MANEJO INTEGRADO DE NEMATÓIDES EM SISTEMA DE
PLANTIO DIRETO NO CERRADO
Roberto G. Torres(1), Neucimara R. Ribeiro(2), Carlos Adriano Boer(3), Odnei
Fernandes(4), André G. Figueiredo(5), Antonio Ferreira Neto(6), Edson Corbo(7)
Introdução
Em países com clima tropical e subtropical os nematóides encontram condições como
umidade e temperaturas ideais para reprodução e alimentação. Tais fatores são agravantes no
controle destes patógenos, os quais após terem se estabelecido em uma área, são de
erradicação muito difícil. No Brasil, as espécies que causam os maiores danos às grandes
culturas como soja, algodão, cana-de-açúcar e milho são Meloidogyne javanica, Meloidogyne
incognita, Heterodera glycines, Pratylenchus brachyurus e Rotylenchulus reniformis.
Obrigatoriamente, o controle de nematóides em culturas extensivas, que possibilitem a
redução populacional para tornar viável o cultivo de determinadas culturas, deve ser planejado
e sistematizado de modo a integrar vários métodos e apresentar baixo custo. De um modo
geral, são considerados os princípios fitopatológicos da:
- Exclusão (evitar a infestação de áreas indenes por espécies ou novas raças, na propriedade
ou numa região geográfica maior, ou seja, evitar a introdução e a disseminação);
- Erradicação (rotação de culturas com espécies de verão e de inverno não hospedeiras e/ou
antagonistas, objetivando a redução da densidade populacional do nematóide);
- Regulação (modificação do ambiente e nutrição das plantas);
- Imunização (utilização de cultivares resistentes a determinadas espécies ou raças).
Métodos culturais, a exemplo da rotação de culturas com espécies não hospedeiras
e/ou antagonistas, têm sido efetivos como prática de manejo de nematóides (Santos e Ruano,
1987; Costa e Ferraz, 1990). Alguns trabalhos também mostram que o cultivo de plantas não
hospedeiras apenas na entressafra (maio a agosto) não apresentou ser uma boa opção para
redução da população de nematóides e que apenas a semeadura de cultivares resistentes não
deve ser a única opção de controle de nematóides. Logo, a rotação de culturas não deve ser
substituída pela sucessão de culturas e tampouco deve-se trabalhar também com a rotação de
culturas de cobertura (Fotos 1,2,3 e 4) em sistema de plantio direto (SPD = Sistema em
Equilíbrio = M.O elevada + inimigos naturais). Com isso, o controle de nematóides não se dá
apenas por meio de uma única ação, mas através de um conjunto de boas práticas
agronômicas que irá manter as populações dos nematóides abaixo do limiar de dano
econômico, elevando a produtividade da cultura sem oferecer riscos ao meio ambiente,
promovendo no campo uma relação de convivência com estes patógenos.
Já que sua eliminação em áreas infestadas é muito difícil e existem as particularidades
de cada gênero de nematóides a serem respeitadas e tratadas diferencialmente para o seu
manejo, deve-se conhecer melhor sua ocorrência, biologia, formas de dispersão,
sobrevivência, hospedeiros e forma de manejo de cada uma delas e assim melhorar essa
relação de convivência.
- Alternativas de culturas de coberturas para o cerrado brasileiro.
Foto 1: B. ruziziensis
Foto 2: Mulch de B. ruziziensis
Foto 3: Crotalária spectabilis
Foto 4: Cober Crop (Híbrido de sorgo)
1) Nematóide de Cisto da Soja (Heterodera glycines)
J2
infestando o
hospedeiro
eclosão e saída
dos juvenis
J2
iniciando a alimentação
J2
J2
livres para
futuras
infestações
Ciclo Biológico: Heterodera
J3
formação dos
juvenis (J1) na
fêmea morta
Adultos
fêmea morta
cheia de
ovos
Fêmea alimentando-se
na raiz e realizando
postura
J4
começando a produzir
ovos
abandonando a raiz
abandonando a
cutícula do
estágio anterior
J4
Desenho: Patrícia Milano
\
Cistos de H. glycines
Ovos de H. glycines
1.1- CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS do nematóide H. glycines.
1. Ovo: Depositado pela fêmea no estado unicelular. Desenvolvimento embrionário (J1)
2. J1: Sofre primeira ecdise no interior do ovo (J2)
3. J2: Eclode livremente e assume forma infectiva, passando por mais duas ecdises (J3 e
J4)
4. J3 e J4: (forma salsichóide) passa para a quarta ecdises (adulto).
- Macho: Retorna a forma vermiforme, sai da raiz e fecunda a fêmea
- Fêmea: aumenta de tamanho, endoparasito sedentário, corpo exteriorizado para que haja
fecundação.
Seu CICLO pode ter duração de aproximadamente três semanas, produzindo de 5 a 6
gerações do nematóide/ciclo da soja. Sua REPRODUÇÃO se dá por reprodução cruzada
(Anfimixia obrigatória). Quando a fêmea é fecundada, apenas 20-30% dos ovos ficam na
matriz gelatinosa e o restante é retido no interior do corpo. Logo após a produção dos ovos
torna-se coreáceo e morre. Cada Cisto poderá conter em média 300 ovos. Os Ovos entram em
diapausa natural, ou seja, não eclodem bem nos meses de março a agosto (em locais onde as
temperaturas são baixas no inverno). Alguns fatores podem interferir no seu ciclo de vida, tais
como, temperaturas abaixo de 10ºC e baixa umidade do solo (< 40% da capacidade de
campo). Tem PREFERÊNCIA por solos arenosos, temperaturas em torno de 20 a 30ºC e
umidade do solo entre 40 e 60% da capacidade de campo. O pH do solo não deve ser elevado,
pois nessa condição a população do NCS sempre permanece mais alta e os danos são maiores
(Garcia et al., 1999).
Há uma elevada DIVERSIDADE GENÉTICA para este nematóide, o que ocorre sob
pressão de seleção, favorecendo a ocorrência de novas raças através da reprodução anfimixia
e diferenciadas pelos cultivares do hospedeiro que ela infecta. No Brasil já foram encontradas
11 raças do NCS (1, 2, 3, 4, 4+, 5, 6, 9, 10, 14 e 14+). Com o objetivo de identificar as raças,
utiliza-se para soja hospedeiras diferenciadoras sendo: Peking, Pickett, PI88788, PI90763,
Lee = suscetível a todas, Hartwig* = resistente a todas (* 4+ e 14+ quebraram a resistência de
Hartwig).
A OCORRÊNCIA do nematóide de cisto da soja (NCS) foi detectado pela primeira
vez no Brasil na safra 1991/92. Atualmente, está presente em 10 estados brasileiros (MG, MT,
MS, GO, SP, PR, RS, BA, TO e MA), cobrindo mais de 2.500.000 ha (Dias et al., 2007). Em
solos arenosos, esse nematóide causa perdas de 10% a 30% quando em baixas infestações,
podendo chegar a 70% ou mais quando em alta incidência (Inomoto – ESALQ).
