CBA 50ANOS
CBA 50 ANOS DE BRASIL
4 de junho de 1955 é o marco inicial do
nascimento da Companhia Brasileira de Alumínio, a primeira indústria de alumínio do Brasil.
Cinqüenta anos depois da inauguração da CBA, vemos que ela representou os primeiros
passos de uma história especial, construída com muito esforço e dedicação.
A certeza de poder aproveitar nossas reservas como matéria-prima para alimentar o
mercado interno era sinal de que poderíamos tornar nosso país independente na produção
de alumínio. Era uma indústria que surgia para mudar o rumo da metalurgia de não-ferrosos.
Nossa produção inicial era de quatro mil toneladas/ano, marca que, na época, era motivo
de orgulho, fruto de um trabalho de preparação de muitos anos.
Meio século depois, os investimentos em equipamento e tecnologia colocam a CBA entre
as mais modernas do mundo, em condições de competir mundialmente com produtos de
qualidade. Tudo isso é resultado do trabalho de nossos funcionários, hoje mais de seis mil,
que acreditam no desenvolvimento da empresa e do país. Atitude que, somada aos aportes
financeiros constantes, aumentou nossa capacidade de produção para 400 mil toneladas/ano,
com crescimento anual contínuo de 10% desde 1955.
Mas essas não são as únicas marcas da CBA. A Fábrica de Alumínio, em São Paulo,
é a maior planta integrada do mundo, realizando desde o processamento da bauxita até
a fabricação de produtos transformados, como extrudados, laminados, cabos e folhas.
Com ela, as 16 usinas hidrelétricas, as 14 filiais em todo o Brasil e os dois departamentos
minerais formam hoje uma indústria que produz alumínio com ótima qualidade e comemora
50 anos de muito trabalho com um grande futuro pela frente.
Antônio Ermírio de Moraes
Presidente da Companhia Brasileira de Alumínio
O COMEÇO
13
A CBA E A VOTORANTIM
21
NOVOS PLANOS PARA A CBA
27
OS PRIMEIROS E DIFÍCEIS ANOS
39
CORAGEM PARA MUDAR
45
CICLOS CONTÍNUOS DE CRESCIMENTO
51
NOVAS FONTES DE BAUXITA
59
NUVENS ESCURAS NO HORIZONTE
65
NOVOS TEMPOS, NOVAS DEMANDAS
71
OS INSUMOS
77
O DIA-A-DIA DO ALUMÍNIO
83
CBA 50 ANOS DEPOIS
91
AÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL
97
CBA 50th ANNIVERSARY
105
Reforma das antigas
instalações da fábrica
de cal das Indústrias
Votorantim em Alumínio
(SP), após a instalação da
CBA, década de 1950
Santos Dumont realiza o primeiro vôo do 14-bis
1906
Aberta a primeira fábrica do Grupo Votorantim
1918
Ao lado da fábrica, a estação ferroviária existente desde 1940
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José Ermírio de Moraes,
1964
alumínio é um
Em nosso país, a história do alumínio se
dos metais de mais recente aproveitamento
inicia efetivamente entre 1930 e 1940,
pelo homem. Conseqüentemente, sua
graças à iniciativa pioneira de uns poucos
indústria é jovem, posterior ao advento
brasileiros. Dentre eles, estavam os
da Revolução Industrial.
engenheiros Américo René Gianetti e
José Ermírio de Moraes, que enxergaram
A bauxita, ou minério de alumínio,
Pierre Berthier
Saint-Claire Deville
Paul Héroult
Charles Hall
as vantagens desse metal no dia-a-dia,
foi identificada por Berthier em 1821
previram as enormes possibilidades de
(em Les Baux, localidade do sul da França
crescimento e sonharam implantar a
que lhe deu nome), e o metal, isolado por
indústria brasileira de alumínio. Antes, o
Oersted em 1825. Mas, embora já existisse
que existia no país eram pequenas empresas
produção em 1854 (a partir da bem-sucedida
– as laminadoras independentes que
experiência do químico Saint-Claire
começaram a suprir o mercado com produtos
Deville), a indústria era modesta e só
importados, impulsionadas pelas dificuldades
tomou corpo com o desenvolvimento dos
que a Primeira Guerra Mundial criara na
processos de Bayer (alumina, 1888)
economia e nos transportes. A produção
e de Hall-Héroult (metalurgia, 1886).
consistia em utensílios domésticos, e a
Essas inovações fizeram a produção
matéria-prima era importada ou provinha
mundial de alumínio primário, concentrada
da sucata recuperada por pequenos
na França e nos EUA, saltar de seis mil
transformadores nacionais – atividade que
toneladas em 1900 para 126 mil em 1920.
se mostrou fundamental para o futuro do
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Produção de alumínio, 1955
alumínio no Brasil, pois manteve o setor
engenheiro Plínio de Queiroz e da família
aquecido mesmo em conjuntura tão adversa.
de Lindolfo de Carvalho Dias.
No fim dos anos 1930, a iminência da
A meta da Companhia era produzir
Segunda Guerra Mundial, com as previsíveis
sete mil toneladas/ano de alumínio numa
e inevitáveis dificuldades de suprimento
fábrica localizada em Rodovalho, perto
de matérias-primas estratégicas que se
de Sorocaba (SP), local favorecido pela
seguiriam, motivou planos para implantar
proximidade com o Porto de Santos e com
no país fábricas de alumínio primário
o mercado consumidor paulista e dotado
que ao menos atendessem a nossas
de excelentes fontes de energia.
necessidades do metal, as quais cresciam
em importância. Dessa época, datam duas
A guerra na Europa acabou prejudicando
iniciativas independentes, mas praticamente
o andamento dos projetos tanto da Elquisa
simultâneas, ambas apoiadas em reservas
quanto da CBA. Como era de esperar, foram
próprias de bauxita: a Elquisa, em Minas
inúmeros os problemas que, em meio ao
Gerais; e a CBA, em São Paulo.
conflito mundial, a implantação de usinas
complexas, sem similar no país, viria
A CBA surgiu em fevereiro de 1941
Prospecção de bauxita
em Poços de Caldas (MG),
década de 1940
a enfrentar: a falta de equipamento para
e o plano inicial era explorar a bauxita
importação, as grandes dificuldades
nas ricas jazidas de Poços de Caldas (MG),
de transporte, a natural impossibilidade
na fazenda Recreio, de propriedade do
de contar com técnicos estrangeiros
habilitados para montagem do equipamento
adquirido e para treinamento dos futuros
operários brasileiros.
Entretanto, o fim da guerra trouxe
dificuldades ainda maiores. Estas se
mostraram intransponíveis e acabaram
Embarque
de lingotes
no Porto de
Santos (SP)
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Interior da antiga fábrica, década de 1940
sendo as responsáveis diretas pela não-
A fábrica de alumínio da Elquisa encerrou
concretização de ambos os projetos em
suas atividades em agosto de 1946, após
seus moldes originais. A desmobilização
16 meses de operação, tendo produzido
que se seguiu ao conflito liberou enorme
cerca de 800 toneladas. Por algum tempo,
quantidade de sucata de guerra, ao mesmo
a empresa continuou produzindo ferros-
tempo que, nos EUA, fábricas de alumínio
ligas, sempre sofrendo sérios problemas
construídas pelo governo no auge do
financeiros, até ser vendida a um grupo
esforço bélico estavam sendo cedidas ou
estrangeiro no início dos anos 1950.
arrendadas à iniciativa privada (a custo
extremamente baixo) e retomavam a
A CBA, que não chegara a iniciar a
produção comercial. Havia excesso
produção de alumínio (principalmente
de alumínio no mercado mundial.
em face dos empecilhos para aquisição
Mesmo antes, em 1944, após três anos
de equipamento), entrou em compasso
sem suprimento, o Brasil importara
de espera. Todavia, esse tempo se mostrou
mais de duas mil toneladas.
valioso, e nem todo o trabalho foi em vão.
A idéia de uma indústria brasileira de
Em conseqüência dessa nova conjuntura,
alumínio mobilizara muita gente e
refizeram-se todos os planos anteriores,
entusiasmara quase todos os envolvidos,
e os pioneiros do ramo no Brasil tiveram
de modo que as sementes estavam
de tomar medidas duras.
lançadas. E o projeto da CBA não
foi esquecido.
Estação ferroviária
e vila residencial
em Poços de Caldas,
1940
Entra em funcionamento a Estrada de Ferro Elétrica
Votorantim, primeira ferrovia particular do país
1921
Divulgado o Manifesto Votorantim,
Matarazzo e Klabin, que dará origem à Fiesp
Crise econômica internacional
1929
1928
A CBA E A
VOTORANTIM
Fábrica de tecidos da Votorantim. À esquerda, Antônio Pereira Ignácio
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Construção da Usina do França, em Juquitiba (SP)
m 1946, a CBA
e sempre procurou não só investir em
foi reformulada em novas bases societárias:
segmentos industriais baseados em
a Votorantim, em associação com a família
matéria-prima disponível no país, mas
Carvalho Dias, comprou as participações
também diversificar empreendimentos –
dos demais fundadores e assumiu a
sabedor de que, mais cedo ou mais tarde,
empresa, que tomou novo alento. Por essa
quem depende de um só negócio se
época, José Ermírio de Moraes, dirigente
vê às voltas com anos de dificuldades
da Votorantim, percebera que a intenção
e até de sacrifícios inúteis.
do governo federal era impulsionar o setor
siderúrgico (deixando o campo dos metais
O Grupo Votorantim tivera início com
não-ferrosos livre para a iniciativa privada)
Antônio Pereira Ignácio, imigrante que
e se animara muito com a idéia de entrar no
chegou ao Brasil em 1884, aos dez anos
ramo do alumínio. Ademais, influenciaram a
de idade, vindo da aldeia de Baltar
compra a vizinhança física e o casamento
(norte de Portugal). Na mocidade, fora
de interesses comuns entre o Grupo e a CBA.
sapateiro em São Manuel, antes de
Certamente, porém, pesou mais a filosofia
ter-se tornado comerciante em Botucatu
empresarial de José Ermírio de Moraes,
e, depois, industrial em Sorocaba,
que era entusiasta do desenvolvimento
onde montou uma fábrica e refinaria
brasileiro autônomo e auto-sustentado
de óleo de algodão.
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Em 1918, arrendou a tecelagem
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Em 1936, inaugurou-se o primeiro forno,
brasileira pela transformação de nossos
Votorantim. Cinco anos depois, com o
que forneceu o cimento utilizado nas obras
recursos minerais. Primeiro, na química,
sucesso do negócio, arrematou a empresa
do viaduto do Chá, em São Paulo. O produto
com a fundação da Companhia Nitro
e começou a expandi-la, diversificando
recebeu o nome comercial Votoran, que
Química, em São Paulo (1937). Depois,
os investimentos.
ainda prevalece. Na fazenda, ficaram
no aço, com a criação da Companhia
a indústria de cal hidráulica, as olarias, a
Siderúrgica Barra Mansa, no estado
extração de pedras e a exploração de lenha,
do Rio (1938). Em seguida, nos metais
para suprir as necessidades da empresa.
não-ferrosos, aí incluído o alumínio.
Em 1924, Pereira Ignácio contratou para
dirigir suas empresas o jovem pernambucano
25
José Ermírio de Moraes, nascido em
1900 e formado em engenharia pela
Forno, década de 1940
A partir de então, o Grupo cresceu
Sob nova razão social (SA Indústrias
Colorado School of Mines (EUA). Em 1925,
rapidamente, mantendo a diversificação
Votorantim), o Grupo chegou à década
José Ermírio se casaria com Helena,
de interesses e concretizando o sonho de
de 1940 com um dos maiores parques
filha de Pereira Ignácio.
José Ermírio de promover a industrialização
industriais da América do Sul.
Com José Ermírio na direção, a Votorantim
fez grandes investidas na industrialização
brasileira. No final da década de 1920, os
têxteis ainda eram a base do Grupo, mas
ele já possuía interesses diversificados na
indústria e no comércio e se voltava para
produzir bens intermediários.
Os promissores resultados da indústria de
cimento permitiram construir uma fábrica no
bairro de Santa Helena, em Votorantim (SP).
Armazém da antiga
fábrica de Rodovalho,
década de 1940
Getúlio Vargas assume a Presidência da República
1930
Revolução Constitucionalista 1932
Primeira fábrica de cimento da Votorantim 1936
1937
Instaurado o Estado Novo.
Inaugurada a Companhia Nitro Química
NOVOS PLANOS
PARA A CBA
Prospecção de bauxita em Poços de Caldas, década de 1940
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ranscorreu longo tempo entre
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formado de rochas alcalinas, apresentava
a reconstituição da Companhia Brasileira
bauxita com todas as especificações
de Alumínio, em 1946, e o início formal
necessárias à indústria do alumínio.
de sua produção, em 1955. Embora as
Nem a fábrica de alumina nem a usina
linhas mestras do projeto inicial tenham
de redução poderiam ser economicamente
sido mantidas, esse período de maturação
instaladas no planalto de Poços. Faltavam
possibilitou replanejar a concepção geral
condições de suprimento de energia
e introduzir novas metas e diretrizes.
elétrica, combustível e outros insumos,
cujo transporte oneraria demais
Do projeto original, manteve-se a
a produção.
extração das reservas de Poços de Caldas,
estudadas desde 1935. O subsolo local,
Estação Bauxita em Poços de Caldas, década de 1940
Palace Hotel em Poços de Caldas,
década de 1950
Além disso, Poços de Caldas estava
A história industrial do lugar começara
bastante afastada dos centros de consumo
em fins do século 19, quando o coronel
e dos recursos de assistência técnica
Antônio Proost Rodovalho adquiriu terras nas
e industrial. Assim, o local escolhido
proximidades do município de São Roque.
para as usinas continuou sendo a fazenda
O coronel tomou as primeiras providências
Rodovalho, no estado de São Paulo,
para produzir aglomerantes hidráulicos
para onde o minério seria transportado
e instalar a fábrica de cimento Rodovalho.
por estrada de ferro.
