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UM CONTRIBUTO PARA A
SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
SANDRO MIGUEL MARTINS ALVES
Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos do grau de
MESTRE EM ENGENHARIA CIVIL — ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES
Orientador: Professor Doutor Vasco Manuel Araújo Peixoto de Freitas
JULHO DE 2008
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL 2007/2008
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Tel. +351-22-508 1901
Fax +351-22-508 1446
[email protected]
Editado por
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Rua Dr. Roberto Frias
4200-465 PORTO
Portugal
Tel. +351-22-508 1400
Fax +351-22-508 1440
[email protected]
http://www.fe.up.pt
Reproduções parciais deste documento serão autorizadas na condição que seja
mencionado o Autor e feita referência a Mestrado Integrado em Engenharia Civil –
2007/2008 – Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2008.
As opiniões e informações incluídas neste documento representam unicamente o ponto de vista do respectivo Autor, não podendo o Editor aceitar qualquer responsabilidade legal ou outra em relação a erros ou omissões que possam existir.
Este documento foi produzido a partir de versão electrónica fornecida pelo respectivo
Autor.
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Aos meus Pais
e à Ana
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AGRADECIMENTOS
Ao terminar o presente trabalho gostaria de manifestar o meu sincero agradecimento a todos aqueles
que contribuíram para a sua realização.
Ao Professor Vasco Peixoto de Freitas expresso o meu profundo agradecimento pela forma sempre
solícita com que me apoiou e orientou na elaboração desta dissertação, bem como pelos conhecimentos transmitidos e confiança depositada.
Gostaria de salientar o apoio prestado pela Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de
Construção – APFAC, na pessoa do Eng.º Carlos Duarte, cuja disponibilidade e dedicação contribuíram significativamente para o desenvolvimento das fichas de patologia apresentadas no Anexo A.
À 1001FORMAS – Software e Multimédia, Lda., e em particular à Eng.ª Sandra Barbosa e ao Eng.º
Pedro Rebelo, pela interacção sempre positiva.
Ao meu colega de gabinete, Eng.º Nuno Machado, pela ajuda sempre pronta, deixo também aqui o
meu agradecimento.
Um agradecimento muito especial aos meus pais, sem os quais não teria conseguido atingir todos os
objectivos fixados.
Finalmente saliento o carinho e a preocupação da Ana Luís Lopes, que possibilitou a serenidade
necessária à realização deste trabalho.
i
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RESUMO
Muito embora haja uma preocupação crescente com a qualidade da construção, verifica-se que os edifícios construídos nos últimos anos não apresentam a qualidade e a durabilidade esperada. A falta de
sistematização da informação origina erros e patologias repetidos múltiplas vezes.
O Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB desenvolveu um catálogo de patologias disponível em www.patorreb.com, constituído por um conjunto de fichas que incluem a descrição
da patologia, sondagens e medidas, causas e recomendações.
Os principais objectivos desta dissertação são os seguintes:
Analisar a importância económica da patologia da construção;
Avaliar os diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional;
Desenvolver novas fichas de patologia a publicar no site www.patorreb.com;
Propor e implementar novas funcionalidades no site.
Na primeira parte do trabalho faz-se uma análise estatística da importância técnica e económica da
patologia da construção abordando a frequência das patologias e custos de reparação envolvidos,
recorrendo a uma base de dados francesa sobre patologia da construção.
Na segunda parte faz-se uma avaliação sumária dos diferentes catálogos de patologia desenvolvidos a
nível internacional, caracterizando o site www.patorreb.com mais pormenorizadamente.
Na terceira parte, que constitui o contributo original desta dissertação, descrevem-se as diferentes tarefas desenvolvidas pelo autor para dinamizar o site www.patorreb.com, nomeadamente: a criação de
16 fichas temáticas associadas a argamassas e o desenvolvimento da “Zona Bibliografia” e da “Zona
Terminologia”.
As fichas de patologia foram criadas na sequência de um protocolo elaborado entre o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB e a Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC.
A “Zona Bibliografia” visa compilar as referências bibliográficas das fichas de patologia e disponibilizar aos utilizadores do site uma base de dados temática com as referências das publicações, normas e
sites mais relevantes no domínio da patologia da construção.
A “Zona Terminologia” contém a definição dos conceitos e parâmetros mais utilizados em patologia
da construção e pretende contribuir para a uniformização da linguagem utilizada nas fichas de patologia.
PALAVRAS-CHAVE: Patologia, Custos, Catálogo, Fichas, Bibliografia, Terminologia.
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RESUME
Malgré l’existence d’un souci croissant sur la qualité de la construction, on vérifie que les bâtiments
construits ces dernières années ne présentent pas la qualité et la durabilité souhaitée. L’absence de
systématisation de l’information origine des erreurs et des pathologies qui se répète successivement.
Le Groupe d’Étude de la Pathologie de la Construction – PATORREB a développé un catalogue de
pathologie disponible sur www.patorreb.com qui est constitué par un ensemble de fiches qui contiennent la description de la pathologie, les mesures et essais réalisés, les causes principales et quelques
recommandations.
Les principaux objectifs de cette dissertation sont les suivants :
Analyser l’importance économique de la pathologie du bâtiment ;
Évaluer les différents catalogues de pathologie disponible au niveau internationale ;
Développer de nouvelles fiches de pathologie pour publier dans le site www.patorreb.com ;
Proposer et implémenter de nouvelles fonctionnalités dans le site.
Une analyse statistique sur l’importance technique et économique de la pathologie du bâtiment est
développée dans la première partie du travail. La fréquence d’apparition des pathologies et les coûts de
réparation sont étudiés en recourant à une base de données française.
Les catalogues de pathologie internationaux sont présentés dans la deuxième partie, sachant que le site
www.patorreb.com est décrit d’une forme plus détaillée.
La troisième partie, qui constitue la contribution originale de cette dissertation, contient la description
des différentes tâches développées par l’auteur pour dynamiser le site www.patorreb.com, notamment : la création de 16 fiches de pathologie thématiques associées aux mortiers et la création de la
« Zone Bibliographie » et de la « Zone Terminologie ».
Les fiches de pathologie ont été développées à la suite d’un protocole établie entre le Groupe d’Étude
de la Pathologie de la Construction – PATORREB et l’Association Portugaise des Fabricants de Mortiers du Bâtiment – APFAC.
La « Zone Bibliographie » prétend rassembler les références bibliographiques des fiches de pathologie
et offrir aux utilisateurs du site une base de données thématique avec les références des publications,
normes et sites plus important dans le domaine de la pathologie du bâtiment.
La « Zone Terminologie » contient la définition des concepts et paramètres couramment utilisés en
pathologie du bâtiment et vise contribuer pour l’uniformisation du langage utilisé dans les fiches de
pathologie.
MOTS-CLES: Pathologie, Coûts, Catalogue, Fiches, Bibliographie, Terminologie.
iv
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ABSTRACT
Despite growing concerns with construction quality, many recent buildings are clearly not up to standard as regards quality and durability. The lack of systematization of the available information originates errors and pathologies repeated several times.
The Building Pathology Study Group – PATORREB has created a pathology catalogue available at
www.patorreb.com, composed by a collection of reports that contain the description of the problem,
the diagnostic methods used, the main causes and recommendations.
The main goals of this dissertation are listed below:
Analyze the economical importance of building pathology;
Evaluate the pathology catalogues at an international level;
Create new pathology reports to publish at www.patorreb.com;
Propose and implement new functionalities in the website.
The technical and economical importance of building pathology is analysed using a statistical approach in the first part of this study. A French database is used in order to study the pathologies frequency and the repair costs.
The international pathology catalogues are described in the second part. The Portuguese
www.patorreb.com website is also presented in detail.
The third part represents the original contribution of this dissertation. The different tasks carried out to
improve the www.patorreb.com website are described, namely the creation of 16 reports related with
mortars and the proposal of a “Bibliography Zone” and a “Terminology Zone”.
The pathology reports were produced under a protocol signed between the Building Pathology Study
Group – PATORREB and the Portuguese Association of Manufacturers of Building Mortars –
APFAC.
The “Bibliography Zone” aims to compile the bibliographic references of the pathology reports and to
provide a thematic database to the website users with the references of the more relevant publications,
standards and websites in the field of building pathology.
The “Terminology Zone” includes the definition of the terms and parameters frequently used in building pathology. It aims to contribute for the standardization of the language used in the pathology reports.
KEYWORDS: Pathology, Costs, Catalogue, Reports, Bibliography, Terminology.
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ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................... i
RESUMO ................................................................................................................................. iii
RÉSUMÉ ................................................................................................................................. iv
ABSTRACT ............................................................................................................................................... v
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................1
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...............................................................................................................1
1.2. INTERESSE E OBJECTIVOS DO TRABALHO ....................................................................................1
1.3. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO ...............................................................................2
2. A IMPORTÂNCIA DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO .........3
2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ...............................................................................................................3
2.2. SISTEMA FRANCÊS DE RESPONSABILIDADES E SEGUROS DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS .....3
2.2.1. A RECEPÇÃO DA OBRA ......................................................................................................................3
2.2.2. AS GARANTIAS OBRIGATÓRIAS ..........................................................................................................4
2.2.3. APLICAÇÃO DAS GARANTIAS: OS SEGUROS OBRIGATÓRIOS ................................................................4
2.3. ANÁLISE DO CUSTO DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO COM BASE NOS DADOS FRANCESES ..5
2.3.1. MECANISMO DE RECOLHA DE DADOS – SYCODÉS ...........................................................................5
2.3.2. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ........................................................................................................6
2.3.3. ANÁLISE EM FUNÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS ......................................................................6
2.3.4. ANÁLISE EM FUNÇÃO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS ..........................................................................8
3. CATÁLOGOS DE PATOLOGIA DISPONÍVEIS ................................11
3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................................................11
3.2. CATÁLOGOS EDITADOS NA FORMA DE PUBLICAÇÕES ...............................................................11
3.2.1. “DEFECT ACTION SHEET” ................................................................................................................11
3.2.2. “FICHAS DE REPARAÇÃO DE ANOMALIAS” .........................................................................................12
3.2.3. “CASES OF FAILURE INFORMATION SHEET” ......................................................................................13
3.2.4. “GOOD REPAIR GUIDE” ...................................................................................................................14
3.3. CATÁLOGOS DISPONÍVEIS NA INTERNET .....................................................................................15
3.3.1. “FICHE PATHOLOGIE DU BATIMENT”..................................................................................................16
3.3.2. “IMPARARE DAGLI ERRORI” ..............................................................................................................18
3.3.3. “MAINTAINABILITY OF BUILDINGS” ....................................................................................................20
3.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO – WWW.PATORREB.COM ...................23
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3.4.1. DA IDEIA À CONCRETIZAÇÃO ........................................................................................................... 23
3.4.2. ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS ................................................................................ 25
3.4.3. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS DE PATOLOGIA...................................................................................... 26
3.4.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO .................................................................... 29
3.4.5. INTRANET DO SITE WWW.PATORREB.COM ........................................................................................ 31
3.5. SÍNTESE DOS CATÁLOGOS DISPONÍVEIS..................................................................................... 33
4. CONTRIBUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS – WWW.PATORREB.COM .................... 37
4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................ 37
4.2. INSERÇÃO DE NOVAS FICHAS NO SITE ........................................................................................ 37
4.2.1. PROPOSTA DE NOVA METODOLOGIA PARA INSERÇÃO DE FICHAS NO SITE ......................................... 37
4.2.2. CRIAÇÃO DE NOVAS FICHAS: PROTOCOLO APFAC – PATORREB .................................................. 41
4.3. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA O SITE ............................................ 43
4.3.1. INTERESSE DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA ............................................................................. 43
4.3.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS BIBLIOGRÁFICA TEMÁTICA.............................................................. 43
4.3.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARTICULAÇÃO DA BASE DE DADOS COM AS FICHAS DE PATOLOGIA .. 53
4.3.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE .................................... 54
4.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA O SITE........................................... 61
4.4.1. INTERESSE DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA ........................................................................... 61
4.4.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS TEMÁTICA ..................................................................................... 61
4.4.3. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM AS FICHAS DE PATOLOGIA ......................................... 63
4.4.4. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM A “ZONA BIBLIOGRAFIA”............................................. 65
4.4.5. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE .................................. 66
4.5. PROPOSTA DE TRADUÇÃO DO SITE ............................................................................................. 70
4.6. IMPLEMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS NO SITE .............................................................................. 71
5. CONCLUSÕES................................................................................................................ 73
5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 73
5.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS ................................................................................................... 74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 77
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 79
ANEXO A – FICHAS DE PATOLOGIA ......................................................................................... A.1
ANEXO B – BIBLIOGRAFIA........................................................................................................... B.1
ANEXO C – TERMINOLOGIA ........................................................................................................C.1
viii
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ÍNDICE DE FIGURAS
Fig. 1 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes
em função do tipo de edifício ......................................................................................................6
Fig. 2 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes
em função do elemento construtivo ............................................................................................7
Fig. 3 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes
em função da causa do problema...............................................................................................8
Fig. 4 – Exemplo de uma “Defect Action Sheet” do BRE ......................................................................12
Fig. 5 – Fichas de Reparação de Anomalias – Ficha A2 e Ficha A3.....................................................13
Fig. 6 – Exemplo de uma ficha de patologia do CIB – W086 ................................................................14
Fig. 7 – Primeira e última folha do “Good Repair Guide 1” ....................................................................15
Fig. 8 – Site da “Agence Qualité Construction”......................................................................................16
Fig. 9 – Exemplo de uma ficha do catálogo da “Agence Qualité Construction” ....................................17
Fig. 10 – Página principal do site do Politécnico de Milão.....................................................................18
Fig. 11 – Exemplo de uma ficha de patologia do site do Politécnico de Milão ......................................19
Fig. 12 – Exemplo de um “estudo de caso” ...........................................................................................19
Fig. 13 – Página inicial do site “Maintainability of Buildings” .................................................................20
Fig. 14 – Organização das fichas de patologia do catálogo “Maintainability of Buildings” ....................21
Fig. 15 – Exemplo de uma ficha de patologia associada ao descolamento de ladrilhos cerâmicos .....22
Fig. 16 – Página inicial do site www.patorreb.com ................................................................................23
Fig. 17 – Ano de publicação dos diferentes catálogos de patologia disponíveis...................................23
Fig. 18 – Visitas do site www.patorreb.com até Junho de 2008 ............................................................24
Fig. 19 – Tipo de utilizadores registados no site www.patorreb.com.....................................................25
Fig. 20 – Organização do catálogo de patologias..................................................................................26
Fig. 21 – Modelo tipo das fichas de patologia........................................................................................26
Fig. 22 – Campo da ficha de patologia correspondente à “identificação da patologia” .........................27
Fig. 23 – Campo da ficha correspondente à “descrição da patologia” visualizada a partir do site .......27
Fig. 24 – Campo da ficha correspondente às “sondagens e medidas” visualizada a partir do site ......28
Fig. 25 – Campo da ficha correspondente às “causas da patologia” visualizada a partir do site..........28
Fig. 26 – Campo da ficha correspondente às “Recomendações” visualizada a partir do site...............29
Fig. 27 – Organigrama do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB...................30
Fig. 28 – Página inicial da zona Intranet, acessível em www.patorreb.com/intranet.............................31
Fig. 29 – Intranet: informações disponíveis sobre as fichas publicadas................................................32
Fig. 30 – Inserção de uma nova ficha a partir da Intranet .....................................................................32
Fig. 31 – Processo de inserção proposto...............................................................................................39
Fig. 32 – Processo de validação proposto .............................................................................................40
ix
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Fig. 33 – Exemplo do registo das etapas que constituem o processo de publicação de uma ficha de
patologia ................................................................................................................................. 40
Fig. 34 – Exemplo de uma ficha de patologia criada no âmbito do protocolo APFAC – PATORREB.. 42
Fig. 35 – Organização das referências bibliográficas em 5 “tipos” ....................................................... 44
Fig. 36 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” ................................................................................... 45
Fig. 37 – Visualização das informações adicionais das referências bibliográficas ............................... 46
Fig. 38 – Resultados obtidos para a pesquisa com a palavra-chave “Freitas” ..................................... 46
Fig. 39 – Ordenação dos livros em função do elemento “ano” ............................................................. 47
Fig. 40 – Secção “Teses” da “Zona Bibliografia” ................................................................................... 48
Fig. 41 – Secção “Artigos” da “Zona Bibliografia” ................................................................................. 49
Fig. 42 – Visualização das informações adicionais de um artigo.......................................................... 50
Fig. 43 – Secção “Normas e Regulamentação” da “Zona Bibliografia”................................................. 51
Fig. 44 – Secção “Sites” da “Zona Bibliografia”..................................................................................... 52
Fig. 45 – Secção “Todos” da “Zona Bibliografia”................................................................................... 52
Fig. 46 – Novo botão “Referências” das fichas de patologia ................................................................ 53
Fig. 47 – Exemplo da visualização das referências bibliográficas de uma ficha de patologia.............. 54
Fig. 48 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista por um membro do corpo editorial . 55
Fig. 49 – Inserção de uma nova referência na secção “Livros” ............................................................ 56
Fig. 50 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet após introdução de nova referência ....... 56
Fig. 51 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista pelo editor ...................................... 57
Fig. 52 – Inserção de uma nova referência na secção “Teses” ............................................................ 58
Fig. 53 – Inserção de uma nova referência na secção “Artigos”........................................................... 59
Fig. 54 – Inserção de uma nova referência na secção “Normas e Regulamentação” .......................... 59
Fig. 55 – Inserção de uma nova referência na secção “Sites” .............................................................. 60
Fig. 56 – Ligação das referências bibliográficas com as fichas de patologia a partir da Intranet......... 61
Fig. 57 – Aspecto da “Zona Terminologia” proposta ............................................................................. 62
Fig. 58 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia ........................................... 63
Fig. 59 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia (2) ...................................... 64
Fig. 60 – Listagem das referências bibliográficas relacionadas com “ladrilhos cerâmicos” ................. 65
Fig. 61 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet por um membro do
corpo editorial......................................................................................................................... 67
Fig. 62 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet pelo editor .......... 67
Fig. 63 – Inserção de uma nova definição a partir da Intranet .............................................................. 68
Fig. 64 – Inserção das referências bibliográficas e da bibliografia relacionada.................................... 69
Fig. 65 – Associação de conceitos e parâmetros com a referência bibliográfica em inserção............. 70
Fig. 66 – Página inicial proposta para o site após internacionalização................................................. 71
Fig. 67 – Possível ligação dos catálogos de patologia disponíveis através de uma plataforma do CIB –
W086 ...................................................................................................................................... 75
x
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Custo médio de reparação em função do elemento construtivo onde se manifestou o
problema ................................................................................................................................7
Tabela 2 – Custo médio de reparação em função da causa do problema ..............................................9
Tabela 3 – Organização do catálogo em função dos elementos construtivos ......................................25
Tabela 4 – Distribuição das fichas publicadas em função do elemento construtivo no qual se
manifestou a patologia e do principal fenómeno observado ...............................................33
Tabela 5 – Número de fichas desenvolvidas em função dos principais fenómenos patológicos
observados em argamassas................................................................................................41
Tabela 6 – Calendarização para implementação das propostas no site ...............................................72
xi
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SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
– Coeficiente de condutibilidade térmica [W/(m.ºC)]
AQC – Agence Qualité Construction
APFAC – Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção
AS – Australian Standards
ASTM – International Organization for Standardization
BEST – Building Environment Science & Technology Department
BRE – Building Research Establishment
BS – British Standards
CIB – International Council for Research and Innovation in Building and Construction
DAS – Defect Action Sheet
FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
ISBN – International Standard Book Number
ISO – International Organization for Standardization
ISSN – International Standard Serial Number
IST – Instituto Superior Técnico
LFC – Laboratório de Física das Construções
LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil
NUS – National University of Singapore
RCCTE – Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios
SYCODÉS – SYstème de COllecte d’informations sur les DÉSordres
UA – Universidade de Aveiro
UBI – Universidade da Beira Interior
UM – Universidade do Minho
UNL – Universidade Nova de Lisboa
UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
xiii
1
INTRODUÇÃO
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Apesar de existir uma preocupação crescente com a qualidade da construção, muitos dos edifícios
construídos nos últimos anos não apresentam o desempenho e a durabilidade esperada e não existe
informação disponível com a sistematização das principais patologias que afectam esses edifícios.
A física das construções constitui um instrumento importante no dimensionamento dos elementos de
construção. Contudo, nem sempre são utilizados os conhecimentos disponíveis, o que explica muitos
dos erros observados. No mínimo, deveria utilizar-se a informação disponível sobre patologia da construção de forma a evitar a escolha de soluções inadequadas.
O registo dos erros e a análise das causas que lhe deram origem, bem como a sua divulgação, são fundamentais para o conhecimento das patologias mais frequentes. Neste sentido, o Grupo de Estudos da
Patologia da Construção – PATORREB criou o site www.patorreb.com [1], onde se procede à publicação e divulgação de um catálogo formado por um conjunto de fichas de patologia que contêm a descrição do problema, os métodos de diagnóstico utilizados, a definição das principais causas dos problemas estudados e recomendações para uma possível reparação [2].
1.2. INTERESSE E OBJECTIVOS DO TRABALHO
A patologia da construção assume um papel cada vez mais importante em engenharia civil e na sociedade em geral. Verifica-se que os edifícios construídos nos últimos anos não apresentam a qualidade
esperada, podendo mesmo afirmar-se que há alguns milhares de fogos, construídos recentemente, com
patologias muito graves que condicionam a sua utilização.
A falta de sistematização do conhecimento motiva o aparecimento sucessivo das patologias e a repetição continuada dos mesmos erros. O site www.patorreb.com é uma ferramenta de elevada relevância
que contribui para a divulgação da informação da patologia da construção, de forma organizada, pelo
que se considerou importante proceder ao seu desenvolvimento nesta dissertação.
A presente dissertação tem por objectivo:
Analisar a importância económica da patologia da construção;
Avaliar os diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional;
Desenvolver novas fichas de patologia a publicar no site www.patorreb.com;
Propor e implementar novas funcionalidades no site, nomeadamente:
o Uma base de dados bibliográfica temática sobre patologia da construção;
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Uma “Zona Terminologia” com as definições dos conceitos e parâmetros correntemente utilizados em patologia da construção;
o A preparação de uma versão em inglês do site que permitirá a sua internacionalização.
o
1.3. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO
O presente trabalho encontra-se estruturado em três partes principais.
Na primeira parte do trabalho (capítulo 2) faz-se uma análise estatística da importância da patologia da
construção abordando dois aspectos principais: a frequência das patologias e custos de reparação
envolvidos. Face à impossibilidade de obter dados representativos da situação nacional optou-se por
efectuar esta análise recorrendo a uma base de dados francesa sobre patologia da construção. Antes de
proceder à análise dos dados recolhidos e à apresentação das conclusões do estudo apresenta-se sumariamente o sistema francês de responsabilidades e seguros da construção de edifícios que permite recolher e sistematizar a informação.
No início do terceiro capítulo, que corresponde à segunda parte do trabalho, apresentam-se sumariamente os diferentes catálogos de patologia desenvolvidos a nível internacional. Os catálogos encontram-se listados por ordem cronológica, apresentando-se primeiro os que foram editados na forma de
publicações e, posteriormente, os que se encontram disponíveis na Internet. Por fim, descreve-se detalhadamente o site www.patorreb.com e o Grupo de Estudos da Patologia da Construção –
PATORREB.
A terceira e última parte do trabalho, correspondente ao capítulo 4, contém a descrição das diferentes
contribuições desenvolvidas pelo autor para dinamizar o site www.patorreb.com, nomeadamente:
Desenvolvimento de um conjunto de fichas de patologia temáticas, associadas a argamassas, a
publicar no site;
Proposta e implementação da “Zona Bibliografia”;
Proposta e implementação da “Zona Terminologia”;
Proposta e implementação da tradução do site.
As fichas foram criadas na sequência de um protocolo elaborado entre o Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB e a Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC [3]. As 16 fichas de patologia desenvolvidas, uma das principais tarefas, encontramse compiladas no Anexo A por uma mera questão de organização.
A “Zona Bibliografia” tem dois objectivos principais: compilar, organizadamente, as referências
bibliográficas das fichas de patologia e disponibilizar aos utilizadores do site uma base de dados temática com as referências das publicações, normas e sites mais relevantes no domínio da patologia da
construção. Para permitir a implementação desta zona recolheu-se mais de uma centena de referências
bibliográficas, compiladas posteriormente no Anexo B.
A “Zona Terminologia” contém a definição dos conceitos e parâmetros mais utilizados em patologia
da construção e pretende contribuir para a uniformização da linguagem utilizada nas fichas de patologia, bem como auxiliar os utilizadores do site a compreender alguns conceitos menos familiares. O
Anexo C contém mais de 150 definições complementadas, sempre que possível, com esquemas e fotografias.
A tradução do site tem como principal objectivo permitir a sua internacionalização.
2
2
A IMPORTÂNCIA DA PATOLOGIA
DA CONSTRUÇÃO
2.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Em engenharia civil designa-se por patologia a um defeito que surge de forma inesperada antes do
final da vida útil de um material, componente ou sistema de um edifício. As patologias preocupam
todos os intervenientes no processo de construção, bem como os utilizadores e proprietários de um
edifício.
A sua importância pode ser quantificada em termos económicos com base no custo dos trabalhos de
reparação necessários para repor a situação original. A patologia pode ser considerada um indicador da
qualidade na construção, assumindo assim um papel de elevada relevância.
No presente capítulo faz-se uma análise estatística da importância da patologia da construção abordando dois aspectos principais: a frequência de aparecimento das patologias e os custos de reparação
envolvidos.
Os dados existentes em Portugal resultam de trabalhos pontuais de investigação, não permitindo uma
abordagem global. Face à impossibilidade de obter dados representativos da situação nacional optouse por efectuar esta análise recorrendo a uma base de dados francesa sobre patologia da construção.
Esta base de dados apoia-se no sistema francês de responsabilidades e seguros da construção de edifícios que permite recolher e sistematizar a informação referente aos sinistros que ocorrem nos edifícios
franceses.
A análise foi desenvolvida com o objectivo de obter conclusões genéricas que possam ser extrapoladas, sem grande risco, para a construção portuguesa.
2.2. SISTEMA FRANCÊS DE RESPONSABILIDADES E SEGUROS DA CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS
2.2.1. A RECEPÇÃO DA OBRA
A “recepção” é uma etapa fundamental do processo de construção que marca a conclusão da obra e a
sua entrega ao dono de obra. Em termos práticos, trata-se de um acto formal através do qual o dono de
obra declara aceitar, na presença do construtor, a conclusão dos trabalhos, a sua boa execução e a conformidade com o estabelecido no contrato.
Os profissionais responsáveis pela construção convocam o dono de obra para formalizar a recepção
logo que considerem que a obra se encontra concluída. Nestas circunstâncias e de acordo com o sistema francês, podem resultar três situações distintas:
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Os trabalhos previstos não estão executados na totalidade ou as imperfeições são de tal ordem
que se pode considerar a obra como inacabada. Neste caso o dono de obra deve recusar a
recepção e acordar uma nova data com o construtor de forma amigável ou, em último caso,
recorrendo ao tribunal;
A obra encontra-se concluída e apresenta patologias ou defeitos de acabamento que não justificam a recusa da recepção. O dono de obra deve aceitar a recepção com “reservas”, indicando
por escrito os problemas detectados e os prazos de reparação acordados com o construtor. O
dono de obra pode conservar até 5 % do valor adjudicado até à reparação dos problemas assinalados;
A obra encontra-se concluída, sem defeitos visíveis e sem não conformidades. O dono de obra
deve aceitar a recepção sem reservas [4].
2.2.2. AS GARANTIAS OBRIGATÓRIAS
2.2.2.1. Garantia de “Perfeito Acabamento”
A garantia de “perfeito acabamento” assegura a reparação das patologias que tenham sido objecto de
reserva no processo de recepção ou que se manifestaram durante o ano seguinte. Engloba todos os
tipos de patologias com excepção das que podem ser imputadas à deficiente manutenção do edifício
ou das suas partes.
Esta garantia é assegurada pela empresa de construção em benefício do dono de obra e dos sucessíveis
proprietários do imóvel.
2.2.2.2. Garantia de “Bom Funcionamento”
Os elementos e equipamentos dissociáveis da obra, como por exemplo portas, janelas e radiadores,
encontram-se cobertos pela garantia de bom funcionamento durante os dois anos que seguem a recepção. Em caso de avaria ou deficiente funcionamento, o construtor fica obrigado a proceder à sua reparação ou substituição. Salvaguardam-se contudo os casos de força maior (essencialmente catástrofes
naturais), bem como aqueles que foram originados por uma deficiente utilização.
Esta garantia deve ser assegurada por todos os intervenientes no processo construtivo em benefício do
dono de obra e dos proprietários do imóvel.
2.2.2.3. Garantia Decenal
A garantia decenal cobre, durante os dez anos que seguem o fim da garantia de “Perfeito Acabamento”, os danos que comprometem a solidez do edifício e dos seus elementos indissociáveis, ou os danos
que tornam o edifício impróprio para o fim a que se destina. Contudo, não se incluem nesta garantia os
danos resultantes da falta de manutenção ou aqueles que foram causados por uma deficiente utilização.
As fissuras graves resultantes de assentamentos diferenciais ou de deformações excessivas e as infiltrações através da envolvente são exemplos de problemas cobertos por esta garantia.
2.2.3. APLICAÇÃO DAS GARANTIAS: OS SEGUROS OBRIGATÓRIOS
2.2.3.1. Seguro de Reparação de Danos
O seguro de reparação de danos deve ser subscrito por qualquer pessoa que, na qualidade de dono de
obra ou mandatário do dono de obra, manda realizar trabalhos de construção de edifícios. A sua subs-
4
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crição deve ser efectuada antes do início da obra, para benefício do dono de obra e dos proprietários
seguintes, garantindo, independentemente da procura de responsabilidades, o pagamento da totalidade
dos trabalhos de reparação da responsabilidade dos construtores [5].
Este seguro garante assim o rápido financiamento dos trabalhos de reparação de danos cobertos pela
garantia decenal, sem procurar responsabilidades.
2.2.3.2 Seguro de Responsabilidade Decenal
O seguro de responsabilidade decenal deve ser subscrito obrigatoriamente no início da obra por todos
os intervenientes no processo construtivo.
Este seguro tem um papel importante para o apuramento de responsabilidades no âmbito da garantia
decenal. A empresa seguradora implicada num determinado processo de reparação de danos adquire os
deveres do cliente depois de o ter indemnizado. Por outras palavras, a seguradora deve, para seu próprio benefício, apurar qual o responsável pelos danos causados ao edifício. Esta tarefa fica a cargo de
peritos especializados que trabalham para as seguradoras.
A empresa ou o profissional responsável será notificada pela seguradora implicada no processo de
reparação de danos, devendo accionar o seu seguro de responsabilidade decenal de imediato. Esta
segunda etapa é totalmente externa ao dono de obra [6].
Em síntese listam-se as principais etapas de um caso hipotético de aplicação da garantia decenal francesa:
O proprietário de um edifício detecta a existência de um problema coberto pela garantia decenal e informa a companhia seguradora responsável pelo seguro de “reparação de danos”;
A seguradora regista o problema e financia de imediato os trabalhos de reparação;
A causa do problema é determinada e o profissional/empresa responsável é notificado;
O profissional ou a empresa responsável acciona o seu seguro de responsabilidade decenal;
O caso termina com a resolução do problema entre as duas empresas seguradoras.
2.3. ANÁLISE DO CUSTO DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO COM BASE NOS DADOS FRANCESES
2.3.1. MECANISMO DE RECOLHA DE DADOS – SYCODÉS
Em França, a “Agence Qualité Construction” (AQC) [7], organismo responsável pela apreciação e
implementação da qualidade na construção, criou um mecanismo de recolha e análise dos sinistros
declarados às companhias seguradoras – sistema SYCODÉS (“SYstème de COllecte d’informations
sur les DÉSordres”), no âmbito da garantia decenal e dos seguros inerentes (seguros de reparação de
danos e de responsabilidade decenal), obrigatórios em França desde 1978. Estes dados constituem um
elemento fundamental na avaliação da importância da patologia da construção.
O funcionamento do sistema é simples: é alimentado por fichas preenchidas pelos peritos a cargo das
seguradoras. As fichas são anónimas e contêm a descrição sucinta de um único problema, ou seja, uma
única causa que afecta um único elemento construtivo.
Anualmente, a AQC compila a informação de 10 a 15 % dos sinistros indemnizados no âmbito da
garantia decenal.
5
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2.3.2. CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
Os dados analisados no presente estudo foram recolhidos aleatoriamente pelo SYCODÉS com base
em 73.704 casos de sinistros, originados em edifícios de habitação, entre 1995 e 2006. Os custos de
reparação apresentados não incluem os custos imateriais e representam o valor actualizado ao ano de
2006 [8].
O valor total dispendido na reparação dos casos analisados corresponde a 380 milhões de euros, o que
representa apenas uma pequena parcela do custo da patologia da construção em França para o período
analisado. De acordo com estes dados, o custo de reparação de um sinistro é, em média, igual a
5.150 €.
Na Figura 1 apresenta-se um diagrama circular com a repartição dos sinistros em função do tipo de
edifício e um gráfico de barras com os custos de reparação correspondentes.
Figura 1 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função do tipo de edifício
Verifica-se que os edifícios de habitação unifamiliares e os edifícios multifamiliares apresentam uma
repartição semelhante, quer em termos frequência de aparecimento, quer em termos de custos de reparação.
2.3.3. ANÁLISE EM FUNÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
Os sinistros analisados podem ser agrupados em função dos elementos construtivos em que se manifestaram, nomeadamente:
Infra-estruturas;
Fundações;
Super-estrutura;
Cobertura inclinada;
Cobertura em terraço;
Fachada;
Vãos envidraçados;
Envolvente interior;
Equipamentos de climatização;
Outros equipamentos.
Na Figura 2 apresenta-se a repartição dos sinistros analisados e dos custos dos trabalhos de reparação
correspondentes em função dos elementos construtivos listados anteriormente.
6
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Figura 2 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função do elemento construtivo
A fachada é o elemento do edifício onde se registou o maior número de problemas, sendo que um em
cada cinco sinistros analisados ocorreu nesse elemento. Os problemas associados a coberturas inclinadas aparecem em segundo lugar, seguidos pelos problemas relacionados com a envolvente interior do
edifício (paredes divisórias, tectos e revestimentos). Os sinistros imputáveis à super-estrutura são os
menos frequentes.
A análise por custos de reparação evidencia uma repartição diferente dos sinistros. Neste caso, os problemas associados às fundações do edifício aparecem em primeiro lugar, representando cerca de 20 %
do custo total envolvido nas reparações dos casos analisados.
Para compreender melhor qual o peso de cada tipo de sinistro nos custos de reparação apresenta-se na
Tabela 1 o custo médio de reparação dos sinistros em função do elemento construtivo no qual se manifestou.
