Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Sobre esta edição
INOVAR NA QUALIFICAÇÃO DE FORMADORES
A análise da evolução social e económica nas últimas décadas demonstra como é crucial, para o
desenvolvimento económico e social sustentável, a formulação de políticas de difusão de práticas que
promovam o processo de inovação enquanto aprendizagem interactiva, envolvendo intensas
articulações entre diferentes agentes e novos formatos organizacionais em rede.
Não surpreende assim que a inovação tenha sido formalmente reconhecida pelo Conselho da União
Europeia como desempenhando um papel crítico na capacidade da Europa de responder
efectivamente ás mudanças e oportunidades que a economia global impõe, considerando todas as
formas
de
inovação,
incluindo
as
não-tecnológicas
(www.consilium.europa.eu/eudocs/cms_data/docs/pressdata/en/intm/91989.pdf) e que o presente ano
de 2009 tenha sido consagrado como o Ano Europeu da Criatividade e Inovação.
Recorda-se que o objectivo do Ano Europeu (www.criar2009.gov.pt) é promover a criatividade junto de
todos os cidadãos enquanto motor de inovação e factor essencial do desenvolvimento de
competências pessoais, profissionais, empresariais e sociais, contribuir para o intercâmbio de
experiências e boas práticas, estimular a educação e a pesquisa e promover o debate político e o
desenvolvimento.
Nos domínios da educação e formação, a inovação revela-se
essencial, num duplo sentido. Se urge inovar ao nível dos
métodos e das práticas pedagógica, face a públicos cada vez
mais diferenciados e a tecnologias de informação e
comunicação que urge rentabilizar no processo de
aprendizagem-ensino, também é essencial que a educação e
a formação desenvolvam capacidades criativas e de inovação,
enquanto factores importantes para aumentar, no futuro, a
competitividade económica e promover a coesão social e o
bem-estar individual.
Efectivamente, a criatividade é a principal fonte de inovação,
que por sua vez é considerada o principal motor de
crescimento e riqueza, enquanto factor fundamental para
melhorias no domínio social e instrumento essencial para
enfrentar desafios globais. Os sistemas de educação e
formação devem assim combinar a aquisição de
conhecimentos
e
competências
específicos
e
o
desenvolvimento de capacidades genéricas ligadas à
criatividade, como a curiosidade, a intuição, o pensamento
crítico, a resolução de problemas, a experimentação, a
assunção de riscos e a capacidade de aprender com os erros,
a utilização da imaginação e o espírito empreendedor.
Outros Ângulos
Estudo Formador – como e porquê
muda uma profissão?
Sistemas Online de Gestão e
Avaliação da Formação Profissional e
da Qualificação de Formadores
Estudo Utilidade e eficácia
Pedagógico-didáctica das
plataformas de formação a distância
Formação de Formadores e eLearning – Comunidade de
Aprendizagem
Para Troca
TEVAL2 – Innovative Evaluation
Model in Teaching and Training
Organisations
Perfil do Psicólogo Educacional em
Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Bloco de Notas
Acções, Seminários, Encontros
Ler & Ver
Recursos e Notícias
Nas Conclusões do Conselho e dos Representantes dos
Governos
dos
Estados-Membros,
de
22
de
Maio
de
2008
(http://eurlex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2008:141:0017:0020:PT:PDF), é enfatizado o
contributo fundamental das organizações ligadas à formação de professores e de formadores na
promoção dos conhecimentos e das competências exigidas pela mudança, nomeadamente dotando
1 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Sobre esta edição
aqueles profissionais das aptidões necessárias para uma abordagem centrada no formando, nos
métodos cooperativos de trabalho, na criação de ambientes inovadores e na utilização das TIC. As
organizações referidas devem encorajar os formadores a desenvolver o seu papel enquanto agentes
de promoção de uma cultura de aprendizagem através do desenvolvimento de comunidades de
aprendizagem mais alargadas, facilitando e apoiando redes e parcerias.
Atento a esta realidade, o CNQF oferece uma oferta formativa que pretende responder à criação das
competências referidas, encontrando-se ainda a desenvolver alguns projectos, com o co-financiamento
do Programa Operacional Assistência Técnica – Fundo Social Europeu (http://www.poatfse.qren.pt/),
do QREN. É nesses projectos que se centra o presente número desta newsletter, designadamente:
- no estudo “Formador – como e porquê muda uma Profissão”, o qual tem como objectivo geral a
definição das competências actualmente mobilizadas pelos Formadores para o exercício da respectiva
profissão, pretendendo-se ainda a caracterização das condições sócio-profissionais da actividade.
- no projecto “Sistema Integrado Online de Gestão e Avaliação da Formação Profissional e de
Qualificação de Formadores”, que tem como objectivo geral a concepção, desenvolvimento e
implementação de um sistema informático pedagógico online de Gestão da Avaliação. Esta ferramenta
informática, docimológica e de gestão da avaliação deverá permitir a qualquer formador autorizado e
previamente formado, criar provas na sua área de formação, sabendo que irá usar instrumentos
rigorosos ou mesmo aferidos, de modo a garantir ao utilizador final destas provas uma avaliação justa,
onde a subjectividade deve ser reduzida a valores muito baixos.
- no estudo “Utilidade e eficácia pedagógico-didáctica das Plataformas de Formação a Distância”, que
pretende analisar níveis de eficácia, eficiência e satisfação e o balanço entre as vantagens e
desvantagens na utilização de Plataformas, considerando-se as mais utilizadas e ainda elaborar um
Referencial que sistematize um conjunto de recomendações e directrizes técnico-pedagógicas dirigidas
aos Formadores, visando a melhor utilização e rentabilização das Plataformas em causa.
- no projecto “Dinamização de Comunidades de Aprendizagem”, o qual visa a criação de quatro
Comunidades, sendo que neste número damos conta dos objectivos daquela que será dedicada à
Formação de Formadores e e-Learning .
Acreditamos que estes projectos contribuirão, de forma relevante, para a inovação das práticas e para
a qualificação dos Formadores em Portugal.
Convidamo-los/as desde já a conhecer em maior detalhe os respectivos objectivos e abordagens
metodológicas e a acompanhar os resultados que vão sendo obtidos, através do acesso ao espaço
“Projectos Inovadores - Qualificação de Formadores” da Plataforma MOODLE do CNQF
(http://elearning.cnqf.org). Nesse espaço poderão ainda deixar as vossas dúvidas e sugestões, sempre
bem-vindas.
.
Ana Cristina Paulo
Directora do CNQF
[email protected]
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Formador – Como e porquê muda uma profissão?
À Quaternaire Portugal, após convite para apresentação de proposta para um procedimento de ajuste
directo ao abrigo do Regime do Código dos Contratos Públicos, foi adjudicada a realização do estudo
com a designação de “Formador – Como e porquê muda uma profissão?”
Presentemente a Formação de Formadores é considerada um instrumento de desenvolvimento
estratégico das políticas de educação e de formação, integrando, deste modo as agendas, as
estratégias e os planos de execução concretizadores das políticas públicas mais actuais.
A definição de uma estratégia sustentada e proactiva de promoção da Qualificação dos Formadores
exige que se conheça, com dados actuais, a realidade socioprofissional sobre a qual se deseja intervir.