Com a chegada da estrada de ferro
Sorocabana, construíram-se duas estações
A 74 quilômetros da capital paulista
Na página ao lado,
livro de registro com
primeiro funcionário
da Fábrica
(Rodovalho e Piragibu) para escoar a
e 300 de Poços de Caldas, a fazenda
produção. A fábrica de cimento foi
apresentava excelentes condições, tanto
posteriormente vendida a Antônio Pereira
no transporte para as cidades de São Paulo
Ignácio e tornou-se a semente do setor na
(principal centro consumidor e abastecedor
Votorantim. Por volta de 1936, a fazenda
do país) e Santos (o grande porto importador
passou a bairro do município de Mairinque.
e exportador) quanto na disponibilidade de
Com a instalação da CBA, o bairro e a
mão-de-obra, assistência técnica, energia
estação de Rodovalho foram rebatizados
elétrica, combustível, calcário etc.
Alumínio. (Em 1980, o bairro, então
A Rodovalho ocupava cerca de 2,6 mil
com 13,5 mil habitantes, seria elevado
hectares e já exibia as primeiras construções
a distrito. Doze anos depois, conseguiria
de uma vila operária, abandonada havia
sua emancipação, tornando-se município.)
anos. Existiam também
uns sete mil metros
Construção da escola na vila
operária de Rodovalho, 1941
O projeto original da CBA, elaborado
quadrados de edifícios
por empresas americanas, previa fábricas de
industriais, remanescentes
alumina, pasta Soderberg e criolita artificial
das antigas instalações
e uma unidade de redução eletrolítica com
da Votorantim.
68 células de 24 kA.
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Ele começaria sua vida profissional na
desenvolvidos de forma praticamente
de uma fábrica já pronta, cujos proprietários
própria CBA nesse período, onde se
artesanal, em pequenas carroças puxadas
com os reveses da tentativa inicial
não tinham recursos para colocá-la em
mantém até hoje, agora como Presidente.
por sólidos burricos. Uma das primeiras
certamente indicaram novos rumos à CBA e
funcionamento. Acrescentaram-se uma
Para ele a empresa é sua “menina-dos-
obras foi a estação de tratamento de água,
levaram a um replanejamento quase total.
fundição para produção de ligas de
olhos” dentre todas do Grupo Votorantim.
para garantir o abastecimento da Fábrica
Logo se percebeu que o empreendimento
alumínio; uma fábrica de ácido sulfúrico
teria mais chances de sucesso se fosse
e sulfato de alumínio; e uma unidade
integrado, ou seja, se uma única unidade
destinada à extrusão, laminação e
Dias (filho de Lindolfo de Carvalho Dias,
uma barragem de contenção da lama
industrial realizasse desde o processamento
trefilação de alumínio.
proprietário da fazenda Recreio, em Poços
vermelha, totalmente impermeabilizada,
de Caldas) migrou para São Paulo a fim
destinada a acondicionar os rejeitos
de trabalhar na CBA. Médico de formação,
semilíquidos.
Entretanto, o tempo decorrido desde os
O equipamento foi importado da Itália,
primeiros estudos e a experiência acumulada
da bauxita até a fabricação de produtos
acabados de alumínio. Na nova usina
Em 1949, na etapa crucial de implantação
Cinco anos depois, Miguel de Carvalho
deixara de lado o diploma e apostara no
de alumina, pasta Soderberg e criolita
Ermírio de Moraes começou a receber o
negócio da bauxita. Após breve passagem
Outra mudança substancial ocorreu no
artificial, assim como a unidade de
auxílio de braços e mentes que se mostraram
pela política, como prefeito de Poços de
estudo do fornecimento de energia elétrica
redução eletrolítica, agora com 80 fornos
fundamentais no desenvolvimento da empresa.
Caldas, tornou-se Vice-Presidente da CBA,
para a Fábrica. Na concepção original, seria
cargo que ocupa até hoje.
comprada energia da São Paulo Light & Power,
toneladas/ano.
muito embora a CBA possuísse na região
Nessa época, retornava ao Brasil,
com diploma de engenheiro metalúrgico
da Colorado School of Mines, o jovem
Antônio Ermírio de Moraes.
Construção da
Usina do França
reservas naturais existentes, construiu-se
do sonho do alumínio brasileiro, José
capacidade aumentada para dez mil
33
e da vila industrial. A fim de preservar as
de Rodovalho, mantiveram-se as fábricas
Soderberg-Montecattini de 30 kA, tendo a
Reservatório da Fábrica,
década de 1940
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No início da construção da Fábrica,
os trabalhos de terraplenagem eram
terras com quedas-d’água, cujo potencial
era de aproximadamente 15 MW.
A vila de Rodovalho,
1941
Inauguração da CBA
(abaixo e na página
ao lado), com as
presenças do presidente
Café Filho (o quinto
da esquerda para
direita) e do
governador Jânio
Quadros (à direita
do presidente),
ciceroneados por
Antônio Ermírio de
Moraes, 4 de junho
de 1955
Com o replanejamento das operações da
A construção começou em 1954, e foram
CBA, a orientação foi radicalmente alterada,
inúmeras as dificuldades, porque a
e se optou pelo uso imediato daquela
empreiteira contratada faliu e o cronograma
reserva de energia. Embora isso significasse
atrasou. A solução foi assumir a construção
grande aumento dos investimentos, em
da Usina, que entrou em operação em 1958,
1949 a empresa requereu a concessão do
tudo feito pelo próprio pessoal da CBA.
aproveitamento do rio Juquiá-Guaçu e
de um afluente, o Assungui, a qual
foi aprovada em 1952.
Em 4 de junho de 1955, José Ermírio de
Moraes inaugurou a Fábrica da CBA, que,
a partir dessa data, produziria lingotes,
De imediato, deu-se início ao projeto e
tarugos, vergalhões, placas, bobinas, folhas,
construção da Usina Hidrelétrica do França,
perfis, telhas e cabos. No discurso de
no município de Juquitiba, a 90 quilômetros
inauguração, José Ermírio relembrou,
Porém, na vida dos homens que
de São Paulo, represando-se o Juquiá com
orgulhoso:
tomaram parte da luta, foi um período
uma barragem de concreto de 208 metros
bastante prolongado e extremamente
de comprimento e 48 metros de altura,
duro, pela magnitude dos problemas
tendo potência de cerca de 30 MW.
e pelas tremendas dificuldades
enfrentadas. Mas podemos dizer hoje:
a batalha foi vencida.
Convite para a inauguração da CBA
José Ermírio de Moraes, Jánio Quadros, Café Filho e Antônio Ermírio, 1955
Livro de registro de duplicatas
As novas instalações da Fábrica da CBA
Na inauguração da
Fábrica, Jânio Quadros
e Antônio Ermírio de
Moraes examinam o
minério de bauxita,
1955
Alterada a razão social, de SA Fábrica Votorantim para SA Indústrias Votorantim
Criada a Companhia Brasileira de Alumínio
Entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
Adquirida a Indústria Brasileira de Artefatos Refratários (Ibar)
Fundada a Metalúrgica Atlas
Fim da Segunda Guerra Mundial. Vargas é deposto.
Dutra é eleito presidente da República
Criado o Serviço Social da Indústria (Sesc).
Promulgada nova Constituição
A Doutrina Truman institucionaliza a Guerra Fria.
Fechamento do PCB e da CGTB
Em Bogotá, o Brasil participa da reunião
que lança as bases para criação da OEA.
Com a Votocel, em Votorantim, o Grupo
entra no ramo do papel transparente
1940
1941
1942
1944
1945
1946
1947
1948
OS PRIMEIROS E
DIFÍCEIS ANOS
Construção da Usina Fumaça, em Ibiúna (SP)
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Primeira fundição da CBA, em Rodovalho
Interior da Fábrica, década de 1950
lém das dificuldades
majoritariamente da geração própria; e usar
inerentes à estréia no setor, a tecnologia,
financiamento com parcimônia, só como
guardada a sete chaves pelas empresas
complemento de recursos próprios.
internacionais, não estava ainda totalmente
dominada. A alumina disponível era
Assim, nascida com capacidade de
de baixa qualidade, e, conseqüentemente,
produzir dez mil toneladas/ano, a CBA foi
o produto final não era bom. Ademais,
um projeto arrojado, financiado em 90%
a situação financeira não era confortável.
pela Votorantim, o que demandou nos
primeiros anos o suporte financeiro das
Se a implantação de uma indústria de
demais empresas do Grupo. Tendo optado
alumínio por si só exigia altos investimentos,
por implantar-se com recursos próprios,
a CBA necessitou de valores ainda maiores.
a CBA sofria agora com as dívidas.
Sua concepção levou sempre em conta três
idéias básicas de José e Antônio Ermírio de
Em 1956, chegamos a dever 16 meses
Moraes: fazer funcionar um projeto que
de faturamento na praça, relembra
fosse integrado, indo do minério ao produto
Antônio Ermírio de Moraes.
acabado; ter fonte de energia provinda
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Usina do França
Para complicar ainda mais a situação,
Na época da implantação da empresa,
Antônio Ermírio sofreu na mesma época um
quando mais precisávamos de energia
acidente causado pelo estouro de um filtro
elétrica, a Light se recusou a fornecê-la.
de soda cáustica, que lhe queimou os pés
Assim, tivemos nós mesmos de construir
e lhe custou um mês de cama e outros
nossas hidrelétricas. Não fosse isso,
dois de muletas.
a CBA seria apenas mais uma
empresa fechada.
Outro grande desafio do mesmo período
foi obter energia elétrica, insumo
Hoje, ela tem auto-suficiência energética
fundamental para a fabricação do alumínio.
de, no mínimo, 60% (o resto do mundo, em
Cedo apareceram os obstáculos, e de todos
média, produz alumínio com apenas 28%
os tipos, como lembra Antônio Ermírio:
de energia própria), e isso dá segurança.
O investimento é alto, mas compensa.
Estávamos começando a construir a
Usina do França, em 1954, mas, devido
Em 1957, apesar das dificuldades
às dificuldades, a obra atrasou um
financeiras e da tecnologia não totalmente
pouco, só entrando em operação em
dominada, a CBA resolveu dobrar a produção
1958. Só que a Fábrica ficou pronta
e construir sua segunda hidrelétrica.
antes, e precisamos pedir dez MW à
A Usina foi erguida no município paulista
Light, o que nos foi negado.
de Ibiúna, represando o Juquiá no local
conhecido como cachoeira da Fumaça
O preço do produto final também
(a jusante da Usina do França), com
era elevado, o que colocava a CBA em
potência instalada de cerca de 36 MW,
condições difíceis para competir. Da
para produzir mais de 200 GWh/ano.
dificuldade veio o alerta, e do alerta, uma
Inaugurada a Usina Fumaça (1964),
decisão, que se transformou em diferencial
a CBA pôde iniciar sua segunda fase,
da CBA: gerar a própria energia elétrica.
ampliando a produção de alumínio
Nas lembranças de José Ermírio de Moraes:
para 21 mil toneladas anuais.
43
1950
Vargas é eleito presidente da República
1951
Concluídas as obras da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
José Ermírio de Moraes assume a presidência do Grupo.
Morre Antônio Pereira Ignácio
Criado o BNDE (atual BNDES)
1953
Criada a Petrobras
1954
Getúlio Vargas suicida-se
1955
Inaugurada a Companhia Brasileira de Alumínio.
Juscelino Kubitschek é eleito presidente da República.
Criado o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb)
Lançado o Plano de Metas. Criado o slogan “Cinqüenta anos
em cinco”, para vender a idéia da industrialização do país.
Em Pernambuco, a Votorantim entra no
setor açucareiro, com a Usina São José
Produzido o primeiro Fusca brasileiro.
JK rompe com o FMI. Criada a Sudene
1956
1957
Introduzido no Brasil o sistema
de supermercados self-service. Adquirido o controle da
Companhia Brasileira de Metais (CBM)
Instalado na USP o primeiro reator
nuclear da América do Sul
1952
1958
1959
CORAGEM
PARA MUDAR
Escritório da CBA na praça Ramos de Azevedo, em São Paulo, no edifício do antigo Hotel Esplanada
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Encordoadeira de cabos, 1969
ambém em 1964, com
Mas, pelos lados de Mairinque, lá na
a produção em andamento, a Companhia
Fábrica de alumínio, as coisas, vistas do
instalou sua administração em casa nova.
ângulo operacional, não iam muito bem.
José Ermírio de Moraes tencionava agrupar
Em 1968, a Companhia Brasileira de
os escritórios da Votorantim, e para isso,
Alumínio encontrava-se num impasse: ou
com uma dose de sentimentalismo,
mexia na estrutura de produção e promovia
comprou o Hotel Esplanada, na praça
uma reformulação no parque industrial,
Ramos de Azevedo, centro velho de
ou estava fadada a sucumbir. Sabia-se
São Paulo, junto ao Teatro Municipal.
que a produção dificilmente avançaria
O Hotel, projeto dos arquitetos Viret
além das 20 mil toneladas anuais que
e Marmorat, fora inaugurado em 1922.
já fabricava, pois a CBA operava com
Era o mesmo onde José Ermírio celebrara
equipamento ultrapassado e a capacidade
seu noivado com Helena.
de geração de energia com recursos
próprios aproximava-se do esgotamento.
Transformado em sede da CBA e do
Os fornos eram ineficientes, consumindo
Grupo, o velho e suntuoso Hotel foi
20% mais energia que os dos concorrentes,
reformado internamente para receber
e julgava-se que já estivessem quase
diretores, administradores e auxiliares nas
inteiramente aproveitadas as quedas-
salas de seus sete andares, mantendo-se
d’água no trecho do Juquiá do qual a
inalterados a fachada (em estilo francês)
CBA detinha concessão para construir
e o grande salão.
hidrelétricas.
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O desafio foi enfrentado com a ousadia
O reexame de toda a bacia desse trecho
nas decisões e a devoção ao trabalho que
do rio ofereceu a solução: localizaram-se
bem caracterizavam José e Antônio Ermírio
novas áreas, que não constavam das
de Moraes, pai e filho. A opção da CBA
plantas cartográficas conhecidas, e o
foi manter-se competitiva tecnicamente
aproveitamento hidrelétrico ao longo
e partir para reerguer e modernizar seu
do rio Juquiá foi todo reformulado, agora
complexo industrial. Depois de apenas
para permitir uma capacidade geradora
13 anos de uso, sucateou-se toda a Fábrica
superior a um bilhão de kWh/ano. De início,
original, aí incluídos os 128 fornos e a
para geração própria para a expansão
eletrólise. Nem o prédio de 3,6 mil metros
programada na Fábrica, optou-se por
quadrados que os abrigava ficou de pé –
utilizar aquela de maior potencial, e, em
só ali, demoliram-se 15 mil metros cúbicos
poucos anos, construiu-se a Usina Alecrim,
de concreto. Foi uma decisão de coragem.
para gerar mais de 400 milhões de kWh/ano.
