ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
ANÁLISE DA DIVERSIDADE GENÉTICA ATRAVÉS DE MARCADORES
MOLECULARES E CARACTERÍSTICAS CITOMORFOLÓGICAS
DE Colletotrichum gloeosporioides
RECIFE – 2004
ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
ANÁLISE DA DIVERSIDADE GENÉTICA ATRAVÉS DE MARCADORES
MOLECULARES E CARACTERÍSTICAS CITOMORFOLÓGICAS
DE Colletotrichum gloeosporioides
Dissertação apresentada ao curso de PósGraduação em Biologia de Fungos do
Departamento de Micologia da Universidade
Federal de Pernambuco, como parte dos
requisitos para obtenção do título de Mestre.
ORIENTADORA:
Profa. Dra. Elza Áurea de Luna Alves-Lima
CO-ORIENTADORA:
Profa. Dra. Neiva Tinti de Oliveira
RECIFE – 2004
ANÁLISE DA DIVERSIDADE GENÉTICA ATRAVÉS DE MARCADORES
MOLECULARES E CARACTERÍSTICAS CITOMORFOLÓGICAS DE
Colletotrichum gloeosporioides
ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
ORIENTADORA: Profa. Dra. Elza Áurea de Luna Alves Lima
CO-ORIENTADORA: Profa. Dra. Neiva Tinti de Oliveira
Dissertação de mestrado apresentada e aprovada no 03 de fevereiro de 2004, pela
Banca Examinadora, composta dos seguintes membros:
BANCA EXAMINADORA:
____________________________________________________________________
Profa. Dra. Elza Áurea de Luna Alves Lima (Departamento de Micologia/UFPE)
____________________________________________________________________
Profa. Dra. Luzinete Aciole de Queiroz (Departamento de Micologia/UFPE)
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Janete Magali de Araújo (Departamento de Antibióticos/UFPE)
SUPLENTES:
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Ana Célia Rodrigues de Athayde (Departamento de Medicina
Veterinária/UFPB)
___________________________________________________________________
Profa. Dra. Rejane Pereira Neves (Departamento de Micologia/UFPE)
RECIFE – 2004
Sousa, Adna Cristina Barbosa de
Análise da diversidade genética através de
marcadores moleculares e características citomorfológicas de Colletotrichum gloeosporioides /
Adna Cristina Barbosa de Sousa. – Recife : O Autor,
2004.
viii, 85 folhas : il., fig., tab., fotos.
Dissertação (mestrado) – Universidade Federal
de Pernambuco. CCB. Biologia de Fungos, 2004.
Inclui bibliografia.
1. Genética – Microorganismos. 2. Fungos
(Colletotrichum gloeosporioides) - Taxonomia e
marcadores moleculares. 3. Citomorfologia – Fungos
fitopatogênicos – Micro e macroscopia . 4. Fungos
fitopatogênicos
–
Antracnose
–
Análise
microscópica. I. Título.
“Aquilo que escolhemos é aquilo que somos;
e aquilo que amamos é aquilo que seremos”.
Faichney, T. T.
Com muita gratidão e sinceridade no coração, dedico primeiramente ao meu grande
Mestre, o Senhor Jesus Cristo, razão do meu existir. Aos meus pais e minhas irmãs por
terem contribuído para que eu chegasse até aqui. E a todos que sonham dar o melhor de si
para ver a Ciência atingir sua essência, contando para isso com a cumplicidade de Deus.
AGRADECIMENTOS
Num momento de completa seriedade, presto minhas homenagens e agradecimentos a
Deus pela sua imprescindível companhia e inspiração outorgada a mim.
Em especial, agradeço aos meus queridos pais, Severino Alves de Sousa e Isabel
Sousa, pelo apoio, inestimável confiança, carinho e incentivo para que eu chegasse a essa
conquista.
Às minhas mui amadas irmãs, Ana Sousa e Nadja Sousa, pela compreensão e união
em todos os momentos, pois, por isso somos uma verdadeira família.
À memória do meu querido cunhado, Josenildo Francisco da Silva, que vibrava com
meu sucesso, e cujos exemplos continuam a somar.
Com carinho, expresso minha gratidão e reconhecimento à minha orientadora Profa.
Dra. Elza Áurea de Luna Alves Lima, pela dedicação, exemplo de vida, competência na
arte de ensinar e de pesquisar, pela feliz oportunidade de poder conviver e compartilhar de
seus conhecimentos, e por me conceder a honra de tê-la como orientadora.
À minha Co-orientadora, Profa. Dra. Neiva Tinti de Oliveira, minha sincera
apreciação pelo apoio encorajador, sugestões, atenção e estímulo.
À Profa. Dra. Janete Magali de Araújo do Departamento de Antibióticos pela
possibilidade de uso de parte dos equipamentos que contribuíram expressamente para
viabilizar o término do meu trabalho.
Às colegas, Gláucia e Claúdia do Departamento de Antibióticos, pelas orientações
cedidas em todos os momentos em que foram solicitadas.
Ao graduando Franklin Magliliano, pelo excelente trabalho fotográfico da morfologia
dos isolados estudados.
Às doutorandas, Meiriana Vila Nova Xavier, Maria do Livramento Ferreira Lima e
Ana Cristina Barreto, pela ajuda que me tem prestado no desempenho deste trabalho.
À doutora Bereneuza Tavares, pela disponibilidade, sugestões e amizade.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pelo
suporte financeiro.
Enfim, sou grata a todos que, com sinceridade, acreditaram em mim e a tantos colegas
e amigos que colaboraram, e mesmo sem saber, gerando um ambiente positivo e favorável
para a elaboração deste trabalho.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... i
LISTA DE TABELAS ...................................................................................................vi
RESUMO ......................................................................................................................vii
ABSTRACT .................................................................................................................viii
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................01
2. REVISÃO DE LITERATURA ...............................................................................03
2.1. Aspectos taxonômicos de Colletotrichum gloeosporioides ..................................03
2.2. Aspectos biológicos de Colletotrichum gloeosporioides ......................................04
2.3. Patogenicidade, controle químico e biológico ......................................................06
2.4. Marcadores moleculares para análise do polimorfismo genético .........................10
2.4.1. Polimerase Chain Reaction (PCR) …………………………………………10
2.4.2
Random Amplified Polymorphic DNA (RAPD) …………………………….11
2.4.1. Microssatélites ................................................................................................12
2.4.2. Intron Splice Site Primer ................................................................................13
2.4.3. Região ITS do DNA ribossomal ....................................................................14
3. MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................15
3.1. Procedência das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides ............................15
3.2. Meios de cultura ...................................................................................................16
3.2.1. Meio Batata-Dextrose-Ágar (BDA) ...............................................................16
3.2.2. Meio Czapek Modificado Líquido .................................................................16
3.3. Soluções de tampões ............................................................................................ 17
3.3.1. Solução “Tween” 80 0,1%(v/v) ....................................................................17
3.3.2. Tampão Fenol ................................................................................................17
3.3.3. Solução Clorofil .............................................................................................17
3.3.4. Solução Clorofane ..........................................................................................17
3.3.5. Solução de brometo de etídio ....................................................................... .17
3.3.6. Solução albumina ..........................................................................................18
3.3.7. Solução HCl 1N ...........................................................................................18
Página
3.3.8. Solução NaOH 1N .........................................................................................18
3.3.9. Solução tampão fosfato ..................................................................................18
3.3.10. Solução corante de HCL-Giemsa ...................................................................19
3.3.11. Nacl 0,3M ......................................................................................................19
3.3.12. Tris (hidroximetil) aminometano (Tris-HCl 1M) pH 8,0 ..............................19
3.3.13. Tampão TE pH 8,0 .......................................................................................19
3.3.14. Tampão de extração de DNA para fungos filamentosos ................................20
3.3.15. Tampão TBE 10X ........................................................................................20
3.3.16. Tampão TBE 1X ......................................................................................... 20
3.3.17. Dodecil sulfato de sódio (SDS) 10% ........................................................... 20
3.3.18. Ácido etileno diamino tetracético (EDTA 0,5 M) pH 8,0 ...........................21
3.3.19. Tampão de amostra para eletroforese de DNA ..............................................21
3.3.20. Gel de agarose para eletroforese do DNA total (0,8%) .................................21
3.3.21. Gel de agarose à 1,0% ....................................................................................21
3.3.22. Gel de agarose à 1,4% ....................................................................................22
3.3.23. Solução salina (0,85%) ..................................................................................22
3.4. Análise da diversidade genética detectada por marcadores moleculares ..............23
3.4.1. Obtenção do micélio para extração de DNA ..................................................23
3.4.2. Extração do DNA genômico ..........................................................................23
3.4.3. Quantificação do DNA genômico ..................................................................24
3.4.4. Amplificação do DNA ...................................................................................24
3.4.5. RAPD ........................................................................................................... 24
3.4.6. Microssatélites ..............................................................................................26
3.4.7. Intron Splice Site Primer ...............................................................................27
3.4.8. Região ITS do rDNA .....................................................................................28
3.4.9. Análise estatística ...........................................................................................30
3.5. Técnicas de manipulação .....................................................................................30
3.5.1. Manipulação da cultura ................................................................................. 30
3.5.2. Cultura monospórica ......................................................................................30
3.5.3. Análise citomorfológica das colônias de Colletotrichum gloeosporioides ....31
Página
3.5.4. Cultura sob lamínula .....................................................................................31
3.5.5. Coloração de HCl-Giemsa .............................................................................31
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................32
4.1. Extração e quantificação do DNA genômico de Colletotrichum gloeosporioides32
4.2. Análise do RAPD ..................................................................................................33
4.3. Análise das regiões de SSR....................................................................................41
4.4. Análise da região intron ........................................................................................48
4.5. Região ITS do DNA ribossomal ..........................................................................51
4.6. Análise citomorfológica das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides .........58
5. CONCLUSÕES ........................................................................................................71
6. REFERÊNCIAS .......................................................................................................72
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1: Quantificação do DNA genômico das linhagens de Colletotrichum
gloeosporioides.
Nos poços 1, 2 e 3, encontram-se os marcadores do DNA do fago λ
nas concentrações de 10, 15 e 20 ng/µL, respectivamente. Nos poços 4 a 5 encontrase o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644. Nos poços de 6 a 23 o DNA das
linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681,
2684, 2543, 2018, 3623, 2494, 2460 e 3147 respectivamente...................................32
Figura 2: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos
com o primer OPA-02. Nos poços M, marcador de peso molecular do DNA do fago λ
clivado com Hind III; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e
nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente...............................................................................................................34
Figura 3: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos
com o primer OPA-09. Nos poços M, marcador de peso molecular do DNA do fago λ
clivado com Hind III; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e
nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA dos isolados 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente...............................................................................................................35
Figura 4: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos
com o primer OPW-06. Nos poços M, marcador de peso molecular do DNA do fago λ
clivado com Hind III; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e
nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente.............................................................................................................. 36
Página
Figura 5: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos
com o primer OPW-17. Nos poços M, marcador de peso molecular do DNA do fago λ
clivado com Hind III; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e
nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente..............................................................................................................37
Figura 6: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos
com o primer OPX-04. Nos poços M, marcador de peso molecular do DNA do fago λ
clivado com Hind III; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e
nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente...............................................................................................................38
Figura 7: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtido
através de RAPD com os primers OPA-02, OPA-09, OPW-06, OPW-17 e OPX04....................................................................................................................................39
Figura 8: Perfís das regiões de SSR das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtido com o trinucleotídeo (GTG)5. Nos poços M, marcador de peso molecular de 100
pb; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a
20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060,
3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente...............................................................................................................42
Figura 9: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides obtido através
dos
perfis
das
regiões
de
SSR
com
o
trinucleotídeo
complementar
(GTG)5.............................................................................................................................43
Página
Figura 10: Perfís das regiões de SSR das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtidos com o tetranucleotídeo (GACA)4. Nos poços M, marcador de peso molecular de
100 pb; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de
3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060,
3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente...............................................................................................................46
Figura 11: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides obtido
através dos perfis das regiões de SSR obtidos com o tetranucleotídeo complementar
(GACA)4.........................................................................................................................47
Figura 12: Perfís da região intron splice site primer das linhagens de Colletotrichum
gloeosporioides, obtidos com o primer EI-1. Nos poços M, marcador de peso molecular
de 100 pb; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços
de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597, 3882,
2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147,
respectivamente...............................................................................................................49
Figura 13: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides
obtido
através dos perfís da região intron splice site primer com o primer EI-1....................50
Figura 14: Perfís de amplificação da região ITS do rDNA das linhagens de
Colletotrichum gloeosporioides, obtidos com os primers ITS1 e ITS4. Nos poços M,
marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella
cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334,
2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923,
2494, 2460 e 3147, respectivamente...............................................................................52
Página
Figura 15: Perfís de restrição dos fragmentos de DNA da região ITS do rDNA das
linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos com a enzima Msp I. Nos poços
M, marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella
cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334,
2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923,
2494, 2460 e 3147, respectivamente...............................................................................53
Figura 16: Perfís de restrição dos fragmentos de DNA da região ITS do rDNA das
linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos com a enzima Hae III. Nos
poços M, marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços
1 e 2 o DNA de
Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das
linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684,
2543, 2018, 3923, 2494, 2460 e 3147, respectivamente.................................................54
Figura 17: Perfís de restrição dos fragmentos de DNA da região ITS do rDNA das
linhagens de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos com a enzima Dra I. Nos poços
M, marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella
cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20 encontram-se o DNA das linhagens 2334,
2335, 2336, 4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4647, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923,
2494, 2460 e 3147, respectivamente...............................................................................55
Figura 18: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides obtido
através dos perfis dos fragmentos de restrição da região de ITS do rDNA com as
enzimas de restrição Hae III, Msp I e Dra I....................................................................56
Figura 19: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10 dias de crescimento em
BDA (Linhagens a. 2334; b. 2336, c. 2335, d. 4596; e. 4597) ......................................59
Página
Figura 20: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10 dias de crescimento em
BDA (Linhagens f. 3882; g. 2060, h. 3102, i. 3147; j. 2494) ........................................60
Figura 21: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10 dias de crescimento em
BDA (Linhagens l. 2681; m. 2684, n. 4627, o. 2980; p. 2543) ......................................61
Figura 22: Colônias de Colletotrichum gloeosporioides (Linhagens q. 3923; r. 2460) e
Glomerella cingulata (s. 4643, t. 4644) com 10 dias de crescimento em BDA ............62
Figura 23: Colletotrichum gloeosporioides. Anastomose (
). 48 horas. 640x......64
Figura 24: Colletotrichum gloeosporioides. Conidióforo simples e ( )
conídios. 72
horas. 640x.................................................................................................................65
Figura 25: Colletotrichum gloeosporioides.
