Adriana Costa de Oliveira
EQUAÇÃO DE REFERÊNCIA
PARA O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS
EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SAUDÁVEIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
BELO HORIZONTE
2007
Adriana Costa de Oliveira
EQUAÇÃO DE REFERÊNCIA
PARA O TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS
EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SAUDÁVEIS
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação
em Ciência da Saúde, Área de concentração Saúde da
Criança e do Adolescente, da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito
parcial para obtenção do grau de Mestre.
Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Duarte
Co-Orientadora: Profª. Maria da Glória Rodrigues Machado
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
BELO HORIZONTE
2007
2
O48e
Oliveira, Adriana Costa de
Equação de referência do teste de caminhada de
6 minutos em crianças e adolescentes saudáveis/
Adriana Costa de Oliveira. Belo Horizonte, 2007.
96f.
Dissertação.(mestrado) – Universidade Federal de Minas Gerais.
Faculdade de Medicina.
Área de concentração: Saúde da Criança e do Adolescente
Orientador: Marco Antônio Duarte
Co-orientadora: Maria da Glória Rodrigues Machado
1.Aptidão física/fisiologia 2.Padrões de referência 3.Teste de
esforço/métodos 4.Caminhada 5.Criança 6.Adolescente I.Título
NLM: WS 141
CDU: 616-053.2-072.7
3
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE MEDICINA
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Reitor: Prof. Ronaldo Tadêu Pena
Vice-Reitora: Prof. Heloísa Maria Murgel Starling
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Prof. Jaime Arturo Ramirez
FACULDADE DE MEDICINA
Diretor: Francisco José Penna
Vice-diretor: Tarcizo Afonso Nunes
PROGRAM A DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE – ÁREA
DE CONCENTRAÇÃO SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Coordenador: Prof. Joel Alves Lamounier
Subcoordenador: Prof. Eduardo Araújo de Oliveira
Profª Ana Cristina Simões e Silva
Prof. Francisco José Penna
Profª Ivani Novato Silva
Prof. Lincoln Marcelo Silveira Freire
Prof. Marco Antônio Duarte
Profª Regina Lunardi Rocha
Rute Maria Velásquez Santos (Rep. Discente)
4
Aos meus pais, Ronald e Myriam, e à minha irmã,
Elena, pelo apoio, pelo incentivo e pela ajuda na
escolha do melhor caminho para as conquistas da
vida.
Ao Gustavo, pela paciência e pelo
comprometido, acima de qualquer situação.
amor
5
AGRADECIMENTOS
Ao querido professor Marco Antônio,
pela experiência, orientação, disposição e tantas outras dedicações.
À professora Glória,
pelos incentivos e sugestões para além de suas obrigações.
Às crianças e adolescentes,
por concordarem em participar do estudo.
Ao Colégio Santo Antônio,
pela colaboração e disponibilidade.
Às amigas Sarah, Simone e Betânia,
pela presença e pelas inspirações na longa caminhada.
Às queridas Flávia, Juliana e Rita,
pela grande ajuda e participação na coleta de dados.
Enfim, a todos que contribuíram para essa caminhada,
o meu carinho.
6
LISTAS DE SIGLAS, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS
A - age (idade)
ATS - American Thoracic Society
bpm – batimento por minuto
b/m – batimento por metro
COEP - Comitê de Ética e Pesquisa
DC6 min - distância caminhada em 6 minutos
FC - freqüência cardíaca
FR - freqüência respiratória
G – gênero
H - height (altura)
IMC - índice de massa corporal
LLN – lower limit of normal (limite inferior da normalidade)
MMII - membros inferiores
6MWD - 6 minute walk distance (distância caminhada em 6 minutos)
PA - pressão arterial
PE máx. - pressão expiratória máxima
PI máx. - pressão inspiratória máxima
R 2D / 4D - razão entre os comprimentos dos dedos indicador e anular da mão direita
SpO2 - saturação periférica de oxigênio
TC6 min - teste de caminhada de 6 minutos
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
VIF - fator de inflação da variância
V&O2 máx - consumo máximo de oxigênio
W - weight (peso)
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Equação de referência para a distância caminhada no TC6 min em
adultos saudáveis.......................................................................................................28
TABELA 2 - Parâmetros cardiopulmonares avaliados nos TC6 min..........................42
TABELA 3 - Comparação entre as variáveis intervenientes (t de student) segundo os
gêneros.......................................................................................................................48
TABELA 4 - Coeficiente de correlação de cada variável interveniente com variável
resposta......................................................................................................................49
TABELA 5 - Resultados dos valores de p nos modelos de regressão avaliados.......53
TABELA 6 - Equação de referência para a distância caminhada no TC6 min em
crianças e adolescentes saudáveis............................................................................54
TABELA 7 - Modelo de regressão por gênero em crianças e adolescentes com as
variáveis usadas no modelo para adultos por Enright & Sherrill (1998) para a
distância percorrida no TC6 min.................................................................................54
8
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Medida da circunferência de coxa............................................................37
FIGURA 2: Medida do comprimento dos membros inferiores....................................37
FIGURA 3: Medida do comprimento dos dedos.........................................................38
FIGURA 4: Avaliação da composição corporal pela bioimpedanciometria.................38
FIGURA 5: Medida de peak flow.................................................................................39
FIGURA 6: Medida de força da musculatura respiratória...........................................40
FIGURA 7: Teste de caminhada de 6 minutos...........................................................40
FIGURA 8: Comparação da média da freqüência cardíaca inicial nos testes 1 e 2...42
FIGURA 9: Correlação entre a freqüência cardíaca final e a maior distância
caminhada...................................................................................................................43
FIGURA 10: Comparação das médias do índice de custo fisiológico nos testes 1 e 2
(p=0,30).......................................................................................................................43
FIGURA 11: Comparação da média das distâncias percorridas nos testes 1 e 2......47
FIGURA 12: Correlação entre a idade (meses) e a velocidade média.......................47
FIGURA 13: Correlação entre a idade (meses) e a maior distância percorrida..........49
FIGURA 14: Correlação entre o peso e a maior distância percorrida.........................50
FIGURA 15: Correlação entre a altura e a maior distância percorrida.......................50
FIGURA 16: Correlação entre a superfície corporal e a maior distância percorrida...50
FIGURA 17: Correlação entre o comprimento de MMII e a maior distância
percorrida....................................................................................................................51
9
FIGURA 18: Correlação entre a circunferência de coxa e a maior distância
percorrida....................................................................................................................51
FIGURA 19: Correlação entre o metabolismo basal e a maior distância percorrida..51
FIGURA 20: Correlação entre o peak flow e a maior distância percorrida.................52
10
SUMÁRIO
1- Resumo...................................................................................................................13
2- Abstract...................................................................................................................15
3- Introdução...............................................................................................................17
3.1- Testes de esforço.........................................................................................18
3.2- Teste de caminhada de 6 minutos em adultos.............................................19
3.3- Teste de caminhada de 6 minutos em crianças e adolescentes..................21
4- Hipótese..................................................................................................................24
5- Revisão de literatura...............................................................................................26
5.1- Pesquisa bibliográfica..................................................................................27
5.2- Equações de referência para a predição da distância percorrida no teste de
caminhada de 6 minutos em adultos...................................................................27
5.3- Equações de referência para a predição da distância percorrida no teste de
caminhada de 6 minutos em crianças e adolescentes........................................29
6- Objetivos.................................................................................................................31
6.1- Geral.............................................................................................................32
6.2- Específicos...................................................................................................32
7- Crianças, adolescentes e métodos.........................................................................33
7.1 - Seleção das crianças e adolescentes.........................................................34
7.2 - Critérios de inclusão....................................................................................34
7.3 - Critérios de exclusão...................................................................................34
7.4 – Crianças e adolescentes ……....................................................................35
11
7.5 - Variáveis avaliadas………………………...............……...............................36
7.6 - Cálculos estatísticos.......…….....................................................................45
7.7 - Considerações éticas................……………………………...........................46
8- Resultados..............................................................................................................48
9- Discussão...............................................................................................................58
10- Conclusão.................................…………………………………………………...….67
11- Referências bibliográficas.....................................................................................69
12- Anexos..................................................................................................................77
12.1- Anexo 1.......................................................................................................78
12.2- Anexo 2.......................................................................................................79
12.3- Anexo 3......................................................................................................80
12.4- Anexo 4.......................................................................................................82
12.5- Anexo 5.......................................................................................................96
12
1- RESUMO
13
Introdução: O Teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min) é utilizado para avaliar a
capacidade funcional em prática clínica e pesquisa. Equações de predição da
distância caminhada têm sido sugeridas para adultos saudáveis. Apesar de seu uso
freqüente em crianças e adolescentes, equações de referência para essa população
ainda não foram propostas. Objetivo: Elaborar uma equação de referência para o
TC6 min a partir da avaliação funcional de escolares e adolescentes. Crianças e
métodos: Foram estudadas 102 crianças e adolescentes sadios (41 meninos), com
idade entre 7 e17 anos, que praticavam atividades físicas propostas pelo colégio
e/ou até 2 vezes por semana fora do mesmo. Realizaram-se 2 TC6 min, com
intervalo de 15 minutos. A maior distância caminhada em 6 min (DC6 min) foi
considerada para a análise. Neste estudo observacional, as variáveis intervenientes
foram: gênero (G), idade, peso, altura, índice de massa corporal (IMC), índice de
superfície corporal, comprimento de membros inferiores (MMII), circunferência de
coxa, metabolismo basal, percentual de massa magra e de gordura corporal, peak
flow, pressões inspiratória e expiratória máximas, e razão entre o comprimento do
dedo indicador e do dedo anular da mão direita. Resultados: Na análise univariada,
foram significativas as seguintes variáveis intervenientes: idade, peso, altura,
superfície corporal, comprimento de MMII, circunferência de coxa, metabolismo basal
e peak flow. A análise multivariada mostrou poder de 24% representado pela
equação de referência: DC6minmetro = 640,7 + (0,86 x Idademeses) – (5,41 x IMC) –
(20,07 x G*).
*Para o gênero masculino, G = 0; para o gênero feminino G = 1.
Conclusão: Este estudo
mostrou uma equação de referência para a predição da distância caminhada no TC6
min em crianças e adolescentes saudáveis. As variáveis intervenientes idade, IMC e
gênero foram as que melhor explicaram a distância percorrida com R2 de 24%.
14
2- ABSTRACT
15
Context: The six minute walk test (6MWT) is used to evaluate the physical function in
practice clinic and in research. Reference equation to predict the walked distance has
been suggested for healthy adults. After revision of the subject, it was not found a
reference equation for 6MWT in children and adolescents in spite of its frequent use.
Objective: To elaborate an equation of reference of the 6MWT to evaluate functional
status of children and adolescents. Children and methods: 102 healthy children and
adolescents were studied (41 boys) with age among 7 and 17 years that just
practiced physical activities proposed by the school and or practiced less than 2 times
a week out of the school. Two 6MWT were accomplished with an interval of 15
minutes. The largest distance walked was considered for that study. In that
observacional study the intervening variables were: gender (G), age, weight, height,
BMI (body mass index), Body surface area, length of legs, thigh circumference,
metabolism, thin mass, fat mass, peak flow, maximal inspiratory and expiratory
pressures and ratio of the index finger / ring finger of the right hand. Results: In the
univariada analysis the significant intervening variables were: age (months), weigh,
height, body surface area, length of legs, thigh circumference, metabolism and peak
flow. The multivariada analysis showed the explanatory of 24% by the reference
equation: 6MWDmeter = 640,7 + (0,86 x Amonths) - (5,41 x BMI) - (20,07 x G*).
G = 0; to female G = 1.
*To male
Conclusion: This study elaborated a reference equation to predict
the walked distance in the 6MWT to healthy children and adolescents. The
intervening variables age, BMI and gender explained better the walked distance with
R2 of 24%.
16
3- INTRODUÇÃO
17
3.1- Testes de esforço
Existem várias formas de avaliar a capacidade funcional durante o exercício.
Algumas modalidades, como testes ergométricos na esteira e na bicicleta, fornecem
a monitorização completa dos sistemas envolvidos, enquanto outras fornecem
informações básicas e são de simples execução. Esses testes devem ser escolhidos
com base na clínica a ser estudada. Os testes de esforço, em ordem de
complexidade crescente, são: escada, teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min),
shuttle test, asma induzida por exercício, teste de estresse cardíaco (protocolo de
Bruce, Ellestad, Balke, Harbor, Astrand) e teste de exercício cárdio-respiratório
(American Thoracic Society, 2002).
Os testes de esforço físico podem ser graduados como máximos ou submáximos,
como diretos ou indiretos (com a utilização de diferentes ergômetros, a exemplo de
esteira ou bicicleta), e como de corrida e bancos (Steele, 1996). Howley (1988) e
Howley & Franks (1992) mostraram que a modalidade a ser indicada dependerá da
clínica do paciente (se cardíaco ou atleta), do custo (equipamentos e pessoal) e do
objetivo (limitação diferenciada de cada sistema ou estimativa da função cárdiorespiratória).
O teste de exercício máximo é considerado padrão-ouro para avaliar a capacidade
aeróbica máxima. Entretanto, esse teste desencadeia desconfortos como dor, fadiga,
exaustão e exigência de uma monitorização adicional. Os testes submáximos têm
sido uma boa opção de avaliação funcional por conseguir superar algumas
18
limitações. O TC6 min avalia as respostas ao exercício de forma integrada e global
por parte de todos os sistemas envolvidos na atividade física (circulação periférica e
sistêmica, hemodinâmica, unidade neuromuscular, metabolismo muscular, e
sistemas pulmonar e cardiovascular). Não oferece, porém, informações específicas
sobre cada órgão, ao contrário do que é possível no teste cardiopulmonar máximo.
3.2- Teste de caminhada de 6 minutos em adultos
Em 1963, Balke desenvolveu um teste simples para avaliação da capacidade
funcional, medindo a distância percorrida em um período determinado de tempo
(Cooper, 1968). Cooper (1968) adaptou e popularizou seu teste para 12 minutos de
corrida, utilizando-o na seleção de soldados para guerras. Esse teste foi readaptado
por McGavin et al. (1976) no intuito de ser aplicado em pacientes com bronquite
crônica, substituindo a corrida pela caminhada de 12 minutos. Butland et al. (1982)
encontraram uma correlação forte do consumo máximo de oxigênio ( V&O2 máx) obtido
nos teste de esforço máximo, tanto no TC6 min quanto nos exaustivos testes de
caminhada de 12 minutos, concluindo, então, que o de 6 minutos era tão eficiente
quanto os que exigem maior tempo.