49
Não fosse ela, tudo aquilo seria hoje um
museu do alumínio, afirma Antônio Ermírio.
Em 1969, corriam em ritmo acelerado
as obras de expansão, que, até fins de
Intensificaram-se os investimentos nas
Sala para filtração, 1969
1971, elevariam de 20 mil para 40 mil
hidrelétricas. Na época, não se conheciam
toneladas/ano a produção do metal.
no Juquiá áreas propícias para a produção
Ao mesmo tempo, dava-se início a
de eletricidade além das já utilizadas
uma grande modernização no setor de
pelas Usinas do França e Fumaça e do
transformação plástica, equipando a
local destinado à futura Usina Serraria,
empresa com novas prensas de extrusão
já demarcada na ocasião. Mas havia
e com modernos e velozes laminadores
considerável diferença de nível entre elas.
de folha de alumínio.
Produtos CBA: lingotes,
placas e cabos
Chapa de extrusão em
prensa de duas mil
toneladas, 1969
Brasília é inaugurada. Renegociações com o FMI.
Jânio Quadros é eleito presidente da República
Jânio renuncia. José Ermírio de Moraes assume a
presidência da Companhia Paulista de Estradas de Ferro
Instituído o 13º salário. O Acre é elevado a estado.
Com 329 789 votos, José Ermírio de Moraes se elege senador de
São Paulo pela coligação PTB-PSP-PSB (a mesma que elegeu Miguel Arraes para
o governo de Pernambuco). No mesmo ano, é ministro da Agricultura.
(Será ainda o último presidente nacional do PTB, antes da extinção dos partidos,
e um dos fundadores do MDB. Permanecerá senador até 1971.)
Após dois anos de parlamentarismo,
o país volta ao presidencialismo
Golpe militar
Novo empréstimo do FMI. O Brasil envia tropas à
República Dominicana. O AI-2 cria o bipartidarismo
O AI-4 estabelece eleições indiretas
para o Executivo
Promulgada nova Constituição
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
Manifestações estudantis.
Reforma universitária. AI-5
1968
CICLOS CONTÍNUOS
DE CRESCIMENTO
Usina do França
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Discurso de José Ermírio de Moraes durante a visita do governador Adhemar de Barros à CBA, quando da ampliação da Fábrica, 1964
Antônio Ermírio de Moraes
com Miguel de Carvalho
Dias, Vice-Presidente da CBA
década de 1970
foi marcada, nos anos iniciais, por um
pronunciado crescimento da economia.
Favorecida por uma conjuntura externa
propícia e por grandes investimentos
estatais em infra-estrutura de transportes e
energia, a indústria nacional desenvolveu-se
como nunca, e, com ela, o setor de
minerais não-ferrosos.
Por essa época, a CBA e sua gente
sofreram duro golpe. Na madrugada de 9 de
agosto de 1973, faleceu José Ermírio de
Moraes, aos 73 anos de idade. O patriarca
já passara o comando executivo das
empresas da Votorantim aos filhos e ao
genro havia quase uma década, para viver
uma curta e agitada carreira política.
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Ministro da Agricultura, presidente do PTB,
40 mil toneladas/ano (o que se conseguiu
co-fundador do MDB, senador de 1968 a
em 1972), já programava outros planos de
1971, José Ermírio, entretanto, nunca
crescimento: seriam dois ciclos de expansão,
parou de freqüentar os escritórios da praça
duplicando a produção no primeiro e
Ramos de Azevedo. Tampouco deixou de
triplicando-a no segundo.
recomendar decisões estratégicas que se
mostravam adequadas a cada momento.
Em 1978, os trabalhos do primeiro ciclo
estavam concluídos, e a CBA contava com
Além da perda pessoal sofrida pelos
144 fornos de 120 mil A e 40 mil toneladas/
filhos, amigos e colaboradores do dinâmico
ano que somados aos 40 mil existentes
engenheiro pernambucano, fariam falta a
perfaziam 80 mil toneladas/ano de alumínio.
presença orientadora, o incentivo nas horas
Ao mesmo tempo, promovera crescimento
difíceis, a visão empreendedora do fundador.
semelhante na produção de alumina, na
Mas ficaria para sempre sua lição de vida,
fundição e na transformação plástica.
de dedicação ao trabalho e aos valores
fundamentais, passos que foram seguidos
com afinco por seus filhos.
A expansão da Fábrica se fez acompanhar
pelo aumento da geração cativa de energia.
Em 1978, as hidrelétricas já eram cinco,
Apesar do infortúnio, a Companhia
produzindo mais de 1 bilhão de kWh/ano.
Brasileira de Alumínio acompanhou a
De fato, às três primeiras usinas (França,
conjuntura econômica favorável e cresceu.
Fumaça e Alecrim) vieram juntar-se outras
Contudo, em tempos de forte crença nos
duas: Itupararanga, construída pela Light no
financiamentos externos e na atuação do
rio Sorocaba em 1914, com capacidade de
Estado como agente econômico, a CBA
55 MW, e adquirida pela CBA em 1973; e
continuava seguindo o mesmo lema: crescer
Serraria, construída pela empresa no rio
com autonomia operacional e independência
Juquiá, acrescentando 24 MW de potência
financeira, sempre. Nessa altura, a empresa
instalada, quando entrou em funcionamento,
era responsável por 30% da produção
em 1978.
brasileira. Mal concretizara a meta das
Na página ao
lado, Usina
Fumaça
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Usina Porto Raso (SP)
Na página ao lado,
Usina Itupararanga (SP)
Estabelecido o limite territorial das
200 milhas marítimas. Criado o Incra.
O Brasil é tricampeão no México
1970
Inaugurada em Paulínia a maior refinaria de petróleo do país. Decreto permite a entrada
de fábricas estrangeiras inteiras no Brasil
Novo Código Civil. Acordo sobre Itaipu com o Paraguai.
Morre José Ermírio de Moraes
Primeiro choque do petróleo. II Plano Nacional de Desenvolvimento.
Inaugurada a Hidrelétrica de Ilha Solteira. Ernesto Geisel assume a Presidência da República
Assinado o acordo nuclear Brasil-Alemanha.
Anunciada a construção de Tucuruí
Primeiro contrato de risco para exploração do petróleo brasileiro.
O secretário de Estado americano, Henry Kissinger, visita o Brasil
Racionalização do combustível
A Eletrobrás compra a Light. Aprovado
o projeto de reformas políticas
João Baptista Figueiredo assume
a Presidência da República.
Sancionada a Lei de Anistia Política.
Reforma partidária extingue
a Arena e o MDB
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
NOVAS FONTES
DE BAUXITA
Departamento de Mineração, em Poços de Caldas
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ntes do final
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Mineradora Rio do Norte (MRN), responsável
da década de 1970, começou a surgir para
pela exploração das jazidas encontradas
a Companhia Brasileira de Alumínio um
no vale do rio Tapajós, que chegavam a
problema estratégico: ela praticamente
cerca de 1,5 bilhão de toneladas de bauxita.
só contava com as reservas de bauxita da
Pela mesma época, a CBA encontrava outras
região de Poços de Caldas, cuja capacidade
reservas no sudeste do estado do Pará, na
de suprir a Fábrica estava limitada a
região de Paragominas, pequena cidade à
poucos anos mais, em face dos contínuos
beira da Belém–Brasília.
planos de expansão que a CBA
experimentava desde sua entrada em
Em 1980, a CBA adquiriu uma jazida
funcionamento, havia mais de 20 anos.
de bauxita nos municípios de Cataguases
As lavras da empresa em outras áreas da
e Itamarati de Minas (MG). A partir daí,
serra da Mantiqueira, em Minas Gerais,
foram oito anos de pesquisas da jazida em
possuíam bauxita de excepcional qualidade,
ritmo intenso (chegando a envolver mais
mas em volumes não muito significativos.
de 250 homens, entre técnicos, geólogos
e topógrafos), ao final dos quais a CBA
Havia necessidade de procurar jazidas
detinha reservas com enorme potencial
alternativas, que sustentassem a marcha
de aproveitamento e excelente nível de
crescente da produção. A solução estava
sílica. De 1988 a 1992, construíram-se
no Norte. Num primeiro momento, a CBA
as instalações necessárias para o
adquiriu uma participação de 10% na
beneficiamento do minério.
Departamento de Mineração, em Itamarati de Minas (MG)
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Ergueram-se barragens de captação de
água e contenção de rejeitos, a usina de
beneficiamento e os prédios administrativos
em Itamarati de Minas, onde se situa o
centro do jazimento.
Em fevereiro de 1992, iniciaram-se as
atividades de lavra e beneficiamento, e,
seis meses depois, já ocorriam os primeiros
embarques de bauxita para a Fábrica.
De início, a produção foi de 26 mil
toneladas/mês de minério beneficiado,
mas hoje já se produz mais de 130 mil
toneladas mensais.
Extraída e beneficiada em Itamarati de
Minas, a bauxita percorre 25 quilômetros
de caminhão até Cataguases, onde é
embarcada em vagões ferroviários e viaja
mais 860 quilômetros até Alumínio (SP),
em quantidade capaz de garantir o
suprimento do parque fabril da CBA
e a preços mais baixos que a bauxita
do norte do país.
Poços de Caldas
63
1980
Criado o Partido dos Trabalhadores. João Paulo II visita o Brasil.
Emenda para eleição direta para governadores
1983
Movimento das Diretas Já. Itaipu entra em operação
Tancredo Neves é eleito presidente, pelo sistema indireto,
e morre antes da posse. O vice, José Sarney, assume
1985
Plano Cruzado, com os “fiscais do Sarney”
Em Itapetininga, a Votorantim entra no ramo do cultivo da laranja
Nova Constituição.
O Grupo Votorantim compra a Celpav,
sua primeira fábrica de papel e celulose
Primeira eleição democrática de um presidente da República depois
do governo militar. Fernando Collor de Mello é eleito.
Surge a Citrovita, primeira fábrica
de suco de laranja do Grupo Votorantim
1986
1987
1988
1989
NUVENS ESCURAS
NO HORIZONTE
Usina Piraju (SP)
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o completarem-se
25 anos de produção, incertezas pairavam
Acima, Usina Serraria (SP)
Abaixo, Usina Jurupará (SP)
no horizonte do futuro próximo. O mercado
Usina da Barra (SP)
de alumínio enfrentava um tempo de crise,
que fazia com que as vendas diminuíssem
sensivelmente. A par da entrada de novas
Outros problemas surgiam no caminho:
unidades que elevaram a produção
os futuros planos de expansão só seriam
nacional, houve um decréscimo na demanda,
possíveis caso se abandonasse a política
forçado pela crise do petróleo. O Brasil
de buscar a auto-suficiência em bauxita e
inicia um ciclo de recessão econômica, com
energia elétrica, os insumos de produção.
inflação incontrolável. O consumo interno
De fato, no início da década de 1990,
de alumínio cai pela primeira vez desde
a CBA só tinha perspectivas positivas em
a implantação do setor no país, e a CBA
relação ao minério, visto que a aquisição
começa a exportar o metal. Do terminal da
da jazida de Cataguases garantia o
empresa no Porto de Santos, distante cerca
fornecimento por muitos anos. O mesmo
de 130 quilômetros da Fábrica, cada vez
não valia para a geração de energia
mais artigos fundidos e transformados
elétrica. Desde a inauguração da Usina
tomam o caminho da Europa, EUA, Ásia e
Hidrelétrica Serraria, em 1978, a CBA
África, equilibrando a produção nos
se empenhara de modo contínuo na
momentos difíceis de desaquecimento da
construção de outras usinas na bacia do rio
economia brasileira.
Juquiá, tendo colocado em funcionamento
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Usina Machadinho (SC)
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Usina Canoas I
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Usina Canoas II
mais três: Porto Raso, em 1982; Barra, em
São Paulo e Paraná, acrescenta à
1986; e Iporanga, em 1989, somando mais
parte que cabe à CBA mais 36,2 MW
de 105 MW de potência instalada aos cerca
de capacidade instalada.
de 200 MW que a empresa já possuía. É
verdade que suas oito hidrelétricas geravam
Na mesma época, adquiriu-se a pequena
quase toda a energia requerida, porém o
Usina Jurupará, no rio Peixe, com potência
potencial hidrelétrico do rio Juquiá e seus
instalada de 7,2 MW. Depois, ainda no
afluentes estava praticamente esgotado.
Paranapanema, mas agora sozinha, a
O crescimento baseado em energia elétrica
Companhia implantou a Usina Piraju, que
própria estava comprometido e era
forneceu mais 80 MW a partir de 2002.
necessário achar alternativas.
E foi preciso ir mais longe, até o rio
Uruguai, na divisa dos estados de
A saída foi associar-se a outras empresas
Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
e explorar outras bacias. Desde 1999, uma
onde construiu em consórcio com outras
parceria com a Centrais Elétricas de São
empresas a Usina Hidrelétrica Machadinho,
Paulo (Cesp)/Companhia de Geração de
em operação desde fevereiro de 2002;
Energia Elétrica Paranapanema, nas Usinas
a parcela da capacidade instalada
Canoas I e II, ambas no rio Paranapanema,
correspondente à participação da CBA
na região de divisa dos estados de
no empreendimento é de 275,3 MW.
Na página
ao lado, Usina
Ourinhos (SP)
Plano Collor
Impeachment de Collor.
Criada a Votorantim Internacional
Plano Real
1994
Fernando Henrique Cardoso se elege
presidente da República.
Criada a Votorantim Corretora
1995
Criada a BV Financeira
1990
1992
1996
Criada a VBC Energia
1997
FHC se reelege
1998
NOVOS TEMPOS,
NOVAS DEMANDAS
Em primeiro plano, terminal CBA no Porto de Santos
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passagem dos anos
1980 para os 1990 não representou uma
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dos quais consome internamente pouco
mais da metade.
mudança importante no quadro da economia
nacional. A inflação prosseguia, apesar de
A CBA soube explorar esse crescimento,
todos os planos ortodoxos e heterodoxos
tanto interno quanto externo. No mercado
para debelá-la. Em 1994, com a implantação
nacional deu-se importância às Filiais,
do Plano Real, o país alcançou a estabilidade
que são pontos de distribuição de
monetária havia tanto tempo desejada.
produto espalhados pelo Brasil, permitindo
Para a indústria nacional de alumínio,
mais envolvimento com o cliente,
a década de 1990, após um início
identificando novas oportunidades de
desanimador, foi caracterizada por uma
negócios, sustentando os já existentes
forte tendência de alta do consumo interno
e chegando a empresas de pequeno
e pela intensificação do uso do metal na
e médio porte, para divulgar a marca
indústria automobilística.
e a qualidade da CBA. As Filiais, que
eram cinco até 1980, passaram a nove:
O Brasil coleciona recordes: dono da
Filiais da CBA
espalhadas pelo Brasil
Recife (PE), Esteio e Caxias do Sul (RS),
terceira maior reserva mundial de bauxita,
Curitiba (PR), Contagem (MG), Fortaleza
é o sexto produtor de alumínio primário,
(CE), Gaspar (SC) e Belém (PA),
com mais de 1,2 milhão de toneladas/ano,
além de São Paulo e Rio de Janeiro.
