Uso de diferentes substratos no cultivo de alface roxa tipo Baby Leaf
Alberto Ricardo Stefeni2; Josimar de Souza2; Dalila Paula Slomoszinski2; Francielli
Geremia3; Claudia Manteli3; Marcelo Dotto3;
1
2
Trabalho executado com recursos próprios e apoio da faculdade UNISEP, Dois Vizinhos.
Estudante agronomia na Faculdade União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP; Dois Vizinhos, Paraná;
[email protected]. [email protected] ; [email protected];
3
Professor (a) Titular da União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP; Dois Vizinhos, Paraná.
[email protected]; [email protected];[email protected].
RESUMO: Além do valor nutricional, a alface roxa apresenta boas vantagens comerciais em relação demais
espécies cultivadas tipo Baby Leaf, devido sua coloração roxeada, que torno os mix entre espécies mais
atrativas sob o olhar do consumidor, além da capacidade de atrair novos públicos como o infantil
estimulando seu consumo. Existem várias formas de cultivar Baby Leaf, podendo ser produzidas
diretamente no solo tanto em sistema aberto como protegido, também pode ser produzida em bandejas em
sistemas hidropônicos. O delineamento experimental foi delineamento inteiramente casualizado, com cinco
tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram vermiculita, serragem, substrato comercial, fibra de
coco, terra + areia + cama de aves na proporção 1-1-1. O experimento foi realizado em bandejas plásticas
as quais foram perfuradas para a drenagem do excesso de água 300 ml de cada substrato por bandeja,
cada repetição foi semeada cem sementes de alface roxa posteriormente as mesmas foram fechadas e
abertas somente para realizar a irrigação. Concluímos que para a produção de alface roxa tipo Baby Leaf, o
substrato alternativo a base de cama de aves + areia + terra foi mais eficiente, porém a necessidade de
desenvolver mais trabalhos para adequar o tipo de substrato para o cultivo.
Termo de indexação: vermiculita; latossolo; areia;
INTRODUÇÃO
As hortaliças tem papel fundamental na qualidade de vida dos seres humanos, tanto na questão
econômica onde a geração de renda principalmente para pequenos produtores, como também para quem
consome pelas diversas características benéficas. (PURQUERIO & MELO, 2011), salienta da importância
de apresentar produtos diferenciados no mercado, dessa forma estimulando o consumo de hortaliça, como
é o caso da Baby Leaf, que está em plena expansão no Brasil, porém encontrada apenas em grandes
centros.
Além do valor nutricional, a alface roxa apresenta boas vantagens comerciais em relação demais
espécies cultivadas tipo Baby Leaf, devido sua coloração roxeada, que torno os mix entre espécies mais
atrativas sob o olhar do consumidor, além da capacidade de atrair novos públicos como o infantil
estimulando seu consumo.
Existem várias formas de cultivar Baby Leaf, podendo ser produzidas diretamente no solo tanto em
sistema aberto como protegido, também pode ser produzida em bandejas em sistemas hidropônicos,
(MORAES 2013). Para produção de mini hortaliças, faz-se necessário o uso de substratos que atendam as
exigências nutricionais das plantas. Segundo Carrijo, et al (2002), pode-se utilizar vários tipos de materiais
orgânicos para obtenção de substrato como resíduos de madeira, casca de arroz e pinus, vermiculita
Turfas, ou oriundo de materiais inorgânicos como e espuma fenólica, areia rochas vulcânicas, perlita, lã de
rocha.
O objetivo deste trabalho foi avaliar quatro substratos alternativos e um substrato comercial para o
cultivo de alface roxa para produção de Baby Leaf.
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido em casa de vegetação na área experimenta da faculdade UNISEPUnião de Ensino do Sudoeste do Paraná no município de Dois Vizinhos- PR, no período de 25 de março a
16 de abril de 2015. O delineamento experimental foi delineamento inteiramente casualizado, com cinco
tratamentos e quatro repetições.
Os tratamentos foram vermiculita, serragem, substrato comercial, fibra de coco, terra+/areia+/cama
de aves na proporção 1-1-1.
O experimento foi realizado em bandejas plásticas as quais foram perfuradas para a drenagem do
excesso de água 300 ml de cada substrato por bandeja, cada repetição foi semeada cem sementes de
alface roxa posteriormente as mesmas foram fechadas e abertas somente para realizar a irrigação. A
irrigação foi realizada em dois turnos pela manhã e a tarde, manualmente conforme a necessidade de cada
substrato. Posteriormente estipulou-se um período de 21 dias para que as plântulas se desenvolvessem,
após esse período foram realizada as seguintes avaliações peso de massa da matéria fresca, largura de
folha, altura de planta, tamanho do sistema radicular e número de folha por planta, para realizar as analises
foram dez plantas aleatoriamente por repetição.