Tabela 1 – Custo médio de reparação em função do elemento construtivo onde se manifestou o problema
Elemento Construtivo
Custo médio de reparação (€)
Fundações
11.405 €
Super-estrutura
7.166 €
Envolvente interior
5.871 €
Infra-estruturas
4.910 €
Cobertura em terraço
4.622 €
Fachada
4.153 €
Equipamentos de climatização
3.736 €
Cobertura inclinada
3.620 €
Vãos envidraçados
2.881 €
Outros equipamentos
2.865 €
Em síntese, a análise destes dados permite concluir que:
Os problemas ocorrem com mais frequência nas fachadas dos edifícios;
7
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Os problemas associados à super-estrutura do edifício são menos correntes;
As reparações de problemas associados às fundações dos edifícios são as mais dispendiosas,
sendo em média três vezes mais caras que as reparações de problemas em fachadas.
2.3.4. ANÁLISE EM FUNÇÃO DAS CAUSAS DAS PATOLOGIAS
Os sinistros analisados podem ser agrupados em função da sua causa, nomeadamente:
Defeitos de concepção;
Defeitos de execução;
Incidentes de obra;
Defeitos dos materiais;
Defeitos de manutenção ou utilização;
Outros defeitos.
Na Figura 3 apresenta-se a repartição dos sinistros analisados e dos custos dos trabalhos de reparação
correspondentes em função da causa dos problemas que os originaram.
Figura 3 – Distribuição dos sinistros analisados e do custo dos trabalhos de reparação correspondentes em função da causa do problema
Os sinistros causados por defeitos de execução são claramente mais frequentes que os restantes sendo
também, por essa razão, os que mais dinheiro envolveram na sua reparação (242 milhões de euros). Os
restantes problemas representam apenas 21 % do total dos sinistros analisados, dos quais se destacam
os problemas relacionados com defeitos de concepção (14 % do total).
Se analisarmos o custo de cada sinistro isoladamente verifica-se que os casos originados por defeitos
de concepção apresentam um custo duas a três vezes superior aos restantes. Os sinistros causados pela
deficiente execução apresentam um custo unitário médio da ordem de 4.000 €, semelhante aos custos
médios dos sinistros causados pela deficiente manutenção/utilização e pelos defeitos dos materiais
(Tabela 2).
A análise destes dados permite concluir que:
8
A grande maioria dos problemas deve-se a defeitos de execução;
A reparação de um problema causado por uma deficiente concepção é, em média, duas vezes e
meia mais onerosa do que a reparação de qualquer outro tipo de problema.
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Tabela 2 – Custo médio de reparação em função da causa do problema
Elemento Construtivo
Custo médio de reparação (€)
Defeitos de concepção
10.731 €
Outros defeitos
4.595 €
Defeitos de manutenção ou utilização
4.271 €
Incidente de obra
4.220 €
Defeitos de execução
4.166 €
Defeitos dos materiais
4.063 €
9
3
CATÁLOGOS DE PATOLOGIA
DISPONÍVEIS
3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
No presente capítulo faz-se uma breve caracterização dos diferentes catálogos de patologia existentes a
nível internacional, apresentando primeiro os catálogos editados na forma de publicações e de seguida
os que se encontram disponíveis na Internet.
O catálogo do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB é apresentado mais pormenorizadamente por se tratar da base do presente trabalho.
No final do capítulo faz-se uma selecção dos catálogos mais relevantes e sintetiza-se, na forma de uma
matriz, os principais fenómenos físicos abordados nas fichas de patologia publicadas nesses catálogos.
3.2. CATÁLOGOS EDITADOS NA FORMA DE PUBLICAÇÕES
3.2.1. “DEFECT ACTION SHEET”
Entre Maio de 1982 e Março de 1990, o Departamento de Prevenção de Defeitos na Construção do
“Building Research Establishment – BRE” [9], organização do Reino Unido especialista em edifícios,
elaborou e publicou um total de 144 fichas de patologia designadas por “Defect Action Sheet – DAS”.
As fichas, constituídas por duas páginas A4, apresentam a seguinte estrutura:
Descrição da patologia e respectivas causas recorrendo a imagens e fotografias sempre que
possível (frente da ficha);
Identificação das principais medidas de prevenção através da apresentação de esquemas ilustrativos (verso);
Listagem das referências bibliográficas e bibliografia relacionada, no verso da ficha (campo
facultativo).
As fichas foram divididas em dois grupos em função da origem da patologia, aparecendo a designação
“design” naquelas em que o problema pode ser atribuído a um defeito de concepção e “site” quando o
problema se deve a uma deficiente execução. Para facilitar a sua distinção, os cabeçalhos e rodapés
das fichas apresentam diferentes cores: verde quando se trata de uma ficha do tipo “design” e vermelho para as fichas do tipo “site”.
A título de exemplo apresenta-se na Figura 4 a ficha DAS 121 (Site) do BRE, publicada em Outubro
de 1988.
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Figura 4 – Exemplo de uma “Defect Action Sheet” do BRE
Segundo Peter Trotman [10] as fichas de patologia foram elaboradas com o intuito de informar os
projectistas e outros intervenientes no processo de construção, sendo fornecidas gratuitamente aos
responsáveis pela gestão e qualidade dos edifícios do Reino Unido durante vários anos. Porém, estas
fichas acabaram por cair rapidamente em desuso, tornando-se obsoletas devido à falta de actualização
e ao constante desenvolvimento dos materiais e tecnologias utilizadas na construção civil. O BRE é o
primeiro a alertar para este facto, informando que o conteúdo das fichas pode já não corresponder às
melhores práticas actuais.
3.2.2. “FICHAS DE REPARAÇÃO DE ANOMALIAS”
Poucos anos após o lançamento da primeira ficha do BRE foi apresentada uma metodologia para a
elaboração de fichas de patologia durante o 1.º Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios de Habitação, realizado em Junho de 1985 pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil –
LNEC [11].
Na metodologia apresentada por PAIVA, J. V. et al (1985) [12] sugere-se a divisão das fichas em três
categorias: “anomalias estruturais”, “anomalias não estruturais” e “instalações e equipamentos”, sendo
cada ficha organizada em quatro capítulos:
12
Sintomas;
Exame;
Diagnóstico das causas;
Reparação.
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Foram publicadas 9 fichas deste tipo, designadas “Fichas de reparação de anomalias”, onde se privilegiou exclusivamente a informação escrita. Apresentam-se de seguida, a título de exemplo, duas dessas
fichas (Figura 5).
Figura 5 – Fichas de Reparação de Anomalias – Ficha A2 e Ficha A3
3.2.3. “CASES OF FAILURE INFORMATION SHEET”
Em Junho de 1993, o grupo “Building Pathology” do CIB – W086 [13] editou uma publicação intitulada “Building Pathology – A State of the Art Report” [14]. O sexto capítulo desta publicação foi
inteiramente dedicado às fichas de patologia, alertando para a sua importância e para a necessidade de
se proceder à sistematização do conhecimento. Referiu-se inclusivamente que “a acumulação de experiências negativas e a análise de casos patológicos pode contribuir significativamente para a melhoria
da qualidade na construção”.
Neste sentido, foi proposto um formato para a elaboração de fichas de patologia, com a seguinte estrutura:
Apresentação do elemento em estudo;
Descrição da manifestação;
Descrição das patologias mais evidentes;
Descrição das patologias que podem ser alvo de ensaios;
Representação gráfica (fotografias, desenhos e esquemas);
Identificação dos agentes que podem causar o problema;
Erros;
Árvore de falhas e diagnóstico.
13
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Adicionalmente, foram elaboradas 3 fichas com base neste modelo, apresentando-se de seguida o
exemplo de uma ficha associada ao descolamento de elementos cerâmicos (Figura 6).
Figura 6 – Exemplo de uma ficha de patologia do CIB – W086
Mais tarde, durante a reunião anual do CIB – W086 realizada em Vancouver em Junho de 1999, foi
proposta a criação de um fórum aberto onde fosse possível publicar estudos de casos de patologia – o
“Building Pathology Forum (BPForum)”. A criação deste fórum tinha vários objectivos dos quais se
destacam os seguintes:
Permitir a troca de informação e a criação de debates sobre os diferentes estudos realizados;
Organizar e divulgar, através da Internet, informação acerca de:
o Casos interessantes de patologias;
o Associações, profissionais, investigadores e respectivos serviços oferecidos na área de
diagnóstico e tratamento de edifícios;
o Métodos de diagnóstico;
o Literatura científica e outras referências bibliográficas de interesse;
o Etc.
Contudo, esta ideia não se concretizou de imediato, seguindo-se um certo período de estagnação
durante os anos que seguiram o encontro. Os actuais coordenadores do CIB – W086, Vasco Peixoto de
Freitas e Sergio Croce, estão a procurar desenvolver um fórum deste tipo.
Outra prioridade do Grupo passa pela elaboração de um novo “Estado da Arte” sobre Patologia da
Construção, redigido pelos vários membros do CIB – W086. A publicação encontra-se ainda numa
fase inicial, prevendo-se a sua conclusão para o final de 2009, na qual se incluíra um conjunto de
fichas de patologia e a listagem dos catálogos disponíveis na Internet.
3.2.4. “GOOD REPAIR GUIDE”
O Building Research Establishment – BRE não publica fichas de patologia da série DAS desde 1990.
Contudo, continua a editar periodicamente uma vasta lista de publicações na área das construções na
14
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forma de fichas ou guias, nomeadamente os “Digests”, os “Information Papers”, os “Good Building
Guides” e os “Good Repair Guides”.
Estes últimos podem ser considerados os sucessores das “Defect Action Sheet – DAS” uma vez que
são editados na forma de desdobráveis que contêm informações relacionadas com a patologia da construção (Figura 7).
Figura 7 – Primeira e última folha do “Good Repair Guide 1”
A primeira ficha da série “Good Repair Guide” foi publicada em Setembro de 1996 e contém significativamente mais informação do que as primeiras fichas de patologia editadas pelo BRE entre 1982 e
1990. Estas publicações são guias práticos desenvolvidos no sentido de facilitarem a identificação, o
diagnóstico e a reparação das patologias dos edifícios mais correntes no Reino Unido. As patologias
são apresentadas de uma forma genérica, sendo analisadas as possíveis causas e especificadas soluções
para a sua reparação. Cada guia desenvolve-se em cerca de 4 a 6 páginas, não tendo uma estrutura
comum. Actualmente existem 34 guias deste tipo.
3.3. CATÁLOGOS DISPONÍVEIS NA INTERNET
A partir do ano 2000 a Internet tem um desenvolvimento extraordinário tornando-se mais acessível e
mais rápida. Esta ferramenta constituiu assim uma nova oportunidade para a divulgação de informação, de forma quase instantânea e praticamente sem custos para o utilizador. É compreensível que a
partir desse momento tenham começado a surgir catálogos de patologia na Internet em detrimento, ou
pelo menos em complemento, das antigas versões impressas. Esta forma de proceder à divulgação da
informação apresenta várias vantagens, nomeadamente:
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Facilidade de divulgação;
Custo global reduzido;
Maior flexibilidade na actualização das fichas;
Possibilidade de introduzir material multimédia (animações, vídeos, som, etc.);
Etc.
De seguida apresentam-se sumariamente alguns dos sites mais relevantes que disponibilizam fichas de
patologia na Internet.
3.3.1. “FICHE PATHOLOGIE DU BÂTIMENT”
As fichas designadas por “Pathologie du bâtiment” foram elaboradas e publicadas pela “Agence Qualité Construction” (AQC) [7], organismo francês responsável pela apreciação e implementação da
qualidade na construção, em associação com a “Fondation Excellence SMA” [15], do Grupo
SMABTP, sociedade de seguros mútuos líder no domínio da construção em França.
Estas fichas foram elaboradas numa perspectiva de divulgar e prever as principais patologias dos edifícios em França, tendo como base os resultados da análise dos sinistros declarados às companhias
seguradoras no âmbito dos seguros de construção obrigatórios.
As 61 fichas de patologias existentes foram criadas em 1995 e disponibilizadas na Internet desde o
final de Junho de 2003, podendo ser consultadas a partir do site da AQC e do site do Grupo SMABTP.
Estas fichas encontram-se agrupadas em função dos elementos construtivos afectados, nomeadamente
(Figura 8) [5]:
Fundações e infra-estruturas;
Estrutura de suporte;
Envolvente e revestimentos exteriores;
Coberturas e estruturas de suporte;
Acabamentos interiores;
Equipamentos.
Figura 8 – Site da “Agence Qualité Construction”
16
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Cada ficha refere as manifestações e as causas da patologia, bem como as recomendações construtivas
para evitar a sua ocorrência, sendo a informação dividida da seguinte forma (Figura 9):
Descrição da patologia, ilustrada com imagens do problema;
Diagnóstico, em que é realizada a identificação e a descrição das principais causas que estão
na origem do problema;
Pontos “sensíveis”, sendo caracterizadas as principais regras a cumprir na fase de concepção,
com base na normalização e regulamentação em vigor;
Conselhos de prevenção, sendo indicadas algumas regras práticas para evitar o aparecimento
do problema.
Figura 9 – Exemplo de uma ficha do catálogo da “Agence Qualité Construction”
Esta informação é apresentada de uma forma interactiva, existindo numerosas ligações a textos complementares, tais como estratos de regulamentos técnicos, artigos publicados em revistas profissionais
e informações técnicas.
Para além das informações disponibilizadas na zona principal das fichas de patologia, existe ainda
uma zona designada “para saber mais” que contém a definição de vários conceitos utilizados na ficha,
bem como as referências bibliográficas do tema abordado. Os conceitos são definidos de uma forma
clara, sendo por vezes ilustrados com esquemas ou imagens. As referências disponibilizadas são específicas de cada ficha e permitem frequentemente descarregar o texto para consulta ou aceder a sites a
partir dos quais é possível adquirir o documento mediante pagamento.
17
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3.3.2. “IMPARARE DAGLI ERRORI”
O catálogo de patologias italiano “Imparare dagli errori” [16], em português “aprender com os erros”,
foi desenvolvido pelo Prof. Enrico de Angelis do Departamento de Ciência e Tecnologia do Património Edificado (BEST) do Politécnico de Milão [17]. O trabalho foi solicitado pela Região Italiana de
Lombardia e editado na forma de publicação e CD-Rom, encontrando-se também disponível para consulta no site do BEST.
O site, redigido em italiano, assemelha-se a uma plataforma a partir da qual é possível descarregar
uma série de fichas para posterior consulta ou impressão, encontrando-se dividido nas seguintes partes
(Figura 10):
Fichas de materiais;
Fichas de mecanismos de alteração;
Fichas de patologia;
Fichas de estudos de caso;
Fichas de anomalias (terminologia).
Figura 10 – Página principal do site do Politécnico de Milão
As 11 fichas de materiais disponíveis descrevem resumidamente os materiais mais utilizados na construção civil, sendo devidamente ilustradas com fotografias e esquemas. São também apresentadas as
principais características desses materiais, as suas principais aplicações e os mecanismos de alteração
mais frequentes.
As fichas relativas aos mecanismos de alteração descrevem os principais fenómenos físicos que estão
na origem da degradação dos materiais de construção. Existe um total de 12 fichas que descrevem o
mesmo número de fenómenos, tal como a corrosão de elementos metálicos, a acção dos ciclos de
gelo/degelo e as deformações por variação de temperatura.
Na secção “fichas de patologia” é possível descarregar cerca de uma centena de fichas que contêm a
descrição da patologia e a identificação do principal mecanismo de alteração que originou o problema,
bem como recomendações a ter em conta nas fases de projecto, execução e utilização dos edifícios. As
18
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fichas disponíveis descrevem um único problema, sem se centrar num caso específico. Cada patologia
é descrita de uma forma genérica, apresentando fotografias de vários exemplos reais (Figura 11).
Figura 11 – Exemplo de uma ficha de patologia do site do Politécnico de Milão
No campo “estudos de caso” encontram-se disponíveis cerca de duas dezenas de fichas onde são apresentados diferentes casos práticos. Contrariamente às fichas de patologia que descrevem os problemas
de forma genérica, os “estudos de caso” apresentam situações reais e podem abordar mais do que um
fenómeno em simultâneo. Estas fichas apresentam uma breve descrição do elemento e da patologia em
estudo, um campo designado “hipótese de diagnóstico” onde são apresentadas resumidamente as causas do problema e, por último, sugestões e recomendações para resolver o problema (Figura 12).
Figura 12 – Exemplo de um “estudo de caso”
19
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Por fim, é ainda possível consultar cerca de três dezenas de fichas que contêm a definição dos conceitos mais utilizados em patologia da construção. Cada ficha contém a definição de um conceito, apresentada de forma sucinta e, por vezes, ilustrada com fotografias e esquemas.
3.3.3. “MAINTAINABILITY OF BUILDINGS”
A Autoridade para a Construção de Edifícios e a Universidade Nacional de Singapura (NUS) desenvolveram um projecto de dois anos com a finalidade de estudar problemas de diferentes tipos de edifícios sujeitos a climas tropicais. Concluído em 2004 com um orçamento final de quase quatro milhões
de dólares, este projecto pretende contribuir para a melhoria da concepção e qualidade das construções, bem como para o desenvolvimento de edifícios eficientes que necessitem do mínimo de manutenção possível.
As áreas estudadas abrangem quatro grupos: fachadas, zonas húmidas interiores, pavimentos térreos e
coberturas. As patologias que surgem mais frequentemente nestas quatro zonas são identificadas com
o objectivo de estudar os problemas mais correntes em edifícios de grande altura.
Os resultados do trabalho estão acessíveis, mediante pagamento, a partir do site “Maintainability of
Buildings” em www.hpbc.bdg.nus.edu.sg [18] (Figura 13).
Figura 13 – Página inicial do site “Maintainability of Buildings”
O site é redigido em inglês e apresenta uma organização simples, encontrando-se dividido nos seguintes campos:
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Catálogo de patologias;
Manuais de materiais;
Ensaios não destrutivos;
“Maintainability scoring system”.
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O catálogo disponibiliza mais de 250 fichas de patologia, com variadíssimas ilustrações, fotografias,
animações e esquemas. As fichas podem ser visualizadas a partir do site, não sendo possível descarregá-las para posterior impressão.
As fichas do catálogo encontram-se organizadas em função dos elementos construtivos em que se
manifestaram os problemas, sendo posteriormente agrupadas de acordo com as patologias que ocorrem mais frequentemente nesses elementos, tal como se exemplifica na Figura 14.
CATÁLOGO
Zonas Húmidas
Piso
Acabamentos
Fachadas
Pavimentos
Coberturas
Instalações
Fichas
…
Cerâmicos
- Fissuração
- Sujidade
- Planeza
Pinturas
- Destacamento
- Empolamento
- Fungos
- Fissuração
Tectos
- Fungos
…
Figura 14 – Organização das fichas de patologia do catálogo “Maintainability of Buildings”
Cada ficha apresenta uma organização característica, organizada de acordo com os seguintes campos:
“Imagens”, onde é apresentada uma imagem da patologia em estudo e, por vezes, uma animação;
“Introdução”, onde se faz uma breve descrição do edifício e do problema em estudo;
“Causas do problema”. Neste campo são apresentadas as principais causas da patologia descrevendo, sempre que possível, os principais fenómenos físicos que estiveram na origem do
problema;
O campo designado de “Boas Práticas” agrupa uma série de regras e recomendações a adoptar
na fase de projecto, execução e utilização dos edifícios de forma a evitar o aparecimento de
problemas semelhantes ao descrito;
As principais normas relacionadas com o problema descrito são também listadas e agrupadas
no campo designado “Normas” em função da instituição que as edita (AS, ASTM, BS, SS e
ISO);
Os procedimentos de manutenção mais usuais e os ensaios que podem ser utilizados no diagnóstico do problema em estudo são descritos no campo “manutenção e diagnóstico”;
21
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
As possíveis soluções de reparação são descritas num campo próprio designado “Medidas correctivas”;
Finalmente, existem mais dois campos designados “Casos similares” e “Referências” que
agrupam, respectivamente, as fichas de patologia relacionadas com o caso em estudo e as referências bibliográficas consultadas.
A título de exemplo apresenta-se o campo “Imagens” de uma ficha associada ao descolamento de
ladrilhos cerâmicos (Figura 15).
Figura 15 – Exemplo de uma ficha de patologia associada ao descolamento de ladrilhos cerâmicos
O site disponibiliza mais três zonas para consulta para além deste completo catálogo de patologias,
nomeadamente os “Manuais de materiais”, os “Ensaios não destrutivos” e a zona designada “Maintainability Scoring System”.
A zona “Manuais de materiais” oferece informações acerca dos materiais de construção utilizados nas
fachadas, zonas húmidas interiores, pavimentos térreos e coberturas de edifícios, dando maior ênfase à
durabilidade e à sustentabilidade. As indicações fornecidas destinam-se aos vários intervenientes no
processo de construção, de forma a poderem escolher adequadamente materiais que contribuam para
um correcto desempenho dos edifícios ao longo da sua vida útil.
O campo relativo aos ensaios contém uma listagem de ensaios não destrutivos frequentemente utilizados no diagnóstico de edifícios, sendo apresentada a sua descrição recorrendo a várias fotografias e
animações.
Finalmente, o site apresenta ainda um sistema que auxilia o dono de obra na escolha de alternativas
mais eficientes na fase de concepção do edifício. Com este sistema pretende-se contribuir para o
desenvolvimento de edifícios que apresentem um desempenho adequado ao longo da sua vida útil e
tenham, simultaneamente, um custo mínimo de ciclo de vida.
22
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
3.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO – WWW.PATORREB.COM
3.4.1. DA IDEIA À CONCRETIZAÇÃO
O Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (LFC
– FEUP) [19] desenvolveu um site acessível a partir da Internet em www.patorreb.com, onde se procede à publicação e divulgação de um catálogo de fichas de patologia (Figura 16).
Figura 16 – Página inicial do site www.patorreb.com
A ideia original partiu do Prof. Vasco Peixoto de Freitas, director do Laboratório, tendo sido materializada com o auxílio da Eng.ª Marília Sousa que desenvolveu um trabalho de investigação sobre o
assunto e publicou uma dissertação intitulada “Patologia da Construção – Elaboração de uma Catálogo” [5].
O trabalho foi iniciado em 2003 e acompanhado desde logo por uma equipa de programadores [20],
encontrando-se disponível na Internet desde Junho de 2004. Tal como se pode verificar na Figura 17, o
site www.patorreb.com surgiu pouco depois do trabalho desenvolvido pelos franceses da “Agence
Qualité Construction”, coincidindo praticamente com o aparecimento de outros dois catálogos, descritos anteriormente (“Impare dagli errori” e “Maintainability of Buildings”).
1993
1985
1982
B
R
E
L
N
E
C
1996
W
0
8
6
B
R
E
2003
2004
Agence Qualité Construction
PATORREB
Imparare dagli errori
Maintainability of Buildings
Figura 17 – Ano de publicação dos diferentes catálogos de patologia disponíveis
23
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Numa fase inicial o acesso ao site encontrava-se limitado a determinados utilizadores, nomeadamente
aos alunos das Universidades envolvidas, às empresas e instituições patrocinadoras e a particulares
mediante pagamento.
O interesse suscitado pelo site aumentou exponencialmente ano após ano, reflectindo-se claramente no
número de visitas. Desde Agosto de 2004 foram registadas mais de 50.000 consultas, verificando-se
uma duplicação das visitas de 2004 para 2005, e de 2005 para 2006. Actualmente registam-se mensalmente mais de 1.500 visitantes (Figura 18).
Figura 18 – Visitas do site www.patorreb.com até Junho de 2008
Este interesse crescente atraiu novos patrocinadores o que permitiu tornar o acesso ao site gratuito a
partir de meados de 2006. Actualmente, o site conta com um total de 30 patrocinadores (21 empresas e
9 instituições) e mais de 2.400 utilizadores registados. Os patrocinadores encontram-se listados numa
zona própria do site, onde é possível visualizar o logótipo e nome da entidade patrocinadora, existindo
ainda uma ligação que remete para o respectivo site (caso exista).
Embora a consulta das fichas seja livre há mais de um ano, apenas os utilizadores registados podem
aceder ao catálogo de patologias. Os dados de acesso podem ser obtidos gratuitamente através do
preenchimento de um formulário disponibilizado no site, sendo obrigatório fornecer o nome, título e
endereço de correio electrónico.
Os dados fornecidos são utilizados para fins estatísticos ou para divulgar informação relacionada com
o site www.patorreb.com. Por exemplo, a análise dos dados fornecidos pelas últimas 500 inscrições
permite obter uma ideia sobre o tipo de visitantes que consultam e descarregam as fichas de patologia
disponibilizadas no catálogo (Figura 19). Verifica-se que cerca de 40 % dos utilizadores registados são
24
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
engenheiros, 13 % arquitectos e 25 % estudantes universitários. Os restantes 22 % representam os
utilizadores que preencheram incorrectamente o campo “título” da zona inscrição ou que não se
incluem nas categorias anteriores.
Engenheiro
40%
Desconhecido
ou Outro
22%
Estudante
25%
Arquitecto
13%
Figura 19 – Tipo de utilizadores registados no site www.patorreb.com
3.4.2. ORGANIZAÇÃO DO CATÁLOGO DE PATOLOGIAS
No site procede-se, fundamentalmente, à divulgação de um catálogo constituído por um conjunto de
fichas de patologia da construção, tendo sido já publicadas 85 fichas. As fichas encontram-se organizadas em 18 grupos, em função do elemento construtivo no qual se manifestou o problema (Tabela 3).
Tabela 3 – Organização do catálogo em função dos elementos construtivos
Ref.
Elemento
Ref.
Elemento
Ref.
Elemento
01
Cobertura Inclinada
07
Parede Interior
13
Junta de Dilatação
02
Cobertura em Terraço
Não Acessível
08
Pavimento Térreo
14
Clarabóia
03
Cobertura em Terraço
Acessível
09
Pavimento Intermédio
15
Varanda
04
Cobertura em Terraço-Jardim
10
Pavimento Sobre
Espaço Exterior
16
Floreira
05
Parede Exterior
11
Vão Envidraçado
17
Guarda do Terraço
06
Parede Enterrada
12
Platibanda
18
Outros
É possível encontrar uma determinada ficha recorrendo a diferentes funcionalidades do site. Por
exemplo, para obter a listagem das fichas relacionadas com um determinado elemento construtivo
basta clicar num dos círculos da figura esquemática apresentada na Figura 20. No caso de se pretender
encontrar uma ficha específica, é também possível utilizar a pesquisa por palavra-chave, localizada no
canto superior direito do site.
25
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
PATOLOGIAS
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
CONTACTOS
Utilizador:
sandro
SAIR
FICHA TÉCNICA
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 20 – Organização do catálogo de patologias
3.4.3. ORGANIZAÇÃO DAS FICHAS DE PATOLOGIA
As fichas de patologia encontram-se organizadas de forma a ser possível efectuar a sua impressão
ocupando apenas uma página A4, onde se apresenta a descrição de um único fenómeno. São redigidas
de uma forma clara e objectiva, encontrando-se organizadas de acordo com os seguintes campos
(Figura 21):
Identificação da patologia;
Descrição da patologia;
Sondagens e medidas;
Causas da patologia;
Recomendações.
N.º da
Ficha
IDENTIFICAÇÃO DA PATOLOGIA
Descrição da patologia
Sondagens e medidas
ºC
Causas da patologia
Recomendações
Figura 21 – Modelo tipo das fichas de patologia
26
%
HR
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
A “identificação da patologia” (Figura 22) inclui a classificação e a descrição sumária da patologia em
estudo, a indicação do elemento construtivo no qual se manifestou o problema e a indicação do fenómeno físico em estudo. Um número sequencial é atribuído a cada ficha publicada, bem como são apresentadas palavras-chave, definidas de forma a permitir a fácil identificação do problema estudado.
Elemento Construtivo – Fenómeno Físico
FICHA
000
TÍTULO DA FICHA
PALAVRAS-CHAVE
Elemento, Patologia, Causa Principal, Solução de Tratamento
Figura 22 – Campo da ficha de patologia correspondente à “identificação da patologia”
No campo “descrição da patologia” é apresentada, de forma sintética, a patologia em análise, sendo
indicados os principais sinais observados e caracterizado sumariamente o elemento em que se manifestou o problema.
A descrição da patologia tem como base a observação visual e o registo fotográfico, privilegiando-se a
informação gráfica, de modo a permitir identificar, de forma inequívoca, a patologia em estudo
(Figura 23).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
CONTACTOS
DESCRIÇÃO
FICHA
PATOLOGIAS
001
SONDAGENS / MEDIDAS
CAUSAS
SOLUÇÕES
DOWNLOAD
Pavimento Térreo – Condensações Internas
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE
UM PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
O revestimento à base de PVC do piso térreo de um pavilhão gimnodesportivo
apresentava-se descolado e levantado, particularmente na zona das juntas.
Após o levantamento do revestimento na zona de uma junta, detectou-se uma
forte humidificação na interface de colagem e a degradação da cola.
Utilizador:
sandro
SAIR
PALAVRAS CHAVE: Pavimento Térreo, Revestimento à Base de PVC, Descolamento do Revestimento, Condensações Internas, Barreira Pára-Vapor
AUTORES: Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa
FICHA TÉCNICA
REVISOR: Prof. Fernando Henriques
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 23 – Campo da ficha correspondente à “descrição da patologia” visualizada a partir do site
No campo designado por “sondagens e medidas” são indicadas as acções que foram necessárias para
um exame detalhado da patologia, tais como a realização de sondagens e de medidas em laboratório
ou “in situ” (Figura 24).
27
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
FICHA
PATOLOGIAS
NOVIDADES
001
INSCRIÇÃO
FAQ
DESCRIÇÃO
SONDAGENS / MEDIDAS
CAUSAS
SOLUÇÕES
DOWNLOAD
Pavimento Térreo – Condensações Internas
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO
SONDAGENS E MEDIDAS
CONTACTOS
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração do pavimento, tendo-se
verificado que o revestimento se encontrava colado directamente sobre a camada de
suporte, em betão. Tratava-se de um pavimento térreo constituído por caixa de brita,
camada de suporte em betão e revestimento à base de PVC colado.
Foi efectuada uma carotagem a seco na camada de suporte do revestimento e
procedeu-se à determinação do perfil de teor de humidade, tendo-se verificado que o
betão se encontrava com o teor de humidade mais elevado à superfície que em
profundidade.
Efectuaram-se um conjunto de medições de forma a caracterizar as condições
higrotérmicas:
- Humidade relativa na interface de colagem do revestimento;
- Temperatura das várias interfaces do pavimento térreo;
- Temperatura interior e humidade relativa da ambiência.
Utilizador:
sandro
SAIR
Figura 24 – Campo da ficha correspondente às “sondagens e medidas” visualizada a partir do site
Um diagnóstico preciso, devidamente fundamentado, identificando de forma clara as causas, é uma
condição fundamental para a correcção adequada dos problemas. Contudo, na prática, a complexidade
dos elementos construtivos e a falta de informação dificultam a realização do diagnóstico. Nestas circunstâncias, a recolha de informação é uma tarefa primordial. A análise dos elementos disponíveis, o
testemunho dos utilizadores, a observação “in situ” para o estudo da situação real existente, desde a
simples inspecção visual à realização de sondagens, ensaios “in situ” ou laboratoriais sobre os elementos de construção ou sobre provetes retirados, são etapas deste processo.
A existência de patologias pode ter origem em diversas causas resultantes da conjugação de vários
factores, sendo de enorme importância a experiência de um técnico que possa avaliar e estudar o problema. Nas fichas de patologia publicadas no site www.patorreb.com é apresentada a descrição do
fenómeno que esteve na origem da patologia, tendo como base o estudo de diagnóstico (Figura 25).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
FICHA
PATOLOGIAS
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
CONTACTOS
001
DESCRIÇÃO
SONDAGENS / MEDIDAS
CAUSAS
SOLUÇÕES
DOWNLOAD
Pavimento Térreo – Condensações Internas
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO
CAUSAS DA PATOLOGIA
A descolagem do revestimento à base de PVC do pavimento deveu-se à ocorrência de
condensações internas na interface de colagem do revestimento, causadas pela
ausência de um pára-vapor eficaz e pelas flutuações das condições higrotérmicas do
ambiente interior do pavilhão.
Como o revestimento à base de PVC do pavimento era muito pouco permeável ao
vapor de água, funcionou como um pára-vapor colocado na zona fria do elemento
construtivo, durante a noite, quando a temperatura do solo era superior à do
ambiente interior.
A condensação do vapor de água deu-se na interface de colagem do revestimento do
pavimento, originando a degradação da cola e o levantamento das zonas mais frágeis
(juntas).
Utilizador:
Noite ≅ 6 ºC
Revestimento à base de PVC
sandro
13 ºC
SAIR
Cola
Camada de suporte
(Betão)
Filme de polietileno
Caixa de brita
Figura 25 – Campo da ficha correspondente às “causas da patologia” visualizada a partir do site
28
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Nos trabalhos de reparação a efectuar, interessa adoptar procedimentos que assegurem resultados
satisfatórios a longo prazo, apesar de ser sempre muito difícil resolver totalmente os problemas associados ao comportamento dos elementos de construção, sem uma intervenção global. São apresentadas
algumas recomendações, definidas com base no estudo de diagnóstico realizado e nas causas do problema (Figura 26). Compete assinalar que se tratam de recomendações específicas para o caso em
análise, não devendo ser generalizadas para resolver problemas que aparentemente possam ser considerados análogos.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
FICHA
PATOLOGIAS
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
001
DESCRIÇÃO
SONDAGENS / MEDIDAS
CAUSAS
SOLUÇÕES
DOWNLOAD
Pavimento Térreo – Condensações Internas
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO
FAQ
CONTACTOS
SOLUÇÕES POSSÍVEIS DE REPARAÇÃO
A correcção da patologia implicaria a seguinte intervenção (A):
-
Remoção do revestimento à base de PVC;
Picagem da camada de suporte em cerca de 0,06 m;
Regularização do suporte;
Aplicação de uma barreira pára-vapor com permeância – Wp inferior a
2x10¹² kg/(m².s.Pa);
- Colocação de um filme de polietileno de protecção;
- Execução de uma lajeta de betão, armada, com 0,05 m de espessura;
- Colagem do revestimento à base de PVC.
Em alternativa, poderia substituir-se o revestimento à base de PVC por um revestimento com um sistema de fixação não “sensível” à água (B).
Utilizador:
B
A
Revestimento
e sistema de
fixação não
“sensível” à
água
sandro
Barreira
páravapor
SAIR
PALAVRAS CHAVE:
Pavimento Térreo, Revestimento à Base de PVC, Descolamento do Revestimento,
Condensações Internas, Barreira Pára-Vapor
AUTORES: Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa
FICHA TÉCNICA
REVISOR: Prof. Fernando Henriques
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 26 – Campo da ficha correspondente às “Recomendações” visualizada a partir do site
Além da possibilidade de visualizar o conteúdo das fichas a partir do site www.patorreb.com, é também possível descarregá-las para posterior impressão e consulta.
3.4.4. GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
O site www.patorreb.com apresenta uma particularidade que o distingue dos restantes catálogos de
patologia apresentados anteriormente. De facto, embora tenha sido criado por uma única entidade,
existe um conjunto de especialistas oriundos de várias Universidades portuguesas que contribuem para
o seu desenvolvimento e para a sua constante actualização.