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Tarugos
Mais recentemente foram inauguradas as
sua Fábrica, próxima ao Porto de Santos,
Filiais de Salvador (BA) e Ribeirão Preto,
de lá saíam navios para a Europa, EUA,
Campinas e São José dos Campos (SP).
Ásia e África, consolidando um novo
E a política de valorização das Filiais tem
mercado e fazendo novos clientes.
sido mantida até hoje. Presentes em 14
cidades de dez estados brasileiros, com
Na década de 1990, a participação das
250 funcionários e 70 representantes
vendas internacionais chegou a significar
comerciais, elas operam com oito mil
mais de 60% do faturamento da CBA.
clientes e comercializam um terço do
Ela decresceu com a recuperação da
faturamento da CBA, justificando o
economia brasileira desde então, mas
papel de destaque que têm.
ainda se mantém importante.
O mercado externo também foi útil
Para a CBA, foi uma época de trabalho e
naqueles tempos. Embora altamente
crescimento. Se em 1980 fabricava 125 mil
competitivo, ele serviu para equilibrar
toneladas anuais de alumínio, dez anos
a produção, permitiu que as metas
depois sua produção chegava a 170 mil
da empresa fossem atingidas mesmo
toneladas anuais, que então significava
quando da retração do consumo doméstico
21% do mercado brasileiro. Aproveitando
e demonstrou a qualidade do produto CBA
os novos ares que impulsionavam a
a um consumidor exigente. Beneficiada
demanda no Brasil, a CBA fechou o século
pela excelente localização de
20 produzindo 240 mil toneladas/ano
de alumínio primário.
Histórico da produção primária do alumínio
Comemoram-se os
500 anos do Descobrimento.
Criada a Votorantim Venture
2000
Racionamento de energia elétrica
2001
Brasil é pentacampeão mundial
de futebol no Japão
2002
2003
Inaugurado o Gasoduto Bolívia–Brasil.
Lula assume a Presidência da República
Olimpíadas na Grécia.
Brasil envia missão militar ao Haiti
2004
50 anos da CBA
2005
OS
INSUMOS
Usina Salto do Iporanga (SP)
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binômio minérioUsina Alecrim (SP)
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79
A CBA possui 13 usinas hidrelétricas em
energia própria continua sendo a base para
funcionamento; duas estão em construção:
o desenvolvimento da empresa desde a
Barra Grande, no rio Uruguai e Campos
primeira corrida do metal. Uma fábrica de
Novos, no rio Canoas (SC); e mais uma
alumínio, que transforma a bauxita por um
que foi inaugurada em junho deste ano:
processo de eletrólise, consome grandes
a Usina Ourinhos, no rio Paranapanema
quantidades de energia elétrica, que
(SP), sendo 100% CBA. No conjunto, as
responde por quase um terço dos custos
16 usinas poderão produzir mais de cinco
de produção.
milhões de MWh/ano, suficientes para
garantir alto índice de geração própria
Por essa razão, a CBA, desde a fundação,
de energia, mesmo com o aumento da
constrói suas usinas, numa estratégia que
produção para 400 mil toneladas anuais
lhe dá segurança na continuidade do
de alumínio primário em 2005.
fornecimento e lhe permite tornar-se
competitiva no mercado. Gerando a maior
Autogeração de energia elétrica não
parte da energia elétrica que utiliza,
se faz sem dificuldades. De um lado,
a Companhia adquire ampla margem de
uma usina hidrelétrica requer pesados
independência em relação a decisões
investimentos financeiros, que poderiam
externas a seus interesses e, sobretudo,
ser direcionados à produção de alumínio.
reduz o custo a cerca de 40% do que é
De outro, é uma obra de engenharia civil
pago pela concorrência, conforme cálculos
de vulto, cujo projeto leva anos para
de Antônio Ermírio.
maturar e exige trabalhos de construção
Usina Barra Grande
Usina Campos Novos (SC)
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A N O S
intensos, envolvendo mão-de-obra
reconhecida por conter a maior
numerosa e especializada. Além disso,
biodiversidade do planeta. A área é uma
a sua implantação demanda trabalhos de
das maiores reservas particulares daquele
vigilância das condições de saúde pública
ecossistema e, somada aos 2,3 mil hectares
na região, programas de interação com a
doados ao Parque Estadual de Jurupará,
população local (que deve ser informada
compõe um dos principais santuários
sobre as medidas referentes à nova usina)
ecológicos da serra do Mar.
e reconstrução da infra-estrutura que
tenha sido afetada pela construção do
Em termos de matéria-prima para abastecer
empreendimento; e impõe intenso cuidado
sua Fábrica, a Companhia Brasileira de
com o meio ambiente.
Alumínio é auto-suficiente. Possui duas
reservas de bauxita em Poços de Caldas
É preciso também cuidar da investigação
e Itamarati de Minas (MG), e importante
arqueológica do local, recuperar a
participação na Mineração Rio do Norte
vegetação ciliar dos rios envolvidos no
(PA). É também acionista da Alunorte,
represamento, acompanhar a fauna,
em Barcarena (PA), que produz alumina.
monitorar a qualidade da água e controlar
o nível do lençol freático e a ocorrência
As futuras ampliações na produção de
de erosão nas margens do reservatório.
alumínio já têm garantidas, hoje, seu
O cuidado com o meio ambiente tem sido
suprimento de bauxita com a exploração
obrigatório nas obras da CBA, e, nesse
da jazida de Miraí, no sudeste mineiro,
particular, suas atividades nas regiões
que entrará em funcionamento até o
onde está presente vai além do que
final de 2006. Com reservas praticamente
estabelecem os órgãos ambientais.
duas vezes maiores que as de Itamarati
de Minas, a nova unidade de mineração
No vale do Juquiá, por exemplo, a
será capaz de fornecer três milhões
Companhia criou uma área de preservação
de toneladas/ano de um minério
de 28 mil hectares da Mata Atlântica,
beneficiado de excelente qualidade.
Na página
ao lado,
Wagstaff,
fundição
de tarugos
O DIA-A-DIA
DO ALUMÍNIO
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A N O S
Bobina Caster
Laminação de folhas
m atividade 24 horas
onde se transforma em alumínio. Daí para a
por dia, a planta industrial da CBA, em
fundição, e, por fim, para a moldagem
Alumínio, coleciona atualmente números
plástica, composta da extrusão de perfis
impressionantes. São mais de 500 mil
e tubos, da trefilação e encordoamento
metros quadrados de área construída
de cabos e da laminação de chapas planas,
e cerca de cinco mil funcionários.
bobinas, telhas e folhas. O conjunto das
operações segue um controle auxiliado
Para abastecer a produção, todos os dias
por sistema de computadores de última
chegam à Fábrica 110 vagões, trazendo
geração, que monitora a produção. Esses
bauxita, blocos e óleo combustível.
controles garantiram à CBA as certificações
Depois de descarregada, a bauxita segue
internacionais ISO 9001 e ISO 14001.
pelo interior da Fábrica na direção do
Além disso, no final de 2001, a Companhia
alumínio. O caminho é longo, pois a
foi a primeira empresa brasileira a receber
produção da CBA é integrada, operando
o certificado do Instituto Falcão Bauer
desde o minério bruto até o produto final.
da Qualidade para produtos anodizados,
Primeiro, a bauxita é processada
reconhecido pelo Instituto Nacional de
quimicamente na seção de alumina.
Metrologia, Normalização e Qualidade
Depois, vai para as salas de redução,
Industrial (Inmetro).
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A N O S
Acima, perfis de alumínio
Esses anos de produção fabril permitiram
que a CBA acumulasse experiência suficiente
para promover melhorias no rendimento
operacional das máquinas e no consumo de
energia. Esse diferencial da CBA é bastante
utilizado na sala fornos, durante o processo
de reducão eletrolítica, quando ocorre
a extração do alumínio do seu óxido.
A Companhia produz uma tonelada de
alumínio consumindo 14,1 kWh por
tonelada, enquanto a média mundial é de
15 kWh. Nossa pretensão é de operar a
13,8 kWh, uma vez que dispomos de toda
preparação técnica para isso, comenta
Antônio Ermírio de Moraes.
Com 1312 fornos trabalhando atualmente,
a produção de alumínio primário está em
constante ampliação. Nos cinco primeiros
anos do século 21, ela aumentou dois
terços, passando de 240 mil para 400 mil
toneladas/ano.
Alumina
Abaixo, setor de extrusão, prensa de perfis
Sala fornos
CBA 50
ANOS DEPOIS
Vista aérea da alumina
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inqüenta anos depois
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A Companhia também deu início a uma
de ter iniciado sua produção, a Companhia
nova expanção que elevou, neste primeiro
Brasileira de Alumínio é a maior indústria
semestre de 2005, sua produção para
integrada de alumínio do mundo, processando
400 mil toneladas/ano, além do expressivo
desde o minério bruto até os produtos
investimento em laminação, que tornará a
(lingotes, tarugos, vergalhões, placas,
área, até o final deste ano, uma das mais
bobinas, chapas, folhas, perfis, telhas e
modernas em tecnologia e equipamento do
cabos) numa única unidade, em Alumínio,
mundo. A próxima expansão já está definida
no interior do estado de São Paulo.
e em curso, que elevará a produção para
470 mil toneladas/ano até o final de 2007.
Em 2004, a CBA concluiu mais uma
importante expansão, iniciada em 2002, que
Desde sua inauguração, lá no longínquo
elevou em 44% sua capacidade de produção
1955, a CBA vem mantendo uma trajetória
de alumínio primário, passando de 240 mil
de expansão, filosofia herdada de
para 345 mil toneladas/ano. Este valor
José Ermírio de Moraes, crescendo
representa 24% da produção brasileira.
continuamente 10% ao ano. Reinvestindo
maciçamente seus lucros, melhorando
Já a participação de mercado da
a qualidade, aprimorando processos,
Companhia saltou de 22,4% para 26,9%,
incrementando a produtividade e agregando
quando seu faturamento líquido atingiu
gente disposta a crescer e a fazer crescer,
R$ 2,216 bilhões, 34% maior em relação
a empresa de hoje se mostra muito
a 2003.
diferente daquela de 50 anos atrás.
Na página ao lado, vista aérea
da laminação 2000, na Fábrica
em Alumínio
93
Torre de
transmissão
e chaminé da
antiga fábrica
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Alguém que estivesse presente
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produzir 50 mil. Tanta coisa muda em
à inauguração de 1955 e voltasse
50 anos… Logo serão 500 mil toneladas
hoje à Fábrica da CBA não a
anuais de alumínio.
reconheceria. Tudo mudou:
os prédios do início foram
Nas palavras de seu presidente e eterno
demolidos, os fornos originais
apaixonado pela empresa, Antônio Ermírio
foram sucateados em 1968, e a
de Moraes, o orgulho pelo sucesso da CBA
vila operária é agora uma cidade.
vai além dos sentimentos de realização e
Permanece lá uma velha chaminé,
vitória. Seu maior legado deveria ser o
remanescente da indústria pioneira de
exemplo que ela representa para o país:
cimento do comendador Antônio Pereira
Ignácio, tendo funcionado junto a uma
Para nós, é um orgulho sensacional a
caldeira nos primórdios da CBA.
Companhia ter chegado a esse ponto,
porque no mundo inteiro não existe
Muito mais coisa mudou em 50 anos.
outra Fábrica como a CBA, começando
Rodovalho não é mais distrito de
com o minério e terminando com a
Mairinque. Aliás, nem é mais Rodovalho:
folha de alumínio. Nós não tínhamos
agora é Alumínio, o município de Alumínio.
nada como isso no Brasil, começamos
É, muita coisa muda em 50 anos. Mudam
do zero, tivemos que aprender sozinhos.
a paisagem, as máquinas, os homens, os
Eu acho que é um marco. Eu faço um
planos dos homens. Em 4 de junho de
apelo aos brasileiros: nada é impossível
1955, José Ermírio de Moraes não queria
neste Brasil. O Brasil é um país que
ver o Brasil dependendo da importação de
pode se desenvolver muito, muito mais.
alumínio. Hoje a CBA exporta. Quando a
Eu acredito no Brasil, sempre acreditei,
Fábrica foi inaugurada, com capacidade de
e, agora que estou ficando velho,
dez mil toneladas de alumínio por ano,
acredito mais do que nunca.
José Ermírio tinha planos futuros de
Na página
ao lado,
Dr. Antônio
Ermírio de
Moraes
C u l t u r a
Meio ambiente
E d u c a ç ã o
AÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL
Viveiro em Poços de Caldas, Coral da CBA, Teatro CBA e Programa de Educação Ambiental
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Coleta seletiva em
Poços de Caldas
á no início de
Sempre nos preocupamos em criar um ambiente de
suas atividades, em 1955, a CBA se
progresso dentro da empresa, afinal a educação é o maior
preocupava em dar assistência social a
bem de uma pessoa, diz Antônio Ermírio de Moraes.
seus funcionários, bem como procurava
melhorar sua formação educacional, técnica
A CBA ofereceu, então, cursos de
e esportiva. É o que vem fazendo até hoje,
alfabetização e aperfeiçoamento técnico
quando conta com seis mil colaboradores.
em suas instalações e incentivou os
funcionários a aprimorar seus estudos,
A educação sempre foi o foco da ação
evoluindo profissional e pessoalmente. Ao
social da empresa. Em meados dos anos
longo dos anos, essa ação foi ininterrupta
1950, o índice de analfabetos na Fábrica
e mostrou-se fundamental para a empresa
era de 75%. Isso não era de estranhar
conseguir alcançar os mais elevados índices
num país em que a taxa de analfabetismo
de produtividade e competitividade.
chegava a 50%. O que não podia ocorrer,
e não ocorreu, era conformar-se com
a situação.