Em consequência de alterações, por exemplo, societais, económicas e tecnológicas, é natural que
estejamos sobre uma nova realidade relativamente à actividade, ao perfil de competências e ao
contexto socioprofissional do formador. Assim sendo será pertinente identificarmos um conjunto de
questões que visem conhecer melhor o contexto dos formadores em Portugal, tais como, por exemplo:
Quem são os formadores presentes no mercado de formação? Que estatuto assumem? Que
qualificação detêm? Que formação? Que motivações? Que níveis de satisfação? Que representação
da identidade profissional? Que condições são necessárias para o respectivo desenvolvimento pessoal
e profissional? Que perfil (is) de competências? Que novas competências para estes profissionais? E
que novas configurações se podem desenhar face aos contextos diferenciados de actuação?
Neste contexto, foram definidos para o desenvolvimento do Estudo dois objectivos gerais,
nomeadamente: “definir o referencial de actividades e de competências prospectivo do formador” e
“definir o perfil socioprofissional actual do formador”. Tendo por referência os resultados a atingir, por
um lado, teremos a actualização do perfil de competências do formador e a identificação, por ventura,
de novas configurações a partir do perfil base e do contexto actual e prospectivo, de actuação do
formador, e por outro lado, teremos a caracterização socioprofissional dos formadores.
A resposta a estes objectivos gerais consignados, e consequentemente aos resultados esperados do
ponto de vista de produtos finais, far-se-á através da mobilização de uma metodologia que combina
métodos qualitativos e quantitativos. De âmbito qualitativo, para além da análise documental das
referências nacionais e estrangeiras, a equipa técnica contará, sobretudo, com um processo de
inquirição por entrevista a um conjunto de interlocutores privilegiados que traduzem os vários contextos
de actuação dos formadores. O método de estudo de caso será utilizado numa fase posterior, ouvindo,
neste contexto, alguns formadores inseridos também em contextos de actuação diferenciados. Para
efeitos de validação dos resultados preliminares, tendo ainda a oportunidade de incorporar os novos
contributos recolhidos, realizar-se-ão ainda cinco workshops regionalizados por NUT II (Norte, Centro,
Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve). De âmbito quantitativo e para análise das características
socioprofissionais dos formadores aplicar-se-á um inquérito por questionário a uma amostra
representativa de formadores inscritos na Netbolsa que represente o universo de cerca de 65 000.
O processo de inquirição será disponibilizado online em breve (na primeira quinzena de Outubro) no
endereço www.quaternaire.pt/perfilformador. Este processo será antecedido do envio de um e-mail à
totalidade dos formadores daquela Bolsa, solicitando a todos a sua participação através do
preenchimento do questionário, e da publicação de um texto na Plataforma Moodle do CNQF
(http://elearning.cnqf.org) a noticiar o início do processo de inquirição, para o qual apelamos desde já à
participação de todos os formadores.
O estudo poderá ser acompanhado relativamente ao ponto de situação do desenvolvimento de
trabalhos nesta plataforma. Os formadores poderão ainda participar, através da Plataforma, partilhando
as suas reflexões a partir da resposta ou comentário a um conjunto de questões que serão levantadas
pela equipa técnica ao longo do desenvolvimento do estudo. Os formadores poderão ainda na fase
final do trabalho participar no processo de validação dos resultados preliminares também a partir da
plataforma.
3 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Outros ângulos
Para terminar, este Estudo será realizado entre Julho de 2009 e Maio de 2010, estando prevista a
realização do processo de inquirição aos formadores em Outubro e Novembro (2009) e a redacção e
entrega do Relatório Intercalar, com os resultados preliminares, em Janeiro de 2009. O processo de
validação que incluirá, como vimos, os estudos de caso a formadores, os workshops regionais e a
auscultação dos formadores a partir da Plataforma, ocorrerá entre final de Fevereiro e Maio de 2010,
culminando com a entrega do relatório final que integrará os resultados finais do Estudo.
Para mais informações sobre o estudo, por favor aceda à Plataforma Moodle do IEFP
http://elearning.cnqf.org ou contacte Filomena Faustino através do e.mail [email protected] ou
através do telefone 21 351 32 00.
Filomena Faustino
Quaternaire Portugal, S.A
Consultora-Coordenadora
[email protected]
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Sistema Online de Gestão e Avaliação da
Formação Profissional e de Qualificação de
Formadores
A avaliação, enquanto conceito, tem sofrido enormes metamorfoses ao longo dos tempos, o que
originou uma difícil assimilação dos seus principais modelos e processos pelos diversos agentes,
sejam eles formadores ou professores.
A dificuldade de implementar sistemas eficazes e justos de avaliação não é um problema português;
em quase todos os países há enormes lacunas na sua gestão e implementação, as quais tendem a
aumentar de forma quase exponencial com o subdesenvolvimento, porém, no nosso caso concreto, as
tradicionais dificuldades de planeamento e organização fez dos sistemas de avaliação, o que alguns
especialistas designam por “desordem empírica”, quer estejamos a falar do ensino ou da formação
profissional.
Gerou-se a convicção no seio dos formadores e dos professores; dir-se-á de uma forma quase cultural,
que “todos sabem avaliar”, o que nos recorda a célebre frase de Epiteto (130 a.C.): “É impossível para
um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”, uma vez que fazer provas orais, testes de
perguntas abertas ou fechadas ou avaliar a participação num caso é tarefa que se faz como se viu
fazer, criando-se um empirismo gerador de diversos tipos de injustiças, que vem acumulando vícios ao
longo dos anos, com enormes repercussões na qualidade dos sistemas de educação e de formação
profissional, aos quais as diversas e sucessivas reformas têm mostrado ser incapazes de fazer frente.
Como a Avaliação e a sua praxis representam um problema de todos conhecido, o Centro Nacional de
Qualificação de Formadores do IEFP dirigiu um convite à DLC - Distance Learning Consulting,
sabendo as suas competências na área da Avaliação, do eLearning e da construção de ferramentas
destinadas à Internet, para em conjunto elaborarem um Sistema Online de Gestão da Avaliação,
recorrendo à tecnologia mais actual e a meios didáctico pedagógicos que possibilitem uma inovação
crescente, no modo de abordar e de fazer provas e grelhas para avaliar as aprendizagens, utilizando a
Internet, o Multimédia e a Estatística como suportes técnicos e a Docimologia, bem como a
Psicopedagogia, para fundamentar cientificamente todas as orientações a dar às diferentes fases do
Projecto e, assim:
• Dotar de elevadas qualificações em Técnicas de Avaliação e na Avaliação da Formação, todos os
formadores e professores que utilizem a aplicação;
• Criar uma potente Base Informática, centralizada, de Perguntas, de Casos, de Problemas e de
Jogos, onde todos os formadores e professores que aderirem ao projecto; previamente formados e
certificados pelo Curso de Técnicas de Avaliação na modalidade de eLearning, possam assim abrir
o seu próprio espaço de gestão da avaliação e beneficiar das vantagens de uma aplicação que
conterá princípios pedagógicos como, por exemplo: os índices de dificuldade, de desenvolvimento
cognitivo e de distractibilidade, bem como a tipologia das perguntas, das provas, dos instrumentos
didáctico pedagógicos, das diversas modalidades de avaliação, dos indicadores estatísticos
destinados ao aperfeiçoamento das perguntas, etc.