- Distribuição de Raça de Heterodera glycine no Brasil
,10
- Tabela 1. Distribuição de Raça de Heterodera glycine no Estado de Mato Grosso.
Municípios
Alto Garças
Alto Taquari
Campo Verde
Campos de Júlio
Campo Novo do Parecis
Deciolândia
Diamantino
Dom Aquino
Guiratinga
Itiquira
Jaciara
Juscimeira
Nova Mutum
Nova Ubiratã
Pedra Preta
Primavera do Leste
Santo Antônio do Leste
Sapezal
Sorriso
Tangará da Serra
Tapurah
Raça
3 e 14
3,4,10 e 14
1,2,3 e 5
5,6 e 9
3e9
3
3
2,3 e 5
3 e 14
3
2e5
2e3
3
3
2
1,2,3 e 5
3
3,5 e 6
1,2,3,4+,5,14 e 14+
1,3,4
6
Em áreas onde o NCS já foi identificado, o produtor deve conviver com o mesmo,
uma vez que sua erradicação é difícil e economicamente inviável. Algumas medidas ajudam a
minimizar as perdas, destacando-se a rotação de culturas com plantas não hospedeiras e o uso
de cultivares resistentes.
O planejamento da rotação de culturas e de culturas de coberturas para controle do
NCS é relativamente simples, em função da sua limitada gama de hospedeiros. (Tabelas 3 e
4). Entretanto, a adoção dessa prática é muitas vezes limitada pela viabilidade econômica das
culturas em determinadas regiões, porém extremamente necessária. Avaliações sobre o
impacto do cultivo de espécies botânicas de verão, não hospedeiras de H. glycines, (milho,
sorgo, arroz, algodão, mamona e girassol) na população do nematóide, mostraram que a
substituição da soja por uma delas, em uma safra, geralmente reduz a população a nível que
permite o retorno da soja na safra seguinte. Com um único cultivo de soja suscetível, a
população do NCS volta a crescer, havendo a necessidade de, na safra seguinte, retornar à
rotação com a espécie não hospedeira ou semear uma cultivar de soja resistente. Por sua vez,
com dois ou três anos seguidos de milho, pode-se, na maioria das vezes, voltar com a soja
suscetível por dois anos consecutivos, sem riscos de perda. O cultivo de plantas não
hospedeiras na entressafra (maio a agosto) não mostrou ser boa opção para redução da
população do nematóide. Assim, a rotação de culturas não deve ser substituída pela sucessão
de culturas. Por outro lado, a presença de soja voluntária (“tigüera”) ou de espécies
hospedeiras na área, durante a entressafra, contribui para aumentar o inóculo para a safra de
verão seguinte (Garcia et al., 1999).
Além da rotação de culturas com espécies não hospedeiras e da utilização de cultivares
resistentes, recomenda-se ainda, nas áreas infestadas com o NCS, a adoção da semeadura
direta. Esse modo de cultivo potencializa a ação de inimigos naturais do nematóide e dificulta
a dispersão dos cistos, em função da redução da movimentação de máquinas e,
principalmente, de solo. A utilização dessa prática também reduz o risco de disseminação pelo
vento, sobretudo nas regiões dos chapadões, onde grandes quantidades de solo são carregadas
na época do preparo convencional do mesmo.
Tabela 2. Cultivares de soja com resistência ao nematóide de cisto H. glycines, indicadas para
cultivo no Estado do Mato Grosso. Embrapa Soja, outubro de 2006
Raças
Variedade
Spring RR (NK7054RR)
TMG123RR
ANTA 82 RR
M7639RR
M-SOY8001
P98Y11
TMG113RR
M8230RR
M8336RR
TMG131RR
P98Y40
P98Y51
BRS MT Pintado
TMG132RR
TMG133RR
TMG115RR
P98Y70
M-SOY8757
FMT Tabarana
AS8380RR
R
3 e 14
1e3
3
1e3
1e3
1e3
1e3
1e3
1e3
1e3
3
1e3
1e3
1e3
1e3
1e3
3
1e3
1e3
3
MR
2,5,6,9 e 14
14
GM
5,3
7,4
7,4
7,6
8,1
8,2
8,2
8,2
8,3
8,3
8,4
8,5
8,5
8,5
8,5
8,6
8,7
8,7
8,7
8,3
Tabela 3. Plantas hospedeiras dos principais gêneros de nematóides
M.
javanica
(Galha) M.
> 2000 espécies
Arroz
Aveia
Batata
Beldroega
Cana-de-açucar
Caruru
Corda-de-viola
Feijão
Frutíferas
Fumo
Gerânio
Guanxuma
Hortaliças
Joá-bravo
Mentrasto
Soja
Tomate
Trigo
incognita
(Galha) H.
> 2000 espécies
Algodão
Acerola
Algodoeiro
Batata
Beterraba
Cafeeiro
Cana-de -açucar
Cenoura
Cravo
Feijão
Figueira
Fumo
Mamoeiro
Melão
Pepino
Pessegueiro
Quiabo
Soja
Tomate
Videira
glycines
Caupi
Crotalária juncea
Ervilha
Ervilhaca
Feijão de Fava
Feijoeiro comum
Guandú
Soja
Tremoço
(Cisto) Pratylenchus
(Lesões)
Abacaxizeiro
Algodão
Amendoim
Batata
Brachiaria spp.
Cafeeiro
Cana-de-açucar
Ervas daninhas
Feijão
Labe-labe
Milheto
Milho
Mucuna Preta
Mucunas
Panicum maximum
Pessego
Quiabeiro
Soja
Rotylenchulus
reiniformes
Abacaxizeiro
Algodoeiro
Bananeira
Cafeeiro
Feijão
Mamoneira
Maracujazeiro
Soja
Tomateiro
Tabela 4. Plantas NÃO E MÁ hospedeiras dos principais generos de nematóides (Rotação/Suscessão)
M.
javanica
(Galha) M.
Algodão
Amendoim
Brachiaria spp.
Crotalária juncea
Crotalária spectabilis
Crotalárias spp.
Mamona
Milho
Mucuna Preta
Nabo Forrageiro
Panicu,m maximum
Sorgo
incognita
(Galha) H.
Amendoim
Brachiaria spp.
Crotalária juncea
Crotalária spectabilis
Crotalárias spp.
Milheto
Milho
Mucuna Preta
Nabo Forrageiro
Sorgo
glycines
Algodão
Amendoim
Arroz
Aveia
Brachiarias
Cana-de açucar
Cevada
Crotalária
Girassol
Mamona
Mandioca
Milheto
Milho
Mucuna
Sorgo
Trigo
(Cisto) Pratylenchus
(Lesões)
Aveia Preta
B. decumbens
Crotalaria breviflora
Crotalaria juncea*
Crotalaria mucronata
Crotalaria ochroleuca
Crotalaria spectabilis
Girassol
Guandu
Rotylenchulus
reiniformes
Amendoim
Arroz
Brachiaria spp.
