Press book de Onde a Coruja Dorme
Por Silvio Essinger
Apresentação
O pernambucano José Bezerra da Silva (1927-2005) deixou os seus sobrenomes marcados no grande
livro da História da Música Brasileiro como a voz do samba aguerrido da favela. Nos anos 80 e 90,
alguns de seus sucessos como “Malandragem Dá um Tempo”, “Defunto Caguete”, “Bicho Feroz”,
“Candidato Caô Caô” e “Quem Usa Antena é Televisão” levaram para um grande público, de todas as
classes sociais, a linguagem, os dramas e o humor de uma população sacrificada, que usa a esperteza
e a criatividade para sobreviver em condições econômicas e sociais precárias. Apesar de ter passado
por boa parte das situações descritas nas letras (Bezerra da Silva chegou ao Rio como clandestino num
navio, trabalhou na construção civil e morou no Morro do Cantagalo), as músicas que o tornaram famoso
não são, na esmagadora parte, suas. Mas de uma série de compositores dos morros cariocas e da
Baixada Fluminense.
Onde a Coruja Dorme, longa dos diretores Márcia Derraik e Simplicio Neto, acompanha o cotidiano
desses até então desconhecidos cronistas da malandragem carioca, que não tiram seu sustento da
música ou da contravenção, mas de uma rotina cansativa de trabalhos comuns, braçais e dignos. Eles
são os “Compositores de Verdade”, título do samba de Naval, Romildo e Edson Show, que Bezerra
gravou no LP Alô Malandragem, Maloca o Flagrante (1986): “A razão do meu sucesso / Não sou eu nem
é minha versatilidade / É que eu gravo pra uma pá de pagodeiros / Que são compositores de verdade”.
Entre a labuta e os pagodes do fim de semana, regados a batida de limão e moela, os autores dos
sambas de sucesso discorrem no filme sobre os tipos e temas do universo bezerriano: o malandro, o
otário, o dedo-duro, a sogra, o bicho solto, o corno, a umbanda, a droga... Sem papas na língua e sem
jamais perder a linha. “Esses compositores são pessoas complexas, com visões de mundo muito
próprias”, conta Simplicio. “Uma das coisas que nos encantavam desde o início era que as músicas
deles falavam das gangues, da favela e da violência de uma forma completamente irônica e engraçada,
cheia de folclore, cheia de cor. É uma escola carioca, de você conseguir gerar humor a partir de uma
situação de extrema penúria e violência.”
Os Diretores
Marcia Derraik e Simplicio Neto. Parceiros desde Dib (1997), elogiado documentário em vídeo sobre o
grande fotógrafo do cinema brasileiro Dib Lufti, a cineasta Marcia e o roteirista Simplicio decidiram em
seguida homenagear outro de seus grandes ídolos: Bezerra da Silva. “A nossa geração tinha o Bezerra
como exemplo radical do samba”, explica o co-diretor. “A gente até não era nem de ouvir samba, era
mais do rock. Mas a gente ouvia o Bezerra e achava que aquilo era um samba radical, diferente, que
não era coisa do sistema – era exatamente o underground do samba.” Só o que faltava para dar partida
no projeto era um ponto de vista que fosse interessante.
“Numa reunião de brainstorm, a gente se perguntou: o que falar do Bezerra que ainda não foi falado,
que a MTV ainda não mostrou, que geral não sabe?”, lembra Marcia. “Aí o Simplicio veio com a ideia
dos compositores do Bezerra! Na mesma hora, me veio na hora aquela imagem da contracapa de um
disco em que ele está posando com os compositores. Você olha aquilo ali e já imagina um filme... Quem
são esses caras? E aí fomos atrás deles.”
