DRA ENFERMEIRA NARA BORGES FERREIRA
ESPECIALISTA EM ENFERMAGEM DO TRABALHO, ADMINISTRAÇÃO
HOSPITALAR, OBSTETRICIA, QUEIMADURAS, SAÚDE PÚBLICA E
ESTRATÉGIAS DE SAÚDE DA FAMÍLIA

LEGISLAÇÃO
A principal causa-morte pré-hospitalar é a
falta de atendimento. A segunda é o socorro
inadequado
.
"É muito bom ser importante,
mas importante mesmo é ser
Bom.”

Obrigação Moral
Abaixo, condições que será obrigação moral:
1) Quando a função profissional exigir;
2) Quando pré existir uma responsabilidade
intrínseca;
3) Após iniciar o atendimento de socorro.
Omissão de Socorro
Código Penal Brasileiro:qualquer indivíduo,
mesmo o leigo na área da saúde tem o
dever de ajudar um necessitado ou acidentado
ou simplesmente chamar ajuda para estes. Do
contrário, sofrerá complicações penais.
Todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a
quem esteja necessitando, tendo
três formas para fazê-lo:
atender, auxiliar quem esteja atendendo ou
solicitar auxílio.


"Artigo 135”
 Deixar de prestar assistência, quando
possível fazê-lo sem risco pessoal, à
criança abandonada ou extraviada, ou à
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo
ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da
autoridade pública
Pena
 Detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
 Parágrafo único. “A pena é aumentada de
metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.“
 Importante: O fato de chamar o socorro
especializado, nos casos em que a pessoa
não possui um treinamento específico ou
não se sente confiante para atuar, já
descaracteriza a ocorrência de omissão de
socorro.
DIREITOS DA PESSOA QUE
ESTIVER SENDO ATENDIDA
A vítima possui o direito de recusa do
atendimento.
No caso de adultos, esse direito existe quando
eles estiverem conscientes e com clareza de
pensamento,
que pode ocorrer por diversos motivos, tais como
crenças religiosas ou falta de confiança no
prestador de socorro que for realizar o
atendimento.
A vítima não pode ser forçada a receber os
primeiros socorros, devendo assim certificar-se
de que o socorro especializado foi solicitado e
continuar monitorando a vítima, enquanto
tenta ganhar a sua confiança através do
diálogo.
Vítima impedida de falar em decorrência do
acidente, mas demonstra através de sinais que
não aceita o atendimento, fazendo uma
negativa com a cabeça ou empurrando a mão
do prestador de socorro, deve-se proceder da
seguinte maneira:

Não discuta com a vítima.
Não questione suas razões, principalmente se
elas forem baseadas em crenças religiosas.
 Não toque na vítima, isto poderá ser
considerado como violação dos seus direitos.
 Informe a ela que você possui treinamento em
PS, que irá respeitar o direito dela de recusar o
atendimento, mas que está pronto para auxiliála no que for necessário.



Arrole testemunhas de que o atendimento foi
recusado por parte da vítima.
No caso de crianças, a recusa do atendimento
pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo
responsável legal.
 Se a criança é retirada do local do acidente
antes da chegada do socorro especializado, o
prestador de socorro deverá, se possível,
arrolar testemunhas que comprovem o fato
Consentimento formal: quando a vítima
verbaliza ou sinaliza que concorda com o
atendimento
Consentimento implícito :quando a vítima
esteja inconsciente, confusa ou gravemente
ferida a ponto de não poder verbalizar ou
sinalizar consentindo com o atendimento.
 A legislação infere que a vítima daria o
consentimento, caso tivesse condições de
expressar o seu desejo de receber o
atendimento de primeiros socorros.


O consentimento implícito pode ser adotado
também no caso de acidentes envolvendo
menores desacompanhados dos pais ou
responsáveis legais.
 Do mesmo modo, a legislação infere que o
consentimento seria dado pelos pais ou
responsáveis, caso estivessem presentes no
local.

NEGLIGÊNCIA





Falta de atenção ou cuidado Inobservância de deveres e obrigações
Acidente de veículos - lesões e fraturas
variadas. É óbvio solicitar exames para
detectar um TCE
Alta Médica prematura
Amputar uma perna quando a outra é que
estava doente
Sabe e não faz
Imperícia

Se revela pela ignorância ou inabilidade a arte ou profissão que
pratica

É uma forma culposa que gera responsabilidade civil e/ou
criminal pelos danos causados.

Artigo 18,II,Código penal e nos artigos 617 e 951 do Código
Civil




Ex: médico conhece a doença, sinais e sintomas e prescreve
errado
Cirurgião que ao operar lesa vaso, nervos ou músculos
FALTA DE HABILIDADE PARA REALIZAR UM ATO
NÃO SABE E FAZ
IMPRUDÊNCIA