• Permitir que em qualquer lugar e quando o utilizador quiser, faça a gestão do seu espaço, coloque
as perguntas que entender, pesquise informação avulsa ou dados estatísticos sobre o material
guardado, recorra a um Simulador destinado a gerar testes; processos sempre orientado por
critérios didáctico pedagógicos e, ainda, a possibilidade de usar todo este material, tanto no formato
online como em papel;
• Criar condições para que exista um Sistema de Avaliação que ajude a acabar com os instrumentos
sem fiabilidade, sem validade e sem aferição e que seja capaz de gerar um movimento contra o
actual empirismo, que só favorece a injustiça e/ou a descrença nos processos de avaliação. É
necessário que os juízos de valor em que se revêem os testes e outros instrumentos de medida do
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conhecimento, sejam sempre aceites como peças fundamentadas em suportes técnicos e científicos
de indiscutível valor e seriedade;
• Para se alcançar o proposto, este Projecto pretende:
- Formar os utilizadores do sistema em Técnicas de Avaliação, através de uma metodologia e de um
suporte que ultrapasse as barreiras geográficas e as do tempo, como é o caso do eLearning;
- Fazer marketing do Sistema de Avaliação, para que todos os formadores e professores acreditem
que esta aplicação é um contributo indispensável ao cabal desempenho da sua profissão;
- Envolver de forma progressiva os diferentes agentes da formação e educação, recolhendo sempre
ao seu feedback, de modo a ser possível reintegrar as sugestões que se mostrarem úteis;
- Implementar o processo de avaliação online com pequenos grupos-alvo; mais despertos para esta
mudança, e fazer de cada experiência ou de cada piloto um caso generalizável para situações
similares;
- Criar condições objectivas para que o sistema possa ser utilizado de um modo centralizado, sem
que por isso deixe de ser idóneo e seguro.
Este projecto foi co-financiado pelo POAT – FSE e terá as seguintes fases:
• Aplicação de um Inquérito online a todos os formadores do NetBolsa, de modo a estudar os
processos de avaliação e a acção dos seus actores;
• Realização de entrevistas aos centros de formação do IEFP e às organizações mais representativas
da formação em Portugal;
• Concepção, design e implementação de um Curso de Técnicas de Avaliação em eLearning,
destinado a formar os utilizadores do Sistema Online de Gestão da Avaliação;
• Concepção, design, programação, desenvolvimento e implementação de uma aplicação informática
que alojará e permitirá gerir, com base em critérios previamente definidos, perguntas, casos,
problemas e jogos;
• Realização de 4 Workshops com especialistas em avaliação, animadas pela técnica do Focus
Group, que ao longo de todo o projecto ajudarão a repensar e a corrigir as diversas fases de
desenvolvimento e de aplicação do sistema;
• Análise do Projecto pelo Departamento de Didácticas Especiais da UNED em Espanha e
apresentação dos resultados da primeira experiência piloto no XV Congresso Mundial de Informática
Educacional – Web 2.0, em Madrid.
• Seminário de Encerramento. Para este evento serão convidadas umas largas centenas de
formadores, professores e organizações, onde será realizado o início da disseminação do Projecto,
através da apresentação e discussão dos resultados das investigações realizadas entre Setembro
de 2009 e Fevereiro de 2011.
António Augusto Fernandes
Professor Universitário e Empresário
DLC Distance Learning Consulting
mailto:[email protected]
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Estudo Utilidade e eficácia pedagógico-didáctica
das plataformas de formação a distância
As plataformas de elearning nascem como cogumelos… mas o que podemos fazer para tirar o máximo
partido das mesmas?
As decisões sobre o recurso à tecnologia num sistema de formação devem ter em conta a sua utilidade
para a execução das tarefas que os diferentes actores que intervêm no processo formativo
desempenham e a possibilidade dessa utilização, que na maior parte dos casos representa uma
inovação, permitir a realização das suas tarefas de forma mais fácil, mais rápida, mais eficiente e
eficaz com benefícios acrescidos para o formando.
Se é evidente que a disponibilidade de informação numa apropriada base de dados, permite, em
particular ao formador, fazer o seguimento permanente e automático do formando e ao gestor tomar
atempadamente medidas de regulação no sistema, subsiste no entanto uma questão na vertente
pedagógico-didáctica, que consiste em averiguar quais os
factores ou atributos de uma plataforma que são
relevantes para explicar a eficácia da aprendizagem num
ambiente de formação online.
A diversidade de plataformas de suporte ao elearning
disponíveis actualmente exige que se avalie, de forma
objectiva e consciente, a eficácia pedagógico-didáctica dos
Sistemas de Gestão da Aprendizagem (LMS Learning
Management Systems) e Sistemas de Gestão de Conteúdos de (LCMS Learning Content Management
Systems) ou de recursos formativos na formação online (suportada na Internet) e especificamente no
que se refere à sua adequação à formação de formadores e de outros profissionais de formação.
Porquê o estudo
As plataformas de suporte à formação a distância, constituem hoje um elemento de importância
assinalável, quase imprescindível à garantia de qualidade, variedade e modernidade dos sistemas de
ensino-aprendizagem num contexto de progressivo e acelerado desenvolvimento das TIC e da
respectiva acessibilidade.
Esta realidade pressiona os operadores de formação e, naturalmente, gestores e técnicos a optar por
soluções de formação a distância com demasiada frequência em condições, nem sempre bem
fundamentadas ou não decorrentes de necessidades reais, que conduzem a situações de ineficácia ou
de insucessos (na prática).
A dualidade de perspectiva - técnica e pedagógica - com
que se analisa a omnipresença das TIC na formação
profissional obriga a uma análise exigente em cada
organização (em particular pelos formadores) sem o que,
se limitam nestas os resultados que estes poderiam fazer
atingir fazendo perigar os investimentos ou permitindo
realizar apenas modestamente os objectivos almejados.
Neste contexto, pretende-se desenvolver um estudo que
visa analisar e sistematizar informação relativa à utilização
de Plataformas de suporte à formação a distância, com base na realidade e experiência nacional e
europeia mais relevante e significativa. O trabalho irá centrar-se na utilização das plataformas,
privilegiando uma linha de estudo que clarifique o que é eficaz do ponto de vista pedagógico e que
aprofunde as razões e os fundamentos da eficácia das plataformas utilizadas e sobretudo das
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funcionalidades que as mesmas disponibilizam. Os ambientes virtuais de aprendizagem evoluem a
cada dia que passa, a forma como realizamos formação em ambientes virtuais deve acompanhar esta
mudança.
