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Nelson Gonçalves
Nelson Gonçalves
Leka
Sou formada em Comunicação
Social, mas os diplomas dos quais me
orgulho mesmo são os de desenho e
pintura. Fiz cursos de pintura com
aquarela, anatomia humana, anatomia animal e cinema de animação.
Trabalho ilustrando livros para
crianças desde 2010. Este é o meu
sexto livro e gosto de viver entre os li-
Nelson Gonçalves
Você acha que para fazer amigos
é preciso de mágica?
Pois o palhaço Alegria achava que sim.
Contar histórias e fazer amigos
era tudo o que lhe importava na vida,
o problema é que ele tinha certeza
de que sozinho
não conseguiria fazer nada disso.
Sou professor, palestrante e... palhaço! Isso mesmo. Costumo fazer palestras para diversos públicos e lugares.
Pátios de escolas e salões de empresas
são o meu palco, alunos e trabalhadores de empresas são a minha plateia.
Acho maravilhosa a função do palhaço,
que arranca emoções, provoca o riso
e desperta todo o tipo de sentimento
vros e para os leitores. Desenho sem-
nas pessoas. Sou formado em Educação
pre, todos os dias, no papel, na calça
Física, com especialização em Psico-
jeans, nas paredes da minha casa. Se
pedagogia e Recreação e Lazer, mas é
quiser ver mais desenhos meus, é só
quando viro palhaço que me sinto
me achar pelo blog:
mais próximo do meu público. Por
http://lekailustradora.blogspot.com.br
isso quis contar a história do Nelsinho, que pode ser um pouco a minha
O BOTÃO MÁGICO
Leka
ilustrações
história e também a sua, por que não?
www.profnelson.com.br
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alhaço Alegria era seu nome artístico. Mas de alegre ele tinha apenas
o sobrenome.
Nelsinho, como era conhecido, passou a vida inteira no circo. Filho
de pais trapezistas, nasceu no circo e lá aprendeu a fazer de tudo, desde
trapézio e malabares a dança e palhaçadas – sim, Nelsinho também era
um palhaço.
Mas ele era um pouco triste. E a tristeza, no seu caso, era um
problemão. Desde quando um palhaço pode ser triste, se palhaçada,
risada e diversão têm tudo a ver com essa profissão?
Assim que completou dezoito anos, um sonho de criança começou
a crescer cada dia mais forte dentro dele: Nelsinho queria porque queria
ser contador de histórias.
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ontar histórias era a coisa que ele mais gostava de fazer na vida,
mas que fazia muito, muito de vez em quando. O garoto vivia pedindo para
o dono do circo, seu Felizardo Dilúvio – que de feliz parecia ter só o nome –,
deixá-lo contar histórias no picadeiro; porém, ele nunca deixava.
Por isso o palhaço foi ficando triste.
Verdade era que os amigos do circo gostavam muito de ouvir suas
histórias. Mas, se Nelsinho estivesse falando com fulano, seu Felizardo o
chamava; se estivesse levando uma prosa com sicrano, o interrompia; se
estivesse jogando conversa fora com beltrano, o solicitava. O dono do circo
não lhe dava sossego! Nelsinho não podia ser visto falando com alguém,
que, de longe, se ouvia:
– Palhaço Alegria, vá para o
trapézio; Alegria, faça malabarismo; Alegria, dance!
Um dia, o dono do circo
reclamou:
– Menino, você tem a cabeça no vento. Mal saiu das
fraldas e quer ficar contando
histórias? Será que você não
percebe que as pessoas não
têm tempo nem paciência pra
ficar te ouvindo?
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omo os pais do garoto já haviam morrido, o circo era sua vida,
sua casa, sua família. Ali fizera muitos amigos, e sair do circo significava
ficar sozinho, sem ninguém. Mas foi exatamente o que ele fez: pediu
demissão e foi embora, sem avisar os companheiros. Seu Felizardo ficou
sem entender que bicho tinha mordido o palhacinho que conhecia
desde bebê.
As palavras do seu Felizardo tinham caído como um raio, tostando
o coração de Nelsinho, que começou a perder a confiança em si mesmo
e a achar que o dono do circo talvez tivesse razão: ninguém realmente
se importava com ele nem com suas histórias. O garoto sentia-se o
último dos mortais e, ainda vestido de palhaço, saiu andando, sem eira
nem beira.
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Sou formada em Comunicação
Social, mas os diplomas dos quais me
orgulho mesmo são os de desenho e
pintura. Fiz cursos de pintura com
aquarela, anatomia humana, anatomia animal e cinema de animação.
Trabalho ilustrando livros para
crianças desde 2010. Este é o meu
sexto livro e gosto de viver entre os li-
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Você acha que para fazer amigos
é preciso de mágica?
Pois o palhaço Alegria achava que sim.
Contar histórias e fazer amigos
era tudo o que lhe importava na vida,
o problema é que ele tinha certeza
de que sozinho
não conseguiria fazer nada disso.
Sou professor, palestrante e... palhaço! Isso mesmo. Costumo fazer palestras para diversos públicos e lugares.
Pátios de escolas e salões de empresas
são o meu palco, alunos e trabalhadores de empresas são a minha plateia.
Acho maravilhosa a função do palhaço,
que arranca emoções, provoca o riso
e desperta todo o tipo de sentimento
vros e para os leitores. Desenho sem-
nas pessoas. Sou formado em Educação
pre, todos os dias, no papel, na calça
Física, com especialização em Psico-
jeans, nas paredes da minha casa. Se
pedagogia e Recreação e Lazer, mas é
quiser ver mais desenhos meus, é só
quando viro palhaço que me sinto
me achar pelo blog:
mais próximo do meu público. Por
http://lekailustradora.blogspot.com.br
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