Este grupo, designado por “Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB”, surgiu na
sequência do 1.º Encontro sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios – PATORREB 2003 [21] e é
coordenado pelo Laboratório de Física das Construções (LFC) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
29
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
O grupo conta ainda com a participação de 7 Universidades portuguesas, representadas por vários
Professores especialistas em patologia e reabilitação de edifícios, nomeadamente:
Universidade da Beira Interior – Prof. João Lanzinha;
Universidade de Aveiro – Prof. Aníbal Costa;
Universidade de Coimbra – Prof. Mendes da Silva;
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Prof.ª Anabela Paiva;
Universidade do Minho – Prof. Barroso de Aguiar;
Universidade do Porto – Prof.ª Helena Corvacho;
Universidade Nova de Lisboa – Prof. Fernando Henriques;
Universidade Técnica de Lisboa – Prof. Jorge de Brito.
Este conjunto de especialistas forma o “Corpo Editorial” que efectua a revisão científica das fichas de
patologia antes da sua publicação no site. O processo de publicação das fichas é coordenado pelo
“Editor” do Grupo de Estudos, o Prof. Vasco Peixoto de Freitas, director do Laboratório de Física das
Construções da FEUP, que conta com o apoio de alguns colaboradores.
O suporte financeiro é assegurado pelas empresas e instituições patrocinadoras, permitindo assim o
acesso gratuito do catálogo de patologias a todos os utilizadores (Figura 27).
Editor
LFC - Prof. Vasco Peixoto de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Eng.º Nuno Machado
Eng.º Sandro M. Alves
Corpo Editorial
IST UNL FCTUC UM UBI UTAD UA FEUP -
Prof. Jorge de Brito
Prof. Fernando Henriques
Prof. Mendes da Silva
Prof. Barroso de Aguiar
Prof. João Lanzinha
Prof.ª Anabela Paiva
Prof. Aníbal Costa
Prof.ª Helena Corvacho
Patrocinadores
Centro de
Informação
Empresas
Instituições
Utilizadores
Figura 27 – Organigrama do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB
As fichas disponíveis no catálogo de patologias têm de passar obrigatoriamente por um processo de
revisão rigoroso de modo a assegurar a qualidade técnica e científica das mesmas.
Quando uma nova ficha é criada, o editor designa um revisor entre os vários membros do corpo editorial que irá apreciar a ficha. Nesta fase, o revisor deverá sugerir eventuais alterações, comentar alguns
aspectos menos conseguidos e levantar questões para reflexão do autor.
Uma vez a revisão concluída, o autor da ficha deverá analisar os diferentes comentários e reformular a
ficha caso considere adequado. Embora não haja obrigatoriedade de alterar a ficha, será de bom senso
atender aos comentários do revisor.
30
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Depois deste processo estar concluído, a ficha encontra-se finalmente em condições de ser introduzida
na Internet. Todas as fichas publicadas contêm o logótipo das Instituições envolvidas, bem como o
nome dos autores e do revisor. Embora a maioria das fichas publicadas sejam actualmente da autoria
do editor e dos membros do corpo editorial, qualquer pessoa interessada pode propor uma ficha para
avaliação do Grupo de Estudos.
O site www.patorreb.com funciona assim como uma plataforma ou “centro de informação” cujos principais objectivos são sistematizar a informação e proceder à sua divulgação, contribuindo para que os
mesmos erros não sejam repetidos vezes sem conta.
3.4.5. INTRANET DO SITE WWW.PATORREB.COM
A Intranet é uma área privada do site www.patorreb.com cujo acesso é limitado a determinados utilizadores, nomeadamente aos responsáveis pela programação do site, aos membros do corpo editorial e
aos responsáveis pela organização da informação (Figura 28).
Área de Acesso Reservado
Login
Password
Entrar
Apagar
Figura 28 – Página inicial da zona Intranet, acessível em www.patorreb.com/intranet
Esta zona foi implementada pouco depois da criação do site www.patorreb.com com o objectivo de
criar um mecanismo que permitisse a troca de informação de forma automatizada entre os membros do
corpo editorial.
Através da Intranet cada membro pode efectuar a inserção e revisão de fichas quando solicitado, de
forma directa, sem preocupações de formatação, cabendo depois à equipa de manutenção do site o
tratamento do texto e a sua disponibilização online.
Para além de facilitar o processo de publicação das fichas, a Intranet permite ainda a consulta do estado das fichas inseridas (Figura 29 a), bem como a visualização da seguinte informação:
Número da Ficha. Ao seleccionar o número da Ficha, o utilizador terá acesso ao “formulário
de identificação da ficha” (Figura 29 b);
Nome dos autores e do revisor. Ao seleccionar o nome de um dos autores ou revisores obtémse uma listagem das fichas publicadas e/ou revistas pelo membro seleccionado;
O estado da ficha, que depende do processo de revisão e se subdivide nos seguintes estados:
o Inserida: a ficha foi inserida pelo autor na versão original aguardando revisão;
o Revisão: a ficha encontra-se em apreciação pelo revisor;
o Revista: a ficha foi apreciada pelo revisor, aguardando-se que o autor se pronuncie
sobre as alterações propostas;
31
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
o
Publicada: o processo encontra-se concluído ficando a ficha disponível no catálogo de
patologias.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
Patologias em …
NOVA FICHA
Ficha 001:
FICHAS
Ficha
Autor(es)
Revisor
Estado
Online
001
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Prof. Fernando Henriques
Publicada
Sim
Ver
002
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Prof. Fernando Henriques
Publicada
Sim
Ver
003
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Prof. Jorge de Brito
Publicada
Sim
Ver
004
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Prof. Jorge de Brito
Publicada
Sim
Ver
005
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Prof. Mendes da Silva
Publicada
Sim
Ver
006
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Prof. Mendes da Silva
Publicada
Sim
Ver
007
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
008
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
009
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
010
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Profª Anabela Paiva
Publicada
Sim
Ver
011
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
Utilizador:
sandro
SAIR
Patologia:
Pavimento Térreo – Condensações Internas
Título:
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO
Autor 1:
Prof. Vasco P. de Freitas
Autor 2:
Eng.ª Marília Sousa
Documento
Original:
Ficha001.doc
Revisor:
Prof. Fernando Henriques
Documento
Revisto:
Ficha001revista.doc
a)
b)
Figura 29 – Intranet: informações disponíveis sobre as fichas publicadas
Para inserir uma nova ficha basta aceder à zona “Fichas” da Intranet em www.patorreb.com/intranet,
registar-se e clicar em “Nova ficha” (Figura 29 a). Pouco depois surge uma nova janela onde é pedida
a introdução do ficheiro, bem como o preenchimento do formulário de identificação da ficha (Figura
30) que consiste nos seguintes campos:
Elemento construtivo no qual se manifestou o problema, a escolher entre os 18 listados na
Tabela 3;
Causa da patologia;
Título da ficha;
Nome dos autores.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
FICHAS
Ficha 086
Elemento Construtivo:
01. Cobertura Inclinada
Causa:
Título:
Autor 1:
Profª Anabela Paiva
Autor 2:
Nenhum
Documento Original:
Procurar…
Aceitar
Cancelar
Utilizador:
sandro
SAIR
FICHA TÉCNICA
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 30 – Inserção de uma nova ficha a partir da Intranet
32
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Depois de inserida, a ficha fica apenas visível a partir da área privada do site, à qual o editor deverá
aceder para designar um revisor entre os membros do corpo editorial. Uma vez notificado electronicamente, o revisor deverá inserir os seus comentários na Intranet para serem posteriormente analisados
pelo autor da ficha.
3.5. SÍNTESE DOS CATÁLOGOS DISPONÍVEIS
As fichas de patologia dos catálogos mais recentes, disponíveis na Internet, foram analisadas mais
pormenorizadamente, procedendo-se à síntese dos problemas abordados em cada uma sob a forma
matricial. O catálogo da Universidade de Singapura não foi analisado por se tratar de um site pago,
cujo acesso foi disponibilizado por um tempo reduzido.
Esta informação poderá ser utilizada pelos membros do corpo editorial do Grupo de Estudos da Patologia da Construção para analisar rapidamente que tipos de problemas ainda não foram abordados nas
fichas publicadas no site www.patorreb.com.
A matriz apresentada na Tabela 4 contém 18 colunas que correspondem aos 18 elementos construtivos
tipo listados no site www.patorreb.com. As linhas correspondem aos diferentes fenómenos físicos ou
problemas abordados nas fichas de patologia (condensações internas, corrosão de armaduras, etc.).
Nos casos em que um fenómeno físico não pode ocorrer num determinado elemento construtivo, como
é o caso da humidade ascensional em coberturas inclinadas, é colocado o símbolo ( ) no local correspondente da matriz. Se a probabilidade de ocorrência for extremamente reduzida será colocado o sím
bolo ( ) no lugar.
Tabela 4 – Distribuição das fichas publicadas em função do elemento construtivo no qual se manifestou a patolo-
Total
18. Outros
17. Guarda do Terraço
16. Floreira
15. Varanda
14. Clarabóia
13. Junta de Dilatação
12. Platibanda
11. Vão Envidraçado
10. Pavimento sobre Espaço Exterior
09. Pavimento Intermédio
08. Pavimento Térreo
07. Parede Interior
06. Parede Enterrada
05. Parede Exterior
04. Cobertura em Terraço-Jardim
FENÓMENO
03. Cobertura em Terraço Acessível
01. Cobertura inclinada
ELEMENTO
CONSTRUTIVO
02. Cobertura em Terraço Não Acessível
gia e do principal fenómeno observado
Agence Qualité Construction – Fiches Pathologie du Bâtiment
Agressão Física/Química
1
Assentamentos Diferenciais
1
Ataque de Térmitas
2
Colonização Biológica
1
1
3
4
2
1
33
Total
18. Outros
17. Guarda do Terraço
16. Floreira
15. Varanda
14. Clarabóia
13. Junta de Dilatação
12. Platibanda
11. Vão Envidraçado
10. Pavimento sobre Espaço Exterior
09. Pavimento Intermédio
08. Pavimento Térreo
07. Parede Interior
06. Parede Enterrada
05. Parede Exterior
04. Cobertura em Terraço-Jardim
03. Cobertura em Terraço Acessível
FENÓMENO
01. Cobertura inclinada
ELEMENTO
CONSTRUTIVO
02. Cobertura em Terraço Não Acessível
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Agence Qualité Construction – Fiches Pathologie du Bâtiment (Continuação)
Condensações Internas
1
1
2
Condensações Superficiais
1
Corrosão
Defeito de Concepção/Execução
Deficiente Isolamento Acústico
4
1
1
1
2
2
3
1
1
1
2
2
3
3 13
Deficiente Manutenção
1
1
1
Deficiente Resistência
Mecânica
2
Deficiente Utilização
1
1
Deformação do Suporte
3
1
4
2
Degradação do Suporte
1
Eflorescências
1
Expansão Higrotérmica
1
1
Fuga
1
Humidade Ascensional
2 1
Infiltrações
2
1
1
Sujidade
1
1
Variação de Temperatura
1
1
Outros
34
1
1
2
1
3
1
6
1
Tempo Aberto
Total
2
Fissuração
1
1
1
1
0 15 2
1
2
1
10 1
1
3
8
5
0
3
2
0
0
0
1
0
0 12 61
Total
18. Outros
17. Guarda do Terraço
16. Floreira
15. Varanda
14. Clarabóia
13. Junta de Dilatação
12. Platibanda
11. Vão Envidraçado
10. Pavimento sobre Espaço Exterior
09. Pavimento Intermédio
08. Pavimento Térreo
07. Parede Interior
06. Parede Enterrada
05. Parede Exterior
04. Cobertura em Terraço-Jardim
03. Cobertura em Terraço Acessível
FENÓMENO
01. Cobertura inclinada
ELEMENTO
CONSTRUTIVO
02. Cobertura em Terraço Não Acessível
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Imparare dagli errori
Agressão Física/Química
1
3
4
Alteração Cromática
Colonização Biológica
1
Condensações Internas
2
5
2
2
Condensações Superficiais
1
Corrosão
1
2
Criptoeflorescências
Defeito de Concepção/Execução
2
3
Deficiente Resistência
Mecânica
1
Deformação do Suporte
2
Efeito gelo/degelo
1
1
1
2
3
3
4
3
8
1
3
11
2
2
1
6
1
2
2
7
2
4
Escorrências/Sujidade
3
3
1
Humidade Ascensional
1
1
Infiltrações
2
10 1
Termoforese
1 4
Outros
7
10 14 2
1
1 35 0
2
1
3
4
3
Fissuração
Total
3
1
Eflorescências
Variação de Temperatura
1
1
7
11
2
13
1
6
1
5 11 1
1
4
0 20 0
2
0
0
0
0
0 101
35
Total
18. Outros
17. Guarda do Terraço
16. Floreira
15. Varanda
14. Clarabóia
13. Junta de Dilatação
12. Platibanda
11. Vão Envidraçado
10. Pavimento sobre Espaço Exterior
09. Pavimento Intermédio
08. Pavimento Térreo
07. Parede Interior
06. Parede Enterrada
05. Parede Exterior
04. Cobertura em Terraço-Jardim
FENÓMENO
03. Cobertura em Terraço Acessível
01. Cobertura inclinada
ELEMENTO
CONSTRUTIVO
02. Cobertura em Terraço Não Acessível
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Grupo de Estudos da Patologia da Construção – www.patorreb.com
Causa fortuita
1
Colonização Biológica
Condensações Internas
2
2
1
Condensações Superficiais
Contaminação de Argamassas
1
3
2
1
1
8
1
1
2
Deformação do Suporte
2
7
1
1
1
1
2
13
1
1
1
Eflorescências
2
Empolamento
1
1
1
1
Envelhecimento dos Materiais
1
Humidade Ascensional
1
Infiltrações
1
3
4
1
1
Instabilidade e Expansão HT
1
1
2
6
5
1
Retracção das Argamassas
Variação de Temperatura
1
6
1 32 2
1
2
1
4
1
1
6
4
4
1
3
6
1
4
Degradação do Suporte
5
1
16
8
1
2
1
2 10 6
3
1
( ) Impossibilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado
( ) Baixa probabilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado
36
1
2
Defeito de Concepção/Execução
Deficiente Resistência
Mecânica
Total
4
3
1
Corrosão
7
4
2
1
0
0
0
2 85
4
CONTRIBUTO PARA O
DESENVOLVIMENTO DO
CATÁLOGO DE PATOLOGIAS –
WWW.PATORREB.COM
4.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Com o presente trabalho pretendeu-se dinamizar o site do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB, nomeadamente através da melhoria das actuais funcionalidades e da introdução de
novas zonas fundamentais para o seu desenvolvimento futuro.
As principais contribuições fornecidas encontram-se listadas de seguida:
Desenvolvimento de um conjunto de fichas de patologia temáticas, associadas a argamassas,
para publicação no site;
Proposta e implementação da “Zona Bibliografia”;
Proposta e implementação da “Zona Terminologia”;
Proposta e implementação da tradução do site.
As fichas de patologia associadas a argamassas foram criadas com base num conjunto de estudos e
pareceres desenvolvidos no Laboratório de Física das Construções.
O desenvolvimento das restantes funcionalidades propostas implicou um profundo conhecimento do
site do Grupo de Estudos – PATORREB, uma vasta pesquisa bibliográfica e a aquisição de conhecimentos de programação em javascript, html e asp.
Estas propostas, desenvolvidas para dinamizar o site www.patorreb.com, são descritas resumidamente
nos pontos seguintes.
4.2. INSERÇÃO DE NOVAS FICHAS NO SITE
4.2.1. PROPOSTA DE NOVA METODOLOGIA PARA INSERÇÃO DE FICHAS NO SITE
A obtenção de textos uniformes a partir de diferentes autores é uma tarefa muito difícil. Contudo, é
possível minorar essas discrepâncias definindo claramente a estrutura e as regras a respeitar na elaboração de novas fichas. A uniformização das fichas publicadas no catálogo pode ser conseguida gradualmente através da implementação de uma nova metodologia na publicação das fichas, que assenta
essencialmente nos pontos seguintes:
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Criação de uma nova ficha modelo que deverá ser rigorosamente respeitada pelos autores das
fichas (Ficha 00 do Anexo A);
Introdução de uma nova etapa no processo de publicação das fichas: a validação prévia do editor;
Aperfeiçoamento da inserção de fichas a partir da Intranet do site www.patorreb.com.
4.2.1.1. Criação de nova ficha modelo
A criação de uma ficha modelo mais completa permitirá atenuar as discrepâncias de forma, definindo
claramente as regras de elaboração das fichas na própria ficha modelo. O objectivo é obter fichas com
uma formatação adequada sem intervenção do editor, tornando o processo quase automático, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos processos de revisão dos diferentes congressos científicos.
A ficha modelo criada apresenta uma estrutura idêntica às fichas de patologia publicadas no site,
estando as indicações de preenchimento colocadas no lugar dos conteúdos (ver Anexo A). A utilização
desta ficha associada à experiência acumulada pelos diferentes membros do corpo editorial poderá
permitir o desenvolvimento de fichas de maior qualidade e exigir um esforço inferior por parte dos
revisores.
4.2.1.2. Novo procedimento de publicação
Até à data do presente trabalho, o processo de publicação envolvia três etapas: a inserção da ficha na
Intranet pelo seu autor, a revisão científica por parte de um membro do corpo editorial, designado pelo
editor, e a publicação final no catálogo.
Este processo originou algumas dificuldades, nomeadamente a falta de controlo das regras editoriais.
Este facto é compreensível uma vez que a criação e revisão das fichas é realizada exclusivamente
pelos membros do corpo editorial, sem intervenção prévia do editor.
Para resolver este problema propõe-se um novo procedimento de publicação, adaptado do existente. O
procedimento proposto envolve várias etapas de forma a assegurar a qualidade técnica e científica das
novas fichas de patologia. A inserção, validação, revisão e publicação constituem as quatro fases pelas
quais deveriam passar obrigatoriamente todas as novas fichas.
À semelhança do que acontece actualmente, a primeira fase consiste na criação da nova ficha tendo
como base a ficha modelo proposta, seguindo-se obrigatoriamente a sua inserção na Intranet.
O passo seguinte consiste na apreciação da ficha por parte do editor, que analisa se as regras editoriais
definidas na ficha modelo foram respeitadas, nomeadamente a forma, a originalidade e a qualidade da
mesma. Nesta fase de validação, o editor pode recusar a ficha, sugerir modificações ou aceitá-la na
íntegra.
Caso haja obrigatoriedade de proceder a alterações, o autor deverá corrigir a ficha para nova avaliação.
Este processo repete-se até validação final ou rejeição da ficha por parte do editor.
Após validação, o editor indica um membro do corpo editorial para efectuar a revisão científica da
ficha de patologia.
O processo termina com a publicação, que consiste na colocação da ficha na zona pública do site onde
poderá ser livremente consultada por qualquer utilizador registado.
38
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
4.2.1.3. Aperfeiçoamento da inserção de fichas a partir da Intranet
O sistema implementado actualmente na Intranet permite apenas a inserção das novas fichas e das
fichas revistas pelo revisor. Não é possível introduzir as correcções efectuadas pelo autor após revisão
da ficha, o que acaba por quebrar o processo e tornar a Intranet pouco útil.
Esta proposta pretende adaptar a Intranet ao novo procedimento de publicação sugerido, bem como
melhorar o seu funcionamento, evitando assim a constante troca de mensagens entre autores, revisores
e o editor.
O procedimento proposto para inserção de novas fichas é semelhante ao existente, com a possibilidade
adicional de descarregar a ficha modelo a partir da Intranet (Figura 31a). Depois de preencher os
dados identificativos da nova ficha e de carregar o respectivo ficheiro, elaborado com base na ficha
modelo disponibilizada, esta passará ao estado designado “Inserção”, ficando a aguardar a validação
do editor (Figura 31b).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
075
Dr. João Garcia
Prof. Jorge de Brito
Prof. Barroso de Aguiar
Publicada
Sim
Ver
076
Eng.º José D. Silvestre
Prof. Jorge de Brito
Profª Anabela Paiva
Publicada
Sim
Ver
077
Eng.º José D. Silvestre
Prof. Jorge de Brito
Prof. Mendes da Silva
Publicada
Sim
Ver
078
Eng.º José D. Silvestre
Prof. Jorge de Brito
Prof. Mendes da Silva
Publicada
Sim
Ver
079
Engª Inês Flores-Colen
Prof. Jorge Brito
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
080
Engª Inês Flores-Colen
Prof. Jorge Brito
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
081
Engª Inês Flores-Colen
Prof. Jorge Brito
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
082
Engª Inês Flores-Colen
Prof. Jorge Brito
Prof. Barroso de Aguiar
Publicada
Sim
Ver
083
Engª Inês Flores-Colen
Prof. Jorge Brito
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
084
Prof. Barroso de Aguiar
Outros
Prof. Jorge de Brito
Publicada
Sim
Ver
085
Dr. João Garcia
Prof. Jorge de Brito
Profª Helena Corvacho
Publicada
Sim
Ver
086
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.º Sandro Alves
Inserção
Não
Patologias em …
PATOLOGIAS
Ficha 086
FICHAS
Ficha Modelo:
Elemento Construtivo:
ficha_modelo.doc
05. Parede Exterior
Causa:
Produto de Colagem
Título:
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM
LADRILHOS CERÂMICOS APLICADO EM
FACHADAS
Autor 1:
Prof. Vasco P. de Freitas
Autor 2:
Eng.º Sandro Alves
Documento Original:
C:\Documents and Settings\APFAC01.doc
Aceitar
Utilizador:
Cancelar
Procurar…
sandro
NOVA FICHA
SAIR
FICHA TÉCNICA
a)
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
b)
Figura 31 – Processo de inserção proposto
O editor é notificado electronicamente da inserção da ficha através do envio de uma mensagem de
correio electrónico automática, podendo descarregá-la facilmente através da Intranet. A sua principal
tarefa prende-se com a análise da forma, originalidade e qualidade da ficha. Em função da qualidade e
da relevância da ficha para o catálogo de patologias, esta poderá receber as seguintes classificações:
Aceite na íntegra;
Revisão opcional;
Revisão obrigatória;
Recusada.
A validação pode ser realizada a partir da Intranet, apenas pelo editor, de uma forma muito simples.
No caso da ficha ser aceite ou recusada, basta clicar no respectivo quadrado e confirmar. Caso sejam
sugeridas alterações, opcionais ou obrigatórias, será ainda pedida a inserção da ficha revista na Intranet (Figura 32).
39
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
Ficha 086:
FICHAS
Patologia:
Parede Exterior – Produto de Colagem
Título:
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS
APLICADO EM FACHADAS
Autor 1:
Prof. Vasco P. de Freitas
Autor 2:
Eng.º Sandro M. Alves
Documento
086_Original_07-01-2008.doc
Original:
Validação:
Aceite na íntegra
Revisão opcional
Procurar…
Revisão obrigatória
Procurar…
Recusada
Aceitar
Cancelar
Utilizador:
vasco.freitas
SAIR
Figura 32 – Processo de validação proposto
Quando existir mais que uma iteração, o procedimento será idêntico, ficando registados todos os passos intermédios. Esta fase termina unicamente com a aceitação final ou rejeição da ficha por parte do
editor.
A partir desse momento, o editor propõe um revisor entre os vários membros do corpo editorial. O
membro escolhido irá receber uma notificação automática, via correio electrónico.
A versão da ficha aprovada pelo editor poderá ser descarregada pelo revisor a partir da Intranet, utilizando sempre o mesmo princípio. Após revisão, os comentários serão inseridos da mesma forma, o
que notifica automaticamente o autor da ficha. Por fim, o autor analisa os comentários do revisor e
coloca na Intranet a versão final da ficha que será posteriormente publicada.
Esta proposta torna possível um processo automático que é vantajoso caso se pretenda alargar o número de membros do corpo editorial. Por outro lado, permite também um registo de todos os passos
intermédios (ficheiros, datas e intervenientes no processo) tal como se evidencia na Figura 33.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
FICHAS
#
Estado
Dados arquivados
1
Inserção
Ficha Original
Ficha 086:
Patologia:
Parede Exterior – Produto de Colagem
Título:
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS
APLICADO EM FACHADAS
Autor 1:
Prof. Vasco P. de Freitas
Autor 2:
Eng.º Sandro M. Alves
Documento
Original:
086_Original_25-07-2008.doc
Validação:
Aceite na íntegra
Revisor:
Prof. Barroso de Aguiar
Documento
Revisto:
086_Revisto_2-08-2008.doc
Documento
Final:
086_Final_01-09-2008.doc
Decisão do editor;
Comentários do
editor e correcções
do autor (quando
aplicável)
2
Validação
3
Revisão
Ficha Revista
4
Publicação
Ficha Final
Utilizador:
vasco.freitas
SAIR
FICHA TÉCNICA
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 33 – Exemplo do registo das etapas que constituem o processo de publicação de uma ficha de patologia
40
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
4.2.2. CRIAÇÃO DE NOVAS FICHAS: PROTOCOLO APFAC – PATORREB
A actualização do catálogo de patologias através da introdução de novas fichas é fundamental para
evitar um desinteresse gradual dos visitantes. Para tal, é importante incentivar os membros do corpo
editorial e as empresas a desenvolver fichas para introduzir no catálogo do site do Grupo de Estudos –
PATORREB.
Outra forma interessante de contribuir para o enriquecimento do catálogo seria o desenvolvimento de
um conjunto de fichas temáticas em colaboração com empresas ou instituições da área. Um exemplo
deste tipo de cooperação é o protocolo elaborado entre a Associação Portuguesa dos Fabricantes de
Argamassas de Construção – APFAC [3] e o Grupo de Estudos da Patologia da Construção –
PATORREB.
O protocolo referido foi celebrado directamente entre o Presidente da APFAC e o coordenador do
Grupo de Estudos – PATORREB, que ficou encarregue da coordenação do trabalho. As tarefas de
investigação, pesquisa e montagem das fichas ficaram a cargo do autor da presente dissertação.
Este protocolo tinha como principal objectivo desenvolver fichas de patologia associadas a argamassas, que foram divididas em quatro grupos:
Cimentos-cola e juntas (Grupo A);
Rebocos e revestimentos monomassas (Grupo B);
Argamassas de alvenaria (Grupo C);
Argamassas de pavimento (Grupo D).
Numa fase inicial, foi elaborada uma matriz para decidir quais as fichas a desenvolver no âmbito do
protocolo. Para não obter um número demasiado elevado de fichas decidiu-se listar apenas os fenómenos patológicos mais correntes em argamassas, sem cruzar essa informação com os diferentes elementos construtivos onde se poderiam manifestar. A matriz obtida é apresentada na Tabela 5.
Tabela 5 – Número de fichas desenvolvidas em função dos principais fenómenos patológicos observados em
argamassas
Grupo A
Grupo B
Colonização biológica
1
Defeitos de planimetria
1
Deficiente resistência mecânica
1
Descolamento
3
Diferenças de tonalidade
Eflorescências
1
1
2
Fissuração
2
Humidade Ascensional
1
Manchas de sujidade
1
TOTAL
Grupo D
2
Destacamento
Fantasmas
Grupo C
4
11
1
0
( ) Impossibilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado
( ) Baixa probabilidade de ocorrência do fenómeno no elemento indicado
41
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No âmbito do protocolo foram criadas 16 fichas das quais três foram adaptadas de outras já publicadas
no catálogo de patologias do site www.patorreb.com. Na Figura 34 apresenta-se uma das fichas sendo
a totalidade das fichas desenvolvidas apresentadas no Anexo A.
Estas fichas foram validadas pelo editor e aguardam os comentários dos revisores para serem posteriormente colocadas no catálogo de patologias do site.
Figura 34 – Exemplo de uma ficha de patologia criada no âmbito do protocolo APFAC – PATORREB
42
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4.3. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA O SITE
4.3.1. INTERESSE DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA
O principal objectivo do Grupo de Estudos – PATORREB é sistematizar o conhecimento da patologia
da construção, divulgando-o através do seu site de modo a contribuir para a qualidade na construção e
evitar que os mesmos erros se repitam vezes sem conta.
As fichas de patologia disponibilizadas contêm informação sumária para facilitar a sua consulta, não
sendo ainda possível aprofundar o estudo de um determinado fenómeno com base na informação fornecida no site. Esta lacuna poderia ser colmatada se a bibliografia consultada na elaboração das fichas
fosse disponibilizada ou se, pelo menos, fossem indicadas as suas referências bibliográficas.
Neste sentido, sugere-se a introdução de uma nova ferramenta no site, designada “Zona Bibliografia”,
com o objectivo de disponibilizar as referências bibliográficas das fichas de patologia aos utilizadores.
Por uma questão de organização propõe-se o desenvolvimento de uma base de dados bibliográfica
temática, associada à Patologia da Construção, com os seguintes propósitos:
Compilar, organizadamente, as referências bibliográficas das fichas de patologia;
Disponibilizar uma base de dados bibliográfica temática com as referências das publicações,
normas e sites mais relevantes no domínio da patologia da construção.
Embora se pretenda preferencialmente que as referências introduzidas na base de dados estejam ligadas a pelo menos uma ficha de patologia, poderá admitir-se a inserção de referência soltas desde que a
sua relevância o justifique. Esta opção é vantajosa para o site uma vez que, para além de não perturbar
a ligação das referências com as fichas, permite disponibilizar uma base de dados de elevado interesse
aos utilizadores.
A metodologia proposta é apresentada nos pontos seguintes, procedendo-se primeiro à descrição da
base de dados para de seguida exemplificar a sua ligação com as fichas de patologia. Por fim, reúnese, no Anexo B, um conjunto de referências bibliográficas compiladas pelo autor para servirem de
base à implementação desta ferramenta no site.
4.3.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS BIBLIOGRÁFICA TEMÁTICA
O desenvolvimento da base de dados proposta implicou um profundo conhecimento do site do Grupo
de Estudos – PATORREB bem como a realização de uma vasta pesquisa bibliográfica. Por outro lado,
foi necessário adquirir conhecimentos de programação em javascript e assimilar alguns mecanismos
associados ao desenvolvimento de páginas Web em html e asp para propor uma metodologia compatível e fácil de implementar no site.
A pesquisa bibliográfica realizada contemplou a análise de várias bases de dados disponíveis na Internet, nomeadamente a base de dados da biblioteca da FEUP [22] e da Biblioteca Nacional [23]. Esta
pesquisa permitiu adquirir ideias mais claras e objectivas para a ferramenta em estudo.
Numa primeira fase organizaram-se as diferentes publicações susceptíveis de integrar a base de dados
do site PATORREB por tipos, tendo-se optado pela organização apresentada no organigrama da
Figura 35.
A especificidade destes tipos de referências conduziu à criação de 5 listagens bibliográficas independentes, com características ligeiramente distintas que permitem uma pesquisa própria de cada tipo.
Contudo, como veremos mais adiante, foi também previsto um local onde se encontram listadas todas
as referências disponíveis na base de dados.
43
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REFERÊNCIAS
a) Livros
b) Teses
c) Artigos
Nacionais
Doutoramento
Publicados em:
Internacionais
Mestrado
Revistas Internacionais
Outras
Revistas Nacionais
Congressos Internacionais
d) Normas/Regul.
Normas Internacionais
e) Sites
Internacionais
Nacionais
Normas Nacionais
Regulamentos
em vigor
Congressos Nacionais
Figura 35 – Organização das referências bibliográficas em 5 “tipos”
Cada tipo de referência foi analisado de forma independente, estudando as especificidades de cada um
para conseguir uma pesquisa tão eficiente quanto possível. Nesta fase foi necessário escolher os elementos bibliográficos mais relevantes para cada tipo de referência com base nas normas portuguesas
NP 405 [24 a 27] que normalizam as designações a atribuir às referências bibliográficas.
De acordo com estas normas, um elemento bibliográfico é “uma unidade definida de informação numa
referência bibliográfica” ou seja, trata-se de uma parte específica da referência bibliográfica. O título,
o nome dos autores e a data de publicação são exemplos de elementos bibliográficos próprios dos
livros.
A norma NP 405-1 [24] apresenta uma listagem dos elementos bibliográficos próprios de vários tipos
de referências, classificando-os ainda de acordo com a sua importância em elementos essenciais (E),
recomendáveis (R) ou facultativos (F). No presente trabalho optou-se por escolher apenas os elementos essenciais e recomendáveis para não sobrecarregar a base de dados com informação supérflua.
Nos pontos seguintes descreve-se sumariamente a metodologia sugerida para a “Zona Bibliografia” do
site www.patorreb.com, tendo como base as considerações apresentadas anteriormente.
a) Livros
Os utilizadores do site do grupo de estudos poderão aceder à “Zona Bibliografia” de forma semelhante
ao praticado para consultar as fichas de patologia. Para tal, bastará registar-se e clicar no botão colocado no menu lateral, designado “Bibliografia”. A primeira página apresenta a listagem dos livros introduzidos na base de dados, ordenados pela ordem em que foram inseridos. Para obter a listagem dos
restantes tipos de referências bibliográficas é necessário clicar no botão com a respectiva designação
(Figura 36).
Na Figura 36 é também possível visualizar a organização gráfica sugerida para a listagem bibliográfica
dos livros. Esta estrutura assenta na escolha dos elementos essenciais de cada tipo de referência, organizando as referências por linhas e os seus elementos em colunas.
44
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GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
Elemento “Ano”
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
Procurar por Autor/Título:
Procurar…
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
Autor(es)
Título
Ano
Idioma
001
#
RAMOS, J. L.
Defectos y disfunciones en alicatados y
solados
2003
PT
002
LUCAS, J. A. C.
ITE 24 – Classificação e descrição geral de
revestimentos para paredes de alvenaria
ou betão
1990
PT
003
CÓIAS, V.
Inspecções e Ensaios na reabilitação de
edifícios
2006
PT
004
FREITAS, V. P.
PINTO, P. S.
Permeabilidade ao vapor de materiais de
construção – condensações internas
1998
PT
005
CÓIAS, V.
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos
– Técnicas Pouco Intrusivas
2007
PT
006
PINHO, F. F. S.
Paredes de edifícios antigos em Portugal
2000
PT
007
SOUSA, A. V.
FREITAS, V. P.
SILVA, R. M.
Manual de aplicação de revestimentos
cerâmicos
2003
PT
008
CIB – W086
Building Pathology - a state-of-the-art
report
1993
EN
009
PATORREB 2003
Actas do 1.º Encontro Nacional sobre
Patologia e Reabilitação de Edifícios,
PATORREB 2003
2003
PT
CONTACTOS
Referência n.º 3
Utilizador:
sandro
SAIR
Figura 36 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia”
A necessidade de manter uma estrutura gráfica idêntica à existente limita, por falta de espaço na horizontal, a introdução de um vasto número de colunas. Neste sentido, optou-se por introduzir simplesmente os elementos essenciais (E) nesta listagem, sendo apenas possível visualizar os elementos
recomendáveis (R) depois de carregar numa referência (Figura 37).
Os elementos essenciais (E) e recomendáveis (R) escolhidos para os livros com base na norma
NP 405-1 [24] encontram-se listados de seguida:
Autor(es) (E);
Título (E);
Ano (E);
Idioma (E);
Editor (R);
ISBN (R);
Depósito legal (R);
Observações (R);
Ficheiro em formato “pdf” (R).
Para além dos elementos essenciais, a primeira coluna da listagem contém um número que identifica
inequivocamente cada referência inserida. A numeração é sequencial, correspondendo o número 1 à
primeira referência introduzida, e é independente do tipo de referência para evitar possíveis sobreposições. Esta função permite identificar as referências inseridas e facilitar a sua interligação com outras
funcionalidades do site como veremos mais adiante.
45
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
INSCRIÇÃO
FAQ
007
SOUSA, A. V.
FREITAS, V. P.
SILVA, R. M.