O comitê de padronização de função pulmonar da American Thoracic Society (ATS)
desenvolveu o guidelines para TC6 min, escolhido por ser de fácil administração e de
maior tolerância, além de refletir melhor as atividades da vida diária (Enright, 2003).
Em uma revisão sistemática, Solway et al.(2001) concluíram que o TC6 min tem sido
19
o teste de caminhada mais extensivamente pesquisado e bem estabelecido,
mostrando que sua confiabilidade vem concentrando-se em 3 áreas: efeito do
encorajamento, testes seriados e horário do teste. Dessa revisão, 28 estudos
validaram o teste, mostrando uma forte correlação com o V&O2 máx e a capacidade
máxima de trabalho.
O TC6 min é uma modalidade de avaliação funcional simples e de baixo custo, que
conquistou grande importância na prática clínica e em pesquisas nos últimos anos
(Steele, 1996). Esse teste submáximo avalia a capacidade funcional, principalmente
de indivíduos com fibrose cística, doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão
pulmonar, cardiopatias e outras doenças. Avalia, também, os efeitos da reabilitação
pulmonar, a terapia medicamentosa, e a predição de mortalidade e morbidade em
candidatos a transplantes pulmonares e cardíacos (Solway et al., 2001; Enright,
2003).
A distância percorrida no TC6 min tem forte correlação com o V&O2 máx (r = 0,64)
medido nos testes de esforço máximo (Solway et al., 2001). O TC6 min tem outras
vantagens, como a boa tolerância da maioria dos pacientes, a ausência de
monitorização invasiva, e uma técnica simples e barata, reproduzindo um exercício
familiar e atividades de vida diária (Troosters et al., 1999). Suas desvantagens são: a
dificuldade de monitorização das respostas fisiológicas, a impossibilidade de
aplicação em pessoas com disfunções dos membros inferiores, as alterações de
valores por aprendizado ou excesso de motivação e a subestimação da capacidade
20
física de pessoas bem condicionadas (Elpern et al., 2000; Hamilton et al., 2000;
Steele,1996).
3.3- Teste de caminhada de 6 min em crianças e adolescentes
O TC6 min é usado em crianças e adolescentes com o mesmo propósito clínico que
em adultos. Butler et al. (1984), em um dos primeiros estudos com essa faixa etária,
mostraram, através do TC6 min realizado em crianças de 3 a 12 anos, que o índice
de custo fisiológico {(freqüência cardíaca durante a caminhada – freqüência cardíaca
de repouso) / (velocidade média / min)} é maior em caminhadas realizadas sem
sapatos do que nas realizadas por crianças calçadas.
O TC6 min também é empregado para a avaliação de tratamentos com drogas
(Kothari et al., 2002, Baki et al., 2002, Barst et al., 2002 e Harmatz et al., 2004) e
para a reabilitação (Upton et al., 1988 e Gulmans et al., 1996).
Nixon et al. (1996) demonstraram a eficácia do TC6 min para avaliar a tolerância a
exercícios praticados por crianças gravemente doentes, candidatas a transplantes
cardíaco, pulmonar ou ambos, ao compará-lo com o teste de esforço progressivo.
Demonstraram forte correlação entre o V&O2 máx e a distância caminhada (r=0,70;
p=0,01). Os resultados sugeriram que o TC6 min é um bom método alternativo para
avaliar a capacidade funcional de indivíduos gravemente doentes. Miyamoto et al.
(2000) correlacionaram o TC6 min com a clínica de pacientes de 14 a 67 anos,
21
portadores de hipertensão pulmonar primária. Barst et al. (2002) observaram uma
melhora da tolerância ao exercício através do TC6 min pré e pós uso da substância
Sitaxsentan em 6 crianças e 14 adultos com hipertensão arterial pulmonar. Harmatz
et al. (2004) testaram a segurança e a eficácia da reposição da enzima rhASB,
aplicando o mesmo teste em 6 crianças de 7 a 16 anos portadoras de
mucopolissacaridose do tipo VI.
A utilização do TC6 min está aumentando em freqüência e importância. Nenhum dos
estudos até hoje feitos incluiu um grupo controle de crianças saudáveis. Entretanto, o
teste está assegurado devido aos achados de confiabilidade e reprodutibilidade na
última década. Safrit (1990), em uma revisão, mostrou uma alta reprodutibilidade do
TC6 min nessa mesma faixa etária. Gulmans et al. (1996), além de reafirmarem a
reprodutibilidade desse teste, mostraram a sua validade ao avaliarem 48 crianças
holandesas portadoras de fibrose cística. Os mesmos resultados foram encontrados
por Li et al. (2005). Esses autores demonstraram a validade e a confiabilidade do
TC6 min em crianças chinesas saudáveis com idade de 14,2 ± 1,2 anos, visando a
avaliar a performance e a capacidade funcional. Entretanto, esses autores
consideraram o tamanho da amostra insuficiente para desenvolver uma equação de
referência, sugerindo a necessidade de valores padrões para o TC6 min em
crianças.
Sabe-se que existem inúmeras variações físicas entre adultos e crianças. Essas
diferenças são muito mais complexas que as medidas antropométricas. A fisiologia
22
infantil muda constantemente. Os seus sistemas estão em fase de crescimento,
desenvolvimento e maturação, sofrendo influências relacionadas à genética e aos
fatores extrínsecos: nível de atividade física, composição corporal, estado nutricional,
condição sócio-econômica, cultura, gênero, etnia, clima e localização geográfica.
Portanto, essa população tem um padrão singular de mudanças em seu organismo,
inclusive em termos comportamentais, que afeta seu desempenho físico e
emocional, podendo mudar suas respostas fisiológicas durante a prática de exercício
físico.
Vários estudos têm sido realizados utilizando o TC6 min para crianças e
adolescentes com doenças associadas à disfunção física. Todavia, não foram
encontrados estudos que incluíssem grupos de indivíduos saudáveis para
estabelecer equações de referência nessa última faixa etária.
23
4- HIPÓTESE
24
Este trabalho postula ser possível elaborar uma equação de referência para a
predição da distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min) em
crianças e adolescentes saudáveis. Indivíduos de idade entre 7 e 17 anos já
apresentam desenvolvimento cognitivo suficiente para compreendê-lo e realizá-lo.
25
5- REVISÃO DE LITERATURA
26
5.1- Pesquisa bibliográfica
Para este estudo, realizaram-se pesquisas bibliográficas de Outubro de 2004 a
Fevereiro de 2007, considerando os descritores six minute walk test, exercise test e
functional ability, além do termo livre reference equations de artigos indexados pelo
MEDLINE, via pubmed (www.nlm.nhi.gov). A seguir, foi realizada uma pesquisa
cruzada com os operadores boorleanos entre os termos six minute walk test e
reference equations. A pesquisa se refinou com os limites review ou clinical trial ou
guideline (tipo de artigo) e human (experiência em humanos), especificando-se,
ainda, com limites de idade (children).
Para a pesquisa latino-americana, a busca foi feita na BIREME (www.bireme.br), na
SCIELO (www.scielo.br) e no Jornal de Pediatria (www.jped.com.br). Foram
utilizados recursos da Biblioteca Baeta Viana para uso de livros, pesquisas interbibliotecas
e
acesso
a
artigos,
bem
como
os
portais
CAPES
(www.periodics.capes.gov.br) e BIREME (www.bireme.br). Os resultados não
registraram qualquer equação ou valor de referência para distância percorrida no
TC6 min em crianças e adolescentes saudáveis.
5.2- Equações de referência para a predição da distância percorrida no teste de
caminhada de 6 minutos em adultos
Estudos prévios, usando o TC6 min, foram conduzidos em grupos de pacientes com
doenças associadas e disfunções físicas. Enright & Sherrill (1998) propuseram uma
27
equação de referência para a distância percorrida nesse mesmo teste com 240
sujeitos americanos saudáveis, de 40 a 80 anos, a partir das seguintes variáveis:
idade, gênero, peso e altura. O teste foi realizado de acordo com o protocolo da
American Thoracic Society (ATS). Esse estudo desenvolveu equações separadas
para homens, com predição de 42%, e mulheres, com predição de 38%.
Valores normais para a predição da distância caminhada (R2=66%) foram
estabelecidos, também, por Troosters e Gosselink (1999). Esses autores avaliaram
51 belgas saudáveis, de 50 a 85 anos, a partir das variáveis de correlação
significativa: idade e altura. Esses indivíduos foram avaliados em corredores de 50
metros, com frases de encorajamento de 30 em 30 segundos.
Gibbons et al. (2001) desenvolveram outras equações de referência (R2=41%) em 79
sujeitos canadenses saudáveis, de 20 a 80 anos, com as variáveis sexo e idade.
Esse estudo utilizou um corredor de 20 metros, frases de encorajamento a cada 3
minutos e um descanso de 30 minutos entre os testes. Nesse estudo, a idade e o
IMC apresentaram correlação negativa com a distância percorrida, enquanto a altura
se correlacionou positivamente com a mesma variável. Contudo, apenas o sexo e a
idade foram considerados, pois as outras variáveis não aumentaram o valor de R2.
Enright (2003) publicou um estudo sugerindo que novas equações de referência
fossem elaboradas tendo em vista diferenças como a idade, o biotipo das
populações e outros fatores que podem comprometer seu uso. Contudo, suas
equações de referência continuam sendo as mais usadas para predizer a distância
28
caminhada no TC6 min em adultos (Tabela 1).
Tabela 1: Equação de referência para a distância caminhada no TC6 min em adultos saudáveis
Homem
6MWD = (7,57 x H cm) - (5,02 x A) - (1,76 x W
kg)
- 309m
When using either equation, subtract 153 m for the LLN
Mulher
6MWD = (2,11 x H cm) - (2,29 x W
kg)
- (5,78 x A) + 667m
When using either equation, subtract 139 m for the LLN
6MWD = Six minute walk distance (meters); H = height; A = age; W = weight; LLN = lower limit of normal.
Fonte: Enrigth PL, Sherrill DL. Reference equations for the six minute walk in healthy adults. Am J Respir Crit Care Med. V.158,
p.1384-1387, 1998.
5.3- Equações de referência para a predição da distância percorrida no teste de
caminhada de 6 minutos em crianças e adolescentes
Apesar do uso freqüente do TC6 min em crianças e adolescentes saudáveis, não é
de nosso conhecimento a existência de equação de referência para a predição da
distância percorrida durante esse teste nessa faixa etária. Considerando-se que o
teste de esforço máximo, realizado em esteiras e bicicletas, seja caro (indisponível
para maioria da população) e provoque riscos fisiológicos importantes (tornando
indispensável a presença de um médico), o TC6 min passa a ter uma importância
clínica não só por aumentar seu acesso público, como também por ser seguro (teste
de esforço submáximo) e de fácil aplicabilidade. Li et al. (2005) mostraram forte
correlação entre o V&O2 máx medido em testes de esforço máximo e a distância
caminhada no TC6 min realizado em crianças de 14,2 ± 1,2 anos.
No intuito de ampliar e facilitar ainda mais seu uso é de extrema importância
estabelecer equações de referência, como foi realizado para os adultos. Sua
29
elaboração possibilitará uma melhor monitorização de crianças asmáticas, com de
fibrose cística, cardiopatas e outras. Assim, as avaliações e prescrições de
exercícios serão facilitados sem que essas crianças sejam expostas aos
desconfortos dos testes de esforço máximo.
30
6- OBJETIVOS
31
6.1- Geral
Elaborar uma equação de referência para a predição da distância percorrida no
Teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min) em crianças e adolescentes saudáveis.
6.2- Específicos
(1) Determinar se os fatores intervenientes gênero, idade, peso, altura, índice de
massa
corporal,
superfície
corporal,
comprimento
de
membros
inferiores,
circunferência de coxa, metabolismo basal, percentual de massa magra, percentual
de massa gorda, peak flow, pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima
e a relação do comprimento do dedo indicador com o dedo anular da mão direita
podem influenciar a distância percorrida em 6 minutos por crianças e adolescentes
saudáveis que não são sedentários e nem praticaram exercícios físicos mais de 4
vezes por semana no ano anterior à pesquisa.
(2) Elaborar uma equação de referência para a predição da distância percorrida no
TC6 min, considerando esses fatores intervenientes após o ajustamento das
variáveis de confusão.
32
7- CRIANÇAS, ADOLESCENTES
E MÉTODOS
33
7.1- Seleção das crianças e adolescentes
Foram selecionados, por processo randômico, 102 crianças e adolescentes,
considerando o número do aluno na folha de presença (1 / 15 / 17 / 19 / 26) do
Colégio Santo Antônio. Inicialmente, foram recrutados 5 alunos referentes aos
números de chamada citados acima, de duas turmas da mesma série (horários
disponíveis diversificados). No primeiro encontro, o examinador explicou o trabalho e
convocou os 5 primeiros números selecionados. Quando o aluno se negou a
participar do trabalho ou quando houve outro tipo de perda, números sucessivos
foram convocados (31 / 14 / 4 / 33 / 11 / 6) e assim por diante.
7.2 - Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão no grupo foram: escolares e adolescentes de 7 a 17 anos,
saudáveis no último mês antes do teste e que estavam praticando exercícios físicos
até 4 vezes por semana (2 dias na educação física do colégio e no máximo 2 dias
em atividades física extra-curriculares) no ano anterior à pesquisa.
7.3 - Critérios de exclusão
Os critérios de exclusão para o estudo foram: alunos que praticavam mais de duas
atividades físicas regulares por semana além das duas aulas de educação física no
Colégio,
doenças
neuromusculares
ou
outras
alterações
no
sistema
musculoesquelético, déficit cognitivo, distúrbios de comportamento, alterações
34
cardiovasculares, deficiências respiratórias e outras condições clínicas importantes
que pudessem ser exacerbadas pelo esforço físico. A ficha médica de cada aluno
(anualmente atualizada por um médico da escola) foi examinada juntamente ao
questionário respondido pelos pais sobre as condições de saúde de cada criança e
ao exame físico. Qualquer doença ou condição que pudesse comprometer a
distância caminhada excluiria o indivíduo do estudo.
7.4 - Crianças e adolescentes
Um total de 41 meninos (40,2%) e 61 meninas (59,8%), de 7 a 17 anos, com média e
mediana de 12,9 ± 3 anos, realizou o teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min).
Essas crianças e adolescentes que participaram do estudo cursavam o Colégio
Santo Antônio, escola particular freqüentada por alunos de nível sócio-econômico
médio em Belo Horizonte.
Os dados fornecidos por esses sujeitos serviram de base para construir a equação
de referência da distância caminhada no TC6 min. Foram examinadas: 7 crianças de
7 anos de idade, 8 de 8 anos, 10 de 9 anos, 9 de 10 anos, 10 de 11 anos, 11 de 12
anos, 11 de 13 anos, 10 de 14 anos, 10 de 15 anos, 13 de 16 anos e 3 de 17 anos.
