Diversidade Sexual
Alicia Porto
Isabella Passos
Victória Ferreira
“Protagonista no teatro do mundo ou coadjuvante nos
bastidores do grande espetáculo, a homossexualidade
atravessou a instável fronteira dos costumes com visto
de entrada ou como uma indesejável imigrante ilegal.
De maneira ou outra está no foco de olhares curiosos
ou repressores da sociedade que busca encontrar
caminhos para sua compreensão, aceitação, regulação
e encaixe.” (Hamilton Harley de Carvalho-Silva)
RESUMO: O tema abordado neste artigo é tido como controverso, polêmico, portanto
desconfortável para alguns: trata-se da homossexualidade. Dentre as diversas
possibilidades de refletir sobre este assunto, escolhemos abordar o homossexualismo a
luz de seus tabus sociais, no passado e no presente. Analisamos crenças e costumes
que com o tempo vieram a se modificar, trazendo, também, a realidade dos conflitos
que ocorrem nos ambientes, social e familiar, em função da orientação sexual.
Igualmente dissertaremos sobre os direitos homossexuais adquiridos, ao longo do
tempo, e as discussões, mais recentes, sobre esta realidade. A aceitação ou violência,
– psicológica e física – estão presentes de forma realista e intrigante, fazendo-nos
vivenciar, aprender e ir mais além do que é visto e apresentado como diversidade
sexual. O preconceito contra o homossexualismo tem tomado proporções absurdas, e
tudo isso acontece por causa da falta de informação sobre o assunto. Entendemos que
o conhecimento e aceitação das diferenças são necessidades básicas na vida de
qualquer ser humano.
Palavras-chave: Diversidade Sexual. Homossexualismo. Direitos Civil. Violência.
Preconceito. Estrutura familiar. Ambiente familiar.
ABSTRACT: The discussed themes are considered the most flashy - polemics
generator - and discomfort originator in society, along with its causes and reactions.
Among several existing topics when we think of homossexuality, the authors opted to
focus on breaking taboos - past century and current century. Addressing the beliefs and
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morals that have changed with time, bringing, also, the reality of conflicts that occurred
in the family ambient in function of sexual orientation. The homossexual rights acquired
and e ones that are, in fact, in discussion. The approach of acceptance and violence, psychological and physical - are present in a realistic and intriguing way, making us
experience, learn and go beyond what is seen and presented as sexual diversity.
Subjects which are still waiting and must, more and more, be brought to the fore. The
pre-concept has taken absurd proportions, and all that happens because of the lack of
information about particular subject. In this case, homossexuality. Without knowledge
about the pros and cons of each situation related to it, any information acquired - it
doesn't matter how absurd it is - become the only and main source of a person. It's a
delicated subject, of little rebound, reading about it is fundamental. The knowledge and
acceptance of differences becomes necessary at a certain stage of life.
Keywords: Sexual Diversity. Homosexuality. Civil Rights. Violence. Prejudice. Family
Basis.
1 INTRODUÇÃO
Antigamente só se conhecia uma orientação sexual, a heterossexual. Com o
decorrer dos anos, os estudos de áreas como antropologia, sociologia e psicologia
foram se aprofundando e pudemos perceber que a sexualidade humana vai mais além,
abrangendo a homossexualidade, heterossexualidade e bissexualidade. O que já foi
uma abominação para a sociedade, agora é algo que podemos encontrar diariamente
nas ruas, nas escolas e no trabalho. Mas como ocorre essa revelação, o ato de "sair do
armário"?
Neste trabalho, apresentaremos fatores que levam as pessoas a temer assumir
a homossexualidade. Serão enfocados os preconceitos enfrentados por homossexuais,
tanto na sociedade em geral como dentro da sua própria casa, as reações de familiares
como também o apoio deles e os direitos ligados aos homossexuais.
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Optamos por tratar desse assunto, pois ele repercute em diversos setores, em
nossa sociedade, e gera grandes polêmicas, além de estar sendo tratado com mais
frequência no setor legislativo.
