Renata Sieiro Fernandes
Murundum
Ilustrações de Paulo R. Masserani
Americana-SP, 2014
Copyright © 2014
Renata Sieiro Fernandes
Coordenadora da Coleção
Margareth Brandini Park
Projeto Editorial
Magali Berggren Comelato
Projeto Gráfico
Paula Leite
Ilustrações
Paulo R. Masserani
Revisão
Lara Milani
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
F411m
Fernandes, Renata Sieiro
Murundum / Renata Sieiro Fernandes ; ilustrações Paulo R. Masserani. - 1. ed. - Americana, SP : Adonis, 2014.
24 p. : il. ; 17x24 cm.
(Bichos de estimação ; 5)
ISBN 978-85-7913-236-0
1. Conto infantojuvenil brasileiro. I. Masserani, Paulo R. II. Título. III. Série.
14-14969CDD: 028.5
CDU: 087.5
13/08/2014 15/08/2014
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Para Helena Couto, que ainda menina, no
sítio do faz de conta, me deu de presente
o tempo como bicho de estimação.
Sou um bicho das alturas. Gosto das altas altitudes tanto quanto dos voos rasantes que me colocam
perto do chão. Gosto dos topos, dos picos, dos pontos
altos no céu. A grande envergadura de minhas asas
me permite experimentar no ar movimentos rápidos,
certeiros, ondulantes, leves, enquanto minha visão
aguçada e de longa distância me deixa perceber detalhes do que acontece na terra.
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Em algumas de minhas miradas centrei meus
sentidos todos na observação do que acontecia em
um determinado sítio, pois eram situações interessantes e me provocaram curiosidade.
Do lado de cá do alambrado, morava na casa de
tijolos um animal com cara de serpente e um casco
nas costas. Chamava-se Murundum. Nessa cidade
era assim que as pessoas apelidavam os redutores
de velocidade dos carros − as lombadas, ou quebra-molas, das ruas.
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Ela era uma fêmea de tigre-d’água, outro nome que
se dá ao cágado-d’água-doce, toda rajada de verde e
amarelo. Uma maravilha da natureza que vive até 100
anos! A dona dela ganhou-a de presente de uma criança que era sua aluna e que tinha montes e montes
delas. Vi quando isso aconteceu!
Só que a dona dela não sabia que os cágados, assim como as pessoas, defendem seus territórios e
precisam viver em lugares amplos e espaçosos para
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poder crescer à vontade. E, desconhecendo isso, colocou a Murundum – que já tinha o tamanho de um
capacete – num aquário para dividir o espaço com a
Lola, que era outro pequeno tigre-d’água, do tamanho de um botão de roupa, que ela tinha ganho anteriormente de outra aluna.
As duas foram convivendo bem durante meses.
Eram alimentadas, tomavam seus banhos de sol nas
pedras, nadavam.
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MURUNDUM - Gostinho de Leitura