008
CIB – W086
009
PATORREB 2003
CONTACTOS
Manual de aplicação de revestimentos
cerâmicos
2003
PT
Building Pathology - a state-of-the-art
report
1993
EN
Actas do 1.º Encontro Nacional sobre
Patologia e Reabilitação de Edifícios,
PATORREB 2003
2003
PT
http://www.patorreb.com - .: PATORREB – Referências Bibliogr...
PATORREB
004
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
FREITAS, V. P.
Permeabilidade ao vapor de materiais de 1998
PT
PINTO, P. S.
construção – condensações internas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (Livros)
Utilizador:
Referência:
007
sandro
Autor(es):
SAIR
Augusto Vaz Serra e Sousa
Vasco Peixoto de Freitas
Raimundo Mendes da Silva
Título:
Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos
Editor:
Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro - CTCV
Ano:
2003
FICHA TÉCNICA
Idioma:
Português (PT)
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Concluído
Internet
Figura 37 – Visualização das informações adicionais das referências bibliográficas
Tendo em consideração que esta zona poderá agrupar um número significativo de referências é necessário prever um sistema de pesquisa eficiente. Neste sentido sugerem-se duas formas de o fazer: a
pesquisa por palavra-chave, e a possibilidade de ordenar as referências em função dos seus elementos.
A pesquisa por palavra-chave tem em conta todas as palavras inseridas nos campos correspondentes
aos elementos “autor” e “título”. Esta funcionalidade permite procurar rapidamente as referências de
um autor ou aquelas que tenham uma determinada palavra no título. A título de exemplo, mostra-se na
Figura 38 a melhor forma de procurar as referências do autor “Freitas”.
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
Procurar por Autor/Título:
Freitas
Procurar…
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
Autor(es)
Título
Ano
Idioma
004
#
FREITAS, V. P.
PINTO, P. S.
Permeabilidade ao vapor de materiais de
construção – condensações internas
1998
PT
007
SOUSA, A. V.
FREITAS, V. P.
SILVA, R. M.
Manual de aplicação de revestimentos
cerâmicos
2003
PT
021
ABRANTES, V.
FREITAS, V. P.
SOUSA, M.
Reabilitação de Edifícios – Estudo do
comportamento e análise técnicoeconómica das soluções utilizadas nas
obras de construção e reabilitação:
IGAPHE – DGHN
1999
Reabili-
CONTACTOS
Figura 38 – Resultados obtidos para a pesquisa com a palavra-chave “Freitas”
A pesquisa pode ser efectuada de forma menos directa, ordenando as referências em função dos seus
elementos. Por outras palavras, é possível ordenar as referências por ordem alfabética dos seus auto-
46
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
res, carregando simplesmente na palavra “autor”. Esta funcionalidade aplica-se a todos os elementos
essenciais sendo que, no caso do elemento “ano”, as referências são ordenadas por ordem cronológica
(Figura 39).
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
Procurar por Autor/Título:
Procurar…
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
#
Autor(es)
Título
Ano
Idioma
005
CÓIAS, V.
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos
– Técnicas Pouco Intrusivas
2007
PT
014
MRPE 2005-2007
Mestrado em Reabilitação do Património
Edificado 2005-2007. 2ª Edição.
2007
PT
025
WATT, D. S.
Building Pathology: Principles and Prac-
2007
EN
010
PATORREB2006
Actas do 2.º Encontro sobre Patologia e
Reabilitação de Edifícios, PATORREB 2006
2006
PT
CONTACTOS
Figura 39 – Ordenação dos livros em função do elemento “ano”
Finalmente, é ainda possível efectuar uma pesquisa mais refinada combinando estas duas funcionalidades. Por exemplo, é possível obter a listagem das referências da autoria de “Freitas” e ordená-las de
seguida em função do “ano”. Conseguir-se-á assim encontrar rapidamente o livro mais recente desse
autor independentemente do número de referências inseridas na base de dados.
Em síntese, a “Zona Bibliografia” encontra-se organizada da seguinte forma:
As referências bibliográficas estão agrupadas por tipos (livros, teses, artigos, normas e sites);
Cada tipo de referência tem uma listagem própria;
As listagens têm um aspecto semelhante a uma matriz, sendo as referências organizadas por
linhas e os elementos bibliográficos por colunas;
Cada listagem contém apenas os elementos mais importantes de cada tipo de referência (elementos essenciais);
A consulta dos restantes elementos (elementos recomendáveis) só é possível depois de clicar
com o botão esquerdo do rato na referência pretendida.
Sempre que possível, pretende-se que o texto, ou eventualmente o resumo, seja introduzido juntamente
com a referência. Caso esta pretensão seja inviável seria interessante indicar qual a melhor forma de
adquirir os textos, utilizando o elemento “Observações”.
b) Teses
As teses de doutoramento, dissertações de mestrado e outras dissertações do mesmo tipo encontram-se
listadas numa secção específica, designada “Teses”. A organização desta listagem e das restantes três,
descritas mais adiante, apresentam uma organização semelhante à preconizada para os livros. Por
outro lado, os diferentes tipos de pesquisa propostos para os livros bem como a possibilidade de consultar as informações adicionais das referências bibliográficas também se aplicam aos restantes tipos
de referências.
Contudo, a especificidade de cada tipo obriga a definir elementos essenciais e recomendáveis para
cada caso, o que altera ligeiramente a organização das colunas das diferentes listagens. No caso das
teses optou-se pela escolha dos seguintes elementos:
47
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Autor (E);
Tipo (E);
Orientador (R);
Título (E);
Instituição (E);
Ano (E);
Idioma (R);
Observações (R);
Ficheiro em formato “pdf” (R).
Neste caso considerou-se mais relevante integrar a indicação da instituição para efeito de pesquisa em
detrimento do idioma, que passou de elemento essencial para recomendável. Adicionou-se ainda um
elemento essencial, útil para a pesquisa, designado “tipo”. Esta coluna permite informar os utilizadores, através de uma legenda, do tipo de tese ou dissertação em causa (Figura 40).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
Procurar por Autor/Título:
Tipo de documento:
D - Tese de Doutoramento
M - Dissertação de Mestrado
O - Outras Teses/Dissertações
FAQ
CONTACTOS
Instituição
Ano
028
M
GUIMARÃES, A. S. Caracterização Experimental do Funcionamento de Sistemas de Ventilação da
Base das Paredes para Tratamento da
Humidade Ascensional
FEUP
2008
029
M
QUINTELA, M. A.
Durabilidade de revestimentos exteriores de parede em reboco monocamada
FEUP
2006
030
M
SOUSA, M.
Patologia da construção – Elaboração
de um Catálogo
FEUP
2004
031
M
SILVESTRE, J. D.
Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos
cerâmicos aderentes
IST
2005
032
M
PAULO, R. N.
Caracterização de Argamassas Industriais
UA
2006
033
D
FREITAS, V. P.
Transferência de humidade em paredes
de edifícios – análise do fenómeno de
interface
FEUP
1992
034
D
LANZINHA, J. C.
Reabilitação de edifícios – Metodolo-gia
de diagnóstico e intervenção
UBI
2006
#
Utilizador:
Tipo Autor(es)
sandro
SAIR
Procurar…
Título
Figura 40 – Secção “Teses” da “Zona Bibliografia”
c) Artigos
Todos os artigos relevantes, publicados em revistas científicas ou em congressos, poderão ser referenciados nesta secção para posterior consulta dos utilizadores do site do grupo de estudos da patologia da
construção. A organização desta listagem bibliográfica é semelhante à preconizada para os livros, sendo escolhidos os mesmos elementos essenciais, designadamente os elementos autor, título, ano e idioma (Figura 41).
48
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
Procurar por Autor/Título:
Procurar…
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
Autor(es)
Título
Ano
Idioma
041
#
FREITAS, V. P.
ALVES, S. M.
SOUSA, M.
Um Contributo para a Sistematização do
Conhecimento da Patologia da Construção
em Portugal – www.patorreb.com
2007
PT
042
FREITAS, V. P.
SÁ, A. V.
Cementitious adhesives performance
during service life. 10DBMC International
Conference on Durability of Building
Materials and Components
2005
EN
043
TROTMAN, P.
Building Pathology at he Building Research
Establishment, UK – Cases Study, Data
bases and feedback to the construction
industry
2003
EN
044
PAIVA, J. V.
CARVALHO, E. C.
CAVALEIRO, S.
Patologia da Construção
1985
PT
045
FREITAS, V. P.
TORRES, M. I.
Humidade em construções históricas
2005
PT
046
BARREIRA, E.
FREITAS, V. P.
Evaluation of building materials using
infrared thermography
2005
EN
047
PINTO, M.
FREITAS, V. P.
STYMNE, H.
BOMAN, C. A.
Measuring air change rates using the PFT
technique in residential buildings in
northern Portugal
2006
EN
CONTACTOS
Utilizador:
sandro
SAIR
Figura 41 – Secção “Artigos” da “Zona Bibliografia”
Contudo, neste caso, existe um maior número de elementos a considerar para referenciar claramente
um artigo. Apresentam-se de seguida alguns dos mais relevantes, distinguindo os essenciais dos recomendáveis:
Autor(es) (E);
Título (E);
Ano (E);
Idioma (E);
Editor (R);
Publicado em (R);
Local de publicação (R);
ISBN (R);
ISSN (R);
Depósito legal (R);
Observações (R);
Ficheiro em formato “pdf” (R).
A localização do artigo na publicação poderia ser mais detalhada através da indicação do volume,
número da revista, número de páginas, etc. Contudo, para não aumentar o nível de complexidade da
“Zona Bibliografia”, e nomeadamente da zona correspondente na Intranet (ver § 4.3.4), sugere-se que
estas indicações sejam fornecidas no campo “Observações”.
A título de exemplo, apresenta-se na Figura 42 toda a informação que será possível consultar sobre a
referência 041, artigo relacionado com o presente trabalho publicado numa conferência nacional [2].
49
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
http://www.patorreb.com - .: PATORREB – Referências Bibliog...
PATORREB
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (Artigos)
Referência:
041
Autor(es):
Vasco Peixoto de Freitas
Sandro M. Alves
Marília Sousa
Título:
Um Contributo para a Sistematização do Conhecimento da Patologia da
Construção em Portugal – www.patorreb.com
Editor:
Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção APFAC
Publicado em: 2.º Congresso Nacional de Argamassas de Construção. 22 e 23 de
Novembro de 2007
Local:
Feira Internacional de Lisboa – FIL, Lisboa
Ano:
2007
Idioma:
Português (PT)
Concluído
Internet
Figura 42 – Visualização das informações adicionais de um artigo
d) Normas e Regulamentação
Embora a maioria da legislação existente esteja direccionada para a construção nova, muitos regulamentos em vigor podem e, por vezes, devem ser aplicados em reabilitação. Por exemplo, o novo regulamento das características de comportamento térmico dos edifícios [28], abreviadamente designado
por RCCTE, define o âmbito de aplicação no segundo artigo, especificando que todas as intervenções
de remodelação ou alteração superiores a um determinado valor base deverão cumprir o dito regulamento.
Por outro lado, o exame detalhado das patologias implica, na maioria dos casos, a realização de sondagens e medidas em laboratório ou “in situ” para os quais existe um vasto conjunto de documentos
normativos.
Neste sentido, sugere-se ainda a introdução de uma listagem bibliográfica que reúna as referências de
normas e regulamentação mais relevante, de acordo com o princípio descrito para os outros tipos de
referências.
O facto destes documentos serem elaborados por entidades e apresentarem designações características
justifica as diferenças apresentadas na escolha dos elementos essenciais e recomendáveis, listados de
seguida:
50
Designação (E);
Título (E);
Ano (E);
Idioma (E);
Editor (R);
Observações (R);
Ficheiro em formato “pdf” (R).
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
No presente caso não há necessidade de introduzir uma grande quantidade de elementos para definir
claramente as referências, bastando praticamente a informação fornecida directamente a partir da listagem principal (Figura 43).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
Procurar por Designação/Título:
Procurar…
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
Designação
Título
Ano
Idioma
055
#
EN 1348
Adhesives for tiles – Determination of
tensile adhesion strength for cementitious
adhesives
2007
EN
056
EN 13888
Grouts for tiles – Definitions and specifications
2002
EN
057
EN ISO 10545-2
Ladrilhos cerâmicos – Parte 2: Determinação de dimensões e qualidade da superfície
1997
PT
058
EN ISO 10545-8
Ceramic tiles. Part 8: Determination of
linear thermal expansion
2004
EN
059
EN ISO 10545-10
Ceramic tiles. Part 10: determination of
moisture expansion
1997
EN
060
ISO 1006
Construção de edifícios – Coordenação
modular – Módulo básico
1983
PT
CONTACTOS
Utilizador:
sandro
Figura 43 – Secção “Normas e Regulamentação” da “Zona Bibliografia”
No caso da regulamentação seria interessante anexar os ficheiros disponíveis no site do Diário da
República Electrónico [29] às respectivas referências para permitir a sua consulta directamente a partir
do site www.patorreb.com. Esta aspiração ainda não é permitida para as normas uma vez que estas não
são disponibilizadas gratuitamente ao público. Contudo, recomenda-se, sempre que possível, a indicação do modo mais simples de as adquirir, utilizando o campo reservado às observações.
e) Sites
Verificou-se, no capítulo anterior, que existe uma quantidade razoável de sites com objectivos semelhantes aos do grupo de estudos da patologia da construção. Por outro lado, existem certamente muitos
outros que apresentam grande interesse e que, muitas vezes, não são visitados por falta de divulgação.
Com o objectivo de referenciar esses sites criou-se uma última listagem com os seguintes elementos:
Título (E);
Endereço (E).
Embora o endereço do site bastasse para definir univocamente estas referências, considerou-se útil
inserir também o título, indicado no canto superior esquerdo do browser. Refira-se ainda que, neste
caso, não existem informações adicionais para consultar devido à inexistência de elementos recomendáveis. Deste modo, sugere-se que os utilizadores sejam reencaminhados para os sites referenciados
depois de clicar na respectiva referência.
Na Figura 44 apresenta-se a sugestão gráfica pretendida para esta secção da “Zona Bibliografia”.
51
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
Procurar por Título:
Procurar…
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
Título
Endereço
115
European Mortar Industry Organization EMO
www.euromortar.com
116
Laboratório de Física das Construções da
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (LFC-FEUP)
www.fe.up.pt/~lfc-scc
117
Grupo de Estudos da Patologia da Construção
www.patorreb.com
118
CIB World - International Council for
Research and Innovation in Building and
Construction
www.cibworld.nl
#
CONTACTOS
Figura 44 – Secção “Sites” da “Zona Bibliografia”
f) Todos
Finalmente, criou-se uma última secção, designada “Todos” que, como o próprio nome indica, reúne
todas as referências que integram a base de dados bibliográfica do site PATORREB. As referências
encontram-se listadas pela ordem em que foram inseridas, indicando-se o tipo de referência (livro,
tese, artigo, norma/regulamento ou site) recorrendo a uma legenda. Para além dessa informação, esta
listagem apresenta mais duas colunas que correspondem aos elementos comuns a todos os tipos de
referências: o número de ordem e o título (Figura 45).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
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NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
CONTACTOS
Utilizador:
sandro
SAIR
Tipos: L-Livro; T-Tese; A-Artigo; N-Norma/Regul.; S-Site.
#
Título
Defectos y disfunciones en alicatados y solados
L
002
ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão
L
003
Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios
L
004
Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações
internas
L
005
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas
L
006
Paredes de edifícios antigos em Portugal
L
007
Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos
L
008
Building Pathology - a state-of-the-art report
L
009
Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de
Edifícios, PATORREB 2003
L
Figura 45 – Secção “Todos” da “Zona Bibliografia”
52
Tipo
001
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
A utilidade desta secção pode parecer mínima depois de uma primeira análise contudo, veremos que,
para além de permitir uma pesquisa por palavra-chave extensível aos títulos de todas as referências,
será muito útil para as funcionalidades descritas mais adiante.
4.3.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARTICULAÇÃO DA BASE DE DADOS COM AS FICHAS DE PATOLOGIA
O principal objectivo da “Zona Bibliografia” é fornecer as referências bibliográficas das fichas de
patologia publicadas no catálogo. Depois de implementar a base de dados bibliográfica descrita, a
ligação das referências às fichas será simples, bastando associar o número de cada ficha aos números
das referências bibliográficas correspondentes.
Do ponto de vista gráfico, apresenta-se uma sugestão que se pretende tão simples quanto eficiente,
recorrendo à introdução de um novo botão designado “Referências” nas fichas de patologia (Figura
46).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
APRESENTAÇÃO
FICHA
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
NOVIDADES
044
DESCRIÇÃO
SONDAGENS / MEDIDAS
CAUSAS
SOLUÇÕES
REFERÊNCIAS
PDF
Parede Exterior – Expansão Higrotérmica
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS
DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO DE HABITAÇÃO
INSCRIÇÃO
SONDAGENS E MEDIDAS
FAQ
CONTACTOS
Procedeu-se à caracterização dos ladrilhos cerâmicos aplicados, através da realização de ensaios para determinação da “expansão por humidade dos ladrilhos”
(EN ISO 10 545-10) e de “análise dilatométrica” (Norma EN 103).
Foram obtidos valores de expansão máxima devida à humidade de cerca de 0,4
mm/m nos provetes ensaiados.
Para verificar a aderência ladrilho/produto de colagem, procedeu-se à realização
de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”, tendo-se obtido uma resistência
superior ou igual a 0,5 MPa.
Utilizador:
sandro
SAIR
PALAVRAS CHAVE: Parede Exterior, Ladrilhos Cerâmicos, Expansão Higrotérmica,
Descolamento do Revestimento, Selecção de Cimento-cola, Juntas
AUTORES: Prof. Vasco P. de Freitas / Eng.ª Marília Sousa
FICHA TÉCNICA
REVISOR: Prof. Mendes da Silva
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 46 – Novo botão “Referências” das fichas de patologia
Ao premir esse botão o utilizador é automaticamente reencaminhando para a secção “Todos” da “Zona
Bibliografia”, não sendo, contudo, apresentada a listagem completa das referências existentes na base
de dados, mas apenas a listagem das referências bibliográficas associadas à ficha de patologia em
questão. A título de exemplo apresenta-se na Figura 47 os resultados que poderiam ser obtidos para as
referências bibliográficas da ficha 044. Refira-se que estas referências são meramente exemplificativas, não correspondendo às verdadeiras referências bibliográficas dessa ficha.
53
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
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APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
NOVIDADES
Procurar por Título:
Procurar…
Referências Bibliográficas da Ficha 044
INSCRIÇÃO
Tipos: L-Livro; T-Tese; A-Artigo; N-Norma/Regul.; S-Site.
FAQ
CONTACTOS
#
Título
Tipo
001
Defectos y disfunciones en alicatados y solados
L
036
Durabilidade de cimentos–cola em revestimentos cerâmicos aderentes
a fachadas
T
059
Ceramic tiles. Part 10: determination of moisture expansion
N
116
Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto
S
117
Grupo de Estudos da Patologia da Construção
S
Utilizador:
sandro
SAIR
FICHA TÉCNICA
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 47 – Exemplo da visualização das referências bibliográficas de uma ficha de patologia
As referências bibliográficas das 16 fichas de patologia constantes do Anexo A são indicadas de forma
semelhante à sugerida para o site, recorrendo à listagem bibliográfica do Anexo B. Na prática, cada
ficha de patologia contém um conjunto de números na sua parte inferior que correspondem às referências bibliográficas listadas no Anexo B.
As referências bibliográficas das fichas publicadas no site www.patorreb.com deverão ser inseridas
pelos respectivos autores na base de dados do site, ligando-as posteriormente com as respectivas
fichas.
4.3.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA BIBLIOGRAFIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE
4.3.4.1. Objectivos da “Zona Bibliografia” na Intranet
A inserção de referências bibliográficas na base de dados iria exigir um trabalho de coordenação
extenso e repetitivo por parte do editor, sendo necessário analisar as referências propostas pelos membros do corpo editorial, uniformizá-las e enviá-las posteriormente aos programadores para procederem
à sua inserção no site.
Este procedimento poderia prejudicar o desenvolvimento da base de dados bibliográfica pelo que se
sugere a implementação de uma zona correspondente na Intranet que permita, por um lado, organizar
as referências introduzidas e facilitar o processo de verificação a efectuar pelo editor, e por outro, possibilitar a sua transposição automática para o site.
Em síntese, a “Zona Bibliografia” proposta para a Intranet tem os seguintes objectivos:
54
Organizar as referências bibliográficas introduzidas;
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Formatar automaticamente as referências introduzidas de acordo com os padrões do site;
Tornar a “Zona Bibliografia” completamente independente dos programadores, diminuindo
assim os custos de manutenção do site.
4.3.4.2. Base de Dados Bibliográfica Temática
a) Livros
A funcionalidade proposta pretende portanto facilitar a introdução de novas referências bibliográficas
utilizando a área privada do site. Os membros do corpo editorial e o editor poderão aceder a essa zona
mediante introdução do respectivo nome de utilizador e palavra-chave, tendo contudo diferentes privilégios no que diz respeito à sua administração.
Quando um membro do corpo editorial aceder à “Zona Bibliografia” da Intranet poderá consultar as
diferentes referências bibliográficas publicadas, de forma semelhante à sugerida para a zona pública
do site. Contudo, na Intranet os elementos essenciais apresentados encontram-se reduzidos ao estrito
necessário, apresentando-se somente o autor e o título no caso dos livros (Figura 48). Esta redução é
necessária para introduzir novas colunas que irão permitir a gestão das referências bibliográficas, conforme se descreve mais adiante.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
SECÇÃO:
Livros
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
LIVROS
Nova referência
#
Utilizador:
jose.aguiar
Título
Introduzido por:
001 RAMOS, J. L.
Defectos y disfunciones en
alicatados y solados
Eng.º Sandro M.
Alves
002 LUCAS, J. A. C.
ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para
paredes de alvenaria ou betão
Eng.º Sandro M.
Alves
003 CÓIAS, V.
Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios
Eng.º Sandro M.
Alves
004 FREITAS, V. P.
PINTO, P. S.
Permeabilidade ao vapor de
materiais de construção –
condensações internas
Eng.º Sandro M.
Alves
005 CÓIAS, V.
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco
Intrusivas
Eng.º Sandro M.
Alves
Autor(es)
Figura 48 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista por um membro do corpo editorial
A inserção de novas referências é facilmente conseguida recorrendo a esta zona, bastando escolher a
secção pretendida (livro, tese, etc.) e clicar de seguida no botão “Nova referência”. Surge de imediato
um formulário que deverá ser preenchido cuidadosamente. A título de exemplo apresenta-se na Figura
49 o formulário que será necessário preencher para inserir a referência de um livro.
Nos exemplos apresentados neste capítulo admite-se que existem apenas 5 referências publicadas em
cada secção, perfazendo um total de 25, sendo por isso atribuído o número 26 à nova referência introduzida.
55
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PATOLOGIAS
NOVO LIVRO
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
Autor(es): *
Luís Aires-Barros
Título: *
As rochas dos monumentos portugueses, tipologi
Ano: *
2001
Idioma: *
Português
Editor:
ISBN:
Dep. Legal:
Doc. PDF:
Procurar…
Observações:
Utilizador:
jose.aguiar
Guardar
SAIR
Cancelar
* Campos de preenchimento obrigatório
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
FICHA TÉCNICA
Figura 49 – Inserção de uma nova referência na secção “Livros”
O formulário apresentado contém todos os elementos indicados no § 4.3.2 (a) distinguindo os elementos essenciais dos recomendáveis com o auxílio de uma legenda. A referência poderá apenas ser guardada depois de serem preenchidos todos os campos correspondentes aos elementos essenciais que são
de preenchimento obrigatório.
Uma vez o preenchimento concluído, a referência bibliográfica fica arquivada na Intranet onde poderá
ser consultada, não sendo contudo possível visualizá-la a partir da listagem bibliográfica da zona
pública do site www.patorreb.com. O membro do corpo editorial que introduziu a referência poderá,
sempre que o desejar, efectuar alterações e até mesmo eliminar definitivamente a referência introduzida utilizando os botões colocados na última coluna da secção correspondente (Figura 50).
#
Legenda:
Botões informativos
Título
Introduzido por:
001 RAMOS, J. L.
Defectos y disfunciones en
alicatados y solados
Eng.º Sandro M.
Alves
002 LUCAS, J. A. C.
ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para
paredes de alvenaria ou betão
Eng.º Sandro M.
Alves
003 CÓIAS, V.
Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios
Eng.º Sandro M.
Alves
004 FREITAS, V. P.
PINTO, P. S.
Permeabilidade ao vapor de
materiais de construção –
condensações internas
Eng.º Sandro M.
Alves
005 CÓIAS, V.
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco
Intrusivas
Eng.º Sandro M.
Alves
Autor(es)
Botão de edição
Botão de eliminação
Utilizador:
jose.aguiar
SAIR
026 AIRES-BARROS, L. As rochas dos monumentos
portugueses, tipologias e patologias
Prof. Barroso de
Aguiar
Figura 50 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet após introdução de nova referência
56
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
A coluna que permite administrar as referências contém ainda um botão que indica o estado das referências recorrendo a duas cores. O botão vermelho indica que a referência ainda não foi analisada pelo
editor e o botão verde significa que esta se encontra validada e visível a partir da zona pública do site
PATORREB. Note-se que este último botão é meramente informativo, não permitindo a alteração do
estado das referências aos membros do corpo editorial.
Para além destes dados é ainda possível apurar quem introduziu uma determinada referência, bastando
consultar a coluna intitulada “Introduzido por”. Esta informação apresenta algum interesse para a fase
de validação, bem como para incentivar os membros do corpo editorial a inserir um maior número de
referências.
Quando uma nova referência é inserida na Intranet, o editor é automaticamente notificado por correio
electrónico. Este deverá aceder a essa zona para analisar a nova referência e, caso necessário, efectuar
as devidas correcções utilizando o botão “Editar”. Em casos extremos a referência poderá ser eliminada sem nunca chegar a estar visível na zona pública do site. Contudo, esta situação não irá certamente
acontecer uma vez que a Intranet é uma área privada, reservada aos membros do corpo editorial e aos
colaboradores do Laboratório de Física das Construções. Pretende-se que as referências inseridas
sejam validadas quase de imediato, após uma simples apreciação do editor. A validação pode ser realizada utilizando o botão informativo vermelho, que passará a verde depois de premido. Esta mudança
de estado significa que a referência deixou de estar oculta passando a integrar a base de dados da zona
pública do site do grupo de estudos PATORREB. Este privilégio é apenas atribuído ao editor que pode
editar, eliminar e mudar o estado de todas as referências sempre que o pretender (Figura 51).
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PATOLOGIAS
SECÇÃO:
Livros
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
LIVROS
Nova referência
#
Legenda:
Botões de validação
Título
Introduzido por:
001 RAMOS, J. L.
Defectos y disfunciones en
alicatados y solados
Eng.º Sandro M.
Alves
002 LUCAS, J. A. C.
ITE 24 – Classificação e descrição geral de revestimentos para
paredes de alvenaria ou betão
Eng.º Sandro M.
Alves
003 CÓIAS, V.
Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios
Eng.º Sandro M.
Alves
004 FREITAS, V. P.
PINTO, P. S.
Permeabilidade ao vapor de
materiais de construção –
condensações internas
Eng.º Sandro M.
Alves
005 CÓIAS, V.
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco
Intrusivas
Eng.º Sandro M.
Alves
Autor(es)
Botão de edição
Botão de eliminação
Utilizador:
vasco.freitas
026 AIRES-BARROS, L. As rochas dos monumentos
portugueses, tipologias e patologias
Prof. Barroso de
Aguiar
Figura 51 – Secção “Livros” da “Zona Bibliografia” da Intranet vista pelo editor
b) Teses
A secção referente às teses na Intranet apresenta uma estrutura semelhante à descrita para os livros,
com ligeiras diferenças que se devem à especificidade deste tipo de publicação. Por exemplo, o formu-
57
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lário apresentado inclui um campo onde é possível escolher o tipo de tese (tese de doutoramento, dissertação de mestrado ou outras teses/dissertações). De qualquer modo, o formulário contém exactamente os mesmos elementos escolhidos no § 4.3.2 (b), fazendo a distinção entre os elementos essenciais, de preenchimento obrigatório, e os recomendáveis, de carácter facultativo (Figura 58).
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PATOLOGIAS
NOVA TESE / DISSERTAÇÃO
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
Autor: *
Tipo: *
Tese de Doutoramento
Orientador(es):
Título: *
Instituição: *
Sigla
Ano: *
1960
Idioma:
Alemão
- Instituição
Doc. PDF:
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Observações:
Utilizador:
sandro
SAIR
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* Campos de preenchimento obrigatório
FICHA TÉCNICA
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 52 – Inserção de uma nova referência na secção “Teses”
Estes formulários foram elaborados de forma a tornar o seu preenchimento tão simples quanto possível
e não necessitarem de instruções para não desencorajar os utilizadores a introduzir novas referências
na base de dados.
Deste modo, tentou limitar-se ao máximo a liberdade de preenchimento colocando, sempre que possível, campos de escolha condicionada. Por exemplo, no caso do elemento designado “Tipo” apenas se
podem escolher 3 opções: tese de doutoramento, dissertação de mestrado ou outras teses/dissertações.
O mesmo acontece no caso dos elementos “Ano” e “Idioma”, onde é necessário escolher uma opção
entre as várias fornecidas.
c) Artigos
A secção correspondente aos artigos é muito semelhante à dos livros, existindo apenas alguns campos
recomendáveis adicionais que permitem identificar o artigo de forma mais clara. Refira-se que o campo intitulado “Publicado em” é ambíguo, podendo não ser interpretado da mesma forma pelos diferentes membros do corpo editorial. Por esta razão, introduziu-se uma pequena explicação no espaço reservado ao preenchimento desse campo que irá certamente facilitar a introdução deste tipo de referências
(Figura 53).
58
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PATOLOGIAS
NOVO ARTIGO
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
Autor(es): *
Título: *
Ano: *
1960
Idioma: *
Alemão
Editor:
Publicado em: Nome da revista / nome do congresso
Local:
ISBN:
ISSN:
Dep. Legal:
Utilizador:
sandro
Doc. PDF:
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* Campos de preenchimento obrigatório
Figura 53 – Inserção de uma nova referência na secção “Artigos”
d) Normas e Regulamentação
Uma vez mais, para não fugir à regra, o formulário sugerido para introdução de referências sobre normas ou regulamentação é em tudo semelhante aos apresentados anteriormente, com as necessárias
alterações aos elementos essenciais e recomendáveis (Figura 54).
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PATOLOGIAS
NOVO NORMA/REGULAMENTO
FICHAS
Designação:*
BIBLIOGRAFIA
Título: *
Ano: *
1960
Idioma: *
Alemão
Editor:
Doc. PDF:
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* Campos de preenchimento obrigatório
Figura 54 – Inserção de uma nova referência na secção “Normas e Regulamentação”
59
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e) Sites
Finalmente, apresenta-se o formulário mais simples, que contém apenas dois elementos: o endereço do
site e o respectivo título, ambos de preenchimento obrigatório (Figura 55).
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PATOLOGIAS
NOVO SITE
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
Endereço: *
Título: *
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* Campos de preenchimento obrigatório
Utilizador:
Figura 55 – Inserção de uma nova referência na secção “Sites”
A implementação desta funcionalidade na Intranet irá certamente incentivar a introdução de um maior
número de referências e aumentar a sua velocidade de publicação que fica apenas dependente da validação do editor. Por outro lado, o investimento inicial necessário para o seu desenvolvimento será
recuperado rapidamente face às economias conseguidas nos custos de manutenção do site.
4.3.4.3. Referências Bibliográficas das Fichas de Patologia
No § 3.4.5 mencionou-se que é possível consultar o formulário de identificação das fichas de patologia
a partir da zona “Fichas” da Intranet (Figura 29). Esse formulário permite consultar uma série de informações relacionadas com o processo de publicação das fichas, nomeadamente as datas em que foi
efectuada a revisão bem como os respectivos comentários do revisor.
Estes formulários guardam todas as informações relacionadas com as fichas de forma organizada, para
uso exclusivo do corpo editorial. A existência destes formulários poderia ser aproveitada para permitir
ligar as referências bibliográficas inseridas na base de dados e as fichas de patologia publicadas no
catálogo.
Neste sentido, sugere-se a introdução de uma funcionalidade adicional, a inserir no formulário de identificação das fichas, que consiste, de modo simplificado, numa tabela com duas colunas. A primeira
coluna contém a listagem das referências introduzidas na base de dados bibliográfica e a segunda unicamente as referências da ficha de patologia. Para atribuir uma referência à ficha seleccionada bastará
trocar as referências de uma coluna para a outra, utilizando os botões com as setas (Figura 56). Para
terminar bastará clicar em “Guardar”, ficando as referências automaticamente ligadas à ficha tal como
se descreveu no § 4.3.3.
60
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PATOLOGIAS
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
Ficha 001:
Patologia:
Título:
Autor 1:
Autor 2:
Documento
Original:
Revisor:
Documento
Revisto:
Pavimento Térreo – Condensações Internas
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO À BASE DE PVC DO PISO DE UM
PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO
Prof. Vasco P. de Freitas
Eng.ª Marília Sousa
Ficha001.doc
Prof. Fernando Henriques
Ficha001revista.doc
Referências Bibliográficas existentes:
Utilizador:
001
002
003
004
005
006
-
Referências Bibliográficas seleccionadas:
Defectos y disfunciones en alicatados y
ITE 24 – Classificação e descrição geral
Inspecções e Ensaios na reabilitação de
Permeabilidade ao vapor de materiais d
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig
Paredes de edifícios antigos em Portuga
vasco.freitas
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SAIR
Figura 56 – Ligação das referências bibliográficas com as fichas de patologia a partir da Intranet
Esta opção ficará apenas disponível para os autores das fichas de patologia uma vez que não faz sentido que outro membro possa atribuir referências a uma ficha que não conhece na perfeição. Contudo,
por uma mera questão de coordenação, o editor terá controlo total desta zona, não sendo de esperar a
sua intervenção.
4.4. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA O SITE
4.4.1. INTERESSE DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA
A existência de diferentes termos ou designações com o mesmo significado é relativamente frequente
na linguagem utilizada em engenharia civil e, em particular, em patologia da construção. Por exemplo,
consoante estejamos localizados no Porto ou em Lisboa poderemos ser confrontados com duas designações distintas para caracterizar o mesmo elemento: “tijolo vazado” ou “tijolo furado”.
Por outro lado, o mesmo termo pode ser interpretado de várias formas por diferentes pessoas. Este
problema linguístico e semântico agrava-se quando se pretendem uniformizar contribuições de vários
países num único texto [14].
Para minorar estas diferenças propõe-se a introdução da “Zona Terminologia” no site que permitirá
uniformizar gradualmente a linguagem utilizada nas fichas de patologia, bem como auxiliar os utilizadores a compreender alguns conceitos menos familiares.
4.4.2. DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS TEMÁTICA
A principal funcionalidade da zona proposta consiste numa base de dados que contém as definições
dos conceitos e parâmetros mais utilizados na área de patologia e reabilitação de edifícios. Além das
definições surgem fotografias que permitem uma melhor percepção dos conceitos em causa.
