Análise da produção científica dos pesquisadores/docentes em Ciência da Informação nos periódicos Brasileiros nos últimos nove anos1
Júlio Vitor Rodrigues de Castro (UFMG)
Marlene de Oliveira (UFMG)
Resumo: Análise da produção científica veiculada pelos pesquisadores ligados aos Programas de PósGraduação em Ciência da Informação - PPGCI´s, no Brasil, por um período de nove anos (1998 a
2006).O objetivo da pesquisa é identificar os pesquisadores, suas tendências temáticas, caracterizar os
artigos oriundos de investigação científica e aspectos de co-autoria.Os resultados apontam 137 pesquisadores abrigados em PPGCI´s que produziram 909 artigos divulgados em revistas científicas, no
período estudado. Desse total 400 artigos foram publicados em periódicos específicos da área.
Palavras-chave: Produção científica. Pesquisadores. Ciência da Informação. Artigos científicos.
Abstract: This paper presents an analysis of research in Information Science by Brazilian Graduate
Programs from 1998 to 2006. The objective is to identify researchers, topics studied, characteristics of
the articles and co-authorship patterns. Results show 137 researchers in information science graduate
programs who published 909 articles in scientific journals in the period under study. From these, 400
articles were published in information science journals.
Key Words: Scientific production. Researchers. Information Science. Scientific papers.
1
Comunicação oral apresentada ao GT-07 - Produção e Comunicação da Informação em CT&I.
1
1 Introdução
Há um consenso entre os pesquisadores brasileiros de que uma área da Ciência para desenvolver-se necessita de mecanismos eficazes de socialização e reprodução da ciência. Segundo
Franken (1978) entende-se entre tais mecanismos: as revistas científicas e os encontros científicos. Nesse sentido deduz-se que a prática da ciência envolve três elementos indispensáveis
ao seu desenvolvimento:
a) Instituições fortes e estáveis para abrigar os grupos de pesquisa, o que demanda recursos;
b) Recursos humanos qualificados para exercer a atividade; e
c) Canais de comunicação para fluir a produção científica.
A Ciência da Informação (CI), tem pesquisado sistemas de comunicação em diferentes áreas
do conhecimento. Um dos precursores de pesquisa deste tema foi Garvey (1979), que trouxe
muitas contribuições para a compreensão do processo de comunicação científica. O autor caracterizou o sistema em duas dimensões, uma informal e outra formal. A comunicação formal
representa a parte visível do sistema de comunicação científica que se apresenta na forma de
artigos de publicados em periódicos científicos, livros, coletâneas e outros. A literatura da
área mostra que pesquisadores da CI tem desenvolvido estudos de produção científica em
muitas áreas e subáreas do conhecimento, inclusive da produção da mesma área, veiculada em
periódicos científicos, dissertações e teses etc.
1.1 Problema e justificativa
No Brasil, tenta-se há algumas décadas traçar um mapa sobre o desenvolvimento da pesquisa
em CI, contudo não se conseguiu ainda fazer uma síntese dessa trajetória. Conforme Oliveira
(1998), Miranda e Barreto (2000) a pesquisa na área mostra-se fragmentada e dispersa o que
dificulta a síntese do conhecimento produzido. Alguns estudos apresentam resultados parciais,
de origens institucionais, sem uma preocupação com a continuidade e regularidade da investigação. Muitas dificuldades em sintetizar tais estudos estão ligadas à própria estrutura da Ciência da Informação que é diferente de outras áreas mais consolidadas. Sua estrutura é dividida
em diversas subdisciplinas conforme Pinheiro e Loureiro (1995). Por outro lado, Saracevic
(1999) percebe a estrutura da CI dividida em duas grandes áreas ou subdisciplinas, cada uma
com suas subáreas ou especialidades. Ele visualiza o mapa da Ciência da Informação como
uma elipse onde os autores estão distribuídos conforme suas conexões. Para ilustrar essa idéia
o autor usa a metáfora de White;McCain (1998)
As things turn out, Information Science looks rather like Austrália: Heavily coastal in its development, with a sparsely settled interior. Saracevic
(1999, p. 1055).
As diferentes visões da estrutura da área ocasionaram a elaboração de diferentes taxonomias e
mapas o que dificulta a seleção de instrumentos adequados para estudá-la.
Parte daí as indagações deste estudo: como os pesquisadores da CI expressam sua produção
científica? Quais são suas preferências temáticas? Quais as contribuições de tais pesquisas
para o avanço da área? Justifica-se portanto, uma análise da produção científica da área, principalmente dos pesquisadores ligados aos programas de pós-graduação onde, acredita-se concentrar a maior parte das pesquisas realizadas no Brasil.