Comportamento de precipitação, de falta de
cuidados.
É atuar sem precaução, precipitado,
imponderado
Ato de agir perigosamente
Ex: operar sem equipamentos necessários
Fazer um parto sem aspirador
2 anestesias simultâneas
SABE E FAZ ERRADO
APH
Atendimento pré hospitalar é o atendimento
emergencial em ambiente extra-hospitalar.
É um dos elos da cadeia de atendimento a vítimas
sendo também conhecida como OS ou resgate
É destinado às vítimas de traumas(acidentes de
trânsito, acidentes industriais, acidentes aéreos etc),
violência urbana (baleado, esfaquado etc), mal súbito
(emergências cardiológicas, neurológicas etc) e
distúrbios psiquiátricos visando a sua estabilização
clínica e remoção para uma unidade hospitalar
adequada.
No Mundo existem diversos protocolos e modelos de
atendimento pré hospitalar, destacando o Protocolo
Norte-Americano e o Protocolo Francês
Protocolo Norte-Americano :
aplica-se o conceito de chegar à vítima no menor
tempo possível, realizar manobras essenciais para
estabilizá-la e removê-la o mais rápido possível a um
hospital adequado (princípio conhecido como hora de
ouro).
No protocolo Francês adota-se o princípio de ofertar
o atendimento médico no local até a estabilização da
vítima (princípio conhecido como stay and play).
No Brasil, foi adotado um sistema misto, onde se
estabeleceram unidades de suporte básico, que são
tripuladas por pessoal não médico, treinado em
Atendimento Pré Hospitalar e Unidades de Suporte
Avançado, nas quais se encontra presente o médico.
SITUAÇÃO
 Recursos disponíveis adicionais ou não);
 Quantidade de socorristas;
 Quantidade de vítimas;
CUIDADOS NA CENA DO ACIDENTE
Remoção e Resgate de
Vítimas
Como regra básica, não se deve mover uma
vítima do local do acidente até que todo o
processo de remoção tenha sido devidamente
organizado. No entanto a remoção deverá ser
feita se:
 Houver perigo de incêndio;
 Houver materiais perigosos ou explosivos;
 O local do acidente oferecer perigo à vítima ou
ao socorrista;
 A ambulância não puder chegar ao local.
AVALIAÇÃO DO ACIDENTADO
Alteração de A-B-C para C-A-B
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma
alteração na sequência de procedimentos de SBV de A-B-C (via
aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B
(compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos,
crianças e bebes (excluindo-se recém-nascidos).
RCP: Ressuscitação Cardiopulmonar
ACE: Atendimento Cardiovascular de Emergência
MOTIVO DA MUDANÇA
 Na sequência A-B-C, as compressões torácicas, muitas
vezes, são retardadas enquanto o socorrista abre a via
aérea para aplicar respiração boca a boca, e monta o
equipamento de ventilação.
 Com
a alteração da sequência para C-A-B, as
compressões torácicas serão iniciadas mais cedo e o
atraso na ventilação será mínimo (isto é, somente o
tempo necessário para aplicar o primeiro ciclo de 30
compressões torácicas, ou, aproximadamente, 18
segundos; quando dois socorristas estiverem presentes
para a ressuscitação do bebe ou da criança, o atraso
será ainda menor).
MOTIVO DA MUDANÇA
A maioria das vitimas de PCR extra-hospitalar
não recebe nenhuma manobra de RCP das
pessoas presentes.
Existem, provavelmente, muitas razões para isso,
mas um empecilho pode ser a sequência A-B-C,
que começa com os procedimentos que os
socorristas acham mais difíceis, (a abertura da
via aérea e a aplicação de ventilações).
Começar com compressões torácicas
encorajar mais socorristas a iniciar a RCP.
pode
 LIBERAR VIAS AÉREAS
A
 IMOBILIZAR COLUNA
CERVICAL
RELAXAMENTO MUSCULAR
Levantamento
do
Queixo
IMOBILIZAÇÃO DE COLUNA
CERVICAL (PESCOÇO)
 VERIFICAR A RESPIRAÇÃO
B
( VER, OUVIR E SENTIR )
 VERIFICAR A CIRCULAÇÃO
C
 Pulso
 Estado de choque
 Hemorragias
 Perfusão capilar
D
A
V
D
I
 VERIFICAR O NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA
LERTA
OZ
OR
IRRESPONSÍVEL
Nível de consciência
Escala de Coma de Glasgow que descreve a resposta
ocular, verbal e motora a estímulos verbais e
dolorosos. Trata-se de uma escala utilizada por
equipas médicas.
A – ALERTA – Neste caso o doente apresenta-se
consciente, no entanto é necessário verificar se está
orientado no tempo e no espaço, se o discurso que
apresenta é compreensível, etc.., Caso esteja
inconsciente passe a fase seguinte
V – Responde a estímulos VERBAIS – O doente
encontra-se inconsciente, neste caso chame pela
vítima e verifique se esta reage, e se sim, que tipo de
reacção obtém ao estímulo verbal, se abre
D – Responde a estimulação DOLOROSA – Não se
obteve qualquer estimulo à voz, neste caso vai-se
provocar dor ao doente, verificando se este reage a
dor e se sim que tipo de reação obtemos, se este
localiza a dor ou se apresenta um movimento de fuga
a dor;
I – Sem resposta (IRRESPONSÍVEL)– O doente não
reage a nenhum estímulo, quer verbal quer doloroso,
no entanto é necessário verificar se este apresenta
algum movimento de flexão ou extensão anormal, ou
outro tipo de movimentos que possam surgir.
Estes elementos depois de recolhidos e transmitidos
ao médico vai possibilitar que este os enquadro na
escala de Glasgow.
Avaliar a resposta pupilar à luz, pois é um bom indicador da
existência ou não de sofrimento cerebral. Para isso, deve incidir
uma luz diretamente sobre cada uma das pupilas.
Miose
constrição (diminuição do
diâmetro) da pupila.
Midriase
é a dilatação da pupila
Anisocoria
pupilas
(diâmetro) desigual das
 EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA
E
Informações Subjetivas
Exame da cabeça aos pés
 INFORMAÇÕES SUBJETIVAS
 Apresentação e dados pessoais
da vítima
 Principal queixa
 Descrição do acidente
 Histórico médico
 EXAME DA CABEÇA AOS PÉS
1 - CABEÇA
3 - OLHOS
4 – OUVIDO E NARIZ
Deformidades
Ferimentos
Deformidades
Hemorragias
Sangramento
Corpo estranho
2 - BOCA
Corpo estranho
Secreções
Odores
Liquidocefaloraquidiano
5 - PESCOÇO
6 – TÓRAX
7 – ABDOMEN
Dor
Dor
Dor
Deformidades
Deformidades
Nódulos
Ferimentos
Equimoses
Amplitude respiratória
Eviscerações
8 - PELVE
9 - EXTREMIDADES
Dor
Dor
Sensibilidade
Estabilidade
Deformidades
Perfusão capilar
Resposta motora
Ferimentos
PARADA CARDIO-RESPIRATÓRIA
PULSO
CAROTÍDEO
PULSO
1. Freqüência de pulso
 Adulto - 60 a 100 BPM
 Criança - 120 a 125 BPM
Lactentes- 125 a 130 BPM
BRAQUIAL
PULSO RADIAL
PULSO
FEMORAL
PULSO
POPLÍTEO
PULSO TIBIAL
2. Causas da parada cardio-respiratória







Afogamento
Soterramento
Choque elétrico
Intoxicação
Traumas
Doenças (ex: Infarto)
Engasgamento (corpo estranho)
3. Sinais e sintomas