Conídios cilíndricos, hialinos e
uninucleados. Coloração HCl – Giemsa. 72 horas. 640x................................................66
Figura 26: Colletotrichum gloeosporioides. Apressórios. 96 horas. 640x......................67
Figura 27: Colletotrichum gloeosporioides. Acérvulo jovem. 96 horas. 640x…….......68
Figura 28: Colletotrichum gloeosporioides. Acérvulo em estágio avançado mostrando
setas
(
). 120 horas. 640x.....................................................................................69
Figura 29: Glomerella cingulata. Peritécios. 120 horas. 640x.......................................70
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1: Linhagens de Colletotrichum gloeosporioides utilizadas nesse trabalho ......15
Tabela 2: Componentes da reação de amplificação do DNA e respectivas concentrações
utilizadas na reação de RAPD ........................................................................................25
Tabela 3: Componentes da reação de amplificação da região de SSR e respectivas
concentrações..................................................................................................................26
Tabela 4: Componentes da reação de amplificação da região intron e respectivas
concentrações .................................................................................................................27
Tabela 5: Componentes da reação de amplificação da região ITS do rDNA e respectivas
concentrações .................................................................................................................28
Tabela 6: Componentes da reação de digestão dos produtos de amplificação da região
ITS do rDNA com as enzimas de restrição e respectivas concentrações
.........................................................................................................................................29
ANÁLISE DA DIVERSIDADE GENÉTICA ATRAVÉS DE MARCADORES
MOLECULARES E CARACTERÍSTICAS CITOMORFOLÓGICAS
DE Colletotrichum gloeosporioides
ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
RESUMO
Foram analisadas 20 linhagens de C. gloeosporioides quanto às características
genéticas e citomorfológicas. Os marcadores moleculares, RAPD, microssatélites, Intron
Spice Site Primer e região ITS do DNA ribossomal, foram utilizados para avaliar a
diversidade genética entre as linhagens. A análise de agrupamento através do método
UPGMA confirmou a diversidade genética intraespecífica reconhecida em C.
gloeosporioides. Com a técnica de RAPD foi detectada uma maior similaridade genética
entre as linhagens. As regiões de microssatélites investigadas, demonstraram alto
polimorfismo genético e os introns discriminaram todos as linhagens apenas com o primer
(EI-1), e revelaram maior diversidade genética em relação aos outros marcadores
moleculares utilizados.
As três enzimas de restrição testadas,
HaeIII, DraI e MspI
evidenciaram a diversidade genética entre as linhagens nos produtos de amplificação dos
loci ITS1-5.8S-ITS2 do rDNA com os primers ITS1 e ITS4. Todos os marcadores
empregados, foram eficientes em demonstrar o alto grau de polimorfismo genético,
constatado pela formação de grupos altamente diversificados, sem apresentar correlação
entre os hospedeiros. Os aspectos macroscópicos exibiram uma variação na coloração,
textura e segregação de setores nas colônias, e as observações microscópicas demonstraram
a formação de estruturas vegetativas e reprodutivas peculiares da espécie. A condição
nuclear investigada através da técnica de HCl-Giemsa, evidenciou conídios 100%
uninucleados.
Palavras-Chave: Colletotrichum gloeosporioides, RAPD, região ITS-rDNA, microssatélite
e Intron Splice Site Primer
ANALYSIS OF THE GENETIC DIVERSITY USING MOLECULAR
MARKERS IS CHARACTERISTIC CYTOMORFOLOGICAL
IN Colletotrichum gloeosporioides
ADNA CRISTINA BARBOSA DE SOUSA
ABSTRACT
20 strains of
Colletotrichum gloeosporioides were analyzed as the genetic
characteristics and cytomorfological. The molecular markers RAPD, microssatelites, Intron
Splice Site Primer and analyze the region ITS of the rDNA, they were used to evaluate
the genetic diversity among the strains. Analyze of grouping through the method UPGMA
it confirmed the diversity genetic intraspecific recognized in C. gloeosporioides. With the
technique of RAPD presented a larger genetic similarity among the strains ones. The region
of investigated microssatelites, demonstrated high genetic polymorphism
and
the
introns they just discriminated all the strains with the primer (EI-1), and revealed larger
genetic diversity in relationship the other techniques. The three restriction enzymes tested,
HaeIII, DraI and MspI evidenced the genetic diversity among the strains in the products of
amplification of the loci ITS with the primers ITS1 and ITS4. All the employed markers,
were efficient in demonstrating the high degree of genetic polymorphism, verified by the
formation of groups highly diversified, without presenting correlation among the hosts. The
macroscopic aspects exhibited a variation in the coloration, texture and segregation of
sections, in the colonies, and the observations microscopic demonstrated the formation of
vegetative and reproductive structures peculiar of the species. The nucleate condition
investigated through the technique of HCl-Giemsa, it evidenced spores 100% onenucleate.
Key Words: Colletotrichum gloeosporioides, RAPD, microsatelite, Intron Splice Site
primer and region ITS-rDNA.
1. INTRODUÇÃO
Colletotrichum gloeosporioides (teleomorfo Glomerella cingulata) é um fungo
fitopatogênico amplamente disseminado que sobrevive tanto parasitando vegetais quanto
saprobioticamente em materiais orgânicos em decomposição. É o agente etiológico da
antracnose, que ocorre em condições de alta temperatura e umidade, sendo mais severa em
regiões tropicais e subtropicais do Brasil. Esta doença limita o cultivo de diversas plantas
economicamente importantes, tais como
Anacardium occidentale, Passiflora edulis,
Psidium guajava, Allium sp, dentre outros. Pode atingir toda a planta desde a semente até o
fruto pré e pós–colheita, ocasionado grandes prejuízos. A severidade da doença depende
das condições ambientais e especificidade ao hospedeiro (DODD, et al., 1992; KIMATI, et
al., 1997; CABERA & ALVAREZ, 2002; VARZIA et al., 2002).
Antes do surgimento dos marcadores moleculares, a caracterização dos isolados
fúngicos era muito restrita, devido à variação nas características morfológicas, citológicas e
patogênicas que dificultam a classificação (MENEZES, 2002). Atualmente, técnicas
moleculares têm sido uma ferramenta poderosa, proporcionado grandes avanços na
taxonomia e na caracterização fúngica. Marcadores moleculares podem ser usados para
avaliar níveis de diversidade genética e relações filogenéticas intra e interespecificas e
caracterizar linhagens (MATIN & FIGUERES, 1999).
Uma ferramenta que tem sido muito utilizada é a técnica Random Amplified
Polymorphic DNA (RAPD) que vem contribuindo consideravelmente para a detecção de
polimorfismo genético e diagnóstico molecular em vários organismos, inclusive em
espécies fúngicas (FERREIRA & GRATAPAGLIA, 1998; FUNGARO, 2001).
Os microssatélites (Simple Sequence Reapeat - SSR) são pequenas regiões
repetidas em tandem, distribuídas aleatoriamente no genoma. Essas
amplificadas
individualmente
regiões
são
através da Polymerase Chain Reaction (PCR) pela
utilização de primers específicos que são complementares às seqüências únicas que
flaqueiam os microssatélites. Este método é aplicado para avaliar a similaridade e a
diversidade genética entre linhagens fúngicas (GRUPTA
COLLADA, 2000).
et
al., 1994; JIMÈNEZ &
Os introns são segmentos não codificados quando processados para dar origem ao
mRNA. Estes segmentos são amplamente encontrados no genoma dos eucariotos. Os
oligonucleotídeos intron splice site primer têm sido sintetizados com seqüências
complementares do genoma fúngico, podendo auxiliar na taxonomia clássica e no estudo da
diversidade genética (PATARO et al., 2000; LEWIN, 2001).
Um outro marcador bastante utilizado baseia-se na amplificação das regiões ITS do
rDNA (Internal Transcribed Spacer - ITS). Estas regiões aparecem várias vezes no genoma
fúngico, permitindo caracterizar diferentes níveis taxonômicos entre gênero e espécies
(LODOLO et al., 1995; MATIOLI, 2001).
O presente trabalho teve por objetivo detectar a diversidade genética através de
marcadores moleculares e analisar as características citomorfológicas entre linhagens de C.
gloeosporioides obtidos de diferentes hospedeiros.
2.REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Aspectos taxonômicos de Colletotrichum gloeosporioides
Colletotrichum Corda é um anamorfo, que foi estabelecido baseado nas suas
características morfológicas e especificidade ao hospedeiro, em 1837. O teleomorfo
Glomerella Scherenk e Spaulding foi descrito em 1903 (SUTTON, 1992).
A taxonomia do gênero continuou controvertida, sendo que, cerca de 20 espécies
foram descritas para Colletotrichum e mais de 80 para Glomerella . Nessa ocasião, todos os
conceitos de gênero e espécies foram baseados nas características citomorfológicas e
patogênicas (MANNERS et al., 1992). A taxonomia moderna não despreza essas
características e leva em consideração também a análise do DNA através de marcadores
moleculares, o que a torna mais eficiente.
O gênero continuou controvertido, incluindo as espécies que apresentavam conídios
hialinos, encurvados e fusiformes em acérvulos com setas. Apesar dessas nítidas
descrições, o gênero foi organizado por SUTTON (1992), que incluiu as espécies do gênero
Colletotrichum no gênero Vermicularia, posteriormente o gênero foi novamente
reorganizado sob vários nomes distintos, sendo os mais comumente empregados:
Dicladium, Ellisieola, Vermicularia, Colletotrichum e Gloeosporium. Durante os séculos
XIX e XX, esses e outros nomes foram utilizados de forma alterada para várias espécies
que hoje estão incluídas no gênero Colletotrichum. As espécies do gênero foram
distinguidas por
CLEMENTS & SHEAR (1931) pela presença de setas marginais,
enquanto os representantes do gênero Vermicularia por setas dispersas no acérvulo. A
presença ou a ausência e arranjo de setas nos acérvulos são características extremamente
variáveis, e, portanto, sem significado ao nível taxonômico, resultando na transferência de
espécies do gênero Vermicularia para o gênero Colletotrichum. Muitas espécies deste
gênero foram descritas inclusive Colletotrichum gloeosporioides.