As plantas foram levadas até o laboratório, onde passaram por um processo de lavagem,
posteriormente foram cortadas separando o sistema radicular do da parte aéreas em seguida foram
submetidas à avaliação, para largura de folha e altura de planta utilizou-se um paquímetro para se obter as
dimensões em centímetros, para peso de massa da matéria fresca do sistema radicular e parte aérea foi
utilizado balança analítica para obtenção doas dados em g.
Os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Lillie Fords, sendo que quando que não
homogêneos, os mesmos serão transformados segundo x  1 . Posteriormente, a transformação ou não,
as médias foram submetidas à análise de variância e ao teste de Tukey (p =0,05). Todas as análises foram
realizadas pelo aplicativo computacional ASSISTAT.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Podemos observar na tabela 1, que o peso do sistema radicular e o número de folhas, não
obtiveram resultados significativos aos diferentes tipos de tratamentos aplicados. Em relação altura de
planta o substrato a base de terra +areia + cama de aves, se diferenciou estatisticamente dos substratos de
vermiculita e serragem, porém não houve diferenças significativas em relação ao substrato comercial e
substrato de fibra de coco. A qualidade do substrato pode ser medida de varias formas como aeração,
capacidade retenção de aguas, disponibilidade de nutrientes o bom substrato agrega todas essas
características. Mello et al., (2000), afirma que dependendo do material orgânico utilizado para substrato
pode influenciar na desenvolvimento final das plantas.
Tabela 1. Altura de plantas peso de raiz e número de folha em alface roxa tipo Baby Leaf, em diferentes
substratos. Dois Vizinhos – PR, 2015
SUBSTRATOS
Vermiculita
Serragem
Sub.Comercial
Fibra de Coco
Terra + Areia + Cama de aves
CV (%)
ALTURA ( cm)
1.63 b
1.38 b
2.31 ab
2.55 ab
3.43 a
36.36
PESO RAIZ(g)
0.0 ns
0.00
0.02
0.02
0.03
77.90
NUMERO FOLHA
1.77 ns
2.05
2.45
3.02
2.88
27.08
Médias com ns na coluna não diferem significativamente ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Observando os dados da tabela 2, onde o peso da folha, não foi significativo em relação aos
diferentes tipos de tratamentos aplicados. Quanto à largura de folhas o substrato a base de terra + areia +
cama de aves, obteve resultado significativo em relação ao substrato de vermiculita e serragem, porém não
se diferenciando estatisticamente do substrato comercial e substrato de fibra de coco, isto comprova que
principalmente a questão nutrição pode estar relacionada a um bom substrato uma vez que a camade aves
possui quantidades elevadas de nutrientes. Medeiros et al. (2001), afirma que obteve melhores resultados
como substratos alternativos usandohúmus + casca de arroz carbonizada por esse substrato possuir maior
capacidade de retenção, devido ao tamanhos dos poros por serem menores, e ainda o que pode estar
relacionado é a nutrição.
Tabela 2. Peso das folhas, largura de folha em alface roxa tipo Baby Leaf, em diferentes substratos. Dois
Vizinhos – PR,2015
SUBSTRATOS
Vermiculita
Serragem
Sub.Comercial
Fibra de coco
Terra + Areia + Cama de aves
CV (%)
PESO FOLHAS (g)
0.02 ns
0.01
0.02
0.02
0.03
79.06
1
LARGURA FOLHA (cm)
0.51 b
0.34 b
0.69 ab
0.90 ab
1.21 a
42.50
Médias com letras diferentes, minúscula na mesma coluna diferem significativamente ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de
Tukey, ns não diferem estatisticamente.
CONCLUSÃO
Concluímos que para a produção de alface roxa tipo Baby Leaf, o substrato alternativo a base de
cama de aves + areia + terra foi mais eficiente, porém a necessidade de desenvolver mais trabalhos para
adequar o tipo de substrato para ocultivo.
REFERÊNCIAS
CARRIJO, D. A.; SETTI de LIZ, R.; MAKISHIMA, N. Fibra da casca do coco verde como substrato agrícola. Horticultura
Brasileira, v. 20, n. 4, p. 533-535, 20
MEDEIROS, L. A. M. et al. Crescimento e desenvolvimento da alface (Lactuca Sativa) conduzida em estufa plástica com
fertirrigação em substratos. Ciência Rural, v. 31, n. 2, p. 199-204, 2001.
MELLO SC; PEREIRA HS; VITTI GC. 2000. Efeito de fertilizantes orgânicos na nutrição e produção do pimentão.
Horticultura Brasileira v.18, p. 200-203.
MORAES, L.A.S. PRODUÇÃO DE BABY LEAF DE ALFACE EM BANDEJAS COM REAPROVEITAMENTO DE
SUBSTRATO, DISSERTAÇÃO (MESTRADO Agricultura Tropical e Subtropical), Campinas, SP 78 F. Abril 2013.
PURQUERIO, L.F.V.; MELO P.C.T. Hortaliças pequenas e saborosas. Horticultura Brasileira. V.29, n.1, 2011. 02.
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