ESCOLAS OFICIAIS DE IDIOMAS
Proba de certificación de nivel avanzado
Portugués –– XUÑO 2009 – Proba A
Comprensión de lectura
Apelidos e nome da persoa candidata:
..................................................................
PROBA DE CERTIFICACIÓN DE NIVEL AVANZADO
Portugués
Comprensión de lectura
Puntuación e duración:
NON ESCRIBIR
Espazo para a
corrección
Tarefa 1
Aprox. 10 minutos
5 puntos
Tarefa 2
Aprox. 15 minutos
7 puntos
Tarefa 3
Aprox. 10 minutos
5 puntos
Tarefa 4
Aprox. 20 minutos
8 puntos
TOTAL
máx. 60 MINUTOS
TOTAL
25 PUNTOS
....... /25
Materiais ou instrumentos que se poden empregar durante a proba:
•
Bolígrafo con tinta negra ou azul.
Advertencias para a persoa candidata:
•
•
•
•
•
•
•
Os tempos son orientativos e non haberá pausa ningunha entre as distintas tarefas.
Os teléfonos móbiles deben permanecer apagados durante a proba.
Non se avaliará ningunha tarefa escrita con lapis ou emendada con líquidos ou
cintas correctoras.
Anularanse as respostas nas que se marque máis dunha opción, sempre que non
se indique con suficiente claridade que se trata dun erro.
En caso de erro, as persoas candidatas marcarán a nova resposta cun X rodeado
por un círculo x .
Anularanse as respostas que non sexan claras e/ou lexibles e que non estean
dentro dos espazos habilitados para tal fin.
Deberá asinar a entrega desta proba no documento correspondente.
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TAREFA 1
(....../5)
Está a consultar num semanário as informações de trânsito. Leia atentamente os 5
enunciados (do 1 ao 5) e os 7 textos (do B ao H). Escreva no quadro de respostas, EM
MAIÚSCULAS, a letra do texto que se corresponder com o enunciado correcto, como
no exemplo 0.
As respostas devem basear-se unicamente na informação contida nos textos.
A.
Ex.
O acidente envolveu dois veículos ligeiros e aconteceu pouco depois das 8:00
da manhã, no sentido Norte/Sul perto da saída para o Montijo, depois da
Ponte Vasco da Gama.
O trânsito na zona encontra-se condicionado. A circulação só é permitida
numa das faixas de rodagem da auto-estrada. No entanto, segundo o Major
Teles a circulação ficará restabelecida em breve.
http://tsf.sapo.pt
B.
O acidente, que não causou feridos, ocorreu quando duas viaturas ligeiras
chocaram, obrigando ao corte da faixa da esquerda da auto-estrada, no
sentido Sul-Norte, um pouco antes da área de serviço de Santarém.
Devido aos condicionamentos do trânsito, as filas de automóveis atingem já os
15 quilómetros, desde o local do acidente até ao nó de saída do Cartaxo.
http://tsf.sapo.pt
C.
O major Lourenço da Silva adiantou que este novo acidente envolveu cinco
veículos e que, apesar de as coisas já estarem resolvidas, o trânsito se
mantinha complicado junto ao nó do Fogueteiro.
«São mais ou menos dez quilómetros de fila, sem portagens de entrada em
Lisboa, tudo graças à falta de cuidado e à pouca atenção de alguns
condutores que se envolvem nestes acidentes perfeitamente evitáveis»,
acrescentou.
http://tsf.sapo.pt
D.
Os trabalhos de limpeza da via e de remoção dos carros envolvidos no choque em
cadeia obrigaram ao corte da faixa esquerda, estando o trânsito a circular apenas
pela berma e pela faixa direita.
Em consequência do acidente, regista-se um forte congestionamento de trânsito,
com uma fila compacta que atinge cerca de cinco quilómetros, não havendo ainda
previsão quanto ao restabelecimento normal da circulação.
http://tsf.sapo.pt
E.