Temos como objetivo, nesse artigo, analisar como a sociedade, entes próximos
e o próprio indivíduo reagem ao processo de revelação da homossexualidade, examinar
as mudanças ocorridas através dos anos e buscar entender os fatores que causam o
temor ou insegurança na hora de assumir sua orientação sexual.
A partir desse estudo, poderemos, então, entender as visões da sociedade
perante o homossexual. Assim, os conhecimentos adquiridos, poderão nos ajudar a
compreender todo o processo de revelação da orientação sexual e algumas das suas
consequências, possibilitando, então, um novo olhar desprovido de qualquer tipo de
preconceito.
2 HOMOFOBIA
A homossexualidade é uma atração emocional e sexual por seres de mesmo
gênero. Apesar de ser uma expressão relativamente recente, as relações homoafetivas
existem desde a Antiguidade e não eram vistas com estranheza. As relações íntimas de
jovens com homens mais velhos eram incentivadas pela sociedade como uma forma de
iniciação à vida adulta.
Ao longo da história, isso foi mudando e o homossexualismo foi visto, até
mesmo, como doença, em fins do século XIX, e acreditava-se que surgiria conforme a
criação do indivíduo. Depois de estudos serem realizados, não encontrou-se base para
sustentar essa idéia, o que fez com que o termo “homossexualismo” perdesse força,
levando-se em conta que caracteriza, por sua terminação, a condição como doença.
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Como tudo que é diferente, a homossexualidade virou tema de muitos estudos
e debates. Antigamente, considerava-se um tabu falar sobre o assunto mas, hoje em
dia, isso vem sendo encarado de forma diferente. Visando prevenir a homofobia, que é
literalmente o medo em relação a homossexuais ou assuntos relacionados a isso, o
problema tem sido mais debatido e pesquisado. Na prática, a homofobia é mais uma
aversão profunda do que um medo.
Por mais que, segundo o que é socialmente aceito, devamos nos tratar como
iguais, as ações homofóbicas ainda estão muito presentes em nosso cotidiano, nem
sempre de forma explícita. A homofobia que, teoricamente, é semelhante ao racismo,
ainda não é punida nem vista como infração perante a lei. Acredita-se também que, por
não receber apoio como as demais minorias e sofrer discriminação, até mesmo no
serviço militar, a homossexualidade seja ainda mais oprimida.
Historicamente, a homossexualidade é vista como algo não-natural, imoral e
promíscuo, sendo, principalmente na década de 1980, associada à AIDS. Durante a era
nazista, o ódio contra gays era pregado, assim como contra negros e judeus. Um dos
movimentos mais conhecidos que prega a intolerância são os skinheads. O movimento
teve início no fim da década de 60, mas somente no fim da década de 70 surgiram os
skinheads nazistas. Estas perseguições anteriores originaram os grupos homofóbicos
que espalham medo pelo mundo.
Há estudos indicando a possibilidade de que certos indivíduos se apoiam na
violência contra essa minoria para assegurar sua sexualidade, ainda que essa ideia não
seja aceita por todos. A origem do preconceito ainda é, em sua maioria, justificada pelo
moralismo. Os mais conservadores veem, na homofobia, uma forma de preservar
valores e mascarar o rompimento com o antigo modelo de cidadão e sociedade, além
de um sistema instintivo de preservar a espécie. Há também os que se baseiam no fato
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de que, por não poder gerar filhos, casais homossexuais não podem ser considerados
família.
A homofobia também vem sendo, por muitos, justificada através da Bíblia.
Ainda acredita-se que o que está no livro sagrado católico deve ser seguido
literalmente, impondo assim um estilo de vida a muitas pessoas. Há quem dissemine a
ideia de que a homossexualidade tem cura, havendo até mesmo clínicas para isso.
Esse modo de pensar faz com que, parte da sociedade, pense que a diversidade sexual
é uma questão de desorientação temporária.
Estudos mostram que o homossexualismo envolve questões genéticas,
deixando fora do alcance do indivíduo escolher ser “normal” ou não. Trata-se de
algumas alterações no gene Xq28 que, de acordo com pesquisas, determinaria a
orientação
sexual
de
humanos
ainda
na
fase
embrionária.