Em 1999, Marcia e Simplicio ganharam um edital da RioFilme para produzir um curta-metragem sobre
os autores dos sambas do Bezerra e começaram a produção com apoio da TV Zero. Nos meses que se
seguiram, saíram gravando em DV tudo o que puderam – quando viram, tinham 80 horas de material,
que acabaram sendo editados em curta de 15 minutos. Com um razoável sucesso na internet, essa
primeira versão de Onde a Coruja Dorme abriu o caminho para o longa metragem que ora chega às
telas do circuito comercial. Aqui, os diretores contam um pouco da trajetória desse projeto que tomou
mais de uma década de suas vidas.
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Marcia – Eu consegui o telefone do Bezerra e liguei. De cara, ele me perguntou: quanto é que eu vou
ganhar com isso? (risos) E eu: não tem dinheiro, mas tem a promoção... E ele: promoção não enche
minha barriga! E pá, desligou o telefone na minha cara. Fiquei passada! Eu desencanei de fazer o filme,
mas um ano depois eu liguei de novo e o Bezerra fez a mesma pergunta: quanto é que eu ganho? E eu:
vamos conversar. Quando cheguei ao escritório dele e falei que queria fazer um filme sobre os
compositores, aí mudou tudo. Ele olhou pra mim e falou: vou fechar contigo – e quando eu dou a minha
palavra eu não volto atrás!
Simplicio – Por um questão de produção, a gente marcava entrevistas com quatro, cinco compositores
de uma vez. Eles mesmos se reuniam nos lugares onde se encontravam para beber, para conversar,
para fazer pagode... Então, o que ajudava a gente era gravar num pagode – era uma forma de a gente
ter a expressão viva deles, de pegá-los tocando. E depois de duas batidas de limão, eles já até
esqueciam que a câmera estava ali! A gente entrou na roda deles e isso trouxe uma autenticidade para
o filme, com os momentos de improviso.
Marcia – A gente começou o trabalho com uma extensa pesquisa, para saber quem eram os
compositores e quais os temas sobre os quais cada um cantava. Assim, quando saíamos para gravar,
levávamos blocos de perguntas relativos a esses temas. Quando vimos o material filmado, nos demos
conta de que tínhamos sequências inteiras – do malandro, do bandido, do corno, da sogra... Por conta
dessa pré-produção bem pensada, a gente conseguiu rearranjar as 80 horas de gravação em blocos
que se interligavam. O filme tem um roteiro, o que é difícil em documentário.
Simplicio – A gente sabia que ia ter esse desafio da síntese, que ia ter que fazer um curta-metragem,
de 15 minutos. No processo de cortar, decupar e esmerilhar a coisa, ficamos com um filme de 52
minutos. Era redondo, um média em que a gente sabia que poderia dar conta de todas as idéias que a
gente teve (...) O curta teve suas primeiras grandes exibições em 2001, nos festivais maiores. E ganhou
prêmios nos do Rio, de São Paulo, de Miami e de Gramado, além de ter causado o primeiro choque de
repercussão no meio crítico. Mas, para a gente, aquilo era só um trailer. Essas premiações mostraram
que a gente podia ir adiante. Depois, a gente chegou a exibir a versão de 52 minutos em alguns festivais
e a fama foi crescendo.
Marcia – Eu espero que agora, com o lançamento do longa, a gente consiga atingir um novo público.
Porque, apesar de o filme poder ser considerado velho, porque tem 10 anos, porque já ganhou alguns
prêmios, o público do Bezerra ainda não foi atingido. As pessoas ouviram falar sabe lá como que tem
um filme sobre o Bezerra e sei lá como conseguiram meu e-mail. São centenas de mensagens que eu
recebo pedindo o filme e eu não tenho como atender. Ficou uma coisa só da elite cultural, que viu nos
festivais. Onde a Coruja Dorme é uma forma de finalmente levar esse filme ao povo, à massa. Essa
seria nossa realização.
Simplicio – A postura do Bezerra em relação ao filme sempre foi seca, daquela de elogio-não-enchebarriga, quero-saber-cadê-o-meu. E falava isso na frente da gente! (risos). Fazia parte do personagem
dele. Mas o que ele queria dizer é: olha, a vida é assim. Ele era um realista, não era nada romântico.