61
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Na metodologia sugerida, todas as definições estão listadas no mesmo local, acessível a partir do menu
lateral do site por todos os utilizadores devidamente registados. A pesquisa dos conceitos e parâmetros
pode ser realizada de forma automática, introduzindo a palavra-chave desejada, ou manualmente, carregando na letra pretendida. Caso o utilizador opte pela segunda possibilidade, os conceitos que começam pela letra escolhida serão listados por ordem alfabética, bastando percorrer o ecrã no sentido descendente para visualizar as restantes definições (Figura 57).
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APRESENTAÇÃO
TERMINOLOGIA
PATOLOGIAS
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BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z
NOVIDADES
Edifício
INSCRIÇÃO
Obra de construção, cuja finalidade principal é abrigar os seus ocupantes ou conteúdo, geralmente
fechada e projectada para permanecer num local.
FAQ
CONTACTOS
Eflorescência
Depósito salino, à superfície, de substância proveniente do interior do elemento.
Utilizador:
sandro
Empena
SAIR
Parede lateral de um edifico, geralmente sem janelas ou portas, apta a receber outro edifício
encostado.
Figura 57 – Aspecto da “Zona Terminologia” proposta
Juntamente com esta proposta, agrupou-se no Anexo C um vasto conjunto de definições dos conceitos
e parâmetros mais relevantes para o tema do site www.patorreb.com. São apresentadas mais de 150
definições sendo muitas delas complementadas com fotografias. A título de exemplo apresentam-se de
seguida as definições de um parâmetro e de um conceito, listadas no Anexo C:
Parâmetro – Coeficiente de condutibilidade térmica
O coeficiente de condutibilidade térmica de um material representa a quantidade de calor que
atravessa um provete desse material perpendicularmente às suas faces, planas e paralelas, por
unidade de tempo e espessura, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário entre as
duas faces.
O coeficiente de condutibilidade térmica é representado pela letra grega
são W/(m.ºC) ou W/(m.K) [30].
62
e as suas unidades
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Conceito – Humidade ascensional
Humidade que se manifesta em elementos construtivos em contacto com o solo (ascensão
capilar) [31].
Águas freáticas
Águas de precipitação
Descrevem-se seguidamente as restantes funcionalidades propostas para a “Zona Terminologia”,
nomeadamente a articulação desta nova ferramenta com as fichas de patologia (Anexo A) e com a
“Zona Bibliografia” descrita anteriormente (Anexo B).
4.4.3. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM AS FICHAS DE PATOLOGIA
À semelhança do que acontece em muitas páginas publicadas na Internet, seria interessante colocar
ligações entre as fichas de patologia e as definições existentes na “Zona Terminologia”. Esta ideia foi
adoptada com sucesso pela Wikipedia [32], a enciclopédia grátis mais conhecida do mundo, existindo
uma quantidade astronómica de ligações entre os seus milhões de artigos.
Seguindo o mesmo princípio, os utilizadores do site PATORREB poderiam, sempre que o desejassem,
consultar rapidamente a definição de qualquer conceito ou parâmetro a partir das fichas de patologia
consultadas. O princípio é relativamente simples, bastando colocar os conceitos que existem simultaneamente nas fichas e na “Zona Terminologia” com outra cor e criar uma ligação entre esses conceitos
e a “Zona Terminologia” (Figura 58).
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APRESENTAÇÃO
FICHA
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
044
DESCRIÇÃO
SONDAGENS / MEDIDAS
CAUSAS
SOLUÇÕES
REFERÊNCIAS
PDF
Parede Exterior – Expansão Higrotérmica
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS DA
FACHADA DE UM EDIFÍCIO DE HABITAÇÃO
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
FAQ
CONTACTOS
SONDAGENS E MEDIDAS
Procedeu-se à caracterização dos ladrilhos cerâmicos aplicados, através da realização de ensaios para determinação da “expansão por humidade dos ladrilhos”
(EN ISO 10 545-10) e de “análise dilatométrica” (Norma EN 103).
Foram obtidos valores de expansão máxima devida à humidade de cerca de 0,4
mm/m nos provetes ensaiados.
Para verificar a aderência ladrilho/produto de colagem, procedeu-se à realização
de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”, tendo-se obtido uma resistência
superior ou igual a 0,5 MPa.
Figura 58 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia
63
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Deste modo, os utilizadores iriam perceber intuitivamente que bastaria clicar numa palavra a azul para
obter a sua definição. Por exemplo, se estivermos a consultar a ficha apresentada na figura anterior e
pretendermos obter informações acerca de “ladrilhos cerâmicos”, bastará premir essas palavras para
ser automaticamente reencaminhado para o local da “Zona Terminologia” onde esse conceito se
encontra definido (Figura 59).
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APRESENTAÇÃO
TERMINOLOGIA
PATOLOGIAS
Procurar por Palavra-chave:
Procurar…
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z
NOVIDADES
INSCRIÇÃO
Ladrilhos cerâmicos
FAQ
Ref. Bibliográfica: 007
CONTACTOS
Placas finas feitas de argilas e/ou outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas
como revestimentos para pavimentos e paredes, usualmente conformadas por extrusão ou
prensagem à temperatura ambiente, mas podendo ser moldadas por outros processos, em
seguida secas e subsequentemente cozidas a temperaturas suficientes para se obterem as
propriedades requeridas; os ladrilhos podem ser vidrados (GL) ou não vidrados (UGL), são
incombustíveis e não são afectados pela luz.
Ref. Bibliográficas relacionadas: 1, 7, 31, 36, 48, 49, 56, 57, 58, 59, 63, 68, 90, 93 e 99
Utilizador:
sandro
SAIR
FICHA TÉCNICA
utilizadores online 1 | data da última actualização 05 julho 07
Figura 59 – Articulação da “Zona Terminologia” com as fichas de patologia (2)
Contudo, a implementação desta proposta pode não ser de fácil aplicação uma vez que a sua concretização obriga a recorrer a uma programação complexa que pode acarretar custos elevados. Caso a sua
implementação não seja viável por razões económicas, as restantes funcionalidades da “Zona Terminologia” poderão ser introduzidas no site de forma completamente independente, podendo a ligação
entre as fichas e a terminologia ser realizada à posteriori.
Os anexos da presente dissertação encontram-se estruturados de forma semelhante ao descrito, tendose efectuado um cruzamento entre o conteúdo das fichas do Anexo A e a informação contida no Anexo C. Na prática foram colocados a azul todos os conceitos e parâmetros que se encontram simultaneamente nas fichas de patologia e na “Zona Terminologia”.
Foram identificados 382 conceitos e parâmetros nas 16 fichas de patologia do Anexo A, sendo que
alguns deles surgem mais que uma vez. O carácter temático das fichas faz com que os conceitos mais
frequentes sejam alvenaria, argamassa e revestimento. Os parâmetros aparecem com menos frequência, sendo de destacar o coeficiente de absorção. Se contabilizarmos cada conceito ou parâmetro uma
única vez verifica-se que 53 dos 162 conceitos ou parâmetros listados no Anexo C constam das 16
fichas de patologia do Anexo A, o que corresponde a 33 % das definições listadas.
64
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4.4.4. ARTICULAÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” COM A “ZONA BIBLIOGRAFIA”
A “Zona Terminologia” proposta inclui uma ligação à “Zona Bibliografia”, fornecendo as seguintes
possibilidades:
a) Indicação das referências bibliográficas das definições;
b) Indicação da bibliografia relacionada com os conceitos e parâmetros definidos.
A primeira possibilidade adequa-se aos casos em que as definições são retiradas ou adaptadas de
publicações ou sites. Esta funcionalidade oferece a possibilidade de colocar o número que corresponde
à referência bibliográfica junto do conceito ou parâmetro definido, permitindo assim salvaguardar a
autoria das definições e disponibilizar as referências consultadas na elaboração da “Zona Terminologia” aos utilizadores do site www.patorreb.com.
Por exemplo, para visualizar a referência bibliográfica que foi consultada na elaboração da definição
de “ladrilhos cerâmicos” (Figura 59) basta clicar em “Ref. Bibliográfica”, seguindo-se o aparecimento
de uma janela com a respectiva referência. Esta metodologia é idêntica à proposta no § 4.3.2 para
visualizar as referências bibliográficas das fichas de patologia. Neste caso concreto a definição de
“ladrilhos cerâmicos” foi adaptada de uma publicação intitulada “Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos”, editada pela Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica [33].
A segunda possibilidade permite agrupar as referências bibliográficas relacionadas com os conceitos
ou parâmetros (Figura 59). Por exemplo, o Anexo B contém várias referências de livros, teses, artigos
e normas relacionadas com ladrilhos cerâmicos que são identificadas com o respectivo número no
final da definição. Para visualizar essas referências sugere-se uma metodologia semelhante à proposta
para consultar as referências bibliográficas das fichas e das definições (Figura 60).
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Patologias em …
APRESENTAÇÃO
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REGUL.
SITES
TODOS
PATOLOGIAS
BIBLIOGRAFIA
NOVIDADES
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Procurar…
Referências relacionadas com “Ladrilhos cerâmicos”
INSCRIÇÃO
Tipos: L-Livro; T-Tese; A-Artigo; N-Norma/Regul.; S-Site.
FAQ
CONTACTOS
Utilizador:
sandro
SAIR
#
Título
Tipo
001
Defectos y disfunciones en alicatados y solados
L
007
Manual de aplicação de revestimentos cerâmicos
L
031
Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos aderentes
T
036
Durabilidade de cimentos–cola em revestimentos cerâmicos aderentes
a fachadas
T
048
Expedient in situ test techniques for predictive maintenance of rendered façades
A
049
The importance of a pathology catalogue for diagnosis: the example of
tile-coated façades
A
056
Grouts for tiles – Definitions and specifications
N
057
Ladrilhos cerâmicos – Parte 2: Determinação de dimensões e qualidade da superfície
N
Figura 60 – Listagem das referências bibliográficas relacionadas com “ladrilhos cerâmicos”
65
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Em suma, a ligação da “Zona Terminologia” com a “Zona Bibliografia” permite:
a) Salvaguardar a autoria das definições;
b) Agrupar as referências bibliográficas por temas (conceitos e parâmetros).
Esta última funcionalidade pode revelar-se extremamente útil para pesquisar referências bibliográficas
sobre um determinado tema. Por exemplo, a pesquisa de normas, ou de outro tipo de referências, relacionadas com ladrilhos cerâmicos seria conseguida eficazmente recorrendo a esta ferramenta. Embora
a pesquisa por palavra-chave da “Zona Bibliografia” permita obter resultados análogos, apresenta
algumas limitações comparativamente com esta funcionalidade, nomeadamente:
Os títulos de algumas publicações não incluem todos os conceitos relevantes que são abordados nessa publicação;
As referências bibliográficas são listadas no idioma original.
A articulação pretendida entre a “Zona Bibliografia” (Anexo B) e a “Zona Terminologia” (Anexo C)
foi implementada na presente dissertação de duas formas distintas, de acordo com a metodologia proposta:
a) Indicando o número da referência consultada na elaboração das definições junto dos respectivos conceitos ou parâmetros;
b) Listando os números das referências bibliográficas do Anexo B relacionadas com os conceitos
e parâmetros definidos no Anexo C no final de cada definição.
A título de exemplo apresenta-se de seguida a definição de “ladrilhos cerâmicos”, constante do Anexo C.
Ladrilhos cerâmicos7
a) Referência Bibliográfica
Placas finas feitas de argilas e/ou outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas como
revestimentos para pavimentos e paredes, usualmente conformadas por extrusão ou prensagem à temperatura ambiente, mas podendo ser moldadas por outros processos, em seguida secas e subsequentemente cozidas a temperaturas suficientes para se obterem as propriedades requeridas; os ladrilhos
podem ser vidrados (GL) ou não vidrados (UGL), são incombustíveis e não são afectados pela luz.
Referências relacionadas: 1, 7, 31, 36, 48, 49, 56, 57, 58, 59, 63, 68, 90, 93 e 99
b) Bibliografia Relacionada
4.4.5. DESCRIÇÃO DA “ZONA TERMINOLOGIA” PROPOSTA PARA A INTRANET DO SITE
4.4.5.1. Base de Dados Temática
À semelhança do sugerido para a “Zona Bibliografia”, seria adequado tornar esta funcionalidade completamente independente dos programadores, quer por razões económicas, quer por razões funcionais.
Deste modo, as novas definições poderão ser introduzidas directamente a partir da Intranet pelos membros do corpo editorial, sem recorrer a intermediários. As novas definições deverão apenas ser validadas pelo editor antes de serem publicadas automaticamente na zona pública do site.
Os membros do corpo editorial e o editor terão diferentes privilégios no que diz respeito à administração da “Zona Terminologia” na Intranet. Todos eles poderão inserir novas definições, consultar a listagem dos conceitos e parâmetros que se encontram publicados no site e conferir quais os que aguardam validação do editor. Os autores das definições inseridas poderão ainda editá-las, com vista a uma
eventual correcção ou para completar a informação fornecida (Figura 61).
66
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
NOVA DEFINIÇÃO
Definições a aguardar validação:
Conceito/Parâmetro
Introduzido por:
Asna
Prof. Barroso de Aguiar
Assentamento
Eng.º Sandro M. Alves
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z
Utilizador:
jose.aguiar
SAIR
Conceito/Parâmetro
Introduzido por:
Abrasão
Prof. Vasco P. de Freitas
Absorção
Eng.º Sandro M. Alves
Aditivo
Prof. Vasco P. de Freitas
Adjuvante
Eng.º Sandro M. Alves
Adsorção
Prof. Barroso de Aguiar
Agregado
Eng.º Sandro M. Alves
Algeroz
Prof. Vasco P. de Freitas
Alvenaria
Prof. Jorge de Brito
Anamnese
Prof. Fernando Henriques
Argamassa
Prof. Barroso de Aguiar
Figura 61 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet por um membro do corpo
editorial
Contudo apenas o editor poderá validar, editar e eliminar qualquer uma das definições introduzidas.
Os botões de validação apresentados na Figura 62 têm duas funções: informar sobre o estado da definição, visível a todos, e permitir efectuar a validação, apenas permitida ao editor. Esta distinção é
reconhecida automaticamente pelo site, após inserção dos dados de utilizador, necessários para aceder
a esta zona privada do site.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
Legenda:
NOVA DEFINIÇÃO
Definições a aguardar validação:
Conceito/Parâmetro
Introduzido por:
Asna
Prof. Barroso de Aguiar
Assentamento
Eng.º Sandro M. Alves
A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-X-Z
Botões informativos
Botão de edição
Botão de eliminação
Utilizador:
vasco.freitas
Conceito/Parâmetro
Introduzido por:
Abrasão
Prof. Vasco P. de Freitas
Absorção
Eng.º Sandro M. Alves
Aditivo
Prof. Vasco P. de Freitas
Adjuvante
Eng.º Sandro M. Alves
Adsorção
Prof. Barroso de Aguiar
Agregado
Eng.º Sandro M. Alves
Algeroz
Prof. Vasco P. de Freitas
Alvenaria
Prof. Jorge de Brito
Figura 62 – Visualização da listagem dos conceitos e parâmetros a partir da Intranet pelo editor
67
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
A inserção de uma nova definição no site é relativamente simples, bastando premir o botão designado
para o efeito e preencher os campos solicitados, nomeadamente:
Novo Conceito/Parâmetro;
Plural do novo conceito ou parâmetro, fundamental para a articulação com as fichas de patologia (ver § 4.4.3);
Definição completa do conceito ou parâmetro;
Fotografias (campo opcional);
Referências bibliográficas (campo opcional);
Bibliografia relacionada (campo opcional).
A título de exemplo apresenta-se na Figura 63 a inserção da definição do conceito “anomalia” utilizando a Intranet. Os campos relacionados com as referências bibliográficas serão comentados com
mais pormenor no § 4.4.5.3.
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
NOVA DEFINIÇÃO
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
Utilizador:
sandro
SAIR
Conceito/parâmetro:
Anomalia
Conceito/parâmetro (Plural):
Anomalias
Definição:
Desvio ou afastamento da regra, forma ou
ordem, normal ou comum.
Indicação de um possível defeito ou problema,
que é directamente visível ou mensurável.
Fotografia n.º1
Procurar…
Fotografia n.º2
Procurar…
Fotografia n.º3
Procurar…
Referências Bibliográficas existentes:
001
002
003
004
005
006
Referências Bibliográficas seleccionadas:
- Defectos y disfunciones en alicatados y
- ITE 24 – Classificação e descrição gera
- Inspecções e Ensaios na reabilitação de
- Permeabilidade ao vapor de materiais d
- Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig
- Paredes de edifícios antigos em Portuga
Bibliografia relacionada com o termo definido:
Bibliografia existente:
Bibliografia seleccionada:
Figura 63 – Inserção de uma nova definição a partir da Intranet
Após inserção, a nova definição surge no campo destinado às definições que aguardam validação. O
editor é notificado por correio electrónico devendo, posteriormente, aceder à Intranet e consultar as
novas definições inseridas. Após apreciação, o editor poderá proceder à validação, edição ou eliminação dessas definições. A validação faz com que a definição seja automaticamente publicada no site
onde poderá ser consultada de imediato pelos milhares de utilizadores que o visitam mensalmente.
A possibilidade de editar ou eliminar qualquer uma das definições será sempre possível, mesmo
depois destas se encontrarem publicadas no site.
68
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
4.4.5.2. Articulação com as Fichas de Patologia
No caso de se optar pela implementação da ligação entre as fichas de patologia e a “Zona Terminologia” não será necessário efectuar qualquer acção suplementar no momento da introdução de um novo
conceito na Intranet. De facto, se a programação for efectuada correctamente, o próprio algoritmo irá
pesquisar automaticamente a existência de palavras idênticas nas fichas, atribuindo-lhe imediatamente
uma ligação com a respectiva definição.
A introdução do conceito ou parâmetro sem erros ortográficos bem como a indicação do seu plural, no
campo previsto para o efeito (Figura 63), é fundamental para permitir uma correcta ligação com as
palavras das fichas.
Em alguns casos, poderá acontecer que o mesmo conceito tenha diferentes significados e apresente
apenas uma definição na “Zona Terminologia”. Nestes casos, as ligações serão efectuadas do mesmo
modo, mesmo que alguns conceitos presentes nas fichas não tenham o significado indicado na definição. Uma forma de ultrapassar este problema passa por completar a “Zona Terminologia”, definindo
rigorosamente todos os conceitos.
Contudo, este problema não levanta grandes preocupações devido à especificidade da matéria abordada nas fichas de patologia.
4.4.5.3. Articulação com a “Zona Bibliografia”
Os mecanismos propostos para tornar a interligação entre a terminologia e a bibliografia independente
dos programadores são semelhantes aos sugeridos para a inserção de referências bibliográficas nas
fichas de patologia (Figura 64).
PATOLOGIAS
NOVA DEFINIÇÃO
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
Utilizador:
sandro
SAIR
Conceito/parâmetro:
Anomalia
Conceito/parâmetro (Plural):
Anomalias
Definição:
Desvio ou afastamento da regra, forma ou
ordem, normal ou comum.
Indicação de um possível defeito ou problema,
que é directamente visível ou mensurável.
Fotografia n.º1
Procurar…
Fotografia n.º2
Procurar…
Fotografia n.º3
Procurar…
Referências Bibliográficas existentes:
001
002
003
004
005
006
Referências Bibliográficas seleccionadas:
- Defectos y disfunciones en alicatados y
- ITE 24 – Classificação e descrição geral
- Inspecções e Ensaios na reabilitação de
- Permeabilidade ao vapor de materiais d
- Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig
- Paredes de edifícios antigos em Portuga
Bibliografia relacionada com o termo definido:
Bibliografia existente:
001
002
003
004
005
006
-
Bibliografia seleccionada:
Defectos y disfunciones en alicatados y
ITE 24 – Classificação e descrição geral
Inspecções e Ensaios na reabilitação de
Permeabilidade ao vapor de materiais d
Reabilitação Estrutural de Edifícios Antig
Paredes de edifícios antigos em Portuga
Figura 64 – Inserção das referências bibliográficas e da bibliografia relacionada
69
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
Esta funcionalidade permite associar as referências existentes na “Zona Bibliografia” com o conceito
ou parâmetro em inserção de forma simples e intuitiva. O primeiro campo refere-se às referências
bibliográficas da própria definição e o segundo corresponde às referências da bibliografia relacionada.
Caso se pretenda associar uma referência que ainda não conste da “Zona Bibliografia” do site, deverá
proceder-se previamente à sua inserção na base de dados bibliográfica seguindo os procedimentos
descritos anteriormente.
Refira-se ainda que é importante efectuar uma pequena modificação à “Zona Bibliografia” da Intranet
para permitir uma articulação total entre estas duas ferramentas. De facto, se o processo de inserção da
bibliografia se mantiver idêntico ao proposto, não será possível associar conceitos ou parâmetros da
“Zona Terminologia” com as novas referências inseridas a partir da “Zona Bibliografia”.
Para ultrapassar esta lacuna sugere-se a introdução de um campo adicional no processo de inserção de
novas referências, que permitirá associar os conceitos e parâmetros da “Zona Terminologia” com a
referência em inserção (Figura 65).
GRUPO DE ESTUDOS DA PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO :.: FEUP
PATORREB
Patologias em …
PATOLOGIAS
NOVO LIVRO
FICHAS
BIBLIOGRAFIA
TERMINOLOGIA
Autor(es): *
Título: *
Ano: *
Idioma: *
Editor:
ISBN:
Dep. Legal:
Editor:
Utilizador:
sandro
SAIR
* Campos de preenchimento obrigatório
Conceitos e parâmetros existentes:
Conceitos/parâmetros seleccionados:
Abrasão
Absorção
Aditivo
Adjuvante
Adsorção
Agregado
Guardar
Cancelar
Figura 65 – Associação de conceitos e parâmetros com a referência bibliográfica em inserção
Assim, partindo do princípio que o membro que inserir uma determinada referência bibliográfica tem
um conhecimento aceitável do seu conteúdo, poderá, sem grandes dificuldades, indicar quais os conceitos ou parâmetros abordados nessa publicação.
4.5. PROPOSTA DE TRADUÇÃO DO SITE
A internacionalização do site é um passo importante que terá certamente consequências no número de
visitantes bem como no interesse suscitado pelas empresas. Esta tarefa teria de passar, forçosamente,
70
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
pela tradução do site para inglês não implicando, contudo, a tradução em simultâneo de todas as fichas
de patologia publicadas.
De forma a racionalizar os custos desta proposta, sugere-se o desenvolvimento das seguintes tarefas:
Alteração da página inicial do site para permitir o acesso às diferentes secções (zona em português e zona em inglês);
Tradução do corpo do site para inglês;
Tradução da ficha n.º 1.
A alteração da primeira página do site é relativamente simples, bastando adicionar um botão designado “Enter” que permite aceder à zona em inglês, conforme se exemplifica na Figura 66.
Acesso à zona em
português
Acesso à zona em
inglês
Figura 66 – Página inicial proposta para o site após internacionalização
A zona em português seria em tudo idêntica à existente actualmente, contendo, até à data da presente
publicação, 85 fichas de patologia. A zona em inglês seria também semelhante embora não contenha
todas as fichas de patologia publicadas na secção portuguesa. Esta estrutura permitiria a divulgação
internacional do site sem ter de traduzir todas as fichas, o que iria reduzir significativamente os custos
iniciais envolvidos. Caso se justifique, poder-se-iam traduzir posteriormente todas as fichas publicadas
no site português, passando a coexistir o mesmo número de fichas em ambas as secções.
Relativamente à base de dados bibliográfica, a tarefa é mais simples uma vez que as referências são
sempre inseridas no seu idioma de origem não necessitando portanto de tradução. Em contrapartida, a
internacionalização da “Zona Terminologia” é mais complicada, não sendo aconselhável proceder
directamente à tradução dos diferentes conceitos e parâmetros.
Estas dificuldades poderiam ser resolvidas através do alargamento do corpo editorial a personalidades
estrangeiras, como por exemplo aos membros do CIB – W086 “Building Pathology”, grupo que reúne
especialistas internacionais ligados à área da patologia da construção. Os novos membros seriam convidados a inserir novas fichas, referências bibliográficas e definições, contribuindo para o desenvolvimento da secção inglesa do site.
Numa perspectiva optimista, a secção inglesa tornar-se-ia rapidamente mais completa que a portuguesa, transformando o site www.patorreb.com numa plataforma internacional onde se procede à sistematização e divulgação do conhecimento da patologia da construção.
4.6. IMPLEMENTAÇÃO DAS PROPOSTAS NO SITE
A maioria das novas funcionalidades propostas já se encontram disponíveis no site www.patorreb.com
71
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
e podem ser consultadas por qualquer utilizador devidamente registado. A implementação destas
novas zonas foi sujeita a um processo complexo e demorado que foi iniciado em Outubro de 2007.
Cada proposta teve de ser explicada detalhadamente aos programadores de forma a poderem transpor
as ideias para o site. Depois de desenvolvidas, as novas funcionalidades foram testadas exaustivamente o que permitiu detectar inúmeros erros e incompatibilidades antes de as colocar na zona pública do
site.
Em síntese, apresentam-se de seguida as diferentes propostas descritas no presente capítulo, indicando
a negrito as que foram já implementadas e se encontram disponíveis no site www.patorreb.com.
Inserção de novas fichas
o Novo procedimento de publicação das fichas
o Alteração do modo de inserção de fichas na Intranet
o Publicação das fichas de patologia associadas a argamassas
“Zona Bibliografia”
o Base de dados temática
o Referências bibliográficas das fichas
o Zona correspondente na Intranet
“Zona Terminologia”
o Base de dados temática
o Ligação com as fichas de patologia
o Ligação com a “Zona Bibliografia”
o Zona correspondente na Intranet
Tradução do site
o Alteração da página inicial
o Tradução do corpo do site
o Tradução da ficha n.º 1
Até à data da presente publicação falta implementar as alterações propostas para a zona “Fichas” da
Intranet bem como a “Zona Terminologia”, prevendo-se a sua disponibilização no site no final de
2008. As fichas de patologia associadas a argamassas foram validadas pelo editor do Grupo de Estudos e estão apenas a aguardar os comentários dos revisores para serem posteriormente publicadas no
site.
O tempo dispendido para implementar as propostas já disponíveis bem como os prazos previstos para
a implementação das restantes são apresentados na Tabela 6.
Tabela 6 – Calendarização para implementação das propostas no site
Fichas
Bibliografia
Terminologia
Tradução
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007
2008
Legenda:
Desenvolvimento
72
Revisão/Testes
Implementação no site
5
CONCLUSÕES
5.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na construção tradicional existiam um conjunto de soluções, validadas pela experiência, que permitiam obter resultados satisfatórios a longo prazo. Contudo, a industrialização, a complexidade crescente das soluções construtivas e a ausência de dimensionamento conduziram ao aumento de patologias.
Esta situação não é obviamente aceitável. Numa fase em que os custos da não qualidade representam
uma fatia significativa do custo global da construção, cabe, em parte, aos intervenientes no processo
construtivo e aos centros de investigação procurar soluções para evitar que os mesmos erros se repitam
múltiplas vezes.
A sistematização do conhecimento da patologia da construção e a sua divulgação é claramente um
contributo importante para a melhoria da qualidade na construção. O Grupo de Estudos da Patologia
da Construção – PATORREB partilha, desde 2004, a experiência acumulada pelos membros do corpo
editorial através da plataforma criada para o efeito em www.patorreb.com. Desde a sua criação, o site
foi visitado por mais de 50.000 pessoas, estando a esmagadora maioria ligada ao ramo da construção
ou ao ensino universitário.
Contudo, o catálogo disponibilizado incluía apenas fichas referentes às patologias de carácter higrotérmico e não permitia aprofundar o estudo de cada caso apresentado. Estas limitações motivaram o
desenvolvimento do presente trabalho, com o qual se pretendia atingir os seguintes objectivos:
Analisar a importância económica da patologia da construção;
Avaliar os diferentes catálogos de patologia existentes a nível internacional;
Desenvolver novas fichas de patologia a publicar no site www.patorreb.com;
Propor e implementar novas funcionalidades no site.
O trabalho desenvolvido na primeira parte permitiu comprovar algumas ideias já conhecidas recorrendo a uma abordagem estatística, tendo-se demonstrado que:
Os problemas ocorrem com mais frequência nas fachadas dos edifícios;
A grande maioria dos problemas deve-se a defeitos de execução;
As reparações de problemas associados às fundações dos edifícios são as mais dispendiosas,
sendo em média três vezes mais caras que as reparações de problemas em fachadas;
A reparação de um problema causado por uma deficiente concepção é, em média, duas vezes e
meia mais onerosa do que a reparação de qualquer outro tipo de problema.
A análise dos catálogos disponíveis a nível internacional permitiu retirar algumas ideias para desenvolver o site www.patorreb.com. Por outro lado, sintetizou-se a informação disponível nas fichas de
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
patologia publicadas nos catálogos mais recentes na forma matricial para permitir a rápida identificação dos catálogos que contêm fichas cujo conteúdo ainda não foi abordado no catálogo do Grupo de
Estudos – PATORREB.
As principais conclusões relacionadas com as propostas fornecidas pelo autor para dinamizar o site
www.patorreb.com são as seguintes:
Foram desenvolvidas 16 fichas de patologia originais associadas a argamassas, aprovadas na
íntegra pela APFAC e validadas pelo editor do grupo de estudos. Aguarda-se apenas a revisão
científica do revisor para posterior publicação no site;
Foi proposta uma nova metodologia de publicação e uma nova ficha modelo para permitir
uma maior homogeneidade das fichas desenvolvidas;
O desenvolvimento da “Zona Bibliografia” proposta já se encontra disponível no site do grupo
de estudos. Esta nova funcionalidade é idêntica à sugerida na presente dissertação, com destaque para os seguintes aspectos:
o A base de dados bibliográfica permite uma pesquisa simples e eficiente;
o A ligação com as fichas de patologia permite a fácil inserção de referências bibliográficas;
o A criação de uma zona paralela na Intranet possibilita uma fácil actualização da base
de dados, sem custos acrescidos de manutenção. Actualmente já foram introduzidas
referências por vários membros do corpo editorial sem dificuldades visíveis;
o O Anexo B da presente dissertação foi fundamental para implementar esta funcionalidade.
A “Zona Terminologia” proposta não foi ainda implementada no site, prevendo-se a sua colocação online para o final de 2008. Destacam-se, contudo, os seguintes aspectos:
o A criação de uma zona paralela na Intranet permitirá, à semelhança da “Zona Bibliografia”, actualizar facilmente a base de dados, sem custos acrescidos de manutenção;
o O Anexo C contém mais de 150 definições que constituirão certamente um bom ponto
de partida para a implementação desta funcionalidade.
A duplicação do site para inglês foi conseguida com sucesso o que permite a sua divulgação a
nível internacional.
5.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS
Com o presente trabalho pretendeu-se fornecer um contributo para o estudo do problema da patologia
da construção. No entanto, existe ainda um vasto campo de investigação neste domínio pelo que seria
interessante desenvolver alguns aspectos relacionados com os catálogos de patologia, nomeadamente:
74
Tendo em atenção que os catálogos de patologia existentes não apresentam uma divulgação
adequada e se encontram dispersos, sugere-se a criação de uma plataforma na Internet que reúna toda a informação disponível sobre patologia da construção. Uma ferramenta deste tipo
poderia ser desenvolvida em parceria com o CIB – W086 conforme se exemplifica no esquema apresentado na Figura 67;
O catálogo do Grupo de Estudos da Patologia da Construção – PATORREB inclui apenas
fichas de patologia referentes a problemas de caractér higrotérmico. Seria importante introduzir novas fichas que abordam problemas estruturais, bem como desenvolver fichas temáticas
em colaboração com empresas ou instituições da área (por exemplo, a patologia da madeira
seria um tema interessante a desenvolver).
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
PATORREB
Imparare dagli
Errori
Agence Qualité
Construction
Maintainability of
Buildings
Figura 67 – Possível ligação dos catálogos de patologia disponíveis através de uma plataforma do CIB – W086
75
www.patorreb.com – Um Contributo para a Sistematização da Patologia da Construção
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, 2004.
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de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, Porto.
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introdutório do tema 3, 1.º Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios de Habitação, 1985, Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC, Lisboa.
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Beukel, A. et al. Building Pathology – a State of the Art Report. CIB Report, Publication 155,
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sinistres
et
prévention
des
désordres
77
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[16]
Imparare dagli errori – Un archivio di casi di guasto a supporto di progetto e gestione di sistemi tecnologici edilizi
(www.best.polimi.it/public/specials/EDA/regione/CDRegione/start_casi.htm). 6/12/2007.
[17]
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Maintainability of Buildings – National University of Singapore (www.hpbc.bdg.nus.edu.sg).
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(www.fe.up.pt/~lfc-scc). 11/12/2007.
[20]
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2003 (Freitas, V. P. de, Abrantes, V., ed.), 18 e 19 de Maio de 2003, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto.
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Porto (http://biblioteca.fe.up.pt). 15/11/2007.
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[24]
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Instituto Português da Qualidade, 1995.
[25]
NP 405-2. Informação e documentação: referências bibliográficas – Parte 2: materiais não
livro. Instituto Português da Qualidade, 1998.
[26]
NP 405-3. Informação e documentação: referências bibliográficas – Parte 3: documentos
não publicados. Instituto Português da Qualidade, 2000.
[27]
NP 405-4. Informação e documentação: referências bibliográficas – Parte 4: documentos
electrónicos. Instituto Português da Qualidade, 2002.
[28]
Decreto-Lei n.º 80/2006. Regulamento das Características do Comportamento Térmico dos
Edifícios (RCCTE). Diário da Republica, 4 de Abril de 2006.
[29]
Diário da República Electrónico (www.dre.pt). (27/01/2008).
[30]
Freitas, V. P. de, Pinto, P. S. Permeabilidade ao vapor de materiais de construção – condensações internas. Nota de Informação Técnica – NIT 002. Laboratório de Física das Construções, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 1998.
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la Universitat Politècnica de Catalunya, Barcelona, 2004.
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78
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DTU 26.1. Enduits aux mortiers de ciments, de chaux et de mélange plâtre et chaux aérienne – Partie
1 : cahier des clauses techniques. DTU 26.1. Centre Scientifique et Technique du Bâtiment – CSTB,
Paris, Mai de 1990.
Cahier CSTB 2669-2. Certification CSTB des enduits monocouches d’imperméabilisation. Cahier des
prescriptions techniques d’emploi et de mise en œuvre. Centre Scientifique et Technique du Bâtiment
– CSTB, Juillet/Août de 1993.
DTU 20.1. Ouvrages en maçonnerie de petits éléments – parois et murs – Partie 1 : cahier des clauses
techniques. Centre Scientifique et Technique du Bâtiment – CSTB, Paris, Avril de 1994.
Cahier CSTB 3266. Revêtements de murs extérieurs en carreaux céramiques ou analogues collés au
moyen de mortiers-colles en travaux neufs. Centre Scientifique et Technique du Bâtiment – CSTB,
Paris, Octobre de 2000.
Cóias, V. S. Guia prático para a conservação de imóveis. Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2004.
Cóias, V. S. Inspecções e Ensaios na reabilitação de edifícios. IST Press, Instituto Superior Técnico,
Lisboa, 2006.
EN ISO 10545-10. Ceramic tiles Part 10: determination of moisture expansion. European Committee
for Standardization – CEN, 1997.
EN 13888. Grouts for tiles – Definitions and specifications. European Committee for Standardization
– CEN, Abril, 2002.