Forrageiros
Milheto
Milho
Nabo forrageiro
Pé-de-Galinha
Sorgo
* má hospedeira FR = 1,2
Quanto à SINTOMATOLOGIA observam-se sintomas diretos e sintomas reflexos. No
direto o sistema radicular fica muito pobre ou deficiente. Já os reflexos são: o Nanismo
Amarelo da Soja (o mais comum), plantas de tamanho reduzido e cloróticas, geralmente
ocorrendo em reboleiras, deficiência nutricional (nitrogênio), redução na nodulação por
bradirhyzobium e redução na produção. Normalmente pode estar associado a outros
organismos como Fusarium solani f.sp. glycines e apresentar a Síndrome da morte súbita,
causado por Fusarium oxysporum e Macrophomina phaseolina.
Fotos: Jaime Maia dos Santos - UNESP
A DISSEMINAÇÃO do Heterodera glicynes pode ser ativa (ineficiente) ou passiva
(dispersão dos cistos) através do vento, água, maquinários, movimentação do solo, sementes,
sapatos, sacaria e aves migradoras.
Como MEDIDAS de CONTROLE pode-se optar pelo método da exclusão, adotandose ações quarentenárias, bem como através da utilização de variedades resistentes. O controle
químico tem apresentado alto custo e resultados insatisfatórios, além de promover
contaminação do solo, lençol freático, intoxicação de homens e de animais, por se tratarem de
produtos que apresentam em sua composição os ingredientes ativos Aldicarb, Carbofuran,
Oxamil e Fenamifós. Das opções de controle encontradas, as mais eficientes são a rotação de
culturas e a associação de rotação de culturas ao sistema de plantio direto, com a utilização de
variedades resistentes, plantas não hospedeiras e plantas antagonistas. (Plantas antagonistas:
são as plantas nas quais o nematóide penetra, mas não se desenvolve e/ou apresenta efeito
estimulatório sobre a eclosão dos ovos dos nematóides. Exemplo: Crotalária Spectabilis e
Mucuna).
Na Tabela 5, observam-se algumas opções economicamente viáveis para a rotação de
culturas dentro do contexto de plantio direto, de acordo com os principais seguimentos de
mercado, como também pelo nível de infestação e de novas raças de H. glicynes.
Tabela 5. Sistemas de plantio em rotação/sucessão de culturas para controle de NCS
Sistema I:
Baixa Infestação para H. glicynes
VERÃO I
SAFRINHA/COBERTURA
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Milho SP
Milho
Milho / B. ruziziensis
Sistema II:
VERÃO I
Algodão
Cober Crop
Crotalaria
Crotalaria
Crotalaria
Milheto
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho / B. ruziziensis
Sorgo
B. ruziziensis
Cober Crop
Milho
Milheto
Crotalária
Algodão
Crotalária
ILP - Int. Lavoura Pecuária
VERÃO II
Algodão
Soja Resistente
Milho
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Milho
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Alta Infestação e novas raças para H. glicynes
SAFRINHA/COBERTURA
Manejo de pós-colheita
Algodão
Sorgo
Milho / B. ruziziensis
Milho
Algodão
Mucuna
Algodão
Crotalaria
Cober Crop
ILP - Int. Lavoura Pecuária
VERÃO II
Milho
Milho
Milho
Crotalaria
Crotalaria
Milho
Algodão
Milho
Algodão
Algodão
Algodão
2) Nematóide de Galhas (Meloidogyne spp.)
J2
livres a procura do
hospedeiro
realizando postura
juvenil
eclodindo
J2
infestando
a raiz
J2
iniciando a
alimentação
Ciclo Biológico: Meloidogyne
J2
Adultos
permanece no interior
da galha
rompe a cutícula e
abandona a galha
Desenho: Patrícia Milano
J4
desenvolvimento
do aparelho
reprodutor
- CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS dos nematóides do gênero Meloidgyne spp.
Com seu CICLO de aproximadamente 25 a 40 dias este nematóide compreende as
fases de ovo em quatro estádios juvenis e um adulto, sendo:
1. Ovo: massa de ovos colocadas no solo ou no córtex da raiz;
2. J1: primeira ecdise no interior do ovo;
3. J2: fase infectiva (sai do ovo e inicia sua movimentação no solo em busca de
alimento, penetra as raízes até atingir a região central (estelo) daí começa a sua
alimentação (4 a 8 células nutridoras);
4. J3 e J4: o nematóide cresce e perde a mobilidade, trocando de pele por mais três
vezes;
5. Fase Adulta:
- Macho: Filiforme, vive aproximadamente 7 dias sem se alimentar na planta e sem
função sexual, já que a maioria das espécie de Meloidogyne é de reprodução
partenogenética. A fêmea globosa leitosa, três dias após atingir a fase adulta inicia a
oviposição. Cada fêmea oviposita cerca de 50% dos ovos, ficando o restante retido no
útero após sua morte. A fêmea pode colocar de 200 a 1000 ovos (média 400 ovos).
OVO
J
2
J
2
a
J3
FÊMEA
\
Fases do ciclo: de ovo a adulto do Meloidogyne spp.
Foto: Monsanto
Penetração de
Juvenis J2 nas raízes.
Fêmea
Juvenis do 2o Estádio
Massa de ovos
( OOTECA )
Juvenis do 2º Estádio
Fêmea de Meloidogyne na raíz
Deposição de ovos para dentro da OOTECA
Massa de ovos
Fêmea de Meloidogyne na raiz com Ooteca
Galhas com massa de ovos
Fêmea com ovos e região perineal de Meloidogyne
O gênero Meloidogyne compreende um grande número de espécies. Entretanto, M.
javanica e M. incognita são os que mais limitam a produção das grandes culturas como a soja
e o algodão (Tabela 6). No Brasil a OCORRÊNCIA do M. javanica (soja) é generalizada,
enquanto M. incognita predomina em áreas cultivadas anteriormente com café ou algodão
(PR, SP, MG, MS, MT, BA). O nematóide Meloidgyne spp. tem PREFERÊNCIA por solos
arenosos ou médio-Argilosos ( > 25% de argila ). As maiores PERDAS, da ordem de 10% a
40%, são observadas em soja cultivada em solos arenosos. (Prof. Dr. Mario Inomoto,
ESALQ/USP).
A DISSEMINAÇÃO dos nematóides de galha se deu inicialmente através de mudas
de café, estacas enraizadas, mudas de frutíferas, ornamentais e batata semente (tubérculos).
Hoje pode-se contar com sementes e mudas fiscalizadas e certificadas, porém a disseminação
ainda continua sendo um dos grandes entraves no controle destes parasitas, pois são
facilmente levados através de máquinas e implementos agrícolas (terceirizados/emprestados/
transferidos), movimentações excessivas de solo, sementes, calçados, sacarias e até mesmo
enxurradas ou erosões.
Sua SOBREVIVÊNCIA pode variar de 6 a 12 meses e se torna menor em condições
de plantio direto, pois há maior teor de matéria orgânica e conseqüentemente maior presença
de inimigos naturais no solo. Além das características do solo, temperatura e umidade também
interferem na sobrevivência dos nematóides de galha.