Objectivos específicos do estudo
Verificar se as plataformas:
ƒ São veículos eficientes e adequados
à distribuição da formação;
ƒ Suscitam
o
envolvimento
dos
formandos na aprendizagem com recurso
a actividades interactivas;
ƒ Promovem
a
aprendizagem
colaborativa na interacção com outros
intervenientes
no
processo
de
aprendizagem;
ƒ Promovem o desenvolvimento de
comunidades aprendentes;
ƒ Respondem às necessidades dos
intervenientes no processo de formação;
ƒ
São instrumento dinamizador de novas estratégias pedagógicas
Metodologia
No entendimento da equipa de projecto a metodologia define um percurso de coerência e
objectividade, devendo ser seguida à luz de um desenvolvimento seguro do projecto de forma a
cumprir os seus objectivos no prazo estipulado.
No essencial a metodologia a seguir no estudo procurará numa primeira etapa estabilizar as “camadas
transversais de análise” da utilização de plataformas de suporte ao elearning em contexto de educação
ou formação profissional:
•
Suporte e apoio técnico;
•
Interface e ambiente de trabalho;
•
Projecto pedagógico e concepção;
•
Acompanhamento e avaliação;
•
Comunicação e colaboração;
•
Gestão e administração.
Seguir-se-á o cruzamento daquelas categorias com o trabalho de campo que permitirá aprofundar a
sua análise. Desta forma ir-se-á complementar e ganhar consistência e rigor na informação recolhida
em particular pelo confronto de dados e conclusões.
No desenvolvimento de todo o estudo ter-se-á sempre em vista a complementaridade de informação
que terá origem nos seguintes clusters de análise:
Ensino Superior - Universidades, Politécnico outras instituições de ensino; Empresas – empresas,
consórcios ou grupos que implementam elearning; Centros e empresas de formação: Centros de
formação, Operadores de Formação e outras entidades que desenvolvem formação em regime
elearning para terceiros.
O diagrama seguinte esquematiza o desenvolvimento do Estudo segundo a metodologia estabelecida:
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Produtos esperados
O Estudo terá a duração de doze meses, prevendo-se a entrega, como produto final do estudo:
•
Relatório dos Estudos de Caso
• Relatório Intercalar que deverá constituir a síntese dos resultados relativos às etapas da análise
documental, visitas de estudo, processo de inquirição e entrevistas e será objecto de discussão com a
Equipa do IEFP que irá acompanhar o estudo.
•
Relatório Final, acompanhado de um Sumário Executivo;
• Referencial de Formação Contínua de Formação de Formadores, segundo o modelo do
DFP/CNQF.
As conclusões, uma vez sistematizadas, dão corpo a um instrumento de desenvolvimento das
competências dos formadores que, actuando em contexto de formação a distância, poderão
aperfeiçoar a sua actuação conseguindo melhorar os resultados dos formandos em acção de formação
a distância recorrendo às funcionalidades, aplicações e recursos na melhor configuração. Importa
preparar os formadores para lidarem com uma realidade em evolução rápida que lhes permitirá
melhorar os seus resultados conseguindo atingir mais alunos, de forma mais flexível e conseguindo
melhores aprendizagens.
Colaboração com a equipa de projecto
Em diferentes momentos do Estudo será necessário ir ao encontro dos formadores, dos gestores e
técnicos de formação, de ex-participantes em cursos de e-learning e de utilizadores de plataformas de
suporte à formação a distância para recolher e sistematizar informação que, depois de trabalhada será
dado conhecimento a toda a comunidade formadora.
Caro leitor, esteja atento ao Projecto. Em breve lhe pediremos uma ajuda. Se não quiser esperar,
contacte-nos. Pergunte-nos, dê uma sugestão, levante uma dúvida: [email protected]
Para obter mais informação por favor veja http://elearning.cnqf.org em “Projectos”.
José Lencastre
CEO da DeltaConsultores
[email protected]
9 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
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Formação de Formadores e e-Learning –
Comunidade de Aprendizagem
Um dos maiores desafios actuais é apurar novas formas de participação, de realização e de
desenvolvimento das pessoas e das organizações, bem como da aprendizagem, restituindo ao
indivíduo a apropriação do acto de aprender, permitindo-lhe escolher o que quer aprender, quando e
da forma que mais se adeqúe ao seu estilo, pois aprenderá melhor.
O e-Learning (http://www.elearningeuropa.info/main/index.php?page=home) tem desempenhado um
papel essencial no domínio do conhecimento, apresentando hoje sinais de vitalidade e maturidade.
Existe, assim, todo um mercado de dimensão extraordinária que constitui uma grande oportunidade de
promoção e desenvolvimento das práticas de formação à distância, onde as parcerias e o trabalho em
rede devem ser exploradas e expandidas, pelas sinergias existentes, pelo potencial de globalização
das práticas, mas, principalmente, pela partilha dos esforços e pela obtenção de produtos e serviços
de qualidade.
No nosso país podem ser apontadas várias experiências que representam situações credíveis e que
foram, de algum modo, marcos importantes no domínio deste regime de ensino, apresentando-se hoje
como projectos solidificados e fontes de inspiração para muitos dos novos adeptos desta aventura
(http://elearning.cnqf.org/course/category.php?id=14).
Face ao crescente interesse verificado, também o CNQF Centro
Nacional
de
Qualificação
de
Formadores
(http://www.iefp.pt/formacao/formadores/cnqf/Paginas/CNQF.aspx) vem desenvolvendo, iniciativas que
promovam a divulgação e utilização desta forma de aprendizagem junto do público específico a que se
dedica.
Nesta
linha
de
actuação
será
apoiada
uma
Comunidade
de
Aprendizagem
(http://www.infed.org/biblio/communities_of_practice.htm) cujo enfoque é a Formação de Formadores e
e-Learning. Esta Comunidade tem como objectivo principal informar as comunidades educacionais,
empresariais e governamentais, sobre os aspectos chave destes domínios e alertar para a sua
importância, para o desenvolvimento de uma aprendizagem sustentada, flexível e inovadora.
Pretende-se, assim, criar uma nova envolvente de aprendizagem para favorecer a autonomia e a
flexibilidade, de modo a facilitar o acesso a toda a comunidade aos recursos de conhecimento
disponíveis (http://umanitoba.ca/learning_technologies/cetl/HETL.pdf).
Comunidades
Jean Lave e Etienne Wenger (www.ewenger.com) caracterizam as Comunidades de Prática como:
•
•
•
o
o
o
•
Uma rede de profissionais que se apoiam entre si.
Com “conhecimento” e interesse por um domínio especifico
Tem uma proposta de valor clara para os seus membros:
Poupança de tempo
Melhorar a qualidade
Reconhecimento
Podem ser promovidas e apoiadas
O principal enfoque do projecto está na interacção entre os elementos da Comunidade constituída
pelos demais agentes da educação e formação, vector fundamental no seu desenvolvimento e
consolidação.
Um pressuposto-base é o de que a transposição de fronteiras e silos organizacionais, combinada com
a experiência dos representantes das entidades do Cluster constituídos em Comunidade de
Aprendizagem e apoiadas pelo CNQF são o meio através do qual pode ser criado um valor extra, para
além do valor da promoção do conhecimento dentro do respectivo domínio de prática.