Esse
estudo,
especificamente, foi feito com 114 famílias pelo geneticista Dean Hamer. Outra análise
foi feita com homossexuais, e os resultados alcançados por George Rice diferem-se
dos de Hamer, aumentando as discussões a respeito do tema.
A intolerância contra homossexuais geralmente não parte de opiniões lógicas
bem fundamentadas, muitas vezes, baseando-se em comportamentos de massa e no
senso comum. Assim, como em tantas outras vezes na história, descende apenas do
medo do que é desconhecido e diferente. O preconceito foi disseminado pelo mundo e
pode ser visto principalmente em escolas, onde as crianças e jovens apenas refletem o
exemplo que receberam dos pais e da própria sociedade. A mídia recreativa influencia
nesta ridicularização criando personagens que buscam, através do humor, “aliviar” a
situação.
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3 ACEITAÇÃO FAMILIAR
Esse é um tópico que, dentro da homossexualidade, é de fato difícil de ser
abordado. Cada família possui diferentes opiniões, pontos de vista, crenças e valores.
Existem famílias nas quais a imagem e os costumes são severamente respeitados e
obedecidos, em que também a homossexualidade não é um assunto fácil de ser
discutido.
A aceitação depende de muitos fatores, dentre eles a criação, estabilidade
familiar, religião e a sociedade. Um casal não formado por um homem e uma mulher é
uma quebra de tabu e nem toda a sociedade está pronta para isso. Sendo assim, a
família pode vir a adotar um padrão repressivo devido ao modelo familiar socialmente
imposto, no qual um casal composto por indivíduos de sexos distintos unem-se e dão
início a uma nova geração. Nem sempre essa reação é intencional. O que pode ocorrer
é uma intimidação velada por parte da sociedade e uma aceitação inconsciente disso
por parte da família.
Em muitas famílias, a falta de conhecimento sobre o assunto também assombra
a vida dos pais levando-os ao preconceito. Isso dificulta não só a convivência do
indivíduo com a família, quanto à aceitação da própria condição. Ainda há quem
acredite que qualquer opção sexual diferente da heterossexual tem caráter patológico e
quem se deixe influenciar por questões religiosas, chegando a atitudes extremas como
a expulsão de filhos ou filhas de casa.
Outro erro, muito recorrente, é querer achar uma explicação para o fato do filho
tornar-se homossexual. Nem sempre a negação dos pais em aceitar esta realidade está
em considerar a homossexualidade promíscua ou errada, às vezes, refere-se ao receio
de ser julgado pelas outros. Pessoas mais experientes sabem das dificuldades que
podem ser encontradas ao assumir uma postura que vai contra os princípios
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propagados. Outro fator que dificulta a aceitação é a crença de que sua família acabará
em seus filhos, o medo de não vê-los constituindo um lar e de não serem avós.
Quando alguém necessita conquistar a aceitação de seus familiares,
geralmente descobre que este é um processo demorado e extremamente delicado,
causando um desgaste psicológico para a família. Parte-se do princípio que, já que
homossexuais ainda não possuem grandes direitos em nossa sociedade, a melhor
opção é esconder suas preferências. Esta não é a escolha correta, levando-se em
conta a luta dos homossexuais na busca por seus direitos e por leis que regulamentem
suas escolhas. Ter vergonha de sua orientação não facilita o processo.
Algumas vezes, quando não há aceitação dos pais a opção sexual dos filhos,
até a violência pode se tornar saída encontrada pelos homossexuais para liberar as
frustrações. A frustação da expectativa de reproduzir a masculinidade ou a feminilidade
através da prole é também um elemento motivador para a prática da violência física ou
psicológica.
Além de todos os preconceitos sociais, os pais começam a se deparar com
estereótipos relacionados a esse grupo, percebem-se frustrados diante das próprias
expectativas e, muitas vezes, acabam se perguntando: "onde foi que eu errei?". Não só
a aceitação familiar é difícil, mas também a autoaceitação.