Desde 1998, a CBA mantém um programa
chamado “Volta à Escola”, que objetiva o
retorno aos estudos ao funcionário que
não teve condições nos períodos da vida
normalmente destinados a essa atividade.
Na página ao
lado, escada
de peixes na
Usina Piraju
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Para o ensino médio, a CBA mantém o
Alumínio. A CBA investiu R$ 5 milhões
resultado de uma parceria entre a ONG
O empenho dos
“Telecurso”. Os funcionários, antes ou
para construir e equipar a escola, por
Ação Educativa, o Unicef, o Programa das
coralistas tem
depois da jornada de trabalho, vão para o
iniciativa pessoal do Presidente da
Nações Unidas para o Desenvolvimento
surtido bons
centro de treinamento, onde professores os
Empresa, Antônio Ermírio de Moraes, que
(PNUD) e o Instituto Nacional de Estudos
resultados. O coro masculino já se
auxiliam nas salas de aula. Em 1999, 25%
convidou então o Senai para administrá-la.
e Pesquisas Educacionais (Inep) que visa
apresentou no Memorial da América
dos funcionários da Fábrica se interessaram
Segundo seu depoimento, o Senai tem
a promover avanços e melhorias no ensino
Latina (São Paulo), em Minas Gerais e
em seguir o curso. Tudo (apostila,
sempre procurado aprimorar o padrão de
através do envolvimento das comunidades
em Santa Catarina. Nessas ocasiões,
transporte, material didático) é gratuito.
qualidade, jamais se acomodando com as
locais. Também em parceria com outra
os funcionários são dispensados de suas
A partir de 2004, o programa estendeu-se
conquistas alcançadas. A meta é que, em
ONG de muito prestígio, a Alfabetização
atividades na empresa e têm todos as
também para os Departamentos Minerais,
2005, a Escola atenda a até três mil
Solidária mais o Ministério da Educação
despesas custeadas pela CBA.
Usinas Hidrelétricas e Escritório Central.
pessoas da região.
e outras empresas e instituições, a CBA
já adotou desde o começo do programa,
A atuação da CBA nessa área estende-se
Em 2004, outra atividade relativa à
Outra turma se dedica à arte dramática.
em 1997, 13 municípios do estado
Um grupo de teatro freqüenta aulas de
para a comunidade em geral, procurando
educação, desenvolvida juntamente com o
de Alagoas. O resultado da participação
interpretação e leva ao público, tanto
contribuir com o aperfeiçoamento
Instituto Votorantim, levou para
da CBA traz bons números: mais de 40 mil
interno quanto externo (em atividades
educacional da sociedade. Assim, em 14 de
Cataguases, Itamarati de Minas e Poços
alunos alfabetizados e dois mil
organizadas por outras empresas),
setembro de 2004, inaugurou-se a Escola
de Caldas numa primeira etapa, o projeto
professores capacitados.
dramatizações sobre questões
Senai Antônio Ermírio de Moraes, em
“Indicadores da Qualidade na Educação”,
de saúde, segurança e meio ambiente.
Mas a empresa sabe que, para uma
vida equilibrada e produtiva, é preciso
também incentivar o lado cultural,
artístico e esportivo.
Para o público interno, a CBA oferece a
oportunidade de participação em grupos de
coral: adulto, juvenil e infantil, com
orientação de regente e pianista,
ensaiando no auditório da Fábrica.
Escola Senai Antônio Ermírio de Moraes, em Alumínio
Orquestra Baccarelli
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“Telecurso 2000”,
Escritório Central
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Viveiro de
mudas em Poços
de Caldas
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Desde 2001, a CBA patrocina a Orquestra
Jovem Baccarelli, um grupo que surgiu
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programa “Preservando o Meio Ambiente”,
criado em 2001.
em 1996 em meio aos adolescentes de
Heliópolis (comunidade carente de São
Nos Departamentos de Mineração da CBA,
Paulo), por iniciativa do maestro Baccarelli.
também ocorrem visitas de escolas da
Com sua ajuda, eles passaram a ser
região, incluindo caminhadas por trilhas
intérpretes e conhecedores dos grandes
ecológicas. Nas Usinas, as visitas abordam
nomes da música erudita, tendo acesso
as questões locais, como igualmente o
ao que de melhor a humanidade já
cuidado com os rios.
produziu nos últimos séculos.
A preocupação com o meio ambiente
Na área do meio ambiente, as iniciativas da
chegou também ao espaço urbano,
CBA têm o objetivo de preservar os recursos
onde a CBA colabora com as iniciativas
naturais, garantindo qualidade de vida para
públicas e zela, há alguns anos, pela
seus colaboradores e a comunidade como um
manutenção do paisagismo da praça
todo, controlando emissões, despejos e
Ramos de Azevedo, no centro antigo da
deposições provenientes do processo fabril e
cidade de São Paulo, realizando o plantio
buscando o desenvolvimento sustentável de
de flores e gramíneas e cuidando das
sua atividade econômica.
majestosas palmeiras-imperiais.
Junto à Fábrica, em Alumínio, 500 mil
As ações sociais podem ser grandes ou
metros quadrados de mata (cerca de
pequenas, internas ou externas, mas são
25% da área total), são destinados à
constantes e efetivas e refletem a busca
preservação. Essa reserva permanece
incessante pela integração plena e rica
continuamente aberta à visitação e ao
do homem no trabalho, na sociedade
estudo pelas escolas da região, através do
e na natureza.
Rio Juquiá (SP)
une 4, 1955 saw the birth of Companhia Brasileira
de Alumínio, the first aluminum industry in Brazil. Fifty years later, the inauguration of CBA
represents the first step in a very special history forged in commitment and a lot of effort.
Being absolutely sure that we could use our own reserves of raw material to feed the
domestic market was a sign that Brazil could reach self-sufficiency in aluminum production.
The emergence of that industry would change the course of nonferrous metal industry. Our
initial output was 4,000 metric tons per year, at the time a source of pride and the result of
many years of preparation.
Half a century later, investments in equipment and technology place CBA among the
most modern industries in the world, and its products are totally on a par with competition
worldwide. All that is the result of the hard work of our employees who currently amount to
6,000 and who believe in the development of both the company and the country. An attitude
that, along with ongoing financial support, raised our production capacity to 400,000 metric
tons per year, boasting a continuous annual growth of ten percent since 1955.
But these are not the only distinctive features of CBA. The Aluminum Plant in São Paulo is
the world’s largest integrated plant, which means that everything, from bauxite processing
through to making finished products, such as extruded and rolled plates, cables and foils,
takes place on one single site. Along with it, sixteen Hydroelectric Power Plants, fourteen
Affiliates spread throughout Brazil, and two Mining Departments make up an industry that
produces high-quality aluminum and that commemorates fifty years of hard work,
contemplating a great future.
Antônio Ermírio de Moraes
President Companhia Brasileira de Alumínio
CBA
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THE BEGINNING
Aluminum is one of the most recent metals to be
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sources of electricity and its proximity to the Port
to build up big steel (thus leaving the nonferrous
while materializing José Ermírio’s dream of
of Santos and the São Paulo consumer market.
metals field open to private enterprise) and he was
promoting Brazilian industrialization by processing
exploited by man as a relatively new industry that
The war in Europe held up progress on both the
enthusiastic about investing in aluminum production.
local mineral resources. He started by going into
emerged in the wake of the Industrial Revolution.
Elquisa and CBA projects. As was to be expected in
Another factor was the physical proximity and shared
the chemicals sector and founding Companhia Nitro
The ore was identified by Berthier in 1821 (in
the context of world war, building new and complex
interests that linked Votorantim Group and CBA.
Química in São Paulo in 1937. Then came a steel
Les Baux, in the south of France, hence the name
plants for the first time in Brazil involved innumerable
However, what surely weighed most was the business
plant, Companhia Siderúrgica Barra Mansa, in the
bauxite), and the metal was isolated by Oersted in
problems: scarce machinery had to be imported,
philosophy of José Ermírio de Moraes, as an
state of Rio de Janeiro (1938). Then he turned
1825. Although it was already being produced by
there were major transportation problems, and it
enthusiastic supporter of independent and self-
to nonferrous metals, including aluminum.
1854 (based on the chemist Saint-Claire Deville’s
was obviously impossible to have qualified foreign
sustained development for Brazil who always sought
successful experimental work), the industry only
technicians come here to assemble and install
to invest in industrial segments based on raw
the Group had become one of the largest industrial
began to flourish with the development of new
equipment, or train future Brazilian operators.
material available locally. Diversifying was part of
conglomerates in South America by the 1940s.
processes introduced by Bayer (for alumina, in 1888)
The war came to an end but not the difficulties;
Under the new name of SA Indústrias Votorantim,
his strategy too, since he realized that a venture
NEW PLANS FOR CBA
and Hall-Héroult (for the metal, in 1886). Primary
in fact for a time they proved insurmountable.
depending on one single line of business sooner or
aluminum making plants were concentrated in France
Neither of the two projects in Brazil materialized as
later runs into difficulties and even futile sacrifices.
and the US and these innovations boosted world
originally planned. Postwar demobilization meant
output from 6,000 metric tons in 1900 to 126,000
that enormous amounts of scrap metals poured onto
Ignácio, an immigrant who came to Brazil from the
Aluminum Company) in 1946, and its formal start-
metric tons in 1920.
the market. In the US, aluminum plants built by
village of Baltar in the north of Portugal in 1884,
up in 1955. Although the basic lines of the initial
government at the height of the war effort were
at the age of ten. In his youth, he was a shoemaker
project were retained, this period of maturation
the 1930s and 40s. Engineers Américo René Gianetti
being assigned or leased to private enterprise
in São Manuel, before becoming a merchant in
meant that the general concept could be redesigned
and José Ermírio de Moraes foresaw the advantages
(at give-away prices) and going back to commercial
Botucatu and then an industrialist in Sorocaba,
as new goals and guidelines were introduced.
of aluminum as a metal for everyday uses and sensed
production, so there was an international aluminum
where he built a cotton oil factory and refinery.
enormous potential for growth as they dreamed
glut. In 1944, after three years without supplies,
In 1918, he leased the Votorantim textile plant and
unchanged was the plan to mine bauxite from the
of building a Brazilian aluminum industry. Before
Brazil imported more than 2,000 metric tons.
five years later business was so successful that he
reserves at Poços de Caldas, which had been on
bought the company and began to expand while
paper since 1935. The local subsoil comprised
diversifying his investments.
alkaline rocks and contained bauxite with all the
There were a few pioneering initiatives in Brazil in
Votorantim was founded by Antônio Pereira
There was a long delay between the reconstitution
of Companhia Brasileira de Alumínio (Brazilian
One part of the original project that remained
CBA, a few small rolling mills had started to import
In light of this new situation, previous plans had
aluminum in the wake of WWI and its effects on the
to be scaled back and the pioneers of the industry in
economy and transportation. Local producers made
Brazil took stern measures. After operating for only
domestic utensils from imported raw material or used
sixteen months, the Elquisa aluminum plant was
Pernambuco to run his companies. This was José
but it was not feasible to locate an alumina factory
scrap recycled by small local firms–who proved to be
closed down in August 1946 having produced some
Ermírio de Moraes, born in 1900 and graduated in
or a reduction plant in the Poços area since costs
crucial to the future of aluminum in Brazil by keeping
800 metric tons. For a time, the Company continued
Engineering from the Colorado School of Mines. José
of electricity, fuel, and other inputs were too high.
the sector alive even in such an adverse situation.
to make steel alloys but was constantly beset by
Ermírio married Pereira Ignácio’s daughter Helena
Moreover, Poços de Caldas was distant from consumer
severe financial problems until it was sold off to a
in 1925 and under his management, Votorantim
centers and resources such as technical support.
foreign group in the early 1950s.
made great strides forward as part of Brazil’s
The best place for the plants was still at the
industrialization process. By the late 1920s,
Rodovalho rural property in the state of São Paulo,
where ore would be transported by railroad.
By the late 1930s, the perspective of WWII
loomed with its inevitable shortages of strategic raw
materials and this prompted plans to build primary
CBA had not started making aluminum (largely due
In 1924, Pereira Ignácio hired a young man from
specifications required for the aluminum industry,
aluminum plants in Brazil to at least satisfy local
to difficulties in obtaining equipment), so the project
although textiles were still the main basis for the
demand for a metal that was quickly taking on
was on hold. But it made good use of the time and
Group, it had already diversified in industry and
an important role. This period saw two almost
the effort had not been in vain. The idea of having
retailing as well as intermediate goods.
simultaneous but unrelated initiatives, both based
a Brazilian aluminum industry had mobilized many
on local bauxite reserves: Elquisa in Minas Gerais,
people and almost all were still involved, so the seeds
to a new factory being built in the Santa Helena
Paulo (the main consumer center and source of
and CBA in São Paulo.
had been sown–the CBA project was not forgotten.
neighborhood of Votorantim. The first kiln was
supplies in Brazil) and Santos (the main port for
inaugurated in 1936 to supply the cement used to
imports and exports). Everything else was at hand
build a new overpass in São Paulo (Viaduto do Chá).
too–labor, technical support, electricity, fuel,
The product was–and still is–named Votoran. The
limestone, etc. The 2,600-hectare Rodovalho site
CBA was founded in February 1941 and its initial
plan was to exploit ore from rich bauxite veins
discovered on Fazenda Recreio, a rural property in
CBA AND VOTORANTIM
In 1946, CBA’s ownership structure changed when
Promising earnings in the cement industry led
Located seventy-four kilometers from the city of
São Paulo and 300 from Poços de Caldas, the site
is an excellent route center for shipments to São
Poços de Caldas, owned by engineer Plínio de
Votorantim joined with the Carvalho Dias family to
rural area had space for the slaked lime company,
already contained some initial buildings for a
Queiroz and the family of Lindolfo de Carvalho Dias.
buy out the other founding shareholders and take
the brickworks, and a quarry–and it provided
workers residential area that had been abandoned
The aim was to produce 7,000 metric tons of
control over the Company, which then took on new
firewood to meet energy needs.
some years previously. It also contained some 7,000
aluminum per year at a plant in Rodovalho, near
life. Around this time, Votorantim’s CEO José Ermírio
Sorocaba (SP), a location favored by excellent
de Moraes saw that the federal government planned
The Votorantim group of companies grew rapidly
thereafter and maintained its diversified interests
square meters of factory buildings, remaining from
the former Votorantim facilities.