Tabela 6. Suceptibilidade de algumas culturas ao ataque de nematóides do genero Meloidogyne , por 4 espécies
Nome cientifico
Nome comum
M.
incognita
M.
hapla
M.
javanica
M.
arenaria
Crotalaria spectabilis
crotalaria
0
(1)
0
0
0
Cucurbita pepo
Lectuca sativa
Medicapo sativa
Gossypium hirsutum
Arachis hypogaea
abóbora
alface
alfafa
algodão
amendoim
4
4
0
4
4
4
3
0
0
4
3
0
4
Avena sativa
aveia
4 (5)
4
3
3
0
(2)
1
0
1
1
Musa caverdishii
Solanum tuberosum
banana
batata
3
4
3
3
Impomoea batatas
Beta vulgaris
Saccharum officinarum
Allium cepa
Daucus carota
batata-doce
beterraba
cana-de-açucar
cebola
cenoura
- (6)
4
(3)
2
4
4
4
3 (4)
0
4
4
4
3
0
3
4
4
4
4
2
2
1
2
0
4
3
3
4
0
4
3
4
4
1
4
0
4
0
4
4
0
4
0
4
3
0
3
4
4
4
4
0
2
0
1
3
4
3
Phaseolus vulgaris
Pelargonium sp.
Cajanus cajan
Ricinus communis
Arracacia xanthorrhiza
Citrullus vulgaris
Zea mays
Fragaria sp.
Hibiscus esculentus
Apium graveolens
Glycine max
Lycopersicum esculentum
Triticum aestivum
feijão
gerânio
guandu
mamona
mandioq. Salsa
melancia
milho
morangueiro
quiabo
salsão
soja
tomate
trigo
Fonte: "Nematóides das Plantas Cultivadas" L. G. E. Lordello.
Legenda
(1)
Grau 0 = não houve infestação; no caso de terem as larvas pré-parasita penetrado nos tecidos
não se desenvolveram até o estado de fêmeas maduras produtoras de ovos.
(2)
Grau 1 = infestação extremamente leve, tendo apenas uma ou outra fêmea com massa de ovos
sido verificada no interior da raiz.
(3)
Grau 2 = infestação leve, com fêmeas maduras com massas de ovos facilamente vistas, meso
ao olho nú.
(4)
Grau 3 = infestação moderada, sendo as fêmeas maduras e massas de ovos moderadamente
abundantes.
(5)
Grau 4 = infestação severa, sendo muito abundantes não só femeas maduras mas também ootecas.
(6)
-
= a ausência de um numero significa que a susceptibilidade não foi testada ou verificada
em amostra coligada na natureza
Quanto a sua SINTOMATOLOGIA pode-se observar a partir do florescimento os
sintomas reflexos, como a redução na área foliar, deficiências minerais e murchamento
temporário nos horários mais quentes do dia, clorose internerval, diferentemente da que
ocorre com Heterodera glicynes, e em populações mais elevadas até mesmo um
avermelhamento nas folhas, crestamento generalizado (Carijó) e conseqüentemente baixa
produtividade. Os sintomas diretos apresentam redução e distúrbios no sistema radicular,
através do engrossamento das paredes celulares nas raízes promovendo baixa eficiência na
absorção e translocação de água e nutrientes.
Fotos: Monsanto - Sintomas de galhas nas raízes da soja – Meloidogyne spp.
Foto: Guilherme L. Asmus, Embrapa –
CNPAO, Sintoma de M. incógnita em raiz
de algodão
Para o CONTROLE do nematóide de galhas podem ser utilizadas, de modo integrado,
várias estratégias. Primeiramente devem-se interromper os mecanismos de dispersão que
ocorrem entre e dentro das propriedades rurais. A rotação/sucessão com culturas não ou más
hospedeiras e a utilização de cultivares resistentes são as mais eficientes. A rotação de
culturas para controle do nematóide de galhas deve ser bem planejada, uma vez que a maioria
das espécies cultivadas podem ser atacadas. Quase todas as plantas daninhas também
possibilitam a reprodução e a sobrevivência desses nematóides. Assim, deve ser realizado o
controle sistemático dessas plantas principalmente nas reboleiras. A escolha da rotação
adequada deve-se basear, também, na viabilidade técnica e econômica da cultura na região,
sendo bastante variável de um local para outro. Para recuperação da matéria orgânica e da
atividade microbiana do solo e possibilitar a manutenção populacional de inimigos naturais,
também é importante incluir, na rotação/sucessão, espécies de “adubos verdes” resistentes.
Como existe variação dentro das espécies vegetais com relação à capacidade de multiplicar as
diferentes espécies de Meloidogyne spp., somente a partir do conhecimento da reação de
cultivares e híbridos a esta espécie, é que se pode desenvolver um planejamento eficiente de
rotação/sucessão de culturas. Em soja a presença de galhas é positivamente correlacionada
com maior reprodução do nematóide e maior dano na planta. Há casos de formação de galhas
incitadas por Meloidogyne spp. em alguns híbridos de milho, mas a regra é a ausência, mesmo
quando ocorre o parasitismo. Os danos em milho são raros também. Mesmo em reboleiras de
elevada infestação, o milho apresenta desenvolvimento normal. Desta forma pode-se dizer
que os genótipos de milho possuem elevada tolerância a danos causados por espécies de
Meloidogyne presentes no Brasil e podem ser de fundamental importância para a redução da
população desses nematóides. A escolha de híbridos de milho e soja resistentes para rotação
auxiliam na manutenção da população dos nematóides em níveis baixos, evitando perdas de
produtividade (Tabela 7).
Tabela 7. Reação dos híbridos de milho e sorgo ao Meloidogyne javanica
GENÓTIPOS
Soja cv. Conquista
Soja cv. Pintado
Tomateiro
Soja cv. DOKO
Volumax
DKB390
Flash
AG7040
AG2040
AG6040
DKB393
DKB350
DKB455
AG7000
DKB215
DKB747
AG9010
DKB979
DKB466
AG6018
DKB330
AG5020
AG2060
Sara
DKB599
AG8060
AG9020
AG1018
DKB214
AG8021
DKB566
Crotalaria spectabilis
AG1051
CULTURA
# ENSAIOS
Soja
Soja
Tomate
Soja
Sorgo
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Milho
Sorgo
Sorgo
Milho
Milho
Sorgo
Milho
Milho
Milho
Adubação Verde
Milho
1
9
2
2
2
2
8
3
4
1
1
7
2
3
4
3
3
2
2
8
2
3
1
2
2
2
8
2
1
2
4
9
1
ESALQ - 2004 / 2005 / 2006 ( 7 ensaios )
EMBRAPA CNPsoja ( 1 ensaio )
UFU - Universidade de Uberlândia ( 1 ensaio )
FR REAÇÃO
128,8
76,1
41,4
32,3
15,2
3,8
3,6
3,4
3,2
3,2
2,6
2,5
2,4
1,9
1,8
1,6
1,6
1,5
1,4
0,9
0,9
0,8
0,8
0,7
0,7
0,7
0,6
0,5
0,3
0,2
0,2
0,0
0,0
R (FR>1)
T (FR<3 >1)
S ( >3 )
S
S
S
S
S
S
S
S
S
S
T
T
T
T
T
T
T
T
T
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
R
Resistente
Tolerante
Suscetível
Os incrementos da população (FR) de M. javanica em soja são maiores do que aqueles
observados em milho mesmo em cultivares de soja resistentes, como Pequi, Conquista e
Garimpo. Em cultivares de soja suscetíveis, o incremento da população foi ainda mais
elevado. (João Flávio Veloso Silva – EMBRAPA Soja). O método de controle mais eficiente,
barato e de fácil assimilação pelos produtores, é o uso de cultivares e híbridos resistentes.