O fato de sentir-se culpado por não cumprir a expectativa familiar e decepcionar
quem os ama atormenta muitas pessoas que optaram pela diversidade sexual. Quando
há apoio tudo se torna mais fácil. Quando alguém acredita, respeita e admira a pessoa
por aquilo que ela realmente é – interna e externamente – as dificuldades e medos
começam a se dissipar completamente e a autoaceitação torna-se mais fácil.
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4 DIREITOS
Os direitos humanos são direitos individuais e/ou sociais que não podem ser
alterados pelos agentes estatais. Eles devem ser garantidos e ratificados pela
comunidade política.
Os direitos humanos abrangem certos valores, os quais têm de ser respeitados
por todos os povos do mundo. Eles têm como objetivo garantir que os seres humanos
sejam livres e tratados com igualdade e dignidade. Mas nem sempre isso ocorre.
Os homossexuais são o exemplo vivo disso, apesar de já serem "aceitos" na
sociedade, ainda lutam muito por um espaço nesse contexto, sofrendo constantemente
preconceitos que os motivam ainda mais a permanecer na luta pela igualdade. Para
evitar tais práticas discriminatórias, podemos perceber que os movimentos sociais
tornam-se cada vez mais poderosos, lutando contra opressões e aspirando ao respeito
e reconhecimento da sociedade. Mas, diferentemente de movimentos como os de
negros ou feministas, os grupos homossexuais são os únicos que não demonstraram
grandes avanços tanto em direitos humanos como em direitos civis.
Claro que, em meio a tantas batalhas, podemos destacar algumas conquistas e
progressos por parte desse movimento, assim como as leis contra a discriminação,
discussões sobre a união civil homossexual e a adoção de crianças por casais
homossexuais. Estudos revelam que o casamento entre indivíduos do mesmo sexo é
permitido em dez países - incluindo Canadá, Noruega, Espanha e Portugal; doze
admitem adoção por parte de casais homossexuais, em compensação em setenta e
oito países a homossexualidade é punida e não existe nenhuma espécie de garantia
individual a estas minorias.
Apesar de tantos avanços, a violência continua sendo uma das mais
corriqueiras formas de segregação, principalmente na América Latina. Mesmo assim, a
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homofobia ainda não é considerada crime. Algumas pesquisas revelam que há mais de
duzentos assassinatos de homossexuais por ano em nosso país. Destas mortes nem
dez por cento dos casos resultaram em prisão ou responsabilização do criminoso.
Outra séria dificuldade enfrentada pelos homossexuais é o processo de
constituição de uma nova família, já que a concepção usual dá conta de uma entidade
familiar formada por um homem e uma mulher que seguem o princípio da procriação.
Mas sabemos que o conceito de família pode alterar-se com o passar do tempo e está
diretamente ligado à cultura da sociedade.
Apesar dos casais homossexuais enfrentarem diversas dificuldades para
efetuar uma adoção, não existe nenhum impedimento legal para essa prática. Para que
esse processo seja aprovado, os pais devem mostrar que são capazes de oferecer à
criança afeto, um ambiente saudável e atender as suas necessidades físicas e
psicológicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enquanto houver divergências no estilo de vida dos seres humanos, o
preconceito e as dúvidas persistirão. Certas manifestações de desagrado e segregação
não podem continuar existindo em nosso cotidiano. A sociedade, que está sempre
sedenta por modernidade, deve aderir a uma postura mais tolerante, condizente com o
nível de informações que se têm e com o desenvolvimento que é visado.
Pode-se
ver
que,
em
países
considerados
de
primeiro
mundo,
a
homossexualidade é tratada com a dimensão cabível, proporcionando aos casais
homossexuais os mesmo direitos que os demais possuem.
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A sociedade ainda possui alguns tabus que devem, para o bem-estar de todos,
ser quebrados. A vida em sociedade deve privilegiar a igualdade, o respeito e a paz
social. Os direitos dos homossexuais estão sendo adquiridos lentamente e esta
evolução é contínua. A sexualidade é um direito natural que segue o indivíduo desde o
começo de sua vida. É seu direito ter a liberdade de escolhê-la. Sua orientação é algo
particular que não suporta restrições.
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