A diferenciação e a nomenclatura de espécies de Colletotrichum foi inicialmente
baseada no tipo de hospedeiro onde os isolados foram detectados (SREENIVASSAPRAD
et al., 1996). Com base neste aspecto, diferentes nomes foram dados aos isolados
morfologicamente iguais, obtidos de hospedeiros distintos, este critério não revelou
claramente as relações intra-específicas (JEFFRIES et al., 1999).
Outras espécies foram descritas com base na morfologia, fisiologia, metabolismo e
perfis de proteínas solúveis, causando permanente polêmica sobre a classificação do gênero
(SMITH & BLACK, 1990; AGOSTINI et al., 1992). Levando em consideração a
morfologia conidial, reta ou falcada, e a especificidade com o hospedeiro desses fungos,
SUTTON (1992) refinou a sistemática de alguns grupos, adicionando C. gloeosporioides
var. minus (teleomorfo: G. cingulatta var. minus) e sugeriu a manutenção da espécie C.
gossypii var. cephaloporioides (teleomorfo: G. gossypii) como uma categoria distinta de C.
gloesporioides.
Além dos isolados de C. gloeosporioides apresentarem uma considerável variação
morfológica e patogênica, ocorria mais de uma espécie
em um mesmo hospedeiro,
ocasionando sintomas complexos, conseqüentemente, foi sugerido a formae speciales para
diferenciações intra espécies, o que veio tornar a taxonomia mais polêmica (SHERRIFF et
al., 1994; KAUFMANN & WEIDEMANN, 1996). Posteriormente, vários sistemas
alternativos têm sido propostos, incluindo perfís isoenzimáticos e técnicas moleculares que
buscam detectar as relações inter e intraespecíficas para auxiliarem na taxonomia do gênero
(GUTHRIEE et al., 1992; LOPEZ, 1999), de modo que esses problemas sejam
minimizados.
2.2.2. Aspectos biológicos de Colletotrichum gloesporioides
C. gloeosporioides se caracteriza por apresentar conídios hialinos, uninucleados e
cilíndricos, em acérvulos com ou sem setas que, em condições úmidas, exibem uma massa
conidial de coloração alaranjada ou creme, na superfície do tecido afetado. No processo de
infecção, os conídios do patógeno, em contato com a superfície do hospedeiro, germinam,
produzindo apressórios que possibilitam a fixação e a penetração direta em qualquer órgão
da planta. O teleomorfo, G. cingulatta, pode apresentar formas homotálicas e heterotálicas,
dando origem aos peritécios contendo ascos e ascosporos unicelulares e hialinos
(MENEZES & HANLIN, 1996).
Em seringueira e cajueiro a infecção inicial por diferentes isolados de C.
gloeosporioides varia acentuadamente. Embora todo isolado seja capaz de penetrar na
cutícula da folha após a formação de apressórios, alguns podem invadir o hospedeiro
através dos estômatos com ou sem formação de apressórios. Em alguns casos, a penetração
é seguida da produção de hifas intracelulares, que colonizam rapidamente o tecido do
hospedeiro e causam degradação extensa da parede celular (ZULFIQAR, et al., 1996).
VERAS et al. (1997) verificaram a ocorrência do C. gloeosporioides em cultura de
cajueiro, mangueira e citros, lesionando folhas, ramos e frutos. Nas folhas as lesões surgem
próximas ou sobre as nervuras apresentando manchas concêntricas e quebradiças, o que
leva as folhas a caírem precocemente. Nos ramos, a doença manifesta-se como manchas
deprimidas e escuras que podem levar a morte. Os frutos afetados apresentam enrugamento
e mudança na textura e na cor da epiderme. As lesões são deprimidas e recobertas por uma
massa de esporos de coloração rósea. Uma semana após o aparecimento dos sintomas,
surgem pontuações negras, consistindo de setas dos acérvulos do patógeno.
C. gloeosporioides é patogênico para diversas culturas e pouco se conhece sobre as
bases genéticas desse fungo. A atividade patogênica pode estar associada à presença do
ciclo sexual, ou mesmo do ciclo parassexual, que representa uma possibilidade de
recombinação genética, muito embora ainda não tenha sido descrita a parassexualidade
nesta espécie (MORIN et al., 1996).
2.2. Patogenicidade, controle químico e biológico
Colletotrichum agrega diversas espécies fitopatógenas e sapróbias. Os patógenos
ocorrem em diversos hospedeiros, como culturas agrícolas e plantas medicinais, arbustos e
árvores silvestres, podendo causar lesões necróticas ou manchas em folhas, ramos,
pecíolos, pedúnculos, inflorescências e frutos pré e pós-colheita (AGOSTINI et al., 1992;
TAVARES et al., 1998), ocasionando prejuízos variáveis dependendo do grau de
suscetibilidade das plantas e das condições ambientais favoráveis para o desenvolvimento
da doença (DODD et al., 1992; NETO et al., 1994; MUNIZ et al., 1997; 1998). A
condição de sapróbio ocorre no tecido morto, podendo ser facilmente disseminado através
dos insetos, respingos de chuva, mudas infectadas, ação de ventos e água de irrigação,
dentre outros (DAVIS et al., 1992).
C. gloeosporioides é o agente etiológico da antracnose, que se prolifera em condições
de alta temperatura (22-28oC) e umidade, principalmente quando ocorre chuva freqüente
coincidindo com o ativo crescimento e florescimento da planta. Essas condições são ideais
para o desenvolvimento de epidemias (ANDRADE & DUCROQUET, 1994; 1998). A
antracnose é mais severa em regiões tropicais e subtropicais do Brasil e do mundo. Sendo
no Brasil a doença de maior importância e de distribuição generalizada nas diversas áreas
de cultivo (TEIXEIRA et al., 2001).
Os prejuízos causados por Colletotrichum spp. principalmente em paises tropicais,
resultam tanto na redução direta da qualidade quanto na quantidade dos produtos, aumento
dos custos de produção e de pós-colheita, nas quais as infecções latentes não foram
detectadas durante o cultivo. Assim, o fungo permanece inativo no tecido do hospedeiro
por longo período, antes de formar lesões. Esta característica torna o C. gloeosporioides
um dos mais importantes patógenos pós-colheita, produzindo infecções quiescentes nos
tecidos vegetativos e casca dos frutos de várias culturas. Quando os tecidos tornam-se
senescentes, o fungo pode colonizá-los produzindo abundantes acérvulos, em condições
úmidas e favoráveis. Infecções em frutos podem causar danos significativos, podendo
chegar a uma estimativa de perda de até 100% da produção, entre frutos jovens, próximos a
maturação e maduros (SKIPP et al., 1995).
A presença de C. gloeosporioides foi constatada em abacate, citros, mamão, pimentão
e seringueira, cujos, isolados apresentavam patogenicidade e virulência, principalmente
quando inoculados frutos de abacate, mamão, maçã e pimentão, em folhas de mangueira e
em folículos de seringueira (STRADIOTO, 1993). A ocorrência deste fungo intensificou os
estudos, de maneira que muitas pesquisas surgiram no sentido de se obter maior
conhecimento sobre a patogenicidade deste fungo.
MADEIRA & REIFSCHNEIDER
(1997) demonstraram a patogenicidade de C. gloeosporioides em plantas e frutos de
goiabeira e constaram que a inoculação com ferimento no ápice e a inoculação na planta
inteira, com e sem ferimento, apresentaram danos superiores, portanto um potencial para
uso em teste de pré-seleção. Nos frutos, somente o método de inoculação por injeção do
fungo provocou os sintomas da doença, assegurando a severa patogenicidade em diversas
partes da planta. A ocorrência de C. gloeosporioides foi verificada pela primeira vez na
região Nordeste do Brasil, em plantio de mangabeira, com frutos apresentado manchas
necróticas. As observações morfológicas revelaram a presença deste fungo, cuja
patogenicidade foi testada e confirmada em frutos sadios (MUNIZ, et al., 1997). Já a
primeira confirmação de antracnose em cultura de umbu, no Brasil ocorreu com o trabalho
de TAVARES et al. (1998) quando isolaram C. gloeosporioides de umbuzeiro da região
irrigada do Médio de São Francisco, de folhas, ramos e frutos apresentando manchas
escuras, após inoculação em mudas sadias através de pulverizações e disposição de disco de
micélio sobre as folhas.
A patogenicidade de C. gloeosporioides também foi demonstrada por FEITOSA
(1998) ao analisarem os sintomas da antracnose em folhas de cajueiro com sintomas de
antracnose em frutos de acerola, mamão, manga e maracujá. Também foi estudada na
Venezuela a antracnose causada por G. cingulata, em maracujazeiro, neste caso o patógeno
produziu lesões de coloração castanho claro no centro e castanho escuro nas bordas, nos
sítios de inserção dos ramos, pecíolos e pedúnculos CEDEÑO et al. (2003).
O controle das epidemias causadas por C. gloeosporioides é realizado por meio de
uma associação com métodos culturais e químicos. Desta forma, as seguintes medidas
devem ser tomadas: maior espaçamento favorecendo a ventilação e insolação das plantas;
podas leves abrindo a copa para penetração dos raios solares; podas de limpeza reduzindo
as fontes de inóculo; instalações dos pomares em regiões mais secas; rotação de culturas;
uso de cultivares resistentes; utilização de sementes sadias, cuidado no manuseio póscolheita, ensacamento dos frutos e pulverizações com fungicidas protetores e sistêmicos
(KIMATI et al., 1997).
Durante o período de alta precipitação pluviométrica, as infecções causadas por C.
gloeosporioides podem ser controladas por diversos grupos de fungicidas: benzimidazoles,
triazoles, ditiocarbonatos e compostos de cobre. Outros produtos, tais como clorotalomil,
imazalil piperazine (triforine) e imidazoles também são eficientes no controle dessas
doenças (LONSDALE et al., 1993; PRUSKY et al., 1995).
NASCIMENTO et al. (2000) avaliaram o efeito in vitro dos fungicidas prochloraz,
azoxystrobin e bicarbonato de sódio (NaHCO3) na inibição do crescimento micelial e in
vivo, para tratamento dos frutos pós-colheita, no controle de C. gloeosporioides isolado de
manga. Constataram que os fungicidas Prochloraz em todas as dosagens, e o Azoxystrobin
a 50µg.mL-1, inibiram in vitro em 100% o crescimento micelial do fungo, enquanto que o
bicarbonato de sódio inibiu 76,6% e 92,6% nas dosagens 5,0 e 50µg.mL-1. Os fungicidas
Prochloraz in vivo diferiram significativamente das testemunhas (0,0µg), nas dosagens 0,05
e 0,5µg.mL-1, azoxystrobin, nas dosagens 5,0 e 50µg.mL-1, enquanto o bicarbonato de
sódio em todas as dosagens não diferiu significativamente da testemunha. BOTELHO et al.
(2000), também utilizaram diferentes concentrações de cloreto de cálcio (CaCl2.2H2O) em
tratamento pós-colheita de goiaba pelo método de temperatura diferenciada. Constataram
que o cloreto de cálcio estimula o desenvolvimento do fungo até uma determinada
concentração, acima da qual verificou-se um efeito inibidor.
A crescente restrição ao uso de fungicidas em pós-colheita, tem levado à busca de
novas alternativas de controle de doenças e técnicas de conservação, sendo que, a utilização
de cálcio pode ser uma opção, já que este elemento apresenta inúmeras funções no tecido
vegetal, podendo retardar a senescência e proporcionar textura mais firmes aos frutos,
conferindo-lhes maior resistência às injúrias de natureza fisiológica, microbiana e mecânica
(MOOTOO, 1991). Contudo o uso intensivo de fungicidas no controle da antracnose tem
favorecido o surgimento de resistência aos mesmos (JEFFRIES et al., 1999; WALLER,
1992). As aplicações não programadas podem ainda interferir na microflora natural das
culturas, afetando os mecanismos de biocontrole e favorecendo de alguma forma o aumento
na severidade da doença (MASABA & WALLER, 1992). Além disso, há também
limitações impostas pela legislação de proteção ao consumidor quanto ao uso de fungicidas
(DICKMAN et al., 1995).
