Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 400
A UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS BÁSICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ÍNDICES‐PADRÃO, AGREGANDO CONFIABILIDADE NA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS André Junior Silva Wiezzel Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE. Curso de Ciências Contábeis. E‐mail: [email protected] RESUMO O artigo apresenta uma explanação não exaustiva acerca da utilização de ferramentas básicas da estatística no processo de análise das Demonstrações Contábeis. Compreendendo a análise como processo indispensável para a tomada de decisões, se faz relevante estabelecer índices‐padrão que possam atender de forma realística a necessidade de cada analista, haja vista que a comparação dos dados de determinada entidade com empresas esparsas, ainda que do mesmo setor, nem sempre produzem informações confiáveis, dadas as particularidades que diferenciam cada modelo de negócio. Este artigo demonstrou que as empresas podem desenvolver índices‐
padrão próprios, consoante uma realidade social mais próxima, a partir de comparativos entre empresas assemelhadas e pertencentes a uma área geográfica que exponha todas às mesmas variáveis exógenas. Por meio do auxílio da Mediana e da medida de posição relativa (Quartil), foi possível criar tabelas de dados essenciais para a análise de empresas que envolvem a tríade Liquidez‐Endividamento‐Rentabilidade. Palavras‐chave: análise econômico‐financeira, índices‐padrão, ferramentas estatísticas. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS O processo de análise das Demonstrações Contábeis é um poderoso instrumento para que os diversos stakehouders possam buscar subsídios para a sua tomada de decisão, seja no âmbito dos investimentos, na negociação de ações ou ainda, nas interferências necessárias que se fazem impor na gestão empresarial, notadamente no que concerne aos aspectos de liquidez, endividamento e rentabilidade ‐ espinha dorsal de qualquer negócio. Destarte, resta claro que os analistas poderão buscar nas ciências exatas (matemática, estatística) ferramentas que possibilitam o aprimoramento técnico da análise das demonstrações contábeis. É dentro desta perspectiva que esse trabalho visa contribuir, não exaurindo o assunto ou explorando vastos conteúdos pertinentes às ciências exatas. Ao revés, a pretensão é mostrar que as empresas não precisam, necessariamente, “consumir” índices‐padrões estabelecidos de forma genérica (sem conhecer a metodologia empregada para tal) para avaliar suas atividades, vez que ela poderá per si desenvolver estes índices, em conformidade com seus interesses mais imediatos e as particularidades que envolvem seu modelo de negócio. Insta ainda esclarecer que a finalidade do uso de índices‐padrão se dá no sentido de permitir a comparação entre os índices de Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 401
desempenho de determinada empresa com o “desempenho padrão” de outras empresas do mesmo setor. Metodologia Para atingir o intento, foi necessário, de primeiro plano, especificar as empresas para compor a base de dados para o desenvolvimento dos índices‐padrão. Uma vez definidas, foram estabelecidos os grupos de índices (liquidez, endividamento, rentabilidade) para proceder à análise, bem como a quantidade de índices em cada um deles. Escolhidos, foram estes índices calculados de acordo com as informações contidas nos relatórios contábeis publicados pelas empresas selecionadas no site da BOVESPA – Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. A próxima etapa envolveu procedimentos estatísticos, onde foi possível calcular a Mediana (Me) de cada grupo de índices, de forma que este valor (Me) representou o índice‐padrão de cada grupo. Estes índices‐padrão desenvolvidos foram utilizados como referencial para a empresa avaliar seu desempenho. Além disso, foi