Mas para mim o maior elogio, que foi uma coisa totalmente bezerriana, foi quando eu soube que ele
estava distribuindo DVDs do filme para os amigos e nos shows. Pragmaticamente, ele nos estava
dizendo “Esse é o meu filme!”.
Marcia Derraik – Formada em cinema pela Universidade Federal Fluminense (UFF), ela estreia na
direção de longa-metragens para cinema com Onde a Coruja Dorme. Dirigiu vários documentários,
entre eles Dib (1997), Coruja (2001), Velha Guarda, Velho Mundo (2002, sobre a Velha Guarda da
Mangueira), Memórias de Uma Mulher Invisível (2007, sobre a pensadora feminista Rose Marie Muraro)
e Street Training (2009, sobre as intervenções urbanas da artista inglesa Lottie Schild). Em 2008, fez
para a TV Zero a direção do DVD com o show Tributo a Bezerra da Silva. Sócia há 11 anos da Antenna
Produtora, Marcia é idealizadora e produtora da mostra Live Cinema, de performances audiovisuais ao
vivo em salas de cinema.
Simplicio Neto – É documentarista e pesquisador de cinema. Doutorando em Comunicação pela UFF,
dá aula hoje em seu Departamento de Cinema e Video, assim como em oficinas de documentários para
instituições diversas (Laboratório Estação, Polo de Pensamento Contemporâneo-POP). É roteirista dos
medias-metragem Dib e Neurópolis (2007) e diretor dos curtas Coruja, Carioca era um Rio (2010) e do
longa Onde a Coruja Dorme. Simplicio ainda atua como roteirista de programas educativos e culturais
de TV, como a Revista do Cinema Brasileiro, Via TV e Lugar Incomum.
Bezerra da Silva
“O Bezerra da Silva foi um grande músico, tocou em vários discos e estudou música até o fim da vida”,
conta Simplicio. “Ele tinha um entendimento do meio musical que o ajudou a sintetizar a imagem desse
malandro que não só trabalha, como ainda chacoalha no trem da Central.” Um dos grandes nomes da
história do samba, Bezerra nasceu em Recife e, aos nove anos de idade, já tocava zabumba e cantava
coco. Aos 15, foi de navio para o Rio, onde foi trabalhar na construção civil como ajudante de pedreiro e
pintor. Logo, entraria para a bateria do Bloco Carnavalesco Unidos do Morro do Cantagalo (onde morava
na época), para tocar tamborim. Lá, no ano de 1950, Bezerra da Silva conheceu o compositor Doca, que
o convidou a participar do Programa da Rádio Clube do Brasil e, assim, o ajudou a se aproximar do meio
artístico.
O sambista começou a carreira como percussionista, acompanhando vários artistas de sucesso. Em
1960, passou a fazer parte da Orquestra da Copacabana Discos. Cinco anos depois, teve a sua primeira
música, “Nunca Mais” (com Norival Reis), gravada pela cantora Marlene, na Continental Discos. Seu
primeiro disco como intérprete foi um compacto simples, lançado em 1969 pela Copacabana, com as
músicas “Mana, Cadê Meu Boi?” e “Viola Testemunha”. Em 1975, lançou pela Tapecar o seu primeiro
LP, Bezerra da Silva , o Rei do Coco, Vol. 1. Dois anos depois, entrou para a Orquestra da TV Globo
(onde ficou até 1985) e, em 1978, despontou nacionalmente com o sucesso do samba “Pega Eu”, do
compositor Crioulo Doido.
Contratado pela gravadora RCA Victor, Bezerra iniciou em 1983, com Produto do Morro, uma sequência
de LPs com vários sambas de sucesso (dos seus “compositores de verdade”), que lhe renderiam 11
discos de ouro (100 mil cópias), três de platina (250 mil cópias) e um de platina duplo (500 mil cópias).