O uso de agentes biológicos para controlar doenças causadas por C. gloeosporioides
ainda não foi bem estabelecido. O biocontrole tem se mostrado como uma promissora
alternativa ao uso de produtos químicos. Isolados de C. gloeosporioides de folhas de
cajueiro, demonstraram alta sensibilidade a Trichoderma harzianum, T. polysporum e T.
pseudokonigii, que além de inibirem o crescimento do patógeno, induziram profundas
alterações morfológicas nas células das hifas do patógeno, indicando o potencial desses
antagonistas no biocontrole da antracnose (LIBERATO & TATAGIBA, 2002). Com a
mesma finalidade ROCHA & OLIVEIRA (1998) também avaliaram a possibilidade do
controle biológico de C. gloeosporioides quando testaram três isolados de T. koningii (Ti2,
Ti17 e Ti25) e um isolado de T. harzianum (T-25) in vitro, em frutos e plantas de maracujá.
Os antagonistas T. koningii limitaram a ação do fitopatógeno em frutos, reduzindo a área
necrosada em torno de ferimentos na epiderme do tecido vegetal, confirmando assim sua
ação antagonista e o potencial uso desses fungos no controle de C. gloeosporioides.
2.3. Marcadores moleculares para análise do polimorfismo do DNA
2.3.1. Polimerase Chain Reaction (PCR)
As primeiras técnicas que permitiram a detecção do polimorfismo de DNA surgiram
na década de 80. A partir de então, elas foram aprimoradas e outras surgiram visando à
simplificação dos procedimentos experimentais, à diminuição dos custos e o aumento da
resolução (SERAFINI et al., 2001). Entre essas, a técnica da PCR tem revolucionado a
genética molecular, tanto nas áreas aplicadas, quanto na pesquisa básica contribuindo para
detecção da diversidade genética, emprego na taxonomia e na filogenia em diversos
organismos, principalmente em fungos. Também é utilizado em programas de
melhoramento genético de plantas e animais (EVANS et al., 1997; AZEVEDO, 1998;
FERREIRA & GRATAPAGLIA, 1998; BRIOSO, 2000).
A técnica da PCR consiste na síntese enzimática in vitro de cópias de um segmento
específico de DNA na presença da enzima DNA polimerase. A reação de PCR se baseia no
anelamento e extensão enzimática de um par de oligonucleotídeos utilizados como
iniciadores (primers) que delimitam a seqüência de DNA da fita dupla alvo da
amplificação. Estes iniciadores são sintetizados artificialmente de maneira que suas
seqüências de nucleotídeos sejam complementares às seqüências específicas que flaqueiam
a região alvo (McPHERSON, et al., 1991; MULLIS, et al., 1998). Resumidamente, cada
ciclo da PCR envolve três etapas baseadas em variações de temperatura: desnaturação,
anelamento e extensão. Ao final de cada ciclo, ocorre a duplicação do DNA-alvo e depois
de 30 a 40 ciclos, obtém-se bilhões de cópias do DNA. Após a reação de amplificação via
PCR, os produtos amplificados são analisados por eletroforese em géis de agarose e
corados com brometo de etídio e visualizados sob luz ultravioleta (BUSCOT et al., 1996;
MICHELMORE & HULBERT, 1998; FUNGARO, 2000; AZEVEDO, 2001).
Pela sua versatilidade, a técnica da PCR, gerou um grande avanço nas técnicas de
diagnóstico molecular, cujo objetivo é revelar a diversidade e, conseqüentemente, detectar
diferenças entre indivíduos (FUNGARO, 2000). O uso de marcadores moleculares permite
descrever eventos antes impossíveis de serem detectados. Esses marcadores possibilitam a
determinação da variação do DNA por meio de diferenças de homologia (presença ou
ausência de alelos, padrão de bandas ou diferenças de nucleotídeos em uma dada parte do
genoma) entre dois ou mais indivíduos (LANZA et al., 2000).
2.3.2. Random Amplified Polymorphic DNA (RAPD)
O ponto referencial do grande avanço na área de marcadores moleculares baseados
em PCR ocorreu em 1990, com a idéia de se utilizar primers mais curtos e de seqüência
arbitrária para dirigir a reação de amplificação, eliminando o conhecimento prévio da
seqüência. Esta técnica descrita foi chamada de RAPD (WILLIAMS et al., 1990), que se
baseia na amplificação de fragmentos não específicos de DNA. A estratégia é utilizar
oligonucleotídeos de 10 – 15 pares como iniciadores (primers) para amplificar o DNA
genômico utilizando a reação de polimerase em cadeia. Os produtos da PCR são produzidos
em regiões do genoma flanqueadas por dois sítios que se apresentam complementares aos
“primers”. Para que ocorra a amplificação, estes dois sítios devem estar à uma distância
máxima de 4000 pares de base, uma vez que este é o limite máximo da PCR. Os produtos
amplificados são analisados por eletroforese em géis de agarose. O polimorfismo genético
gerado pelos marcadores RAPD são reconhecidos pela presença
de um fragmento
amplificado em um dos genótipos em relação à ausência desse mesmo fragmento em outro
genótipo (MILACAB, 1998; JIMÉNEZ & COLLADA, 2000). Esta técnica tornou-se
amplamente utilizada em estudos de diversidade genética, identificação de organismos,
resolução de grupos taxonômicos e identificação do grau de similaridade entre genótipos ao
nível inter e intraespecifico (FERREIRA & GRATAPAGLIA, 1998).
A diversidade genética de C. gloeosporioides e C. lindemunthianum foi analisada por
VILARINHOS et al. (1995) através de marcadores RAPD. Com base nos resultados os
autores revelaram o alto grau de diversidade em C. gloeosporioides e confirmaram a
identificação dessas espécies. Outro estudo com RAPD das variedades C. gossypii (P13,
A26 e Cg2) e C. gossypii var. cephalosporioides (P15, Cgcl, Cgc4, Chc5, Cgc6 e A25),
associada às sementes de algodoeiro, foram analisadas por SILVA-MANN et al. (2002). Os
resultados mostraram grande diversidade em torno de 51,7% de similaridade para os dois
grupos formados. Estes resultados confirmaram a potencialidade do uso da técnica de
RAPD para diferenciar fungos. Todavia muitos estudos sucederam de modo que essa
técnica tem sido de grande importância para a identificação de
formae speciales de
Fusarium graminearum. Os perfís de DNA gerados por um pequeno número de primers
aleatórios e pela clivagem de alguns produtos originados por estes primers, foram
suficientes para distinguir todos os isolados testados (MILLER et al., 1991; QUELLET &
SEIFERT, 1993). Essa técnica também é extensamente utilizada para a caracterização de
fungos entomopatogênicos, para avaliação de epizootias causadas após a aplicação do
fungo no campo. Exemplos de diferenciação de espécies são diversos, como nos fungos
Metarhizium anisopliae, M. flavoviride e Beauveria bassiana (BIDOCHKA et al., 1994;
DRIVER et al., 2000; FREIRE et al., 2001).
O polimorfismo genético através da técnica de RAPD também foi detectado por
SAHA et al. (2002) em C. gloeosporioides (antracnose e lesões nas folhas) e C. acutatum
(manchas largas) isolados de Hevea; os isolados foram agrupados de acordo com os
sintomas causados no tecido vegetal. A análise do dendrograma permitiu a visualização de
dois grupos distintos, confirmando assim, a eficiência da técnica para discriminar as duas
espécies.
2.3.3. Microssatélites
As regiões de microssatélites consistem de pequenas seqüências simples repetidas
(SSR – Simple Sequence Reapests), altamente polimórficas com 1 a 6 nucleotídeos,
encontradas no genoma de vários organismos (MATIOLI, 2001). Esses marcadores são
indicados para o mapeamento genético e o físico do genoma para identificação e
discriminação de genótipos e para estudos genéticos de populações. Este método já foi
testado em fungos detectando polimorfismo inter e intraespecíficos nos patógenos (HAN et
al., 2002). Esta técnica exibe vantagem em relação ao RAPD, por apresentar grande
reprodutibilidade, e por ser um marcador codominante, permitindo a visualização do
heterozigoto (CARVALHO et al., 2000; JIMÈNEZ & COLLADA, 2000). Essa técnica
também foi eficiente para se detectar polimorfismo intraespecífico em Beauveria
brongniartii (ENKERLI et al., 2001), Saccharomyces cerevesiae (BARNES et al., 2001),
Armillaria cepistipes (HANTULA et al., 1996), Phytophythora cactorum (COUTO et al.,
1996), utilizando diferentes iniciadores complementares às regiões de microssatélites
representados pelos trinucleotídeos (GAC)5 e (GTG)5, e constataram uma diversidade
genética ao nível intraespecifícos. No mesmo sentido, estudos sobre a diversidade genética
em Colletotrichum spp utilizando microssatelítes, demonstraram o alto polimorfismo nas
regiões de tri, tetra e pentanucleotídeos, confirmando assim a grande diversidade genética
existente neste fungo (FREEMAN et al., 1993).
2.3.4. Intron Splice Site Primer
O genoma dos eucariotos apresenta cromossomos que contém exons e introns. A
existência de exons codificantes de proteínas e introns não codificantes, foi demonstrada
em 1977, a partir do estudo de transcritos de pré-RNA mensageiro produzidos nos núcleos
da células eucarióticas,
infectadas
por adenovírus. A análise através da microscopia
eletrônica, demonstrou a existência da alça R no interior de heteroduplexes formados entre
mRNAs e sua seqüência complementar do DNA genômico. A alça R representa um intron
no interior do DNA, que se encontra transcrito no pré-mRNA, mas é removido
por
montagem (Splicing) do RNA durante o processamento do mRNA, estando ausente,
conseqüentemente, no transcrito final do mRNA. Os introns
constituem marcadores
moleculares, que podem auxiliar na taxonomia e no estudo da diversidade genética intra e
interespécies (DE BARROS et al., 1996; BROWN, 1999; LEWIN, 2001). Esses estudos
também foram realizados em M. anisopliae var. anisopliae, um fungo entomopatogênico,
usando primers heterólogos do gene 28S de rDNA de Verticillium dahliae, foram
identificados introns em espaços na região 28S do rDNA e revelaram a presença de 5
grupos distintos de introns em três diferentes sítios de inserção (MAVIDOU et al., 2000).
Também foram detectados diferentes perfis e alto grau de polimorfismo genético entre
linhagens de S. cerevisiae
isoladas de três destilarias, utilizando o primer EI-1 da região
intron grupo I (PATARO et al., 2000).
2.3.5. Região ITS do DNA ribossomal
A análise da região ITS por ser conservada através de gerações, tem sido uma
ferramenta poderosa para o estudo de filogenia e de identificação genética. (ANDERSON
& STAVOSKI, 1992; BERRETA et al., 1998; FUNGARO 2000). Essa técnica foi usada,
juntamente com a RAPD para investigar a diversidade genética entre isolados de
Colletorichum spp de diferentes hospedeiros e regiões. MILLS et al. (1992). Constataram
que as regiões ITS1 e ITS4 analisadas de C. gloeosporioides revelaram um alto grau de
polimorfismo entre os isolados, possibilitando a discriminação das espécies relacionadas e
as variedades de uma mesma espécie. Todavia muitos fungos têm os estudos taxonômicos
facilitados pelo uso da análise da região ITS. Em Beauveria brongniartii, Metarhizium
anisopliae, Fusarium sambucinum e Paecilomyces variotii, alta diversidade intraespecífica
foi observada, sendo esta região útil para caracterização de isolados dessas espécies
(O’DONNEL, 1992; WARD & GRAY 1992; LEAL, et al., 1996; NEUVÈGLISE et al.,
1994 ).
MUNAUT et al. (2002), detectaram a variação no DNA ribossomal de C.
gloeosporioides, C. musae, C. fuscum e C. fragariae, isolados de diferentes regiões e
hospedeiros. Os resultados analisados utilizando as regiões ITS1 e ITS2 revelaram a
presença de bandas polimórficas entre as linhagens e a separação das mesmas em cinco
grupos, mostrando nitidamente a distância entre as espécies. Por outro lado, VINNERE et
al. (2002) examinaram C. gloeosporioides, C. acutatum, C fragariae, G. cingulata, e C.
dematium em lesões escuras em Rhododendron. Os isolados foram separados com base na
dimensão e na forma dos conídios, como também na presença ou ausência de apressórios.
A análise das regiões ITS1, ITS2 e 5.8S do rDNA confirmou a existência de um grupo de
isolados de C. gloeosporioides geneticamente distinto.
3. MATERIAL E MÉTODO
Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Citologia e Genética de Fungos e de
Genética Molecular de Fungos da Pós-Graduação em Biologia de Fungos do Departamento
de Micologia do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco –
UFPE.
3.1. PROCEDÊNCIA DAS LINHAGENS DE Colletotrichum gloeosporioides
Vinte linhagens de C. gloeosporioides foram obtidas da Coleção de Cultura de
Fungos (Micoteca-URM) do Departamento de Micologia do Centro de Ciências Biológicas
da Universidade Federal de Pernambuco (Tabela 1).