O objetivo desta pesquisa é analisar a produção científica brasileira dos pesquisadores abrigados nos PPGCI’s, divulgada em periódicos científicos. Identificar os pesquisadores, suas ten2
dências temáticas e aspectos de co-autoria. Pretende-se também verificar o tipo de contribuição das pesquisas para o avanço da Ciência da Informação.
Neste sentido selecionou-se a produção científica dos pesquisadores dos Programas da Ciência da Informação. Parte-se também da idéia de que grande parte das pesquisas realizadas é
disseminada em periódicos científicos. Optou-se então pelos periódicos nacionais listados na
base de dados Qualis da CAPES para coleta de informações sobre a publicação de resultados
de pesquisas. A escolha do período de abrangência do estudo deve-se ao fato de corresponder
a três avaliações da CAPES, ou seja, nove anos.
2 Referencial teórico
Qualquer abordagem sobre a ciência implica em alguns entendimentos sobre o que vem a ser
ciência buscando compreendê-la em suas peculiaridades, notadamente por se tratar de um
campo de atividades especiais, que no caso é a pesquisa científica. Procurou-se relacionar
ciência, investigação científica, comunicação científica. Além disso, busca - se também a relação da produção científica considerada como resultado do processo da atividade científica,
com a comunicação científica que se manifesta por meio dos canais formais e informais.
2.1 Atividade científica
Em um entendimento mais simples pode-se conceituar Ciência como saber, ou ainda, como
um conjunto de conhecimentos adquiridos e produzidos socialmente. No entanto, o uso comum da palavra ciência é especificamente para aquele tipo de conhecimento que é estruturado
com métodos, teorias e linguagens próprias.
Ziman (1979, p.24), entende a ciência como conhecimento e afirma que “o objetivo da Ciência não é apenas adquirir informação, nem enunciar postulados indiscutíveis; sua meta é alcançar um consenso de opinião racional que abranja o mais vasto campo possível”. É eminentemente uma atividade social. Uma vez que aborda o aspecto público da ciência, ela é por
conseqüência moldada e determinada pelas relações sociais entre os indivíduos. O autor argumenta que a ciência se expressa na publicação e usa a expressão ciência como “Conhecimento Público”, ainda aprofunda quando considera que.
a ciência não significa simplesmente conhecimentos ou informações publicadas. [...]
O conhecimento científico é mais do que isso. Seus fatos e teorias têm de passar por
um crivo, por uma fase de análises críticas e de provas, realizadas por outros indivíduos competentes e desinteressados, os quais deverão determinar se eles são bastante convincentes para que possam ser universalmente aceitos (ZIMAN, 1979, p. 24).
O Filósofo Bumge (1980, p. 41), diz que:
A ciência de um determinado período pode ser considerada tanto um sistema conceitual, como um sistema concreto. No primeiro caso, considera-se a ciência como um
sistema de dados, hipóteses, teorias e técnicas, e no segundo, como um sistema
composto de pesquisadores, seus auxiliares e suas equipes de pesquisa (instrumentos, livros, etc.). Em ambos os casos, a palavra ‘sistema’ evoca a idéia de que, longe
de ser um mero conjunto ou aglomerado, a ciência é um objeto complexo, composto
por unidades independentes.
Os autores estudados deixam subentendido a idéia de que o processo de construção da ciência
não está acabado, a ciência está sempre em desenvolvimento, o estudo dessas atividades mostra que é uma atividade singular e com muitas peculiaridades. Seus estudiosos trazem diferentes focos e visões.
3
Segundo o Manual Frascatti publicado pela OCDE, as Atividades Científicas e Tecnológicas
(ACT) compreendem “atividades sistemáticas estreitamente relacionadas com a produção,
promoção, difusão e aplicação dos conhecimentos científicos e técnicos em todos os campos
da ciência e tecnologia”. A Pesquisa e Desenvolvimento Experimental (P&D) é um componente das ACT e “compreende o trabalho criativo levado a cabo de forma sistemática para
aumentar o volume dos conhecimentos, incluído o conhecimento do homem, da cultura e da
sociedade, e o uso desses conhecimentos para derivar novas aplicações”.
Por sua vez Zimam (1979) aponta que o verdadeiro objetivo da pesquisa cientifica é contribuir para o consenso do conhecimento universalmente aceito. O autor também a considera como
uma atividade eminentemente social e uma atividade primordial para as descobertas científicas, que permite a produção do conhecimento original.