Muito querido pela garotada do rock, o sambista foi convidado a gravar participações em discos de
bandas como o RPM e os Virgulóides, e teve seus sucessos relidos em disco por grupos como o Barão
Vermelho (“Malandragem Dá um Tempo”) e O Rappa (“Candidato Caô Caô”). Já o rapper Marcelo D2,
do Planet Hemp, faria uma participação no disco ao vivo de Bezerra, gravado em 1999, em show na
quadra da Acadêmicos da Rocinha.
Em 1995, um momento de glória: o sambista reuniu-se a Moreira da Silva e Dicró no CD Três Malandros
In Concert. E em 1998, viu ser lançado o livro Bezerra da Silva – Produto do Morro, da antropóloga
Letícia Vianna. Em 2001, converteu-se à Igreja Universal do Reino de Deus e, sob sua inspiração,
lançou aquele que seria seu último disco, o gospel Caminho de Luz. Pouco depois, em outubro de 2004,
seria internado com pneumonia e enfisema pulmonar. Bezerra da Silva morreria em 17 de janeiro de
2005, aos 77 anos de idade, em decorrência de uma parada cardíaca, no Hospital dos Servidores do
Estado do Rio de Janeiro.
Homenagens póstumas vieram na forma da caixa de quatro CDs O Samba Malandro de Bezerra da
Silva (2005, organizado pelo pesquisador Rodrigo Faour), no CD e DVD com o show Tributo a Bezerra
da Silva (2008, da TV Zero, com direção de Marcia Derraik e participações de Luiz Melodia, Nação
Zumbi, Barão Vermelho, Beth Carvalho, Elza Soares, Marcelo D2, entre outros), e no vindouro CD de
D2, todo dedicado à recriações dos sambas do repertório de Bezerra.
Compositores
Dez anos após as gravações de Onde a Coruja Dorme, cinco depois da morte de Bezerra da Silva, a
vida segue para algumas das estrelas do filme. Adelzonilton, autor de “Defunto Caguete” (com Franco
Teixeira e Ubirajara Lúcio), “Malandragem Dá um Tempo” (com Popular P e Moacyr Bombeiro) e
“Fumaça Já Subiu Pra Cuca (com Tadeu do Cavaco) continua a ganhar a vida trabalhando na
construção civil e ainda mora em Mesquita, na Baixada Fluminense. Também pedreiro, também
morando em Mesquita, segue Roxinho, de “Minha Sogra Parece Sapatão” (com Tião Miranda e
1000tinho), “A Semente” (com Tião Miranda e Walmir da Purificação) e “Garrafada do Norte” (com
Edson Show e Wilsinho Saravá). “Alguns dos compositores fazem samba enredo, outros gravam, outros
não. Mas ninguém vive de musica”, conta Roxinho, um dos vários sambistas que perderam a sua grande
voz com a morte de Bezerra. “Ele gravava a gente, mas também não deixava que a gente gravasse com
outros, era muito ciumento. Hoje em dia, alguns dos compositores estão sendo gravados pelo Marçal,
pelo Reinaldo... A rapaziada vai tentando.”
Ao longo do tempo, algumas baixas aconteceram no elenco de Onde a Coruja Dorme. O ex-policial
Popular P (do “Malandragem” e “Vovó D’Angola”) foi o primeiro – e a ele foi dedicada a primeira versão
do filme. Seguiram-no 1000tinho (que, alem da “Sogra”, ainda assina “Os Direitos do Otário”), Moacyr
Bombeiro (do “Malandragem” e “Vovó D’Angola”), Edson Show (de “Fofoqueiro é a Imagem do Cão”) e o
carteiro Claudinho Inspiração, criador de clássicos como “Bicho Feroz” (com Tonho), “Ele Cagueta com
o Dedão do Pé” (com Pinga e Zaba) e “Ressuscita Ele” (com Evandro Galo). O bombeiro Pedro Butina
(compositor do “Candidato Caô Caô”, com Walter Meninão), por sua vez, recupera-se em Nilópolis de
um derrame.