Tabela 1: Linhagens de Colletotrichum
nesse trabalho.
NÚMERO DE ACESSO
gloeosporioides, utilizadas
SUBSTRATO
NA MICOTECA - URM
46431
Passiflora edulis
2681
Passiflora edulis
1
4644
Anacardium occidentale
4597
Anacardium occidentale
2334
Punica granatum
2335
Psidium guajava
2336
Eugenia pitanga
4596
Mangifera indica
2494
Mangifera indica
3882
Marana sp
2
3102
Paulicorrea marcgravii
4627
Allium spp
2018
Allium spp
2684
Brassica oleracea
2543
Sechium edule
2060
Folhedo
2460
Folhedo
2980
Solo marinho
3147
Solo marinho
3923
Água do Rio Capibaribe
1
Obs.: Teleomorfo Glomerella cingulata.
Linhagem originária de São Paulo, as demais de Pernambuco.
2
3.2. MEIOS DE CULTURA
3.2.1. Meio Batata-Dextrose-Ágar (BDA) - Oxoid
Batata-dextrose-ágar
Água destilada
39,0g
1000mL
O pH foi ajustado para 6.8 com solução de NaCl 1N ou HCl 1N. O meio foi
autoclavado durante 15 minutos à 120oC.
3.2.2.Meio Czapek Modificado Líquido
FeSO4
0,10g
KCl
0,50g
KH2PO4
1,00g
MgSO47H2O
1,00g
NaNO3
3,00g
ZnSO4
0,01g
Sacarose
30,00g
Extrato de levedura
1,00g
Caseína
1,00g
Peptona de carne
1,00g
Água destilada
1000mL
O pH foi ajustado para 6.8 com solução NaCl 1N ou HCl 1N. O meio foi autoclavado
durante 15 minutos à 120oC.
3.3. SOLUÇÕES E TAMPÕES
3.3.1. Solução “Tween” 80 0,1%(v/v)
“Tween” 80
1,00 mL
Água destilada
1000mL
Esta solução foi destribuída em tubos com tampa rosqueada, autoclavada durante 15
minutos à 120oC, em seguida mantidos à temperatura ambiente.
3.3.2. Tampão Fenol
Foi utilizado fenol pronto para o uso, fornecido pela Gibco BRL Life Tecnhologies.
3.3.3. Solução Clorofil
Obtida a partir da mistura de clorofórmio e álcool isoamílico na proporção 24:1 (v/v).
3.3.4. Solução Clorofane
Obtida a partir da mistura de fenol e clorofil na proporção de 1:1 (v/v).
3.3.5. Solução de brometo de etídio (SAMBROOK et al., 1989)
Brometo de etídio
Água destilada
0,01g
100mL
Manipulou-se uma solução estoque de 10mg/mL pela adição de 1g de brometo de
etídio a 100mL de água destilada. Esta solução foi colocada em um agitador magnético por
uma hora e posteriormente acondicionada em um frasco escuro
e
mantidos
à
4oC.
No
momento de uso, 20µL dessa solução foram adicionados a 200mL de tampão Tris-BoratoEDTA (TBE) 1X.
3.3.6. Solução albumina
Clara de ovo
Água destilada autoclavada
0,50 mL
95,00mL
A mistura foi acondicionada em frasco escuro e mantida à 4ºC.
3.3.7. Solução HCl 1N
HCl
85,00 mL
Água destilada
1000mL
A solução foi mantida à temperatura ambiente.
3.3.8. Solução NaOH 1N
NaOH
Água destilada
40,00g
1000mL
A solução foi mantida à temperatura ambiente.
3.3.9. Solução tampão fosfato (FURTADO, 1968)
Solução A
Na2HPO4.12H2O
Água destilada
3,73g
1000mL
Solução B
KH2PO4
Água destilada
2,40g
1000mL
Sete partes da solução A foram adicionadas a três partes da solução B. O pH foi
ajustado para 7,0.
3.3.10. Solução corante de HCL – Giemsa (FURTADO, 1968)
Solução estoque Giemsa
Solução tampão
1,00mL
10,00mL
As soluções foram misturadas no momento de uso.
3.3.11. NaCl 0,3M
NaCl
17,50g
Água deionizada
1000mL
A solução foi autoclavada durante 15 minutos à 120oC e mantida a 4ºC.
3.3.12. Tris (hidroximetil) aminometano (Tris-HCl 1M) pH 8,0
Trizma base
Água deionizada
121g
1000mL
Ao Tris foram adicionados 800mL de água deionizada e o pH foi ajustado para 8,0
com HCl concentrado. Em seguida, a solução foi aquecida e deixada à temperatura
ambiente para esfriar, e completado o volume com água deionizada para 1000mL. Esta
solução foi autoclavada durante 15 minutos à 120oC e estocada à 4°C.
3.3.13. Tampão TE pH 8,0
Tris-HCL 1M pH 8,0
1,00mL
EDTA 0,5 pH 8,0
0,20mL
O volume foi completado para 100mL com água deionizada. O tampão foi
autoclavado durante 15 minutos à 120oC e mantido a 4oC.
3.3.14. Tampão de extração de DNA para fungos filamentosos (READER & BRODA,
1985).
Tris-HCl 1M
2,00mL
EDTA 0,5 pH 8,0
0,50mL
SDS 10%
1,00mL
NaCl 5M
0,50mL
Água deionizada
6,00mL
O tampão foi preparado somente no momento do uso.
3.3.15. Tampão TBE 10X
Trizma base
54,00g
Ácido Ascórbico
27,50g
EDTA 5M.
20,00mL
Água deionizada.
1000mL
O pH foi ajustado para 8,0 com HCl concentrado. O tampão foi autoclavado a 120oC
por 15 minutos. No momento do uso foi diluído em água deionizada autoclavada para obter
uma concentração de 1X.
3.3.16. Tampão TBE 1X
Tampão TBE 10X
100mL
Água deionizada
900mL
A diluição foi realizada no momento do uso.
3.3.17. Dodecil sulfato de sódio (SDS) 10%
SDS
20,00g
Água deionizada
200mL
Foram dissolvidos 20g de SDS em água deionizada autoclavada. A solução foi
mantida a temperatura ambiente.
3.3.18. Ácido etileno diamino tetracético (EDTA 0,5 M) pH 8.0
EDTA
37,22g
Água deionizada
1000L
A solução foi agitada até a completa dissolução dos compostos sólidos e o volume
completado para 1000mL com água deionizada.
O pH foi ajustado com pastilhas de NaOH para 8.0 em seguida a solução foi
autoclavada e mantida à 4oC.
3.3.19. Tampão de amostra para eletroforese de DNA
Azul de bromofenol
0,25g
Ficol
15,0g
Água deionizada
100mL
A solução foi aquecida sem atingir o ponto de ebulição e estocada à 4oC.
3.3.20. Gel de agarose para eletroforese de DNA total (0,8%)
Agarose
0,56g
TBE 1X
90,00mL
A solução foi aquecida até a total fusão.
3.3.21. Gel de agarose à 1,0%
Agarose
0,90g
TBE 1X
90mL
A solução foi aquecida até total fusão.
3.3.22. Gel de agarose à 1,4%
Agarose
1,26g
TBE 1N
90,00mL
A solução foi aquecida até total fusão.
3.3.23. Solução salina (0,85%)
NaCl
8,50g
Água destilada
1000mL
Esta solução foi destribuída para tubo com tampa de rosca e autoclavada a 120oC por
15 minutos, e, em seguida conservada à temperatura ambiente.
3.4. ANÁLISE DA DIVERSIDADE GENÉTICA DETECTADA POR MARCADORES
MOLECULARES
3.4.1. Obtenção do micélio para extração de DNA
Conídios das linhagens de C. gloeosporioides foram suspensos em 3,0mL de solução
“Twenn” 80 em tubos de ensaio e transferidos para frascos de Erlenmeyer contendo
100mL de meio czapeck modificado líquido. Após a inoculação, estes frascos foram
mantidos sob agitação
de 120 rpm à temperatura ambiente por 96 horas para o
crescimento do fungo. Após este período o micélio foi coletado por filtração a vácuo em
papel filtro,
lavado com água destilada autoclavada, determinada a massa úmida e
o
estocado a –20 C até o momento de uso para a extração de DNA.
4.4.2. Extração do DNA genômico
A extração de DNA genômico a partir do micélio de C. gloeosporioides, foi
realizada conforme a técnica descrita por RAEDER & BRODA (1985). O micélio foi
triturado com nitrogênio líquido até a completa pulverização e transferido para um
microtubo,
onde foi
adicionado cerca de 800µL de tampão de extração, e incubado por 15 minutos a 65oC. Após
homogeneização os microtubos foram incubados por 15 minutos a 65oC. Posteriormente foi
adicionado um volume de tampão fenol e centrifugado a 12.000 rpm por 15 minutos. A fase
aquosa recuperada e transferida para um novo microtubo foi adicionada um volume de
clorofane, homogeneizada e centrifugado novamente. Recuperado o sobrenadante e
transferido para outro microtubo foi adicionado um volume de clorofil, homogeneizado e
centrifugado nas concentrações anteriores, recuperando o sobrenadante. Em seguida, o
DNA foi precipitado com NaCl 0,3M e dois volumes de etanol absoluto resfriados a –20oC
(overnight). Os tubos foram submetidos a centrifugação nas mesmas condições anteriores e
o precipitado lavado com etanol a 70%, seco em câmara de fluxo laminar e ressuspendido
em tampão TE pH 8.0 e preservado sob refrigeração.
3.4.3. Quantificação do DNA genômico
A concentração de DNA foi estimada por meio de eletroforese em gel de agarose
0,8%, a 3 V/cm –1 de distância entre os eletrodos, utilizando tampão de corrida 1X TBE,
por comparação com o marcador de peso molecular DNA do fago λ (Invitrogen Life
Technologies). Após a migração eletroforética, o gel foi corado em solução de brometo de
etídio durante 20 minutos, observado em transiluminador de luz ultravioleta e fotografado
usando filme Polaroid 667.
3.4.4. Amplificação do DNA
A amplificação das amostras de DNA foi realizada através da PCR. Para a técnica
de RAPD, foram utilizados os primers OPA-02 (5’TGCCGCGCTG3’), OPA-09
(5’GGGTAACGCC3’), OPW-06 (5’AGGCCCGATG3’), OPW-17
(5’GTCCTGGGTT3’) e OPX–04 (5’CCGCTACCGA3’) da Operon Techonologies.
Para as regiões de microssatélites foram utilizados os nucleotídeos complementares
(GTG)5 (5’GTGGTGGTGGTGGTG3’) e (GACA)4 (5’GACAGACAGACAGACA3’) da
Invitrogen. Para amplificação da região intron foi utilizado o primer EI-1
(5’CTGGCTTGGTGTATGT3’) da Invitrogen e a reação de amplificação da região ITS
(ITS1-5.8S-ITS2)
foi
realizada
utilizando
os
primers
ITS1
(5’TCCGTAGGTGAACCTCCG3’) e ITS4 (5’TCCTCCGCTTATTGATATGC3’) da
Invitrogen.
3.4.5. RAPD
3.4.5i. Seleção dos Primers
O DNA genômico da linhagem 4596 foi utilizado para seleção dos primers, com
finalidade de avaliar a capacidade de amplificação de cada um deles. Os kits testados
foram: OPA, OPW e OPX da Operon Technologies CA, USA.
3.4.5ii. Amplificação do DNA
Para as reações de amplificação foram empregados um volume final de 25µL, cujas
concentrações e componentes estão descritos na Tabela 2. A etapa de desnaturação inicial
foi constituída de 5 minutos a 92oC, seguidos por 40 ciclos de 1 minuto a 92oC, 1 minuto e
30 segundos a 39oC e 52 minutos a 72oC, e uma extensão final de 5 minutos a 72oC. Foram
retirados 20µL de cada um dos produtos de amplificação das amostras de C.
gloeosporioides, separadamente, e misturados a 4µL do tampão de amostra para serem
submetidos a eletroforese em gel de agarose a 1,4%, à 3 V/cm-1 de distância entre os
eletrodos em tampão de corrida 1X TBE. A quantificação foi feita por comparação de
concentrações crescentes de fago λ clivado com HindIII (Invitrogen Life Technologies).
