Escolas Oficiais de Idiomas – Exame de certificação
Português – Nível Básico – Junho 2008
Compreensão de leitura
Apelidos e nome da pessoa candidata:
Junho
Português
- Nível Básico
* Compreensão de leitura
Cotações e duração:
NÃO ESCREVER
Uso exclusivo do
corrector
Tarefa 1
Aprox. 15 minutos
9 valores
Tarefa 2
Aprox. 10 minutos
8 valores
Tarefa 3
Aprox. 25 minutos
8 valores
TOTAL
máx. 50 MINUTOS
TOTAL
25 VALORES
/ 25
Materiais ou instrumentos que se podem empregar durante a prova:
•
Caneta com tinta preta ou azul.
Advertências para o alunado:
•
•
•
•
•
Os tempos são aproximados e não haverá pausas entre as tarefas.
Os telemóveis devem permanecer desligados durante a prova.
Não se avaliarão tarefas escritas a lápis ou emendadas com líquidos ou fitas
correctoras.
As respostas deverão ser claras e legíveis, e deverão dar-se nos espaços que
lhes estão destinados.
Em caso de erro ao marcar a resposta na tarefa de escolha múltipla, deverá
destacar-se a resposta pretendida com um X rodeado por um círculo.
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Compreensão de leitura
Tarefa 1
Associe os textos (identificados com um número) aos enunciados que figuram a
seguir (identificados com uma letra).
Tenha em conta que há 2 enunciados sem correspondência em nenhum dos textos e
que, portanto, devem ficar sem texto associado.
Texto 0 (exemplo)
Enunciado 0 (exemplo)
O PSD/Açores denunciou ontem que se encontram retidos na ilha Graciosa cerca de 1800
quilos de peixe para exportar, devido à "falta de espaço de carga" nos voos da SATA.
Texto 1
Enunciado (letra):
São 12 mil quilómetros a percorrer num carro antigo para partir à descoberta da verdadeira
história do djembé, o instrumento mais utilizado no quotidiano do povo africano.
Texto 2
Enunciado (letra):
Boné ao contrário, ténis desapertados. Sinónimos para “aspecto de marginal”, justificaram ao
pai de Carlos Costa os agentes da PSP de Queijas, Oeiras. Por isso puseram o rapaz de 16
anos de braços abertos, revistaram-no e “bateram-lhe com a cabeça três vezes contra o carro”.
Texto 3
Enunciado (letra):
As eleições para a direcção dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros, marcadas para o dia 26
do mês passado, não se realizaram. Estava iminente a impugnação do acto. As duas listas não
se entendiam quanto aos sócios, que, de acordo com os estatutos, podiam votar. Foram
convencidos a desistir pelo o presidente da Assembleia-Geral da corporação no sentido de
acertar critérios. As novas eleições deverão ocorrer antes do fim do mês.
Texto 4
Enunciado (letra):
A qualidade do sistema fiscal é o resultado de um equilíbrio entre a eficácia e a eficiência dos
serviços e o bom relacionamento com os contribuintes, referiu o secretário de Estado e dos
Assuntos Fiscais, na segunda-feira.
Texto 5
Enunciado (letra):
Cerca de um quilo de peças em ouro e 200 euros em dinheiro foram levados da igreja de
Nossa Senhora da Conceição, na Torre, Reguengo do Fetal, Batalha, deixando consternados e
inquietos os paroquianos, que agora olham desconfiados para quem chega.
Texto 6
Enunciado (letra):
Depois de ouvir o cunhado falar sobre uma viatura estacionada há três dias num descampado,
no Montijo, António (nome fictício) resolveu ir espreitar e encontrou um cadáver.
Texto 7
Enunciado (letra):
Porque estava em fim de gestação e começou a ter contracções, cerca das 5 da manhã de
sábado, uma mulher de Chaves foi levada pelo marido para a maternidade do Centro
Hospitalar, em Vila Real. Mas, três horas depois, um médico deu-lhe alta. As contracções
pararam e o médico ter-lhe-á dito que “ainda não estava para já” e que não a podia manter
internada por falta de camas. A parturiente regressou a casa. Por pouco tempo. Às 17h00 foi
ao Hospital de Chaves, de onde foi enviada de ambulância para Vila Real. A criança acabou
por nascer a 15 minutos da maternidade. Indignado com a situação, o marido promete
queixar-se à nova ministra da Saúde.
