projeto.
DG - Muitas empresas podem optar
entre os três regimes de tributação
existentes: o Supersimples, o lucro
real e o lucro presumido. Quais as
vantagens e as desvantagens de cada um?
Irineu - Cada regime é mais adequado a um tipo de operação, tamanho e
estágio dos negócios. O Supersimples
é o modelo mais indicado para novas
e pequenas operações que contam
com mão de obra intensiva, como a indústria e o comércio. Apesar da tributação não ser tão baixa quanto apregoa o governo, os controles são menores. Porém, neste momento, o setor
ficou de fora do parcelamento de longo prazo para os débitos tributários.
As empresas tributadas no lucro presumido são adequadas a operações
com alta rentabilidade, pois tributam
o lucro na faixa de 8% para o IR e 12%
para a CSLL. Há que se verificar ainque
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“A PREVENÇÃO
É A CHAVE
DO MELHOR
DESEMPENHO
FINANCEIRO”
da o custo de Pis e Cofins que a empresa arca por não poder creditar-se
nas compras. Holdings e empresas de
profissões regulamentadas são normalmente tributadas pelo presumido.
Já as empresas de grande porte são
obrigadas ao lucro real e sofrem com
o grande número de tributos e inúmeros regramentos a seguir. Por outro
lado, contam com incentivos que somente beneficiam este regime. As
empresas com operações mais complexas podem optar pelo desmembramento de suas atividades, enquadrando-as no regime de tributação mais
adequado, desde que observem os parâmetros legais.
DG - Para conseguir reduzir a car
car-ga tributária é preciso acompanhar
de perto as mudanças na legislação.
Isso é trabalhado de qual forma dentro da Cassel Consultoria?
Irineu - A Cassel conta com pessoas
dedicadas à atualização da legislação
e ao estudo do impacto nos diversos
setores e empresas com que trabalhamos. A atualização é realmente o maior desafio nesta área. Dentro de uma
mesma lei são tratados assuntos diversos e que geram mudanças em várias
outras leis, por vezes de maneira mui-
to sutil, mas com custos importantes.
É um trabalho árduo, mas com resultados compensadores, seja na prevenção de problemas com a fiscalização,
seja na obtenção de algum benefício.
Temos uma regra basilar na Cassel,
prevista em nossos contratos: se há
dúvida sempre consultamos antecipadamente os órgãos fiscalizadores.
DG - E para finalizar qual foi o caso
mais bem sucedido da Cassel Consultoria?
Irineu - A parceria que formamos com
nossos clientes, profissionais associados e escritórios regionais e especializados e a boa convivência que temos
com os órgãos fiscalizadores, além do
franco crescimento dos negócios nos
deixa muito satisfeitos. Mas algumas
realizações são especiais, como nossa
negociação para a mudança da legislação do ICMS, que ocorreu em julho
de 2008, quando o governo estadual
reconheceu o caráter de cluster do setor calçadista e beneficiou mais de 700
empresas, em pleno momento de crise. Ou a recuperação da competitividade para exportadores que estavam
deixando de gerar empregos pela falta de margem nas vendas. O mesmo
ocorre com importadores que sofrem
com práticas de concorrência desleal que seguidamente são desbaratadas pela Receita, como lemos nos jornais. E tem ainda o caráter social de
nossa atividade que é o de destinação
de parte dos impostos para entidades beneficentes, prática que ainda
tem bastante espaço para crescer e
auxilia no processo de avanço da justiça social, que tanto precisamos em
nosso país.
Quer saber mais sobre o assunto ou
solicitar o trabalho de consultoria
para sua empresa? Acesse
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Cassel Consultoria.p65 - Cassel | Gestão Estratégica de Tributos