2.2 Algumas características da atividade científica
Robert Merton é considerado o primeiro autor a separar e discutir a sociologia da ciência diferenciando-a da sociologia clássica. Como autor positivista ele estudou a atividade científica
em uma visão “internalista”, isto é, a ciência sendo explicada por seus mecanismos internos.
(ZARUR, 1994).
Merton apresenta a noção de uma comunidade que não é delimitada territorialmente, mas
definida por um sistema de interação social. “A comunicação entre os indivíduos teria a função de controle social para o exercício das normas.” (ZARUR, 1994, p. 24). Conforme o autor
a comunidade científica de cada área exige o cumprimento de normas e valores por parte dos
iniciantes.
Ainda segundo Zarur (1994), estes procedimentos são entendidos como metodológicos para
garantir a neutralidade que considera indispensável. As normas identificadas por Merton, nas
atividades científicas são: a) Universalismo – as reivindicações da verdade são sujeitas a critérios impessoais pré-estabelecidos; b) Desinteresse – integridade, medida pela suposta baixa
incidência de fraude e pelo comportamento “correto” dos cientistas; c) Ceticismo Organizado,
Racionalismo – mecanismo metodológico e institucional. Reivindicações de verdade devem
ser provadas; d) Comunismo - Propriedade coletiva do conhecimento que se produz e que se
usa. A recompensa do cientista seria a estima e o reconhecimento.
Posteriormente Merton identificou mais duas normas: a) Originalidade - (Auto evidente); b)
Humildade - Posição de modéstia do cientista frente aos colegas cientistas. Esta norma estaria
em contradição com o da originalidade (ZARUR, 1994, p. 25).
Os estudos de Merton foram criticados, uma vez que ele partiu de uma visão interna da ciência, sem considerar contextos sociais, econômicos, culturais e outros. Mais tarde outros autores construíram outros focos e pesquisaram considerando tais contextos. Entre eles cita-se
Knorr-Cetina (1981), Latour e Woolgar (1979) e Collins (1982).
2.3 Produção científica
Para Alvarenga (2000, p. 123), os estudos a respeito da produção e comunicação científica,
podem ser ainda considerados incipientes, mesmo considerando que a produção específica
neste assunto tem crescido consideravelmente. A autora pontua “não se tem notícia de que o
conhecimento produzido a respeito da realidade nacional esteja sendo devidamente utilizado
4
para o planejamento de políticas de fomento e desenvolvimento das áreas da ciência e da tecnologia no País” (ALVARENGA, 2000, p. 123). Percebe-se então uma possível fragilidade
no uso dos resultados das pesquisas por parte das Instituições ou Governos que fomentam as
pesquisas nacionais.
Para Silva et al. (2006, p. 172), a produção científica não se compõe apenas da realização da
pesquisa, “mas principalmente pela comunicação dos resultados desta pesquisa” para alcançar
o consenso. Outros autores como Ziman (1979) e Meadows (1999), também consideram a
publicação cientifica como instrumento para se atingir o consenso entre os pesquisadores.
O autor Coelho (2001 apud DANUELLO; GUIMARÃES, 2005, p. 158), considera a produção científica como um importante indicador de competência, internacionalmente reconhecido, compreendendo o “trabalho original publicado em uma revista considerada de boa qualidade pela comunidade científica”. Castro (1985, p. 1 apud DANUELLO; GUIMARÃES,
2005, p. 158), considera:
[...] a produção científica como algo tangível, que pode ser avaliado e contado, pois
perde o sentido a atividade científica cujo desenvolvimento e resultados não são
descritos e comunicados, já que as instituições de pesquisa e os pesquisadores atuais
são julgados pelo que conseguem apresentar por escrito. Desse modo, avaliar o número de publicações de determinada área, instituição ou pesquisador, é medir sua
produção científica.
No glossário da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) a expressão é definida como: “cotejamento (reunião e análise) de toda literatura [científica] acerca de um tema ou de um autor específico para fins de análise usualmente quantitativa”. Este conceito generaliza e amplia a definição de produção científica.
Desta forma, publicar os resultados das pesquisas torna-se uma norma. Recentemente, Hahn
(2008) vem confirmar o pensamento de que publicar os resultados de pesquisa é uma norma
imposta pela comunidade científica como um todo. Neste sentido os pesquisadores brasileiros
precisam de apoio das instituições de fomento para formalizar seus resultados de pesquisa. No
Brasil o fomento é maior para as atividades de investigação e menor para as revistas científicas e publicações de livros. (POBLACION; OLIVEIRA, 2006).