Freitas, V. P. de, Sá, A. V. Cementitious adhesives performance during service life. 10DBMC International Conference on Durability of Building Materials and Components. Lyon, França, 17th-20th April
2005.
79
Helene, P., Castro, P., O'Reilly, V. Manual de Reparo, Proteção e Reforço de Estruturas de Concreto.
Red Rehabilitar, editores, 2003.
LNEC. Catálogo de edições LNEC 2007. Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC, Lisboa,
2007.
Logeais, L. L'étanchéité des façades – statistique et pathologie. Agence pour la prévention des désordres et l’amélioration de la qualité de la construction, 1989.
Lucas, J. A. C. Classificação e descrição geral de revestimentos para paredes de alvenaria ou betão.
Informação Técnica de Edifícios n.º 24 (ITE 24), Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC,
Lisboa, 1990.
MRPE 2003-2005. Mestrado em Reabilitação do Património Edificado 2003-2005. 1ª Edição. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, Porto, 2004.
MRPE 2005-2007. Mestrado em Reabilitação do Património Edificado 2005-2007. 2ª Edição. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, Porto, 2007.
Paulo, R. N. Caracterização de Argamassas Industriais. Dissertação de Mestrado, Universidade de
Aveiro, 2006.
prENV 13548 – Final Draft. General rules for the design and installation of ceramic tiling. European
Committee for Standardization – CEN, Maio de 1999.
Quintela, M. A. Durabilidade de revestimentos exteriores de parede em reboco monocamada. Dissertação de mestrado, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – FEUP, Porto, 2006.
Ramos, J. L. Defectos y disfunciones en alicatados y solados. Ediceram, S. L., Castellón, Junho de
2005.
Silva, R. M., Torres, M. I. Deficiências do desempenho dos peitoris na protecção das fachadas contra
a acção da água. Actas do 1.º Encontro Nacional sobre Patologia e Reabilitação de Edifícios –
PATORREB 2003, Porto, FEUP, 18 e 19 de Março de 2003.
Silvestre, J. D. Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos
aderentes. Dissertação de mestrado, Instituto Superior Técnico – IST, Lisboa, Setembro de 2005.
Teixeira, J. L. Descrição do sistema construtivo das Casas Burguesas do Porto entre os séculos XVII
e XIX. Contributo para uma história da construção arquitectónica em Portugal. Trabalho de síntese
elaborado no âmbito das Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, FAUP, 2004.
Torres, M. I. Humidades ascensionais em paredes de construções históricas. Tese de doutoramento,
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra – FCTUC, Coimbra, 2004.
80
ANEXO A
FICHAS DE PATOLOGIA
LOGÓTIPOS
FICHA
00
Elemento Construtivo – Fenómeno Físico
TÍTULO DA FICHA
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
Apresentação, de forma sintética, da patologia em análise, sendo
indicados os principais sinais observados e caracterizando-se
sumariamente o elemento em que se manifestou o problema.
Indicação das acções que foram necessárias para um exame
detalhado da patologia, tais como a realização de sondagens e de
medidas em laboratório ou “in situ”.
Notas importantes:
− Não alterar o tamanho das colunas e linhas;
− Não alterar a formatação do texto (tamanho, estilo, etc.);
− No caso de usar “marcas e numeração”, usar de forma idêntica a este exemplo;
− As imagens e esquemas ilustrativos são opcionais. Quando
não pretender introduzir imagens e/ou esquemas, poderá utilizar esse espaço para texto.
Imagens e/ou esquemas ilustrativos
Imagens e/ou esquemas ilustrativos
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
Descrição do fenómeno que esteve na origem da patologia,
tendo como base o estudo de diagnóstico elaborado.
Descrição sintética das possíveis soluções de reparação, propostas com base no estudo diagnóstico realizado e na definição das
causas do problema.
Imagens e/ou esquemas ilustrativos
Imagens e/ou esquemas ilustrativos
PALAVRAS-CHAVE
Elemento, Causa Principal, Patologia, Solução de Tratamento, etc.
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
A.1
FICHA
01
Parede Exterior – Produto de Colagem
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM LADRILHOS CERÂMICOS APLICADO EM FACHADAS
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento cerâmico aplicado na fachada de um edifício de
habitação apresentava-se descolado, tendo-se observado o
destacamento muito significativo dos ladrilhos cerâmicos.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se verificado que a alvenaria de suporte do revestimento se
encontrava confinada. Os estudos sobre a deformabilidade do
suporte evidenciaram uma reduzida deformação.
Trata-se de uma patologia, generalizada, que apresenta uma
maior incidência nas zonas da fachada mais expostas à radiação
e à humidade. O descolamento foi progressivo ao longo do tempo.
A observação cuidada da fachada permitiu verificar a ausência de
fissuração do suporte nas zonas degradadas.
O cimento-cola utilizado foi do tipo C1. As juntas entre ladrilhos
cerâmicos tinham cerca de 2 mm, não sendo conhecidas as
características do material de preenchimento. Não existiam juntas de fraccionamento.
Para medir a aderência dos ladrilhos cerâmicos ao suporte procedeu-se à realização de ensaios de arrancamento por tracção “in
situ”. A resistência ao arrancamento foi obtida através da colagem
de uma peça metálica à superfície das plaquetas que foi depois
sujeita a uma força perpendicular ao seu plano. Verificou-se, na
maioria dos ensaios, que a interface de rotura se localizava entre o
revestimento cerâmico e a argamassa de colagem (rotura adesiva). Os valores obtidos para a tensão de rotura encontram-se
listados no quadro anexo.
Amostra
Tensão de
rotura [MPa]
1
0,133
2
0,131
3
0,318
4
0,466
5
0,100
Média [MPa]
Desvio Padrão
[MPa]
0,230
0,141
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
O descolamento do revestimento em ladrilhos cerâmicos da
fachada deveu-se ao uso de um produto de colagem inadequado
(C1) e à perda de propriedades mecânicas ao longo do tempo.
Nos ensaios de arrancamento por tracção, os valores não deveriam ser inferiores a 0,5 MPa de modo a garantir um correcto
desempenho do revestimento. A ausência de juntas de fraccionamento e o incorrecto dimensionamento das juntas de assentamento poderão ter contribuído para este fenómeno.
A correcção do problema implicaria a substituição do revestimento em ladrilhos cerâmicos, tendo em atenção os seguintes aspectos na aplicação dos novos ladrilhos:
Estudos experimentais realizados no Laboratório de Física das
Construções – LFC, com o objectivo de avaliar o desempenho de
diferentes tipos de cimento-cola ao longo da sua vida útil, permitiram concluir que o desempenho face à tensão de aderência diminui muito significativamente ao fim de alguns ciclos de envelhecimento acelerado. A título de exemplo, mostram-se os resultados
obtidos para a variação da tensão de aderência de 3 tipos de
ladrilhos colados com um cimento-cola do tipo C2 em função do
número de ciclos de envelhecimento acelerado.
−
−
−
−
O cimento-cola deve ser criteriosamente escolhido em função
das características do revestimento e do suporte (ver quadro
anexo);
O fabricante deve fornecer resultados sobre a variação das
propriedades mecânicas do cimento-cola com o envelhecimento;
As juntas de assentamento devem ser preenchidas por um
produto cujo módulo de elasticidade seja inferior a 8000 MPa;
Devem ser criadas juntas de fraccionamento (> 6 mm) e
juntas em correspondência com as juntas de dilatação, bem
como devem ser previstas juntas nas zonas de contacto do
revestimento cerâmico com os pontos singulares da fachada
(por exemplo, peitoris, caixilharias, etc.) e nos ângulos
salientes ou reentrantes da fachada.
REVESTIMENTO
ÁREA (cm²)
NATUREZA
Mosaico em pasta de
vidro ou porcelâmico
S ≤ 50
Plaquetas murais em
terracota
S ≤ 231
Azulejos em terracota
S ≤ 300 (15 × 15)
Ladrilhos extrudidos ou
prensados, excepto os
plenamente vitrificados
ALTURA DA FACHADA
H≤6 m
6 m<H≤28 m
C2
ou
C2S
C2S
S ≤ 2000 (40 × 40)
2000 < S ≤ 3600 (60 × 60)
C2S
Ladrilhos plenamente
vitrificados
S ≤ 2000 (40 × 40)
C2S
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Ladrilhos Cerâmicos, Cimento-cola, Descolamento, Durabilidade
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
41, 42, 55, 63, 116, 117 e 127
A.2
FICHA
02
Parede Exterior – Deficiente Aplicação
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM PLACAS DE PEDRA APLICADO EM FACHADAS
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento em placas de pedra aplicado na fachada de um
edifício de habitação apresentava-se descolado, tendo-se observado o destacamento de placas em áreas localizadas da fachada.
Verificou-se que as placas de pedra que revestiam a fachada do
edifício em estudo eram constituídas por pedra calcária de cor
clara, com 2 cm de espessura e superfície rectangular de 60x40
cm2. A face exterior das placas apresentava um aspecto rugoso
(“bujardado”), enquanto que o tardoz tinha um aspecto liso.
Nas zonas de destacamento das pedras, verificou-se que a colagem das placas não abrangia a totalidade do respectivo tardoz,
existindo áreas significativas sem contacto entre as placas e a
argamassa de colagem.
Refira-se que o edifício era composto por rés-do-chão mais sete
pisos elevados.
As juntas entre as placas encontravam-se abertas, não existindo
qualquer junta complementar de fraccionamento do revestimento.
Efectuaram-se sondagens para analisar a configuração do suporte,
tendo-se verificado que era constituído por paredes em alvenaria
de tijolo vazado, sobre as quais foi realizada um regularização em
argamassa, com cerca de 1 cm de espessura, seguida de reboco à
base de cimento e cal hidráulica, com 2 cm de espessura.
A fixação das placas foi efectuada por colagem, tendo sido utilizado o método da colagem simples, espalhando o produto de colagem sobre o suporte.
Não foi possível obter resultados para os ensaios de arrancamento
por tracção “in situ” uma vez que as placas de pedra se destacavam sistematicamente ao efectuar os cortes para obter provetes
quadrados com 5 cm de lado.
O destacamento ocorreu sempre na interface entre a placa e o
cimento-cola.
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
O problema em questão resultou de algumas deficiências construtivas, nomeadamente:
Este tipo de patologia é grave atendendo ao facto de pôr em risco
a segurança das pessoas que transitam na via pública.
− A superfície das placas não deveria ultrapassar os 1100 cm2
(30x30), admitindo-se os 2000 cm2 (40x40) mas apenas para
pedras de porosidade superior a 5 % e em fachadas com altura máxima de 6 m em relação ao solo, o que não era o caso;
Recomenda-se a remoção integral das pedras e a sua substituição por um novo revestimento, respeitando os princípios construtivos descritos no campo “causas da patologia”.
− Atendendo às dimensões das placas, a sua fixação deveria ter
sido realizada por dupla colagem, isto é, a cola deveria ser
aplicada no suporte e no tardoz da placa;
− O tempo aberto do cimento-cola terá provavelmente sido
ultrapassado, devido à aplicação de áreas demasiado extensas
de cimento-cola e/ou à existência de condições climáticas
adversas durante a aplicação (temperaturas superiores a 30ºC
ou inferiores a 5ºC, humidades relativas inadequadas ou ocorrência de ventos fortes).
Em alternativa poder-se-ia equacionar a realização de uma fixação mecânica complementar das placas. Essa fixação deveria ser
realizada através de buchas químicas, associadas a camisas
metálicas e pernos roscados em aço inox (ver fotografias).
Atendendo às dimensões das placas de pedra, admite-se que
apenas seriam necessárias duas buchas por placa, aplicadas a
uma distância de 20 cm de cada bordo.
A resistência das buchas deveria ser de, pelo menos, 1,0 kN a
esforços de tracção.
A opção de não preencher as juntas de assentamento acelera o
processo de envelhecimento do produto de colagem do revestimento.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Placas de Pedra, Deficiente Aplicação, Dupla colagem, Tempo Aberto,
Cimento-cola
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
7, 63, 117 e 127
A.3
FICHA
03
Parede Exterior – Deformação do Suporte
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM “PASTILHA” CERÂMICA DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento em “pastilha” cerâmica da fachada de um edifício
de habitação apresentava-se fissurado, tendo ocorrido o empolamento e o descolamento pontual da “pastilha”.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se verificado que:
A patologia ocorreu principalmente junto às zonas de maior
rigidez da viga de bordadura, que se encontrava parcialmente
em consola e tinha um desenvolvimento curvo.
−
Era constituída por parede dupla em alvenaria de tijolo vazado (0,20 m+ 0,11 m), com isolamento térmico na caixa-dear;
−
No topo das lajes foram aplicados painéis de aparas de
madeira (0,025 m);
−
A parede encontrava-se apoiada numa viga de bordadura
parcialmente em consola e com um desenvolvimento curvo;
−
O revestimento foi colado ao suporte com argamassa de
colagem;
−
Não foram executadas juntas de fraccionamento.
Tijolo vazado
Isolamento térmico
“Pastilha”
cerâmica
Painéis de aparas
de madeira
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
O descolamento do revestimento em “pastilha” cerâmica da
fachada teve origem nos seguintes factores:
A intervenção a efectuar exige os seguintes procedimentos:
− Deformabilidade do suporte da alvenaria, nomeadamente na
excessiva deformabilidade das vigas de bordadura que suportavam as alvenarias ao nível de cada piso (corpo em consola e
com desenvolvimento curvo);
− Escolha inadequada do produto de colagem. Deveriam ter sido
utilizadas colas de elevada resistência e deformabilidade,
devido ao facto da fachada ter um desenvolvimento curvo;
− Heterogeneidade do suporte;
− Remoção dos painéis de aparas de madeira do topo das lajes;
− Reforço da estabilidade do suporte através da realização de
tirantes passivos ou activos (corpo em consola);
− Aplicação de nova “pastilha” cerâmica, tendo em atenção os
seguintes aspectos:
·
Deveria realizar-se a impermeabilização do suporte com
argamassa à base de polímeros, armada;
·
As juntas deveriam ser preenchidas por um produto flexível (módulo de elasticidade < 8000 MPa);
·
Deveriam ser criadas juntas de fraccionamento (> 6 mm)
e juntas em correspondência com as juntas de dilatação;
− Aplicação de painéis de aparas de madeira;
− Aderência insuficiente entre camadas do sistema de revestimento;
− Inexistência de juntas de fraccionamento.
O cimento-cola deveria ser criteriosamente escolhido em função
das características do revestimento e do suporte (ver quadro
seguinte).
REVESTIMENTO
ÁREA (cm²)
NATUREZA
Mosaico em pasta de
vidro ou porcelâmico
S ≤ 50
Plaquetas murais em
terracota
S ≤ 231
Azulejos em terracota
S ≤ 300 (15 × 15)
Ladrilhos extrudidos ou
prensados, excepto os
plenamente vitrificados
ALTURA DA FACHADA
H≤6 m
6 m<H≤28 m
C2
ou
C2S
C2S
S ≤ 2000 (40 × 40)
2000 < S ≤ 3600 (60 × 60)
C2S
Ladrilhos plenamente
vitrificados
S ≤ 2000 (40 × 40)
C2S
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, “Pastilha” Cerâmica, Cimento-cola, Descolamento, Deformação do Suporte
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
30, 63, 116, 117 e 127
A.4
FICHA
04
Parede Exterior – Expansão Higrotérmica
DESCOLAMENTO DO REVESTIMENTO EM “PASTILHA” CERÂMICA DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento em ladrilhos cerâmicos da fachada de um edifício
apresentava-se descolado, tendo-se observado o empolamento e
o destacamento dos ladrilhos em extensas áreas da fachada, de
uma forma aleatória. Verificou-se também que vários ladrilhos se
encontravam delaminados nos seus topos, como se evidencia na
figura seguinte.
Procedeu-se à caracterização dos ladrilhos cerâmicos aplicados,
através da realização de ensaios para determinação da “expansão
por humidade dos ladrilhos” (EN ISO 10545-10) e de “análise
dilatométrica” (EN ISO 10545-8).
O revestimento foi colado ao reboco com cimento-cola, não
existindo juntas verticais de assentamento entre os ladrilhos
cerâmicos.
Para verificar a aderência ladrilho/produto de colagem, procedeuse à realização de ensaios de arrancamento por tracção “in situ”,
tendo-se obtido uma resistência superior ou igual a 0,5 MPa.
Foram obtidos valores de expansão máxima devida à humidade de
cerca de 0,4 mm/m nos provetes ensaiados.
Verificou-se após desmontagem de grandes áreas do revestimento que o suporte não se encontrava fissurado.
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
No caso em estudo, o descolamento observado resultou, principalmente, da ausência de juntas verticais adequadas entre os
ladrilhos cerâmicos e nas deformações de carácter higrotérmico
dos ladrilhos devido ás variações dimensionais, quer pela acção
da temperatura, quer pela expansão irreversível resultante da
acção da humidade.
O revestimento em ladrilhos cerâmicos teria de ser removido. No
assentamento dos novos ladrilhos deveria ser garantida a compatibilidade entre a capacidade de deformação dos ladrilhos e a
elasticidade da camada de colagem, conjugada com as juntas de
assentamento.
Tendo por base o coeficiente de dilatação térmica dos ladrilhos
sabe-se que a expansão térmica correspondente a um gradiente
de temperatura de 50ºC é da ordem de 0,2 a 0,3 mm/m, sendo
a expansão irreversível com a humidade superior.
A execução de juntas de assentamento entre os ladrilhos cerâmicos permite também compensar eventuais desvios dimensionais
das próprias peças.
A dimensão dessas juntas deveria ser indicada pelo fabricante
(> 4 mm) em função do tipo de aplicação e atendendo às características dos ladrilhos (ver Cahier do CSTB n.º 3266).
O preenchimento deveria ser realizado com argamassas próprias
para juntas (módulo de elasticidade < 8000 MPa), classificadas, de
acordo com a norma EN 13888.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Expansão Higrotérmica, Descolamento do Revestimento, Ladrilhos
Cerâmicos, Juntas de Assentamento
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
1, 7, 31, 55, 56, 58, 59, 63, 116, 117 e 127
A.5
FICHA
05
Parede Exterior – Deficiente Aplicação
DEFICIENTE PLANEZA DO REVESTIMENTO DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento da fachada de um edifício de habitação apresentava defeitos de planeza.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada
tendo-se verificado que:
Esses defeitos são facilmente observáveis quando os raios solares são rasantes em relação à superfície.
−
As paredes eram duplas em alvenaria de tijolo vazado
(0,15 m + 0,11 m), com caixa de ar intermédia (0,08 m) parcialmente preenchida com isolamento térmico (0,04 m);
−
A alvenaria encontrava-se confinada. Estudos sobre a deformabilidade do suporte do revestimento evidenciaram uma
reduzida deformabilidade;
−
O revestimento exterior consistia num reboco tradicional à
base de ligantes hidráulicos com espessura média de 2 cm.
Efectuaram-se medidas com uma régua de alumínio de 2 m de
comprimento para verificar quais os desvios máximos de planeza
do suporte. Verificou-se que o desvio de planeza médio era de 14
mm, chegando a registar-se valores acima dos 20 mm.
Reboco
Régua de 2 m
Princípio de medição do desvio de planeza
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
A patologia referida deveu-se à deficiente aplicação em obra do
reboco, provavelmente devido à utilização de mão-de-obra
pouco qualificada ou à elevada velocidade de execução, muitas
vezes exigida nas obras de construção civil.
Embora esta patologia não afecte directamente o desempenho da
fachada, apresenta inconvenientes estéticos.
Existem um conjunto de recomendações que deveriam ter sido
respeitadas durante a execução para evitar problemas deste
tipo, nomeadamente:
− Os trabalhos de revestimento em suportes novos não deveriam começar antes destes terem sofrido a parte mais significativa da sua retracção de secagem (ITE 24);
− As saliências do suporte cuja altura fosse superior a um terço
da espessura do revestimento deveriam ter sido previamente
desbastadas (ITE 24);
− As irregularidades excessivas em reentrância existentes no
suporte devem ser previamente preenchidas para evitar que
a espessura máxima de aplicação do revestimento seja ultrapassada (ITE24);
− Depois de aplicar o revestimento, as flechas medidas com
uma régua de 2 m em todas as direcções não deveriam
exceder 1 cm (DTU 26.1);
− O revestimento deveria apresentar uma tolerância de verticalidade, medida com um fio-de-prumo, de 1,5 cm em 3 m
(DTU 26.1).
Refira-se ainda que teria sido fundamental assegurar constância
de qualidade dos constituintes e invariabilidade das suas proporções na mistura para obter um aspecto uniforme dos paramentos.
Por outro lado, alguns revestimentos decorativos, como é o caso
dos ladrilhos cerâmicos, não devem ser aplicados em suportes
demasiados irregulares. O CEN (European Committee for Standardization) classifica os suportes de revestimentos cerâmicos
em função dos desvios de planeza (ver tabela seguinte).
Deste modo, a correcção do problema iria depender do revestimento final que se pretende aplicar. Contudo, dada a elevada
irregularidade do suporte, seria recomendável a aplicação de uma
nova camada de reboco, respeitando os princípios descritos
anteriormente.
Tipo de Suporte
(1)
Desvio de Planeza1 [mm]
I
<6
II
≥ 6 e < 10
III
≥ 10
Desvio medido com uma régua de 2 m de comprimento
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Reboco, Argamassa, Planimetria, Deficiente Planeza, Deficiente Aplicação
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
2, 7, 66, 68, 117 e 127
A.6
FICHA
06
Parede Exterior – Corrosão de Elementos Metálicos
DESTACAMENTO DO REVESTIMENTO REBOCADO E PINTADO DA FACHADA DE UM EDIFÍCIO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento em reboco pintado da fachada de um edifício
apresentava-se destacado e manchado. Verificou-se que o destacamento ocorria nas arestas do reboco (ombreiras dos vãos
envidraçados) associado a duas fissuras verticais paralelas e
equidistantes da aresta.
Efectuaram-se sondagens para analisar a configuração das fachadas tendo-se verificado que:
Nalguns locais foi ainda possível observar manchas “acastanhas”,
resultantes de fenómenos de corrosão.
− As paredes eram constituídas por alvenaria dupla de tijolo vazado, com espessuras de 15 cm no exterior e 11 cm no interior;
− O espaço entre panos, com 8 cm de espessura, foi parcialmente
preenchido por placas de poliestireno expandido com 2 cm de
espessura;
− Como acabamento foi aplicado um reboco pré-doseado directamente sobre o suporte.
As sondagens efectuadas nas arestas do reboco revelaram a existência de perfis de reforço em ferro galvanizado, num estado
avançado de corrosão.
Tijolo 0,11 m
Isolamento térmico
Espaço de ar
Tijolo 0,15 m
Reboco
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
O destacamento do reboco observado resultou da expansão
provocada pela corrosão dos perfis metálicos aplicado nas arestas.
A correcção do problema implicaria a substituição dos perfis de
reforço em ferro galvanizado, sendo necessário proceder à
seguinte intervenção:
A corrosão é o resultado de fenómenos electroquímicos que
transformam o ferro em hidróxido de ferro (vulgarmente conhecido como “ferrugem”). No caso em estudo, a corrosão observada nos elementos metálicos inseridos no reboco resultou da
deficiente protecção destes elementos contra o fenómeno.
− Análise do reboco das fachadas por percussão, demolindo as
partes que não se encontrem perfeitamente aderentes ao suporte (que soem a oco);
Os rebocos de fachada à base de ligantes hidráulicos não são
estanques, independentemente de estarem ou não fissurados,
pelo que, ao contrário do betão, não asseguram a protecção
adequada das peças metálicas. Isto obriga a que essas peças
tenham de ser convenientemente protegidas antes da aplicação,
o que não aconteceu no edifício em estudo, em particular no que
toca aos perfis das arestas.
− Remoção de todos os perfis metálicos embebidos no reboco;
− Colocação de novos perfis devidamente tratados contra a corrosão de modo a evitar problemas semelhantes;
− Reposição do reboco nas áreas demolidas, sendo desejável que
o material a aplicar seja igual ao existente, por razões de homogeneidade de comportamento. Uma reparação pontual dificilmente conduz a um aspecto estético satisfatório.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Elementos Metálicos, Reboco, Argamassa, Destacamento, Corrosão
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
117 e 127
A.7
FICHA
07
Parede Exterior – Instabilidade e Expansão Higrotérmica
DESTACAMENTO DO REVESTIMENTO REBOCADO E PINTADO JUNTO AOS CUNHAIS DA FACHADA
DE UM EDIFÍCIO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento da envolvente vertical exterior de um edifício
constituído por reboco pintado apresentava uma fissuração
significativa, em particular junto aos cunhais, onde as fissuras
tinham um desenvolvimento mais ou menos vertical, e ao nível
dos apoios dos panos exteriores de parede, tendo essa fissuração um desenvolvimento sensivelmente horizontal.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração das fachadas, tendo-se verificado que:
− As paredes eram constituídas por alvenaria dupla de tijolo vazado, com espessuras de 15 cm no exterior e 11 cm no interior,
sendo o espaço de ar parcialmente preenchido por poliestireno
expandido;
− Ao nível dos elementos estruturais, nomeadamente pilares e
topos de laje, foram aplicadas “forras térmicas” pelo exterior,
constituídas por tijolo vazado, com 3 cm de espessura. Estes
elementos foram assentes e colados ao suporte com uma argamassa de cimento incorporando um adjuvante promotor de aderência à base de resinas acrílicas;
− Como acabamento foi aplicado um reboco pré-doseado directamente sobre o suporte.
O assentamento das “forras” foi efectuado com a furação no sentido horizontal ou vertical, de forma aleatória.
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
As fissuras com orientação vertical existentes próximo dos
cunhais, resultaram da expansão da alvenaria de tijolo por efeito
da temperatura e da humidade. As paredes com diferentes
orientações recebem a radiação solar diferida no tempo, apresentando diferentes temperaturas superficiais. Estas acções, em
conjugação com as diferenças de configuração e de extensão dos
panos de parede, levam a que este tipo de fissuração se manifeste com intensidade variável.
Para tratamento da fissuração seria necessário proceder-se ao
travamento complementar do pano exterior da alvenaria, de forma
a ser garantida a estabilidade das paredes, através da execução
de pilaretes e cintas complementares em betão armado.
A configuração da parede contribuiu também para este fenómeno, nomeadamente:
− Inexistência de elementos verticais de travamento da alvenaria;
− Ausência de juntas de fraccionamento;
− Deficiente apoio da alvenaria ao nível do topo de lajes (“forra”
colocada após a betonagem);
Em alternativa, poderia equacionar-se a possibilidade de efectuar
a pregagem dos panos de alvenaria utilizando buchas químicas.
As fissuras deveriam ser tratadas e preenchidas com material
elástico (mastique).
A substituição do revestimento existente por um revestimento
dessolidarizado do suporte, por exemplo, do tipo reboco delgado
armado, aplicado sobre isolamento térmico (ETICS) ou a realização de uma fachada "ventilada", seria vantajoso em termos de
eficácia e durabilidade.
− Instabilidade do pano exterior.
Reparação de fissuras
Sistema “ETICS”
Fachada Ventilada
Suporte
Rede de fibra de
vidro
Argamassa com
polímeros
Mastique sintético
Papel adesivo
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Reboco, Argamassa, Instabilidade e Expansão Higrotérmica, Pontes
Térmicas, Destacamento
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
117 e 127
A.8
FICHA
08
Parede Exterior – Eflorescências
APARECIMENTO DE MANCHAS ESBRANQUIÇADAS NO REVESTIMENTO MONOMASSA DA FACHADA
DE UM EDIFÍCIO
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento monomassa, de acabamento raspado, da fachada de um edifício de habitação apresentava manchas esbranquiçadas.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se verificado que as paredes exteriores eram duplas em
alvenaria de tijolo vazado com caixa-de-ar intermédia.
As manchas eram mais sensíveis nas zonas fissuradas.
A espessura do revestimento monomassa era aproximadamente
de 16 mm.
Constatou-se ainda que as manchas de cor branca eram aparentemente de carbonato de cálcio. A sua remoção era possível com
uma solução de ácido clorídrico diluído a 10%.
Tijolo 0,11 m
Argamassa
Tijolo 0,15 m
Revestimento monomassa (16 mm)
Espaço de ar
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
As manchas de cor branca no revestimento tratam-se de eflorescências.
Apesar das eflorescências não afectarem directamente a durabilidade do reboco, estas manchas esbranquiçadas podem ser bastante desagradáveis, principalmente quando originadas em rebocos de cor escura.
As eflorescências são depósitos de sais que mediante condições
favoráveis emergem à superfície.
As argamassas à base de ligantes hidráulicos contêm cal que é
solúvel em água, pelo que, no processo de secagem, essa cal é
transportada para a superfície combinando-se com o dióxido de
carbono presente na atmosfera, o que originou a formação de
carbonato de cálcio, que constituía as manchas observadas.
Ca (OH ) 2 + CO2 → CaCO3 + H 2 O
Este fenómeno ocorre principalmente quando o revestimento é
aplicado por tempos frios e húmidos. Nestas circunstâncias, o
tempo de secagem é mais demorado e a água de amassadura em
excesso possibilita o transporte da cal para a superfície.
A remoção dos depósitos de carbonato de cálcio é possível escovando a parede com grande cuidado e aplicando produtos específicos existentes no mercado ou uma solução de ácido clorídrico
diluído a 10%.
De forma a minimizar o aparecimento destas manchas em aplicações futuras, deveriam ter-se em conta os seguintes aspectos:
− Evitar a aplicação do revestimento por tempo frio (temperatura
inferior a 8ºC) e húmido;
− Evitar a escolha de revestimentos com tonalidades escuras
durante os períodos frios e húmidos;
− Controlar a capilaridade do revestimento.
Por outro lado, sempre que ocorre fissuração facilita-se o processo
de migração de humidade que propicia o aparecimento de eflorescências.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Argamassa, Revestimento Monomassa, Eflorescências
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
16, 64, 115, 117 e 127
A.9
FICHA
09
Parede Interior – Fissuração
FISSURAÇÃO ALEATÓRIA DE PAREDES INTERIORES
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento de paredes interiores de um edifício apresentava-se fissurado em toda a sua extensão.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da parede,
tendo-se verificado que era simples, em alvenaria de tijolo vazado
(0,11 m) e revestida com uma argamassa industrial pré-doseada.
A fissuração era aleatória (mapeada), sem qualquer tipo de
orientação preferencial.
Foi ainda possível obter informações acerca da constituição do
reboco, tendo-se apurado que:
− O ligante do reboco era misto, contendo cal hidráulica e cimento, numa proporção aproximada de 4:1;
− Foi adicionado complementarmente 10% de cimento Portland
(CEMII/B-L 32.5N) à mistura inicial com o objectivo de diminuir
o tempo de presa.
Argamassa
Tijolo 0,11 m
Argamassa Industrial Pré-doseada
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
Neste caso, a adição de 10% de cimento Portland terá sido a
causa fundamental da patologia descrita.
Tendo em atenção a extensão e a gravidade da fissuração observada, o tratamento da patologia pressupõe a substituição do
reboco seguido da sua reposição por uma nova argamassa, tendo
em consideração os seguintes aspectos:
Uma argamassa industrial pré-doseada é uma argamassa cujos
componentes são doseados em fábrica e fornecidos à obra, onde
serão misturados segundo instruções e condições do fabricante.
O controlo da retracção e das restantes características destas
argamassas é efectuado na formulação das argamassas prontas
industriais.
Qualquer possível alteração na composição inicial da argamassa
com objectivos diversos, por exemplo, diminuição do tempo de
presa ou aumento da resistência, pode ser prejudicial podendo
provocar efeitos adversos noutras características.
− Deverá ser escolhida uma argamassa aditivada com resinas
acrílicas para promoção da aderência ao suporte;
− A mistura da argamassa deverá seguir rigorosamente as
indicações do fabricante e ser isenta de contaminações e adições.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Interior, Argamassa Pré-doseada, Fissuração
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
32, 117 e 127
A.10
FICHA
10
Parede Exterior – Dilatação Térmica
FISSURAÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERIOR NA ZONA DE FIXAÇÃO DA GUARDA METÁLICA
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O reboco da parede exterior orientada a poente de uma moradia
encontrava-se fissurado na zona de fixação da guarda metálica à
parede.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se constatado que as paredes exteriores eram duplas em
alvenaria de tijolo vazado (0,15 m + 0,07 m), com caixa de ar
intermédia (0,08 m) parcialmente preenchida com isolamento
térmico (0,04 m).
A guarda metálica apresentava um grande desenvolvimento,
sem juntas de dilatação.
Na alvenaria foi efectuado uma zona maciça em argamassa.
Verificou-se que a guarda metálica se encontrava encastrada na
parede, ficando assim impedidos os movimentos do elemento
metálico devido às solicitações térmicas.
Procedeu-se à medição da temperatura superficial da guarda
metálica. As medidas efectuadas revelaram que o diferencial de
temperatura entre o verão e o inverno é superior a 50ºC.
Reboco
Encastramento
Guarda metálica
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
A fissuração do reboco da fachada deveu-se à dilatação térmica
da guarda metálica que se encontrava encastrada na parede.
Para a resolução do problema seria necessário corrigir a forma de
fixação da guarda à parede o que implicaria:
A variação de comprimento da guarda (∆L) depende do seu
) e da
comprimento (L0), do coeficiente de dilatação térmica (
temperatura superficial (T):
− Remoção da guarda metálica e do reboco;
α
∆L = L0 .α .T
α
de
Considerando um coeficiente de dilatação térmica –
11*10-6 /ºC para o ferro, e um comprimento de 8 m para a
guarda, verifica-se que com diferenças de temperatura da ordem
dos 50ºC podem ocorrer dilatações da ordem de alguns milímetros.
− Criação de uma junta de dilatação na ligação guarda metálica/
parede, convenientemente dimensionada;
− Efectuar a fixação mecânica da guarda;
− Aplicar um reboco armado com argamassa com polímeros no
painel da fachada degradada, após prévio tratamento das fissuras com mais de 1 mm.
Contribuíram também para este fenómeno a forma errada de
fixação da guarda e o enchimento com argamassa e consequente
retracção.
Fixação mecânica
Guarda metálica
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Guarda Metálica, Fissuração, Dilatação Térmica, Fixação Elementos
Metálicos
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
117 e 127
A.11
FICHA
11
Parede Exterior – Deficiente Concepção e Aplicação do Revestimento
COLONIZAÇÃO BIOLÓGICA NO REVESTIMENTO DA FACHADA
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento aplicado nas fachadas apresentava manchas de
cor verde.
Realizaram-se ensaios, tendo-se verificado que as manchas se
deviam à presença de algas autotróficas, ou seja, produziam o
alimento de que necessitavam. O carbono celular era produzido
em fotossíntese com a luz, utilizando o dióxido de carbono do ar
ou da água.
Verificou-se que o fenómeno ocorria com maior intensidade nas
fachadas do edifício voltadas a Norte e Poente.
Note-se que as algas não destruíam o suporte por não extraírem
dele nenhuma substância nutritiva. Além disso, ao contrário de
outros organismos, não possuíam raízes de modo a penetrarem no
suporte.
Foi avaliado o coeficiente de absorção – A, expresso em kg/m2.√s,
tendo os resultados conduzido a valores elevados.