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Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Outros ângulos
Ao dispor desta comunidade irão estar alguns instrumentos de apoio (http://cpsquare.org/resources/),
como por exemplo:
•
•
•
•
•
Plataforma colaborativa para trabalho a distância
Documentação e informação seleccionada
Ligações úteis
Levantamento de questões técnicas
Calendário de eventos
Vantagens da participação na Comunidade
Pode beneficiar:
• De uma visão mais global e integrada do e-Learning e Formação de Formadores através da
colaboração com entidades de outros sectores fornecedores (das sinergias e reunião de competências
com outras empresas de sectores e actividades complementares);
• Da ligação a redes de conhecimento e do acesso a peritos e tecnologia (com a colaboração
estreita com os Centros de Recursos em Conhecimento);
• Do acesso mais rápido a informação e conteúdos – vigilância informacional;
• Da formação em domínios de conhecimento críticos para si e para a sua entidade;
• Da partilha de boas-práticas – através da participação nas reuniões presenciais e à distância.
(http://jmi.sagepub.com/cgi/content/abstract/8/1/5)
Brevemente mais novidades sobre o Lançamento Oficial da Comunidade de Aprendizagem “Formação
de Formadores e e-Learning”.
José Neto
Coordenador do Centro de Recursos em Conhecimento
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal - CITEVE
[email protected]
11 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Para troca
TEVAL 2 – Innovative Evaluation Model in
Teaching and Training Organisations
PROJECTO LEONARDO DA VINCI
O TEVAL 2 aparece na sequência da experiência acumulada pela parceria que desenvolveu o
projecto-piloto Leonardo da Vinci TEVAL - Evaluation Model for Teaching and Training Practice
Competences (2005-2007).
O projecto TEVAL concebeu e validou um modelo de avaliação de competências de professores e
formadores, recorrendo a uma combinação de metodologias de investigação qualitativa. O modelo foi
desenhado de forma a permitir a sua sustentabilidade em organizações de Educação e Formação, tais
como escolas, centros de formação e outras entidades formativas, no espaço europeu.
A pertinência e a necessidade de um modelo de avaliação foram confirmadas pela análise realizada
durante o projecto TEVAL, em cada contexto nacional representado na parceria — Portugal,
Alemanha, França, Grécia, Reino Unido e Estónia. Os relatórios nacionais e transnacionais resultantes
deste trabalho referem a necessidade de melhoria e mudança na cultura de avaliação entre
professores e formadores, e a exigência de enfatizar “novas ” competências para o ensino e formação,
no enquadramento dos desafios que se colocam à União Europeia em questões de Educação e
Formação.
A partir daí foi construído um referencial de competências do professor/formador europeu que serviria
de base ao modelo de avaliação propriamente dito, designado de Modelo de Avaliação Próxima. Estes
produtos foram validados através de survey.
Os resultados tornaram claro que o modelo é relevante no cenário europeu de Educação e Formação,
particularmente no desenvolvimento dos perfis profissionais de professores e formadores, no impulso
da mobilidade e na integração dos processos educativos e formativos num único sistema. No entanto,
demonstrou-se a necessidade de um teste do modelo, de forma a verificar a adequação dos aspectos
funcionais do mesmo.
Resultados complementares, atingidos em experiências paralelas, tais como outros projectos europeus
em que os parceiros colaboraram, vieram reforçar a necessidade de abordagens de avaliação
consistentes e adequadas para os sistemas educativos e formativos na Europa (incluindo avaliação de
competências profissionais, avaliação das organizações e avaliação das aprendizagens), de forma a
implementar sistema coeso de garantia de qualidade.
A parceria irá também conduzir uma validação prática dos resultados do TEVAL, através da aplicação
do modelo de avaliação concebido em organizações educativas, como o objectivo de reforçar as
competências de avaliação de professores e de formadores.
Durante o projecto TEVAL 2 (2007-2009) deu-se continuidade ao trabalho desenvolvido,
nomeadamente no que concerne à validação experimental do modelo de avaliação em organizações
de formação (centros de formação da rede IEFP, I.P. e escolas profissionais). Tendo como a meta
primordial a extensão do modelo a outros contextos europeus e a instalação de processos de
aprendizagem acerca de Avaliação entre os profissionais de Educação e Formação, estabeleceram-se
os seguintes objectivos de trabalho:
1. Identificar as necessidades de uma amostra de professores e formadores ao nível das competências
de avaliação (auto e hetero avaliação), nos contextos de transferência;
2. Conceber um curso de formação, visando as necessidades identificadas, e, com base no Modelo de
Avaliação produzido anteriormente, para os grupos-alvo;
3. Formar professores e formadores para a aplicação de um processo de avaliação de acordo com
esse plano curricular;
12 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Para troca
4. Conduzir uma experiência de pilotagem, envolvendo um conjunto de organizações educativas e
formativas, para a validação do modelo dentro do seu contexto de aplicação.
A fim de potencializar o impacto das actividades nos grupos-alvo e beneficiários, a parceria europeia
(Portugal, França, Polónia, Itália, Reino Unido, Alemanha e Roménia) recorreu a uma rede de
parceiros locais associando, em cada contexto nacional, entidades dos diversos níveis intervenientes
na avaliação das competências dos formadores. Esta estratégia permitiu que houvesse mais
congruência entre os contextos de formação reais as actividades de investigação e desenvolvimento
de conteúdos.
⇒ Mais de 500 formadores e gestores de formação responderam diagnóstico de necessidades ao
nível da implementação de processos de avaliação;
⇒ Realizaram-se 6 acções de formação em planeamento, a implementação e uso dos resultados de
avaliação das competências profissionais.
⇒ Foi produzido um Guia multimédia para a implementação do modelo de avaliação, com base nas
experiências de implementação em organizações.
Mais informação e documentação acerca do projecto estão disponíveis on-line em www.teval-ii.eu.
Neste momento, o projecto encontra-se numa fase de valorização dos resultados e produtos que
passa organização da Conferência final TEVAL 2, a realizar-se no dia 19 de Outubro de 2009, em
Lisboa. A conferência constituirá um momento de apresentação dos principais resultados e
experiências concretizadas junto de todas os públicos alvos e partes
sociais interessadas a nível europeu. Ao mesmo tempo, pretende-se
dinamizar a relação entre equipas deste projecto e de outros projectos
comunitários relacionados.
Este evento contará com a presença de Kirsten Muelheims (University of
Duisburg-Essen) e Susanne Lattke (German Institute for Adult
Education), enquanto especialistas nas questões europeias associadas
à formação e aos processos de Aprendizagem ao Longo da Vida. O
programa é complementado também com espaço para a partilha de
outros projectos relacionados ao TEVAL 2. A participação é livre e as inscrições deverão ser feitas
para o correio electrónico [email protected], utilizando os formulários disponíveis em www.tevalii.eu e www.ipbeja.pt.
Clara Rodrigues
Instituto Politécnico de Beja – Gabinete de Apoio à Investigação
[email protected]
13 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Para troca
Perfil do Psicólogo Educacional em Ambientes
Virtuais de Aprendizagem
O E-learning tem ganho relevância progressiva em contextos de educação, formal e informal, e no
contexto da formação profissional sendo uma alternativa de particular relevo para garantir o processo
de aprendizagem ao longo da vida - essencial numa sociedade em que o conhecimento adquiriu o
estatuto de capital primordial 1. Crê-se que o desenvolvimento tecnológico e a criação de redes
comunicacionais e interactivas associadas ao E-learning potenciam a partilha e construção conjunta de
conhecimento e contribuem para uma mudança de paradigma educativo dando visibilidade à dimensão
relacional e socialmente situada da aprendizagem. Mas, para isto, há que desenhar “contextos de
aprendizagem” eficazes, espaços que permitam ao utilizador desenvolver o conhecimento, com base
no sistema de interacções que ele próprio desenvolve no contexto em causa (Figueiredo e Afonso,
2006).