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Texto 8
Enunciado (letra):
Não conheço a realidade da diocese de Braga. Participo normalmente nas missas da paróquia
de S. Vítor e, por essa amostra, poder-se-ia dizer que a igreja bracarense apresenta uma
grande vitalidade. Sei, no entanto, que a parte que conheço está longe de representar um todo.
E tenho muita pena. Gostaria que a igreja ocupasse outro lugar no espaço público e tivesse
outro papel nas nossas vidas. Para isso necessitava de outro clero.
Texto 9
Enunciado (letra):
São cada vez mais as empresas que se associam, na quadra natalícia, a projectos ou a
associações solidárias quer lançando mascotes, quer fazendo reverter uma percentagem das
suas vendas para solidariedade. Nestas campanhas, todos ganham: as instituições conseguem
financiamento e as empresas destacam-se pela responsabilidade social.
Enunciados:
0. (EXEMPLO) Peixe por escoar na Graciosa.
a. A igreja pode fazer parte da nossa vida?
b. Bombeiros Voluntários só vão a votos no fim do mês.
c. Campanha contra alcoolismo juvenil.
d. Corpo abandonado nu no banco traseiro.
e. De Viana do Castelo à Guiné-Conacri num carro com 21 anos.
f. Família acusa a polícia de agredir rapaz diabético.
g. Grávida com alta de manhã teve bebé à tarde... na auto-estrada.
h. Levaram cofre onde estava guardado o ouro oferecido a Nossa Senhora.
i. Maior aproximação com utentes melhora qualidade das finanças.
j. Prendas que ajudam causas.
k. Região tem novo mapa turístico.
Das notícias on-line de: Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Correio do Minho, Falcão do Minho,
Semanário Transmontano, Jornal do Fundão, Diário de Leiria, Correio da Manhã.
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Tarefa 2
Leia estes dois textos (o desta página e o da página seguinte) e responda às perguntas
de Verdadeiro ou Falso.
Texto A
Uma mãozinha da Câmara
Os idosos de Mora dispõem de um novo serviço municipal –
– reparações domésticas gratuitas
É a segunda vez que Lucrécio e Maria Lucinda
Pinto, 75 e 72 anos, recebem a visita da Oficina
Domiciliária, um serviço de reparações domésticas, da
Câmara de Mora, recentemente criado para os idosos do
concelho alentejano. «Já cá vieram instalar o esquentador
e hoje foi para arranjar a persiana», diz Maria Lucinda. «É
uma iniciativa muito boa», elogia o marido. «Só temos de
pagar alguma peça que seja preciso comprar.»
O
pronto-socorro
doméstico,
ou
o
«anjo-da-guarda», como alguns já lhe chamam, é
Fernando Enderenço, 43 anos. «Tenho de comprar uma
peça para a persiana; amanhã passo cá outra vez», avisa.
Entretanto, encontra ainda tempo para consertar uma
torneira que pinga. «Há sempre mais qualquer coisa para
fazer», diz Fernando, com um sorriso, enquanto vai buscar
as ferramentas necessárias à carrinha – uma verdadeira
oficina ambulante. «Só não fazemos obras; quanto ao
resto, é de tudo um pouco», explica.
Agora, Fernando Enderenço chega à residência de
Custódia Pedras, para o segundo trabalho do dia. Vai
reparar uma torneira, na casa de banho, e colocar
lâmpadas novas na sala. «Estas são muito fortes; há outras
que gastam menos», aconselha Fernando, empoleirado
num escadote. Custódia, 75 anos, aproveita a sua presença
para uns dedos de conversa. «São pessoas muito sós, que
precisam de atenção», comenta o anjo-da-guarda. «Acabo
por ser também uma companhia. É disso que mais gosto,
neste trabalho.»