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
O desenvolvimento de microrganismos, tais como algas e líquenes, apenas ocorre quando se verifica a presença de água em
quantidade suficiente. A presença de vegetação próxima e a
textura do revestimento são também condicionantes.
O risco de desenvolvimento de microrganismos poderia ter sido
parcialmente reduzido através de opções arquitectónicas ou de
pormenorização construtiva que permitissem diminuir a quantidade de água que escorria ao longo das fachadas.
Verificou-se também uma maior colonização destes microrganismos em fachadas orientadas a Norte ou a Poente, onde
tinham à disposição a luz necessária e em que existia humidade
em quantidade suficiente, resultante quer do fenómeno de condensação da superfície exterior, que ocorreu durante o período
nocturno e cuja secagem é mais difícil a Norte e a Poente, quer
das escorrências que ocorreram ao longo da fachada, provenientes da precipitação.
Por outro lado, a aplicação de um produto biocida (algicida) sobre
o revestimento final, ou mesmo incorporado neste, seria vantajosa. No entanto, os produtos algicidas ou fungicidas têm uma
durabilidade limitada (5 a 7 anos), sendo fundamental uma
correcta manutenção do sistema para evitar o reaparecimento
das manchas.
O coeficiente de absorção – A elevado contribuiu para o fenómeno observado.
A protecção superior das fachadas face às escorrências é uma
estratégia importante para a minimização do problema.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Argamassa, Colonização Biológica, Fungos
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
30, 116, 117 e 127
A.12
FICHA
12
Parede Interior – Humidade Ascensional
MANCHAS DE HUMIDADE EM PAREDES INTERIORES EM GRANITO REBOCADAS E PINTADAS
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento das paredes divisórias interiores de um edifício
apresentava manchas de humidade ao nível da base.
Realizaram-se sondagens para identificação da constituição da
parede, tendo-se observado que eram em alvenaria de granito,
sendo a superfície rebocada e pintada.
Os rodapés em madeira adjacentes apresentavam-se também
degradados.
Efectuaram-se um conjunto de medidas para caracterização das
condições higrotérmicas das ambiências (temperatura e teor de
humidade superficial da parede e do rodapé em madeira).
Verificou-se que a base das paredes, junto ao rodapé, apresentava
um teor de humidade elevado.
O edifício possuía um sistema de aquecimento central com funcionamento a temperatura variável, sendo a temperatura de 21ºC
durante o dia e de 19ºC, durante a noite.
Temperatura
superficial (ºC)
Reboco
17
170
130 “Húmido”
171
129
18
142
Teor de humidade da madeira (%)
150
137
151
14
12
170
18
136
12
11
180
“Seco
”
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
As manchas de humidade que surgiram na base da parede resultaram do fenómeno de ascensão capilar.
De forma a minorar o problema observado seria necessária a
seguinte intervenção:
A humidade ascensional manifesta-se quando as paredes estão
em contacto com a água ou com o solo húmido, sempre que os
materiais constituintes apresentam elevada capilaridade e quando não existe um corte hídrico. A ascensão capilar progride até
que se verifique o equilíbrio entre a evaporação e a capilaridade.
− Execução de um corte hídrico na base da parede, de forma a
impedir a ascensão de água, por exemplo através da injecção
de produtos hidrófugos ou tapa-poros;
O fluxo de secagem (g) depende do gradiente de concentração
do vapor da superfície da parede (Cs’) e do ar (Ca’):
− Criação de um sistema de ventilação da base das paredes
constituído por tubos perfurados (por exemplo, manilhas de
betão) associados a um dispositivo de ventilação;
g = β (Cs’- Ca’) [kg/(m².s)]
− Aplicação de uma argamassa permeável ao vapor com uma
porosidade e porometria estudada.
A não aplicação de um corte hídrico na parede existente terá sido
a causa fundamental do problema.
A pintura terá de apresentar uma elevada permeabilidade ao
vapor.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Interior, Granito, Argamassa, Humidade Ascensional, Corte Hídrico, Ventilação da
Base das Paredes
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
28, 30, 116, 117 e 127
A.13
FICHA
13
Parede Exterior – Deficiente Aplicação
APARECIMENTO DE FANTASMAS EM FACHADAS COM REVESTIMENTO MONOMASSA
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento monomassa, de acabamento raspado, da fachada de um edifício apresentava alterações de cor, criando uma
imagem que permitia visualizar as juntas de argamassa e a
disposição dos elementos estruturais (vigas e pilares).
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se verificado que:
− As paredes exteriores eram duplas em alvenaria de tijolo vazado
(0,15 m + 0,07 m), com caixa de ar intermédia (0,05 m);
− O revestimento exterior apresentava uma espessura média de
6 mm, sendo constituído por uma monomassa de acabamento
raspado.
Tijolo 0,15 m
Argamassa
Tijolo 0,07 m
Revestimento
Monomassa (6 mm)
Espaço de ar
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
A reduzida espessura do revestimento associada à inevitável
heterogeneidade do suporte estiveram na origem deste fenómeno.
Esta patologia afecta apenas o aspecto estético do edifício, mas
pode também estar na origem da ausência de estanquidade
devido ao facto da sua espessura ser muito reduzida. A sua
resolução passa inevitavelmente pela aplicação de um novo
revestimento.
Durante o período de secagem do revestimento, a diferença de
temperaturas existentes na fachada e a absorção desigual dos
diferentes materiais do suporte não permitem uma hidratação
uniforme do ligante.
Sabendo-se que a coloração de um revestimento monomassa é
obtida através da adição de um pigmento na massa, compreende-se que uma hidratação heterogénea irá ter consequências na
uniformidade da coloração.
É fundamental respeitar a espessura mínima recomendada de
forma a minimizar a probabilidade de aparecimento de fantasmas
(espessuras compreendidas entre 10 e 20 mm).
Estes fenómenos são acentuados por reduzidas espessuras de
revestimento, por juntas de alvenaria muito espessas ou salientes relativamente aos blocos e pelo uso de materiais com coeficientes de absorção muito distintos. A ocorrência de fissuração
nas juntas pode também dar origem ou acentuar este problema.
A
B
A – Alvenaria
B – Junta de
argamassa
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Revestimento Monomassa, Fantasmas, Deficiente Aplicação
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
29, 115, 116, 117 e 127
A.14
FICHA
14
Parede Exterior – Termoforese
APARECIMENTO DE MANCHAS EM FACHADAS
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento à base de ligantes hidráulicos de um edifício de
habitação apresentava manchas de cor escura. Essas manchas
criavam uma imagem que permitia visualizar as juntas de argamassa e a disposição dos elementos estruturais.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se verificado que:
− As paredes exteriores eram simples em alvenaria de blocos de
betão leve;
− O revestimento exterior apresentava uma espessura mínima
aceitável.
Procedeu-se à medição da temperatura superficial do revestimento
da fachada com o auxílio de uma câmara de infravermelhos (termografia), num instante em que as temperaturas exteriores e
interiores eram de 5 e 18ºC respectivamente.
O termograma obtido permitiu verificar que a temperatura superficial da fachada era inferior nas zonas correspondentes aos blocos
de alvenaria do que nas zonas correspondentes às juntas.
Reboco
Junta
Alvenaria
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
A causa mais frequente desta patologia é um fenómeno designado termoforese. Trata-se da deposição diferencial de poeiras,
função da temperatura superficial das paredes. O depósito é
tanto mais importante quanto mais baixas forem as temperaturas.
Esta patologia afecta apenas o aspecto estético do edifício, não
tendo quaisquer consequências na qualidade e durabilidade do
revestimento.
A diferença de temperaturas verificada na superfície da fachada
deveu-se às diferenças significativas entre as condutibilidades
térmicas das juntas de argamassa-cola (λ=1,15) e dos blocos de
alvenaria (λ=0,16).
Desprezando a resistência térmica do reboco devida à sua
pequena espessura, podemos validar facilmente os resultados
obtidos experimentalmente da seguinte forma:




1 / he
Tsei = Te − 
 * (Ti − Te )
e
1
1
 he + λ + hi 
i


Ti=18ºC
Tse = 6,8º C
⇔ 1
Tse2 = 5,5º C
A sua resolução passa inevitavelmente pela aplicação de um novo
revestimento uma vez que a simples limpeza da fachada não iria
eliminar as causas do problema.
A uniformização da temperatura superficial poderia passar pela
aplicação de um sistema de isolamento térmico pelo exterior, do
tipo ETICS ou revestimento descontínuo, do tipo fachada ventilada (ver figura).
Te=5ºC
Tse1
Tse2
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Argamassa, Sujidade, Fantasmas, Termoforese
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
116, 117 e 127
A.15
FICHA
15
Parede Exterior – Deficiente Configuração dos Peitoris
MANCHAS DE SUJIDADE EM FACHADAS SOB OS PEITORIS
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
O revestimento monomassa das fachadas de um edifício de
habitação apresentava manchas de sujidade associadas a escorrências nas zonas da fachada sob os peitoris dos vãos exteriores.
Procedeu-se à análise da configuração dos peitoris, tendo-se
observado que não apresentavam inclinação para o exterior, sendo
praticamente horizontais.
Os peitoris não apresentavam também pingadeira exterior que
permitisse o afastamento da água.
Na ligação com a ombreira também não existia qualquer diferença
de cota que conduzisse a água de precipitação de forma adequada.
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
As superfícies horizontais ou com pequena inclinação têm tendência para acumular pó que será posteriormente arrastado
pelas águas da chuva.
A limpeza da fachada permitiria restituir um aspecto visual aceitável ao edifício, não eliminando no entanto as causas do problema.
Assim, é fundamental evitar que essa água escorra pelas fachadas, procurando minimizar a existência de caminhos preferenciais (ver figuras seguintes).
Para evitar o reaparecimento de novas escorrências sob os peitoris, seria necessário aplicar elementos com a configuração adequada, o que implicaria o ajuste da caixilharia adjacente, sendo
uma operação de grande complexidade.
Neste caso, as manchas de sujidade devem-se claramente à
existência de caminhos preferenciais para as escorrências, para
as quais contribuíram os seguintes factores:
− Inexistência de uma pingadeira devidamente dimensionada;
− Reduzida inclinação do peitoril;
− Inexistência de batentes laterais;
− Projecção lateral do peitoril de dimensão reduzida.
Em alternativa, seria aceitável a aplicação de um rufo em zinco
sob o peitoril com configuração adequada.
A título de exemplo, apresenta-se a fotografia do peitoril de um
edifício antigo em pedra com uma configuração exemplar bem
como algumas indicações preconizadas pelas normas francesas
(DTU 20.1).
≥ 1,5 cm
≥ 1,5 cm
l
h ≥ 25mm
h
l ≥ 25mm
α
tg α ≥ 0,10
DTU 20.1
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Peitoril, Revestimento Monomassa, Sujidade, Escorrências
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
30, 51, 65, 115, 117, 127
A.16
FICHA
16
Parede Exterior – Eflorescências
APARECIMENTO DE MANCHAS ESBRANQUIÇADAS NAS JUNTAS DE UMA PAREDE EM ALVENARIA À
VISTA
DESCRIÇÃO DA PATOLOGIA
SONDAGENS E MEDIDAS
As juntas de argamassa dos blocos da parede interior de um
edifício industrial apresentavam manchas esbranquiçadas, alterando o aspecto estético pretendido.
Realizaram-se sondagens para analisar a configuração da fachada,
tendo-se verificado que a parede exterior era simples, em alvenaria de blocos de betão com 15 cm de espessura.
As manchas de cor branca observadas correspondiam a depósitos de uma substância que apresentava grande dureza.
Constatou-se ainda que as manchas de cor branca eram de carbonato de cálcio. A sua remoção era possível com uma solução de
ácido clorídrico diluído a 10%.
Refira-se também que se observaram indícios de infiltrações de
água através das juntas.
CAUSAS DA PATOLOGIA
RECOMENDAÇÕES
Quer as juntas entre blocos quer os próprios blocos são constituídos à base de ligantes hidráulicos. Durante a reacção de presa
dos cimentos há libertação de cal devido à hidratação dos sais
minerais e silicatos de cal contidos no clinker.
Nos trabalhos de reparação a efectuar interessa adoptar procedimentos que assegurem resultados satisfatórios a longo prazo,
para evitar a repetição de anomalias.
Quando os materiais que constituem as paredes são atravessados por fortes quantidades de água, a cal que é solúvel em água,
é transportada para o exterior da parede durante o processo de
transferência de humidade.
Uma vez em contacto com o exterior, a cal combina-se com o
dióxido de carbono da atmosfera, originando a formação de
carbonato de cálcio, que constituía as manchas observadas.
Ca (OH ) 2 + CO2 → CaCO3 + H 2 O
Este fenómeno ocorre principalmente quando a argamassa é
aplicada por tempos frios e húmidos. Nestas circunstâncias, o
tempo de secagem é mais demorado e a água de amassadura
em excesso possibilita o transporte de cal para a superfície.
A intervenção deverá realizar-se tendo em atenção os seguintes
princípios:
− Remoção dos depósitos de carbonato de cálcio (eflorescências)
escovando a parede com grande cuidado e aplicando produtos
específicos existentes no mercado ou uma solução de ácido clorídrico diluído a 10%;
− Seria vantajoso a impermeabilização da parede pelo exterior
através da aplicação de um hidrófugo de superfície incolor que
penetra nos poros e exerce a sua acção repelente por via química, não criando uma superfície contínua que impeça as trocas de
vapor.
PALAVRAS-CHAVE
Parede Exterior, Alvenaria, Juntas de Alvenaria, Argamassa, Eflorescências
REF. BIBLIOGRÁFICAS:
117 e 127
A.17
ANEXO B
BIBLIOGRAFIA
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REG.
SITES
#
Autor(es)
Título
Ano
Idioma
1
RAMOS, J. L.
Defectos y disfunciones en alicatados y
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ES
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CÓIAS, V.
Inspecções e Ensaios na reabilitação de
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FREITAS, V. P.
PINTO, P. S.
Permeabilidade ao vapor de materiais
de construção – condensações internas
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Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos – Técnicas Pouco Intrusivas
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Actas do 1.º Encontro Nacional sobre
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PATORREB 2003
2003
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Actas do 2.º Encontro sobre Patologia e
Reabilitação de Edifícios, PATORREB
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MRPE 2003-2005
Mestrado em Reabilitação do Património
Edificado 2003-2005. 1ª Edição.
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MRPE 2005-2007
Mestrado em Reabilitação do Património
Edificado 2005-2007. 2ª Edição.
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HELENE, P.
CASTRO, P.
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Manual de Reparo, Proteção e Reforço
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DÍAZ, C.
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Diccionari de patologia i manteniment
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2004
CT
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Autor(es)
Título
Ano
Idioma
21
ABRANTES, V.
FREITAS, V. P.
SOUSA, M.
Reabilitação de Edifícios – Estudo do
comportamento e análise técnicoeconómica das soluções utilizadas nas
obras de construção e reabilitação:
IGAPHE – DGHN
1999
PT
22
SILVA, P. M.
A Componente Acústica na Reabilitação
de Edifícios de Habitação
1998
PT
23
HENRIQUES, F.M.A.
A Conservação do Património Histórico
Edificado
2005
PT
24
RILEM TC
CPC 18 Measurement of hardened concrete carbonation depth
1988
EN
25
WATT, D. S.
Building Pathology: Principles and Practices
2007
EN
26
HARRIS, S. Y.
Building Pathology
2001
EN
27
MACDONALD, S.
Concrete: Building Pathology
2003
EN
B.2
LIVROS
#
Tipo
28
TESES
ARTIGOS
Autor
Título
M
GUIMARÃES, A. S.
29
M
30
NORMAS/REG.
SITES
Instituição
Ano
Caracterização Experimental do
Funcionamento de Sistemas de Ventilação da Base das Paredes para
Tratamento da Humidade Ascensional
FEUP
2008
QUINTELA, M. A.
Durabilidade de revestimentos exteriores de parede em reboco monocamada
FEUP
2006
M
SOUSA, M.
Patologia da construção – Elaboração
de um Catálogo
FEUP
2004
31
M
SILVESTRE, J. D.
Sistema de apoio à inspecção e diagnóstico de anomalias em revestimentos cerâmicos aderentes
IST
2005
32
M
PAULO, R. N.
Caracterização de Argamassas Industriais
UA
2006
33
D
FREITAS, V. P.
Transferência de humidade em paredes de edifícios – análise do fenómeno de interface
FEUP
1992
34
D
LANZINHA, J. C.
Reabilitação de edifícios – Metodologia de diagnóstico e intervenção
UBI
2006
35
D
TORRES, M. I.
Humidade ascensional em paredes de
construções históricas
FCTUC
2004
36
M
SÁ, A. V.
Durabilidade de cimentos–cola em
revestimentos cerâmicos aderentes a
fachadas
FEUP
2005
37
M
LEITÃO, D. C.
Soluções e Trabalhos de Reabilitação
– Metodologia para a Implementação
de Checklists
UM
2003
38
M
LOPES, C. D.
Conservação e reabilitação de edifícios antigos do centro histórico de
Palmela
IST
2003
39
M
BARREIRA, E.
Aplicação da termografia ao estudo
do comportamento higrotérmico dos
edifícios
FEUP
2004
40
O
TEIXEIRA, J. L.
Descrição do sistema construtivo das
Casas Burguesas do Porto entre os
séculos XVII e XIX. Contributo para
uma história da construção arquitectónica em Portugal.
FAUP
2004
B.3
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REG.
SITES
#
Autor(es)
Título
Ano
Idioma
41
FREITAS, V. P.
ALVES, S. M.
SOUSA, M.
Um Contributo para a Sistematização do
Conhecimento da Patologia da Construção em
Portugal – www.patorreb.com
2007
PT
42
FREITAS, V. P.
SÁ, A. V.
Cementitious adhesives performance during
service life
2005
EN
43
TROTMAN, P.
Building Pathology at he Building Research
Establishment, UK – Cases Study, Data bases
and feedback to the construction industry
2003
EN
44
PAIVA, J. V.
CARVALHO, E. C.
CAVALEIRO e SILVA
Patologia da Construção
1985
PT
45
FREITAS, V. P.
TORRES, M. I.
Humidade em construções históricas
2005
PT
46
BARREIRA, E.
FREITAS, V. P.
Evaluation of building materials using infrared
thermography
2005
EN
47
PINTO, M.
FREITAS, V. P.
STYMNE, H.
BOMAN, C. A.
Measuring air change rates using the PFT
technique in residential buildings in northern
Portugal
2006
EN
48
FLORES-COLEN, I.
BRITO, J.
FREITAS, V. P.
Expedient in situ test techniques for predictive
maintenance of rendered façades
2006
EN
49
FREITAS, V. P.
SOUSA, M.
SÁ, A. V.
The importance of a pathology catalogue for
diagnosis: the example of tile-coated façades
2006
EN
50
FREITAS, V. P.
SOUSA, M.
ALVES, S. M.
Una contribución para la sistematización del
conocimiento de la patología de la construcción – www.patorreb.com
2007
ES
51
SILVA, R. M.
TORRES, M. I.
Deficiências do desempenho dos peitoris na
protecção das fachadas contra a acção da
água
2003
PT
52
RILEM TC 127-MS
Tests for Masonry Materials and Structures –
Materials and Structures – 200/30
2001
EN
53
RILEM TC 154-EMC
ANDRADE, C.
ALONSO, C.
GULIKERS, J.
POLDER, R. B.
CIGNA, R.
VENNESLAND, Ø.
SALTA, M.
ECM – Electrochemical techniques for measuring corrosion in concrete, C. Andrade – Materials and Structures – 207/31
2004
EN
54
RILEM TC 177-MDT
Test method recommendations of RILEM TC
177-MDT 'Masonry durability and on-site
testing'
2004
EN
B.4
LIVROS
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REG.
SITES
#
Designação
Título
Ano
Idioma
55
EN 1348
Adhesives for tiles – Determination of tensile adhesion
strength for cementitious adhesives
2007
EN
56
EN 13888
Grouts for tiles – Definitions and specifications
2002
EN
57
EN ISO 10545-2
Ladrilhos cerâmicos – Parte 2: Determinação de
dimensões e qualidade da superfície
1997
PT
58
EN ISO 10545-8
Ceramic tiles. Part 8: Determination of linear thermal
expansion
2004
EN
59
EN ISO 10545-10
Ceramic tiles. Part 10: determination of moisture
expansion
1997
EN
60
ISO 1006
Construção de edifícios – Coordenação modular –
Módulo básico
1983
PT
61
DL 80/2006
Regulamento das Características de Comportamento
Térmico dos Edifícios – RCCTE
2006
PT
62
DL 13/85
Lei do Património Cultural Português
1985
PT
63
CAHIER 3266
Revêtements de murs extérieurs en carreaux céramiques ou analogues collés au moyen de mortiers-colles
en travaux neufs
2000
FR
64
CAHIER 2669-2
Certification CSTB des enduits monocouches
d’imperméabilisation. Cahier des prescriptions techniques d’emploi et de mise en œuvre.
1993
FR
65
DTU 20.1
Ouvrages en maçonnerie de petits éléments – parois
et murs – Partie 1 : cahier des clauses techniques
1994
FR
66
DTU 26.1
Enduits aux mortiers de ciments, de chaux et de
mélange plâtre et chaux aérienne – Partie 1 : cahier
des clauses techniques
1990
FR
67
EN ISO 13788
Hygrothermal performance of building components
and building elements – Internal surface humidity and
interstitial condensation – Calculation Methods
2001
EN
68
prENV 13548
General rules for the design and installation of ceramic tiling
1999
EN
69
ACI 222R
Protection of metals in concrete against corrosion
2001
EN
70
ACI 224.1R
Causes, evaluation, and repair of cracks in concrete
structures
2007
EN
71
ACI 228.2R
Non destructive test methods for evaluation of concrete in structures
1998
EN
72
ASTM C900
Standard test method for pullout strength of hardened
concrete
2006
EN
73
ASTM C1202
Standard test method for electrical indication of concrete’s ability to resist chloride ion penetration
2005
EN
74
ASTM D4541
Standard test method for pull-off strength of coating
using portable adhesion testers
2002
EN
75
ASTM G102
Standard practice for calculation of corrosion rates
and related information from electrochemical measurements
1999
EN
76
DIN 54190-1
Non-destructive testing - Thermographic testing - Part
1: General principle
2004
EN
B.5
#
Designação
Título
Ano
Idioma
77
EN 998-1
Specification for mortar for masonry Part 1: Rendering and plastering mortar
2003
EN
78
EN 998-2
Specification for mortar for masonry Part 2: Masonry
mortar
2003
EN
79
EN 1015-18
Methods of test for mortar for masonry Part 18: Determination of water absorption coefficient due to
capillary action of hardened mortar
2002
EN
80
EN 1322:1996/A1
Adhesives for tiles - Definitions and terminology
1998
EN
81
EN 1346:1996/A1
Adhesives for tiles – Determination of open time
1998
EN
82
EN 1542
Products and systems for the protection and repair of
concrete structures. Test methods-Measurement of
bond strength by pull-off
1999
EN
83
EN 1767
Products and systems for the protection and repair of
concrete structures. Test methods. Infrared analysis
1999
EN
84
EN 13499
Thermal insulation products for buildings - External
thermal insulation composite systems (ETICS) based
on expanded polystyrene - Specification
2003
EN
85
EN 13500
Thermal insulation products for buildings - External
thermal insulation composite systems (ETICS) based
on mineral wool - Specification
2003
EN
86
EN 13495
Thermal insulation products for building applications Determination of the pull-off resistance of external
thermal insulation composite systems (ETICS) (foam
block test)
2002
EN
87
EN 13497
Thermal insulation products for building applications Determination of the resistance to impact of external
thermal insulation composite systems (ETICS)
2002
EN
88
EN 13498
Thermal insulation products for building applications Determination of the resistance to penetration of
external thermal insulation composite systems
(ETICS)
2002
EN
89
EN 13914-1
Design, preparation and application of external rendering and internal plastering. External rendering
2005
EN
90
EN 13914-2
Design, preparation and application of external rendering and internal plastering. Part 2: Design considerations and essential principles for internal plastering
2005
EN
91
EN 14099
Space product assurance - Measurement of the peel
and pull-off strength of coatings and finishes using
pressure-sensitive tapes
2001
EN
92
EN ISO 4624
Paints and varnishes - Pull-off test for adhesion
2003
EN
93
EN ISO 10545-3
Ceramic tiles – Part 3: Determination of water absorption, apparent porosity, apparent relative density and
bulk density
1995
EN
94
EN ISO 16276-1
Corrosion protection of steel structures by protective
paint systems – Assessment of, and acceptance criteria for, the adhesion/cohesion (fracture strength) of a
coating - Part 1: Pull-off testing
2007
EN
95
ISO 1920-7
Specifies non-destructive test methods for use on
hardened concrete
2004
EN
96
ISO 5577
Non-destructive testing – Ultrasonic inspection –
Vocabulary
2000
EN
B.6
#
Designação
Título
Ano
Idioma
97
ISO 15148
Hygrothermal performance of building materials and
products – Determination of water absorption coefficient by partial immersion
2002
EN
98
ISO/DIS 7031
Concrete hardened. Determination of the depth of
penetration of water under pressure
1983
EN
99
NP EN 87
Ladrilhos e azulejos cerâmicos para pavimentos e
paredes – Definições, classificação, características e
marcação
1999
PT
100
NP EN 459-1
Cal construção Parte 1: Definições, especificações e
critérios de conformidade
2002
PT
101
NP EN 459-2
Cal construção Parte 2: Métodos de ensaio
2002
PT
102
NP EN 459-3
Cal construção Parte 3: Avaliação da conformidade
2002
PT
103
NP 1673
Vibrações mecânicas. Avaliação da reacção à excitação global do corpo por vibrações
1980
PT
104
NP 2065
Cimentos – condições de fornecimento e recepção
1991
PT
105
NP 2074
Avaliação da influência em construções de vibrações
provocadas por explosões ou solicitações similares
1983
PT
106
NP EN 1015-19
Métodos de ensaio de argamassas para alvenaria
Parte 19: Determinação de permeabilidade ao vapor
de água de argamassas de reboco endurecidas
2000
PT
107
NP EN 1348
Colas para ladrilhos – Determinação da resistência à
tracção de Cimento-cola
2000
PT
108
NP EN 12004
Colas para ladrilhos definições e especificações
2004
PT
109
NP EN 12504-1
Ensaios do betão nas estruturas. Parte 1 – Carotes,
extracção, exame e ensaio à compressão
2003
PT
110
NP EN 12504-2
Ensaios de betão nas estruturas. Parte 2 – Ensaio não
destrutivo. Determinação do índice esclerométrico
2003
PT
111
NP EN 12620
Agregados para Betão
2004
PT
112
EN 12808-5
Grouts for tiles. Determination of water absorption
2001
EN
113
EN 13318
Screed material and floor screeds - Definitions
2000
EN
114
EN 13813
Screed material and floor screed material – properties
and requirements
2002
EN
B.7
LIVROS
#
TESES
ARTIGOS
NORMAS/REG.
SITES
Título
Endereço
115
European Mortar Industry Organization - EMO
www.euromortar.com
116
Laboratório de Física das Construções da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
www.fe.up.pt/~lfc-scc
117
Grupo de Estudos da Patologia da Construção
www.patorreb.com
118
CIB World - International Council for Research
and Innovation in Building and Construction
www.cibworld.nl
119
Building Research Establishment – BRE
www.bre.co.uk
120
Laboratório Nacional de Engenharia Civil – LNEC
www.lnec.pt
121
Agence Qualité Construction, Pathologie, sinistres et prévention des désordres
www.qualiteconstruction.com
122
Société d’assurance mutuelle à cotisations variables (SMABTP).
www.smabtp.fr
123
Maintainability of Buildings - National University
of Singapore
www.hpbc.bdg.nus.edu.sg
124
Imparare dagli errore – Un archivio di casi di
guasto a supporto di progetto e gestione di
sistemi tecnologici edilizi
www.best.polimi.it/public/specials/
EDA/regione/CDRegione/ start_casi.htm
125
Dipartimento di Scienzia e Tecnologia
dell’ambiente costruito - BEST
www.best.polimi.it
126
1001FORMAS – Software e Multimédia, Lda
www.1001formas.com
127
Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas de Construção – APFAC
www.apfac.pt
128
Estação Meteorológica do Laboratório de Física
das Construções da FEUP
www.fe.up.pt/~em01024/Estacao.htm
129
Registos da Estação Meteorológica do Laboratório
de Física das Construções da FEUP
www.fe.up.pt/~lfc-scc/EM
130
GECoRPA – Grémio das empresas de conservação e restauro do património arquitectónico
www.gecorpa.pt
131
Núcleo de Conservação e Reabilitação d'Edifícios
e Património da Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto – NCRd'EP
http://ncrep.fe.up.pt
132
RILEM - International Union of Laboratories and
Experts in Construction Materials, Systems and
Structures
www.rilem.net
133
Wikipédia
www.wikipedia.org
134
Maxit Portugal
www.maxit.pt
B.8
ANEXO C
TERMINOLOGIA
A
Abrasão3
Desgaste de materiais por atrito.
Absorção4
A Absorção é um processo que consiste na humidificação dos materiais porosos quando
em contacto com a água líquida, por sucção/capilaridade.
Referências relacionadas: 93, 97 e 112
Adição115
Material inorgânico finamente dividido, que pode ser adicionado à argamassa com o
objectivo de obter ou melhorar propriedades específicas.
Adjuvante115
Material orgânico ou inorgânico adicionado em pequenas quantidades com o objectivo de
modificar as propriedades da argamassa fresca ou endurecida.
Adsorção4
A adsorção é o mecanismo pelo qual um material poroso retém moléculas de vapor de
água na superfície dos poros, por forças químicas e/ou físicas.
A máxima quantidade de humidade que um material pode reter por adsorção depende,
sobretudo, da sua higroscopicidade e da humidade relativa da ambiência.
Agregado115
Material granular que não intervém na reacção de endurecimento da argamassa.
Referência relacionada: 111
Algeroz40
Canal construído e embutido ao longo de toda a nascença do telhado, seja no coroamento
da cornija, junto da platibanda ou próximo do beirado, destinado a colher as águas da
chuva captadas pelas telhas e que dele se escoam através de gárgulas ou tubos de queda.
Alvenaria40
Obra de construção de paredes com elementos naturais (pedras), ou artificiais (adobe,
tijolo maciço, tijolo vazado, bloco de cimento, etc.), cujo assentamento pode ser feito
com ou sem argamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas parecidas, que
se repetem sobrepondo-se umas sobre as outras.
Referência relacionada: 2
Anomalia3
Desvio ou afastamento da regra, forma ou ordem, normal ou comum.
C.1
Indicação de um possível defeito ou problema, que é directamente visível ou mensurável.
Argamassa115
Mistura de um ou mais ligantes orgânicos ou inorgânicos, agregados, cargas, adições e/ou
adjuvantes.
Referências relacionadas: 66, 77, 78, 79, 115 e 127,
Argamassa de assentamento de alvenaria115
Mistura de um ou mais ligantes minerais, cargas, aditivos e/ou adjuvantes, utilizada para
o assentamento de elementos de alvenaria.
Referência relacionada: 106
Ref. Fotografia: 127
Argamassa de juntas115
Argamassa para enchimento (betumação) das juntas entre elementos de alvenaria, revestimentos cerâmicos e outros.
Referências relacionadas: 56 e 112
Argamassa de regularização115
Argamassa de desempenho, concebida para o acabamento de um suporte com a finalidade
de obter uma superfície lisa. Utiliza-se em paredes e tectos.
Argamassa industrial115
Argamassa doseada e misturada em fábrica. Pode apresentar-se “em pó”, requerendo
apenas a adição de água, ou “em pasta”, já amassada fornecida pronta a aplicar.
Referência relacionada: 32
Argamassa industrial semi-acabada115
Argamassa pré-doseada, a modificar em obra.
Argamassa pré-doseada115
Componentes doseados em fábrica e fornecidos à obra, onde serão misturados segundo
instruções e condições do fabricante (por exemplo, silo multi-câmara).
C.2
Argamassa pré-misturada115
Componentes doseados e misturados em fábrica, fornecidos à obra, onde serão adicionados outros componentes que o fabricante específica ou também fornece (por exemplo,
cimento).
Argamassa tradicional (feita em obra)115
Argamassa composta por constituintes primários (por exemplo, ligantes, agregados e
água), doseados e misturados em obra.
Armadura3
Parte metálica da secção duma peça de betão armado.
Arrancamento por tracção (ensaios de)116
Este ensaio torna possível a determinação da força necessária para provocar o arrancamento por tracção de uma determinada área de revestimento, calculando-se a tensão que
provoca a rotura.
Os dispositivos para a execução do ensaio são:
Aparelho de medida incluindo motoredutor e dinamómetro;
Bateria de alimentação;
Pastilhas metálicas cilíndricas;
Cola à base de resina epoxídica;
Broca especial de 50 mm de diâmetro interior.
Referências relacionadas: 3, 55, 72, 74, 82, 86, 91, 92 e 94.
Asna3
Estrutura reticulada plana, em geral de suporte de uma cobertura.
Assentamento3
Movimento vertical, para baixo, duma estrutura, de parte dela, ou da sua fundação.
C.3
B
Bandeira40
Caixilho envidraçado, geralmente fixo sobre as folhas de portas e janelas, incorporado à
sua estrutura, destinado a proporcionar maior entrada de luz ou ventilação.
Barreira pára-vapor4
Uma barreira pára-vapor é um material (ou conjunto de materiais) que restringe a transmissão de vapor de água e, portanto, possui uma elevada resistência à difusão de vapor.
Burch, Thomas e Fanney (1992) e a ASHRAE (1993) referem o valor de
57,2 × 10 .12 kg /(m 2 .s.Pa ) como sendo a permeância crítica (valor máximo) para classificar um determinado elemento como barreira pára-vapor.
Beirado40
Remate inferior de um telhado, normalmente formado por uma fiada de telha vã, podendo
ser combinada com uma cornija, fazendo saliência sobre as paredes das fachadas para
assim as proteger das águas da chuva.
Betão3
Material formado pela mistura de cimento, de agregados grossos e finos e de água, resultante do endurecimento de pasta de cimento (cimento e água); para além destes componentes básicos, pode também conter adjuvantes e adições. Nota: se a máxima dimensão
do inerte for 4 mm ou menos, o material resultante é denominado argamassa.
Referências relacionadas: 15, 27, 53, 69, 70, 71, 72, 82, 83, 95, 98, 109 e 110
Betão ciclópico3
Material obtido colocando camadas alternadas de espessura aproximadamente igual de
betão e de pedras, compactando as várias camadas, para que as pedras fiquem completamente envolvidas no betão.
Betão projectado3
Betão transportado pneumaticamente por meio de uma tubagem e lançado contra uma
superfície, previamente preparada, com energia suficiente para permitir a sua fixação e
compactação.
C.4
Betonilha115
Camada de argamassa aplicada “in situ”, directamente sobre um suporte, aderente ou
flutuante, ou sobre uma camada intermédia ou isolante, para obter um ou mais objectivos:
atingir um nivelamento estabelecido, servir de base para o acabamento final ou constituir
a superfície de acabamento.
Biodeterioração3
Qualquer alteração indesejada nas propriedades de um material em resultado da actividade de microrganismos e/ou organismos pertencentes a vários grupos sistemáticos.
C.5
C
Cabouco40
Vala ou caixa aberta no terreno para implantação das fundações de uma construção.