Ausência de batimento
Parada respiratória
Inconsciência
Lábios e unhas azuladas (cianose)
Pupilas dilatadas- midríase
SINAIS DE PARADA
CARDIORESPIRATÓRIA(PCR)
CARDÍACA

Ausência do
Inconsciência
 Não responde aos
chamados
 Não está respirando
 Pele fria e amarelada
Pupilas dilatadas
Ausência
cardíacos
de
RESPIRATÓRIA
movimento respiratório.
 Inconsciência
Cianose
(arroxeamento
dos
lábios e extremidade
dos membros)
batimentos Dilatação das pupilas
4. RCP – Reanimação Cardio Pulmonar










Vítima em DDH e chame auxílio
Libere vias aéreas e imobilize a coluna cervical
Verifique respiração (se não respira)
Faça duas ventilações na boca
Verifique pulso na carótida (se não há pulso)
Faça 30 compressões no esterno
Faça 2 ventilações boca a boca
Após 5 ciclos de ventilação/massagem verifique
pulso ( se pulsar )
Mantenha freqüência respiratória ( se não pulsar )
Reinicie o ciclo com 02 ventilações
Compressões torácicas
Compressões torácicas
Compressões torácicas
Compressões torácicas
•
•
•
•
•
•
•
Tábua
No centro do tórax
Mão dominante embaixo
Afundar tórax em 5 cm
Retornar à posição original
Frequência >100 por min
Alternar o responsável pela
compressão a cada 2min.
SINAIS DE
MORTE ÓBVIA NO TRAUMA
•Decomposição Cadavérica
•Separação do tronco
•Carbonização do corpo
•Decapitação
• Esmagamento do tronco
• Trauma cranioencefálico com exposição do
encéfalo
OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA
1. MANEIRAS DE OCORRER
 Relaxamento muscular
 Presença de corpo estranho
2. PROCESSOS DE LIBERAÇÃO
•
Relaxamento muscular  Levantamento do queixo
Relaxamento muscular
 Tapotagem ( consciente )
 Manobra de Heimlich ( consciente )
 Compressão abdominal ( inconsciente )
 Compressão torácica ( obesos e gestante inconscientes )
•
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE
enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma
RCP de alta qualidade, incluindo:
• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de
"aproximadamente" 100/minuto, como era antes).
• Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos, e
de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e
crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5
cm] em crianças).
Observe que a faixa de 1½ a 2 polegadas não é mais usada para adultos, e a
profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que nas
versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE.
• Retorno total do tórax após cada compressão
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas
• Evitar excesso de ventilação
Não houve alteração na recomendação referente à relação
compressão-ventilação de 30:2 para um único socorrista de
adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).
As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE continuam
recomendando que as ventilações de resgate sejam aplicadas em,
aproximadamente, 1 segundo. Assim que houver uma via aérea
avançada colocada, as compressões torácicas poderão ser
contínuas (a uma frequência mínima de 100/minuto) e não mais
alternadas com ventilações. As ventilações de resgate, então,
poderão ser aplicadas à frequência de cerca de uma ventilação a
cada 6 ou 8 segundos (cerca de 8 a 10 ventilações por minuto).
Deve-se evitar ventilação excessiva.
Oxigênio suplementar
2010 (Sem alterações em relação a 2005): A administração de
rotina de oxigênio suplementar não é recomendada como medida
de primeiros socorros para falta de ar e desconforto torácico.
2010 (Nova): A administração de oxigênio suplementar deve ser
considerada como parte dos primeiros socorros a mergulhadores
com lesão por descompressão.
Motivo: Como em 2005, não foi encontrada qualquer evidência
que corroborasse o benefício da administração de oxigênio
suplementar como medida de primeiros socorros para vítimas com
falta de ar ou desconforto torácico. Foram encontradas evidências
(nova em 2010) do possível benefício de oxigênio suplementar
para mergulhadores com lesão por descompressão.
Administração de aspirina para desconforto
torácico
2010 (Nova): Os prestadores de primeiros socorros são
incentivados a acionar o sistema de SME sempre que estiverem
diante de alguém com desconforto torácico. Enquanto aguardam
a chegada do SME, os prestadores de primeiros socorros devem
aconselhar o paciente a mastigar uma aspirina adulta (sem
revestimento entérico) ou duas aspirinas infantis de dosagem
mais baixa, se o paciente não tiver histórico de alergia à aspirina
ou de hemorragia gastrointestinal recente.
Motivo: A aspirina é benéfica quando o desconforto torácico se
deve a uma SCA. Pode ser muito difícil, mesmo para profissionais,
determinar se o desconforto torácico é de origem cardíaca. A
administração de aspirina, portanto, nunca deve retardar o
acionamento do SME.
Torniquetes e controle de hemorragias
2010 (Sem alterações em relação a 2005): Devido aos possíveis efeitos
adversos de torniquetes e à dificuldade de sua correta aplicação, seu uso para
controlar hemorragias das extremidades é indicado somente se a aplicação de
pressão direta não for eficaz ou possível e se o prestador de primeiro socorros
tiver treinamento no uso de torniquete.
Motivo: São várias as experiências com o uso de torniquetes para controlar
hemorragias em campos de batalha e não há dúvida de que eles funcionam
nas circunstâncias corretas e com o treinamento adequado.
No entanto, não existem dados sobre o uso de torniquetes por prestadores de
primeiros socorros. Os efeitos adversos dos torniquetes, que podem incluir
isquemia e gangrena da extremidade, bem como choque ou até mesmo a