Os questionários sobre as condições de saúde dos sujeitos foram enviados aos pais
(anexo 1). Apenas uma criança era cardiopata e foi excluída da amostra. Três 3
alunos relataram história eventual de broncoespasmo; porém, nenhum deles
35
apresentou diagnóstico de asma, pneumopatia ou sinais de crise no último ano.
Esses indivíduos foram mantidos na amostra por não apresentarem sibilos ao exame
físico. Apenas duas mães não consentiram a participação de seus filhos no estudo,
sem, contudo, terem apresentado justificativa.
7.5 - Variáveis avaliadas
De acordo com a curva do índice de massa corporal (IMC) do National Center for
Healthy Statistics, nenhum dos 102 adolescentes e crianças avaliados apresentou
desnutrição ou obesidade.
Os fatores intervenientes usados para elaborar a equação de referência nessas
crianças foram: gênero, idade (meses), peso (kg), altura (cm), IMC (kg/m2), superfície
corporal (m2), comprimento de membros inferiores (MMII) em cm, circunferência de
coxa (cm), metabolismo basal (Cal/dia), massa magra (%), massa gorda (%), peak
flow (L/min), pressão inspiratória máxima (PI máx) e pressão expiratória máxima (PE
máx) em cmH20 e relação do comprimento (mm) do dedo indicador com o dedo
anular da mão direita.
A freqüência cardíaca (FC), a freqüência respiratória (FR), a pressão arterial (PA), a
saturação periférica de oxigênio (SpO2) e o nível de dispnéia medido pela escala de
Borg modificada (ATS, 2002) foram medidos antes, durante e depois do teste (anexo
2). Essa avaliação visou a para preservar a segurança da caminhada.
36
Para medir a FC, adaptou-se um monitor Polar (F1TM Finlândia) no tórax do aluno,
que transmitia os batimentos para o receptor de pulso. Aferiu-se a PA por meio do
esfigmomanômetro (Becton DickinsonTM Germany), calibrado antes e durante a
pesquisa. Utilizaram-se 3 tamanhos diferentes de bracelete, que eram escolhidos de
acordo com o comprimento do braço. A SpO2 foi aferida pelo oxímetro de dedo
(NoninTM Onyx, model 9500, Plymouth, Mn USA).
As medidas das variáveis intervenientes e da distância caminhada foram realizadas
no próprio colégio, situado na zona sul de Belo Horizonte. As crianças foram medidas
e pesadas em balança Filizola ®, inferida e aferida diariamente. Registraram-se,
também, gênero, idade, data de nascimento, IMC e superfície corporal (utilizando
nomograma).
A circunferência da coxa principal, medida com uma fita métrica milimetrada
(Hoechstmass, Germany), foi utilizada para avaliar a influência da musculatura dos
membros inferiores na distância percorrida (Figura1). O comprimento de membros
inferiores foi medido da sínfise púbica ao chão, no intuito de estudar a relação do
tamanho das pernas e, conseqüentemente, do passo, com a distância caminhada
(Figura2).
37
Figura 1: medida da circunferência da coxa
Figura 2: medida do comprimento dos membros inferiores
Os comprimentos dos dedos indicador e anular da mão direita foram medidos por
meio de um paquímetro de plástico (Vonder®, Curitiba, Brasil) com medida 150 mm
e escala de 0,05 mm. Tal instrumento foi posicionado da polpa do dedo à cabeça do
metacarpo (Figura 3). Essa medida reflete o teor de testosterona a que o sujeito foi
38
exposto no período fetal e se correlaciona com o desempenho muscular das crianças
e adolescentes no período pós-natal.
Figura 3: medida do comprimento dos dedos
(paquímetro Vonder®, Curitiba, Brasil)
A bioimpedância (BiodynamicsTM, modelo 310) foi realizada com o objetivo de
estabelecer a influência da massa magra, da gordura corporal e do metabolismo
basal na distância caminhada. A medida foi efetuada em decúbito dorsal, com 2
eletrodos posicionados nas extremidades distais dos membros superior esquerdo e
inferior esquerdo (Figura 4).
Figura 4: avaliação da composição corporal pela bioimpedanciometria
(BiodynamicsTM, modelo 310)
39
O peak flow (Vitalograph, asma PLAN+
TM
), único parâmetro da função pulmonar
avaliado, foi realizado de acordo com o protocolo sugerido por Sly et al. (1994). Os
alunos receberam instrução para inalar o máximo possível e depois exalar, com a
boca acoplada no bucal, o máximo de ar na posição de pé, sem clipe nasal. Essa
manobra se realizou 3 vezes e o maior valor obtido foi considerado para análise
(Figura 5). As medidas de peak flow foram relacionadas, em termos percentuais, aos
valores calculados pela equação predita por Godfrey et al. (1970).
Figura 5: medida de peak flow
TM
(Vitalograph, asma PLAN+ )
A medida da força da musculatura respiratória se realizou de acordo com o protocolo
de Enright et al. (1994). As manobras foram feitas com os alunos sentados, após
explicação e demonstração do procedimento pelo examinador. As medidas de PE
máx e PI máx foram medidas a partir da capacidade pulmonar total e do volume
residual, respectivamente. Para tanto, utilizou-se o manovacuômetro (Suporte®,
classe b, Porto Alegre, RS, Brasil) com intervalo operacional de –300 a +300,
calibrado antes e durante a pesquisa. O número de manobras variou de 3 a 5 vezes,
sendo cada uma sustentada durante 2 segundos, com intervalo de 1 minuto entre as
40
mesmas, para certificar o retorno dos dados vitais. Para análise final, foram
considerados os 2 maiores valores desde que os mesmos apresentassem uma
diferença menor ou igual a 10 % (Figura 6). Em caso de fuga do ar, a criança ou
adolescente examinado segurava suas bochechas. Para a análise dos dados, foram
considerados os valores preditos por Wilson et al. (1984).
Figura 6: medida de força da musculatura respiratória
(Suporte®, classe b, Porto Alegre, RS, Brasil)
O TC6 min foi realizado de acordo com o guidelines estabelecido pela ATS. As
informações sobre o teste estavam disponíveis no formulário de consentimento
(anexo 3) enviado aos pais após passar pelo Comitê de Ética. Junto a esse termo, foi
remetido aos pais um questionário para conhecimento da saúde do aluno (anexo 1).
No TC6 min, foram utilizados: cronômetro digital (KenkoTM 2802, China), cone laranja
de trânsito, cadeira de apoio, escala de Borg e fita métrica (Hoechstmass, Germany).
O lugar escolhido foi o Colégio, em um corredor aberto de 34 metros marcados de 2
em 2 metros com fita colorida. Os pontos de retorno foram indicados pelo cone
laranja ao fim do corredor (Figura7).
41
Figura 7: teste de caminhada de 6 minutos
Destinaram-se os 10 minutos anteriores à prova para o voluntário descansar em uma
cadeira, enquanto eram medidos os dados vitais e as instruções dadas. O aluno foi
orientado a: 1) usar roupas confortáveis e sapatos apropriados; 2) não realizar
exercícios vigorosos e nem aquecimentos nas duas horas prévias ao teste; 3)
caminhar de um extremo a outro do corredor com a maior velocidade possível, mas
sem correr, durante 6 minutos e contornando os cones localizados nos 2 extremos
da pista. Ao final de cada minuto, os pacientes eram encorajados com as frases
“você está indo bem” e “mantenha o bom trabalho”, padronizadas no tempo e
emitidas com o mesmo tom de voz. Ao final, foi pedido aos voluntários que
repetissem as orientações para verificar se as mesmas estavam claras e
memorizadas.
Foram realizados dois testes com intervalo de 15 minutos, no mínimo, para garantir a
reprodutibilidade do mesmo. Se houvesse diferença maior que 10% entre as
distâncias, um terceiro teste era realizado. Se o paciente apresentasse sintomas de
taquicardia, dores nas pernas ou qualquer outro desconforto poderia interromper o
42
teste para descansar em uma cadeira próxima, até que se julgasse preparado para
retornar à atividade. O cronômetro registrava esse intervalo. Caso ocorresse uma
desaturação abaixo de 88% ou fossem atingidos valores acima da freqüência
cardíaca submáxima (90% da FC máxima = 220 – idade), o teste era interrompido.
Esses procedimentos foram aplicados e controlados por 2 examinadores treinados,
cada qual mantendo-se em sua função específica (um examinador marcava a
distância caminhada e outro aferia os dados vitais).
Os dados vitais foram medidos antes, durante e depois da caminhada. Apenas a
variável FC inicial apresentou diferença (p=0,001) entre os testes (Figura 8). Nas
demais, não foram observadas diferenças estatísticas. A Tabela 2 mostra os
parâmetros cardiopulmonares avaliados no 1° e 2° teste. A escala de Borg não
apresentou correlação com a distância percorrida. Entretanto, a FC apresentou uma
correlação de r=0,36 e p=0,001 (Figura 9), evidenciando uma resposta fisiológica do
aparelho cardiovascular dessas crianças com a distância percorrida.
Figura 8: comparação da freqüência cardíaca inicial nos testes 1 e 2
(dados expressos em média ±DP)
43
Tabela 2: parâmetros cardiopulmonares avaliados nos TC6 min
Dados vitais
PAsi
PAsf
PAdi
PAdf
FC i
FC f
FR i
FR f
SpO2 i
SpO2 f
Borg i
Bor f
Teste 1
Média ± DP
105,5±10
114±11
68±10
73±9
95±13
154±37
20±5
31±7
97±10
96±10
0,5±1
2,7±2
Teste 1
Coeficiente variação %
9
10
14
12
14
24
24
24
10
10
153
68
Teste 2
Média ± DP
105±10
115±11
69±8
74±9
100±12*
155±22
21±4
31±7
97±1
96±8
0,6±1
3±2
Teste 2
Coeficiente variação %
10
9
11
12
12
14
20
23
1
8
155
73
PAsi – Pressão arterial sistólica inicial; PAsf – Pressão arterial sistólica final; PAdi – Pressão arterial diastólica inicial; PAdf Pressão arterial diastólica final; FC i – Freqüência cardíaca inicial; FC f – Freqüência cardíaca final; SPO2 I – Saturação
periférica de oxigênio inicial; SPO2 f – Saturação periférica de oxigênio final; FR i – freqüência respiratória inicial; FR f –
freqüência respiratória final; Borg i – Escala de Borg inicial; Borg f – Escala de Borg final. *p<0,05 em relação à freqüência
cardíaca inicial.
Figura 9: correlação entre a freqüência cardíaca final (FC) e a maior distância caminhada
A partir das variáveis FC final, FC inicial e velocidade média, foi possível medir,
também, o índice de custo fisiológico modificado (Butler et al., 1984). No presente
estudo, esse índice foi calculado pela seguinte fórmula: (FC
final
– FC
inicial
bpm) /
velocidade média (m/min). Identificou-se que o mesmo foi maior no primeiro teste
(0,56 b/m) do que no segundo (0,52 b/m). No entanto, esses valores não
apresentaram diferença significativa (Figura 10).
44
Figura 10: comparação do índice de custo fisiológico nos testes 1 e 2.
(dados expressos em média ±DP)
7.6 - Cálculos estatísticos
As variáveis foram descritas por meio de medidas de tendência central (média e
mediana) e variabilidade (desvio padrão). Também foram aplicados os testes de
normalidade de Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk. O teste t foi usado para
comparar a variável resposta (maior distância percorrida em 6 minutos) entre os
gêneros e a associação entre os gêneros em cada uma das variáveis intervenientes.
O teste t pareado foi utilizado para a comparação entre as médias dos parâmetros
cardiopulmonares avaliados nos TC6 min.
Para avaliar a associação entre as variáveis intervenientes e a variável resposta foi
utilizado o coeficiente de correlação linear de Pearson. Nessa análise, foram
consideradas variáveis intervenientes de significância ≤ 0,25. Um modelo de
regressão
linear
multivariado
foi
ajustado
para
cada
uma
das
variáveis
45
independentes. As variáveis foram selecionadas pelo método de forward elimination
até que o modelo contivesse apenas variáveis significativas. Para avaliar a
significância do modelo com as variáveis propostas por Enright (1998), foi utilizado o
teste F da análise de variância. A qualidade do ajuste foi avaliada pelo coeficiente de
determinação ajustado R2.
A elaboração do protocolo e do banco de dados foi desenvolvida no Microsoft® Excel
2000 (anexo 4) e, posteriormente, analisada no SPSS versão 8.0. As hipóteses
foram consideradas não nulas para p ≤ 0,05.
7.7 - Considerações éticas
O projeto foi submetido à avaliação da Câmara do Departamento de Pediatria da
Faculdade de Medicina da UFMG (parecer 12/05, aprovado em 01/04/05) e pelo
Comitê de Ética em Pesquisa Médica da UFMG - COEP (doc 103/05, aprovado em
02/09/2005).
Considerações sobre o teste de caminhada – incluindo seus riscos, seus benefícios e
a relevância da pesquisa, bem como o anonimato e os direitos dos pacientes, –
foram expostas no formulário de consentimento (anexo 3), dentro dos padrões
exigidos pelo COEP, e entregues ao responsável pela criança.
O fato de que o TC6 min seja de esforço submáximo elimina o risco à saúde da
46
criança e do adolescente. Trata-se de um procedimento seguro, simples e que
incorpora a monitorização dos dados vitais antes, durante e depois da atividade,
visando a interrompê-lo em caso de necessidade. As crianças se encontravam
submetidas a exames médicos anuais para a prática de Educação Física. O
documento do Colégio, aprovando o projeto, encontra-se no anexo 5.
47
8- RESULTADOS
48
Todas as crianças e adolescentes completaram todos os testes. Apenas uma criança
interrompeu o TC6 min de caminhada por queixar-se de forte dor muscular nos
membros inferiores, porém, após um descanso de 30 minutos, reiniciou-o sem
intercorrências. Nesse caso, o segundo teste foi substituído pelo terceiro, conforme
protocolo da ATS. As distâncias percorridas no primeiro e no segundo teste (Figura
11) não diferiram entre si (p = 0,188). As médias da maior distância caminhada e da
velocidade foram 634 ± 58,3 metros e 105,7 ± 9,7 metros / minuto, respectivamente.
Ambas apresentaram correlação significativa com a idade (Figura 12).
Figura 11: comparação das distâncias percorridas nos testes 1 e 2
(dados expressos em média ±DP)
Figura 12: correlação entre a idade (meses) e a velocidade média calculada a partir da maior
distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos
49
Não houve diferença estatística significativa das maiores distâncias percorridas entre
os gêneros. Portanto, foram realizados a estatística descritiva e o teste de hipóteses
para a comparação do efeito do gênero em cada uma das variáveis, apresentados na
Tabela 3.