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life with CBA and is still there today, now President
problems and the tremendous difficulties they faced.
At that time when we were setting up the new
the late 19th century, when Colonel Antônio Proost
of the Company he sees as the “jewel on the crown”
But we can say today: the battle has been won.
company and were most in need of electricity,
Rodovalho acquired land in the proximity of the
of the Votorantim conglomerate.
The industrial history of the site dated back to
Light refused to supply us. So we had to build our
TOUGH TIMES IN THE EARLY YEARS
municipality of São Roque. Rodovalho took the first
Five years later, after training as a medical doctor,
steps toward producing hydraulic agglomerates and
Miguel de Carvalho Dias (son of Lindolfo de Carvalho
In addition to the usual difficulties involved in a
built the Rodovalho cement factory. When the railroad
Dias, proprietor of the Recreio property in Poços de
start-up in the sector, international companies were
reached Sorocaba, two stations were built to ship
Caldas) came to São Paulo to join CBA and wager his
highly secretive in relation to a technology that
self-generates sixty percent (against an average of
out production (Rodovalho and Piragibu). The cement
future on the bauxite venture. After a brief spell in
had yet to be fully mastered in Brazil. The alumina
only twenty-eight percent for the rest of the world’s
factory was subsequently sold to Antônio Pereira
politics, as mayor of Poços de Caldas, he became
available was low quality so the end product was not
aluminum makers) which means a greater degree
Ignácio and was the seed that grew into Votorantim.
Vice-President with CBA, and still holds that
very good. Moreover the financial situation was not
of security. Heavy investment is required too but
Around 1936, the rural property became a neighborhood
position.
comfortable. Any start-up in the aluminum industry
it is worth the extra effort.
own hydroelectric dams. Were it not for them, CBA
would be just one more company.
Today, it is relatively self-sufficient in that it
of the municipality of Mairinque. With the installation
Initial earthmoving work for the new site was
of CBA, the Rodovalho neighborhood and station were
done in almost artisan fashion using small carts
larger amounts since its approach always took into
and had yet to fully master the technology, they
renamed Alumínio (Aluminum). By 1980, the
hitched to stolid donkeys. One of the first jobs was
account three basic tenets that José and Antônio
decided to double output and build a second
neighborhood had 13,500 inhabitants and became a
to build a water treatment station to guarantee
Ermírio de Moraes held to: projects had to be
Hydroelectric Dam: Fumaça, on the Juquiá River in
district. Twelve years later, it separated to become a
supplies for the plant and the employees’ residential
integrated from ore through to finished products;
the municipality of Ibiúna in the state of São Paulo
municipality.
area. In order to conserve the existing natural
energy had to come mostly from self-generating;
(upstream from França). Its 36 megawatts capacity
reserves, a watertight dam was needed to retain the
and credit could only be used very parsimoniously
meant it could produce more than 200 gigawatt
red clayish soil with waste and effluents.
as a supplement to own funds.
hours per year. The new dam started generating
The original CBA project designed by American
companies was to make alumina, Soderberg paste,
and artificial cryolite using an electrolytic reduction
unit with sixty-eight 24-kA cells.
There was another substantial change in the plans
required high investments, but CBA needed still
This audacious project provided CBA with an initial
In 1957, although CBA faced financial difficulties
in 1964, so CBA moved into its second phase
concerning electricity for the plant. The original plan
annual capacity of 10,000 metric tons and was ninety
by increasing its annual aluminum output to
was to purchase supplies from São Paulo Light &
percent financed by Votorantim itself, which in the
21,000 metric tons.
that the accumulated experience of setbacks from
Power, although there were waterfalls on CBA land
early years meant draining finances from the other
the initial attempt suggested a new course for
with potential for generating approximately 15
companies in the conglomerate. Having decided to
CBA–almost a total redesign in fact. It was soon
megawatts. Changed plans for CBA led to this idea
use its own funds, CBA had to take on heavy debt.
apparent that the venture would have more chances
being radically altered to make immediate use of this
of success if everything from bauxite processing to
source of electricity, although the new plans implied
making finished products in aluminum was integrated
much heavier investments. In 1949, the Company
on one single site. The new Rodovalho plant featured
applied for the right to dam the Juquiá-Guaçu River and
Ermírio was involved in an accident when a caustic
management at one place. Not without a touch of
alumina factories, Soderberg paste, and artificial
a tributary, the Assungui, which was granted in 1952.
soda filter blowout burned his feet and left him
sentimentality, he bought Hotel Esplanada on Praça
Work on the project began immediately with the
bedridden for a month; he was still on crutches
Ramos de Azevedo near the Municipal Theater, in the
three months later.
old downtown area of São Paulo. The Hotel, designed
However, it had been so long since the pilot studies,
cryolite units, as well as the electrolytic reducing plant,
“By 1956, we owed sixteen months revenue,”
recalls Antônio Ermírio de Moraes.
To complicate the situation even more, Antônio
IT TAKES GUTS TO CHANGE
In that same year of 1964, with production now well
under way, the Company installed its administrative
offices at a new location since José Ermírio de Moraes
wanted to concentrate all Votorantim senior
now equipped with eighty Soderberg-Montecattini
construction of the França Hydroelectric Plant on the
smelters rated 30 kA each, with capacity for 10,000
Juquiá River in the municipality of Juquitiba, ninety
metric tons per year. Equipment was imported from
kilometers from São Paulo. The dam measured
obtaining sufficient electricity, since the latter is a
1922, was where José Ermírio had celebrated his
Italy where the owners of a factory ready to open
48 x 208 meters and produced 30 megawatts.
key input factor for aluminum making. All sorts of
engagement to Helena.
lacked the funds to start operating. A foundry to
Construction work began in 1954 and there were
difficulties sprang up, as Antônio Ermírio recalls:
make aluminum alloys was added; plus a sulfuric
innumerable hitches as the original contractor folded
We started to build the França Hydroelectric Dam
the magnificent old Hotel was redecorated to provide
acid and aluminum sulfate factory; and a unit for
and work got behind schedule. So CBA itself decided
in 1954, but we ran into difficulties as work got
seven floors of offices for directors, administrators,
extruding, rolling, and drawing aluminum.
to build the plant with its own staff and it came on
behind schedule and it did not start operating
and auxiliaries but the French-style façade and great
stream in 1958.
until 1958. But the plant was ready before that,
ballroom remained unchanged.
The year of 1949 was a crucial one for materializing
the dream of a Brazilian aluminum industry as José
On June 4, 1955, José Ermírio de Moraes inaugurated
Another great challenge from the same period was
and we had to ask Light to supply 10 megawatts,
by architects Viret and Marmorat and inaugurated in
As headquarters to CBA and the conglomerate,
However, from the operational angle, things were
not going very well at the aluminum plant in the
Ermírio de Moraes selected people whose hearts and
the CBA plant and it started making ingots, billets,
minds proved crucial to the development of the
rods, slabs, coils, foils, profiles, tiles, and cables. In
The end product had a high price ticket too, which
Company.
his inauguration speech, José Ermírio proudly recalled:
made it hard for CBA to compete. But difficulty led to
de Alumínio faced an impasse: either it introduced
However, in the life of the men who were engaged
heightened alertness, which led to a decision that
structural change and new plants, or it was doomed
to Brazil as a Metallurgical Engineer graduated by
in this struggle, it was a very prolonged and
became a differential for CBA: generating its own
to fold. Output was unlikely to surpass its annual
the Colorado School of Mines. He began his professional
extremely hard period, due to the magnitude of the
electricity. As José Ermírio de Moraes once reminisced:
20,000 metric tons since CBA equipment was
The young Antônio Ermírio de Moraes had returned
which they refused to do.
Mairinque region. In 1968, Companhia Brasileira
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outdated and its self-generating capacity was nearing
industry was growing as never before, and the
1914 and its 55 megawatts capacity was acquired by
uncertainty hovered over the horizon for the near
exhaustion. Smelters were inefficient and burning
nonferrous minerals sector followed in its wake.
CBA in 1973; Serraria was built on the Juquiá River
future. The aluminum market moved into a period of
to add another 24 megawatts in 1978.
crisis and sales declined substantially. Just as new
twenty percent more energy than competitors.
Around this time, CBA and its staff sustained a
The potential from waterfalls on the stretch of
damaging loss when José Ermírio de Moraes died
Juquiá River, where CBA was licensed to build
at the age of seventy-three on August 9, 1973.
hydroelectric dams, was already almost entirely
The patriarch had already handed over executive
exploited.
command of the Votorantim companies to his sons
late 1970s when practically the only bauxite reserves
Domestic consumption of aluminum plunged for the
units boosted production in Brazil there was a fall in
NEW BAUXITE SOURCES
There was a strategic problem that emerged in the
demand caused by the oil crisis. A cycle of economic
recession opened up in Brazil with galloping inflation.
and son-in-law almost a decade before that and had
were in the Poços de Caldas area and their capacity
first time since Brazil’s first plant opened, and
decisions and the hard work that characterized José
taken up a short but lively political career. Although
was limited to a few more years in view of CBA’s
CBA began to export part of its output. From the
Ermírio de Moraes and his son Antônio. CBA decided
he was Minister of Agriculture, president of the PTB,
continuous growth since it had started over twenty
Company’s terminal in the Port of Santos, some
to hold on to its competitive edge by rebuilding
cofounder of the MDB, and senator from 1968 to 1971,
years previously. Prospecting in the mountains of
130 kilometers from its plant, more and more cast
and modernizing its plant. After only thirteen years,
José Ermírio was never far away from the offices on
Serra da Mantiqueira in Minas Gerais had found bauxite
aluminum and other processed products were
the entire original plant was scrapped–including 128
Ramos de Azevedo. In relation to strategic decisions,
of exceptional quality but not very significant volumes.
shipped to Europe, the United States, Asia, and
smelters and the electrolytic processes. Not even the
his constant suggestions were consistently proved right.
The challenge was tackled with the audacious
3,600-square-meter building remained intact–15,000
In addition to personal loss felt by his children,
There was a need to seek alternative deposits to
sustain growing output and the solution lay in the
Africa, thus balancing production at a difficult time
when the Brazilian economy was cooling down.
Fresh issues emerged on the way: future growth
cubic meters of concrete were demolished too. It
friends, and collaborators, the dynamic engineer
North. Initially, CBA acquired a ten-percent stake in
was a bold decision. “If we had not [done that], the
from the state of Pernambuco was sorely missed for
Mineradora Rio do Norte (MRN), which was exploiting
plans would not be feasible unless the policy of
whole site would have become an aluminum museum
his ability to provide guidance and encouragement
about 1.5 billion metric tons of bauxite deposits in
seeking self-sufficiency in supplies of bauxite and
by now,” said Antônio Ermírio.
during times of difficulty and for the enterprising
the Tapajós Valley. Around the same time, CBA
electricity was dropped. In the early 1990s, CBA
vision of the Company’s founder. His enduring life
discovered fresh reserves in the southeast of the
enjoyed favorable prospects in relation to ore supplies
hydroelectric dams. At that time, it was believed
lessons of hard work and basic values were eagerly
state of Pará, near Paragominas, a small city on
since the acquisition of the Cataguases reserves
that the only potential hydroelectric sites on the
followed by his children.
the Belém-Brasília highway.
ensured a steady supply for many years, but the same
More investments were ploughed back into
Juquiá River were the existing França and Fumaça
Despite the misfortune, Companhia Brasileira de
Then in 1980, CBA acquired bauxite deposits in the
was not true of electricity. After the inauguration of
Dams and the future Serraria, which had already
Alumínio made good use of the favorable economic
municipalities of Cataguases and Itamarati de Minas in
the Serraria Dam in 1978, CBA had consistently
been planned. But there was a considerable drop in
situation and grew rapidly. Even in those times of
the state of Minas Gerais (MG). There followed eight
sought to build more hydroelectric plants on the
water level from one dam to the other. Reexamining
reliance on international loans and belief in the
years of intensive surveying involving more than 250
Juquiá River and another three were already operating:
the river basin led to a new solution as new sites
performance of the State as economic agent, CBA
technicians, geologists, and topographers, before CBA
Porto Raso opened in 1982, Barra in 1986, and
were located that had not been shown on previous
always stuck to the same tenet of growing while
could be sure of reserves with enormous potential and
Iporanga in 1989, adding more than 105 megawatts
cartographic plans. Hydroelectric potential along the
remaining operationally and financially independent.
excellent silica levels. Facilities required for processing
installed capacity to the existing 200 megawatts.
Juquiá River was reformulated to provide generating
By that time, the Company accounted for thirty
the ore were built from 1988 to 1992. Water uptake
It is true that the eight hydroelectric dams generated
capacity of over one billion kWh per year. The plans
percent of aluminum made in Brazil. No sooner had
and slurry contention dams were built with the
almost all electricity required by CBA, but the
for expanding the plant would mean using much
it reached its annual target of 40,000 metric tons (in
processing plant and administrative buildings at the
hydroelectric potential of the Juquiá River and its
more power so the Alecrim Dam was built to
1972) than it was already planning for more growth.
center of the deposits in Itamarati de Minas. Mining
tributaries was practically exhausted. Growth based
generate over 400 million kWh per year.
There were to be two cycles of expansion, one to
and processing activities started in February 1992 and
on self-generated electricity was no longer feasible
double output and another to triple it.
the first bauxite shipments were out the gate six
and alternatives had to be found.
By 1969, work was moving ahead to boost
aluminum output from 20,000 to 40,000 metric tons
By 1978, when the first cycle ended, CBA had 144
months later. Initial output was 26,000 metric tons of
The solution was to join with other companies to
per year by late 1971. At the same time, there was
120,000-ampere smelters producing 40,000 metric
processed ore per month, but Itamarati is now ship-
exploit more river basins. First there was a partnership
far-reaching modernization in the plastics sector
tons per year, which together with the existing
ping over 130,000 metric tons per month.
arrangement with Centrais Elétricas de São Paulo
through the purchase of new extrusion presses and
40,000 amounted to 80,000 metric tons of aluminum
speedy modern rolling mills were introduced to make
aluminum foil.
After being extracted and processed in Itamarati
(local acronym CESP) and Companhia de Geração de
per year. At the same time, it had achieved similar
de Minas, bauxite is trucked twenty-five kilometers
Energia Elétrica Paranapanema in 1999 to build the
growth rates for alumina, foundry output, and plastics.
to Cataguases, where it is loaded on railroad hoppers
Canoas I and II plants on the Paranapanema River, on
Expansion at the plant tracked the increase in
for the 860-kilometer haul to Alumínio (in the state
the state line between São Paulo and Paraná, adding
self-generated energy. By 1978, there were five
of São Paulo) in amounts sufficient to supply CBA and
another 36.2 megawatts as CBA’s part of the venture.