MENU DA
OFICINA
DOMICILIÁRIA
» Substituição de vidros
» Conserto de mesas e
cadeiras
» Eliminação de
pequenas barreiras
arquitectónicas
» Colocação de
lâmpadas
» Arranjos em tomadas e
interruptores
» Mudança de torneiras
» Colocação de
autoclismos
» Mudança de
fechaduras
Miguel Judas, Visão, 1 de Novembro de 2007
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Texto B
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Compreensão de leitura
A. Indique se as seguintes afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo
com o primeiro texto (Texto A), como no exemplo. Todas e cada uma das frases
podem ser Verdadeiras ou Falsas.
F
0. Todas as pessoas referidas na notícia têm mais de 70 anos.
1a. O serviço pode incluir a instalação de diferentes aparelhos domésticos, e não apenas o
arranjo dos já instalados.
2a. Sendo uma povoação pequena, o ‘anjo-da-guarda’ leva um carrinho de mão com todas as
ferramentas.
3a. O serviço propicia os relacionamentos pessoais do funcionário com as pessoas que ajuda.
4a. Na informação fornecida pela notícia, nada se diz sobre limitações em função dos
rendimentos das pessoas para acederem ao serviço.
B. Indique se as seguintes afirmações são verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo
com o segundo texto (Texto B). Todas e cada uma das frases podem ser Verdadeiras
ou Falsas.
1b. A Ikea vai à sua casa e toma as medidas da sua cozinha para lhe oferecer o seu produto
sem nenhum compromisso pela sua parte.
2b. Além do catálogo geral, existe um folheto específico de cozinhas.
3b. A Ikea disponibiliza a mobília de cozinha para ser pedida através da Internet.
4b. Se quiser que a Ikea faça a instalação da sua cozinha, antes receberá uma visita para
garantir que as medições estão certas.
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Tarefa 3
Leia este texto e responda às perguntas de escolha múltipla (a, b ou c).
VISITE ÉVORA
Como chegar
A Região de Évora é atravessada no sentido transversal pela auto-estrada LisboaMadrid (A6).
Longitudinalmente, o IP2 une as capitais de distrito do Alentejo interior (Beja, Évora
e Portalegre) ao Algarve e à Beira Baixa.
Vindo do Norte pela A1 Porto-Lisboa, entra-se na Região tomando a saída para
Santarém e seguindo a direcção A13. Esta auto-estrada entronca na A6 entre Marateca
e Vendas Novas.
Vindo do Algarve, quem optar pela A2 (Faro-Lisboa) encontra a mesma A6 na
Marateca.
Vindo de Espanha, pode entrar-se na Região por Elvas (A6) e por S. Leonardo (junto
a Mourão / Alqueva).
Quem não se desloca em transporte próprio, tem à disposição a Rede Nacional de
Expressos, com carreiras regulares para Évora a partir de qualquer ponto do país
(www.rede-expressos.pt) e as vias férreas que ligam Faro e Lisboa à cidade de Évora
(www.cp.pt).
A circulação na Região é simples. As estradas secundárias e municipais constituem,
por si só, percursos de descoberta com trânsito relativamente reduzido e excelentes
vistas panorâmicas.
Quem pretender visitar a Região em autonomia mas não tem transporte próprio, pode
recorrer aos Carros de Aluguer (identificados com a letra A nas portas laterais), aos
Táxis e aos Rent-a-Car. Na cidade de Évora existe uma “Linha Azul”, serviço de
autocarro que circula pelos principais locais da cidade.
Existem carreiras regulares de autocarro que ligam diariamente as várias localidades
da Região. Os seus horários estão adaptados às necessidades laborais e escolares dos
residentes, pelo que a sua utilização com objectivos turísticos nem sempre é fácil,
sobretudo quando se pretende uma pequena viagem de ida e volta no mesmo dia.
Onde ficar
A diversidade da oferta é uma das características do alojamento na Região mas, ao
contrário do que sucedia há uns anos atrás, a informação é abundante e bastante
detalhada.
Hoje, pode visitar através da net as Pousadas Históricas, belos hotéis conventuais de 4
e 5 estrelas ou requintados hotéis rurais; apreciar a qualidade de outras unidades de
hotelaria tradicional, de pequena e média dimensão; sentir o acolhimento familiar e a
tranquilidade das casas de Turismo em Espaço Rural; ou ver por dentro o ambiente
dos Parques de Campismo.