utilizado o Quartil – uma medida de posição relativa, onde a Mediana representou o segundo Quartil (Q2), vez que ela contempla 50% dos elementos centrais. O primeiro Quartil (Q1) representou 25% dos elementos abaixo da Mediana, e finalmente, o terceiro Quartil (Q3) atendeu a 25% dos elementos acima da Mediana. Portanto, foram utilizados critérios científicos de medição, organização e agrupamento de dados. No mais, foram atribuídas notas, pesos e conceitos aos índices registrados pela empresa analisada a partir da comparação com os índices‐padrão (Mediana das empresas selecionadas), gerando assim, informações de desempenho separadas por grupos. Resultados Os dados abaixo representam a coleta de dados dos relatórios contábeis de quatro empresas concorrentes, intituladas por empresa 1, empresa 2, empresa 3 e empresa 4. O 2º quartil (Q2) é a Mediana, que assume o papel de índice‐padrão. No mais, foram utilizadas as seguintes siglas: D (desornados), O (ordenados), M (médias), Q (quartil), L.C (liquidez corrente), L.G (liquidez geral), R.I (retorno sobre o investimento), R.P.L (retorno sobre o patrimônio líquido), C.E (composição o endividamento e E.G (endividamento geral). Tabela 01. Planilha contendo os índices das empresas, estabelecimento dos índices‐padrão e definição dos quartis. Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 L
.C E
mpr. D
O
a
a
br/08 1
2
3
4
0
,68 4
,01 ,38 L
E
1
2
3
4
M
a
a
a
,44 ,82 ,47 0
,44 2
3
4
‐
2,54 ‐
1,67 0,65 7,38 E
2
3
4
M
a
a
a
5,33 1,44 4,15 2,96 2,96 ‐
‐
‐
1 ‐
2,2 ‐
1,44 5
mpr. 2 2
8,17 5
7,77 Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 3 2
3
4
4
3 O
M
a
a
a
br/07 br/07 0
,22 0
,65 ,39 ,55 ,72 0
0
,69 0
9
,42 2
5
5
2
1 7
,59 9
,42 1
0,27 4
,15 ,76 ,54 a
br/07 ,54 ,76 M
a
br/07 3 O
a
2 0
,72 D
1 0
,6 ,65 ,22 0
0
0
2 9
,85 1
3 0,27 D
O
M
a
a
a
br/07 2
4,07 br/07 4
,01 2
1,9 2,09 0,17 ,01 1
2
4
1,04 1,9 2 2
2,99 2
4,07 1 2
2
2
0,17 3
D
br/07 1
2 ,96 ,08 ,55 E
3
3
0
.P.L 1 ,3 ,83 ,08 1
,66 2
4
R
br/08 ‐
‐
4
O
5,33 3
3 D
‐
7,77 ,37 1
br/08 2
2 8
7,38 br/08 1
‐
1,16 ‐
1
.P.L mpr. ‐
1,67 1 0
,76 br/07 1
br/07 ,56 2
E
mpr. 2,11 br/07 ,76 .I ‐
a
,83 R
a
‐
‐
4
br/08 2,54 0,65 3 M
a
br/08 3
O
a
R
,79 0
D
2
2 0
,82 br/08 1
0
0
E
,61 ,75 ,75 1 a
br/07 1
0
a
3
E
mpr. ,46 0
M
0
L
0
O
,56 .G br/08 0
0
4
O
br/08 3
3 D
,47 .I 4
,7 5
0
R
mpr. 4
2
2 D
br/07 1
2
,38 br/08 mpr. 1 ,64 ,01 5
.G mpr. 1
1
,27 E
0
,98 ,27 .C 0
,68 L
M
br/08 402
3 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 C
.E E
mpr. D
O
M
a
a
a
br/08 1
2
3
0
,57 ,14 ,1 E
E
3
4
0
0
0
,41 D
O
M
a
a
a
0
,52 0
0
,55 ,52 ,43 ,54 0
,55 0
,58 0
2 0
,57 0
,58 3 a
a
a
br/07 ,13 2
3
4
0
0
,18 2 0
,23 0
,04 1 0
0
,23 0
,09 ,13 0
,39 3 0
,54 D
O
M
a
a
a
br/07 1
br/07 ,04 0
E
1 M
0
E
0
O
,54 .G mpr. ,48 0
0
4
br/08 ,43 3
3 0
br/08 2
2 D
br/07 1
1 ,57 br/08 2
0
,2 ,25 0
E
mpr. ,12 0
0
.G 1
0
,14 ,25 C
.E br/08 ,1 0
4
mpr. br/08 403
br/07 0
,61 br/07 0
,36 0
,73 0
,49 0
,36 1 0
,55 0
,61 0
,49 0
,43 2 0
,67 0
3 ,73 Fonte: elaborada pelo autor Tabela 02. Ajuste aos respectivos Quartis dos índices (i) do tipo quanto menor, melhor Qua
Se i rtis <Q1 Not
1 Con
Rui
Se i >=Q1 e Se i >=Q2 e Se i < Q2 < Q3 2 3 4 Aceitável Bom Excelen
>=Q3 as ceitos m Fonte: inspirada nos trabalhos de Matarazzo (2010) Tabela 03. Ajuste aos respectivos Quartis dos índices (i) do tipo quanto menor, melhor Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 te Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 Qua
Se i rtis <Q1 Not
4 Con
Exc
404
Se i >=Q1 e Se i >=Q2 e < Q2 < Q3 3 2 Bom Aceitável Se i >=Q3 1 as ceitos Ruim elente Fonte: inspirada nos trabalhos de Matarazzo (2010) Tabela 04. Atribuições de notas e pesos aos índices para cada empresa utilizada no desenvolvimento dos índices ‐ padrão das empresas 1, 2, 3 e 4. DESEMPENHO - EMPRESA 1
Período
DESEMPENHO - EMPRESA 1
Período
mar/09
Situação
Período
abr/08
Situação
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
liquidez corr.