Tabela 3: comparação entre as variáveis intervenientes (Teste t de student)
segundo os gêneros
Idade (meses)
Peso (kg)
Altura (cm)
IMC
2
Sup. Corp. (m )
Comp.MMII (cm)
Circ coxa (cm)
R 2d/4d (mm)
Magper (%)
Gordaper (%)
Metabol (Cal/dia)
Peak flow (L/min)
PI máx(cmH20)
PE máx(cmH20)
Maidist (m)
Gênero
(1-M,2-F)
Média
Mediana
Desvio
Padrão
Coeficiente
de Variação
Valor p
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
1
2
152,85
154,96
48,63
46,54
156,43
153,71
19,24
19,33
1,44
1,40
80
80
42,8
46,8
0,97
1,00
89%
82%
11%
18%
1288
1145
358
298
-97
-86
101,38
82
648,3
629,5
149,4
159,6
45,3
49,5
155,8
158,3
19,2
19,3
1,4
1,5
79
81
43
47,5
0,97
1,02
91%
83%
9%
17%
1229
1147
333
305
-95
-86
100
83
652
628
39,20
33,05
16,52
11,41
18,84
12,30
2,79
2,71
0,31
0,21
8,69
5,78
5,30
6,71
0,03
0,03
0,10
0,08
0,10
0,08
408,97
265,03
125,01
66,84
24,31
27,76
21,57
16,11
61
49
26%
21%
34%
25%
12%
8%
15%
14%
22%
15%
11%
7%
12%
14%
3%
3%
11%
10%
87%
46%
32%
23%
35%
22%
25%
32%
21%
20%
9%
8%
0,824
0,725
0,596
0,898
0,650
0,748
0,002
0,000
0,000
0,000
0,186
0,030
0,010
0,000
0,071
IMC– índice de massa corporal; sup. corp- superfície corporal; comp. de MMII- comprimento de membros inferiores; circ
coxa- circunferência da coxa; R 2D / 4D- razão entre o comprimento do dedo indicador pelo anular; magper- percentual de
massa magra corporal; gordaper- percentual de gordura corporal; metabol- metabolismo basal; PI máx- pressão inspiratória
máxima; PE máx- pressão expiratória máxima e maidist- maior distância caminhada.
50
Na Tabela 3, como se observa, 7 variáveis apresentaram diferença entre gêneros.
Dessas, apenas duas (circunferência de coxa e peak flow) foram consideradas para
as análises multivariadas iniciais, por apresentarem correlação significativa com a
distância caminhada (Tabela 4). Como, também, não encontramos uma diferença
estatística entre a distância percorrida e os gêneros, foram desenvolvidas equações
de referência para ambos os gêneros, concomitantemente.
Tabela 4: Coeficiente de correlação de cada variável interveniente com a variável resposta.
Variável
Idade (meses)
Peso
Altura
IMC
Superfície corporal
Comp. MMII
Circ. da coxa
Pearson
0,417
0,288
0,437
0,006
0,364
0,373
0,149
Valor p
0,001
0,004
0,001
0,951
0,001
0,001
0,139
Variável
R 2d / 4d
Magper
Gordaper
Metabol
Peak flow
PI máx
PE máx
Pearson
-0,004
-0,004
0,004
0,271
0,352
-0,010
0,056
Valor p
0,965
0,968
0,968
0,006
0,001
0,923
0,577
IMC – índice de massa corporal; Comp. MMII - comprimento de membros inferiores; circ da coxa - circunferência da coxa; R
2d / 4d- razão entre o comprimento do dedo indicador pelo anular; magper - percentual de massa magra corporal; gordaper percentual de gordura corporal; Metabol – metabolismo basal, PI máx - pressão inspiratória máxima; PE máx - pressão
expiratória máxima.
Portanto, nessa amostra, a distância máxima percorrida está, significativamente,
associada com: idade, peso, altura, superfície corporal, comprimento de MMII,
circunferência de coxa, metabolismo basal e peak flow. Todas as correlações são
positivas e estão ilustradas nas Figuras 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20.
51
rrrf
r=0,42
p=0,001
Figura 13: correlação entre a idade (meses) e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
r=0,29
p=0,004
Figura 14: correlação entre o peso e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
r=0,44
p=0,001
Figura 15: correlação entre a altura e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
52
r=0,36
p=0,001
Figura 16: correlação entre a superfície corporal e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
r=0,37
p=0,001
Figura 17: correlação entre o comprimento de membros inferiores (MMII) e a maior distância
percorrida no teste de caminhada de 6 minutos
r=0,15
p=0,14
Figura 18: correlação entre a circunferência de coxa e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
53
r=0,27
p=0,06
Figura 19: correlação entre o metabolismo basal e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
r=0,35
p=0,001
Figura 20: correlação entre o peak flow e a maior distância percorrida
no teste de caminhada de 6 minutos
Na seleção de variáveis para a regressão, foi avaliada a correlação de algumas
variáveis independentes entre si, além da correlação dessas com a variável resposta.
Adotou-se tal critério porque algumas delas, como idade, peso, altura e IMC,
mostraram-se fortemente correlacionadas entre si e foram resumidas a uma única
medida para entrar no modelo de regressão. Portanto, avaliou-se o valor de VIF
(fator de inflação da variância) ao calcular os modelos de regressões.
A variável IMC, inicialmente, apresentou uma fraca correlação com a variável
54
resposta. Apesar do IMC não explicar, isoladamente, a distância percorrida, optou-se
por considerá-lo, nessa etapa, já que pôde acrescentar informações significativas
quanto à maior distância na presença das demais variáveis incluídas no modelo. O
seu uso, em alguns modelos, apresentou valor de p ≤ 0,05, com melhores valores de
R2 e valores de VIF (fator de inflação da variância) < 10.
O modelo foi ajustado pelo método forward elimination, a partir do qual, a cada
passo, acrescentou-se ou se eliminou a variável de menor significância. O modelo foi
reajustado até que apresentasse apenas variáveis significativas com valores
adequados de VIF.
Observamos 2 outliers nos primeiros modelos desenvolvidos, que foram excluídos da
pesquisa. As significâncias dos resultados estão descritas na Tabela 5.
Tabela 5: resultados dos valores de “p” nos modelos de regressão avaliados
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
I(m)
<0,001
0,410
0,001
<0,001
<0,001
<0,001
<0,001
0,008
0,237
<0,001
IMC
0,010
0,006
0,003
0,064
0,005
0,001
0,009
peso
0,383
altura
PF
CC
CMMII Metab.
SC
gênero
0,104
0,208
0,113
0,883
0,148
0,012
0,043
R2 aj.
0,166
0,180
0,164
0,213
0,217
0,225
0,205
0,222
0,255
0,238
I(m) – idade em meses; IMC – índice de massa corporal; PF – peak flow; CC – circunferência da coxa; CMMII – comprimento
dos membros inferiores; metab. – metabolismo basal; SC – superfície corporal; R2 aj. – R2 ajustado.
Comparando-se o modelo 1 (apenas idade) e o modelo 4 (idade e IMC), optou-se
pelo último, pois contém mais informações. Posteriormente, foram incluídas novas
55
variáveis e registrados os valores de R2 ajustado apenas daqueles modelos que
apresentaram todas as variáveis com significância estatística. Apesar do modelo 10
não ter alcançado o maior valor de R2 ajustado (modelo 9 → R2 26%), utilizou 3
variáveis de fácil obtenção clínica e cálculo (idade, gênero e IMC). Portanto, esse foi
o escolhido como modelo final, com R2 de 24%. Sua equação estimada está descrita
na Tabela 6. O poder da amostra no TC6 min foi de 90%, suficiente para este
trabalho.
Tabela 6: equação de referência para distância caminhada no TC6 min
em crianças e adolescentes saudáveis
DC6m (metros) = 640,7 + (0,86 x Idade meses) – (5,41 x IMC) – (20,07 x G*)
DC6m = distância caminhada em 6 minutos (metros); IMC = índice de massa corporal; G = gênero. *Para o gênero masculino,
G = 0; para o gênero feminino G = 1.
Na tentativa de comparar com o modelo proposto para os adultos, tentamos ajustar o
modelo de regressão com as variáveis significativas na análise de correlação mais o
peso. O objetivo foi verificar se o modelo proposto por Enright & Sherrill (1998), para
adultos, apresenta resultados similares quando aplicado em nossos sujeitos. O
modelo inicial é constituído pelas variáveis altura, idade e peso, visando à explicação
da variável resposta para cada um dos gêneros.
Para o gênero feminino, o modelo é significativo (análise de variância, teste F,
p=0,004), apresentando R2=0,204 e R2 ajustado (coeficiente de determinação) igual
a 0,162. Esse modelo explica apenas 16,2% da variabilidade da resposta. No gênero
masculino, o modelo é, também, significativo (análise de variância, teste F, p=0,001),
apresentando R2=0,337 e R2 ajustado (coeficiente de determinação) de 0,283. Esse
56
modelo explica 28% da variabilidade da resposta. Os coeficientes estimados são
apresentados na Tabela 7.
Tabela 7: modelo de regressão por gênero em crianças e adolescentes com as variáveis usadas no
modelo para adultos por Enright & Sherrill (1998) para a distância percorrida no TC6 min
Modelo
Constante
Idade
Peso
Altura
Gênero Feminino
Coeficiente Erro Padrão
t
Valor p
217,057
124,52
1,743 0,087
0,596
3,958
0,151 0,881
-2,039
1,093
-1,865 0,067
3,238
1,168
2,773 0,007
Gênero Masculino
Coeficiente
145,108
4,615
-3,841
4,011
Erro Padrão
165,861
7,313
1,470
1,755
t
0,875
0,631
-2,612
2,286
Valor p
0,387
0,532
0,013
0,028
As equações estimadas para cada gênero são:
Feminino: DC6m = 217,06 + (0,6 x Idadeanos) – (2,04 x PesoKg) + (3,24 x Alturacm)
Masculino: DC6m = 145,21 + (4,62 x Idadeanos) – (3,84 x PesoKg) + (4,01 x Alturacm)
Pode-se perceber que a idade e a altura têm coeficientes positivos, ou seja, quanto
maior o valor dessas variáveis, maior a distância percorrida. Entretanto, o peso tem
coeficiente negativo, ou seja, quanto maior o peso, menor a distância percorrida. O
uso dessas duas equações não é adequado. Elas contêm variáveis não significativas
e apresentam menor explicação da variável resposta que a equação que
desenvolvida nesse estudo.
57
9- DISCUSSÃO
58
O teste de caminhada existe desde 1976, quando ainda era aplicado com 12 minutos
(McGavin et al., 1976). Butland et al. (1982) demonstraram forte correlação entre
aquele e o teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min), validando esse último que,
devido à sua fácil execução, vem sendo mais usado. Numa revisão sistemática,
Solway et al. (2001), evidenciaram, também, uma forte correlação entre o TC6 min e
os testes ergométricos na avaliação das variáveis freqüência cardíaca (FC),
saturação periférica de oxigênio (SpO2) e consumo de oxigênio ( V&O2 máx).
Desde 1998, várias equações de referência para predizer a distância caminhada por
adultos a partir do TC6 min vêm sendo propostas (Enright & Sherrill, 1998; Troosters
et al., 1999; Gibbons et al., 2001). Contudo, não foram encontradas na literatura
equações para crianças e adolescentes saudáveis.
Neste estudo foram realizados 2 testes em crianças e adolescentes para elaborar a
equação de referência do TC6 min. Diferentemente do observado em adultos
(Solway et al., 2001), as médias das distâncias percorridas não diferiram entre si
(p=0,188), evidenciando a reprodutibilidade do TC6 min. Resultados semelhantes
foram encontrados por Li et al. (2005) em crianças saudáveis e Gulmans et al. (1996)
em meninos com fibrose cística. Esse resultado sugere que não há efeito de
aprendizagem no TC6 min com crianças. Talvez a atividade de caminhar lhes seja
mais familiar (Gulmans et al., 1996).
A aplicação do teste de caminhada em crianças e adolescentes merece mais
59
cuidado. Mudanças fisiológicas ocorrem durante o crescimento e o desenvolvimento
humano. Assim como Butler et al. (1984) constataram, nossa pesquisa mostrou que
a velocidade no TC6 min realizado em crianças e adolescentes aumenta com a
idade. Esses resultados contrastam com os observados em adultos. O aumento da
idade correlaciona com menor distância percorrida (Enright & Sherrill 1998).
A FC inicial foi o único dado vital que apresentou diferença estatística entre as
médias nos 2 TC6 min realizados. O intervalo de descanso entre esses testes pode
ter sido insuficiente para o retorno à FC de repouso. Apesar disso, as médias das FC
finais em ambos não diferiram entre si (p=0,77). Além do que, a FC final apresentou
correlação positiva (r=0,36; p=0,001) com a maior distância caminhada.
Os demais dados, como PA, FR, SpO2 e escala de Borg avaliados antes, durante e
depois da caminhada, não apresentaram diferença estatística entre as médias do 1o
e do 2o teste. No entanto, o coeficiente de variação, principalmente, na escala de
Borg inicial, foi muito alto (153% no 1° teste e 155% no 2°). A escala de Borg final
apresentou coeficiente de variação de 68% no 1° teste e 73% no 2°. Talvez esses
dados sejam uma conseqüência da subjetividade infantil no entendimento da escala
de Borg.
Butler et al. (1984) demonstraram que o índice de custo fisiológico em crianças que
caminhavam descalças é maior do que nas que caminhavam calçadas. Nesse
estudo foi utilizada a FC final para substituir a média da FC durante o exercício,
60
medida a cada 25 metros, empregada por esses autores. O índice de custo
fisiológico foi calculado pela seguinte fórmula: (FC
final
– FC
inicial
bpm) / velocidade
média (m/min). Na presente pesquisa, embora não tenha havido diferença
significativa entre as médias dos 2 testes, esse índice foi maior no 1° (0,56 b/m) do
que no 2° (0,52 b/m). Tal dado pode justificar o fato de que a média da distância
caminhada no 1° teste foi maior do que no 2°.
As variáveis antropométricas, tais como peso, altura, comprimento de membros
inferiores (MMII) e índice de massa corporal (IMC), foram coletadas devido à sua
forte correlação com a distância percorrida, tanto para adultos (Enright & Sherrill,
1998) como para crianças (Butler et al., 1984). Em nosso estudo, o peso (r=0,29;
p=0,004), a altura (r=0,437; p=0,001) e o comprimento de MMII (r=0,373; p=0,001)
correlacionaram positivamente com a distância percorrida. Enright & Sherrill (1998)
postularam que passos longos são vinculados a maiores distâncias. O peso e o IMC,
em adultos, apresentam correlação negativa com a distância, uma vez que a
obesidade aumenta o esforço do exercício e diminui a eficiência da caminhada.