Atualmente, cerca de 80 cultivares de soja com níveis variados de resistência aos nematóides
de galhas estão disponíveis no Brasil. Todas descendem de uma única fonte de resistência: a
cultivar norte-americana Bragg. Como os níveis de resistência destes cultivares não são muito
altos em situações de populações elevadas do nematóide, antes de semear uma cultivar
resistente (Tabela 9), o agricultor deverá fazer rotação de cultura com uma espécie vegetal
não ou má hospedeira.
É preciso destacar que quanto maior a infestação do nematóide, mais difícil é seu
controle, ou seja, será necessário utilizar por mais tempo o milho, o sorgo ou outra cultura
resistente para que a população do nematóide fique suficientemente baixa para não causar
perdas à cultura subseqüente de soja. O milho também pode ser utilizado em rotação ou
sucessão com a soja para o controle dos nematóides das galhas. Três ações são importantes
para se obter o controle dos nematóides das galhas por meio de rotação ou sucessão de
culturas (Tabela 8). 1- identificar a espécie de Meloidogyne spp.; 2- conhecer as cultivares ou
os híbridos que são resistentes à espécie identificada; 3- verificar a população do nematóide
no final da safra (Prof. Dr. Mário Inomoto, ESALQ/USP).
Tabela 8. Sistemas de plantio em rotação/sucessão de culturas para controle de Meloidogyne
spp.
Sistema I:
Baixa Infestação para Meloidogyne spp.
VERÃO I
SAFRINHA/COBERTURA
Soja Resistente
Milho Resist. / Toler.
Soja Resistente
Milho Resist. / Toler.
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Milho Res.-Tol. / B. ruziziensis
Algodão*
Sorgo Resistente
Crotalária
ILP - Int. Lavoura Pecuária
Milho Resist. / Toler.
Cober Crop
Milheto Resistente
Manejo de Pós-colheita
Sistema II:
VERÃO I
VERÃO II
Algodão*
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Soja Resistente
Alta Infestação e novas raças para Meloidogyne spp.
SAFRINHA/COBERTURA
VERÃO II
Milho Resist. / Toler.
Manejo de pós-colheita
Algodão*
Cober Crop
Algodão*
Milho Resist. / Toler.
Crotalaria
Sorgo
Milho Resist. / Toler.
Crotalaria
Milho Res.-Tol. / B. ruziziensis
Crotalaria
Crotalaria
Milho Resist. / Toler.
Crotalaria
Milheto Resistente
Algodão*
Milho Resist. / Toler.
Milho Resist. / Toler.
Mucuna
Algodão*
Milho Resist. / Toler.
Sorgo
Algodão*
Milho Resist. / Toler.
Crotalaria
Milho Resist. / Toler.
Milho Resist. / Toler.
Cober Crop
Algodão*
Milho Resist. / Toler.
ILP - Int. Lavoura Pecuária
Algodão*
* Quando identificado Meloidogyne incognita no talhão, não rotacionar com Algodão (hospedeiro)
Os sistemas apresentados na Tabela 8 sugerem algumas recomendações de manejo de
acordo com o sistema produtivo e o nível populacional dos nematóides de galha.
Tabela 9. Cultivares de soja resistentes (R) ou moderadamente resistentes (MR) aos
nematóides de galhas (Meloidogyne incognita e/ou M. javanica) indicadas para o cultivo no
Mato Grosso. Embrapa/Soja, outubro de 2006.
M . javanica M . incognita
Variedade
Spring RR
MR
M7578RR
MR
M7908RR
MR
MR
BRS Valiosa RR
R
MR
MG/BR-46 Conquista
R
R
BRS Favorita RR
R
MR
TMG103RR
MR
MR
BRS850GRR
MR
R
M8527RR
MS
MR
AS7307RR
MR
GM
5,3
7,5
7,9
8,2
8,2
8,2
8,3
8,5
8,5
7,3
Tabela 10. Reação das cultivares de soja ao Nematóide de Galhas, M. javanica e M.
incognita.
Meloidogyne javanica
Genótipo
BRS 133
Embrapa 20 (Doko RC)
BRSMT Pintado
GOBR99-464007
M-Soy 8001
BRS 230
Tropical
BRS 232
CD 217
BRSGO Paraíso
CD 201
BRS 233
CD 208
Bragg
MG/BR 46 (Conquista)
BRSGO 204 [Goiânia]
1
FR
Meloidogyne incognita
1, 2
26,4
32,6
39,4
29,1
24
42,6
30,4
21,2
27,1
22,8
18,2
12,5
17,7
23
20,5
11,5
Média de 10 repetições.
FR (Fator de reprodução) população final/população
inicial.
2
1,2
Genótipo
FR
Embrapa 20 (Doko RC)
BRSMT Pintado
BRS 133
GOBR99-464007
BRS 232
BRS 230
M-Soy 8001
MG/BR 46 (Conquista)
CD 201
Tropical
BRS 233
CD 208
Bragg
BRSGO 204 [Goiânia]
BRSGO Paraíso
CD 217
12,4
12,3
15,6
17,7
13,9
31,6
13,1
12,4
9,1
9
7,8
12,9
4,8
5,2
6,4
7,8
3) Nematóide Reniforme (Rotylenchulus reniformis)
Fêmea realizando
postura
Adultos sexualmente
imaturos
J2
eclodindo
J2
J3
J4
livres no solo
livres no solo
livres no solo
(2) Adultos
sexualmente imaturos
e
Ciclo Biológico: Rotylenchulus
(2)
(3) macho
permanece no solo
sem se alimentar
em cópula
Fêmea madura
sexualmente pronta para o
acasalamento
(3)
Fêmea adulta (formato
de rim)
(1)
(1) Fêmea iniciando a
alimentação no
hospedeiro
Fêmea
sedentária
Desenho: Patrícia Milano
- CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS do nematóide Rotylenchulus reniformis:
Este nematóide apresenta tipicamente quatro fases juvenis e sua primeira ecdise
acontece ainda dentro do ovo (J1).
1- J1: Primeira troca de pele (dentro do ovo);
2- J2: Eclosão (sai do ovo e entra em movimentação no solo);
3- J3 e J4: Adultos imaturos (Não se alimentam nesta fase);
4- Fase Adulta:
- Macho: comuns no solo, aparentemente não se alimentam e permanecem móveis no
solo;
- Fêmeas imaturas: esbeltas e infectivas. Penetram a parte anterior do corpo no
córtex radicular, onde estabelecem um sítio de alimentação e atraem os machos. Tornamse sedentárias, aumentando de tamanho (forma semelhante a um Rim). Cada fêmea coloca
em média 100 ovos (massa gelatinosa recobrindo as fêmeas). O ciclo se completa em 17 a
23 dias.