morte, parecem estar relacionados à quantidade de tempo que permanecem
aplicados e sua eficácia é parcialmente dependente do tipo de torniquete.
Em geral, torniquetes especialmente projetados são melhores do que os
improvisados.
Picadas de cobra
2010 (Nova): A aplicação de uma atadura de imobilização por
pressão, com pressão entre 40 e 70 mmHg na extremidade
superior e 55 e 70 mmHg na extremidade inferior, em torno de
toda a extensão da extremidade picada, é uma maneira eficaz e
segura de retardar o fluxo linfático e, por conseguinte, a
disseminação do veneno.
2005 (Antiga): Em 2005, o uso de ataduras de imobilização por
pressão para retardar a disseminação da toxina era recomendado
apenas para vítimas de picadas de cobra com veneno
neurotóxico.
Motivo: A eficácia da imobilização por pressão está, agora,
demonstrada para picadas de outras cobras venenosas
americanas.
Ferroadas de água-viva
2010 (Nova): Para inativar a carga de veneno e impedir mais
envenenamento, as ferroadas de água-viva devem ser lavadas
com vinagre abundante (solução de ácido acético de 4 a 6%) tão
logo possível e por, no mínimo, 30 segundos.
Após a remoção ou desativação dos nematocistos, a dor das
ferroadas de água-viva deverá ser tratada com imersão em água
quente, quando possível.
Motivo: Há duas ações necessárias para o tratamento de
ferroadas de água-viva: prevenir mais descarga de nematocistos
e aliviar a dor. Diversos tratamentos tópicos têm sido usados,
mas uma avaliação crítica da literatura mostra que o vinagre é o
mais eficaz para inativar os nematocistos. Imersão em água, o
mais quente que se puder tolerar, por cerca de 20 minutos, é o
tratamento mais eficaz para a dor.
Emergências relacionadas ao calor
2010 (Sem alterações em relação a 2005): Os primeiros socorros para cãibras
relacionadas com o calor compreendem descansar, refrescar-se e beber uma mistura de
carboidratos e eletrólitos que pode incluir suco, leite ou alguma bebida industrializada
com carboidratos e eletrólitos em sua composição. Alongar, fazer compressas de gelo e
massagear os músculos doloridos são ações que podem ser úteis. A exaustão devida ao
calor deve ser tratada com vigor fazendo com que a vítima se deite em um local fresco,
removendo-lhe o maior número possível de peças de roupa, resfriando-a
preferivelmente por imersão em água fria e acionando o SME.
A intermação/golpe de calor requer cuidados de emergência/urgência por parte dos
prestadores de SME, incluindo tratamento com fluido intravenoso. O prestador de
primeiros socorros não deve tentar forçar a vítima de intermação/golpe de calor a
ingerir líquidos.
Motivo: As Diretrizes da AHA/ARC 2010 para Primeiros Socorros dividiram as
emergências relacionadas ao calor em três categorias de gravidade crescente: cãibras
devidas ao calor, exaustão devida ao calor e, a mais grave, intermação/ golpe de calor.
Os sinais de intermação/golpe de calor incluem os de exaustão devida ao calor e sinais
de acometimento do sistema nervoso central. Em consequência disso, a
intermação/golpe de calor requer cuidados de emergência/ urgência, inclusive
tratamento com fluido intravenoso.
FERIMENTOS
É a agressão sofrida pelas partes moles do corpo
acarretando lesão tecidual, podendo ser:
Cortantes
Mutilantes
Contundentes
Perfurantes.
Escoriação
Laceração
Incisão
Avulsão
Amputação
Classificação:
1º) Quanto á profundidade:
 Superficiais: São lesões que atingem a pele;
 Profundas: São lesões que atingem músculos e
vísceras.
2º) Quanto ao tipo:
 Abertas: São aquelas que apresentam
comunicação com
o meio externo;
 Fechadas
ou contusas: São aquelas produzidas abaixo
da pele, sem no entanto apresentarem comunicação com o
meio externo, podendo atingir os órgãos profundos.
- Escoriação: remoção da porção superior da
pele, sangramento pequeno, dor,-abrasão,
queimadura por atrito, arranhão.
- Laceração: bordas irregulares
- Incisão: bordas regulares e bem definidas
- Perfuração: ferimento penetrante, orificio
estreito, grande potencial de infecção.Pode
ocorrer empalamento.
- Avulsões: pele arrancada e pendurada, ou
separada do corpo.
2. TIPOS DE FERIDAS ABERTAS
ESCORIAÇÃO NA COXA
QUEDA DE BICICLETA
FERIDA INCISA
PROVOCADA POR VIDRO
2. TIPOS DE FERIDAS ABERTAS
Objetos empalados não
devem ser removidos e
sim estabilizados ainda
mais no local.
2. TIPOS DE FERIDAS ABERTAS
Não se deve recolocar
as vísceras para dentro
e sim cobrir o local com
pano limpo umidificado
com soro fisiológico.
2. TIPOS DE FERIDAS ABERTAS
PNEUMOTÓRAX ABERTO
CURATIVO DE TRÊS PONTOS
2. TIPOS DE FERIDAS ABERTAS
AMPUTAÇÕES
- Não lavar a parte amputada
- Envolver em gaze ou pano bem limposempre seco, nunca úmido- a hidratação
das células amolece o tecido,
reduzindo a possibilidade de
reimplante
- Colocar em saco plástico
- Esfriar a parte amputada sem
resfriar
18 hs- tempo máximo para reimplante
Tecido muscular sem sangue perde a
estabilidade após 4 – 6 hs
SUTURAS
- Procedimento médico
- 6hs
- Reduz infecções e cicatrizes
- PONTOS FALSOS
( BUTTERFLY)- prende bactérias
dentro do ferimento, provocando
infecções.
ATENÇÃO
NUNCA tente lavar ferimentos extensos ou muito
sujos, ou graves. A vítima deverá ser encaminhada.
NUNCA esfregue ferimentos: pode edemaciar o tecido
NUNCA irrigue com álcool ou iodo-mata as células e
produz dor intensa.- alérgicos a iodo.
NUNCA use água oxigenada( peróxido de
hidrogênio)- não mata bactérias e interfere no fluxo
sanguíneo capilar aumentado o tempo de cicatrização
NUNCA use pomadas em ferimentos que requeiram
pontos ou ferimentos penetrantes, prejudica a
drenagem.