Diferentemente do IMC, o peso (r=0,288; p=0,004) apresentou correlação positiva
significativa com a distância caminhada. Diferentemente dos adultos, crianças e
adolescentes têm o ganho ponderal associado ao panículo adiposo e às variações
da massa magra corporal.
A massa magra, a gordura corporal e o metabolismo basal foram avaliados, na
tentativa de estudar, separadamente, a composição corporal. Com exceção do
61
metabolismo basal (r=0,27; p=0,006), as demais variáveis não apresentaram
correlação significativa com a distância caminhada. A superfície corporal não foi
estudada em adultos ou crianças como variável correlacionada à distância
percorrida. Em nossa pesquisa, esse parâmetro foi avaliado devido à sua
importância nas variações do crescimento das crianças (r=0,364; p=0,001). Essa
variável explica melhor o desenvolvimento do corpo quando comparada ao peso,
altura ou IMC.
A força muscular pode ser responsável por menores distâncias em adultos, devido à
redução gradual com a idade (Enright & Sherrill 1998), e maiores em crianças,
devido à fase de desenvolvimento e ganho de musculatura esquelética (Butler et al.
1984). Entretanto, nesse estudo não foi observada correlação entre a circunferência
da coxa principal e a distância caminhada no TC6 min (r=0,15; p=0,139).
Vários estudos demonstram que os valores espirométricos apresentaram uma forte
correlação positiva com a distância caminhada (Mak et al., 1993, Wijkstra et al.,1994)
e fraca em outros (Bernstein et al., 1994). Upton et al. (1988) encontraram uma
correlação significativa entre a distância caminhada no TC6 min e o FEV1 em
meninos como fibrose cística. Li et al. (2005) registraram a mesma correlação em
crianças saudáveis. Nesse estudo foi observada uma correlação significativa entre o
peak flow e a distância caminhada (r=0,352; p=0,001). Diferentemente, a PI máx e
PE máx não correlacionaram com a distância caminhada.
A influência da taxa de testosterona intra-uterina no tamanho dos dedos tem sido
62
descrita. Em ratos, babuínos e humanos foi comprovado que a razão 2D/4D
(comprimento do dedo indicador mão direita / comprimento do dedo anular mão
direita) é menor em machos do que em fêmeas (Manning 2002; Manning et al., 2000;
Peters et al., 2002). O tamanho dos ossos da mão é influenciado por esse hormônio
no período pré-natal. Os seres humanos que recebem uma elevada taxa desse
hormônio desenvolvem uma razão 2D/4D menor do que o grupo controle (Brown et
al., 2002b; Manning 2002a, Manning et al., 2003b). Manning et al. (2002a)
encontraram uma correlação negativa significativa entre a razão 2D/4D masculina
(menor) e a disposição, a habilidade, a velocidade e a agressividade humanas em
diferentes tipos de esportes, além de uma capacidade visual-espacial mais
desenvolvida. Postulamos a hipótese de que as crianças com menor razão 2D/4D
caminhassem mais por terem melhor desempenho muscular. Entretanto, não
encontramos correlação significativa entre 2D/4D e distância caminhada.
Para a análise multivariada foram consideradas as variáveis significativas (idade,
peso, altura, superfície corporal, comprimento de MMII, circunferência de coxa,
metabolismo basal e peak flow) para elaborar equações de referência do TC6 min
separados para os gêneros, como as apresentadas para adultos. O modelo final foi
constituído pelas variáveis altura, idade e peso, visando à explicação da variável
resposta para cada um dos gêneros. Porém, o uso dessas equações não se revelou
adequado, já que contêm variáveis não significativas, além de apresentarem uma
baixa proporção de explicação da variável resposta.
Após uma análise do efeito gênero em cada variável, observamos que apenas duas
63
de 8 variáveis de correlação significativa com a distância caminhada apresentaram
diferenças entre os gêneros (circunferência da coxa e peak flow). Como não
encontramos diferença estatística entre as distâncias percorridas e os gêneros, foi
desenvolvida uma equação de referência para ambos os gêneros.
Utilizamos as variáveis idade, gênero e IMC para a elaboração da equação de
referência do TC6 min. Essa última foi incluída apesar de apresentar correlação fraca
com a variável resposta. Optou-se por considerá-la na multivariada uma vez que
acrescenta mais informações ao modelo na presença de outras variáveis. Seu
emprego aumentou a significância e o valor de R2 com menores valores do fator de
inflação da variância (VIF). Apesar de outras variáveis correlacionarem à distância
percorrida, na presença de outras essas variáveis apresentaram ausência de
significância e baixa proporção de explicação da variável resposta. Isso talvez se
deva ao valor do VIF (> 10 = multicolinearidade), considerado, anteriormente, neste
trabalho para excluir variáveis com multicolinearidade.
Nossa equação explica apenas 24% da distância percorrida. Todas as variáveis,
porém, apresentaram valores significativos, considerando, ainda, fatores de
multicolinearidade. Portanto, outros fatores também influenciaram o teste. Os
trabalhos desenvolvidos para a equação de referência para adultos não relataram os
valores de significância de cada variável e/ou valores de VIF.
Enright & Sherrill (1998) encontraram modelos que explicaram 42% e 38% da
variação do TC6 min para homens e mulheres adultos e saudáveis, respectivamente.
64
Entretanto, incluíram apenas valores das variáveis contínuas que estivessem entre o
percentil 5 e 97,5. Calcularam, também, o lower limit of normal (LLN), subtraído da
distância predita no TC6 min quando o adulto não percorresse a distância estimada,
permitindo, assim, um melhor ajustamento dos resultados (Tabela 1). Tais
procedimentos otimizam o poder explicativo da equação. Se usássemos esses
métodos, o valor de R2 de nossa equação seria maior.
A maturação sexual não foi avaliada nesse estudo. Essa variável poderia
correlacionar com a distância percorrida devido à influência que os hormônios
sexuais exercem sobre a musculatura de sujeitos púberes. Apesar dos estudos sobre
a influência da testosterona no tamanho dos dedos terem avaliado as mãos via
imagens fotográficas ou radiológicas, medimos os dedos usando um paquímetro.
Suas medidas seriam menos precisas? Embora a maturação sexual não tenha sido
avaliada, diretamente, nesta pesquisa, não se pode negligenciar o seu importante
papel no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Novos estudos
para equações de referência nessa faixa etária devem considerar variáveis que
avaliam a maturação sexual.
Outros fatores, como o estágio cognitivo das crianças e a falta de compreensão
sobre a importância da execução do teste podem ter interferido nos resultados. Foi
observada, em várias crianças, uma dispersão no ato de realizar o teste. A questão
jocosa, na idade escolhida, deve ser levada em consideração. Os protocolos do TC6
min para adultos sugerem frases de motivação a cada minuto. Talvez as crianças
precisem de frases de motivação com intervalos menores ou, até mesmo, de frases
65
mais motivadoras. Todavia, essa suposição não foi testada, já que a comparação
entre as duas técnicas não era objetivo deste estudo.
Observação, também, relevante é que, talvez, o ciclo circadiano tenha influenciado
nos testes, devido aos diferentes momentos disponíveis para a sua execução. Os
horários de educação física de cada série eram variados. Caminhar no início da
manhã é diferente de caminhar pelo final da manhã ou até mesmo durante a tarde.
66
10 - CONCLUSÃO
67
Este estudo mostrou, pela primeira vez, uma equação de referência para a predição
da distância caminhada no TC6 min em crianças e adolescentes saudáveis. As
variáveis intervenientes idade, índice de massa corporal e gênero foram as que
melhor explicaram a distância percorrida. Como essas variáveis não diferiram
significativamente entre os gêneros, optou-se por um modelo único com R2
correspondente a 24%. A validação dessa equação deve ser feita e outras variáveis
devem ser testadas para aumentar seu poder de explicação.
68
11- REFERÊNCIAS
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76
12- ANEXOS
77
12.1- Anexo 1
Questionário aos Pais
Nome do aluno:
Responsável:
Idade:
1)Alguma vez na vida a criança teve sibilos (chiado no peito)? ( ) sim ( ) não
2) Alguma vez na vida teve asma ou bronquite?
( ) sim ( ) não
3) Já teve que ir ao médico por apresentar falta de ar?
( ) sim ( ) não
4) Já tomou ou toma algum remédio para asma ou bronquite? ( ) sim ( ) não
5) O seu filho(a) se cansa com facilidade?
( ) sim ( ) não
6) Você já percebeu se ele / ela tem dificuldade de fazer alguma atividade física por falta de ar?
( ) sim ( ) não
7) Nos últimos12 meses, teve sibilos (chiado no peito) após exercícios físicos?
( ) sim ( ) não
8) Nos últimos 12 meses , teve tosse seca à noite sem estar gripado ou com infecção respiratória?
( ) sim ( ) não
9) A criança fuma ou já fumou?
( ) sim ( ) não
10) Tem alguma alergia?
( ) sim ( ) não. A que?
11) Alguma pessoa que mora com a criança é fumante?
( ) sim ( ) não. Quem?
12) Alguma pessoa da família da criança tem ou teve asma ou bronquite?
( ) sim ( ) não
B- Quem?
( ) Pai ( ) Mãe
( ) Irmã ( ) Irmão
13) Seu filho faz atividade física regular fora das aulas de educação física no colégio?
( ) sim ( ) não. Qual atividade?
Quantas vezes por semana?
Há quanto tempo?
14) Seu filho tem ou teve alguma doença ou condição especial não mencionada anteriormente?
( ) sim ( ). Qual?
Toma algum remédio controlado?
( ) sim ( ) não. Qual?
Obs:________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
78
12.2- Anexo 2
FICHA DE COLETA DE DADOS
NOME:
DATA:
TELEFONE:
COLÉGIO/INSTITUIÇÃO:
ATIVIDADE:
FREQUÊNCIA:
IDADE (anos): _ _ , _
SÉRIE:
FC MÁX (bpm): _ _ _
FC SUB MÁX (bpm): _ _ _
PESO (kg): _ _ _ , _
ALTURA (cm): _ _ _
COMPRIMENTO DE MMII (cm): _ _ _
CIRC. COXA (CM) _ _
DEDO INDICADOR D (mm): _ _ _
DEDO ANULAR D (mm): _ _ _
IMC: _ _ , _
SUP. CORPÓREA: _ _ , _
MASSA MAGRA CORP. (%): _ _
METABOLISMO: _ _ _ _
PI máx (cmH2O): _ _ _
TESTE 1
DADOS VITAIS
PA (mmhg)
FC (bpm)
SPO2 (%)
FR (irpm)
AR
ESCALA BORG
DISTÂNCIA (m)
% GORDURA CORPORAL: _ _
PEAK FLOW (L/min): _ _ _
PE máx (cmH2O): _ _ _.
INICIAL
FINAL
2` APÓS
_ _ _ , _ _
OBS:_____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
TESTE 2
DADOS VITAIS
PA (mmhg)
FC (bpm)
SPO2 (%)
FR (irpm)
AR
ESCALA BORG
DISTÂNCIA (m)
INICIAL
FINAL
2` APÓS
_ _ _,_ _
OBS:_____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
79
12.3- Anexo 3
TERMO DE CONSENTIMENTO PARA ESTUDANTES ACIMA DE 12 ANOS
Eu e meu responsável fomos informados sobre a realização da seguinte pesquisa: “Equação
de referência do Teste de caminhada de 6 minutos (TC6 min) em crianças e adolescentes
saudáveis”, que será realizada em crianças estudantes do Colégio Santo Antônio.
Foi solicitado a mim e a meu responsável o consentimento para participação nessa
pesquisa, que tem como objetivo elaborar uma equação para determinar a distância
percorrida por crianças e adolescentes sadios em 6 minutos. Posteriormente, a pesquisa
será amplamente usada para avaliar a capacidade do organismo de fazer exercícios físicos,
programas de reabilitação e atividades terapêuticas de crianças e adolescentes doentes. Por
isso, esse teste deve ser realizado, primeiramente, em crianças e adolescentes sadios, com
o intuito de conhecer a distância recomendável para caminhar em 6 minutos na idade entre 7
e 17 anos.
Visando a realizá-la, terei que fazer 2 testes de caminhada de 6 minutos, com um intervalo
de 15 minutos entre os dois. Devo percorrer a maior distância possível em um corredor de 34
metros, podendo parar o teste, a qualquer momento, se sentir cansaço ou outro desconforto.
Serão coletados, também, outros dados como peso, altura, massa corporal, força dos
músculos respiratórios, batimento do coração, pressão arterial e freqüência respiratória.
Não será dito meu nome ou endereço para nenhuma pessoa. Os resultados serão
publicados em revistas de medicina e fisioterapia de forma anônima, ou seja, sem citar meu
nome ou outros dados pessoais que me identifiquem. Todas as informações fornecidas
sobre mim ficarão em sigilo e, ao terminar a pesquisa, os dados serão destruídos. Nada que
possa identificar-me será dito a outras pessoas.
Fiquei esclarecido de que não é obrigatória a minha participação nesta pesquisa. Caso eu
me recuse a faze-lo, não terei prejuízo algum ou problema na Escola. Os testes serão
realizados dentro da minha escola e em horário de aula. Não receberemos qualquer
pagamento, assim como, também, não teremos despesas.
Sendo assim, eu, ________________________________________________, concordo em
participar da pesquisa “Elaboração da equação de referência do Teste de caminhada de 6
minutos (TC6 min) para avaliação funcional de escolares e adolescentes”.
Belo Horizonte, _____/_______/_______
Assinatura do responsável ____________________________________________________
Assinatura do estudante ______________________________________________________
Dr. Marco Antônio Duarte
Rua Padre Rolim, 769 – sala 402 TEL: 3224-7341. Belo Horizonte - MG
Adriana Costa de Oliveira
Rua Capivari, 405/301. Bairro: Serra. Tel: 31-32252817. Belo Horizonte - MG
COEP (Comitê de Ética em Pesquisa Médica) – UFMG
Av, Antônio Carlos 6627 – Prédio da Reitoria – 7º andar-sl.7018 / TEL: 3499-4592
80
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu fui informado (a) sobre a realização da pesquisa “Equação de referência do Teste de
caminhada de 6 minutos (TC6 min) em crianças e adolescentes saudáveis”, que será
realizado em crianças estudantes do Colégio Santo Antônio.