2.4 A comunicação científica como dimensão da atividade científica
O processo de comunicação é considerado como a essência da atividade científica e engloba
todo o processo de construção da investigação, desde as etapas iniciais até o momento em
que o estudo poderá vir a ser citado por outro pesquisador. Conforme a representação na figura 1.
No momento em que o pesquisador obtém um novo conhecimento precisa comunicá-lo aos
seus pares. Desta forma, os processos de comunicação desempenham papel essencial para o
reconhecimento do conhecimento produzido por meio da ampla difusão que o processo de
comunicação cientifica pode permitir.
Para Alvarenga (2000, p. 123), “os resultados de pesquisas, que têm por objeto a comunicação
científica, podem ser vistos como subsídios para os estudos epistemológicos e arqueológicos
no conhecimento de campos disciplinares constantes do sistema dos saberes”. Desta forma o
estudo da comunicação científica pode, também, se revelar importante para estudos sobre os
processos de construção de conhecimento de um dado campo científico.
5
Figura 1 – Processo de comunicação cientifica dentro da atividade cientifica.
2.5 Tipos de comunicação (canais formais e informais)
Conforme a literatura da área, a comunicação científica se manifesta por meio dos canais,
formais e informais. Os canais informais se caracterizam por um tipo de comunicação de caráter mais pessoal, com acesso limitado e tiragem muito pequena. No início da atividade científica, se concentrava em cartas e na atualidade são muitos os meios de comunicação informal,
tais como congressos (Anais), reuniões de pesquisadores, e-mails, telefonemas dentre outros.
Já os canais formais, são caracterizados por uma comunicação de maior abrangência, com
grande tiragem, e se concentram acentuadamente em livros e periódicos.
Uma característica importante do processo de comunicação formal nos periódicos científicos
é a autenticidade e pode ser indicada também como uma segurança, pois para Zimam (1979,
p. 124), “o artigo publicado numa revista conceituada não representa apenas a opinião do autor; leva também o selo de autenticidade científica através do imprimatur dado pelo editor e
os examinadores que ele possa ter consultado”. Visto assim a publicação é vista como ícone
de legitimação e reconhecimento dos pares.
O mesmo autor considera de grande importância resultados das pesquisas serem comunicados aos seus pares bem como, estarem abertos para receber uma avaliação crítica. Zimam
(1979) afirma ainda que: “deixar de publicar o que por direito pertence ao consenso é um crime contra a Ciência, que só pode ser justificado pelas exigências de um sistema social cujos
fins sejam outros”. Nesta afirmativa, parece que o autor possa estar se referindo a algum autor
que visa o produto técnico ou tecnológico.
3 A pesquisa científica em Ciência da Informação no Brasil
O estudo da pesquisa na Ciência da Informação ainda é incipiente tanto no Brasil quanto no
exterior. No Brasil como já foi mencionado tais estudos não tem mostrado muita consistência
por falta de continuidade. São pesquisas isoladas, temas de dissertações e teses tendo como
objeto a produção de uma instituição, estudos que não levam a sistematização. Espera-se contudo, que, com os grupos de trabalho da Associação Nacional de Pesquisa em Ciência da In6
formação (ANCIB) tais pesquisas possam trazer melhores contribuições para a área. São poucos os estudos sobre o campo, a pesquisa e produção da Ciência da Informação.
Um dos primeiros estudos sobre o entendimento da investigação científica da área foi realizado por Oliveira (1998) que analisou os projetos e resultados de pesquisa na área, financiada
pelo CNPq, no período de 1984 a 1993. Os resultados apontam a fragilidade teórica da área,
critica as metodologias utilizadas e aponta a fragmentação da pesquisa.
Para Pinheiro e Loureiro (1995), a CI em sua evolução “tem estimulado discussões que vão
desde o seu estatuto e autonomia científicos, passando pelo objeto de estudo, a informação,
problemas terminológicos, até suas conexões interdisciplinares.” De acordo com Oliveira
(1998), a Ciência da informação vem lutando para consolidar-se como campo de pesquisa.
Para isso tenta manter e criar novos programas de pós-graduação, revistas científicas e sociedades científicas.
Gomes (2006) constata que na realidade brasileira existe “reduzido número de trabalhos que
têm como objeto de análise o conhecimento produzido na área”contudo, tais estudos trazem
bons indicadores das pesquisas e apontam suas possíveis fragilidades teóricas e metodológicas. Tal situação acaba permitindo a área, ter uma ampla visão das características das suas
pesquisas, possibilitando assim, uma reflexão das suas práticas e possibilidade de propor políticas para melhorar tal cenário.