Segundo as últimas informações, o acidente terá acontecido quando um veículo de
matrícula espanhola galgou o separador central da estrada, indo embater no
veículo de matrícula portuguesa, registado em Figueiró dos Vinhos. O acidente, que
envolveu ainda um veículo francês, causou ferimentos em cinco pessoas, três das
quais portuguesas, estando dois dos cidadãos nacionais em estado grave.
http://tsf.sapo.pt
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F.
Quatro pessoas perderam a vida esta terça-feira, na sequência do despiste do
veículo em que seguiam no IC2, na zona de Madalena, Leiria. O acidente eleva
para 15 o número de vítimas mortais registadas nas estradas portuguesas desde
sexta-feira, dia de inicio da «Operação Natal» da Brigada de Trânsito da GNR.
http://tsf.sapo.pt
G.
A polícia de Anglet, que acorreu ao local do acidente, indicou que um camião de
uma empresa espanhola que transportava madeira e era conduzido por um
português capotou numa estrada que está em obras.
«O camião capotou para a esquerda e apanhou dois carros que seguiam em
sentido contrário. Um deles era uma carrinha que transportava quatro homens para
o trabalho. Três morreram: o condutor, francês, e dois portugueses», indicou a
polícia.
http://tsf.sapo.pt
H.
Três pessoas ficaram hoje feridas, duas delas com gravidade, em dois despistes
ocorridos no IP 2 entre Beja e Castro Verde, disse à Lusa fonte do Centro Distrital
de Operações de Socorro de Beja. O primeiro acidente resultou do despiste de um
automóvel, cerca das 7h30, de que resultaram dois feridos graves. Mais tarde, cerca
das 9h40, na mesma estrada, o despiste de um outro automóvel provocou um ferido
ligeiro.
http://tsf.sapo.pt
QUADRO DE RESPOSTAS
ENUNCIADOS
0. Trânsito restrito por pouco tempo.
1. Camionista provoca acidente de trânsito.
2. Choque de vários veículos deixa via inutilizada.
3. Número de vitimas não pára de aumentar.
4. Acidentes causados por distracções.
5. Veículo em contra-mão provoca acidente.
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Letra
do
texto
Uso
exclusivo
para a
correcção
A
√
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TAREFA 2
(....../7)
Está num posto de turismo a ver folhetos das regiões de Portugal. Leia atentamente os
4 textos (do A ao D) e as 7 perguntas (da 1 à 7). Escreva no quadro de respostas, EM
MAIÚSCULAS, a letra do texto que contiver a informação solicitada, como no exemplo
0.
Todas as perguntas têm uma resposta, um mesmo texto pode dar resposta a distintas
perguntas, só há UMA resposta por pergunta.
As respostas devem basear-se unicamente na informação contida nos textos.
A. Distrito de Beja
Distrito português, pertencente à província tradicional do Baixo Alentejo. Com uma
área de 10 225 km², Beja é o maior distrito português.
Distribuindo-se por 14 concelhos, o distrito de Beja caracteriza-se por uma geografia
plana e de pouca densidade florestal. É um distrito que se estende entre a raia e a
costa atlântica, fornecendo, deste modo, um contraste paisagístico único.
Beja, capital do Baixo Alentejo, é um importante centro da produção de trigo e
produtos derivados da oliveira, essenciais para o desenvolvimento do concelho.
O rio Guadiana é presença constante no distrito de Beja e, como tal, um passeio de
barco é algo imprescíndivel. Assim como uma visita aos locais mais turísticos do
distrito como Alcoutim, Mértola e Serpa.
No mês de Março realiza-se a Ovibeja, uma feira em que a produção agrícola
regional é o pretexto para mostrar a cultura, a etnografia e a economia da região.
http://www.guiadacidade.pt
B. Distrito de Faro
O distrito de Faro é região de sol, praia, peixe e marisco. O distrito de Faro, com uma
área total de 4.954,5 quilómetros quadrados, é a região mais ao sul de Portugal
Continental.
O distrito de Faro corresponde à região do Algarve, nome que deriva da palavra
árabe "Al-Gharb". A cultura árabe teve um contributo muito grande na arquitectura da
região.
A região é extensa e com um clima mediterrânico, oferecendo temperaturas
agradáveis durante todo o ano. No distrito de Faro encontram-se algumas das praias
mais bonitas da Europa.