Entre os que seguem firmes, junto com Adelzonilton e Roxinho, nas rodas de samba de Mesquita e
arredores, estão o bombeiro hidráulico Pinga (co-autor de “Quem Usa Antena é Televisão”, “Foi o Dr.
Delegado Que Disse” e “Nunca Vi Ninguém Dar Dois em Nada”) e Tião Miranda (da “Sogra” e da
“Semente”), que infelizmente deixou de lado o seu visionário trabalho com refrigeração e hoje atua no
ramo das quentinhas.
TV Zero
Um dos lideres no segmento dos documentários musicais, com seus longas-metragens sobre Wilson
Simonal (Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei, de Claudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer) e
sobre Herbert Vianna (Herbert de Perto, de Roberto Berliner e Pedro Bronz), a produtora esteve ligada
desde o início a Onde a Coruja Dorme – as câmeras com que Marcia e Simplício gravaram as
entrevistas nos anos de 1999 e 2000 foram cedidas pela TV Zero. Ao longo do processo de formatação
do longa-metragem, a produtora entrou no edital de finalização da Ancine, que possibilitou a realização
de uma copia em 35mm da versão de 70 minutos do filme. Agora, investe no lançamento nos cinemas
do documentário.
O Filme na rede
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Site oficial - https://www.ondeacorujadorme.com.br
Trailer Facebook - https://www.facebook.com/OndeACorujaDorme
Twitter TvZERO - http://www.tvzero.com/projeto/onde-a-coruja-dorme
Curta-metragem Onde a Coruja Dorme - http://www.tvzero.com/projeto-video/onde-a-corujadorme/124
Distribuição
A Riofilme, junto com a TvZERO, está encarregada da distribuição do filme. O lançamento está previsto
para o dia 13 de Abril nos cinemas.
RioFilme
O objetivo central da RioFilme é consolidar o Rio de Janeiro como o principal centro de audiovisual da
América Latina. Sua atuação é avaliada anualmente pela Prefeitura com base em Acordo de Resultados
firmado em 2009 e renovado em 2011, que estabelece um conjunto de seis metas de desempenho.
A RioFilme realiza investimentos reembolsáveis, nos quais adquire uma participação nas receitas
futuras dos projetos, e não-reembolsáveis, em que não há resultado financeiro para a empresa. Os
projetos a serem investidos são selecionados em função do potencial de retorno, que pode ser
financeiro, social e/ou cultural.
O Rio de Janeiro é atualmente a capital brasileira que mais investe em audiovisual. De 2009 a 2011 a
Prefeitura investiu, por meio da RioFilme e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, cerca de R$ 60
milhões em 170 projetos de filmes, festivais, prêmios e difusão. Em 2012 a RioFilme investirá mais R$
25 milhões.
Em 19 anos de atuação, a RioFilme tem desempenhado papel fundamental no processo de crescimento
do cinema brasileiro empreendido a partir dos anos 90. Ao longo deste período investiu no
desenvolvimento, na produção e no lançamento de cerca de 250 longas-metragens, e na produção de
mais de 100 curtas.
Revitalizada em 2009, recebeu mais recursos e mudou o seu perfil. Passou a priorizar o investimento
em filmes capazes de combinar valor comercial e artístico, procurando recuperar (e reinvestir) os
recursos aportados. Assim, a capacidade de investimento da empresa foi ampliada e os resultados
tornaram-se mais expressivos.
Patrocínio
Este filme foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural.
Apoio da Ancine - Prêmio Adicional de Renda.
Ficha Técnica
ONDE A CORUJA DORME
2010 | 01:12:00
Direção Simplício Neto, Márcia Derraik
Produção executiva Rodrigo Letier, Roberto Berliner e Marcia Derraik
Coordenação de produção Lorena Bondarovsky
Direção de fotografia Mauro Pinheiro Jr. ABC
Som Pedro Moreira / Luis Eduardo "Boom"
Edição Leonardo Domingues
Edição de som e mixagem Denilson Campos | Soloaudio
Produção TvZERO e Antenna
Co-produção Teleimage
Distribuição Riofilme
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