Solicitaram-me o consentimento sobre a participação do meu filho (a) nessa pesquisa, que
tem como objetivo elaborar uma equação que determina a distância percorrida no referido
teste, por crianças e adolescentes sadios, em 6 minutos. Posteriormente, a pesquisa será
amplamente usada para avaliar a capacidade do organismo de fazer exercícios físicos,
programas de reabilitação e atividades terapêuticas de crianças e adolescentes doentes. Por
isso, deve ser realizado, primeiramente, em crianças e adolescentes sadios, com o intuito de
conhecer a distância recomendável para caminhar nas idades entre 7 e 17 anos.
A pesquisa consta de dois testes de caminhada de 6 minutos, com um intervalo de 15
minutos entre ambos. O participante deverá percorrer a maior distância possível em um
corredor de 34 metros, podendo interromper o teste, a qualquer momento, caso sinta
cansaço ou qualquer outro desconforto. Serão coletados, também, outros dados como peso,
altura, massa corporal, força dos músculos respiratórios, batimento do coração, pressão
arterial e freqüência respiratória.
Não será dito nem o nome nem o endereço do seu filho (a) para nenhuma pessoa. Os
resultados serão publicados em revistas de medicina e fisioterapia de forma anônima, ou
seja, sem citar nome ou outros dados pessoais que identifiquem o aluno. Todas as
informações fornecidas sobre o estudante ficarão em sigilo e serão destruídas ao final da
pesquisa.
Fica esclarecido de que não é obrigatória a participação do meu filho (a) nesta pesquisa e de
que, em caso de recusa, não haverá qualquer dano em sua vida escolar. Os testes serão
realizados dentro da própria Escola e em horário de aula. Não receberemos qualquer forma
de pagamento, assim como, também, não teremos despesas.
Eu, ________________________________________________, concordo que o meu filho
(a) faça parte da pesquisa “Elaboração da equação de referência do Teste de caminhada de
6 minutos (TC6 min) para avaliação funcional de escolares e adolescentes”.
Belo Horizonte, _____/_______/_______
Assinatura do responsável ____________________________________________________
Assinatura do estudante ______________________________________________________
__________________________________________________________________________
Dr. Marco Antônio Duarte
Rua Padre Rolim, 769 – sala 402 TEL: 3224-7341. Belo Horizonte – MG
__________________________________________________________________________
Adriana Costa de Oliveira
Rua Capivari, 405/301. Bairro: Serra. Tel: 31-32252817. Belo Horizonte - MG
COEP (Comitê de Ética em Pesquisa Médica) – UFMG
Av, Antônio Carlos 6627 – Prédio da Reitoria – 7º andar-sl.7018 / TEL: 3499-4592
81
12.4- Anexo 4
CÓD
NOME
SEXO
IDADE A
IDADE M
XSEM
PESO
ALTURA
1
IA
2
9,5
114,0
2
30,1
132,0
2
LC
1
8,1
97,2
4
36,8
139,0
3
PM
1
10,4
124,8
4
40,1
146,0
4
GB
1
14,2
170,4
4
50,0
156,0
5
PH
1
9,6
115,2
4
29,3
135,0
6
LM
2
9,6
115,2
4
51,5
154,5
7
AC
2
11,2
134,4
4
42,5
151,5
8
FL
1
7,6
91,2
2
29,0
129,0
9
JP
1
10,4
124,8
4
32,0
145,0
10
LG
2
7,5
90,0
4
21,5
128,0
11
AL
2
9,6
115,2
2
33,4
137,0
12
MM
1
8,6
103,2
4
33,4
136,0
13
AO
2
8,9
106,8
2
36,3
135,0
14
AA
2
9,8
117,6
5
35,5
146,0
15
LB
2
11,2
134,4
4
51,4
154,0
16
FC
1
11,6
139,2
6
42,0
156,0
17
RP
1
12,2
146,4
4
31,0
146,0
18
IS
2
11,2
134,4
1
52,8
154,0
19
GA
1
12,9
154,8
1
67,7
175,0
20
AL
2
13,2
158,4
4
64,7
172,0
21
GV
2
9,7
116,4
2
32,7
140,0
22
MA
1
10,2
122,4
4
36,0
133,0
23
LO
2
11,3
135,6
4
40,3
154,0
24
IP
2
10,9
130,8
2
32,7
140,0
25
AD
2
10,2
122,4
7
38,0
146,0
26
AF
2
10,7
128,4
4
38,0
148,0
27
LB
2
9,8
117,6
7
30,5
135,0
28
PD
2
17,5
210,0
1
52,8
161,0
29
IA
2
17,4
208,8
1
57,1
162,0
30
MR
2
17,0
204,0
4
51,4
162,0
31
CR
2
15,4
184,8
3
57,2
163,0
32
GF
2
15,3
183,6
3
38,5
156,0
33
AC
2
13,0
156,0
1
57,0
160,0
34
OM
1
13,3
159,6
6
43,3
160,0
35
GS
1
14,9
178,8
3
82,4
185,0
36
LR
2
14,1
169,2
1
60,0
172,0
37
GR
1
12,1
145,2
1
31,0
142,0
38
LM
1
12,3
147,6
3
42,7
145,0
39
GT
1
12,1
145,2
4
38,4
141,0
40
FP
1
11,2
134,4
1
49,5
151,0
41
SF
2
13,6
163,2
1
41,4
159,0
42
MA
2
14,1
169,2
4
53,9
163,0
43
NM
2
13,2
158,4
3
46,7
158,0
44
AF
2
12,9
154,8
1
39,7
159,0
45
MC
2
10,8
129,6
4
40,5
139,0
82
CÓD
NOME
SEXO
IDADE A
IDADE M
XSEM
PESO
ALTURA
46
NP
2
10,8
129,6
4
37,2
142,5
47
MM
2
14,6
175,2
3
49,0
161,5
48
BA
2
14,4
172,8
1
61,0
162,0
49
AC
2
14,6
175,2
1
49,5
155,0
50
AC
2
12,5
150,0
4
41,2
157,0
51
PA
1
13,2
158,4
1
47,2
158,5
52
IS
2
12,7
152,4
1
51,1
163,0
53
IM
2
10,8
129,6
2
31,0
133,0
54
AC
2
14,0
168,0
4
44,0
150,5
55
MD
2
14,4
172,8
3
52,4
163,0
56
GV
2
14,0
168,0
4
53,4
162,0
57
EA
1
14,4
172,8
4
56,7
163,5
58
PV
1
12,6
151,2
1
54,2
165,0
59
IC
1
12,7
152,4
3
41,0
155,5
60
PE
2
9,2
110,4
2
43,6
145,0
61
EG
2
14,2
170,4
1
56,4
159,5
62
ACM
2
14,4
172,8
1
45,7
159,5
63
AP
2
14,3
171,6
1
62,3
161,0
64
AN
1
7,9
94,8
4
30,0
133,0
65
IR
2
8,8
105,6
4
26,6
136,0
66
LL
2
12,2
146,4
3
51,4
160,0
67
BC
1
11,5
138,0
6
51,8
150,5
68
MJ
1
7,7
92,4
4
31,4
132,0
69
VA
1
8,3
99,6
4
26,3
130,0
70
LD
1
10,2
122,4
4
27,3
135,5
71
LG
2
13,4
160,8
4
70,8
160,0
72
LT
1
7,6
91,2
4
24,6
130,0
73
HB
1
8,6
103,2
4
34,6
135,0
74
AS
2
8,9
106,8
2
31,6
131,0
75
UM
2
14,2
170,4
1
49,5
172,5
76
FM
2
16,2
194,4
4
55,2
161,0
77
GM
2
15,6
187,2
1
52,1
156,0
78
LO
2
15,5
186,0
3
51,2
160,0
79
CS
2
14,9
178,8
1
55,9
165,0
80
IM
2
8,6
103,2
4
27,2
130,0
81
MA
2
8,3
99,6
4
23,0
126,0
82
LV
1
16,7
200,4
3
71,2
179,5
83
FM
1
16,6
199,2
1
63,2
189,0
84
LC
2
16,9
202,8
1
64,4
172,5
85
ALA
2
17,2
206,4
2
64,6
158,5
86
TN
1
16,5
198,0
4
76,4
171,0
87
FC
1
16,2
194,4
1
58,3
180,5
88
BM
1
17,1
205,2
1
64,1
182,0
89
BL
2
16,5
198,0
1
49,4
158,5
90
LC
2
15,9
190,8
1
52,2
166,0
91
GAP
1
17,4
208,8
4
65,0
178,0
83
CÓD
NOME
SEXO
IDADE A
IDADE M
X / SEM
PESO
ALTURA
92
MM
2
15,7
188,4
3
56,2
156,0
93
MA
1
16,8
201,6
4
59,5
176,5
94
VR
1
17,2
206,4
4
77,5
184,0
95
TF
2
17,9
214,8
4
62,7
167,0
96
FV
1
16,5
198,0
4
74,5
177,0
97
VS
1
17,0
204,0
4
64,3
175,5
98
GR
1
16,0
192,0
4
66,3
178,0
99
RB
1
17,0
204,0
3
58,3
165,0
100
RA
1
12,3
147,6
4
34,0
148,0
101
BC
2
15,7
188,4
1
60,0
165,0
DM
102
2
16,1
193,2
1
47,0
Sexo 1- masculino 2- feminino; idade em anos; idade em meses; X / sem- freqüência de atividades
físicas por semana; peso em Kg e altura em cm.
164,5
CÓD
NOME
IMC
SUPCORP
Comp MMII
CIRC COXA
2D/4D
MAGPER
1
IA
17,2
1,06
68,0
39,0
1,03
0,76
2
LC
19,1
1,20
71,0
43,0
0,99
0,82
3
PM
18,8
1,30
76,0
43,0
0,99
0,91
4
GB
20,8
1,45
86,0
44,0
0,98
0,89
5
PH
16,1
1,08
73,0
37,0
0,91
0,97
6
LM
21,7
1,41
84,0
48,0
0,94
0,73
7
AC
18,6
1,34
78,0
46,0
1,01
0,84
8
FL
17,5
1,04
66,0
34,0
0,93
0,93
9
JP
15,2
1,16
76,0
34,0
0,94
0,97
10
LG
13,2
0,88
70,0
30,0
1,01
0,74
11
AL
17,9
1,15
72,0
40,0
1,03
0,75
12
MM
18,1
1,14
79,0
41,0
0,96
0,77
13
AO
19,9
1,16
81,0
44,0
1,00
0,81
14
AA
16,6
1,24
76,0
43,0
1,03
0,83
15
LB
21,7
1,48
81,0
57,0
1,03
0,86
16
FC
17,3
1,38
70,0
42,0
0,98
0,97
17
RP
14,5
1,18
79,0
38,0
0,99
0,90
18
IS
22,8
1,48
84,0
54,0
1,02
0,79
19
GA
22,1
1,75
92,0
46,0
0,95
0,90
20
AL
21,9
1,75
88,0
54,0
1,03
0,79
21
GV
16,9
1,12
72,0
41,0
0,93
0,87
22
MA
20,4
1,14
69,0
40,0
1,00
0,97
23
LO
17,0
1,38
81,0
43,0
0,97
0,92
24
IP
16,7
1,14
73,0
39,0
0,99
0,90
25
AD
17,8
1,28
77,0
44,0
0,99
0,89
26
AF
17,4
1,28
78,0
42,0
0,95
0,81
27
LB
16,8
1,10
71,0
37,0
0,97
0,85
28
PD
20,4
1,50
84,0
51,0
0,98
0,77
29
IA
21,8
1,60
83,0
52,0
1,03
0,81
30
MR
19,6
1,50
81,0
53,0
1,01
0,90
31
CR
16,8
1,55
81,0
50,0
1,02
0,83
32
GF
16,0
1,32
81,0
37,0
1,03
0,93
84
CÓD
NOME
IMC
SUPCORP
Comp MMII
CIRC COXA
2D/4D
MAGPER
33
AC
22,3
1,55
83,0
54,0
0,99
0,89
34
OM
16,9
1,40
81,0
43,0
0,98
0,78
35
GS
24,1
2,00
92,0
53,0
1,02
0,87
36
LR
20,3
1,70
89,0
52,0
1,00
0,80
37
GR
15,3
1,14
71,0
33,0
1,01
0,97
38
LM
20,3
1,30
78,0
42,0
1,04
0,93
39
GT
19,3
1,24
72,0
40,0
1,01
0,97
40
FP
21,7
1,44
78,0
44,0
0,99
0,96
41
SF
16,4
1,38
82,0
40,0
1,02
0,94
42
MA
20,3
1,55
84,0
49,0
0,98
0,81
43
NM
18,6
1,40
80,0
46,0
1,05
0,92
44
AF
15,8
1,38
85,0
41,0
1,03
0,86
45
MC
21,0
1,28
73,0
46,0
1,01
0,77
46
NP
18,5
1,22
76,0
43,0
0,95
0,85
47
MM
18,8
1,48
83,0
48,0
0,98
0,84
48
BA
23,3
1,65
81,0
50,0
0,98
0,78
49
AC
20,6
1,46
80,0
47,0
1,01
0,75
50
AC
16,5
1,38
84,0
44,0
1,02
0,90
51
PA
18,9
1,42
79,0
41,0
0,93
0,97
52
IS
18,9
1,55
85,0
44,0
1,05
0,91
53
IM
17,6
1,08
70,0
38,0
1,03
0,75
54
AC
19,1
1,34
79,0
47,0
1,03
0,83
55
MD
19,4
1,50
81,0
55,0
1,06
0,73
56
GV
20,5
1,50
80,0
54,0
1,01
0,79
57
EA
21,0
1,60
86,0
48,0
0,96
0,97
58
PV
20,1
1,55
85,0
48,0
0,98
0,97
59
IC
17,3
1,38
81,0
39,0
0,98
0,90
60
PE
20,8
1,32
77,0
43,0
1,04
0,84
61
EG
22,6
1,50
81,0
53,0
1,00
0,83
62
ACM
18,3
1,44
83,0
48,0
0,94
0,82
63
AP
24,0
1,65
82,0
56,0
1,04
0,83
64
AN
17,0
1,08
68,0
40,0
0,94
0,97
65
IR
14,5
1,02
70,0
33,0
1,02
0,79
66
LL
19,8
1,48
81,0
46,0
0,97
0,91
67
BC
22,5
1,46
76,0
47,0
0,96
0,89
68
MJ
18,0
1,08
68,0
37,0
0,99
0,93
69
VA
15,6
0,94
66,0
34,0
0,97
0,93
70
LD
15,0
1,06
71,0
35,0
1,03
0,95
71
LG
27,7
1,70
85,0
64,0
1,04
0,71
72
LT
14,5
0,98
68,0
34,0
1,00
0,89
73
HB
19,0
1,14
69,0
40,0
0,94
0,97
74
AS
18,5
1,08
69,0
40,0
0,93
0,88
75
UM
16,8
1,55
88,0
46,0
1,02
0,94
76
FM
21,3
1,55
81,0
51,0
1,03
0,85
77
GM
21,4
1,48
80,0
50,0
1,03
0,80
78
LO
20,0
1,50
84,0
51,0
1,02
0,77
85
CÓD
NOME
IMC
SUPCORP
Comp MMII
CIRC COXA
2D/4D
MAGPER
79
CS
20,6
1,55
86,0
52,0
1,02
0,85
80
IM
16,1
1,04
69,0
39,0
0,97
0,88
81
MA
14,5
0,90
67,0
33,0
0,99
0,97
82
LV
22,3
1,90
85,0
50,0
0,97
0,57
83
FM
17,7
1,80
96,0
45,0
0,94
0,64
84
LC
21,8
1,70
92,0
51,0
1,02
0,57
85
ALA
25,8
1,65
76,0
61,0
1,04
0,58
86
TN
26,3
1,80
80,0
45,0
0,97
0,74
87
FC
18,0
1,70
91,0
43,0
0,97
0,70
88
BM
19,4
1,80
88,0
45,0
0,97
0,77
89
BL
19,8
1,48
82,0
49,0
1,02
0,59
90
LC
18,9
1,50
88,0
49,0
1,02
0,66
91
GAP
19,6
1,75
83,0
45,0
0,96
0,80
92
MM
23,1
1,50
81,0
54,0
1,04
0,67
93
MA
19,3
1,70
84,0
45,0
0,98
0,91
94
VR
22,9
1,90
94,0
53,0
0,97
0,93
95
TF
23,4
1,70
87,0
57,0
1,03
0,71
96
FV
23,8
1,90
91,0
51,0
0,98
0,86
97
VS
21,0
1,75
91,0
50,0
0,92
0,97
98
GR
21,0
1,75
89,0
47,0
0,92
0,87
99
RB
21,4
1,60
86,0
48,0
0,94
0,97
100
RA
15,5
1,20
76,0
39,0
0,96
0,84
101
BC
22,1
1,60
83,0
52,0
0,92
0,75
DM
102
17,4
1,46
83,0
48,0
0,98
0,83
IMC- Índice de massa corporal; Sup corp- superfície corporal; Comp MMII- comprimento de MMII; Circ coxa- circunferência
de coxa; 2D/4D- razão do dedo indicador pelo anular da mão direita; Magper- percentual de massa magra.