Após eletroforese o DNA foi visualizado através da coloração em brometo de etídio por 20
minutos, visualizados em transiluminador de luz UV e fotografado posteriormente com
filme preto e branco 667 ASA Polaroid, com filtro laranja.
Tabela 2: Componentes da reação de amplificação do DNA e respectivas concentrações
utilizadas na reação de RAPD.
COMPONENTES
CONCENTRAÇÃO
INICIAL
CONCENTRAÇÃO
FINAL
Água Milli-Q
Tampão de amplificação
VOLUME POR
REAÇÃO (µL)
11,1
10X
2,50
dNTPs
2,50mM
0,25mM
2,50
Primers
4,00pmol/µL
0,4pmol/µL
2,50
3,4mM
1,00
MgCL2
10,00mM
Taq polimerase
5,00U/µL
2,0U/µL
0,40
DNA
5,00ng/µL
25ng/µL
5,00
TOTAL
25,00µL
3.4.6. Microssatélites
3.4.6i. Nucleotídeos (GTG)5 e (GACA)4
As reações de amplificação das regiões de microssatélites com os nucleotídeos
(GTG)5 e (GACA)4 foram feitas para um volume final de 25µL nas concentrações descritas
na Tabela 6. A amplificação para (GTG)5 foi programada para um ciclo inicial
desnaturação
de
a 93oC por 5 minutos, seguida de 40 ciclos de 20 segundos a 93oC, 45
segundos a 55oC e 90 segundos a 72oC, e uma extensão final de 6 minutos a 72oC. Para o
tetranucleotídeo (GACA)4 foi utilizada a mesma programação. Da reação dos produtos
amplificados das regiões de SSR, foram retirados 20µL e misturados a 4µL de tampão de
amostra e submetidos a eletroforese em gel de agarose 1% , à 3 V/cm-1 de distância entre os
eletrodos em tampão de corrida 1X TEB utilizando-se o marcador de peso molecular de
100pb (Invitrogen Life Technologies). Após eletroforese o gel foi corado em brometo de
etídio por 20 minutos, visualizados em transiluminador de luz UV e fotografado.
Tabela 3: Componentes da reação de amplificação da região de SSR e respectivas
concentrações.
COMPNENTES
CONCENTRAÇÃO
INICIAL
CONCENTRAÇÃO
FINAL
Água Milli-Q
Tampão de amplificação
VOLUME POR
REAÇÃO (µL)
12,0
10X
1X
2,50
0,50mg/µL
0,02
2,50
dNTPs
2,00mM
0,20mM
2,50
Primer
25pmol/µL
0,25pmol/µL
2,50
MgCL2
5,00mM
0,20mM
1,50
Taq polimerase
5,00U/µL
2,0U/µL
0,50
DNA
5,00ng/µL
25,0ng/µL
1,00
BSA
25,00µL
TOTAL
3.4.7. INTRON SPICE SITE PRIMER
Foi utilizado um volume final de 25µL nas concentrações descritas para a reação de
amplificação (Tabela 4). Os ciclos de amplificação constaram de uma etapa inicial de
desnaturação a 94oC por 3 minutos, seguida de 40 ciclos de 1 minuto a 94oC, 2 minutos a
45oC e 1 minuto e 30 segundos a 74oC, e uma extensão final de 5 minutos a 74oC. Dos
produtos amplificados da região Intron, foram retirados 20µL e misturados a 4µL de
tampão de amostra e submetidos a eletroforese (agarose a 1,4%), à 3 V/cm-1 de distância
entre os eletrodos em tampão de corrida 1X TBE, usando-se o marcador de peso molecular
de 100pb (Invitrogen Life Technologies). Após eletroforese, o gel foi corado em brometo
de etídio por 20 minutos, visualizado em transiluminador sob luz UV e fotografado.
Tabela 4: Componentes da reação de amplificação da região intron e respectivas
concentrações.
COMPONENTES
CONCENTRAÇÃO
INICIAL
CONCENTRAÇÃO
FINAL
Água Milli-Q
Tampão de amplificação
VOLUME POR
REAÇÃO (µL)
12,30
1X
2,50
0,50mg/mL
0,05
2,50
dNTPs
2,00mM
0,20mM
2,50
Primer
5,00pmol/µL
0,50pmol/µL
2,50
3,40mM
1,50
BSA
MgCL2
10X
10,00mM
Taq polimerase
5,00U/µL
2,0U/µL
0,20
DNA
50ng/µL
25ng/µL
1,00
TOTAL
25,00µL
3.4.8. Região ITS do rDNA
3.4.8i. Amplificação de DNA da região ITS do rDNA
Inicialmente a reação de amplificação foi feita para um volume final de 25µL, cujas
concentrações e componentes são mostrados na Tabela 5. Os ciclos de amplificação foram
constituído por uma etapa de desnaturação inicial de 4 minutos a 95oC, seguido por 40
ciclos de 1 minuto a 92oC, 1 minuto a 55oC e 2 minutos a 72oC, e uma extensão final de 5
minutos a 72oC. Foram retirados 4µL dos produtos amplificados do locus ITS1-S.8.S-ITS2
do rDNA e misturados a 2,0 µL do tampão de amostra, e submetidos a eletroforese
(agarose 1%) à 3 V/cm-1 de distância entre os eletrodos em tampão de corrida 1X TBE,
usando o marcador de peso molecular de 100pb (Invitrogen Life Technologies). Após
corrida eletroforetica o gel foi corado em brometo de etídio por 20 minutos, observados em
transiluminador de luz UV e fotografado.
Tabela 5: Componentes da reação de amplificação da região ITS do rDNA e respectivas
concentrações.
CONPONENTES
CONCENTRAÇÃO
INICIAL
CONCENTRAÇÃO
FINAL
Água Milli-Q
Tampão de amplificação
dNTPs
VOLUME POR
REAÇÃO (µL)
15,75
10X
2,50mM
1X
2,50
0,25mM
2,50
ITS 1
12,50pmol/µL
2,0pmol/µL
1,00
ITS 2
12,50pmol/µL
2,0pmol/µL
1,00
MgCL2
10,00mM
3,4mM
0,75
Taq polimerase
5,00U/µL
2,0U/µL
0,50
DNA
5,00ng/µL
25ng
1,00
TOTAL
25,00µL
3.4.8ii. Restrição dos fragmentos amplificados das regiões ITS do rDNA.
A digestão enzimática foi realizada pela mistura de 4µL dos produtos amplificados
das regiões ITS do rDNA com 16µL da reação de restrição descrito na Tabela 6. Após a
incubação por 2 horas à 37oC com cada uma das três enzimas de restrição DraI, MspI e
HaeIII (Invitrogen Life Technologies), os fragmentos da digestão foram separados por
eletroforese em gel de agarose a 1,0% para as enzimas
DraI e HaeIII, utilizando o
marcador de peso molecular de 100pb (Invitrogen Life Technologies). Em gel de agarose a
1,4% para a enzima MspI, utilizando o mesmo marcador descrito acima. Após corrida
eletroforetica à 3 V/cm-1 de distância entre os eletrodos, imerso em tampão de corrida TBE
1X, o gel foi corado em brometo de etídio por 20 minutos, visualizado em transiluminador
de luz UV e fotografado.
Tabela 6: Componentes da reação de digestão dos produtos de amplificação da região
ITS do rDNA com enzima de restrição, e respectivas concentrações.
COMPONENTES
Enzima
Tampão da enzima
CONCENTRAÇÃO
INICIAL
10U/µL
1X
CONCENTRAÇÃO
FINAL
VOLUME POR
REAÇÃO (µL)
4,0U/µL
0,20
0,01X
2,00
Água Milli-Q
13,80
TOTAL
16,00µL
3.4.9. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados obtidos dos cinco marcadores moleculares foram analisados pelo programa
NTSYS – PC (Numerical Taxonomy System of Multivariate Programs) (ROHLF, 1988;
BUSSAB et al., 1990). Esses dados foram introduzidos na forma de variáveis binárias, ou
seja, o número 1 (um) significando presença de banda, e o número 0 (zero), ausência. Desta
forma, foi construída uma matriz de similaridade, utilizando-se o coeficiente de JACCARD
(1908), calculado de acordo com a fórmula: J = A : (P – D), sendo A, o número de
concordâncias positivas (variáveis presentes), P o número total de variáveis e D, número de
concordância negativa (variáveis ausentes).
A partir da construção da matriz de
similaridade foi gerado um dendrograma pelo método de agrupamento UPGMA
(Unweighted Pair Group Method with Arithmetical Average).
3.5. TÉCNICA DE MANIPULAÇÃO
3.5.1.Manutenção da cultura
As amostras foram repicadas em meio BDA contido em tubo de ensaio, onde as
culturas permaneceram à temperatura ambiente, durante 15 dias e em seguida, mantidas sob
refrigeração à 4ºC.
3.5.2. Cultura monospórica
Os conídios das amostras de C. gloeosporioides foram transferidos para tubo com
tampa de rosca, contendo 1mL de solução “Tween” 80 em seguida, a suspensão foi agitada
em vórtex para desagregação dos conídios, os quais foram contados em câmara de
Neübauer e efetuadas diluições apropriadas em solução salina. Uma gota desta suspensão
foi colocada em meio BDA contido em placa de Petri. A germinação dos conídios foi
observada a partir das 12 horas até o 10o dia de crescimento; em seguida as colônias foram
transferidas para BDA contido em tubos de ensaio.
3.5.3. Análise citomorfológica das colônias de Colletotrichum gloeosporioides
Discos de micélio-ágar com 4mm de diâmetro foram retirados de colônias de C.
gloeosporioides com 08 dias de crescimento em BDA e transferidos para o centro da placa
de Petri contendo meio BDA. As placas foram deixadas em temperatura ambiente e o
crescimento das 20 colônias de C . gloeosporioides foi acompanhado até o 15o dia, através
de observações macroscópicas, quanto a forma, textura e coloração das colônias.
3.5.4. Cultura sob lamínula
Inóculo do fungo foi colocado na superfície do meio BDA contidos em placas de Petri
em pontos eqüidistantes. As lamínulas previamente flambadas foram colocadas sobre cada
inóculo. Às 24, 48, 72, 96 e 120 horas de crescimento, as lamínulas foram retiradas,
coradas com azul de Amann e observadas ao microscópio.
3.5.5. Coloração de HCl-Giemsa (LUNA-ALVES & AZEVEDO, 1983)
Uma lâmina albuminada foi pressionada sobre a cultura fúngica e em seguida foi
submersa em 6mL de etanol acrescido de 1mL de acido láctico e 1 mL de acido acético
glacial, por 40 minutos para a fixação. Para a hidratação, a lâmina passou por uma série
etílica decrescente (90, 70 e 50%), mantendo-se por 5 minutos em cada placa.
Posteriormente foi ligeiramente lavado em água destilada. Para a hidrolise, a lâmina
hidratada foi submersa em HCl 1N contido em um Becker, por 8 minutos, à temperatura
ambiente, logo após, foi colocada em HCl 1N, aquecido (61o–63oC) em banho maria por 5
minutos. Após a hidrolise, a lâmina foi lavada com água destilada autoclavada, passando
por três trocas de 10 minutos. A tamponagem foi realizada em tampão fosfato, durante 60
minutos. Em seguida a lâmina foi transferida para 10mL de tampão fosfato e 1mL de
corante HCl- Giemsa, onde permaneceu por 20 minutos; a lâmina foi retirada, lavada com
tampão fosfato e coberta com uma lamínula. A análise foi realizada em microscópio.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DO DNA GENÔMICO DE Colletotrichum
gloeosporioides
O DNA extraído de cada linhagem foi quantificado e avaliado quanto a sua
intregridade, gerando fragmentos de alto peso molecular, que possibilitaram a obtenção de
quantidades razoáveis de DNA variando de 8,0 a 250 ng/µL de DNA genômico (Figura 1).
Tendo como referencial o marcador de peso molecular do DNA do fago λ, nas
concentrações de 10, 15 e 20 ng/µL.
1
2
3
4
5 6
7
8
9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Figura 1: Quantificação do DNA genômico das linhagens de
Colletotrichum gloeosporioides. Nos poços 1, 2 e 3,
encontram-se os marcadores do DNA do fago λ nas
concentrações de 10, 15 e 20 ng/µL, respectivamente.
Nos poços 4 e 5 encontra-se o DNA de Glomerella
cingulata 4643 e 4644. Nos poços de 6 a 23 o DNA
das linhagens 2334, 2335, 2336,4596, 4597,3882,2060,
3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3623,
2494, 2460 e 3147 respectivamente.