1,2
0,73
1
1
1
liquidez ger.
0,56
0,58
3
1
3
2
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
liquidez corr.
2,64
0,68
1
1
1
liquidez ger.
0,61
0,47
2
1
2
(n)x(p) Financ.
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
retorno s/ inv.
-4,2
-9,17
1
1
1
retorno s/ P.L
-18,82
-25,2
1
1
1
1
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Econ.
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Estr.de Cap.
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
abr/07
Situação
I. Pad.
Financ.
DESEMPENHO - EMPRESA 1
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
liquidez corr.
3,3
0,56
1
1
liquidez ger.
0,6
0,55
2
1
(n)x(p) Financ.
1,5
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
retorno s/ inv.
-1,16
-2,54
1
1
1
retorno s/ inv.
retorno s/ P.L
-2,2
-5,33
1
1
1
retorno s/ P.L
1
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
(n)x(p) Estr.de Cap.
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
(n)x(p) Econ.
(n)x(p) Estr.de Cap.
1
2
1,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad.
(n)x(p) Econ.
(n)x(p)
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
7,59
9,42
3
1
21,04
24,07
4
1
(n)x(p)
3
4
3,5
I. Pad.
Ind.
Nota
Peso
(me)
Empr.
(n)
(p)
(n)x(p)
comp. do end.
0,32
0,64
1
1
1
comp. do end.
0,2
0,57
1
1
1
comp. do end.
0,18
0,54
1
1
endivid. geral
0,66
0,63
3
1
3
endivid. geral
0,54
0,52
3
1
3
endivid. geral
0,55
0,61
2
1
2
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
2
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
1,5
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
2,17
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
1,67
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 1,50
1
2
Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 DESEMPENHO - EMPRESA 2
DESEMPENHO - EMPRESA 2
mar/09
Período
405
abr/08
Período
Situação
DESEMPENHO - EMPRESA 2
Financ.
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
Nota Peso
(n)
abr/07
Período
Situação
Situação
I. Pad. Ind.
(n)x(p) Financ.
(p)
(me) Empr.
Nota Peso
(n)
(p)
I. Pad. Ind.
(n)x(p) Financ.
Nota Peso
(me) Empr.
(n)
(p)
(n)x(p)
liquidez corr.
1,2
1,32
3
1
3
liquidez corr.
2,64
4,01
3
1
3
liquidez corr.
3,3
3,83
3
1
3
liquidez ger.
0,56
0,61
4
1
4
liquidez ger.
0,61
0,82
4
1
4
liquidez ger.
0,6
0,65
3
1
3
3,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Econ.
retorno s/ inv.
retorno s/ P.L
Nota Peso
3,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
-4,2
-4,45
2
1
2
retorno s/ inv.
-1,16 -0,65
3
1
3
retorno s/ inv.
7,59
5,76
2
1
2
-18,82 -14,1
3
1
3
retorno s/ P.L
-2,2
3
1
3
retorno s/ P.L
21,04 21,9
3
1
3
3
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
(n)
I. Pad. Ind.
(n)x(p) Econ.
(p)
(me) Empr.
2,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
(n)
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
(n)
(p)
comp. do end.
0,32
0,32
2
1
2
comp. do end.
0,2
0,14
3
1
3
comp. do end.
0,18
endivid. geral
0,66
0,68
2
1
2
endivid. geral
0,54
0,55
2
1
2
endivid. geral
0,55
2
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
2,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
3,00
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
2,67
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
(n)x(p) Estr.de Cap.
(p)
(n)x(p)
(p)
2,5
Ind.
(n)
I. Pad. Ind.
(n)
Empr.
(me) Empr.
Nota Peso
Nota Peso
(me) Empr.
(me)
(n)x(p) Estr.de Cap.
I. Pad. Ind.
I. Pad. Ind.
(n)x(p) Econ.
(p)
I. Pad.
Estr.de Cap.
Nota Peso
-1,44
Nota Peso
3
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nota Peso
(me) Empr.