4 O periódico científico
Para Garvey (1979, p. 69), “o artigo científico é, e permanecerá por algum tempo, vital para a
comunidade cientifica. Ele é a unidade básica do periódico científico o qual abastece o sistema formal, público, e regulamenta a comunicação entre os cientistas.”1 Segundo o mesmo
autor,
a regularidade dos periódicos está fundamentada na seleção dos seus artigos, fundamentados nos princípios do mérito científico: pesquisa informada está perfeitamente
organizada; seus resultados são relevantes para o progresso científico no sentido que
eles têm nitidamente continuidade em relação ao trabalho e predizer o progresso futuro das pesquisas da frente de pesquisa.2
Ziman (1976) ainda afirma que o periódico científico cumpre funções que permitem ascensão
do cientista para efeito de promoção, reconhecimento e conquista de poder em seu meio.
Dentre as múltiplas funções do periódico científico destaca-se: a) comunicação do conhecimento científico; b) transformação da produção científica em ‘conhecimento público’; c) divulgação dos resultados de pesquisas; d) fonte de informação e material de pesquisa; e) dar
visibilidade ao cientista para efeito de promoção, reconhecimento e conquista de ‘poder’ em
seu meio; f) memória e arquivo do conhecimento; g) instrumento responsável pela comunicação entre membros de comunidades científicas; e h) formalização e legitimação do conhecimento.
No Brasil a edição do primeiro periódico científico surgiu na década de setenta com a criação
da Revista Ciência da Informação publicada pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação, hoje Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT. A partir
dessa década outros periódicos foram criados e hoje a área conta revistas específicas, multi7
disciplinares e publicam também em periódicos de áreas correlatas como Educação, Comunicação Social e outras. Na base de dados Qualis, da Capes estão indexados 14 periódicos nacionais indexados com conceitos A, B, e C. Sendo eles: Ciência da Informação; Transinformação; Encontros Bibli; Perspectiva em Ciência da Informação; DataGramaZero; Em questão; Informação & Sociedade. Estudos; Revista ACB; Revista Brasileira de Biblioteconomia e
Documentação; Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação; InTexto; Informação & Informação; Liinc em revista; Revista de Biblioteconomia de Brasília.3
5 Procedimentos metodológicos
Trata-se de uma pesquisa descritiva para analisar os resultados de pesquisas veiculados por
meio das revistas científicas.
5.1 Instrumentos de coleta dos dados.
Para a identificação dos pesquisadores/docentes foram utilizadas fontes primárias como documentos disponibilizados no portal da Capes onde consta a relação dos Programas de PósGraduação em Ciência da Informação. Por meio desta relação foi possível identificar os sites
dos Programas de Pós-Graduação e seus pesquisadores. A produção científica de cada pesquisador foi verificada por meio dos currículos cadastrados na Plataforma Lattes( CNPq). Foram
selecionadas apenas publicações na forma de artigo, publicados nos periódicos científicos
selecionados para este estudo, constantes da base de dados Qualis da CAPES. Nesta etapa, a
produção científica detectada foi organizada em uma base de dados, levando em consideração
o ano em que o Pesquisador/Docente finalizou o doutorado e o ano em que ingressa no
PPGCI.
5.2 Instrumentos de análise dos dados
Os dados e informações coletadas serão analisados inicialmente por meio de procedimentos
bibliométricos, mas qualitativamente conforme as categorias:
perfil do pesquisador;
tema da pesquisa;
caracterização dos artigos;
tipo de contribuição para a ciência da informação.
Os artigos serão examinados conforme a origem da publicação como:
resultados de pesquisa: 1- em desenvolvimento; 2- fase final;
fruto de orientação; e
revisão de literatura.
6 Resultados Parciais e discussão
Acredita-se que os pesquisadores ligados aos Programas de Pós-Graduação são responsáveis
pela maior parte dos artigos publicados nas revistas da área. A partir desse pressuposto identificou-se o número de artigos científicos produzidos pelos pesquisadores, filtrando os artigos
que foram publicados nos 14 periódicos listados na base de dados Qualis da Capes, selecionados para a análise.
A Tabela 1 distribui o número de pesquisadores por programas de Pós-Graduação em Ciência
da Informação.
8
Tabela 1 – Número de Pesquisadores Doutores em atividade por PPGCI e
conceito da Capes (1998-2006)
Curso Pesquisadores Dou- %
Instituições
tores
MeD
13,
Universidade de Brasília - UNB
19
8
MeD
11,
Universidade de São Paulo - USP
16
6
M
11,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
16
6
MeD
12,
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
18
3
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecno- M e D
7,2
logia - IBICT
10
M
7,2
Universidade Federal da Bahia - UFBA
10
M
8,0
Universidade Federal da Paraíba - UFPB
11
M
8,7
Univers. do Estado de São Paulo - UNESP
12
Pontifícia Universidade Católica de Campinas –
M
4,3
PUCCAMP
6
M
8,7
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
12
MeD
5,8
Universidade Federal Fluminense – UFF/IBICT
8
100
Total
137
* M e D = Mestrado e Doutorado.