Caixilharia3
Engradado de madeira ou outro material onde se aplicam vidros, em janelas e outros
guarnecimentos de vãos.
Cal5
Termo geral que engloba um grande número de produtos resultantes da calcinação da
pedra calcária. Estes produtos podem apresentar formas físicas e químicas de diversos
tipos contendo óxido de cálcio e de magnésio e/ou o hidróxido de cálcio e de magnésio.
Referências relacionadas: 100, 101 e 102
Calda5
Mistura aquosa de materiais como o cimento, a betonite, a argila, produtos químicos, etc.,
que formam uma suspensão, emulsão ou solução.
Calor específico28
O calor específico é a quantidade de calor necessária para fazer variar de 1ºC a temperatura da unidade de massa de um determinado material.
O calor específico é representado pela letra c e as suas unidades são J/kg.K.
Cal aérea5
Ligante que resulta da decomposição, pela acção da temperatura, de pedras calcárias com
percentagem não inferior a 95 % de carbonato de cálcio e magnésio.
Cal hidráulica5
Cal obtida da cozedura de pedras calcárias com 5 a 20 % de argila, que endurece tanto no
ar como na água.
Cantaria5
Alvenaria de pedra talhada de forma geométrica regular aparelhada com ferramenta de
canteiro.
C.6
Capeamento6
Remate superior de um muro ou murete de alvenaria.
Capilaridade28
A Capilaridade é o processo pelo qual um material poroso retém água quando entra em
contacto com água em fase líquida.
Referência relacionada: 79
Caruncho6
Insecto coleóptero que rói a madeira, provocando a sua destruição.
Cimento (ligante hidráulico)5
Material inorgânico finamente moído que, quando misturado com a água, forma uma
pasta que faz presa e endurece, em virtude das reacções e processos de hidratação. Depois
de endurecer, mantém uma determinada resistência e estabilidade debaixo de água.
Referência relacionada: 104
Cimento-cola115
Mistura de ligantes hidráulicos, cargas, polímeros e outros aditivos orgânicos utilizados
para colar materiais de revestimento.
Referências relacionadas: 1, 36, 42, 63, 80, 81, 107 e 108
Ref. Fotografia: 134
C.7
Coeficiente de absorção de água28
O coeficiente de absorção de água de um material representa a massa de água absorvida
por área do material em contacto com a água, em função do tempo.
É representado pela letra A e as suas unidades são kg/(m2. s ).
Referências relacionadas: 79 e 97
Coeficiente de condutibilidade térmica4
O coeficiente de condutibilidade térmica de um material representa a quantidade de calor
que atravessa um provete desse material perpendicularmente às suas faces, planas e paralelas, por unidade de tempo e espessura, quando sujeito a um gradiente de temperatura
unitário entre as duas faces.
O coeficiente de condutibilidade térmica é representado pela letra grega λ e as suas unidades são W/(m.ºC) ou W/(m.K).
Coeficiente de permeabilidade ao vapor de água28
O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água de um material homogéneo representa
a quantidade de vapor de água que, por unidade de tempo e espessura, atravessa por difusão um provete desse material, quando sujeito a uma diferença de pressão de vapor unitária entre as suas faces.
O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água é representado por
des são kg/(m.s.Pa).
p
e as suas unida-
Referências relacionadas: 4 e 106
Coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar28
O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar, com uma lâmina de ar não ventilada (ar em repouso) depende da pressão atmosférica e da temperatura do ar, podendo ser
determinado a partir da seguinte relação, onde D é o coeficiente de difusão ao vapor de
água no ar, Rv é a constante “gasosa” do vapor de água (461,5 J/(kg.K)) e T a temperatura:
δa =
D
Rv .T
O coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do ar é representado por
unidades são kg/(m.s.Pa).
a
e as suas
Referência relacionada: 4
Coeficiente de transmissão térmica4
O coeficiente de transmissão térmica de um elemento com uma dada espessura e de faces
planas e paralelas, representa a quantidade de calor que o atravessa perpendicularmente,
por unidade de tempo e superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário
entre as suas faces.
O coeficiente de transmissão térmica é representado pela letra U e as suas unidades são
W/(m2.ºC) ou W/(m2.K).
C.8
Condensação28
A condensação é o processo físico através do qual o vapor de água passa a água líquida,
que ocorre quando a humidade relativa atinge os 100 %.
Condensação interna28
As condensações internas geram-se sempre que as pressões parciais de vapor instaladas,
num dado ponto de um elemento, igualam a pressão de saturação, que depende das características higrotérmicas do ar “interior” e “exterior” e da própria constituição do elemento
construtivo.
Referências relacionadas: 4 e 67
Condensação superficial28
As condensações superficiais surgem quando a temperatura da superfície “interior” de um
elemento é inferior ou igual à temperatura de ponto de orvalho do ar da ambiência “interior” e são tanto mais prováveis, quanto menor for a resistência térmica do elemento,
menor for a temperatura “exterior” e maior for a humidade relativa “interior”.
Condutância térmica superficial4
A condutância térmica superficial representa o fluxo de calor trocado entre a superfície de
um elemento e o ambiente adjacente (interior ou exterior), devido, sobretudo, a fenómenos de convecção e radiação, por unidade de tempo e de superfície, para uma diferença
unitária de temperatura entre a superfície do elemento e o ar ambiente.
Conservação5
Acções destinadas a prolongar o tempo de vida e a salvaguardar os valores históricos e
arquitectónicos de um edifício. Medidas para salvaguardar e prevenir a degradação, que
incluem a realização das operações de manutenção necessárias ao correcto funcionamento
de todas as partes e elementos do edifício.
Conjunto de intervenções que procuram transmitir um bem de valor histórico ao futuro,
no melhor estado possível de integridade e autenticidade.
Conjunto de acções levadas a cabo para evitar a deterioração. Inclui todos os actos que
prolongam a vida do património cultural e natural. Não confundir com a vulgar manutenção dos edifícios.
Referências relacionadas: 19, 23 e 38
C.9
Construção Pombalina6
Designação atribuída à solução construtiva implementada após o terramoto de 1755 até
cerca de 1870, em Lisboa, por iniciativa e orientação de Sebastião José de Carvalho
Melo, Marquês de Pombal, após a análise das várias propostas então apresentadas, caracterizada por paredes mistas de alvenaria de pedra reforçada por uma estrutura (gaiola)
tridimensional de madeira, devidamente interligadas.
Ref. Fotografia da direita: 120
Cornija6
Peça de coroamento de paredes de fachada de alvenaria ou cantaria.
Corrosão5
Alteração química de um metal/liga pelo meio que a rodeia, por acção da água, com ou
sem oxigénio.
Processo pelo qual o metal retorna ao seu estado natural através da reacção de oxidação
com o ambiente não metálico (e.g., oxigénio e água).
Desintegração ou deterioração do elemento por electrólise ou ataque.
Referências relacionadas: 53, 69, 75 e 94
Criptoeflorescência20
Agregado cristalino, de carácter salino, que se forma no interior do material e que não
aflora à superfície. Em alguns casos, como por exemplo nos materiais cerâmicos e
pétreos, o aumento do volume das moléculas cristalizadas do agregado salino gera fracturas internas e desprendimento do material.
Curva de adsorção higroscópica4
A curva de adsorção higroscópica relaciona teor de humidade em equilíbrio de um material com a humidade relativa do ambiente em que se encontra, para uma determinada
temperatura.
C.10
Em geral, obtêm-se curvas diferentes para variações de humidade relativa em sentido
crescente e decrescente. Este comportamento é designado por histerésis.
C.11
D
Dano3
Alteração física do estado da estrutura ou dos seus componentes, provocada por acções e
influências exteriores que afectam aspectos da funcionalidade actual ou futura da estrutura ou dos seus componentes.
Decapagem3
Remoção da camada superficial alterada, por exemplo, de chapas ou perfis metálicos.
Defeito3
Situação em que um ou mais elementos não desempenham as funções pretendidas na sua
fabricação.
Um estado inaceitável que pode ser inerente ou pode resultar de deterioração ou danificação, antes, durante ou após a construção do edifício.
Falta ou desvio do nível de desempenho pretendido para o edifício ou as suas partes.
Deficiência específica ou inadequação da estrutura ou das suas componentes que afecta
materialmente a sua capacidade de desempenho em algum aspecto, actual ou futuro, da
função para eles desejada.
Degradação3
Alterações ao longo do tempo na composição, na microestrutura e nas propriedades de
um componente ou material que reduzam o seu desempenho.
Agravamento do estado com o tempo, resultando usualmente em danos.
Delaminação (do betão armado)3
Desprendimento de fragmentos de betão devido às tensões geradas pela corrosão do aço
ou por dilatações e contracções diferenciais.
Descoloração3
Alteração da coloração normal ou desejável do elemento.
Diagnóstico3
Estabelecimento das causas e dos processos responsáveis pelas deteriorações apresentadas pela construção.
a) Acto ou processo de identificação ou determinação da natureza e causas duma doença
ou ferimento, através da avaliação da história do paciente, de exame e de estudo da
informação laboratorial. b) A conclusão a que se chega por esta análise.
Identificação da causa ou explicação do(s) mecanismo(s) pelo(s) qual(is) um fenómeno
afecta o comportamento ou estado de uma estrutura ou das suas componentes, baseada
numa “investigação” dos sinais e indicações por ela exibidas in situ, em laboratório, por
investigação em arquivos, etc.
C.12
Diagrama psicrométrico4
A representação gráfica das propriedades termodinâmicas do ar húmido e das relações
existentes entre si designa-se por diagrama psicrométrico.
Este diagrama é sempre relativo a uma determinada pressão atmosférica, em geral à pressão atmosférica de referência.
Difusão4
A difusão é um processo de mistura de pelo menos dois fluidos em que, na ausência de
outras forças de transporte, tais como fluxo de líquido ou gás ou gradiente de temperatura, uma maior concentração de líquido ou gás migrará sempre para uma região de menor
concentração.
Dobradiça40
Peça de ferragem que se aplica sobre um dos lados das folhas de portas ou janelas,
para regulação dos seus movimentos; o mesmo que gonzo ou bisagra.
Dono-de-obra5
Pessoa singular ou colectiva que manda executar a obra. No caso de obras executadas em
comparticipação, entidade a quem pertencem os bens ou que os administrará.
Entidade financeiramente responsável pela obra e sobre a qual recai a responsabilidade
última em termos de saúde pública, bem-estar e segurança.
Durabilidade5
Capacidade de uma estrutura desempenhar uma função que lhe é solicitada, sob a
influência de factores de degradação.
Capacidade de suportar a influência das acções ao longo do tempo, e de manter um
desempenho estético, económico e funcional durante a sua vida útil.
A capacidade de um edifício ou dos seus componentes desempenharem a função requerida durante um período de tempo especificado sob a acção dos agentes previstos em serviço. Durabilidade não é uma propriedade do material ou do componente, embora o termo
seja por vezes erradamente usado como tal.
Referências relacionadas: 29, 36, 42 e 54
C.13
E
Edifício3
Obra de construção, cuja finalidade principal é abrigar os seus ocupantes ou conteúdo,
geralmente fechada e projectada para permanecer num local.
Eflorescência3
Depósito salino, à superfície, de substância proveniente do interior do elemento.
Empena3
Parede lateral de um edifico, geralmente sem janelas ou portas, apta a receber outro edifício encostado.
Empolamento3
Deformação do conjunto do revestimento azulejar, destacando-se e afastando-se do
suporte.
Perda de aderência da pintura ou barramento, com formação de saliências.
Levantamento irregular duma camada delgada, frequentemente com 25 a 300 mm de
diâmetro à superfície da argamassa ou do betão, durante ou logo após o acabamento.
Ensaio3
Procedimento para avaliação crítica; meio de avaliar a presença, qualidade ou veracidade.
Referências relacionadas: 3, 52, 101, 116 e 120
Ensaios não destrutivos (END)3
Desenvolvimento e aplicação de métodos técnicos, para examinar materiais ou componentes, por processos que não prejudicam a futura utilidade e desempenho, a fim de
C.14
detectar, localizar, medir e avaliar falhas; para estimar a integridade, propriedades e composição, e para medir as características geométricas.
Referências relacionadas: 3, 71, 76, 95, 96, 116 e 120
Ensoleiramento40
Nivelamento geral dado ao respaldo dos alicerces para servir de base às paredes de elevação e de nível de referência aos revestimentos externos de pedra ou de outro material.
Esclerómetro3
Instrumento que permite estimar as propriedades mecânicas de um sólido através da restituição elástica ao ser percutido por uma massa.
Referência relacionada: 110
Espessura da camada de ar de difusão equivalente28
A espessura da camada de ar de difusão equivalente é a espessura da camada de ar em
repouso que possui a mesma resistência à difusão de vapor de água que o elemento construtivo de espessura e em que δ ar é o coeficiente de permeabilidade ao vapor de água do
ar, Rd é a resistência à difusão de vapor de água, µ o factor de resistência à difusão de
vapor de água e e a espessura.
S d = δ ar .Rd = µ.e
Esta grandeza é representada pelas letras Sd e a sua unidade é o m.
Evaporação28
A evaporação é a transformação de água líquida em vapor, geralmente como resultado de
um acréscimo de temperatura (é o oposto da condensação).
Exsudação (do betão)3
Separação da água da mistura não endurecida.
Exsudação (das tintas)3
Processo de difusão de uma substância colorida através da camada de tinta ou verniz, do
interior para o exterior, produzindo manchas ou descolorações não desejadas. Transferência de produtos solúveis de materiais de impermeabilização de coberturas impregnados de
betume, em água de cal, causando manchas nas faces inferiores de lajes de betão de
coberturas.
C.15
F
Factor de resistência à difusão28
O factor de resistência à difusão de um material é a relação entre a permeabilidade ao
vapor de água do ar e a permeabilidade ao vapor de água do próprio material. Indica
quantas vezes a resistência à difusão de um material é maior do que a de uma camada de
ar em repouso, de igual espessura e sujeita às mesmas condições ambientais.
O factor de resistência à difusão é uma grandeza adimensional e representa-se pela letra
grega µ .
Factor solar (de um vão envidraçado)61
Quociente entre a energia solar transmitida para o interior através do vão envidraçado
com o respectivo dispositivo de protecção e a energia da radiação solar que nele incide.
Fantasmas3
Manchas regulares na face exterior de uma parede rebocada, reproduzindo as juntas entre
tijolos ou blocos, em resultado da deficiente execução do revestimento.
Ferrugem3
Produto da corrosão do ferro e ligas nele baseadas, de cor castanho-avermelhada, composta principalmente por óxido de ferro hidratado.
Fluxo de difusão de vapor de água4
O fluxo de difusão de vapor de água é a massa de vapor de água que se difunde através de
um elemento por unidade de tempo, no sentido normal à superfície, sob o efeito de um
gradiente de pressão parcial ou de concentração de gás (vapor de água).
C.16
Fibra de vidro115
Fibra produzida a partir de um filamento contínuo de vidro fundido, utilizada habitualmente para reforços, seja na forma de tecido ou na forma de malha.
Fungo6
Organismo vegetal unicelular ou pluricelular que pode afectar consideravelmente as
características do material lenhoso, ou depreciar o seu aspecto.
C.17
G
Grande intervenção de reabilitação61
Intervenção na envolvente ou nas instalações cujo custo seja superior a 25 % do valor do
edifício, calculado com base num valor de referência (Cref) por metro quadrado e tipologia de edifício.
Referência relacionada: 61
C.18
H
Higrometria4
O parâmetro designado por higrometria traduz o aumento de pressão do vapor de água no
interior de um local em relação ao exterior e, consequentemente, define o gradiente de
pressão de vapor de água a que se encontra submetida a sua envolvente.
O valor deste parâmetro corresponde à relação entre a produção de vapor no interior de
um local e o caudal de ventilação.
A higrometria exprime-se em g/m3 e pode ser calculada com base na equação seguinte:
ω
Q
=
(wi − we )
0,825
Em que:
wi –
we –
Q–
Humidade absoluta interior (g/K)
Humidade absoluta exterior (g/K)
Caudal de ventilação (m3/h)
Higroscopicidade4
A higroscopicidade é a designação que se dá ao fenómeno pelo qual os materiais fixam a
água por adsorção e a restituem ao ambiente em que se encontram, em função das variações de temperatura e de pressão parcial de vapor de água.
Um material diz-se higroscópico se a quantidade de água que é capaz de reter por adsorção é relativamente importante.
Humidade absoluta do ar28
Define-se a humidade absoluta do ar a partir da quantidade de vapor que ele contém, em
volume ou em massa.
A humidade absoluta do ar corresponde à relação entre a massa de vapor de água (mv ) e
o volume (V) de “ar húmido”:
W=
mv
V
É representada pela letra W e as suas unidades são kg/m3.
Humidade do ar4
O ar seco é um ar anidro constituído por uma mistura de gases, nomeadamente Oxigénio,
Azoto, Árgon e Anídrido Carbónico. O ar húmido é uma mistura de ar seco e vapor de
água. Define-se a humidade do ar a partir da quantidade de vapor que ele contém, em
volume ou em massa.
C.19
Humidade ascensional (ou ascendente)20
Humidade que se manifesta em elementos construtivos em contacto com o solo (ascensão
capilar).
Referências relacionadas: 28 e 35
Águas freáticas
Águas de precipitação
Humidade relativa28
A humidade relativa é a relação entre a massa de vapor contida no ar e a quantidade
máxima de vapor que o ar pode conter, a uma determinada temperatura. O seu valor é
dado pela relação entre a massa de vapor de água (mv) e a massa de vapor de água de
saturação (mvs):
HR =
mv
× 100
mvs
Considerando o ar um gás perfeito, este valor também pode ser obtido através da relação
entre a pressão parcial de vapor de água (P) e a pressão de saturação (Ps):
HR =
P
× 100
Ps
A humidade relativa é representada pelas letras HR sendo uma grandeza adimensional,
geralmente expressa em percentagem.
C.20
J
Junta5
Separação física provocada intencionalmente em locais preestabelecidos num elemento
ou estrutura.
C.21
L
Ladrilhos cerâmicos7
Placas finas feitas de argilas e/ou outras matérias-primas inorgânicas, geralmente utilizadas como revestimentos para pavimentos e paredes, usualmente conformadas por extrusão ou prensagem à temperatura ambiente, mas podendo ser moldadas por outros processos, em seguida secas e subsequentemente cozidas a temperaturas suficientes para se
obterem as propriedades requeridas; os ladrilhos podem ser vidrados (GL) ou não vidrados (UGL), são incombustíveis e não são afectados pela luz.
Referências relacionadas: 1, 7, 31, 36, 48, 49, 56, 57, 58, 59, 63, 68, 90, 93 e 99
Ladrilhos extrudidos7
Ladrilhos cuja pasta é conformada no estado plástico numa extrusora, sendo a barra obtida cortada em ladrilhos com dimensões pré-determinadas.
Ladrilhos não vidrados7
Ladrilhos a que não é aplicado qualquer revestimento superficial vitrificado.
Ladrilhos prensados a seco7
Ladrilhos formados a partir de uma mistura em pó finamente moída, conformada em
moldes a altas pressões.
Ladrilhos vidrados7
Ladrilhos com a aplicação de um revestimento superficial vitrificado que é impermeável.
Lã mineral115
Material isolante, com aspecto lanoso, produzido a partir de rocha fundida, escória ou
vidro.
C.22
Ligante3
Elementos constituintes da argamassa ou do betão, capazes de agregar os constituintes
inertes (areias, britas, godos, etc.). Juntamente com a água, depois de endurecer, conferem
aos conglomerados coesão e resistência suficiente para os tornarem aptos à utilização na
construção.
Lintel6
Peça que delimita superiormente um vão de porta ou de janela.
Líquen6
Estrutura autónoma formada pela associação de uma alga com um fungo, estando numa
associação intermédia entre alga (planta que por fotossíntese produz matéria orgânica que
necessita para viver) e fungo (ser heterotrófico, que para sobreviver precisa de usar matéria orgânica sintetizada por outros organismos). É um organismo simbiótico em que a
alga, geralmente unicelular, produz a matéria orgânica e o fungo, envolvendo a alga, protege-a e absorve a água do exterior.
C.23
M
Mancha3
Alteração que se manifesta com pigmentação acidental e localizada na superfície. Está
relacionada geralmente com a presença de materiais estranhos ao substrato (por exemplo
ferrugem, sais cristalizados, substâncias orgânicas, vernizes, etc.).
Ref. Fotografia: 127
Manutenção5
Operações destinadas a minimizar os efeitos dos ciclos de deterioração na vida de um
edifício (ou de determinado parque edificado). São desenvolvidas sobre as diversas partes
e elementos da construção, assim como sobre as instalações e equipamentos. Operações
programadas e geralmente efectuadas em ciclos regulares.
Actividades destinadas a manter a capacidade ao nível desejado da estrutura ou do elemento estrutural. Em sentido lato, qualquer acção que contrasta com a melhoria e evita a
deterioração prematura. Uma das classes da MR&R (manutenção, reparação e reabilitação).
Massa volúmica28
A massa volúmica é determinada pela relação entre o peso do material seco e o seu volume aparente. É representada pela letra grega ρ e as suas unidades são kg/m3.
Metodologia5
a) Conjunto de práticas, procedimentos e regras usados por aqueles que trabalham numa
disciplina ou se envolvem numa pesquisa. Conjuntos de métodos de trabalho. b) Estudo
ou análise teórica desses métodos de trabalho.
Referências relacionadas: 34 e 37
Módulo de elasticidade5
Constante elástica dum corpo homogéneo e isótropo em estado de tensão simples. Define
a relação entre a tensão principal numa secção e a extensão principal correspondente.
O módulo de elasticidade representa-se pela letra E e exprime-se em Pa.
Monitorizar5
Observar de forma sistemática com o fim de obter informação. Medir ou ensaiar duma
forma sistemática.
C.24
Monumento62
Obras de arquitectura, composições importantes ou criações mais modestas, notáveis pelo
seu interesse histórico, arqueológico, artístico, científico, técnico ou social, incluindo as
instalações ou elementos decorativos que fazem parte integrante destas obras, bem como
as obras de escultura ou de pintura monumental.
C.25
O
Obsolescência3
Perda da capacidade de funcionamento satisfatória de uma unidade, devido a alterações
nas exigências de desempenho.
Ombreira6
Superfície que delimita lateralmente um vão; designação atribuída ao elemento de cantaria que define tal superfície.
C.26
P
Patologia da construção20
Ciência que estuda as causas dos problemas apresentados pelos edifícios bem como as
suas manifestações e formas de evolução.
Referências relacionadas: 8, 12, 16, 25, 26, 27, 30, 41, 43, 44, 49, 50, 117, 121, 123 e 124
Pavimento (Betonilha) autonivelante115
Pavimento executado com uma argamassa com propriedades autonivelantes.
Ref. Fotografia: 117
Peitoril6
Superfície que delimita inferiormente um vão de janela.
Referências relacionadas: 51 e 65
Permeabilidade4
A permeabilidade caracteriza a aptidão dos materiais porosos de serem atravessados por
um fluído, quando submetidos a um gradiente de pressão.
Permeância ao vapor de água4
A permeância ao vapor de água de um elemento é a densidade de fluxo de vapor de água
que o atravessa, referida à diferença de pressão parcial de vapor a que está sujeito entre as
suas faces.
Perpianho6
Pedra, de forma regular, utilizada na construção das paredes de cantaria, cuja dimensão
entre paramentos (comprimento, ou cauda) é sempre igual à espessura da parede; designação dada no norte do País à pedra de granito aparelhada.
C.27
Porosidade4
Os materiais de construção têm como característica estrutural, a existência de poros na
sua constituição.
A natureza, a importância e a disposição destes poros permite definir diferentes tipos de
porosidade, como por exemplo: porosidade fechada e porosidade aberta.
A porosidade exprime a proporção entre o volume de vazios dos poros e o volume total
do corpo. É uma grandeza adimensional que se representa pela letra grega ε e é geralmente expressa em percentagem.
Referência relacionada: 93
Porosidade aberta4
A generalidade dos materiais de construção têm porosidade aberta. Nestes materiais os
vazios comunicam entre si, permitindo a circulação de fluidos no seu interior. O material
é mais ou menos permeável em função da dimensão geometria dos poros.
Porosidade fechada4
Num material com porosidade fechada, os vazios não comunicam entre si e o material
permanece impermeável.
Pressão atmosférica ou barométrica4
O efeito da força gravítica sobre as moléculas da mistura de gases que constitui o ar
húmido leva a que o ar exerça uma determinada pressão, a chamada pressão atmosférica
ou barométrica. O valor da pressão atmosférica não é constante, variando em função da
altitude dos locais relativamente ao nível do mar. Ao nível do mar a pressão atmosférica é
cerca de 101325 Pa (pressão atmosférica de referência).
Pressão de saturação4
A pressão de saturação é a pressão parcial máxima que pode atingir o vapor de água no
ar, para determinadas condições de temperatura e pressão atmosférica.
A pressão de saturação é representada pelas letras Ps e a sua unidade é o Pa.
Pressão parcial do vapor de água4
A pressão parcial do vapor de água é a pressão que este teria se ocupasse individualmente
o volume ocupado pela mistura de ar considerada.
A pressão parcial do vapor de água é representada pela letra P e a sua unidade é o Pa.
C.28
R
Reabilitação5
Conjunto de acções destinadas a tornar funcional um edifício ou conjunto urbano, envolvendo frequentemente, melhoramentos.
Referências relacionadas: 5 e 9, 10, 11, 13, 14, 17, 18, 21, 22, 34, 37 e 38
Reboco3
Revestimento composto por uma ou mais camadas dum material plástico (argamassa),
destinado a assegurar a protecção à água, o isolamento térmico e a apresentação estética
da obra que ele recobre.
Referências relacionadas: 77 e 89
Recobrimento3
A menor distância entre a superfície da armadura e a superfície exterior do betão.
Recuperação5
Intervenção que coloca a reutilização como premissa e o acto de conservação como consequência. Intervenção que privilegia a função à qual se adapta o objecto. Requalificação.
Reforço5
Melhoria da capacidade resistente duma estrutura ou de parte dela.
Aumento da capacidade de carga duma estrutura, eliminando eventuais insuficiências.
Renovar5
Geralmente entendido como “restaurar” e praticado como “reconstruir”.
Remover a ferrugem, escovar, limpar.
Resistência à difusão de vapor de água4
O inverso da permeância ao vapor de água é designado por resistência à difusão de vapor
de água e representa a resistência que um elemento oferece à passagem do vapor de água.
C.29
Reparação5
Eliminação dos defeitos da danificação ou deterioração, restabelecendo o estado inicial da
estrutura.
Substituição ou correcção de materiais, componentes ou elementos duma estrutura que se
apresentem deteriorados, danificados ou defeituosos.
Uma medida que corrige os defeitos.
Restauro de qualquer parte de um edifício, tendo em vista a sua manutenção.
Resistência térmica4
A resistência térmica de um elemento de faces planas e paralelas é a resistência que esse
elemento oferece à passagem de calor, na direcção perpendicular às suas faces, por unidade de tempo e superfície, quando sujeito a um gradiente de temperatura unitário.
A resistência térmica é representada pela letra R e as suas unidades são m2.K/W ou
m2.ºC/W.
Referência relacionada: 61
Restaurar5
Restabelecer o aspecto ou o estado original de um objecto.
Restauro5
Restabelecimento dos materiais, forma e aparência, com referência a uma determinada
época da estrutura.
Conjunto de acções altamente especializadas desenvolvidas de modo a recuperar a imagem, a concepção original ou o momento áureo da história de um edifício, no qual a sua
arquitectura apresentava maior coerência.
Restabelecimento do conceito de legibilidade original de um objecto. Implica o respeito
pelos materiais originais, evidência arqueológica, concepção original e documentação
autêntica. Opção que tende a usar-se menos, no que concerne aos edifícios históricos.
Retracção5
Contracção devida, em geral, à redução do teor de água.
Revestimento5
O envelope exterior não portante da estrutura de um edifício.
Referências relacionadas: 2, 77 e 89
C.30
Revestimento Monomassa115
Argamassa concebida para revestimento, aplicada numa só camada, que cumpre todas as
funções de protecção e decoração conseguidas por um sistema multi-camada. Geralmente
é colorida.
Referências relacionadas: 29 e 64
Ref. Fotografias: 29
a) Projecção
(1.ª Fase)
b) Alisamento
com régua
c) Aperto com
talocha
d) Projecção
(2.ª Fase)
e) Raspagem com
talocha de pregos
f) Escovagem
final
Roço3
Cavidade com desenvolvimento linear executada à superfície de um elemento, para inserção de tubos ou condutores.
C.31
S
Saguão3
Pátio estreito e descoberto entre dois edifícios ou no interior de um edifício. Espécie de
alpendre à entrada dos conventos.
Sapata3
Maciço de alvenaria ou em betão armado concebido para funcionar como fundação directa de uma construção.
Saponificação3
Alteração da matéria gordurosa da tinta pelo alcalis, tornando-a pegajosa ou solúvel em
água (pintura).
Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior (ETICS)115
Sistema aplicado em obra, constituído por um conjunto de produtos industriais, que compreende no mínimo: argamassa de colagem ou mecanismos de fixação mecânica, material
de isolamento térmico, uma ou mais camadas de argamassa base, armadura de reforço e
camada de revestimento. Estes componentes são indissociáveis.
Na figura seguinte apresenta-se uma fotografia e um esquema do sistema ETICS.
Referências relacionadas: 61, 84, 85, 86, 87 e 88.
Sistema ETICS
Substrato5
A superfície sobre a qual o material de reparação é ou deverá ser aplicado.
Suporte material subjacente a um revestimento.
C.32
T
Tabique6
Parede divisória de espessura reduzida, cerca de 10 a 12 cm, normalmente formada por
um conjunto de tábuas costaneiras pregadas ao alto ou em diagonal, ao sobrado e ao tecto,
que recebiam nas duas faces um fasquiado de madeira, posteriormente revestido com
argamassa ordinária, e por fim, estucada.
Taxa horária de renovação de ar4
A taxa horária de renovação de ar corresponde ao número de vezes que determinado
volume de ar é completamente substituído numa hora.
Esta grandeza exprime-se em h-1 e é representada pelas letras Rph.
Referência relacionada: 47
Temperatura ponto de orvalho4
A temperatura ponto de orvalho é a temperatura abaixo da qual se verifica a condensação
do vapor de água contido no ar, ou seja, é a temperatura que, para uma determinada quantidade de vapor de água do ar, corresponde a 100% de humidade relativa.
A temperatura ponto de orvalho é representada pelas letras tpo e a sua unidade é o ºC.
Tempo Aberto (de uma argamassa)115
Intervalo de tempo máximo para o acabamento, desde o momento da aplicação de uma
argamassa. Quando o tempo aberto é ultrapassado, a aderência ao tacto é reduzida drasticamente (ver fotografias).
Referência relacionada: 81
Ref. Fotografia: 1
Teor de humidade (de um material)28
Um material diz-se húmido quando contém água no estado gasoso, líquido ou sólido, em
simultâneo ou não. A partir da quantidade de água que um material contém, pode definirse o seu teor de humidade através da relação entre a massa ou volume de água e a massa
e/ou volume do material. Assim, pode ter-se:
Teor de humidade mássico correspondente à relação entre a massa de água me e a
massa do material no estado seco ms. É representado pela letra w e as suas unidades são o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional.
C.33
w=
Teor de humidade em massa por unidade de volume, que corresponde à relação
entre a massa de água me e o volume aparente do material no estado seco Vs. É
representado pela letra u e as suas unidades são o kg/m3.
u=
me
ms
me
Vs
Teor de humidade volúmico, que corresponde à relação entre o volume de água
contido no material Ve e o volume aparente do material no estado seco Vs. É
representado pela letra grega θ e as suas unidades são o m3/m3, sendo uma grandeza adimensional.
θ =
Ve
Vs
Teor de humidade crítico28
O teor de humidade crítico é o teor de humidade que um material apresenta quando em
contacto com uma ambiência saturada e abaixo do qual o transporte de água por capilaridade é praticamente impossível.
O teor de humidade crítico é representado pelas letras Wcr e as suas unidades são o kg/kg,
sendo uma grandeza adimensional.
Teor de humidade de saturação28
O teor de humidade de saturação corresponde à quantidade de água que um material contém quando em contacto com água durante um certo período de tempo.
O teor de humidade de saturação é representado pelas letras Wsat e as suas unidades são o
kg/kg, sendo uma grandeza adimensional.
Certos autores utilizam a designação de Teor de Humidade Capilar ( u c ).
Teor de humidade higroscópico28
O teor de humidade higroscópico corresponde à quantidade de água que um material contém quando em equilíbrio com uma ambiência que apresenta uma determinada humidade
relativa.
Pode variar entre o zero absoluto, se o material estiver em contacto com uma ambiência
de humidade relativa nula, e o Teor de Humidade Crítico.
O teor de humidade higroscópico é representado pelas letras Wh e as suas unidades são o
kg/kg, sendo uma grandeza adimensional.
Teor de humidade máximo28
O teor de humidade máximo é o teor de humidade que um material apresenta quando todo
o volume não ocupado pelo esqueleto sólido da estrutura porosa está preenchido com
água.
C.34
O teor de humidade higroscópico é representado pelas letras Wmax e as suas unidades são
o kg/kg, sendo uma grandeza adimensional.
Térmita6
Insecto da ordem dos isópteros que vive em comunidades polimorfas, normalmente em
ninhos, que ataca e destrói a madeira com gravidade; os que mais estragos provocam na
madeira são o H. bajulos e a “formiga branca” (térmita subterrânea, que destrói o borne e
o cerne de madeiras húmidas, e por vezes, de madeiras secas).
Ref. Fotografia da esquerda: 133
Termografia116
A termografia é um método de determinação e representação da temperatura superficial
de um corpo, por medição da radiação infravermelha emitida pela sua superfície. A inspecção da qualidade térmica da envolvente de edifícios visa identificar e diagnosticar
anomalias construtivas associadas à solicitação da temperatura, facilitando a formulação
de acções correctivas ou de reabilitação.
Através dos termogramas é possível analisar e detectar:
Áreas da envolvente exterior não isoladas;
Redução da espessura de isolamento em áreas singulares;
Falta de estanquidade da envolvente opaca;
Falta de estanquidade ao ar dos vãos exteriores;
Defeitos em revestimentos de fachadas;
Perdas térmicas por pontos singulares.
Referências relacionadas: 39, 46 e 76
Trabalhabilidade (de uma argamassa)115
Conjunto de propriedades de aplicação de uma argamassa, que caracterizam a sua adequação ao uso.
C.35
Traço5
Proporcionalidade entre quantidades (normalmente medidas em volume), de ligante e de
agregados, em que se considera a parte de ligante igual à unidade.
C.36
V
Ventilação4
A ventilação é um processo que consiste em extrair o ar do interior dos compartimentos,
substituindo-o por ar exterior que é admitido.
Referência relacionada: 47
Vida Útil5
Período durante o qual a estrutura conserva os requisitos do projecto quanto a segurança,
funcionalidade e estética, sem custos inesperados de manutenção.
Período de tempo a seguir à construção, durante o qual a fiabilidade da estrutura satisfaz a
especificação.
Período de tempo a seguir à instalação, durante o qual um edifício ou as suas partes respeitam ou excedem as exigências de desempenho.
Viga3
Peça linear sujeita principalmente a esforços de flexão.
C.37
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