CÓD
NOME
GORDAPER
METABOL
PEAK_FLOW
PI_MAX
PE_MAX
MAIDIST
MENDIST
1
IA
0,24
697,0
200,0
-200,0
110,0
601,3
586,0
2
LC
0,18
919,0
220,0
-100,0
90,0
510,0
460,0
3
PM
0,09
1114,0
320,0
-120,0
100,0
680,0
652,0
4
GB
0,11
1358,0
350,0
-120,0
130,0
700,0
664,0
5
PH
0,03
864,0
200,0
-110,0
120,0
690,0
650,0
6
LM
0,27
1151,0
340,0
-120,0
100,0
588,0
586,0
7
AC
0,16
1092,0
320,0
-90,0
100,0
632,0
612,0
8
FL
0,07
817,0
180,0
-80,0
100,0
510,0
476,0
9
JP
0,03
944,0
300,0
-100,0
110,0
680,0
658,0
10
LG
0,26
486,0
200,0
-60,0
70,0
582,0
564,0
11
AL
0,25
760,0
220,0
-70,0
90,0
520,0
497,0
12
MM
0,23
782,0
220,0
-100,0
110,0
600,0
540,0
13
AO
0,19
893,0
180,0
-60,0
60,0
609,0
585,0
14
AA
0,17
897,0
200,0
-70,0
60,0
564,0
544,0
15
LB
0,14
1339,0
250,0
-110,0
70,0
638,0
636,0
16
FC
0,03
1238,0
325,0
-130,0
125,0
740,0
715,0
17
RP
0,10
846,0
340,0
-60,0
50,0
778,0
766,0
18
IS
0,21
1270,0
230,0
-185,0
75,0
612,0
562,0
19
GA
0,10
1848,0
430,0
-80,0
120,0
664,0
660,0
86
CÓD
NOME
GORDAPER
METABOL
PEAK_FLOW
PI_MAX
PE_MAX
MAIDIST
MENDIST
20
AL
0,21
1559,0
340,0
-95,0
70,0
607,0
596,0
21
GV
0,13
867,0
250,0
-70,0
80,0
628,0
595,0
22
MA
0,03
1061,0
300,0
-70,0
100,0
591,0
559,0
23
LO
0,08
1130,0
350,0
-80,0
100,0
628,0
602,0
24
IP
0,10
891,0
240,0
-50,0
70,0
642,0
618,0
25
AD
0,11
1027,0
300,0
-110,0
90,0
712,0
709,0
26
AF
0,19
934,0
220,0
-110,0
90,0
690,0
651,0
27
LB
0,15
791,0
220,0
-30,0
80,0
566,0
553,0
28
PD
0,23
1234,0
320,0
-60,0
80,0
612,0
590,0
29
IA
0,19
1408,0
330,0
-100,0
50,0
663,0
598,0
30
MR
0,10
1405,0
300,0
-100,0
50,0
698,0
680,0
31
CR
0,17
1442,0
320,0
-70,0
105,0
664,0
655,0
32
GF
0,07
1092,0
260,0
-70,0
80,0
722,0
702,0
33
AC
0,11
1537,0
390,0
-95,0
100,0
560,0
557,0
34
OM
0,22
1028,0
330,0
-130,0
90,0
660,0
648,0
35
GS
0,13
2174,0
570,0
-80,0
90,0
654,0
630,0
36
LR
0,20
1468,0
420,0
-70,0
75,0
698,0
670,0
37
GR
0,03
915,0
250,0
-135,0
160,0
647,0
636,0
38
LM
0,07
1212,0
315,0
-110,0
115,0
654,0
607,0
39
GT
0,03
1133,0
320,0
-130,0
155,0
651,0
649,0
40
FP
0,04
1449,0
320,0
-160,0
115,0
636,0
636,0
41
SF
0,06
1188,0
340,0
-80,0
85,0
624,0
622,0
42
MA
0,19
1329,0
340,0
-50,0
70,0
611,0
597,0
43
NM
0,08
1312,0
315,0
-75,0
90,0
623,0
608,0
44
AF
0,14
1042,0
290,0
-90,0
95,0
589,0
547,0
45
MC
0,23
954,0
270,0
-100,0
90,0
580,0
578,0
46
NP
0,15
963,0
280,0
-100,0
100,0
507,0
475,0
47
MM
0,16
1245,0
365,0
-90,0
95,0
621,0
604,0
48
BA
0,22
1449,0
380,0
-70,0
90,0
704,0
700,0
49
AC
0,25
1126,0
300,0
-115,0
75,0
632,0
615,0
50
AC
0,10
1127,0
270,0
-60,0
60,0
662,0
634,0
51
PA
0,03
1392,0
365,0
-110,0
110,0
672,0
655,0
52
IS
0,09
1421,0
375,0
-105,0
100,0
746,0
693,0
53
IM
0,25
709,0
210,0
-90,0
80,0
607,0
605,0
54
AC
0,17
1105,0
360,0
-90,0
110,0
661,0
636,0
55
MD
0,27
1158,0
370,0
-100,0
70,0
694,0
680,0
56
GV
0,21
1285,0
340,0
-100,0
90,0
677,0
659,0
57
EA
0,03
1584,0
340,0
-95,0
100,0
690,0
685,0
58
PV
0,03
1598,0
335,0
-80,0
75,0
681,0
642,0
59
IC
0,10
1118,0
395,0
-95,0
100,0
648,0
642,0
60
PE
0,16
1119,0
220,0
-70,0
80,0
558,0
524,0
61
EG
0,17
1430,0
420,0
-80,0
90,0
681,0
638,0
62
ACM
0,18
1143,0
290,0
-55,0
65,0
645,0
618,0
63
AP
0,17
1568,0
285,0
-80,0
105,0
653,0
642,0
64
AN
0,03
885,0
200,0
-80,0
80,0
591,0
576,0
65
IR
0,21
638,0
240,0
-120,0
60,0
584,0
560,0
87
CÓD
NOME
GORDAPER
METABOL
PEAK_FLOW
66
LL
0,09
1423,0
315,0
67
BC
0,11
1398,0
280,0
68
MJ
0,07
891,0
240,0
69
VA
0,07
740,0
220,0
70
LD
0,05
791,0
71
LG
0,29
72
LT
73
HB
74
AS
PI_MAX
PE_MAX
MAIDIST
MENDIST
-50,0
75,0
609,0
602,0
-130,0
130,0
601,0
544,0
-100,0
70,0
585,0
426,0
-80,0
90,0
660,0
614,0
280,0
-100,0
90,0
480,0
476,0
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340,0
-115,0
95,0
625,0
595,0
0,11
667,0
200,0
-90,0
100,0
606,0
578,0
0,03
1020,0
240,0
-80,0
80,0
536,0
484,0
0,12
845,0
160,0
-80,0
70,0
604,0
580,0
75
UM
0,06
1408,0
350,0
-60,0
90,0
686,0
670,0
76
FM
0,15
1420,0
400,0
-80,0
70,0
632,0
588,0
77
GM
0,20
1265,0
300,0
-70,0
80,0
634,0
622,0
78
LO
0,23
1192,0
300,0
-80,0
85,0
534,0
525,0
79
CS
0,15
1453,0
400,0
-80,0
95,0
582,0
572,0
80
IM
0,12
727,0
200,0
-90,0
60,0
641,0
591,0
81
MA
0,03
679,0
150,0
-70,0
60,0
600,0
594,0
82
LV
0,43
1223,0
360,0
-50,0
100,0
770,0
702,0
83
FM
0,36
1234,0
360,0
-80,0
100,0
652,0
618,0
84
LC
0,43
1116,0
340,0
-80,0
100,0
694,0
625,0
85
ALA
0,42
1145,0
410,0
-80,0
90,0
490,0
449,0
86
TN
0,26
1717,0
540,0
-65,0
100,0
600,0
570,0
87
FC
0,30
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-60,0
70,0
706,0
677,0
88
BM
0,23
1506,0
460,0
-90,0
80,0
742,0
711,0
89
BL
0,41
883,0
350,0
-90,0
100,0
646,0
630,0
90
LC
0,34
1046,0
390,0
-80,0
50,0
661,0
628,0
91
GAP
0,20
1579,0
720,0
-100,0
120,0
634,0
612,0
92
MM
0,33
1141,0
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-90,0
60,0
634,0
590,0
93
MA
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-80,0
80,0
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646,0
94
VR
0,07
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-80,0
90,0
614,0
592,0
95
TF
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310,0
-90,0
90,0
626,0
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96
FV
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90,0
628,0
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97
VS
0,03
1896,0
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-80,0
100,0
704,0
658,0
98
GR
0,13
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100,0
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99
RB
0,03
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-130,0
100,0
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100
RA
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-100,0
110,0
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101
BC
0,25
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-80,0
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640,0
635,0
102
DM
0,17
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-60,0
100,0
628,0
628,0
Gordaper- percentual de gordura corporal; Metabol- metabolismo basal; Peak flow; PI Max- pressão inspiratória máxima; PE
Max- pressão expiratória máxima; Maidist- maior distância percorrida no TC6 min; Mendist- menor distância percorrida no TC6
min
88
CÓD
1
Nome
IA
PAis1
PAid1
PAfs1
PAfd1
FCi1
FCf1
SP02i1
SPO2f1
FRi1
FRf1
Borgi1
Borgf1
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70
120
80
114
154
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98%
20
24
0
2
LC
0,5
120
80
120
80
75
107
98%
95%
24
28
0
0
3
PM
110
60
110
70
113
165
96%
96%
28
40
1
4
4
GB
120
60
120
80
96
57
98%
92%
12
44
3
4
5
PH
110
70
130
80
131
186
98%
97%
20
28
0
2
6
LM
100
60
110
70
78
144
99%
98%
24
28
2
3
7
AC
120
80
130
70
98
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98%
97%
28
32
0
4
8
FL
100
80
120
70
115
115
97%
97%
32
36
0
0,5
9
JP
110
70
120
80
109
144
98%
98%
20
36
0
3
10
LG
110
90
110
70
124
155
98%
96%
20
28
0,5
4
11
AL
110
61
110
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107
149
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98%
28
30
2
4
12
MM
100
61
100
60
82
122
98%
97%
24
28
0
3
13
AO
110
70
120
80
104
149
97%
97%
20
24
0,5
8
14
AA
120
70
130
90
94
149
98%
96%
20
26
0
10
15
LB
120
70
120
70
98
167
95%
95%
32
40
0
5
16
FC
120
70
110
80
97
143
96%
96%
20
52
0,5
3
17
RP
100
60
110
70
122
158
98%
98%
24
68
0,5
3
18
IS
100
70
110
70
96
146
98%
96%
20
44
0,5
4
19
GA
120
80
140
80
90
127
97%
97%
20
40
0,5
2
20
AL
90
60
100
70
105
147
96%
96%
16
28
0
2
21
GV
100
60
110
70
102
155
97%
98%
24
36
0
0,5
22
MA
110
70
120
80
100
145
99%
98%
24
30
0
0,5
23
LO
110
70
120
80
109
147
98%
98%
24
28
0,5
7
24
IP
90
60
100
60
104
130
98%
94%
20
28
0,5
3
25
AD
110
70
120
80
109
182
99%
97%
28
32
0
1
26
AF
90
60
100
60
122
171
98%
98%
20
28
0
3
27
LB
90
60
100
60
88
107
98%
98%
24
28
0,5
0,5
28
PD
100
70
110
70
88
184
97%
98%
24
28
0
2
29
IA
110
60
120
70
102
172
97%
95%
28
32
0
3
30
MR
120
70
130
80
79
136
98%
98%
24
28
0
1
31
CR
110
80
120
80
100
166
100%
98%
15
32
0
0,5
32
GF
90
60
110
60
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133
98%
98%
16
36
0
0,5
CÓD
Nome
AC
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PAid1
PAfs1
PAfd1
FCi1
FCf1
SP02i1
SPO2f1
FRi1
FRf1
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80
110
90
98
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98%
24
36
0
1
34
OM
120
70
130
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80
167
98%
99%
20
28
0
2
35
GS
110
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135
70
92
144
96%
97%
16
36
1
2
36
LR
100
70
140
70
74
172
97%
97%
12
36
0,5
7
37
GR
95
70
100
70
74
148
97%
97%
20
36
0
0,5
38
LM
110
70
120
80
90
157
96%
98%
12
32
0
0,5
39
GT
110
70
130
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92
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95%
95%
20
24
0
0,5
40
FP
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60
120
80
90
153
98%
98%
12
40
3
3
41
SF
95
70
110
70
100
171
96%
98%
12
32
1
3
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MA
110
70
110
70
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133
96%
96%
12
32
1
3
43
NM
100
70
120
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107
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96%
20
36
0
2
44
AF
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110
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1
45
MC
100
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100
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20
24
0,5
5
46
NP
100
60
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97%
20
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1
5
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MM
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110
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106
179
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98%
16
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1
3
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BA
100
70
110
60
75
176
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95%
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44
0,5
2
49
AC
100
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110
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AC
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98%
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PA
110
70
120
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137
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97%
12
40
0
1
52
IS
100
60
110
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102