Criar Ambientes Virtuais de Aprendizagem (Dillenbourg, 1999) aliciantes e eficazes, enfatizando
soluções pedagógicas mais avançadas que as tradicionais (Rosenberg, 2001), é, por isso, um
objectivo e simultaneamente um factor determinante para a evolução e sucesso do e-learning. Aqui se
releva o papel que um psicólogo educacional pode ter a esse nível, em articulação com a actividade de
uma equipa multidisciplinar (ex:docente, informático, designer gráfico, entre outros). Consideremos três
eixos de intervenção: a) a concepção e desenho instrucional do curso; b) o apoio a estudantes, através
da orientação e adaptação à metodologia pedagógica e trabalho em equipa; c) o da tutoria, enquanto
e-tutor e/ou formador de e-tutores.
Estes eixos de intervenção mobilizam competências de ordem tecnológica e pedagógica exigindo um
conhecimento profundo dos factores, de natureza cognitiva, pedagógica e comunicacional – processos
e ferramentas tecnológicas – inerentes ao ambiente online, e que interferem com a aprendizagem.
Algumas das competências em jogo são adquiridas através da prática pois exigem a operacionalização
de conceitos subjacentes a determinados princípios ou teorias pedagógicas e modelos de
aprendizagem em ambiente online, ainda que isto possa (sendo desejável) acontecer no decurso da
formação académica inicial de um psicólogo educacional, sempre que a sua formação assente num
modelo pedagógico afim, e contemple uma vertente “prática”, experiencial, que permita desenvolver os
saberes-fazer em questão.
No plano da concepção e desenho de um curso ou plano de formação em e-learning, há que saber
seleccionar e organizar os elementos mais adequados, considerando: os objectivos de aprendizagem
estabelecidos; os conteúdos programáticos e sua organização sequencial; os recursos de
aprendizagem a mobilizar; as actividades e tarefas pedagógicas a organizar; a concepção,
organização e planeamento da avaliação online; a organização e gestão do tempo online bem como
natureza dos canais de comunicação a utilizar. Ou seja, em geral, ser capaz, fundamentando
pedagogicamente, de seleccionar e organizar contextos de e-learning, socorrendo-se das ferramentas
e recursos mais adequados ao programa de formação online a desenvolver.
O apoio que uma organização mobiliza para os seus utilizadores contribui para a permanência destes
no sistema (Frydenberg, 2007). Pode, por isso, implementar-se e desenvolver-se estratégias
pedagógicas e instrucionais afins, associadas ao desenho de um curso (Swan, 2001) ou ao papel do
tutor (Kim e Bonk, 2006), e reduzir os níveis de stress presentes nos ambientes virtuais de
aprendizagem (Lawless & Allan, 2004) promovendo o desenvolvimento de um sentimento de
comunidade, favorecedor da aprendizagem e da satisfação na comunidade virtual (Rovai e Wighting,
2005).
Contudo, por vezes, o apoio directo a utilizadores é necessário ao longo de um curso considerando o
nível de stress associado à sua adaptação, ao ambiente tecnológico e à metodologia de trabalho
online. Um psicólogo educacional pode, por isso, identificar factores de stress – alguns já
reconhecidos, como a “Ansiedade Assíncrona”, o “E-team Stress” (Lawless & Allan, 2004) - e utilizar
este conhecimento para colaborar em estratégias de intervenção com os grupos, melhorando a
1
Segundo as estimativas da Unesco, em 2005 seriam de 160 milhões os estudantes em e-learning.
14 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Para troca
formação e o desempenho dos mesmos. Ou identificar sujeitos que não se sintam socialmente
enquadrados e mobilizar mecanismos de prevenção do abandono. E pode fazê-lo, intervindo de forma
directa ou apoiando o tutor no desempenho do seu papel de apoio aos estudantes.
Ao nível da tutoria e formação de e-tutores, há que considerar que o e-learning introduz a dimensão da
interacção dos aprendentes entre si e intensifica a relação tutor-aprendentes, relevando o papel do etutor enquanto moderador e facilitador dos processos de ensino-aprendizagem (Harasim et. al., 1995)
bem como as suas competências pedagógicas, nomeadamente comunicacionais (Garrison, R. e
Anderson, T. 2003).
A competência para promover uma comunicação eficaz num grupo online é essencial para a liderança
no grupo. Espera-se do e-tutor a capacidade para criar um contexto social amigável que permita
desenvolver o sentimento de comunidade, no grupo, intimamente associado à capacidade de promover
a intervenção, crítica e reflexiva, de cada elemento do grupo, o diálogo e a negociação entre pares,
favoráveis à construção de uma “comunidade de inquirição” (Garrison, R. e Anderson, T. 2003).
Devem por isso considerar-se, ao nível das competências de um psicólogo educacional, a capacidade
de gestão do tempo e dos processos de comunicação em ambiente online, competências relacionais e
discursivas desenvolvidas através da actividade de grupo em ambiente online, de trabalho
colaborativo, ou ainda saber lidar e utilizar, adequadamente, recursos específicos da web 2.0., em
contexto virtual.
Considerando que o E-learning é uma área de expansão crescente, assume particular relevância
contemplar, preferencialmente, na formação de base de um psicólogo educacional (ou, em alternativa,
através de formação profissionalizante ou pós-graduada), o domínio da pedagogia do e-learning,
integrando conteúdos que lhe permitam identificar claramente as características, potencialidades e
limitações, das ferramentas disponíveis para conceber e desenvolver actividade em Ambientes Virtuais
de Aprendizagem (A.V.A.) bem como dominar os processos inerentes à comunicação mediada por
computador e à organização e funcionamento de grupos em ambiente online.
Bibliografia:
Dillenbourg, P. (1999). Collaborative Learning: Cognitive and Computational
Approaches (Advances in Learning and Instruction). Pergamon Press.
Figueiredo, A. D. e Afonso, A. P. (2006). Managing Learning in Virtual settings:
The Role of Context, Universidade de Coimbra.
Frydenberg, J. (2007, Novembro). Persistence in University Continuing
Education Online Classes. International Review of Research in Open and
Distance Learning, 8 (3), acedido em 26 de Agosto 2009 em
http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/375
Garrison, R. e Anderson, T. (2003).E-learning in the 21st Century. London:
Margarida Cabral
Routledge Palmer.