TÉTANO
A bactéria do tétano se torna
perigosa qdo entra em um
ferimento com pouco o2
A toxina viaja pelo sist
nervoso até o cérebro e
medula, provocando contração
de músculos ( mandíbula).
Não há antídoto após SN ser
atingido
VACINA
-todas que nunca tenham se
vacinado
vacinados sem reforço nos últimos
10 anos
- vítima de ferimento com
potencial de infecção que não
tenham recebido reforço nos
últimos 5 anos
- Imunização efetiva- ate 72 hs
após o ferimento
3. PROCEDIMENTOS
 Não aplicar “porcarias”;
 Não remover objetos empalados ou transfixados;
 Conter o sangramento utilizando a técnica mais adequada;
 Não conter sangramento que saia pelo ouvido e ou nariz e
que tenha histórico de traumatismo craniano;
 Não
administrar qualquer tipo de líquido ao acidentado,
principalmente se houver suspeita de lesão interna;
 Controlar sinais vitais;
 Prevenir o estado de choque;
 Encaminhar o paciente para o hospital.
HEMORRAGIAS
1. CONCEITO
É a perda de sangue provocada pela ruptura,
dilaceramento ou corte de um ou mais vasos sangüíneos.
Classificação:
1º) Do ponto de vista anatômico:
 Arterial: Sangue vermelho vivo, saindo em jatos;
 Venosa: Sangue vermelho escuro , escorrendo
contínuo e lentamente.
Capilar
2º) Do ponto de vista clínico:
 A - Externa: Perda
de sangue para o exterior do
organismo, observada visivelmente;
 B - Interna:
Produzidas dentro dos tecidos ou
no interior de uma cavidade natural.
2. SINAIS E SINTOMAS
EXTERNAS
 Sangramento;
 Fraqueza;
 Pele pálida e fria;
 Pulso rápido e fraco;
 Respiração rápida e curta;
 Sede;
 Sensação de frio;
 Visão nublada;
 Sudorese e outros.
INTERNAS
Os mesmos das hemorragias
externas, e ainda :
 Equimoses;
 Hematomas;
 Nódulos ( Caroços ).
1 – Pressão
direta:
3– Curativo
compressivo:
2 – Elevação do membro:
4 – Compressão
arterial :
3. TÉCNICAS PARA CONTENÇÃO DE
HEMORRAGIAS (HEMOSTASIA)
5 – Torniquete
6 – Hemorragia Interna:
 Antigamente o torniquete era aplicado até nos casos de picadas de
cobra.
 Entretanto, devido a falta de perícia do socorrista, hoje em dia, o
torniquete só é recomendado nos casos de amputação ou
esmagamento dos membros e, mesmo assim, apenas no braço e na
coxa.
4. PROCEDIMENTO
 Não aplicar “porcarias”;
 Não remover objetos empalados ou transfixados;
 Conter o sangramento utilizando a técnica mais adequada;
 Não conter sangramento que saia pelo ouvido e ou nariz e
que tenha histórico de traumatismo craniano;
 Não
administrar qualquer tipo de líquido ao acidentado,
principalmente se houver suspeita de lesão interna;
 Controlar sinais vitais;
 Prevenir o estado de choque;
 Encaminhar o paciente para o hospital.
ANAFILAXIA/CHOQUE ANAFILÁTICO
 Anafilaxia (ou anafilaxis) é uma reação
alérgica sistêmica, severa e rápida a uma
determinada substância, chamada alergênico
ou alérgeno, caracterizada pela hipotensão,
taquicardia e distúrbios gerais da circulação
sanguínea, acompanhada ou não de edema da
glote.
 A reação anafilática pode ser provocada por
quantidades minúsculas da substância
alergénica. O tipo mais grave de anafilaxia — o
choque anafilático — termina geralmente em
morte caso não seja tratado
 A reação pode ser imediata ou ocorrer vários
minutos após a exposição ao agente
Ação imediata
 Emergência médica
 Risco de morte
 Rápida constrição das vias aéreas
 A ventilação assistida (uma habilidade que é parte
dos procedimentos de ressuscitação
cardiopulmonar) é frequentemente ineficaz, mas
deve ser tentada se a vítima pára de respirar.
 Pode ser que o paciente tenha tido um episódio
anterior, pelo que deve ser checado se ele está
com um recipiente com epinefrina (adrenalina)
para ser administrado por um leigo.
 A administração repetitiva de epinefrina só é
perigosa se feita em rápida sucessão.
Epinefrina e anafilaxia
2010 (Nova): Nova em 2010 é a recomendação de que, se persistirem os sintomas de
anafilaxia apesar da administração de epinefrina, os prestadores de primeiros socorros
devem procurar assistência médica antes de administrar uma segunda dose de
epinefrina.
2005 (Antiga): Como em 2005, as Diretrizes da AHA/ARC 2010 para Primeiros Socorros
recomendam que os prestadores de primeiros socorros aprendam os sinais e sintomas
de anafilaxia e o uso correto de um injetor automático de epinefrina para que possam
ajudar a vítima.
Motivo: A epinefrina pode salvar a vida de uma vítima de anafilaxia, mas
aproximadamente 18% a 35% das vítimas que apresentam sinais ou sintomas de
anafilaxia podem precisar de uma segunda dose de epinefrina.
O diagnóstico de anafilaxia pode ser desafiador, mesmo para profissionais, e a
administração excessiva de epinefrina pode produzir complicações (por exemplo,
agravamento de isquemia ou arritmias miocárdicas) se ministrada a pacientes que não
têm anafilaxia (por exemplo, se ministrada a um paciente com SCA).
Portanto, o prestador de primeiros socorros é incentivado a acionar o sistema de SME
antes de administrar uma segunda dose de epinefrina.
Diagnóstico
 O diagnóstico é clínico.
 Pesquisar os alérgenos que estão associados ao
seu convívio diário, em casa, no trabalho,
"hobbies" e hábitos e principalmente um inquérito
minucioso do uso e contato com medicamentos e
produtos químicos .
 Um exame físico pode ser útil, durante o período
de exposição ao alérgeno, afim de identificá-lo.
 Exames fisiológicos podem ajudar, assim como
testes de função pulmonar pode ser utilizados
para estabelecer o diagnóstico e determinar grau
de comprometimento
Sintomas
 Estresse respiratório,
 Hipotensão
 Desmaio
 Coma
 Urticária
 Angioedema (edema da face, pescoço e