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20
44
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3
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IM
90
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0
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54
AC
110
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100
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MD
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120
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96%
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GV
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EA
100
70
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PV
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IC
100
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PE
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98%
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3
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EG
110
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110
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97%
24
28
0
0
62
ACM
100
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110
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98%
24
36
0
3
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AP
110
80
120
80
113
181
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97%
16
18
0
1
64
AN
100
70
110
70
102
136
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28
28
0
7
90
CÓD
Nome
IR
PAis1
PAid1
PAfs1
PAfd1
FCi1
FCf1
SP02i1
SPO2f1
FRi1
FRf1
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100
60
100
60
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110
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99%
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24
1
Borgf1
2
66
LL
110
80
130
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98
125
97%
97%
24
36
3
5
67
BC
100
60
110
70
87
139
97%
98%
15
36
0,5
2
68
MJ
90
60
100
70
90
134
97%
96%
18
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3
5
69
VA
100
60
100
60
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143
98%
99%
18
30
0,5
4
70
LD
100
70
110
80
102
120
97%
98%
18
18
0
3
71
LG
110
80
110
80
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181
98%
95%
12
36
0
4
72
LT
90
60
90
60
100
171
99%
99%
24
24
0,5
1
73
HB
100
60
100
70
120
151
99%
96%
20
30
1
3
74
AS
90
60
90
60
94
150
99%
99%
24
30
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3
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UM
100
70
100
70
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97%
16
18
0
3
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FM
100
60
100
70
93
132
98%
98%
20
24
0,5
2
77
GM
110
60
110
70
100
152
100%
98%
24
24
2
3
78
LO
100
60
100
70
98
137
98%
98%
24
28
0
0,5
79
CS
90
60
110
80
99
147
98%
98%
24
26
0
3
80
IM
110
70
120
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160
98%
97%
20
24
0,5
3
81
MA
100
60
110
70
99
128
98%
98%
20
28
0
2
82
LV
120
80
130
80
93
173
98%
94%
28
36
0,5
3
83
FM
110
70
130
80
77
169
100%
97%
24
28
0
2
84
LC
110
70
120
80
84
128
98%
96%
24
28
1
3
85
ALA
110
70
120
80
76
130
98%
98%
24
28
0,5
1
86
TN
110
70
110
70
98
118
98%
98%
18
25
0
2
87
FC
110
70
100
70
94
132
94%
98%
18
24
0
1
88
BM
120
80
120
80
74
136
97%
95%
12
24
0
1
89
BL
110
70
120
80
82
173
98%
99%
24
28
2
2
90
LC
95
60
110
70
100
145
98%
100%
16
28
0
1
91
GAP
120
80
130
70
108
174
97%
98%
24
28
0
3
92
MM
110
70
110
70
82
106
97%
98%
24
24
0,5
0,5
93
MA
100
70
110
80
75
141
95%
98%
24
28
0
2
94
VR
110
70
120
80
85
122
98%
98%
24
28
0
0,5
95
TF
120
80
130
90
88
148
97%
99%
20
24
0
2
96
FV
130
80
140
90
113
150
97%
96%
20
24
1
2
91
CÓD
Nome
VS
PAis1
PAid1
PAfs1
PAfd1
FCi1
FCf1
SP02i1
SPO2f1
FRi1
FRf1
Borgi1
97
110
70
120
80
65
126
100%
98%
20
24
0
Borgf1
3
98
GR
120
70
110
80
88
136
97%
95%
18
24
0,5
2
99
RB
110
70
110
70
95
137
96%
96%
16
24
2
2
100
RA
90
60
100
70
101
137
97%
98%
15
39
2
4
101
BC
90
60
110
70
78
173
98%
98%
12
28
0
2
DM
102
90
60
100
60
85
156
96%
91%
12
30
0,5
2
PAis1 – Pressão arterial sistólica inicial no teste 1; PAid1 – Pressão arterial diastólica inicial no teste 1; PAfs1 – Pressão arterial sistólica final no teste 1; PAfd1 - Pressão arterial
diastólica final no teste 1; Fci1 – Freqüência cardíaca inicial no teste 1; Fcf1 – Freqüência cardíaca final no teste 1;SPO2i1 – Saturação periférica de oxigênio inicial no teste 1; SPO2f1
– Saturação periférica de oxigênio final no teste 1; Fri1 – freqüência respiratória inicial no teste 1; Frf1 – freqüência respiratória final no teste 1; Borgi1 – Escala de Borg inicial no teste
1; ; Borgf1 – Escala de Borg final no teste 1.
CÓD
1
Nome
IA
PAis2
PAid2
PAfs2
PAfd2
FCi2
FCf2
SP02i2
SPO2f2
FRi2
FRf2
Borgi2
Borgf2
110
70
120
80
112
157
98%
98%
20
21
0
2
LC
0,5
120
80
120
80
88
104
96%
95%
24
26
0
0
3
PM
110
60
110
70
122
167
98%
97%
24
28
2
5
4
GB
120
70
110
70
107
155
97%
96%
21
34
0
3
5
PH
110
70
130
91
120
166
98%
98%
20
28
0
1
6
LM
110
70
120
80
80
163
98%
98%
24
28
0,5
4
7
AC
110
70
120
80
97
147
95%
95%
28
36
0
3
8
FL
120
70
150
110
112
117
98%
98%
20
28
0
0,5
9
JP
110
70
120
80
122
147
97%
97%
20
36
0
1
10
LG
110
60
120
70
118
134
98%
98%
20
24
4
5
11
AL
110
70
110
70
114
120
96%
98%
24
24
2
4
12
MM
100
60
110
70
84
144
99%
98%
24
28
0
2
13
AO
110
70
120
80
105
159
98%
98%
20
28
0
9
14
AA
120
70
120
70
106
152
98%
98%
26
30
0,5
5
15
LB
110
80
130
80
103
169
97%
95%
20
40
0,5
7
16
FC
110
80
110
70
110
158
98%
96%
20
36
3
6
17
RP
110
70
120
80
105
166
97%
98%
28
52
0,5
4
18
IS
110
70
120
80
128
163
98%
95%
28
48
0
5
19
GA
120
80
130
81
95
147
96%
97%
20
44
0,5
3
92
CÓD
PAis2
PAid2
PAfs2
PAfd2
FCi2
FCf2
SP02i2
SPO2f2
FRi2
FRf2
Borgi2
Borgf2
20
Nome
AL
100
70
110
70
107
147
97%
97%
24
28
0,5
3
21
GV
100
60
110
70
112
144
98%
98%
24
36
0
2
22
MA
110
70
120
80
113
169
99%
97%
24
30
0
0,5
23
LO
110
70
120
80
91
146
98%
98%
24
28
0
7
24
IP
90
60
100
60
93
110
98%
92%
28
28
0
3
25
AD
110
70
120
80
118
186
100%
98%
28
36
0
1
26
AF
90
60
100
60
100
180
98%
98%
24
28
0,5
3
27
LB
90
60
100
60
84
104
99%
97%
28
28
0
0,5
28
PD
90
60
100
70
96
174
97%
96%
24
28
2
2
29
IA
110
60
120
70
90
177
94%
94%
21
32
2
3
30
MR
110
70
120
80
87
160
96%
98%
24
36
0,5
2
31
CR
100
80
120
80
108
178
97%
98%
16
40
0
1
32
GF
110
70
110
60
100
135
98%
98%
20
44
0
2
33
AC
110
80
110
80
97
158
98%
97%
28
28
0,5
2
34
OM
110
70
130
80
99
167
98%
97%
16
36
0
2
35
GS
120
80
130
70
108
159
98%
95%
24
36
2
2
36
LR
120
80
130
70
102
182
97%
98%
12
32
2
8
37
GR
95
70
110
70
78
158
97%
97%
20
32
0
0,5
38
LM
110
80
120
80
105
137
97%
91%
16
32
0
0,5
39
GT
90
60
120
80
106
187
98%
98%
28
36
0
0,5
40
FP
100
70
120
80
108
155
98%
98%
20
32
0
1
41
SF
100
70
100
70
108
178
95%
99%
16
48
1
5
42
MA
100
70
100
70
102
132
96%
96%
20
32
0
2
43
NM
100
80
120
80
100
153
98%
97%
28
36
0,5
1
44
AF
100
70
110
70
98
127
96%
96%
16
24
1
2
45
MC
110
70
110
80
112
110
96%
97%
16
24
0,5
10
46
NP
90
60
100
60
103
161
97%
97%
20
28
1
7
47
MM
100
60
120
71
120
186
97%
97%
24
28
0,5
3
48
BA
90
60
110
60
94
172
95%
95%
12
32
0,5
2
49
AC
100
70
110
70
110
182
97%
98%
28
40
0,5
3
50
AC
120
70
120
70
105
183
99%
99%
16
48
0
9
51
PA
110
70
110
60
95
150
95%
98%
12
44
0
1
93
CÓD
PAis2
PAid2
PAfs2
PAfd2
52
Nome
IS
FCi2
FCf2
SP02i2
SPO2f2
FRi2
FRf2
Borgi2
Borgf2
100
70
120
53
IM
100
70
100
60
91
186
96%
95%
16
48
0
4
70
108
176
99%
98%
20
30
0
54
AC
100
60
4
100
60
102
184
98%
97%
12
28
0,5
7
55
MD
120
56
GV
100
60
110
60
122
185
98%
96%
24
44
3
7
60
130
70
90
177
99%
98%
24
36
0
3
57
EA
100
60
58
PV
100
70
110
60
102
154
96%
97%
20
20
0
4
120
80
87
181
97%
96%
20
40
0
3
59
IC
100
70
60
PE
100
70
110
80
96
180
98%
99%
20
36
0,5
4
110
80
80
135
96%
98%
24
32
2
61
EG
100
5
80
120
80
86
164
97%
98%
24
28
0
0,5
62
ACM
63
AP
100
70
110
80
110
185
97%
98%
16
40
0
3
120
90
120
80
88
185
97%
95%
16
20
0
64
1
AN
100
70
110
70
106
134
99%
97%
28
28
0
10
65
IR
100
60
100
60
108
144
98%
99%
24
28
1
2
66
LL
110
70
120
80
81
131
97%
98%
24
36
1
4
67
BC
100
60
110
80
83
133
97%
98%
12
36
0
1
68
MJ
100
60
100
60
90
110
97%
97%
18
30
3
4
69
VA
90
60
90
60
97
160
97%
96%
18
30
2
3
70
LD
100
70
120
80
87
120
98%
99%
18
20
4
5
71
LG
100
70
120
80
115
186
98%
95%
12
32
0
5
72
LT
90
60
90
60
108
163
97%
97%
20
24
0,5
1
73
HB
100
60
100
60
107
155
98%
98%
24
24
0,5
1
74
AS
60
60
100
60
111
150
98%
98%
24
30
1
2
75
UM
90
60
100
70
86
181
97%
97%
18
22
0,5
3
76
FM
100
60
120
70
78
164
98%
99%
20
30
0,5
3
77
GM
110
60
120
80
102
189
98%
98%
24
32
0,5
3
78
LO
100
70
100
70
90
129
98%
98%
20
24
0
1
79
CS
95
70
110
70
105
157
96%
98%
18
24
0
2
80
IM
110
90
130
80
102
164
98%
98%
20
28
0,5
0,5
81
MA
110
70
120
80
102
129
98%
98%
24
24
0
3
82
LV
120
80
130
90
106
160
97%
94%
28
28
2
4
83
FM
110
70
120
80
94
179
96%
95%
20
24
0,5
3
94
CÓD
PAis2
PAid2
PAfs2
PAfd2
FCi2
FCf2
SP02i2
SPO2f2
FRi2
FRf2
84
Nome
LC
Borgi2
Borgf2
110
70
120
80
120
152
95%
97%
28
85
ALA
110
70
120
80
94
129
97%
98%
24
32
3
4
28
0,5
86
TN
110
70
110
70
105
132
95%
96%
2
18
24
0
87
FC
3
100
70
100
70
86
132
97%
88
BM
120
80
120
80
115
145
99%
97%
16
24
0
1
98%
18
30
0
89
BL
120
80
120
80
109
182
1
98%
97%
20
24
0
1
90
LC
110
70
110
70
95
91
GAP
145
98%
97%
20
24
0,5
1
130
80
130
80
92
MM
110
70
120
80
98
166
98%
95%
24
28
0
3
67
119
99%
98%
18
24
0
93
MA
110
70
110
1
80
75
172
96%
96%
20
24
0
3
94
VR
110
70
95
TF
120
80
120
80
87
118
98%
98%
20
28
0
0,5
120
80
90
138
98%
97%
20
24
0
96
FV
120
2
80
130
90
106
147
97%
95%
20
24
1
2
97
VS
98
GR
100
71
120
80
77
127
96%
98%
20
24
0,5
3
99
RB
110
80
120
80
101
138
96%
96%
20
24
1
3
110
80
120
80
95
133
96%
97%
24
28
1
2
100
RA
101
BC
90
60
90
60
84
140
97%
98%
21
18
0
5
90
60
120
60
120
174
97%
96%
18
27
0
2
DM
102
90
60
100
70
97
168
97%
97%
18
27
0
2
PAis2 – Pressão arterial sistólica inicial no teste 2; PAid2 – Pressão arterial diastólica inicial no teste 2; PAfs2 – Pressão arterial sistólica final no teste 2; PAfd2 - Pressão arterial
diastólica final no teste 2; Fci2 – Freqüência cardíaca inicial no teste 2; Fcf2 – Freqüência cardíaca final no teste 2;SPO2i2 – Saturação periférica de oxigênio inicial no teste 2; SPO2f2
– Saturação periférica de oxigênio final no teste 2; Fri2 – freqüência respiratória inicial no teste 2; Frf2 – freqüência respiratória final no teste 2; Borgi2 – Escala de Borg inicial no teste
2; ; Borgf2 – Escala de Borg final no teste 2.
95
12.5- Anexo 5
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Adriana Costa de Oliveira EQUAÇÃO DE REFERÊNCIA PARA O