Psicóloga Educacional
Harasim, L. et al. (1995). Learning Networks: A Field Guide to To Teaching and
Doutoranda em eLearning
Learning Online. London, M.I.T. Press
[email protected]
Kim,J. & Bonk,C. J.(2006).The Future of Online Teaching and Learning in
Higher Education: The Survey Says…a survey substantiates some ideas about
online learning and refutes others. Educase Quarterly, 29(4).Acesso em25 de Agosto 2009
http://connect.educause.edu/Library/EDUCAUSE+Quarterly/TheFutureofOnlineTeaching/40000?time=1198952782
Lawless, N. & Allan, J. (2004). Understanding and reducing stress in collaborative e-Learning. Electronic Journal
on e-Learning, 2 (1), 121- 128. Disponível em http://www.ejel.org/volume-2/vol2-issue1/issue1-art15-lawlessallen.pdf
Palloff, R. M. & Pratt, K. (1999). Building Learning Communities in Cyberspace. San Francisco, Jossey-Bass.
Rosenberg, M. (2001). E-Learning: Strategies for Delivering Knowledge in the Digital Age. McGraw-Hill.
Rovai, A. (2002a). Building Sense of Community at a Distance. International Review of Research in Open and
Distance
Learning,
3
(1).
Acedido
em
25
de
Agosto
de
2009
em
http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/79
Rovai, A. & Wighting, M. (2005). Feelings of alienation and community among higher education students in a virtual
classroom.
Internet
and
Higher
Education,
8,
97-110,
http://www.moodle.univab.pt/moodle/file.php/63/sdarticle1.pdf
Swan, K. (2001). Virtual interactivity: design factors affecting student satisfaction and perceived learning in
asynchronous online courses. Distance Education, 22 (2), 306-331.
Wenger, E. & Lave, J. (1991). Situated Learning: Legitimate peripheral participation.Cambridge University Press,
New York
15 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Bloco de Notas
Eventos que vão acontecer
O CECOA, em colaboração com os parceiros internacionais do
Projecto EUFACINET “European Facilitators Network” promove, no
dia 15 de Outubro de 2009, das 14h30 às 17h, no Centro de
Congressos de Lisboa – AIP, Praça das Indústrias (Auditório A), a
conferência final deste projecto com o objectivo de debater o
potencial da aprendizagem integrada no trabalho. Neste evento
iremos explorar o impacto das metodologias e das ferramentas
facilitadoras de aprendizagem nas empresas, com exemplos de
implementação e de boas práticas, e apresentar o testemunho de
facilitadores.
A conferência é dirigida a formadores e consultores de formação, empresários, gestores, decisores
estratégicos e responsáveis pelos recursos humanos e pela formação, bem como a entidades
formadoras públicas e privadas, parceiros sociais e, de uma forma geral, a todas as entidades públicas
e privadas com responsabilidades e/ou interesse na área da formação profissional, em particular, na
área da validação de competências e da avaliação dos resultados das aprendizagens.
A conferência do Projecto EUFACINET é gratuita e integra a Conferência “Creative Learning Innovation
Marketplace”, promovida pela Associação Industrial Portuguesa. A participação é sujeita a inscrição
prévia através do endereço: http://www.creativelearningconference.com/index.asp.
Inscreva-se na conferência, partilhe experiências com outras entidades provenientes da Alemanha,
Bulgária, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Holanda, Malta e Portugal e venha conhecer os
produtos finais do projecto EUFACINET. Informamos, desde já, que a língua de trabalho é o inglês.
http://www.gutc.su.lt/ICT_conference_2009.htm
Esta Conferência visa disseminar ideias e partilhar experiências no domínio da educação das ciências naturais
e procurar melhorar os processo de aprendizagem/ensino através da utilização das Tecnologias de Informação
e Comunicação.
Organizador:
Natural Science Education Research Centre, Faculty of Education, Šiauliai University
http://www.gutc.su.lt
Tópicos fundamentais:
ƒ
Individualização da educação das ciências naturais através da utilização das TIC
ƒ
Aspectos filosóficos, psicológicos, económicos, sociais, políticos e didácticos do uso das TIC no ensino
ƒ
Literacia informática e domínio das TIC pelos alunos e professores, como factor-chave da rentabilização das
mesmas no processo educativo
ƒ
Melhoria das competências dos professores visando uma melhor utilização das TIC.
Contactos:
Siauliai University, Faculty of Education, Natural Science Education
Research Centre, Lithuania
Address: P.Visinskio Street 25-119, LT-76351 Siauliai, Lithuania
Phone: + 370 41 595736 ; Fax: + 370 41 595710.
Website: http://www.gutc.su.lt
16 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Bloco de Notas
Eventos que vão acontecer
A manutenção dos padrões de vida dos europeus exige que a Europa se transforme numa economia
baseada na inovação, fomentando-se a criatividade e o talento nos sectores público, privado e
académico.
É assim necessário repensar a Agenda Estratégica da Europa neste domínio e formular políticas e
projectos relevantes ao nível europeu e em cada estado membro.
O objectivo prioritário deste Encontro é discutir as acções necessárias para colocar o conhecimento e
a inovação na Agenda Política da Europa , de forma permanente, nomeadamente nos domínios do
ambiente, emprego e crescimento económico.
Mais informação e Programa disponíveis em:
http://www.knowledge4innovation.eu/k4i/default.aspx
Fórum Mundial - prémios e-Democracia
Nos últimos 5 anos o Fórum Mundial e-Democracia tem reconhecido e premiado aqueles que têm
desenvolvido uma actividade significativa nos domínios da promoção da utilização da Internet e das novas
tecnologias no domínio da política. Este prémio é o mais relevante a nível internacional, no domínio da eDemocracia.
Conjuntamente com 9 outros finalistas, o EU Profiler, desenvolvido pelo Instituto Europeu Universitário,
receberá este ano o troféu, numa cerimónia que terá lugar no dia 22 de Outubro.
O Instituto Universitário Europeu (Florença, Itália) e os seus parceiros técnicos (a Swiss NCCR
Democracy e o Dutch Kieskompas) desenvolveram o EU Profiler no início deste ano, com o objectivo de
auxiliar os cidadãos europeus a realizarem escolhas responsáveis e informadas face ás eleições para o
Parlamento Europeu, assim como analisar as suas preferências políticas. Através da resposta a 30
questões, bastante simples, pertinentes do ponto de vista dos vários programas eleitorais em causa, nos
domínios, nomeadamente, da emigração, energia, política social, aquecimento global, segurança,
desemprego e integração europeia, foi assim possível aos cidadãos exprimir as suas opiniões e identificar
as suas expectativas e ideias perante o futuro da EU e, simultaneamente, identificar o Partido político que
melhor se identificava com as suas opções.