Fotos: Guilherme L. Asmus, Embrapa CNPAO – Rotylenchulus reniformis na raíz
Muito embora o algodão seja a cultura mais afetada por R. reniformis, este também
tem parasitado a cultura da soja, feijão, abacaxi entre outras, conforme listado na tabela 3.
Sua OCORRÊNCIA está localizada principalmente nas regiões tropicais e
subtropicais, em especial na região Centro-Sul do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. No
Brasil Central apresenta PREFERENCIA por solos médio-argilosos a argilosos (25 a 35%
de argila) a (> 35% de argila) respectivamente. Nestas condições tem-se verificado perdas
de 10 a 30% na cultura da soja.
Apresenta alta capacidade de SOBREVIVÊNCIA na ausência de hospedeiros, pois
quando em condições de baixa umidade no solo entra em estado de Anidrobiose
(mecanismo de natureza fisiológica pelo qual a escassez de umidade, induz o nematóide a
reduzir drasticamente seu metabolismo, quase ametabolismo), suportando melhor a
dessecação que outras espécies de nematóides (Dr. Guilherme Lafourcade Asmus,
EMBRAPA – CNPAO). Há relatos que mencionam sua sobrevivência por tempo acima de
29 meses. Quando em estado de anidrobiose sua DISSEMINAÇÃO pelo vento é
facilitada, além das demais práticas de dispersão, como qualquer prática que movimente o
solo através de máquinas e implementos agrícolas (terceirizados/emprestados e/ou
transferidos). Em campos infestados, durante operação de plantio e cultivo, foram
encontrados nos pneus do trator 1.200 nematóides/200cm3 de solo aderido, e durante a
operação de colheita, nos pneus da máquina foram encontrados 52 nematóides/200 cm3 de
solo aderido.
Suas SINTOMATOLOGIAS diferentemente dos demais nematóides não apresentam
galhas ou fêmeas visíveis a olho nu (NCS), porém, como sintoma direto mostram um
sistema radicular pouco desenvolvido, caracterizado por apresentar em alguns pontos da
raiz uma camada de terra aderida às massas de ovos do nematóide, que são produzidas
externamente, deixando com aspecto de raiz suja de terra mesmo depois de lavada em
água corrente. Como sintomas reflexos apresentam reboleiras muito grandes, difíceis de
serem percebidas por um observador com pouca experiência. O porte das plantas ficam
menores que as normais (semelhante à compactação de solo) e sem apresentar cloroses,
plantas “Carijó”, somente em altas populações e conseqüentemente baixas produtividades
na cultura.
O Nível de Dano: EUA – 600 nematóides/200cm3, porém no Brasil ainda não há uma
determinação.
Rotylenchulus reniformis
Foto: Guilherme L. Asmus
Foto: Jaime Maia dos Santos
CARIJÓ TÍPICO
Foto: Jaime Maia dos Santos
Para se efetuar um manejo adequado de R. reiniformis, é imprescindível que se adote
medidas integradas, não se limitando a apenas uma ação, mas a um conjunto de ações.
Primeiramente deve-se interromper os mecanismos de dispersão deste parasita, através da
lavagem dos equipamentos e máquinas, antes e após sua utilização; em seguida procurar
deixar as áreas mais infestadas serem trabalhadas por último e adotar medidas culturais
que neste caso são altamente eficientes, como a rotação/suscessão com culturas não
hospedeiras optando por qualquer cultivar ou híbrido de milho, sorgo, soja resistente.
Trabalhar o sistema de plantio direto associado à rotação de culturas, pois a maioria
das culturas de coberturas, tais como: braquiarias, sorgo, sorgo forrageiro, milheto, pé-degalinha, mesmo em sucessão apresentou redução deste nematóide. Dentro deste manejo
integrado a escolha do método de imunização é altamente interessante, pois é facilmente
assimilado pelo agricultor, através da adoção de cultivares e variedades resistentes.
4) Nematóide das Lesões Radiculares (Pratylenchus brachyurus)
Fêmea infestação no
hospedeiro
Fêmeas adultas em busca
de novos hospedeiros
Fêmea dentro do hospedeiro,
ovipositando
Ciclo Biológico: Pratylenchus
J4
J3
J2
Juvenil eclodindo
Desenho: Patrícia Milano
- CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS do nematóide Pratylenchus brachyurus:
Seguindo praticamente as mesmas características do R. reniformis durante sua fase juvenil o
nematóide das Lesões Radiculares se diferem basicamente na sua fase adulta e seus ovos
podem ser colocados dentro das raízes e no solo.
1- J1: ocorre à primeira troca de pele ainda dentro do ovo;
2- J2: Eclosão e início da sua alimentação;
3- J3 e J4: continuam a crescer e passa por outras trocas de ecdise;
4- Estádio Adulto: nesta fase o P. brachyurus é composto basicamente por fêmeas, já
que o macho é muito raro para esta espécie e sua reprodução é do tipo partogênica.
- Fêmeas: completam o ciclo dentro da raiz. Após alimentar-se das raízes ou por
excesso de ocupação das mesmas, caminha no solo em busca de raízes em melhores
condições. Uma fêmea chega a colocar cerca de 80 ovos dentro das raízes. No geral seu
CICLO é completado em 45 -65 dias.
No Brasil, as espécies de nematóide do gênero Pratylenchus, conhecidas como
“nematóides das lesões radiculares”, figuram em segundo lugar em termos de importância
para a agricultura, sendo superadas apenas pelos chamados “nematóides de galhas”, do gênero
Meloidogyne. Dentro do gênero Pratylenchus, a espécie P. brachyurus (Godfrey) Filipjev &
S. Stekhoven é uma das mais destacadas em todo o mundo. Tal relevância está associada a
algumas características mostradas por esse nematóide, entre as quais: i) ampla distribuição
geográfica, ocorrendo na maioria dos países das regiões tropical e subtropical; ii) alto grau de
polifagia, ou seja, capacidade de parasitar e multiplicar-se em grande número de plantas
hospedeiras, filiadas a diferentes famílias botânicas; e iii) ação patogênica pronunciada no
caso de várias culturas de grande interesse agronômico, anuais e perenes, podendo causar
danos marcantes e perdas econômicas vultosas.
Nos estados de Mato Grosso e no Norte do Mato Grosso do Sul, tornou-se mais
favorável a este nematóide, pois apresentam solos de textura média e sucessões constantes de
culturas suscetíveis (soja, milho e algodão), o que tem levado ao aparecimento de populações
elevadas nestas regiões. Levantamento feito em áreas produtoras de soja e algodão no estado
do MT apresentou 94% das amostras com Pratylenchus brachyurus (Silva, 2003), o que
denota importância subestimada deste parasita. Contudo, quase não existem estudos sobre os
efeitos do seu parasitismo nas diversas culturas. (Tabela 3).