Todas as unidades de alojamento servem pequenos almoços. Quando não dispõem de
serviço de restaurante, nomeadamente no caso do Turismo em Espaço Rural, por
vezes servem as refeições principais mediante solicitação prévia.
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Onde comer
Se utilizar critérios como a importância atribuída à decoração e ao conforto, o
profissionalismo do atendimento, a variedade da ementa, a qualidade da confecção, o
apuro das chamadas “especialidades da casa” ou a generosidade da carta de vinhos,
verificará que existem na Região restaurantes de todas as categorias, para todos os
gostos e, também, para todas as bolsas.
Ainda há “tascas” genuínas onde se come muito bem.
Há restaurantes médios, bons e muito bons, uns com a chamada “cozinha honesta”,
outros com rasgos de génio em alguns pratos.
E há restaurantes de topo de gama: de abertura relativamente recente ou já muito
testados pelo tempo; de uma extrema fidelidade à gastronomia regional ou com
propostas de recriação “gourmet” da tradição, sempre com base nos melhores
produtos locais.
Se não puder ou não quiser deleitar-se todos os dias com a boa gastronomia
alentejana, saiba que tem outras opções: cafetarias com serviço de refeições ligeiras,
casas especializadas em sanduíches e saladas e boas pastelarias para lanchar.
Só tem que ter cuidado com as horas: quase todas as cozinhas dos restaurantes fecham
às 22h e são poucas as excepções que confirmam a regra.
Fora de horas, pode contar com serviço de snack em algumas cafetarias, bares e
discotecas.
É útil saber
Se tiver algum problema de saúde durante a sua estadia na Região de Évora, recorra
aos Centros de Saúde, existentes em todas as sedes de concelho, ou ao Hospital de
Évora, com serviços de urgência 24 horas por dia.
Se é cidadão da União Europeia, da Islândia, Liechtenstein, Noruega ou Suíça, e é
beneficiário de um sistema de segurança social no seu país, faça-se acompanhar do
Cartão Europeu de Seguro de Doença. Este cartão assegura-lhe a prestação de
cuidados de saúde nos serviços oficiais e/ou convencionados, sendo-lhe cobradas
apenas as taxas e/ou comparticipações em vigor para os cidadãos nacionais.
Adaptado de:
http://www.visitevora.pt/pt/conteudos/e_util_saber/como_chegar/
(e ligações)
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Escolha a opção adequada (UMA SÓ em cada item), de acordo com o texto, como no
exemplo:
Exemplo 0. Por Évora...
a) passa a A6.
b) passam a A2 e a A6.
X c) passam a A6 e o IP2.
1. O texto recomenda aos visitantes andarem pela região...
a) de autocarro.
b) de carro.
c) de comboio.
2. A A6 passa por...
a) Elvas.
b) Elvas e Santarém.
c) Santarém.
3. As estradas da região de Évora...
a) costumam ter engarrafamentos.
b) têm interesse turístico.
c) têm pouca circulação de autocarros.
4. Em Évora...
a) existem autocarros urbanos.
b) há autocarros urbanos para os turistas.
c) não existem autocarros urbanos.
5. Em Évora, pode-se comer...
a) em restaurantes topo de gama por pouco dinheiro.
b) em todo o tipo de restaurantes por pouco dinheiro.
c) por pouco dinheiro.
6. Em Évora, pode-se comer comida regional...
a) em restaurantes bons e em cafetarias com serviço de refeições ligeiras.
b) em restaurantes médios e em restaurantes topo de gama.
c) em tascas, em restaurantes médios e em cafetarias com serviço de refeições
ligeiras.
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7. O Cartão Europeu de Seguro de Doença...
a) dá acesso, embora restrito, ao serviço público de saúde português.
b) é um direito de todos os cidadãos da União Europeia.
c) não é um documento exclusivo da União Europeia.
8. O serviço público de saúde português...
a) é gratuito para os portugueses, mas não para os turistas.
b) é gratuito para os turistas, mas não para os portugueses.
c) não é gratuito para os turistas nem para os portugueses.
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