Then came the early 1970s and a fast growing
Hydroelectric Dams producing more than one billion
at lower costs than bauxite from the north of Brazil.
economy. On the strength of favorable economic
kWh per year. The first three Dams (França, Fumaça,
situation internationally and major state investment
and Alecrim) were joined by another two: Itupararanga
in transport and energy infrastructure, Brazil’s
on the Sorocaba River had been built by Light in
FAST GROWTH
At the same time, it acquired the small 7.2-megawatt
Jurupará plant on the Peixe River. Next, on the
CLOUDS ON THE HORIZON
After twenty-five years producing aluminum,
Paranapanema River again, this time on its own
account, CBA built the Piraju Plant to begin supplying
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another 80 megawatts in 2002. CBA had to go further
they were useful in balancing production and allowing
investments that could be directed to producing
Some 110 wagons come in everyday with bauxite
afield to the Uruguay River on the border between
company targets to be reached despite the contraction
aluminum. The civil engineering work is complex
and fuel oil to keep the plant going. After unloading,
the states of Santa Catarina and Rio Grande do Sul,
in domestic consumption. Exports also proved the
and projects take long years to mature. Construction
the bauxite undergoes a long process to become
where it built the Machadinho Dam in consortium
quality of CBA for demanding consumers. Benefited by
involves numerous employees and specialized
aluminum. It is long because the integrated CBA plant
with other companies. The plant has been operating
the excellent location, near the Port of Santos, ship-
personnel. Dams require careful surveillance of public
does everything from processing crude ore to making
since February 2002, and the portion of capacity
ments to Europe, the United States, Asia, and Africa
health conditions in the area, interaction with the
final products. First, bauxite is processed chemically
corresponding to CBA’s take in the venture is
consolidated new markets and customers. In the 1990s,
local community–who have to be informed of the
in the alumina section, and then it goes to reduction
275.3 megawatts.
exports accounted for over sixty percent of CBA
measures being taken, reconstruction of infrastructure
rooms to become aluminum. Then to the foundry and
revenue. The number has decreased with the subsequent
affected by construction, and great care with the
finally to plastic molding to extrude profiles and
recovery in the Brazilian economy but is still high.
environment. Archeological investigation of the
tubes, draw wires and cables, or roll flat plates, coils,
location is required. There are also efforts to recover
tiles, and foils. The whole operation is controlled with
NEW TIMES, NEW DEMANDS
The late 1980s and beginning of the 1990s brought
CBA experienced a period of hard work and fast
no major changes in the Brazilian economy. Inflation
growth. Output in 1980 was 125,000 metric tons
vegetation on the rivers involved in the dam, monitor
the assistance of latest-generation computer systems
continued despite all orthodox and heterodox plans
of aluminum, ten years later it was almost 170,000
fauna and quality of water, and check underground
monitoring production. These controls have earned
aimed at eliminating it. In 1994, with the Real Plan,
metric tons and twenty-one percent of the Brazilian
water levels and erosion around the reservoir. Care for
CBA international certifications ISO 9001 and ISO
the country reached long sought-after monetary
market at the time. On the strength of the new
the environment has been an obligatory part of CBA
14001. In 2001, CBA was the first Brazilian company
stability. For the Brazilian aluminum industry,
developments driving demand for aluminum in Brazil,
work and its standards in the areas where it is
to earn the certificate of the Falcão Bauer Quality
the 1990s had a discouraging start but was then
CBA ended the 20th century producing 240,000
present surpass those required by environmental
Institute for anodized products, which is recognized
characterized by a strong upward trend in domestic
metric tons of primary aluminum per year.
agencies.
by Brazil’s Institute of Metrology, Standardization,
INPUTS
Company created a conservation area of 28,000
consumption and increased use of aluminum in the
automobile industry.
Brazil collects records: with the world’s third
In the Juquiá River valley, for instance, the
Ore and electricity have been the basis for
and Industrial Quality (Inmetro).
All these years involved in production at the plants
hectares of the Atlantic forest vegetation that boasts
allowed CBA to gather enough experience to enhance
largest bauxite reserves, Brazil is the sixth largest
development of the Company since the beginning.
the highest levels of biodiversity on the planet.
operational productivity from machines and power
producer of primary aluminum, with more than 1.2
An aluminum plant transforming bauxite through
This is one of the largest private Atlantic forest
consumption. This CBA distinctive feature is
million metric tons per year, and just over half of
an electrolysis process consumes great amounts
conservation areas and together with 2,300 hectares
particularly effective in the smelters room, during
this is consumed domestically.
of electricity and this accounts for almost one third
donated to the State Park of Jurupará, composes
the electrolytic reduction process, the stage in which
of production costs.
one of the main ecological sanctuaries in the Serra
most power is required, when aluminum is extracted
do Mar mountain range area.
from its oxide. The Company produces one metric ton
CBA was able to exploit growth in both domestic
and export markets. In the local market, Affiliates
So CBA continued to build dams as part of a
of aluminum for each 14.1 kWh used against a world
played an important role as points of distribution
strategy that has given it a secure and steady supply
throughout Brazil, bringing more involvement with
and allowed it to be competitive in the market. By
self-sufficient. It has two bauxite reserves in Minas
average of 15 kWh. “Our aim is to operate at 13.8
customers, identifying new opportunities for business,
generating most of the electricity it uses, the Company
Gerais, one at Poços de Caldas and another at
kWh, since we have all the technical skills required
and sustaining existing lines. They also allowed CBA
acquires a margin of independence of decisions
Itamarati de Minas, and an important stake in
for that,” comments Antônio Ermírio de Moraes.
to keep in touch with small and medium scale
external to its interests and above all reduces costs
Mineração Rio do Norte, PA. It is also a shareholder
companies to publicize its brand and quality. The
some forty percent in relation to competitors,
at Alunorte in Barcarena, PA, which produces alumina.
of primary aluminum is growing steadily. In the first
five Affiliates of 1980 became nine: Recife (PE),
according to calculations made by Antônio Ermírio.
Future aluminum making needs already have their
five years of the 21st century, output was gradually
In terms of supplies of raw materials, CBA is
With 1,312 smelters currently operating, production
bauxite demand met through tapping the Miraí
increased by two thirds, from 240,000 to 400,000
Contagem (MG), Fortaleza (CE), Gaspar (SC), and
Power Plants; two under construction: Barra Grande,
deposits (in the southeast of the state of Minas
metric tons per year.
Belém (PA), as well as São Paulo and Rio de Janeiro.
on the Uruguay River, and Campos Novos, on the
Gerais). Due to start operations by the end of 2006
More recently Branches were opened in Salvador (BA),
Canoas River, in the state of Santa Catarina; and
and with reserves virtually twice as large as those at
Ribeirão Preto, Campinas, and São José dos Campos
there is another one, inaugurated last June:
Itamarati de Minas, the new unit will be able to ship
(SP). The policy of boosting the role of Branches has
Ourinhos, on the Paranapanema River, in the state of
three million metric tons per year of high-quality
Brasileira de Alumínio is the world’s largest integrated
been maintained until today. Present in fourteen cities
São Paulo, 100 percent CBA’s. Together, the sixteen
processed ore.
aluminum maker, manufacturing everything from
in ten Brazilian states, with 250 employees and
plants will produce more than five million megawatts
seventy commercial representatives, the Branches
per year–enough to guarantee a high level of self-
operate with 8,000 customers and account for one third
generated electricity, even with annual output due to
The CBA plant in Alumínio operates twenty-four
of CBA revenue thus justifying their prominent role.
reach 400,000 metric tons of primary aluminum in 2005.
hours a day and now has some impressive numbers
Esteio and Caxias do Sul (RS), Curitiba (PR),
Currently, CBA owns thirteen operating Hydroelectric
The export market has been very useful in recent
Self-generation involves difficulties too. A
years. Although export markets are very competitive,
hydroelectricity station takes up large financial
CBA 50 YEARS LATER
Fifty years after beginning production, Companhia
crude ore through to products (ingots, billets, rods,
MAKING ALUMINUM
to show. Over 500,000 square meters of built area
and around 5,000 employees.
slabs, coils, plates, foils, profiles, tiles, and cables)
at one single unit in Alumínio in the interior of the
state of São Paulo.
In 2004, another significant CBA growth plan,
which had started in 2002, was concluded, thus
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things change in fifty years… annual aluminum out-
for classes or to consult teachers, before or after
with conductors and pianists in the auditorium at
put will soon reach 500,000 metric tons.
working hours. In 1999, twenty-five percent of
the plant. The choirs have worked hard and been
In the words of its president and eternal enthusiast
employees were interested in following courses. All
very successful. The male voice choir performed
for the Company, Antônio Ermírio de Moraes, pride in
teaching is free, including transport, workbooks, and
at the Memorial da América Latina (São Paulo) and
the success of CBA goes beyond the feelings of
other classroom material. As of 2004 the program was
at venues in the states of Minas Gerais and Santa
from 22.4 percent to 26.9 percent, when its net
achievement and victory, and its greatest legacy
extended to cover the Company’s Mineral Department
Catarina. On those occasions, employees get time
turnover reached R$ 2.216 billion (roughly US$ 870
must be the example it sets for the country:
and employees at hydroelectric dams and Main Office.
off with all expenses covered by CBA.
increasing its primary aluminum production capacity
in forty-four percent, from 240,000 to 345,000 metric
tons per year. This amount stands for twenty-four
percent of the Brazilian production.
The Company’s market share, in its turn, increased
million), thirty-four percent higher than in 2003.
The Company is a source of sensational pride for us
CBA’s performance in this field extends to the
There is a theater group too. Its members took acting
for having reached this point, because no plant in
community in general, in an attempt to contribute to
classes and now stage dramatizations on subjects
which increased its production to 400,000 metric tons
the world can match CBA’s starting from ore to
enhanced education for society as a whole. On September
such as health, safety, and the environment both in
per year in this first semester of 2005, in addition
make aluminum foil. We had nothing of the kind
14, 2004, the Antônio Ermírio de Moraes Senai School
the company itself and at events organized by
to a significant investment in rolling, which will
in Brazil, so we started from zero and we had to
was inaugurated in Alumínio. CBA invested R$ 5 million
other companies.
deem that sector one of the most advanced, as far
learn by ourselves. I think that is a milestone.
(roughly US$ 2 million) to build and equip the school
as technology and equipment are concerned, in the
I make an appeal to Brazilians: nothing is
as a personal initiative of Company President Antônio
teenagers in Heliópolis (a needy community in São
whole world by the end of the year. The next growth
impossible in this country. Brazil is a country that
Ermírio de Moraes, who asked Senai (an industry-
Paulo) founded on the initiative of maestro Baccarelli
plan is already drafted and under way, and will
can grow much more. I believe in Brazil, I always
funded body providing training, culture, and leisure
in 1996. With his help, they got to know the classics
increase the production to 470,000 metric tons per
have done, and now that I am getting old, I
facilities) to manage the new school. He noted that
and played their music as a means of appreciating
believe in it more than ever.
Senai had constantly attempted to raise quality
the best of humanity’s creations over the centuries.
The Company has kicked off yet another growth plan,
year by the end of 2007.
Since it was inaugurated back in 1955, CBA has
reported steady annual growth of ten percent and
kept to the path of expansion as the philosophy
CBA SOCIO-ENVIRONMENTAL ACTION
Ever since its start-up in 1955, and today with
Since 2001 CBA has sponsored a Youth Orchestra for
standards and had never settled for things as they
In relation to the environment, CBA’s initiatives
were. The school’s target is to provide courses for
seek to conserve natural resources, ensure quality
3,000 people from the region by 2005.
of life for collaborators and the community as a
Educational activity was further developed jointly
whole, and curb emissions, spillage, and waste
inherited from José Ermírio de Moraes. Profits have
its 6,000 collaborators, CBA has sought to provide
been ploughed back into the venture on a massive
social assistance for employees and attempted to
with Instituto Votorantim in 2004. The first stage
from manufacturing processes in order to attain
scale to improve quality, enhance processes, boost
enhance opportunities for education, technical
was to have the Education Quality Indicators project
sustainable development.
productivity, and hire and train people who are
training, and sport.
reach the towns of Cataguases, Itamarati de Minas,
willing to grow themselves and the enterprise. The
Education was always the focus of the Company’s
Near the Alumínio plant there are 500,000 square
and Poços de Caldas (in the state of Minas Gerais).
meters of conservation forest, about twenty-five
Company today is very different from fifty years ago.
social action. In the mid-1950s, illiteracy rate in the
The campaign was the result of a partnership
percent of the total area. This reserve is continually
Anyone who was there at the inauguration in 1955
plant reached seventy-five percent, which was hardly
between the NGO Educational Action, Unicef, the
open for visits and study groups from local schools
and revisited the CBA plant today would hardly
surprising for a country in which the population as a
United Nations Development Program, and Brazil’s
through the “Conserving the Environment” program
recognize it as the same place. Everything has
whole was fifty percent illiterate. CBA was not ready
Educational Studies and Research Institute (local
created in 2001.
changed: the original buildings were demolished and
to simply accept this situation.
acronym Inep) which seeks to promote progress
the smelters scrapped in 1968, and the employee
“We always worked to create an atmosphere of
residential area is now a city. There is an old chimney
progress in the Company, after all education is an
there, a reminder of the pioneering cement-making
individual’s greatest asset,” said Antônio Ermírio
plant headed by Antônio Pereira Ignácio that
operated beside a boiler in the early days of CBA.
de Moraes.
So CBA ran reading and writing classes and
CBA’s Mineral Departments also welcome visits from
and improvements in education by involving
local schools including ecological hikes. Visits to
local communities.
dams also pose local issues such as stewardship for
Also in partnership with the highly reputed NGO
Alfabetização Solidária (which translates as “Caring
our rivers.
Concern for the environment includes urban spaces,
Literacy”), and Brazil’s Ministry of Education, CBA
where CBA collaborates with public initiatives.