Para mais informação, consultar http://www.edemocracy-forum.com/2009/09/the-world-edemocracyforum-announces-finalists-of-the-2009-edemocracy-awards.html#more
17 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Bloco de Notas
Formação que vai acontecer
Oferta Formativa do CNQF
Seminários Pedagógicos
Inovação e Criatividade na Formação
Formação Contínua - Disseminação de
Referenciais
Desenvolvimento de Competências
Empreendedoras
Para uma Cidadania Activa: a Aprendizagem
Intercultural
O/A Formador/a face às pessoas com
deficiência e Incapacidades – Gerir a
Diversidade
Workshop - O/A Formador/a face a Pessoas
com Deficiências e Incapacidades - Projecto
Unidos pelo Acesso – Parceria FDTI
O/A Formador/a face às pessoas com
deficiência e Incapacidades – Gerir a
Diversidade
Formação na Área das TIC
Desenvolvimento de Conteúdos Formativos
para a Internet - WebQuest
Recolha, Tratamento de Informação e
Trabalho Colaborativo na Internet
Formação a Distância - elearning
Formação Pedagógica de eformadores
Concepção e Produção de Materiais para
Auto-Estudo - Modalidade de Intervenção
Formativa a Distância
Local, Data, Duração
Lisboa, 16 de Dezembro de 2009 – 7
horas
Local, Data, Duração
Lisboa, 12,13,19,20 de Outubro de
2009 - 30 horas
Porto, 12,13,14 19 e 20 de Outubro
de 2009 – 30 horas
Lisboa, 19 a 27 de Outubro- 30 horas
Lisboa, 22 de Outubro de 2009, 6
horas
Coimbra, 25, 26, 27 de Novembro, 3
e 4 de Dezembro de 2009 - 30 horas
Local, Data, Duração
Lisboa, 12 a 16 de Outubro de 2009 30 horas
Lisboa, 26 a 30 de Outubro de 2009 30 horas
Local, Data, Duração
Lisboa, 7 de Outubro a 15 de
Dezembro de 2009 – 90 horas
Lisboa, 8 de Outubro a 18 de
Dezembro de 2009 – 80 horas
Para mais informações e inscrição nas acções consulte o sítio do IEFP
18 Departamento de Formação Profissional - Centro Nacional de Qualificação de Formadores
Divulgação de recursos
Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Ler & Ver
e Notícias
Formação para formadores de formadores : [especificidades, perfis e
competências] / APSD Associação Portuguesa de Solidariedade e
Desenvolvimento ; Ana Paula Domingos...[et al.] . - [Lisboa] : APSD,
[2007] . - 1 pasta (várias
paginações), 4 CD-ROM, 1 col.
transparências : Il. ; 32 cm
Projecto nº 75-RD-2002, financiada por POEFDS - Acção tipo 4.2.2.2 Recursos Didácticos. Classificação obtida: 75
Dossiê pedagógico constituído por referencial de formação, conteúdo
programático, livro do formando e do formador, colecção de
transparências, plano de equipamentos, 3 CD ROM com videogramas
de formação (1º A Comunicação Humana, 2º Formação em Trabalho
de Equipa: A Coesão dos Grupos (Simulação de Trabalho em Equipa),
3º Formação Pedagógica Inicial de Formadores: A Autoscopia - Um
Instrumento de Diagnóstico e de Transformação de Práticas Pedagógicas, Práticas Pedagógicas de
Formação Inicial de Formadores) e 1 CD ROM do projecto.
/ Material didáctico / Formação de formadores / QCA III
Cota: (Q) 154 FOR
RESUMO: Produto elaborado no âmbito do Projecto nº 75-RD-2002, "Recursos Didácticos”, para
formadores que pretendam vir a desenvolver actividade na área da formação de formadores de
formadores, ou que já exerçam a actividade.
Manual base do formador / António Lencastre Godinho . - Bragança :
ISLA, 2007 . - 182 p. : il., ; 30 cm
Produto elaborado no âmbito do Projecto nº 267-RD-04,
"Desenvolvimento de recursos didácticos para suporte à formação",
financiado pelo QCA III. Classificação obtida: 72
Existe o manual em formato PDF em Cd-Rom comum a outros
componentes do produto
Obras relacionadas: Formação contínua de formadores . - Bragança :
ISLA, 2007
Obras relacionadas: Formação inicial de formadores . - Bragança : ISLA,
2007
Obras relacionadas: Inglês básico . - Bragança : ISLA, 2007
Obras relacionadas: Inglês para contactos profissionais . - Bragança :
ISLA, 2007
/ Material didáctico / Formação de formadores / Formação a distância / Avaliação / Desenvolvimento da
formação / QCA III / Produção de conteúdos
Cota: (Q) 154 CAM 2
RESUMO: Produto elaborado no âmbito do Projecto nº 267-RD-04, "Desenvolvimento de recursos
didácticos para suporte à formação", que incluí para além do manual base do formador, manuais do
formando e do formador nas áreas da formação contínua e inicial de formadores, inglês básico e inglês
para contactos profissionais.
19
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Newsletter 3º Trimestre de 2009 • Ler & Ver
Divulgação de recursos
e Notícias
Aprender, para ser formador [ Documento electrónico ] / Marta
Ferreira, Margarida Ferreira . - Linda-a-Velha : CNS, 2007 . - 1 CdRom master, 9 vols ; 21 cm + 1 Cd-Rom
Produto elaborado no âmbito do Projecto nº 191-RD-04, "Aprender
para ser formador", financiado pelo Programa Operacional Emprego,
Formação e Desenvolvimento Social. Classificação obtida: 72/82
pontos
Vol. 1: Aprender a formular objectivos pedagógicos : bibliografia / Ana
Santos ...[et al.] . - 43 p. : il. ; Vol. 2: Aprender a formular objectivos
pedagógicos : colectânea de textos / Anícia Trindade ...[et al.]. - 57 p.
; Vol. 3: Aprender a seleccionar métodos e técnicas pedagógicas :
bibliografia / Ana Kitller ...[et al.]. - 46 p.
; Vol. 4: Aprender a
seleccionar métodos e técnicas pedagógicas : colectânea de textos /
Anícia Trindade ... [et al.] . - 57 p. ; Vol. 5: Aprender a avaliar a aprendizagem : bibliografia / Ana
Santos ...[et al.] . - 42 p. ; Vol. 6: Aprender a avaliar a aprendizagem : colectânea de textos / Ana
Santos ...[et al.] . - 57 p. ; Vol. 7: Aprender a "saber estar" numa sessão de formação : bibliografia /
Ana Santos ...[et al.] . 49 p. ; Vol. 8: Aprender a "saber estar" numa sessão de formação : colectânea
de textos / Anícia Trindade ...[et al.] . - 59 p. ; Vol. 9: Colectânea de transparências . - pag. variável ; 1
Cd-Rom com a colecção de transparências
/ Material didáctico / Curso de formação / Formação de formadores / Avaliação dos conhecimentos /
Métodos pedagógicos / QCA III
Cota: (Q) 154 APR I
RESUMO: Produto elaborado no âmbito do Projecto nº 191-RD-04, "Aprender para ser formador", com
diversos suportes didácticos, abordando conteúdos que possibilitam fazer face às necessidades reais
destes profissionais, nomeadamente no que diz respeito a algumas das competências pedagógicas
que o formador deve dominar.
Pratiques innovantes en formation et enjeux pour la professionnalisation
des acteurs = Innovative practices in the field of training and related
professional development issues / Michel Armatte... [et al.] . Luxembourg : Office des
publications officielles des Communautés
européennes, 2005 . - ( Cedefop panorama series, ISSN 1562-6180 ;
119 )
Edição bilingue, em francês e inglês.
/ Formação profissional / Formação de formadores / Inovações na
formação / Qualidade da formação / Ensino a distância
RESUMO: Publicação de um estudo da rede de formação de
formadores da França sobre a profissionalização dos actores da
formação e as práticas inovadoras em formação.
…
20
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Download

Formador - Plataforma e