Sua PREFERENCIA é por solos médio-arenosos (15 a 25% argila) e tem-se
beneficiado muito com as culturas de soja e algodão, além daquelas áreas degradadas, onde
anteriormente eram pastagens e foram incorporadas para lavouras de soja.
Quando é único nematóide presente na cultura da soja, pode causar PERDAS de 10 a
25%, porém pode ocorrer associado com outros nematóides (NCS e Galha).
O Pratylenchus brachyurus tem baixa capacidade de SOBREVIVÊNCIA na ausência
de hospedeiros, porém consegue sobreviver em restos culturais, tornado seu controle um
pouco mais complicado, pois é favorecido pelas áreas com sistema de plantio direto e cultivo
mínimo, nos quais a formação da palhada assegura no solo a manutenção do teor de umidade
adequado à sobrevivência e boa atividade deste nematóide durante boa parte do ano. É muito
comum e abundante em culturas irrigadas, onde há presença constante de hospedeiros.
Sua DISSEMINAÇÃO é umas das formas mais importantes para inibir sua dispersão,
pois é facilmente levado por máquinas e implementos, além das enxurradas e outros meios.
A SINTOMATOLOGIA causada por este nematóide apresenta o sistema radicular da
planta menos volumoso, pouco desenvolvido, e as raízes presentes mostram áreas parcial ou
totalmente escura, resultantes da coalescência das muitas lesões necróticas causadas
internamente pelo nematóide. Essas anomalias provocadas no sistema radicular limitam a
absorção e o transporte de água e de nutrientes, levando a planta atacada a exibir diferentes
sintomas reflexos na parte aérea, em especial enfezamento, nanismo, murcha nas horas mais
quentes do dia, clorose e outros indicativos de distúrbios nutricionais, como a desfolha, queda
na produtividade, etc. O ataque costuma ocorrer em reboleiras, nas quais os níveis
populacionais do nematóide são elevados e o porte das plantas é menor que o normal.
A interação com outros fungos agrava a murcha por Verticillium (algodão, batata,
morango e tomateiro), murcha por Fusarium e agrava problemas com Rhizoctonia,
Phytophthora e Pythium
Foto: Jaime M. dos Santos – UNESP
Foto: Neucimara R. Ribeiro – APROSMAT
Foto: Neucimara R. Ribeiro - APROSMAT
Foto: Prof. Dr. Mário Inomoto – ESALQ/USP
Pratylenchus brachyurus
Foto: Jaime Maia dos Santos – Pratylenchus na cultura do algodão
Há várias medidas de MANEJO que podem ser cogitadas visando à solução de um
determinado problema de natureza nematológica, porém para Pratylenchus brachyurus a
maioria delas não se mostra tecnicamente eficaz ou economicamente exeqüível, ficando as
opções bastante restritas. O emprego do controle varietal, por exemplo, embora fosse o ideal,
não está ao alcance no momento, pois não se dispõe de cultivares de soja altamente resistentes
a P. brachyurus, haja visto que, nos últimos anos, as pesquisas nacionais na área de
melhoramento genético têm visado principalmente à resistência ao nematóide de cisto e aos
nematóides de galhas, assim como os estudos referentes aos híbridos e variedades de milho e
sorgo.
O controle químico também encontra objeções, em especial pelo fato de que os
produtos nematicidas, embora eficientes, não erradicam o nematóide, mas apenas reduzem-lhe
as populações temporariamente, aspecto conflitante com os objetivos do plantio direto e que,
ao longo do tempo, poderia onerar a produção.
A técnica que vem sendo mais indicada ao manejo de P. brachyurus é a rotação de
culturas, alternando plantios de soja com outras culturas de verão e de inverno que sejam
resistentes a esse nematóide (Tabela 11). A eficácia da técnica está ligada ao fato de que,
embora a lista de hospedeiros de P. brachyurus seja extensa, encontram-se ainda algumas
plantas nas quais a sua multiplicação não ocorre ou a taxa de reprodução é extremamente
baixa. Portanto, o cultivo de tais plantas, dentro de esquema bem planejado, poderá ensejar
ao produtor a redução da população desse nematóide na área a níveis toleráveis, a exemplo do
que, já se tem buscado fazer em relação aos nematóides de galhas e ao nematóide de cisto.
Tabela 11. Sistemas de plantio em rotação/sucessão de culturas para controle de Pratylenchus
brachyurus
Sistema I:
Alta Infestação de Pratylenchus
VERÃO I
SAFRINHA/COBERTURA
Crotalaria spectabilis
B. decumbens
Milheto BN2
Milheto BN2
ILP - Integ. Lavoura-pecuária
B. decumbens
VERÃO II
B. decumbens
Crotalaria spectabilis
Crotalaria spectabilis
Além da soja e algodão, P. brachyurus pode parasitar a aveia, o milho, o milheto, o
girassol, a cana-de-açúcar, o amendoim, dentre outras, alguns adubos verdes e a maioria das
ervas daninhas. Entretanto, existe variabilidade entre e dentro das culturas ou espécies
utilizadas em cobertura ou adubação verde, com relação à capacidade de multiplicar o
nematóide (Tabela 12). Espécies, cultivares e híbridos resistentes ou que multiplicam menos o
parasita, devem ser preferidas para semeadura em rotação/sucessão com as grandes culturas
do cerrado, nas áreas infestadas.
Tabela 12. Fatores de reprodução (FR) de P. brachyurus em algumas espécies vegetais.
Médias de seis repetições. Embrapa Soja, março de 2007.
Espécies Vegetais
Aveia preta
Crotalaria spectabilis
Crotalaria breviflora
Crotalaria mucronata
Crotalaria ochroleuca
Crotalaria junceae
Brachiaria decumbens
Brachiaria brizantha
Milheto „ADR Lab 04-208‟
Milheto „ADR 300‟
Milheto „BN2‟0,0
Milheto „ADR 500‟
Mucuna cinza
Mucuna anã
Mucuna preta
FR*
0,9
0,0
0,0
0,0
0,0
1,3
0,6
1,7
0,2
0,2
0,0
1,8
2,6
3,3
11,4
Espécies Vegetais
Guandu Fava Larga
Guandu anão „IAPAR 43‟
Milho „BRS 2114‟
Milho „BRS 3123‟
Milho „P 30F80‟
Girassol „Hélio 251‟
Girassol „Hélio 358‟
Girassol „BRS 122‟
Girassol „IAC Uruguai‟
Girassol „Catissol‟
Labe-labe
Sorgo „IG 150‟
Quiabo „Santa Cruz‟
Soja „Peking‟
Soja „Essex‟
FR
0,4
0,6
0,7
0,7
2,9
0,2
0,4
0,7
1,1
0,2
2,2
2,2
6,6
1,6
4,9
*FR= população final de nematóides recuperada em cada planta/população inicial (600 espécimes).
Algumas cultivares norte-americanas foram relatadas (www.soybean.ncsu.edu/soyvar)
como sendo resistentes (Cook, Davis, Deltapine 417, Essex, McNair 600, NK Coker 338 e
Ransom) ou moderadamente resistentes (Hutton, NK Coker 136, Pickett, Asgrow A5979 e
Bragg), porém o controle genético da resistência não foi esclarecido.