4.2. Análise do RAPD
Para análise do polimorfismo de DNA amplificado ao acaso, foram testados 36
primers arbitrários da Operon Technologies, mais nem todos mostraram produtos de
amplificação. Portanto, foram selecionados os que exibiram um maior número de
fragmentos de DNA com um padrão de nitidez e com boa reprodutibilidade.
Os produtos de amplificação de RAPD do DNA das linhagens de C. gloeosporioides
com cinco primers selecionados produziram um total de 814 fragmentos de DNA, sendo
que 140 fragmentos gerados pelo primer OPA-02 (Figura 2), 144 pelo OPA-09 (Figura 3),
195 pelo
OPW-06 (Figura 4), 105 pelo OPW-17 (Figura 5) e 230 fragmentos
monomórficos pelo primer OPX-04 (Figura 6). Esses dados permitiram a construção de
uma matriz de similaridade, utilizando o coeficiente de Jaccard, que gerou um dendrograma
(Figura 7) pelo método de agrupamento UPGMA, suficiente para discriminar todas as
linhagens. Nove grupos diversificados foram evidenciados com aproximadamente 41% de
similaridade. No primeiro grupo estão as linhagens: 4644 e 2334 com 86% de similaridade
entre elas e as linhagens 2335 e 2336 são totalmente idênticas com 92% de similaridade
com o grupo. O segundo grupo é representado por duas linhagens: 4596 e 4597 com 96%
de similaridade entre elas. Já o terceiro grupo é composto unicamente pela linhagem 3882
com 65% de similaridade com o primeiro e segundo grupo. O quarto grupo é representado
por duas linhagens: 2018 e 2494 com aproximadamente 88% de similaridade entre si. O
quinto grupo é composto pela linhagem 4627 com cerca de 50% de similaridade com o
terceiro grupo. O sexto grupo compreende a duas linhagens: 2060 e 3102 com 50% de
similaridade com o quinto grupo. O sétimo grupo é constituído por quatro linhagens: 2980,
3147, 2681 e 2460 com 45% de similaridade em relação aos grupos anteriores. O oitavo
grupo é formado por uma única linhagem: 2684 com similaridade em torno de 49% com o
sexto e sétimo grupo. O nono e último grupo compreende três linhagens: 4643, 2543 e 3923
com 41% de similaridade com os demais grupos. As linhagens 2980 e 3147 isoladas de
solo marinho formaram um único grupo com 73% de similaridade entre elas.
Através da análise de agrupamento foi possível observar que os substratos onde as
linhagens foram coletadas não determinaram formação de grupos. A variação molecular
M 1
Figura 2:
2
3
4 5 6
7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M
Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtidos com o primer OPA-02. Nos poços M, marcador de peso
molecular do DNA do fago λ clivado com Hind III; nos poços 1 e
2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a
20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596,
4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018,
3923, 2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1
2 3 4
5
6 7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M
Figura 3: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtidos com o primer OPA-09. Nos poços M, marcador de peso
molecular do DNA do fago λ clivado com HindIII; nos poços 1 e
2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a
20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596,
4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018,
3923, 2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1 2
3
4
5
6 7 8
9 10
11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 M
Figura 4: Perfis de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtido com o primer OPW-06. Nos poços M, marcador de peso
molecular do DNA do fago λ clivado com Hind III; nos poços 1 e 2
o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a
20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596,
4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018,
3923, 2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1
2
3 4
5 6
7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M
Figura 5: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtidos com o primer OPW-17. Nos poços M, marcador de peso
molecular do DNA do fago λ clivado com Hind III; nos poços 1 e
2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a
20 encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596,
4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923,
2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1 2
3 4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M
Figura 6: Perfís de RAPD das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtidos com o primer OPX-04. Nos poços M, marcador de peso
molecular do DNA do fago λ clivado com Hind III; nos poços 1 e 2
o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20
encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597
3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494,
2460 e 3147, respectivamente.
r= 0.86450
Figura 07: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtido através dos perfis de RAPD com os primers OPA – 02,
OPA – 09, OPW – 06, OPW – 17 e OPX – 04.
constatada neste trabalho em C. gloeosporioides também foi observada por VILARINHOS
et al. (1995) através de marcadores RAPD em linhagens de C. gloeosporioides e C.
limdemuntianum, não havendo relação aparente entre os genótipos e os hospedeiros.
MILLS
et al. (1992) também detectaram alta diversidade genética em espécies de
Colletotrichum
e constataram que não houve formação de grupos relacionados ao
hospedeiro de origem e à região geográfica.
A técnica de RAPD também tem sido utilizada para diferenciar e avaliar a relação
genética entre espécies. SILVA – MANN et al. (2002) conseguiram diferenciar duas
variedades fitopatogênicas, C. gossypii e C. gossypii var. cephalosporioides isolados de
sementes de algodoeiro, e concluíram alta diversidade genética em torno de 51,7% de
similaridade. SAHA et al. (2002) também discriminaram C. gloeosporioides e C.
acuntatum isolados de Hevea através da técnica de RAPD e ITS. Confirmando a eficácia
das técnicas para distinguir as espécies. Já QUELLET & SEIFERT (1993) testaram o
potencial de RAPD para diferenciar formae speciales de F. graminearum através de um
pequeno número de primers aleatórios, que foi suficiente para distinguir todos as linhagens
testadas.
4.3. Análise das regiões de SSR
4.3.1. Trinucleotídeo (GTG)5
Os perfís de amplificação das regiões de SSR com o trinucleotídeo (GTG)5 das
linhagens de C. gloeosporioides estão ilustrados na Figura 8.
Através da análise do dendrograma (Figura 9) foram observados seis grupos altamente
diversificados, em um ponto de ramificação com aproximadamente 21% de similaridade
genética intraespecífica. O primeiro grupo é constituído por cinco linhagens: 4644, 2334,
2335, 2336 e 3923 com cerca de 24% de similaridade com o segundo grupo, que agrupou
três linhagens: 2060, 2681 e 2684. O terceiro grupo é formado por cinco linhagens: 4643,
2543, 3102, 3147 e 4627 com aproximadamente 40% de similaridade com o quarto grupo,
correspondente as linhagens 2980, 2018 e 2494. O quinto grupo é formado pelas linhagens
4596 e 4597 com similaridade em torno de 60% entre si e o sexto e último grupo
representado também por duas linhagens: 3882 e 2460 com similaridade de
aproximadamente 50% entre elas.
M
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11 12
13
14
15 16
17
18 19
20
M
Figura 8: Perfís das regiões de SSR das linhagens de Colletotrichum
gloeosporioides, obtidos com o trinucleotídeo (GTG)5. Nos poços M,
marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1 e 2 o DNA de
Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20
encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494,
2460 e 3147, respectivamente.
r= 0.812288
Figura 09: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtido através dos perfís das regiões de SSR obtidos com o
trinucleotídeo complementar (GTG)5.
4.3.2. Tetranucleotídeo (GACA)4
Os perfís de amplificação das regiões de SSR com o tetranucleotídeo (GACA)4 das
linhagens de C. gloeosporioides, estão ilustrados na Figura 10.
Através da análise de agrupamento foram observados seis grupos distintos com cerca
de 30% de similaridade entre eles (Figura 11). O primeiro grupo é formado por quatro
linhagens 4644, 4643 com aproximadamente 75% de similaridade entre si e o 2335 e 2460
são idênticas com 68% de similaridade com as demais do grupo. O segundo grupo é
constituído pela linhagem 2060 com 48% de similaridade com o primeiro grupo. O terceiro
grupo agrupou cinco linhagens: 2334, 4596, 2494, 2681 e 2018 com cerca de 50% de
similaridade com os grupos quatro e cinco. O quarto grupo considerado o maior,
compreende sete linhagens com diferentes níveis de similaridade. A 2336, 2684, 2980,
3923, 4597, 3882 e 2543, variando de 56 a 90% de similaridade. Já o quinto grupo
compreende uma única linhagem, 3102 com 65% de similaridade com o sexto grupo, que
esta representado por duas linhagens 4627 e 3147 com cerca de 79% de similaridade entre
si. As linhagens 4596 e 2494 isoladas de Mangifera indica foram agrupadas em um mesmo
grupo com 68% de similaridade entre si.
O auto grau de polimorfismo intraespecífico foi observado nas duas regiões de
microssatélites, sendo que a região complementar ao trinucleotídeo (GTG)5 apresentou
maior diversidade gerando seis grupos distintos, sem apresentar correlação entre grupos e
hospedeiros.
O polimorfismo intraespecífico também foi observado nos fungos Armillaria
cepistipes (HANTULA et al., 1996), Gremmeniella abietina (BALALI et al., 1991),
Heterobasidion annosum (BOWMAN et al., 1992), Phytophythora cactorum (COUTO et
al., 1996), Phlebiopsis gigantea (CAETANO-ANOLLÉS et al., 1991), Stereum
sanguinolentum (DESCENZO & HARRINGTON 1994), B. brongniartii (ENKERLI et al.,
2001) e Sacharomyces cerevisiae (BARNES et al., 2001) utilizando as repetições (GAC)5,
(GTG)5, (ACA)5 e (ATC)5.
Não há relato na literatura corrente com a repetição (GTG)5 para analisar a diversidade
genética inter e intra-específica em C. gloeosporioides.
A diversidade
genética
intraespecífica entre Collletotrichum spp foi avaliada por FREEMAN (1993) utilizando os
nucleotídeos (GAG)5, (GACA)4, (GACAC)3 e (TGTC)4 e constataram que não houve
correlação entre hospedeiros e origem geográfica. Esses dados concordam com os
resultados obtidos no presente trabalho, onde se detectou alta diversidade genética,
utilizando a repetição (GACA)4, não havendo correlação entre hospedeiro e agrupamentos.
M 1
2 3
4
5 6 7
8 9
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 M
Figura 10: Perfís das regiões de SSR das linhagens de Colletotrichum
gloeosporioides, obtidos com o tetranucleotídeo (GACA)4. Nos
poços M, marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1 e 2 o
DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20
encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4627, 980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494,
2460 e 3147, respectivamente.
r= 0.83345
Figura 11: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtido através dos perfís das regiões de SSR com o
tetranucleotídeo complementar (GACA)4.
4.4. Análise de região Intron
Os perfís de amplificação de região intron com o primer EI-1 das linhagens de C.
gloeosporioides estão ilustrados na Figura 12.
O dendrograma (Figura 13) evidenciou a formação de oito grupos distintos em um
ponto de ramificação em torno de 16,5% mostrando uma maior diversidade genética em
relação aos outros marcadores moleculares. O primeiro grupo compreende cinco linhagens,
das quais, quatro são idênticas, a 4644, 2334, 2335 e 2336 com 87% de similaridade com a
linhagem 2980. O segundo grupo é formado por uma única linhagem, a 3147 com 75 % de
similaridade com o primeiro grupo. O terceiro grupo compreende duas linhagens: 2060 e
3923 com 70% de similaridade com o primeiro e segundo grupo. O quarto grupo agrupou
quatro linhagens: 4596, 4597, 2681 e 3102 com aproximadamente 70% de similaridade. O
quinto grupo é constituído pelas linhagens 2543 e 2460 com 50% de similaridade com os
grupos anteriores. O sexto grupo está representado pelas linhagens 3882, 4627 e 2018 com
38% de similaridade com o quinto grupo. O sétimo grupo compreende as linhagens 4643 e
2494 com 33% de similaridade entre si. O oitavo e último grupo é formado por um única
linhagem, a 2684 com aproximadamente 16,5% de similaridade com os demais grupos.
A linhagem 2684 foi o mais distinta através da análise de distância genética pelo
método de agrupamento, com aproximadamente 16,5% de similaridade em relação aos
outros grupos, as linhagens 4627 e 2018 isoladas de Allium sp foram agrupadas em um
mesmo grupo com 63% de similaridade entre elas.
Pela análise de agrupamento foi possível observar que a região intron foi capaz de
revelar uma maior diversidade genética em relação aos outros marcadores moleculares.
Vale salientar que este é o primeiro relato com uso do primer EI-I para análise da
diversidade genética intraespecífica de C. gloeosporioides.
O polimorfismo genético encontrado nas regiões intron de M. anisopliae var.
anisopliae utilizando primers homólogos do gene 28S de rDNA de vertiallium dahliae
revelaram a presença de grupos distintos de introns em três diferentes sítios de inserção
(MAVIDOU et al., 2000).