Many more things have changed over the last fifty
technical courses on its premises and encouraged
joined with other companies and institutions in
For several years the Company has tended to the
years. Rodovalho is no longer a district of Mairinque.
employees to develop professional and personally
adopting thirteen municipalities in the state of
landscaping work in Praça Ramos de Azevedo, in
In fact, it is no longer Rodovalho but the municipality
through education. These programs have continued
Alagoas as the program was launched in 1997. CBA’s
the former downtown area of the city, by planting
of Alumínio. A lot of things change in fifty
over the years and have proved crucial to the
involvement led to fine results in terms of numbers:
flowers and grass and looking after the majestic
years–landscapes, machinery, men, and men’s plans.
Company’s attaining higher levels of productivity
more than 40,000 students learned to read and write
imperial palm trees.
Back in 1955, José Ermírio de Moraes was eager to
and competitiveness.
and 2,000 teachers were qualified.
CBA’s social programs may be large-scale or small,
see Brazil released from its dependency on imported
Since 1998, CBA has run the “Back to School”
But CBA is also aware that living a balanced and
internal or external, but they are always enduring
aluminum. Today CBA is a major exporter. When the
program for employees who were unable to get an
productive life involves developing cultural, artistic,
and effective as they reflect Man’s incessant quest
education at the usual age.
and sporting interests.
for full and rich integration at work, in society,
plant was inaugurated, with capacity to make 10,000
metric tons of aluminum per year, José Ermírio
CBA uses TV courses (Telecurso) to supply secondary
planned to make 50,000 in the future. So many
level education and employees visit training centers
The Company offers employees a chance to join
choral groups for adults, young people, or children
and with nature.
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TIMELINE
1918 Santos Dumont makes the first flight of his 14-bis.
Votorantim opens its first factory.
1951 Works on new hospital in São Paulo concluded
(Beneficência Portuguesa). José Ermírio de Moraes
1963 After two years of parliamentary government, the
country returns to presidentialism.
1984 Mass movement takes to the streets seeking direct
elections. Itaipu starts operations.
becomes president of the Group. Antônio Pereira
1921 Votorantim operates first private railroad in Brazil.
Ignácio dies.
1964 Military coup.
1985 Tancredo Neves named President by indirect vote and
dies before taking office. Vice–President José Sarney
1928 Publication of the Manifesto Votorantim, Matarazzo, e
Klabin leads to founding of São Paulo Industry
1952 Brazil’s Economic Development Bank founded (then
BNDE, currently BNDES).
Association (Fiesp).
1965 New IMF loan. Brazil sends troops to the Dominican
takes over.
Republic. New law (AI-2) allows only two official
political parties.
1986 Cruzado Plan with “Sarney’s price-ticket inspectors.”
1953 State oil-company Petrobras set up.
1929 International economic crisis.
1966 Law AI-4 introduces indirect elections for president.
1987 Votorantim starts growing oranges in Itapetininga.
1967 New Constitution promulgated.
1988 New Constitution. Votorantim Group buys Celpav, its
1954 Vargas commits suicide.
1930 Getúlio Vargas becomes President of Brazil.
first pulp and paper plant.
1955 CBA inaugurated. Juscelino Kubitschek elected President.
1932 The Constitutionalist Revolution.
Higher Institute of Brazilian Studies (Iseb) founded.
1968 Student street demonstrations. University reform. AI-5.
1989 First democratic election of president since military
1936 Votorantim’s first cement factory.
1937 The New State regime is introduced.
Companhia Nitro Química chemical plant inaugurated.
1956 Major economic plan (“Targets Plan”) announced.
1970 200 nautical miles offshore territorial limit
introduced. Land reform agency set up (Incra). In
Opening of Citrovita, the Votorantim Group’s first
of industrializing Brazil.
Mexico, Brazil is three-time Football World Cup
orange juice plant.
Votorantim moves into the sugarcane sector with the
champion.
1990 Collor Plan.
São José Mill in Pernambuco.
1940 Name change from SA Fábrica Votorantim to SA
Indústrias Votorantim.
1972 Brazil’s largest oil refinery inaugurated in Paulínia.
1957 First self-service supermarkets open in Brazil.
Decree allows foreign factories to start up in Brazil.
Metals Company (CBM) acquired.
the Brazilian Aluminum Company.
1992 Impeachment of President Collor.
Votorantim Internacional founded.
Control of Companhia Brasileira de Metais–Brazilian
1941 Founding of Companhia Brasileira de Alumínio–
government. Fernando Collor de Mello elected President.
The slogan “Fifty years in five” aims to sell the idea
1973 New Civil Code. Agreement with Paraguay to build on
Itaipu Dam. José Ermírio de Moraes dies.
1994 Real Plan.
1958 South America’s first nuclear reactor installed at USP.
1974 First oil shock. 2nd National Development Plan
1942 Brazil enters WWII.
Group purchases a company (Indústria Brasileira
de Artefatos Refratários, Ibar).
1959 The first Brazilian Volkswagen Bug produced.
Juscelino Kubitscheck (JK) rejects IMF intervention.
announced. Ilha Solteira Hydroelectric Power Station
1996 BV Financeira founded.
1975 Brazil-Germany nuclear agreement signed.
1960 New capital Brasília built. More negotiations with
the IMF. Jânio Quadros elected President.
Construction of Tucuruí Hydroelectric Power Station
1998 FHC elected for second term.
1961 Jânio resigns.
Constitution promulgated.
1997 VBC Energia founded.
announced.
President.
1946 Industry Social Service (Sesc) founded. New
Votorantim Corretora founded (brokerage firm).
inaugurated. Ernesto Geisel becomes President.
Development agency for the Northeast is set up (Sudene).
1944 Atlas metal company founded.
1945 End of WWII. Vargas deposed. Dutra elected
1995 Fernando Henrique Cardoso elected chosen President.
José Ermírio de Moraes takes over as President of
1976 First risk contract for exploiting Brazilian oil fields.
US Secretary of State Henry Kissinger visits Brazil.
2000 500th anniversary of Discovery of Brazil.
Votorantim Venture founded.
São Paulo Railroad Company.
1977 Fuel rationalization.
1947 Truman Doctrine institutionalizes Cold War. Banning
of Communist Party and unions (PCB and CGTB).
Acre becomes a state.
José Ermírio de Moraes polls 329,789 votes to
1948 In Bogotá, Brazil takes part in the meeting that lays
2001 Electricity rationing introduced.
1962 Annual bonus of one extra monthly wage introduced.
1978 Eletrobrás buys Light. Project for political reform
voted.
become senator for São Paulo on the PTB-PSP-PSB
1979 João Baptista Figueiredo becomes President. Political
the basis for the OAS.
coalition ticket (the same one that elected Miguel
Group starts making tracing paper at the Votocel
Arraes governor of Pernambuco). In the same year,
Amnesty Law passed. Political party reform ends
plant in Votorantim.
José Ermírio is named Minister of Agriculture (went
Arena and MDB.
existing political parties were banned, and one of
the founders of the MDB; was senator until 1971.)
2003 Bolivia-Brazil gas pipeline inaugurated. Lula elected
President.
2004 Summer Olympic Games are held in Greece. Brazil
on to become national president of the PTB, before
1950 Vargas elected President.
2002 Brazil is five-time Football World Cup champion.
1980 Workers Party founded. Pope John Paul II visits
leads peacemakimg mission in Haiti.
Brazil. Amendment introduces direct elections for
state governors.
2005 CBA’s 50th anniversary.
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C O M P A N H I A
B R A S I L E I R A
D E
A L U M Í N I O
50th ANNIVERSARY
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A L U M Í N I O
50th ANNIVERSARY
CAPTIONS
pages 10-1
Renovation of the old Indústrias Votorantim Lime
Factory facilities in Alumínio (SP), after CBA’s
installation, 1950s
page 13
Railroad station, next to the Factory, standing since
the 1940s
page 15
José Ermírio de Moraes, 1964
page 16
Aluminum production, 1955 (top)
Bauxite prospecting in Poços de Caldas (MG),
1940s (bottom)
page 17
Ingot shipment at the Port of Santos (SP)
page 18
Inside view of the old Factory, 1940s
page 19
Railroad station and workers residential area in
Poços de Caldas, 1940
page 21
Votorantim Textile Factory. Antônio Pereira Ignácio
(left)
page 22
França Hydroelectric Plant construction,
in Juquitiba (SP)
page 34
Inauguration of CBA. President Café Filho (fifth
from left to right) and São Paulo State Governor
Jânio Quadros (to the right of the president)
attended the ceremony led by Antônio Ermírio de
Moraes on June 4, 1955
page 35
Invitation to CBA’s inauguration
page 36
Jânio Quadros and Antônio Ermírio de Moraes
examining the bauxite ore during the Factory
inauguration, 1955
page 57
Itupararanga Hydroelectric Plant (SP)
page 85
Foil rolling
page 59
Mining Department, in Poços de Caldas
page 86
Alumina
page 60
Mining Department, in Itamarati de Minas (MG)
page 87
Aluminum profiles (top)
Extrusion sector, profiles press (bottom)
page 66
Serraria Hydroelectric Plant (SP) (top)
Jurupará Hydroelectric Plant (SP) (bottom)
page 40
Inside view of the Factory, 1950s
page 67
Barra Hydroelectric Plant (SP)
page 41
CBA’s first foundry, in Rodovalho
page 68
Machadinho Hydroelectric Plant (SC) (left)
Canoas I Hydroelectric Plant (center)
Canoas II Hydroelectric Plant (right)
page 42
França Hydroelectric Plant
page 46
Strander, 1969
page 27
Bauxite prospecting in Poços de Caldas, 1940s
page 48
Rolling oil filtering system, 1969
pages 28-9
“Bauxite” Railroad Station in Poços de Caldas, 1940s
page 49
CBA products: ingots, slabs, and cables (top)
Extrusion sheet in 2,000-metric-ton press, 1969
(bottom)
page 33
França Hydroelectric Plant construction (top)
Rodovalho village, 1941 (bottom)
page 84
Continuous Caster
page 39
Fumaça Hydroelectric Plant construction,
in Ibiúna (SP)
page 25
Old Rodovalho Factory warehouse, 1940s
page 32
Factory Reservoir, 1940s
page 56
Porto Raso Hydroelectric Plant (SP)
page 62
Poços de Caldas
page 24
Pot Room, 1940s
page 31
Record book with registration of the Factory’s first
employee
page 81
Wagstaff, billets foundry
page 37
José Ermírio de Moraes, Jânio Quadros,
Café Filho, and Antônio Ermírio, 1955 (top)
Second of Exchange record book (center)
CBA’s new Factory facilities (bottom)
page 45
CBA premises at Praça Ramos de Azevedo in São
Paulo, where the old Hotel Esplanada used to be
page 30
Palace Hotel, Poços de Caldas, 1950s (top)
School building at the workers residential area in
Rodovalho, 1941 (bottom)
page 55
Fumaça Hydroelectric Plant
page 51
França Hydroelectric Plant
page 52
José Ermírio de Moraes’ speech upon Governor
Adhemar de Barros’ visit to CBA to celebrate the
Factory expansion, 1964
page 53
Antônio Ermírio de Moraes with CBA’s VP Miguel de
Carvalho Dias
page 65
Piraju Hydroelectric Plant (SP)
page 69
Ourinhos Hydroelectric Plant (SP)
pages 88-9
Smelters room
page 91
Alumina aerial view
page 92
Aerial view of rolling 2000 at the Factory in
Alumínio
page 93
Transmission tower (left)
Old Factory chimney (right)
page 95
Dr. Antônio Ermírio de Moraes
page 71
On the foreground, CBA’s terminal in the Port of Santos
page 97
Nursery in Poços de Caldas (top)
CBA’s choir (bottom, left)
CBA Theater Group (bottom, center)
Environmental Education Program (bottom, right)
page 72
CBA Affiliates spread all over Brazil
page 98
Fish ladder, Piraju Hydroelectric Plant
page 74
Aluminum primary production history
page 99
Selective waste collection in Poços de Caldas
page 75
Billets
page 100
Antônio Ermírio de Moraes Senai School, Alumínio
page 77
Salto do Iporanga Hydroelectric Plant (SP)
page 101
“Telecurso 2000”, Main Office (top)
Baccarelli Orchestra (bottom)
page 78
Alecrim Hydroelectric Plant (SP)
page 79
Barra Grande Hydroelectric Plant (left)
Campos Novos Hydroelectric Plant (SC) (right)
page 102
Plant nursery in Poços de Caldas
page 103
Juquiá River (SP)
119
EDITOR PUBLISHER
Alexandre Dórea Ribeiro
E D I T O R A E X E C U T I VA E D I T O R
Adriana Amback
C O O R D E N A Ç Ã O C O O R D I N AT I O N
Comunicação e Marketing CBA
(Gabriella Plantulli e Luciana S. Oliveira)
PESQUISA E TEXTO RESEARCH AND TEXT
Hera Pesquisa e Consultoria Histórica
REVISÃO DE TEXTO PROOFREADING
Mario Vilela e Regina Stocklen
TRADUÇÃO ENGLISH VERSION
Thomas Nerney
DIREÇÃO DE ARTE DESIGN
Sk2design (Suli K. Ebel)
FOTOLITO FILMS
Prata da Casa
GRÁFICA PRINTING
Quebecorworld
FOTOS PHOTOS
Acervo CBA
p. 1-4, 8-11, 13, 14a (fundo), 15-19, 22, 24-5,
26a (fundo), 27-29, 30b, 31-7, 39-42, 44a (fundo),
46-49, 50a (fundo), 52-3, 58a (fundo), 60, 63,
64a (fundo), 65, 68, 74-6, 79 (Fotos Gabiatti),
81-2, 84-5, 87-9, 91, 93b, 97-8, 100-4, 120.
Acervo Iconographia
p. 38b.
Acervo Memória Votorantim
p. 21, 45.
Acervo Jornal Estado de Minas
p. 30.
Agência Estado
p. 12b, 20b, 26b, 44b, 70b.
Agência Jornal do Brasil
p. 58b (Alberto Ferreira).
Arquivo Nacional
p. 50b.
Caio Reisewitz
p. 12a (fundo), 20a (fundo), 38a (fundo), 59,
62, 70 (fundo), 83. 86, 90, 93a, 94-5, 99.
Folha Imagem
p. 64b (Jorge Araújo).
Iconographia
p. 40b.
Luis Prado
p. 6-7, 51, 55-7, 66-7, 69, 71, 77-8, 92.
DBA Dórea Books and Art
al. Franca, 1185 cj. 31
01422-001 São Paulo SP Brasil
tel./phone: (55 11) 3062 1643
fax: (55 11) 3088 3361
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CBA 50 ANOS - Memória Votorantim