garganta)
Taquicardia
Prurido e sensação de queimação
Edema dos punhos e tornozelos
Vômitos
Causas
 Comidas ( nozes, amendoim, peixes,
mariscos e frutos do mar em geral, leite
e ovos);
 Medicamentos ( penicilina, AAS e
similares como ibuprofeno e diclofenac);
 Látex;
 Picadas de abelha, vespa e também
algumas formigas);
 Exercícios físicos;
 Transfusão com incompatibilidade
podem causar um quadro clínico
semelhante
APH em caso de reações alérgicas
 O APH a se prestar à vitima de uma reação




alérgica (choque anafilático) são importantes, já
que podem produzir sintomas como inchaço de
tecidos na garganta por exemplo levando ao
sufocamento.
Por isso:
Se a vítima tiver em sua posse medicação antialérgica deve tomar imediatamente. ATENÇÃO
PARA BRONCOASPIRAÇÃO
Chame ajuda profissional de emergência;
Picadas de insetos, retire os ferrões caso
existam, aplique gelo no local da picada e algum
anti-alérgico de uso tópico.
 Condutas
1. avaliar e manter vias aéreas pérvias.
2. efetuar ventilação, caso necessário.
3. administrar oxigênio 10 a 15 l/min sob
máscara.
4. acesso venoso com infusão de ringer
lactato 20ml/kg.
5. administração de hidrocortisona 500mg.
Adrenalina 1mg via subcutâneo.
6. em caso de PCR seguir protocolo de
reanimação.
Prevenção
Evitar o contato com os alérgenos que podem
causar a reação.
Se o desencadeador forem insetos deve-se evitar
locais onde eles existam , ou tomar medidas
para proteger a casa contra os mesmos.
Em relação aos alimentos devem ser preparados
de forma diferentes, ou até mesmo substituídos.
 Para muitas pessoas, a imunoterapia pode
ajudar. Como por exemplo ,a imunoterapia para
picadas de abelha ou vespa que podem conferir
um boa proteção aos susceptíveis.
 Quando a pessoa tem alergia a penicilina,
substituir o medicamento por outro que tenha
mesma eficácia .
 Quando não se sabe se é ou não alérgico a um
medicamento em alguns preconiza-se a
utilização de testes de pele para verificar a
quais medicamentos o paciente tem alergia .

Os testes cutâneos para penicilina não são
totalmente seguros e mesmo um teste negativo
não invalida a possibilidade do paciente em um
determinada época da vida ter reações.

Isto é uma regra que deve ser seguida para
todo e qualquer tipo de medicamento
EMERGÊNCIAS
ORTOPÉDICAS
FRATURAS
Resultado da ruptura total ou parcial do tecido
ósseo.
Classificação
Fratura fechada
Fratura aberta ou
exposta
 Fratura fechada- Não há
solução de continuidade da pele
sobre o osso lesado
 Fratura Exposta- Há solução de
continuidade da pele, colocando
as superfícies fraturadas em
comunicação com o meio
externo
FRATURA EM GALHO VERDE
 Fratura incompleta que atravessa apenas
parte do osso. Ocorre principalmente em
crianças por conta da calcificação parcial
de sua estrutura.
 Na fratura em galho verde, temos uma
fratura incompleta em que só se rompe
uma cortical.
 Cortical é a parte substância dura e
compacta que confere resistência ao osso
 É a diáfise, que envolve a cavidade
medular é a substância cortical.
 Mais comuns em ossos do
antebraço.
 Mas também pode ocorrer no
cotovelo, no joelho, na tíbia, e
são relativamente raras no
úmero e no fêmur.
 Recomenda-se que todas as
fraturas em galho verde, que
requerem redução, sejam
convertidas em fraturas
 Uma fratura em galho verde é uma fratura em um
osso jovem e suave que dobra e parcialmente
quebra.
 O nome é uma analogia com um galho verde de
madeira que similarmente quebra quando a parte de
fora é dobrada.
Sinais e Sintomas
 Dor local;
 Deformidades
 Encurtamentos
 Inchaços
 Hematomas
 Formigamentos
 Espasmos musculares
 Incapacidade motora
FRATURAS POR STRESS
 As fraturas de sobrecarga ou de stress são devidas
à aplicação repetida e frequente de pequenas
forças sobre um osso, que leva a uma fadiga que
condiciona a fratura.
Fraturas patológicas
 Fraturas patológicas ocorrem num osso
previamente fragilizado, por exemplo por
osteoporose ou um tumor ósseo.
 Geralmente não há evidência de traumatismo
que justifique a fratura.
Identificando uma fratura
 Compare o membro supostamente fraturado com o
correspondente não comprometido.
Procure a
presença de:
• Dor à
manipulação;
• Deformações;
• Espasmo da
musculatura;
• Enchimento
capilar lento;
• Creptação
óssea;
•
•
•
•
•
•
Inchaço;
Feridas;
Palidez
Diminuição da
sensibilidade;
Redução da
temperatura.
 Primeiros socorros
Fraturas Fechadas
• Imobilizar com tala
ou material rígido