O comportamento dos cultivares brasileiros de soja em áreas infestadas com P.
brachyurus, não tem indicado a existência de materiais resistentes ou tolerantes. Todavia,
avaliações em casa-de-vegetação mostraram que as cultivares recomendadas no Brasil Central
diferem bastante com relação à capacidade de multiplicar o nematóide (Tabela 13).
Tabela 13. Fatores de reprodução (FR) de P. brachyurus em cultivares de soja recomendadas
no Brasil Central. Médias de seis repetições. Embrapa Soja, março de 2007.
Cultivares
BRSGO Chapadões
M-SOY 8378
M-SOY 8360RR
Conquista
M-SOY 8800
Goiânia
BRS Aurora
M-SOY 8384
CD 219RR
M-SOY 8585RR
TMG 103RR
BRS Valiosa RR
M-SOY 8045RR
M-SOY 8998
M-SOY 8757
BRS Celeste
M-SOY 8248
M-SOY 8000RR
Robusta
M-SOY 8352RR
M-SOY 8329
FMT Kaíbi
Vencedora
BRSGO Iara
ADR Topázio
BRS Favorita RR
FR*
1,2
2,2
2,3
3,3
3,3
3,5
3,7
3,7
3,8
4,0
4,2
4,2
4,2
4,3
4,5
4,5
4,5
4,8
5,2
5,5
5,8
6,3
6,3
6,3
6,5
6,5
Cultivares
FMT Tucunaré
M-SOY 8925
M-SOY 8411
M-SOY 9001
M-SOY 7908 RR
M-SOY 7878 RR
M-SOY 8008
FMT Tabarana
M-SOY 8336
FMT Perdiz
Nobreza
M-SOY 9030
M-SOY 8787RR
BRS Pirarara
BRS Sambaíba
BRSMT Pintado
M-SOY 8527
DM 309
M-SOY 8870
M-SOY 8400
CD 217
P 98N31
M-SOY 9010
Luziânia
P 98N71
(Xingu)
FR*
6,7
6,7
6,7
6,8
6,8
7,0
7,2
7,2
7,3
7,5
7,5
7,7
7,8
8,0
8,0
8,2
8,2
8,5
8,7
8,8
9,2
9,3
9,3
9,7
9,7
9,8
Cultivares
M-SOY 9056 RR
Uirapuru
BRS Gralha
BRS Jiripoca
M-SOY 8550
M-SOY 8199 RR
M-SOY 8222
M-SOY 8914
TMG 106 RR
M-SOY 8001
M-SOY 8211
M-SOY 8287 RR
M-SOY 8866
TMG 121 RR
M-SOY 8849
Paraíso
TMG 108 RR
M-SOY 6101
M-SOY 9350
TMG 113 RR
M-SOY 109
Embrapa 20
Raíssa
Ipameri
TMG 115 RR
TMG 117 RR
FR*
9,8
9,8
10,0
10,0
10,3
10,5
10,7
10,8
11,0
11,2
11,2
11,5
11,7
11,7
12,3
12,5
12,7
12,8
13,0
13,7
13,8
14,7
15,3
15,7
16,8
29,3
*FR= população final de nematóides recuperada em cada planta/população inicial (800 espécimes).
Conclusões/Recomendações
O controle dos nematóides no cerrado não se faz através de ações isoladas e sim
trabalha-se um conjunto delas, buscando um bom planejamento técnico, sistemas produtivos e
estratégias adequadas que viabilizem a convivência econômica com estas pragas. Para tanto,
só se consegue ser assertivo no manejo dos nematóides começando por sua identificação e
quantificação das espécies presentes na lavoura, através de coletas de amostras de solos e
raízes, a uma profundidade de 0 a 30 cm, acondicionadas em sacos plásticos bem amarrados e
acondicionadas em caixas térmicas para que as amostras se mantenham frescas e úmidas. Em
seguida encaminhar ao laboratório de sua preferência para as análises o mais rápido possível.
A rotação de culturas não deve ser substituída pela sucessão de culturas, esta é uma
das ferramentas mais eficientes no combate ao nematóide. E para alguns gêneros, raças e/ou
altas populações, esta ação é imprescindível para redução de nematóides. O
cultivo
de
plantas não hospedeiras na entressafra (maio a agosto) não mostrou ser boa opção para
redução da população de nematóides, ainda assim se faz necessário à rotação de culturas no
verão.
A utilização de cultivares, variedades e híbridos resistentes no sistema produtivo é um
dos métodos mais seguros e econômicos, porém não deve ser a única opção de manejo de
nematóides, pois poderá haver quebra de resistência em situações de alta população dos
mesmos. Nestes casos antes de semear uma cultivar resistente, o agricultor deverá fazer
rotação de cultura com uma espécie não hospedeira.
A rotação de culturas é um forte componente do Sistema de Plantio Direto e um
agente que auxilia na menor disseminação dos nematóides, além de todos os demais
benefícios encontrados no sistema. Nematóides do gênero Pratylenchus brachyurus podem e
devem ser manejados em Sistema de Plantio Direto com a adoção de culturas botânica
resistentes, além de se buscar variedades, cultivares e híbridos resistentes na recomendação da
cultura subseqüente.
Como pode-se observar, o manejo de nematóides é bastante complexo e tornou-se
imperioso e inadiável. Por se tratar de pequenos vermes microscópicos, a percepção das
perdas pelo produtor é bastante lenta e com isso facilita ainda mais sua dispersão e incremento
populacional.
Somente com este conjunto de ações e atitudes é que os agricultores conseguirão
aumentar suas produtividades e conseqüentemente sua receita.
Autores e co-autores:
(1)
Coordenador de Desenvolvimento Tecnológico, Monsanto do Brasil Ltda, Rondonópolis, MT
(2)
Gerente de Pesquisa em Nematologia, Dra. em Nematologia, APROSMAT, Rondonópolis, MT
(3)
Coordenador de Desenvolvimento Tecnológico, Monsanto do Brasil Ltda, Rio Verde, GO
(4)
Gerente Técnico em Biotecnologia, Dr em Entomologia, Monsanto do Brasil Ltda, Piracicaba, SP
(5)
Gerente Regional Desenvolvimento Tecnológico, Monsanto do Brasil Ltda, Goiânia, GO
(6)
Gerente Nacional Desenvolvimento Tecnológico, Monsanto do Brasil Ltda, São Paulo, SP
(7)
Coordenador de Desenvolvimento Tecnológico, Monsanto do Brasil Ltda, Sorriso, MT
- Andréa Luciana Sari Sampaio, Revisora, Graduada em Letras e Especialista em linguagem e
práticas de ensino da Língua Portuguesa, UNIR/FAIR, Rondonópolis, MT
REVISÃO DE LITERATURA:
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LORDELLO, L.G.E. Nematologia das plantas cultivadas.
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MANEJO DE NEMATÓIDES NA CULTURA DA SOJA