O património construído é outro ponto de paragem obrigatória. A arquitectura das
casas caiadas com chaminés de beleza inigualável, os campanários das igrejas e os
museus, que revelam excertos dos antepassados do povo algarvio, contribuem para
a singularidade deste destino. Para além das praias e das serras algarvias, onde se
podem fazer caminhadas, destaquem-se as animadas noites algarvias e os
magníficos campos de golfe que se estendem por toda a região.
http://www.guiadacidade.pt
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C. Distrito de Castelo Branco
O distrito pertencente à província tradicional da Beira Baixa Castelo Branco é
dominado por três estruturas fundamentais:
-
a região do vale do Tejo, de altitudes moderadas e poucos acidentes
orográficos.
-
A norte, estende-se de nordeste para sudoeste uma segunda região, bastante
mais acidentada, que compreende as serras de Alvelos, do Muradal, da
Gardunha e da Malcata.
-
A noroeste desta área, a Cova da Beira corresponde ao vale do rio Zêzere e
de alguns dos seus afluentes. As maiores altitudes do distrito situam-se na
serra da Estrela.
A Serra da Estrela é o grande cartaz turístico desta região, não só por ser uma
espécie de mini estância de Inverno, mas também pela beleza encantadora do seu
Parque Natural, pelas suas aldeias históricas e pela Rota dos 20 Castelos e
Fortalezas.
O distrito de Castelo Branco possui vários castelos e vilas que merecem ser
visitadas. É o caso das aldeias históricas de Monsanto, que inclui o povoamento
lusitano da Serra de Penha Garcia, um castelo do século XII, magníficos solares do
século XVIII e a igreja da paróquia e da Misericórdia (século XVI), e a aldeia granítica
de Sortelha. A aldeia de Idanha-a-Velha, conhecida pela sua beleza natural e pelos
vestígios históricos que encerra, é um museu aberto e vivo que ressalta a herança
dos mundos romano e visigótico em permanente (re)descoberta arqueológica.
http://www.guiadacidade.pt
D. Distrito de Setúbal
O distrito de Setúbal encontra-se localizado, maioritariamente, na Região de Lisboa e
Setúbal, e com 4 dos seus 13 concelhos integrados na Região do Alentejo; situa-se a
sul do Tejo, na costa atlântica. Setúbal, a capital do distrito de Setúbal, situa-se na
foz do Sado.
De interesse turístico são de salientar no distrito: a verdejante Serra da Arrábida, o
monumento do Cristo-Rei, em Almada; e as praias da Costa da Caparica, a pitoresca
aldeia piscatória de Sesimbra, o portinho da Arrábida, as ruínas romanas de
Miróbriga em Santiago do Cacém, Santo André e Tróia, entre muitas outras.
A nível cultural, o distrito promove o Festroia – Festival Internacional de Cinema de
Setúbal, uma das mais importantes manifestações culturais, e a Feira de Sant’Iago,
que, com mais de quatro séculos de existência, continua a ser o principal certame do
género na região, juntando o artesanato aos divertimentos, sem esquecer os
espectáculos musicais.
Com uma orla marítima de excepcional riqueza piscícola, a identidade gastronómica
da região afirma-se nos pratos de peixe, de que merecem especial referência a
caldeirada, a feijoada de choco, a espetada de tamboril, o choco frito e a sopa do
mar.
http://www.guiadacidade.pt
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QUADRO DE RESPOSTAS
PERGUNTAS
Letra
do
texto
Uso
exclusivo
para a
correcção
D
√
Sempre e só segundo a informação contida nos textos, que
distrito…
Ex.
0. se caracteriza por ter uma gastronomia baseada na pesca?
1. tem praias de especial qualidade e beleza?
2. faz fronteira com a Espanha?
3. tem grandes montanhas?
4. tem na agricultura a principal fonte de riqueza?
5. tem na cor branca parte da sua personalidade?
6. não tem como marca importante a presença de um rio?
7. tem infra-estrutura turística para condições climatéricas
adversas?