(n)x(p)
(n)
(p)
0,13
3
1
3
0,73
1
1
1
2
2,50
DESEMPENHO - EMPRESA 3
DESEMPENHO - EMPRESA 3
Período
mar/09
Situação
Financ.
DESEMPENHO - EMPRESA 3
Período
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
abr/08
Situação
Nota Peso
(n)
Período
(n)x(p) Financ.
(p)
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
Nota Peso
(n)
abr/07
Situação
(n)x(p) Financ.
(p)
I. Pad. Ind.
(me) Empr.
Nota Peso
(n)
(n)x(p)
(p)
liquidez corr.
1,2
1,08
2
1
2
liquidez corr.
2,64
1,27
2
1
2
liquidez corr.
3,3
2,76
2
1
2
liquidez ger.
0,56
0,46
1
1
1
liquidez ger.
0,61
0,44
1
1
1
liquidez ger.
0,6
0,72
4
1
4
1,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Econ.
retorno s/ inv.
retorno s/ P.L
Nota Peso
Estr.de Cap.
retorno s/ inv.
-1,16
-1,67
2
1
2
retorno s/ inv.
7,59
2,54
1
1
1
retorno s/ P.L
-2,2
-2,96
2
1
2
retorno s/ P.L
21,04
4,01
1
1
1
2
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
-4,2
-2,12
4
1
4
-18,82 -4,56
4
1
4
4
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
(n)
(n)x(p) Econ.
(p)
Nota Peso
Nota Peso
Empr.
Empr.
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad. Ind.
Ind.
(me)
Ind.
(me)
(n)x(p) Estr.de Cap.
(p)
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
Nota Peso
3
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad.
I. Pad.
(n)
1,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
(n)
Nota Peso
(n)
(n)x(p) Econ.
(p)
(me) Empr.
(n)x(p) Estr.de Cap.
(p)
I. Pad. Ind.
(me) Empr.
(n)
(n)x(p)
(p)
1
Nota Peso
(n)
(n)x(p)
(p)
comp. do end.
0,32
0,31
3
1
3
comp. do end.
0,2
0,25
2
1
2
comp. do end.
0,18
0,23
2
1
2
endivid. geral
0,72
0,53
4
1
4
endivid. geral
0,54
0,43
4
1
4
endivid. geral
0,55
0,58
4
1
4
3
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
3,5
3,00
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 2,17
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
3
2,33
Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 DESEMPENHO - EMPRESA 4
Período
DESEMPENHO - EMPRESA 4
Período
mar/09
Situação
Nota Peso
Ind.
(n)
(p)
liquidez corr.
1,2
1,61
4
1
4
liquidez ger.
0,56
0,54
2
1
2
3
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
retorno s/ P.L
Nota Peso
Ind.
(me)
Empr.
(n)
(p)
-4,2
-3,95
3
1
3
-18,82 -23,56
2
1
2
Estr.de Cap.
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
Nota Peso
(n)
Ind.
(me)
Empr.
liquidez corr.
2,64
5,38
4
1
4
liquidez corr.
3,3
4,08
4
1
4
liquidez ger.
0,61
0,75
3
1
3
liquidez ger.
0,6
0,22
1
1
1
Nota Peso
(n)
(n)x(p) Financ.
(p)
Nota Peso
(me) Empr. (n)
3,5
Nota Peso
I. Pad. Ind.
2,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Ind.
(me)
Empr.
(n)
(p)
retorno s/ inv.
-1,16
17,38
4
1
4
retorno s/ inv.
7,59
10,3
4
1
4
retorno s/ P.L
-2,2
57,77
4
1
4
retorno s/ P.L
21,04 20,2
2
1
2
4
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
(n)x(p) Estr.de Cap.
(p)
I. Pad.
Ind.
(me)
Empr.
Nota Peso
(n)
(n)x(p) Econ.
I. Pad. Ind.
(n)x(p)
(p)
I. Pad.
(n)x(p) Econ.
2,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
I. Pad.
(n)x(p) Financ.
I. Pad.
abr/07
Situação
Empr.
retorno s/ inv.
Período
abr/08
(me)
Econ.
DESEMPENHO - EMPRESA 4
Situação
I. Pad.
Financ.
406
Nota Peso
(me) Empr. (n)
(n)x(p) Estr.de Cap.
(p)
I. Pad. Ind.
3
Nota Peso
(me) Empr. (n)
(n)x(p)
(p)
(n)x(p)
(p)
comp. do end.
0,32
0,24
4
1
4
comp. do end.
0,2
0,1
4
1
4
comp. do end.