Fraturas Expostas
• Cobrir o ferimento com pano limpo;
• Estancar o sangramento;
• Prevenir contra o estado de choque;
Não Movimente a parte fraturada;
Não de nada de comer ou beber à vítima;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
Tratamento conservador
 Tenta optimizar as condições em que ocorre o processo natural
de reparação do osso sem infligir traumatismos adicionais
geralmente associados a uma cirurgia.
 Geralmente envolve a redução da fratura, que pode ser feito com
ou sem anestesia, e consiste em exercer uma tração adequada
sobre o membro afetado de forma a que os topos da fratura
fiquem alinhados, ou seja, regressem à sua posição anatômica.
 Uma redução bem efetuada reduz o risco de consolidação viciosa,
que é uma das sequelas mais frequentes das fraturas e que ocorre
quando o osso cicatriza numa posição incorreta.
 Após a redução há habitualmente uma diminuição importante da
dor, que pode até desaparecer por completo.
 Depois do alinhamento dos topos da fratura, o membro afetado
é estabilizado utilizando vários meios, sendo dos mais
frequentes a tala gessada, o gesso fechado, ou o suporte com
ligaduras elásticas.
 Esta estabilização tem por objetivo prevenir o movimento dos
topos da fratura, para que não haja dor, e possa ocorrer uma
reparação eficaz da lesão.
 Uma possível consequência de uma imobilização deficiente (ou
de remover a imobilização demasiado cedo) é a formação de
uma pseudartrose, uma situação que geralmente implica
correção cirúrgica.
 O tempo em que é mantida a imobilização varia consoante o
osso fraturado e a região do osso atingida, podendo variar de 3 a
8 semanas, ou mais.
Tratamento cirúrgico
 objetivo restabelecer o alinhamento normal do osso, e
manter esse alinhamento até a reparação da fratura.
 Permite também corrigir algumas lesões das partes
moles, em especial vasos sanguíneos que possam ter
rompido.
Sequelas e
complicações
 Infecção
(osteomielite)
 Necrose óssea
 Pseudartrose
 Consolidação viciosa
LUXAÇÃO
Deslocamento das extremidades ósseas de uma
articulação, de forma que ocorra a perda do
contato articular.
Poderá haver ruptura da cápsula articular e da
membrana sinovial
Ocorrência
 Ombros
Dedos Joelhos Punhos (mais
provavelmente acompanhado por uma fratura.)
 Cotovelos (mais provavelmente acompanhado por
uma fratura.)
Diagnóstico
 Raios-X geralmente são realizados para
confirmar o diagnóstico e detectar
qualquer fratura que possa ter ocorrido
no momento da luxação.
SINAIS E SINTOMAS DA LUXAÇÃO
 Dor intensa
 Impotência funcional
 Deformidade
 Edema progressivo
MEDIDAS EMERGENCIAIS
 Imobilização da parte afetada até que o
tratamento definitivo seja efetuado, que
consiste na redução da luxação por
profissional habilitado e com anestesia
Tratamento
 REDUÇÃO
 Assim que o diagnóstico for confirmado, a articulação
geralmente é manipulada de volta para sua posição original.
 Isto pode ser um processo muito doloroso, consequentemente
ele é tipicamente feito sob sedação ou em uma sala de cirurgia
sob anestesia geral.
 É importante que a articulação seja reduzida o mais rápido
possível, já que, quando deslocada, o suprimento sanguíneo
para a articulação (ou para a anatomia distal) pode estar
comprometido. Isso é especialmente verdade no caso de um
tornozelo deslocada, devido à anatomia do suprimento
sanguíneo do pé.
ENTORSE
Ruptura total ou parcial dos ligamentos de
uma articulação.
SINAIS E SINTOMAS
 Dor local
 Impotência funcional
parcial
 Edema
MEDIDAS EMERGENCIAIS
 Repouso da parte afetada e em posição
elevada
 Compressa fria logo após o trauma
 Compressa morna após as 24 hs do trauma
 Dependendo do grau- pode ser cirúrgico ou
necessitar de imobilização gessada
Distensão
É o rompimento ou estiramento anormal de
um músculo ou tendão;
O músculo é um tecido elástico e têm uma
capacidade elástica limitada.
Quando as fibras dos músculos se rompem,
normalmente, se o atleta fizer um esforço para o
qual não está preparado
Tipos de Distensão Muscular:
1º Grau - Recuperação: cerca de 5 dias.
2º Grau - Recuperação: cerca de 10 dias.
3º Grau - Recuperação: cerca de 21 dias.
 CONTUSÃO
 Golpe no músculo que produz contusão muscular
 CÃIMBRAS
 Músculo acometido de espasmos + contrações, dor
intensa e perda de movimentos- falta de k e fadiga
muscular
Procedimentos para imobilização
 Expor a região fraturada;
 Evitar movimentações desnecessárias;
 Alinhar o membro quando possível