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TAREFA 3
(....../5)
Vai ler uma notícia do jornal Público. Leia atentamente o seguinte texto e enunciados.
Indique, no quadro de respostas, se os enunciados são verdadeiros ou falsos,
marcando a opção correcta com uma cruz, como no exemplo 0.
As respostas devem basear-se unicamente na informação contida no texto.
O fiscalista Saldanha Sanches desvalorizou hoje o pedido do advogado José
António Barreiros para uma investigação criminal na sequência das suas afirmações
à "Visão", em que denuncia a cumplicidade entre autarcas e o Ministério Público, e
considerou que este quer mostrar-se como "grande defensor da Justiça".
Em entrevista à revista Visão na passada quinta-feira, José Luís Saldanha Sanches,
especialista em Direito Fiscal e mandatário financeiro da candidatura de António
Costa (PS) à Câmara de Lisboa, afirmou que "nas autarquias da província há casos
frequentíssimos da captura do Ministério Público (MP) pela estrutura autárquica".
"Há ali uma relação de amizade e cumplicidade, no aspecto bom e mau do termo,
que põe em causa a independência do poder judicial", disse Saldanha Sanches.
As declarações, que vão ser analisadas amanhã em reunião do Conselho Superior
do Ministério Público (CSMP), já tinham sido consideradas "gravíssimas" pelo
Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP).
Saldanha Sanches reiterou hoje à Lusa as afirmações feitas à revista Visão,
salientando que "a excessiva proximidade com as autarquias pode ser um obstáculo
à imparcialidade".
Quanto ao pedido de José António Barreiros para uma investigação criminal na
sequência das suas afirmações, disse que o advogado "está a tentar mostrar-se
como o grande defensor da justiça".
"O que José António Barreiros diz é que todos os magistrados deste país são
arguidos por minha causa, por causa do que eu disse", afirmou.
Sobre a reunião do CSMP disse que aquele organismo "está no seu direito" e
acrescentou que não tem de ser informado antecipadamente.
O advogado José António Barreiros apresentou ontem no Departamento de
Investigação e Acção Penal (DIAP) uma denúncia criminal contra incertos, pedindo
ao procurador adjunto que investigue os alegados crimes de denegação de justiça e
prevaricação, corrupção passiva e abuso de poder subjacentes às declarações de
Saldanha Sanches.
Em entrevista ontem à SIC Notícias, José António Barreiros considerou que
Saldanha Sanches "denunciou crimes" e que, perante esse facto, "ninguém poderia
ficar indiferente", sustentando que "o sistema jurídico tem de tomar a sério as
declarações do fiscalista".
Para o fiscalista Saldanha Sanches, tudo não passa "de uma cabala de advogados
pouco esclarecidos".
Também ontem o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP)
considerou "gravíssimas" as declarações de Saldanha Sanches à revista Visão e
pediu na semana passada a intervenção do Procurador-Geral da República, Pinto
Monteiro.
O SMMP refere que Saldanha Sanches aludiu ao facto de ser frequente nas
autarquias da província, haver "captura do Ministério Público pela estrutura
autárquica".
No entender do SMMP, tais declarações "lançam um injusto e intolerável clima de
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suspeição sobre a generalidade da magistratura do Ministério Público que,
imperativamente, terá de ser dissipado".
Sobre a posição do SMMP, Saldanha Sanches refere apenas que as suas palavras
"chocam com as intenções do sindicato que está mais preocupado com os seus
sócios do que com os obstáculos a uma justiça eficiente".
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1295926
QUADRO DE RESPOSTAS
ENUNCIADOS
0. Segundo Saldanha Sanches, a perda de independência
do poder judicial tem vertentes positivas e negativas.
1. Em Lisboa, existe ou existiria influência da autarquia
sobre o Ministério Público.
2. Saldanha Sanches mostra-se displicente em relação a
José António Barreiros.
3. Pelo proceder de José António Barreiros, conclui-se que
pensa que Saldanha Sanches deveria levar a tribunal os
casos aludidos.
4. Para Saldanha Sanches, a reacção do SMMP é
meramente corporativa.