0,18
0,04
4
1
4
endivid. geral
0,66
0,75
1
1
1
endivid. geral
0,54
0,58
1
1
1
endivid. geral
0,55
0,49
3
1
3
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
2,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
2,5
Nota >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
3,5
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
2,67
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
3,33
Média Geral da empresa >>>>>>>>>
3,00
Fonte: inspirada nos trabalhos de Matarazzo (2010) DISCUSSÃO O emprego da metodologia preteritamente explanada permitiu a elaboração de um verdadeiro mapeamento dos pontos fortes e fracos da empresa interessada em conhecer sua realidade, vez que possibilita o confronto de seu desempenho com outras que apresentam riscos e oportunidades bastante similares, o que torna a análise realística e que subsidia de maneira confiável a tomadas das decisões. Manifestando‐se sobre a temática, o autor Matarazzo (2010) entende que os índices são comparáveis a uma vela acesa em quarto escuro, evidenciando o quão importantes são no processo da análise empresarial. A empresa tem ampla capacidade de desenvolver índices‐padrão que possam melhor atender aos seus interesses de avaliação, vez que serão mais específicos e condizentes com a realidade social do usuário da informação, vista que os índices‐padrão genéricos representam uma medida geral que, por serem pulverizados, podem perder sua função de direcionamento, vez que representam um amplo cenário revestido de diversas particularidades. Neste sentido se manifesta Pereira (2001, p. 290) “... cabe destacar a existência de vários critérios de classificação das atividades das empresas, como, por exemplo, os utilizados pela Receita Federal, pelo IBGE, pela Serasa, pelas publicações Balanço Anual...”. Destarte, depreende‐se que pode ser temerário o uso indiscriminado de índices “prontos”. O emprego de ferramentas da estatística propicia estudos um tanto abrangentes, que pode envolver uma gama ampliada de empresas. Nesta linha de conduta, assim enuncia o autor Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 407
Matarazzo (2010, p. 122) “quando se usam algumas técnicas estatísticas, é possível comparar o desempenho de uma empresa com o de 100,1000 ou mais empresas.” Para se ter uma noção, o uso dos Quartis (partições) servem para estabelecer referências. Por exemplo (hipotético): se foi estabelecida a Mediana = 1,5 para os índices de liquidez (índice‐
padrão = 1,5) e se empresa analisada apresentou liquidez de 0,60, então está abaixo da Mediana, enquadrada, portanto, no 1º Quartil, o que revela uma posição desfavorável em face das outras empresas. CONCLUSÃO Feitas as explanações pertinentes, é razoável concluir que o processo de análise das demonstrações contábeis não poderá se limitar ao mero cálculo aritmético de índices e posterior comparação com índices‐padrão. Há que se levar em conta não apenas variáveis endógenas, mas, principalmente, aquelas exógenas que refletem seus efeitos para a empresa inserida naquele contexto social. Saliente‐se que a proposta deste trabalho não foi adentrar na seara da análise de relatórios contábeis, tampouco explorar ferramentas avançadas da Estatística. A grande meta é trazer ao leitor uma perspectiva de análise que esteja conectada com a necessidade mais imediata do tomador de decisão, por meio de Índices‐Padrão que retratam a realidade das empresas que interessam ao analista de forma imediata. Observe‐se que não se trata de assunto novo ou algo inexplorado. Evidente também que há diversas outras ferramentas que poderiam ser atreladas aos trabalhos do analista. O cerne da questão está no sentido de que ferramentas um tanto simplificadas podem contribuir sobremaneira para decisões mais acertadas, já que pautadas num estudo mais realista do cenário onde atua a empresa. Existem publicações bastante interessantes que poderiam ser utilizadas como ferramentas subsidiárias para os trabalhos de análise (p. ex., as publicações da Revista Exame da Editora Abril S.A), além das diversas informações fornecidas pelas próprias empresas que publicam suas demonstrações contábeis. Insta ainda ponderar que, não obstante o imenso potencial que a contabilidade possui em gerar informações, é imprescindível a esta ciência aderir aos seus ensinamentos outras formas de conhecimento, como aqueles extraídos da matemática, estatística, administração e economia, com vistas a produzir efeitos sinérgicos sobre a compreensão do patrimônio, vez que este se constitui como o objeto de estudos das Ciências Contábeis. Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 408
REFERÊNCIAS SILVA, J. Pereira da. Análise Financeira das Empresas. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001. MATARAZZO, D. Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2010. Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, jul–dez, 2012 
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