Observa-se que o programa de pós-graduação da USP, um dos mais antigos na área, era dedicado à Comunicação Social, contudo, durante algumas décadas manteve uma área de concentração em Ciência da Informação e Biblioteconomia onde se doutorou grande parte dos pesquisadores ligados hoje, aos PPGCI´s.
O Programa da UFRGS contempla também a Comunicação Social, mas, oferece oportunidades aos demandantes de mestrado em Ciência da informação uma vez que possuem em seus
quadros doutores da CI. Apesar de contar com um corpo docente maior que outros programas
mais antigos, grande parte dos pesquisadores resolvem problemas da Comunicação Social.
Os pesquisadores do IBICT estão duplamente contados no quadro uma vez que no período
estudado encerraram um convênio com a ECO/UFRJ e iniciaram outro com a Universidade
Federal Fluminense. Cabe salientar todavia, que a produção de cada pesquisador será contabilizada apenas uma vez.
O Programa da UNB destaca-se pelo fato de abrigar o maior corpo docente entre os programas, conta com 19 pesquisadores. Em segundo lugar está o Programa da UFMG com 18 pesquisadores. Os Programas da USP e UFRGS contam com 16 pesquisadores, a UNESP e
UFSC apresentam apenas 12 pesquisadores. A UFPB, atualmente abriga 11 pesquisadores, o
IBICT e UFBA apresentam 10 pesquisadores, UFF consta com oito pesquisadores e
PUCCAMP com seis pesquisadores. Observa-se que os cursos mais consolidados contam com
um maior número de pesquisadores o que é uma trajetória natural no caminho de consolidação da Ciência da Informação. Contudo, dois programas ainda enfrentam limitações. O curso
de mestrado da UFPB ficou algum tempo sem financiamento da CAPES e retornou ao sistema
9
em 2006. A PUCCAMP está vivenciando a mesma experiência da UFPB uma vez que não
obteve a nota três na ultima avaliação da CAPES.
Após a identificação dos pesquisadores, buscou-se na Plataforma Lattes, os currículos dos
pesquisadores identificados para levantar o número de artigos publicados. Só foram contabilizados os artigos que foram divulgados após o termino do doutorado e a confirmação de vínculo do pesquisador no PPGCI. (TABELA 2).
Tabela 2 – Artigos publicados pelos pesquisadores e artigos publicados nos
periódicos da área (1998-2006)
Instituição
UNB
USP
UFRGS
UFMG
IBICT
UFBA
UFPB
UNESP
PUCCMAP
UFSC
UFF
TOTAL
Artigos Publicados
(1998-2006)
138
131
102
99
98
96
64
54
46
43
38
Art. Publicados nos
periódicos da área
65
42
24
63
59
24
26
27
25
30
15
909
400
Art. Publicados em
periódicos diversos
73
89
78
36
39
72
38
27
21
13
23
509
A produção de artigos confirma a observação anterior de que os cursos mais consolidados
possuem um quadro maior de pesquisadores e uma produção científica também notável. Cabe
novamente explicar que a produção do corpo docente do programa da UFRGS incluiu os pesquisadores da Comunicação social. Nessa primeira contagem não foi possível filtrar e separar
os docentes que estão mais próximos da Ciência da Informação, que estejam vinculados a
linhas de pesquisas mais focadas na informação.