5. Saldanha Sanches mostra-se preocupado com as
consequências da suas declarações à revista Visão.
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V
F
Uso
exclusivo
para a
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X
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TAREFA 4
(....../8)
Entregaram-lhe este manifesto enquanto passeava na rua. Leia atentamente o texto.
Marque no quadro de respostas a opção correcta (a, b, c) em cada caso, como no
exemplo 0.
As respostas devem basear-se unicamente na informação contida no texto.
MANIFESTO EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA
A Educação é um dos instrumentos fundamentais no combate à desigualdade, pois
contribui, de modo decisivo, para a formação e a preservação de valores sociais,
cívicos e culturais essenciais, e reveste-se de particular importância para a entrada e
permanência das pessoas no mercado de trabalho e para o desenvolvimento da sua
vida profissional.
Compete ao Governo mobilizar e garantir recursos necessários para que o Estado
assegure Escolas Públicas com qualidade, que permitam o acesso e a frequência de
todas as crianças, jovens e cidadãos em igualdade de circunstâncias,
independentemente das suas condições económicas e sociais.
As opções neoliberais do Governo estão a conduzir a uma escola menos pública,
menos democrática, menos inclusiva, orientada para a certificação e o registo
estatístico do sucesso, em detrimento do conhecimento e do saber, voltada para
responder mais às necessidades dos grandes interesses económicos do que à
importância da formação integral dos cidadãos.
Tem sido visível um progressivo desinvestimento na Educação, como prova o
decréscimo real de verbas dos últimos anos, com impacto mais significativo nos
orçamentos dos estabelecimentos públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos
Básico, Secundário e Superior. A dita reorganização do 1.º Ciclo do Ensino Básico
está a levar ao encerramento de milhares de escolas e, em muitos casos, à entrega
da iniciativa ao sector privado. A privatização de diversos serviços nas escolas
básicas e secundárias, a abertura de linhas de privatização na promoção de
actividades que se integram no âmbito das áreas curriculares, a criação de uma
empresa para gerir as escolas secundárias, a profunda alteração da natureza pública
das instituições de ensino superior ou o desenvolvimento das chamadas parcerias
público/privado são apenas alguns exemplos do ataque que o Governo tem desferido
contra a Escola Pública.
As alterações impostas à legislação sobre Educação Especial põem em causa o
direito das crianças e jovens com necessidades educativas especiais a apoio
específico especializado e os princípios essenciais da escola inclusiva, inscritos em
recomendações internacionais subscritas pelo Estado Português.
A instrumentalização de indicadores referentes ao abandono e insucesso escolares,
e muita da certificação de competências, têm sido usados pelo Governo com
objectivos essencialmente de leitura estatística, postergando a imperiosa
necessidade de alcançar níveis de aprendizagem e formação consolidados, que
dotem os cidadãos dos instrumentos indispensáveis ao exercício de uma cidadania
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activa, à aprendizagem ao longo da vida e à adaptação permanente a um mundo em
constante mudança, constituindo, desta forma, também uma perda irreparável de
fundos comunitários e uma oportunidade mal aproveitada no sentido da indispensável
qualificação dos portugueses.
Na mesma linha de orientação, o Governo burocratizou o exercício da profissão
docente e almeja transformar os professores e educadores em profissionais acríticos
e simples executores de tarefas, trabalhando em condições de crescente
precariedade e amputados de direitos conquistados em mais de três décadas de
regime democrático.
Em todos os sectores de educação e ensino, o Governo tenta pôr fim ao que resta da
participação democrática na direcção e gestão das escolas, através de legislação que
põe em causa princípios fundamentais da Lei de Bases do Sistema Educativo e
mesmo da Constituição da República.
De impacto muito negativo para a qualidade da Escola Pública é, também, o ataque
sem precedentes que está a ser desferido contra os profissionais da Educação,
docentes e não docentes, com a liquidação de aspectos fundamentais das suas
carreiras profissionais, a introdução de novos e mais graves focos de instabilidade, a
par de uma campanha pública de desvalorização social da sua imagem, com
consequências que estão, ainda, por apurar na íntegra, mas a que não é alheio o
crescente número de situações de indisciplina e violência nas escolas.
