GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
DIRETORIA GERAL DE SAÚDE
3ª POLICLÍNICA - NITERÓI
OSTEOPOROSE
TENCEL JOSÉ
SUBDIRETOR – 3ª POLICLÍNICA
INTRODUÇÃO
A osteoporose é a perda progressiva e anormal
de massa óssea, que ocorre a partir dos 50
anos de idade, causando fraturas nas vértebras
(coluna), terço distal do rádio (antebraço),
fêmur (quadril) e úmero (braço). É considerada
um grave problema de saúde pública mundial e
uma das mais importantes doenças associadas
ao envelhecimento, afetando cerca de 30% das
mulheres e 10% dos homens nesta faixa de
idade.
FATORES DE RISCO
Fatores intrínsecos (não modificáveis) são:
• Sexo feminino – 1/4 mulheres com mais de 50 anos são
afetadas;
• Idade superior a 65 anos;
• Raças branca ou amarela têm maior risco (em especial
pessoas louras, ruivas ou orientais);
• História de fratura em familiares do 1º grau (mãe, pai e irmã
mais velha com osteoporose);
• Pequena estatura (altura);
• Magreza excessiva (abaixo de 50 kg).
FATORES DE RISCO EXTRÍNSECOS OU
MODIFICÁVEIS
• Menopausa precoce (antes dos 38 anos);
• Secreção diminuída ou ausente de hormônios dos ovários;
• Períodos prolongados de ausência de menstruação;
• Período prolongado na cama ou incapacidade de andar;
• Existência de doenças que alterem o metabolismo ósseo,
como doenças endócrinas, doenças reumáticas crônicas,
insuficiência renal, anorexia nervosa, mieloma múltiplo, entre
outras;
• Utilização por tempo prolongado de fármacos que provocam
diminuição da massa óssea, como corticosteróides, hidróxido de
alumínio, anticonvulsivantes, anticoagulantes, antidepressivos,
ansiolíticos e/ou anti-hipertensivos;
• Estilo de vida, como dieta pobre em cálcio, sedentarismo,
tabagismo, alcoolismo e consumo excessivo de cafeína.
TIPOS DE OSTEOPOROSE
. Pós-menopausa: A primeira compromete as mulheres na
época da menopausa, com aumento da reabsorção do osso
causada pela diminuição dos níveis de estrogênio (hormônio
feminino) no organismo.
. Senil acomete ambos os sexos e ocorre a partir dos 70 anos
de idade, sendo causada pelo desequilíbrio provocado pela
diminuição da absorção de cálcio pelo organismo.
. Secundário: menos de 5 % das pessoas padecem de
osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de
saúde ou por medicamentos).
Osteoporose secundária
. Endocrinopatias:diabetes, tireoideopatias, doença
de Cushing, hiperparatireoidismo, hipogonadismo
. Nutricionais: síndrome de má absorção,
hepatopatias, alcoolismo, pós cirurgia gástrica;
. Medicamentos: corticóides, hidantoinas,
fenobarbital, hidróxido de alumínio e heparina.
. Alteração do colágeno: osteogênese imperfecta,
síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers danlos.
. Outras causas: artrite reumatóide, mieloma,
metástases
DIAGNÓSTICO
. A osteoporose é o principal motivo de dor lombar em mulheres
no período da pós-menopausa;
. As radiografias simples podem sugerir a presença de
osteoporose, quando perdas ósseas são maiores do que 30%;
. A densitometria óssea – uma radiografia computadorizada que
mede a quantidade de massa óssea –possibilita o diagnóstico
de osteoporose de forma mais precisa e precoce, mesmo em
pacientes que nunca tenham sentido dores.
Indicações para a densitometria
óssea
. Mulheres em pós-menopausa ou acima de 50 anos de idade
. Homens acima de 60 anos de idade;
. Presença de fatores de risco importantes, como desnutrição,
amenorréia prolongada em mulheres jovens, história
familiar ou pessoal de fraturas, hiperparatireoidismo;
. Osteopenia radiológica
. Uso de corticóides ou citostáticos mais de 6 meses
. Monitorização do tratamento da osteopenia/osteoporose.
Valores de linha de corte sugeridos para o
diagnóstico com densitometria óssea
. Normal, T-Score até -1
. Osteopenia ou baixa massa óssea, T-Score variando de -1 a 2,5
. Osteoporose, T-Score abaixo de -2,5
. Osteoporose secundária, quando Z-Score tem valores abaixo
de -2, sendo necessário uma avaliação diagnóstica
complementar.
. Obs: T-Score é o desvio em relação ao pico de maturação
óssea;
. Z-Score é o desvio padrão em relação à variação na faixa
etária.
PREVENÇÃO
1 - Alimentação rica em cálcio e vitamina D
2- Alimentos e bebidas não recomendadas, pois aumentam o risco de
osteoporose:
. Alimentos gordurosos;
· Dietas com excesso de carne vermelha;
· Sucrilhos matinais com leite;
· Cafeína;
· Açúcar refinado;
· Refrigerante (comum ou diet);
· O uso excessivo de álcool
3- Exposição ao sol
4- Evitar o sedentarismo
5- Pare de fumar
6- Abordagem da Menopausa
7- Amamentação -
TRATAMENTO
- CÁLCIO E VIT D
-INIBIDORES DA REABSORÇÃO, OU ANTICATABÓLITOS
1 - Bifosfonatos;
Os bisfosfonatos mais potentes - alendronato (Fosamax),
risedronato (Actonel), ibandronato (Bonviva) e acido
zolendrônico (Aclasta).
2- SERM - Moduladores seletivos de receptores de estrogênio
(Raloxifeno 60mg) tendo maior atuação no osso trabecular
(coluna);
3 - Calcitonina (Miacalcic) atua somente no osso trabecular.
. Calcitonina de salmão 200 U/dia por spray nasal em períodos
alternados de 15 dias, associado a 1 g de cálcio por dia;
. Calcitonina de salmão 200 U/dia por spray nasal de segunda à
sexta-feira, associado a 1 g de cálcio por dia.
TRATAMENTO
ATIVADORES DA FORMAÇÃO, OU ANABOLIZANTES
1 - Metabólitos ativos da vitamina D Calcitriol (Rocaltrol) em
dose de 0,25 miligramas diárias;
-
-
Ranelato de Estrôncio (Protos);
-
Hormônios das paratireóides (teriparatida), um análogo do
Paratormônio (hormônio produzido em nossas glândulas
paratireóides), é o agente com maior capacidade de formação
óssea disponível no momento.
-
- Hormônio do crescimento.
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