Percebe-se uma produção de artigos científicos considerável, contudo, o número de artigos
publicados em periódicos específicos da área, por muitos Programas de Pós, não representa a
metade dos artigos publicados. A UNB produziu 138 artigos nos últimos nove anos, dos quais
65 artigos foram publicados em periódicos da área. A USP produziu 131 artigos, divulgando
apenas 42 artigos em revistas da CI. A UFRGS produziu 102 artigos, publicando apenas 24
artigos em periódicos específicos, porém esta instituição tem seu Programa de Pós Graduação
na área de Comunicação e Informação, o que dá indícios que a publicação dos artigos dos
pesquisadores se concentra também nos periódicos da área de comunicação. A UFMG publicou 99 artigos, sendo 63 destes, publicados nos periódicos da área. O IBICT publicou 98 artigos, publicando 59 artigos nos periódicos da área. Percebe-se uma aproximação da UFMG e
IBICT no que diz respeito ao número de artigos publicados nos periódicos da área. A UFBA
produziu 96 artigos, publicando apenas 24 nos periódicos da área. A UFPB produziu 64 artigos, publicando apenas 26 nos periódicos da área. A UNESP, produziu 54 artigos, publicando
27 em periódicos da área, o que representa a metade da sua produção. A PUCCAMP produziu
10
46, sendo que 25 publicados nos periódicos da área. A UFSC chama a atenção, pois o seu
PPGCI, mesmo com uma produção cientifica ainda incipiente, com 43 artigos publicados, 30
destes foram divulgados em periódicos da área, parecendo assim apresentar maior concentração na publicação dos artigos científicos, onde apenas 13 artigos foram publicados em outros
periódicos. A UFF produziu 38 artigos, e apenas 15 publicados nos periódicos da área. No
âmbito geral, destaca-se nesta tabela que 909 artigos foram publicados neste período, sendo
que apenas 400 foram publicados em periódicos específicos e significativos na área. Isso conduz a algumas indagações como: os pesquisadores da CI estão trabalhando mais nas questões
fronteiriças da área? O número de pesquisadores que se concentram no core da área é suficiente para conduzi-la a um novo patamar de desenvolvimento científico?
O Gráfico abaixo traz a representação da Tabela 2, para melhor representação dos dados.
Gráfico 1 – Distribuição dos artigos publicados em periódicos específicos e em
periódicos periféricos da área (1998-2006)
A Tabela 3 apresenta a média de artigos publicados nos periódicos da área pelos pesquisadores dos Programas de Pós-Graduação no período estudado (1998-2006). Os resultados mostram a produção científica dos pesquisadores no que se refere aos artigos de periódicos científicos publicados nas revistas da CI e em outras revistas periféricas ou consideradas interdisciplinares. Essa visualização também reforça a indagação sobre as temáticas a que os pesquisadores se dedicam, elas estão contribuindo para o avanço da área?
11
Tabela 3 – Média de Artigos publicados nos periódicos da área por pesquisadores
nos nove anos (1998-2006)
Instituição
UNB
USP
UFRGS
UFMG
IBICT
UFBA
UFPB
UNESP
PUCCMAP
UFSC
UFF
TOTAL
Pesquisadores
Doutores
19
16
16
17
10
10
11
12
6
12
8
137
Media de artigo por
pesquisador no períArt. Publicados nos
periódicos da área
odo
65
3,4
42
2,6
24
1,5
63
3,7
59
5,9
24
2,4
26
2,4
27
2,3
25
4,2
30
2,5
15
1,9
2,9
400
Visto que o recorte temporal é de nove anos e observando os dados da Tabela 3, verifica-se
que a produção de artigos científicos nos periódicos da área está aquém das exigências da
CAPES. O IBICT com 10 pesquisadores apresenta a média de 5,9 artigos por pesquisador, no
período estudado.Torna-se relevante considerar que seis pesquisadores do IBICT contam com
bolsa de produtividade em pesquisa do CNPq e o vínculo institucional de cinco pesquisadores
datam da década de 80. Isto dá indicio de um grupo de pesquisadores já consolidado e que
conhecem bem a área da CI. A PUCCAMP também aparece acima da média com 4,2 artigos
publicados, mas sua produção nos periódicos da área não se destaca junto aos outros programas, o que é surpreendente, pois a criação do Programa data de 1977. A UFMG apresenta
media de 3,7 artigos, sendo que este programa conta com 18 pesquisadores. No entanto é relevante ressaltar que 10 destes pesquisadores ingressaram no PPGCI no período de 2000 a
2006 o que equilibra sua produção em relação a outros programas iniciados na mesma década.