É igualmente inaceitável que, para as famílias, os custos da Educação tenham
aumentado mais de 30% nos últimos seis anos, ao mesmo tempo que a acção social
escolar estagnou em níveis claramente insuficientes, incapazes de constituírem o
factor de discriminação positiva que se exige num país marcado por taxas de
desemprego, pobreza e precariedade muito elevadas, ao mesmo tempo que o nível
dos salários dos trabalhadores portugueses se apresenta como um dos mais baixos
da União Europeia a 15 membros.
Os portugueses têm razões para afirmar a sua oposição às políticas que o Governo
assume na área da Educação.
Os cidadãos e entidades subscritores defendem uma Escola Pública democrática, de
qualidade e para todos, pelo que exigem ao Governo e à Assembleia da República
uma mudança de rumo na política educativa, no sentido de serem respeitados os
preceitos constitucionais, a Lei de Bases do Sistema Educativo e de serem
aprovados outros instrumentos legais que promovam a Escola Pública Portuguesa.
www.escolapublica.com
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QUADRO DE RESPOSTAS
Ex.
0.
□ a)
□ b)
c)
No manifesto considera-se que o ensino público...
Uso exclusivo
para a correcção
ao igual que o privado, deve estar centrado na educação em
valores solidários das pessoas.
facilita a introdução das pessoas no mercado de trabalho
mais do que o ensino privado.
não deve dar tanta importância à obtenção de diplomas.
Uso exclusivo
para a correcção
1.
O manifesto considera...
□ a)
que a educação é um instrumento necessário na
erradicação das desigualdades sociais.
□ b)
que as escolas privadas devem ser subsidiadas.
□ c)
que a educação deve ser apenas garantida às crianças
menores de 14 anos.
2.
Segundo o manifesto, pode-se constatar...
□ a)
que cada vez há mais estabelecimentos de ensino privados.
□ b)
que o ensino básico é o que menos dinheiro público recebe.
□ c)
que, embora o dinheiro destinado ao ensino público não se
reduzisse, aumentou consideravelmente o destinado às
iniciativas privadas.
3.
O ensino público...
□ a)
é cada vez mais frequentado pelas crianças portuguesas.
□ b)
é de mais difícil acesso hoje do que há 10 anos.
□ c)
está prestes a desaparecer em Portugal.
Uso exclusivo
para a correcção
Uso exclusivo
para a correcção
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4.
Segundo o manifesto, as reformas educativas em curso...
□ a)
favorecem a inserção no mercado de trabalho dos e das
jovens portuguesas.
□ b)
podem ser anticonstitucionais.
□ c)
são promovidas por algumas empresas vinculadas aos
centros de ensino.
5.
O manifesto considera que a violência nas escolas...
□ a)
é uma consequência do desprezo que se projecta sobre a
figura da pessoa docente.
se veria reduzida se a situação laboral dos professores e das
professoras fosse mais estável.
é um problema que está a aumentar e que só vai poder ser
solucionado quando a legislação sobre educação mudar.
□ b)
□ c)
6.
□ a)
Segundo o manifesto, Portugal...
possui uma das piores situações laborais da Europa.
□ c)
tem um dos sistemas educativos mais caros da Europa.
exige a aprovação de normativas que garantam o respeito à
figura docente.
□ b)
exige a derrogação das leis de educação vigentes.
□ c)
exige o cumprimento da constituição.
□ a)
□ b)
□ c)
Uso exclusivo
para a correcção
Uso exclusivo
para a correcção
O manifesto...
□ a)
8.
Uso exclusivo
para a correcção
tem índices de qualificação profissional pouco satisfatórios e
um fracasso escolar acima da média europeia.
□ b)
7.
Uso exclusivo
para a correcção
Uso exclusivo
para a correcção
O manifesto...
é assinado por um colectivo de pessoas diversas vinculadas
aos centros de ensino.
é assinado por um colectivo de docentes e estudantes.
é assinado por um colectivo de pessoas preocupadas com as
políticas do governo.
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