buscando a
posição mais anatômica;
Imobilizar a parte fraturada, uma articulação abaixo
outra acima;
Pode-se utilizar como recurso auxiliar bolsa de gelo
( entorse e luxação );
Prevenir o estado de choque;
Controlar sinais vitais;
Encaminhar o paciente para o hospital ( evite o
excesso de velocidade e manobras bruscas nos
deslocamentos caso o mesmo esteja estabilizado
IMOBILIZAÇÃO
Utilização de tipóias
Utilização de imobilizadores rígidos
e bandagens em imobilização de
extremidades
CONVULSÃO
 Quadro
caracterizado
pela contratura
involuntária da
musculatura com
movimentos
desordenados,
generalizados ou
localizados,
acompanhada de
perda dos sentidos.
Causas- condições clínicas que
desestabilizam ou irritam o cérebro







EPILEPSIA
INTERMAÇÃO
ENVENENAMENTO
ELETROCUSSÃO
HIPOGLICEMIA
FEBRE ALTA EM CRIANÇA
LESÃO CEREBRAL,TUMOR, AVC...
SINTOMAS
 Movimentos musculares
espásticos repetidos;
 Lábios azulados;
 Olhos virados para cima;
 Perda dos sentidos;
 Salivação abundante
 Perda de urina e fezes durante a crise
 Após o cessamento da crise o paciente
apresenta-se inconsciente e com perda
do tônus muscular (musculatura flácida)
APH
 Avaliar o cenário onde está o paciente. Procurar
sinais de trauma, consumo de drogas ou
envenenamento.
 O Socorrista deve evitar toda e qualquer situação
que possa colocar sua integridade em risco
 Colocar a pessoa deitada de costas em um local
plano, confortável, afastada de toda fonte de risco,
por exemplo: tomadas elétricas, fios, objetos
perfurantes
 Proteger a cabeça da vitima
 Não tente introduzir objetos entre os dentes.
 Realize a manobra de abertura de vias aéreas
para facilitar a entrada de ar nos pulmões
Abertura de Vias aéreas:
 Nos pacientes com suspeita de TRM(todo paciente
vítima de afogamento, eletrocussão, acidentes)
esta manobra não deverá ser executada pelo risco
de lesão da medula espinhal.
Realizar apenas a abertura da boca, sem a extensão
da cabeça.
 Durante todo o procedimento da ressuscitação uma
mão deverá ficar situada sempre no queixo para
manter as vias aéreas
 Afrouxe a roupa do paciente;
 Retire pulseiras, colares, relógios,
óculos para evitar traumas para o
paciente
 Observe se o paciente possui
alguma placa de identificação
(pulseira, medalha ou cartão) que
possam identifica-lo ou
estabeleçam diagnóstico da causa
da crise
 Não impeça os movimentos do
paciente, apenas se preocupe de
que não ocorra traumatismos
 Caso a vítima apresente grande quantidade de
secreção em boca, não tente limpeza digital por
poderá ter seu dedo traumatizado. Lateralize,
permitindo a saída deste material da boca
 Quando a crise passar evite estimular
demasiadamente o paciente, para impedir o
desenvolvimento de novas crises
 Evite jogar água sobre o paciente, dar tapas
 A maioria das crises termina entre 1 a 2 min
 No caso de crianças: se for detectado febre alta,
colocar imediatamente a criança em um banho
morno em uma banheira, por mais ou menos 10
minutos. Deixe a criança envolta em uma toalha
 Encaminhe o paciente a um serviço de
emergência
Chamar resgate se:
 A VÍTIMA NÃO POSSUI HISTÓRICO ANTERIOR DE
CONVULSÕS EPILÉPTICAS
 A CRISE PERDURAR MAIS DE 5 MIN
 A VÍTIMA DEMORAR A SE RECUPERAR,
CONVULSIONAR PELA 2° X, DIFICULDADE
RESPIRATÓRIA APÓS A CRISE.
 A VÍTIMA FOR GESTANTE OU PROBLEMAS DE SAÚDE
 SINAL DE TRAUMA OU MAL SÚBITO
DESMAIO
 Perda súbita e
transitória de
consciência
associada ao
relaxamento
muscular (tônus
postural).
 É provocada
pela redução
abrupta da
irrigação
cerebral.
NÚMEROS
 47% dos tipos de síncope não
são esclarecidas
 7,3% dos casos podem ter como
resultado a morte
Quais as causas para que
ocorra um desmaio?
 doença cérebro-vascular, convulsões
 de origem cardíaca, tais como: arritmias, doença
cardíaca estrutural ou isquêmica
 embolia pulmonar, hipertensão pulmonar
 metabólicas, tais como hipoglicemias, intoxicações
 neurogênica/vascular, como hipotensão postural,
síncope situacional ou vasodepressora
 infecciosas
 psicogênicas
 desconhecidas, ao redor de 40%
SINTOMAS
 turvação visual
 suor
 frio
 náuseas
 tontura
 vômitos, às vezes
 palidez
Atendimento
 Arejar o ambiente, ou transportar a vítima para um
local com melhor ventilação.
 Elevar os membros inferiores, com uma mochila,
roupas, etc. com isso, o sangue circula em maior
quantidade no cérebro e nos órgãos nobres.
Virar a cabeça para o lado, evitando que a vítima venha
a vomitar e possa se asfixiar.
 Afrouxar a roupa, para uma melhor
circulação.
 Após o desmaio ter passado, não dê água
imediatamente, para evitar que a vítima se
afogue, pois ainda não está com seus
reflexos recuperados totalmente.
 O mesmo em relação a deixá-la caminhar
sozinha imediatamente após o desmaio. Faça-a
sentar e respirar fundo, após auxilie-a a dar uma
volta, respirando fundo e devagar.
 Com isso, o organismo se readapta a posição
vertical e evita que ela possa desmaiar
novamente, o que pode ocorrer se ela levantar
bruscamente.
 Após esses procedimentos, pode dar água a
vítima.
Se ainda não houve o desmaio
 Sentar a vítima numa cadeira, fazer com que ela
coloque a cabeça entre as coxas e o socorrista faça
pressão na nuca para baixo, ( com a palma da mão),
enquanto ela força a cabeça para cima por alguns
segundos.
 Esse movimento fará com que aumente a quantidade
de sangue e oxigênio no cérebro.
 Realize esse procedimento umas 3 vezes,
evitando com isso o acumulo desnecessário
de sangue e oxigênio no cérebro.
Intoxicações e envenenamentos
 O envenenamento ou intoxicação resulta da
penetração de substância tóxica/nociva no organismo
através da pele, aspiração e ingestão.
 Sinais e sintomas
 Dor e sensação de queimação nas vias de penetração e





sistemas correspondentes;
Hálito com odor estranho;
Sonolência, confusão mental, alucinações e delírios, estado
de coma;
Lesões cutâneas;
Náuseas e vômitos;
Alterações da respiração e do pulso.
1º- MANUTENÇÃO DAS FUNÇÕES VITAIS, proceder as
técnicas do Suporte Básico de Vida, tendo em vista a
estabilização do paciente
2º- OBTENÇÃO DA HISTÓRIA CLÍNICA, a idade e sexo, o
conhecimento da substância causadora da intoxicação
(embalagens e vidros vazios próximos, substâncias,
medicações no local, atividade profissional, uso de drogas),
quantidade, há quanto tempo, via de exposição, avaliação do
estado geral (estado neurológico especialmente) condição
física e psíquica, primeiras medidas que foram tomadas
3º- DESCONTAMINAÇÃO. A emese está CONTRA-INDICADA na
ingestão de produtos corrosivos (ácidos, amoníaco, soda
cáustica), quando o paciente estiver comatoso, pelo risco de
broncoaspiração de conteúdo gástrico.
A lavagem gástrica
Pode-se enviar o conteúdo gástrico para análise.
É largamente utilizado carvão ativado que interrompe a circulação
êntero-hepática das drogas e intensifica a velocidade de difusão
da substância química do corpo para o trato gastro-intestinal.
Pode causar uma redução da motilidade intestinal.
4º-ANTÍDOTOS contra o toxicante, cujo efeito oposto, pode agir
através da formação de complexos inertes, neutralizando o tóxico,
competindo com o tóxico pelo alvo e corrigindo os efeitos tóxicos.
CONSIDERAR SEMPRE, EM
RELAÇÃO À SUBSTÂNCIA
UTILIZADA:
Dose terapêutica e dose tóxica
Ligação protéica
Pico de ação
Via de eliminação e meia-vida
Volume de distribuição
Nível sérico.
 Primeiros socorros
 Pele
 Retirar a roupa impregnada;
 Lavar a região atingida com água em abundância;
 Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar
com água;
 Agasalhar a vítima;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.
 Aspiração
 Proporcionar a ventilação;
 Abrir as vias áreas respiratórias;
 Repouso absoluto
 Encaminhar para atendimento hospitalar.
 Primeiros socorros
 Ingestão
 Identificar o tipo de veneno ingerido;
 Provocar vômito somente quando a vítima
apresentar-se consciente, oferecendo água;
 Não provocar vômitos nos casos de inconsciência,
ingestão de soda cáustica, ácidos ou produtos
derivados de petróleo;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.
Perguntas
OBRIGADA!!!
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