12
Tabela 4 – Publicação dos Pesquisadores-Doutores nos periódicos pro triênio
Periódicos
DataGramaZero
Ciência da Informação
Informação & Sociedade
Perspectivas em Ciência da Informação
Transinformação
Encontros Bibli
Rev. de Biblioteconomia de Brasília
Rev. Digital de Biblioteconomia e CI
Em Questão
InTexto
Revista ACB
Informação & Informação
Liinc em Revista
Rev. Bras. de Biblioteconomia e Documentação
Total
1º Triênio
(1998-2000)
9
16
7
11
6
1
20
0
0
2
0
1
0
3
76
2º Triênio
(2001-2003)
37
21
18
15
17
6
4
3
4
0
0
0
0
0
125
3º Triênio
(2004-2006) Total
37
83
32
69
27
52
24
50
24
47
25
32
1
25
7
10
4
8
4
6
6
6
3
4
4
4
1
4
199 400
Percebe-se que a produção de artigos tem se desenvolvido em um movimento crescente. No
primeiro triênio 76 artigos foram publicados em 9 periódicos da área, observa-se que no segundo triênio foram produzidos 125 artigos também em 9 periódicos, nota-se uma diferença
de 49 artigos do segundo triênio para o primeiro. No terceiro triênio foram publicados 199
artigos em 14 periódicos e a diferença com o terceiro triênio foi de 74 artigos. È importante
verificar o aumento de periódicos da Ciência da Informação o que pode ser um indicativo
importante de consolidação da área. Destacam-se nos três triênios, 5 periódicos Qualis A (Ciência da Informação, DataGramaZero, Informação e Sociedade, Perspectivas em Ciência da
Informação e Transinformação). Nota-se que há uma preocupação dos pesquisadores em publicarem nos periódicos Qualis A, o que já tem sido constatado por outros pesquisadores.
13
Tabela 5 – Média de publicação de artigos por ano por Programa
Produção dos Programas por Ano
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Qtd
Média
UNB
6
3
21
8
6
5
4
4
8
65
7,2
USP
2
3
1
6
8
4
6
2
10
42
4,7
UFRGS
1
0
1
0
0
5
2
4
11
24
2,7
UFMG
3
0
8
11
5
11
4
8
13
63
7,0
IBICT
6
5
8
2
4
11
9
8
6
59
6,6
UFBA
0
0
0
1
1
2
3
5
12
24
3,0
UFPB
0
2
2
4
0
3
2
1
12
26
3,3
UNESP
0
0
0
0
3
4
4
9
7
27
3,0
PUCCMAP
0
1
1
3
2
6
5
0
7
25
2,8
UFSC
0
0
0
1
4
4
5
6
10
30
3,3
UFF
1
0
1
0
0
1
5
2
5
15
1,7
Total
19
14
43
36
33
56
49
49
101
400
4,1
A Tabela 5 apresenta o número de artigos publicados nos periódicos da área por ano e a média
de publicação. Nota-se que a UNB e UFMG apresentam média mais alta de publicações por
ano. É preciso considerar, contudo, que tais programas apresentam maior número de docentes
em relação aos outros. O IBICT que conta com 10 pesquisadores e apresenta uma média de
6,6 artigos por ano, apresenta uma média razoável de artigo por ano. É preciso considerar
porem que é o programa pioneiro na área, no Brasil, com cerca de 30 anos de existência. É
interessante observar que as instituições que apresentaram a maior média de publicação oferecem cursos de mestrado e doutorado, com exceção da UFRGS que apresenta média inferior a
três artigos por ano, uma vez que o programa é dedicado a Comunicação e Informação sendo
sua ênfase em comunicação. O programa da UFF apresenta média inferior a dois artigos por
ano, talvez devido ao seu tempo de credenciamento.
10 Considerações finais
Os dados apresentados fazem parte de uma análise ligeira dos dados coletados até o momento.
Tais dados precisam ser filtrados e trabalhados com mais rigor. Conforme foi apresentada, a
produção dos pesquisadores da área mostra-se muito dispersa, onde apenas 400 artigos do
universo de 909, foram publicados nos periódicos da área. E isto, representa pouco para uma
área que busca consolidar-se como campo de pesquisa, considerado por estudiosos da área,
como campo emergente e que vem traçando sua trajetória para o amadurecimento
(MUELLER, SANTANA, 2003; POBLACION, 1997). Acredita-se que a publicação em periódicos específicos da CI pode contribuir mais e melhor para o desenvolvimento e consolida14
ção da área. Verificou-se também que uma vez que a produção científica é, em geral, resultados de pesquisas, os pesquisadores poderiam demandar mais fortemente financiamento para
suas pesquisas e assim aumentar a produção científica.
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1
They scientific article is, and Will remain for sometime, vital to the scientific community. It is the basic unit of
the scientific journal process which provides a system for formal, public, and orderly communication among
scientists.
2
The orderliness of journals is founded on their articles being selected on the basis of scientific merit, which
means that (a) the research reported is flawlessly conducted and (b) its results are relevant to scientific progress
in the sense that they have explicit continuity with previous work and foreshow the future course of work on the
research front.
3
O ultimo artigo publicado na Revista de Biblioteconomia de Brasília, que consta na pesquisa data de 2004, isto
nos traz indícios que a revista não está sendo mais editada ou está temporariamente sem publicações.
17
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2047 - Análise da produção científica dos pesquisadore