M 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
M
11
12
13
14 1 5
16
17 18
19 20
Figura 12: Perfís das regiões de intron splice site primer das linhagens de
Colletotrichum gloeosporioides obtidos com o primer EI-1. Nos
poços M, marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1 e 2 o
DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4644 e nos poços de 3 a 20
encontram-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494,
2460 e 3147, respectivamente.
r= 0.92356
Figura 13: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides,
obtido através dos perfís da região intron splice site primer com o
primer EI-I.
4.5. Região ITS do DNA ribossomal
O produto de amplificação do locus ITS1-5.8S-ITS2 do rDNA utilizando os primers
ITS1 e ITS4, apresentou um fragmento de aproximadamente 580pb para todas as linhagens
investigadas (Figura 14).
MILLS et al. (1992) verificando os produtos de amplificação da região ITS1 e ITS2
com os primers ITS1 e ITS4, detectaram fragmentos de 450pb em 25 linhagens de C.
gloeosporioides, enquanto que MENAUT et al. (2002) detectaram um fragmento de 550pb
e VINNERE et al. (2001) observaram fragmentos de 550pb em C. gloeosporioides.
O polimorfismo genético observado nesta região é de apenas 63%. Este resultado
permite que outras regiões variáveis do genoma possam ser selecionadas para este tipo de
investigação.
Os produtos de PCR digeridos separadamente com enzima de restrição Hae III, Msp I
e Dra I, apresentaram sítios de restrição, demonstrando polimorfismo tanto no número de
fragmentos quanto no peso molecular.
A restrição com a enzima MspI, gerou um fragmento monomórfico de
aproximadamente 120 pb para todas as linhagens, de 60 e 300 pb para a maioria e de 360
pb para as linhagens 4596, 4597, 3102, 2681, 3923 e 2460 (Figura 15). A enzima HaeIII
gerou três fragmentos monomórficos de aproximadamente 120, 180 e 280pb para a maioria
das linhagens e de 400pb para as linhagens 2543, 2684 e 4643 (Figura 16). A digestão com
a enzima DraI, gerou um único fragmento de aproximadamente 580 pb para todas as
linhagens, exceto para a 2684 e 4643, que apresentou um fragmento de 160 e 420 pb
(Figura 17).
Os resultados obtidos da análise conjunta dos produtos de amplificação e restrição
enzimática da região ITS do rDNA permitiu a construção da matriz de similaridade
utilizando o coeficiente de Jaccard e de um dendrograma, pelo método de agrupamento
UPGMA, que evidenciou a existência de três grupos distintos (Figura 18). O primeiro
grupo compreende onze linhagens idênticas: 4644, 2334, 2335, 3147, 2336, 2018, 3882,
2980, 4627, 2060 e 2494, com cerca de 85% de similaridade entre si. O segundo grupo
agrupou seis linhagens totalmente idênticas: 4596, 4597, 3102, 3923, 2681 e 2460 com
M 1
2 3
4 5
6
7
8
9 10
11 12 13 14 15 16 17 18 19
20 M
Figura 14: Perfis de amplificação da região ITS do rDNA dos isolados de
Colletotrichum Gloeosporioides obtidos com os primers ITS1 e ITS4.
Nos poços M, marcador de peso molecular de 100 pb; nos poços 1
e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4643 e nos poços de 3 a
20 encontram-se o DNA dos isolados 2334, 2335, 2336, 4596,
4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923,
2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1 2
3 4 5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
M
Figura 15: Perfís de restrição dos fragmentos da DNA da região ITS do rDNA
dos isolados de Colletotrichum gloeosporioides obtidos com a
enzima MspI. Nos poços M, marcador de peso molecular de 100 pb;
nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4643 e nos
poços de 3 a 20 encontram-se o DNA dos isolados 2334, 2335,
2336, 4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543,
2018, 3923, 2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1
2
3
4
5
6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 M
Figura 16: Perfís de restrição dos fragmentos de DNA da região ITS do rDNA
dos isolados de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos com a
emzima Hae III. Nos poços M, marcador de peso molecular de 100 pb.
Nos poços 1 e 2 o DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4643 e nos
poços de 3 a 20 encontra-se o DNA das linhagens 2334, 2335, 2336,
4596, 4597, 3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018,
3923, 2494, 2460 e 3147, respectivamente.
M 1 2
3
4 5
6 7 8 9 10 11 12 13
14 15 16
17 18 19 20 M
Figura 17: Perfís de restrição dos fragmentos da DNA da região I TS do rDNA
dos isolados de Colletotrichum gloeosporioides, obtidos com a
enzima Dra I. Nos poços M, marcador de 100 pb. Nos poços 1 e 2 o
DNA de Glomerella cingulata 4643 e 4643 e nos poços de 3 a 20
encontram-se os DNAs dos isolados 2334, 2335, 2336, 4596, 4597,
3882, 2060, 3102, 4627, 2980, 2681, 2684, 2543, 2018, 3923, 2494,
2460 e 3147, respectivamente.
r= 0.94684
Figura 18: Dendrograma das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides
obtido através dos perfis dos fragmentos de restrição da região
ITS do rDNA com as enzimas de restrição Hae III, Msp I e Dra I.
aproximadamente 65% de similaridade com o primeiro grupo. E o terceiro e último grupo
estão três linhagens: 4643, 2684 e 2543 também idênticas com 35% de similaridade com o
primeiro e segundo grupo formado. Não houve coincidência entre grupos e substratos,
mostrando pequena diversidade genética intraespecífica.
Através da análise da seqüência da região 25/28S do rDNA MILLS et al. (1992)
concluíram que a mesma apresentou-se conservada entre linhagens de C. coffeanum e
variável entre outras espécies de Colletotrichum, inclusive C. gloeosporioides. Esses
resultados corroboram com os obtidos no presente trabalho, levando em consideração a
análise da região ITS1-5. 8S-ITS 2.
VINNERE et al. (2002) compararam as espécies de C. gloeosporioides, C. acutatum,
C. fragariae C. dematium e G. cingulatta pela análise de restrição dos fragmentos das
regiões ITS1, ITS2 e 5.8S do rDNA através da enzima HaeIII e MspI, constataram a
diferença entre as espécies e grupos de espécies. Detectando também a existência de um
grupo distinto de C. gloeosporioides evidenciando a variação genética intraespecífica. Isto
contrasta com os resultados do presente trabalho, que não apresentou correlação entre
grupos, hospedeiros e local onde foram isolados (Pernambuco e São Paulo).
MUNAUT et al. (2002) observaram a variação no rDNA em C. gloeosporioides, C.
musae, C. fuscum e C. fragariae em diferentes regiões e hospedeiros e constataram a
presença de fragmentos polimórficos entre as linhagens nas regiões ITS1 e ITS2 e a
separação das mesmas em cinco grupos. Sem apresentar correlação com o hospedeiro de
origem e a região geográfica. Esses resultados concordam com os obtidos neste trabalho, os
quais também não se determinou a formação de grupos de acordo com o substrato de
origem e a localidade onde foram isolados.
Os grupos formados pelos cinco marcadores moleculares não permitiram fazer uma
correlação
entre
caracteres
citomorfológicos.
As
linhagens
mais
semelhantes
citomorfologicamente foram mais distintas do ponto de vista molecular. Portanto, esses
resultados sugerem estudos mais detalhados associados a biologia molecular e a
patogenicidade em diferentes hospedeiros, afim de determinar o gene que apresenta uma
maior virulência.
4.6. Análise citomorfológica das linhagens de Colletotrichum gloeosporioides
O crescimento micelial das linhagens de C. gloeosporioides apartir de cultura
monospórica ocupou toda superfície do meio BDA contido em placa de Petri, em 10 dias.
As Figuras de 19 a 22 ilustram os aspectos macroscópicos de C. gloeosporioides, exibindo
variação quanto a coloração, textura e segregação de setores, da colônia. As linhagens a.
2334, d.4596, e.4597, g.2060, h.3102, i.3147, j.2494, l.2681, m.2684, n.4627, o.2980, e
q.3923 exibiram uma coloração esbranqueçada e acinzentada. Enquanto que as linhagens
c.2335, o.2980 e p.2543 apresentaram pontuações escuras levemente salientes, formadas
por setas contidas nos acérvulos. Já as linhagens b.2336, g.2060, f.3882, s.4643 e r.2460
formaram segregação de setores. Essa variação morfológica é freqüente entre as linhagens
de C. gloeosporioides
(MENEZES & HANLIN, 1996;
MUNIZ, 1998), talvez seja
explicada pela ocorrência do ciclo parassexual já detectado em outros Amanorfos, a
exemplo de Fusarium oxysporum (BUXTON, 1956); Metarhizium anisopliae (MESSIAS
& AZEVEDO, 1980), Beauveria bassiana (PACCOLA-MEIRELLES & AZEVEDO,
1991). Até o presente cerca de 40 espécies de fungos já têm o ciclo parassexual descrito
(AZEVEDO, 1998; 2001).
As observações microscópicas e a condição nuclear das linhagens de C.
gloeosporioides e de seu teleomorfo Glomerella cingulata, foram feitas a partir das 24
horas após a germinação dos conidios. A partir das 48 horas de cultivo foi verificada
diferenciação micelial, formada por hifas hialinas, uninucleadas e anastomoses (Figura 23).
Com 72 horas foi constatada a formação de conidióforos simples (Figura 24) e conídios
cilíndricos, hialinos 100% uninucleados, medindo 4-7 x 10-16 µm (Figura 25). Às 96 horas
foi evidenciada, a formação de apressórios clavados, ovados ou ligeiramente obovados de
coloração escura (Figura 26) e acérvulos jovens (figura 27). Os apressórios são importantes
por auxiliarem na penetração do fungo no tecido vegetal. Observações feitas às 120 horas
evidenciaram acérvulos em estágio avançado de desenvolvimento mostrando setas de
coloração escura (Figura 28), peculiares da espécie. G. cingulata apresentou numerosos
peritécios, subesféricos e agrupados em um estroma (Figura 29). Os ascos são subclavados
e os ascosporos hialinos, curvados e uninucleados (MENEZES, 2002).
Figura 19: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10
dias de crescimento em meio BDA (Linhagens:
a. 2334; b. 2336; c. 2335; d. 4696; e. 4597).
Figura 20: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10
dias de crescimento em meio BDA (Linhagens:
f. 3882; g. 2060; h. 3102; i. 3147; j. 2494).
Figura 21: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10
dias de crescimento em meio BDA (Linhagens:
l. 2681; m. 2684; n. 4627; o. 2980; p. 2543).
Figura 22: Colônia de Colletotrichum gloeosporioides com 10
dias de crescimento em meio BDA (Linhagens:
q. 3923; r. 2460), Glomerella cingulata (Linhagens: s.
4643; t. 4644).
Figura 23: Colletotrichum gloeosporioides. Anastomose ( ). 48 horas.
640x.
Figura 24: Colletotrichum gloeosporioides. Conidióforo simples( ) e
conídios. 72 horas. 640x.
Figura 25: Colletotrichum gloeosporioides. Conídios cilíndricos, hialinos
e uninucleados. Coloração HCl-Giemsa. 72 horas. 640x.
Figura 26: Colletotrichum gloeosporioides. Apressórios. 96 horas. 640x.
Figura 27: Colletotrichum gloeosporioides. Acérvulo jovem. 96 horas.
640x.
Figura 28: Colletotrichum gloeosporioides. Acérvulo em estágio
avançado mostrando setas ( ). 120 horas. 640x.
Figura 29: Glomerella cingulata. Peritécios. 120 horas.640x.
CONCLUSÕES
►
Os cinco marcadores moleculares utilizados foram eficientes em demonstrar o
polimorfismo genético das linhagens de C. gloeosporioides.
►
Os marcadores moleculares, RAPD, Microssatélites, Intron Splice Site Primer e ITS
confirmaram o alto grau de diversidade genética reconhecida em C. gloeosporioides.
►
Os hospedeiros e a região onde foram isoladas as linhagens de C. gloeosporioides não
determinaram formação de grupos.
►
A região intron amplificada com o primer EI-1 foi capaz de revelar uma maior
diversidade genética, quando comparada com os outros marcadores moleculares.
►
A região de microssatélite complementar ao trinucleotídeo (GTG)5 apresentou maior
diversidade genética em relação a região complementar ao tetranucleotídeo (GACA)4.
► As
linhagens de C. gloeosporioides exibiram variação macroscópicas quanto a coloração,
textura e segregação de setores, na colônia.
► Foi
observado conídios 100% uninucleados em todas as linhagens de C. gloeosporioides.
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