CONCAFRAS / 2012
18 a 21 de fevereiro
PARACATU-MG
Tema atual: SEXUALIDADE PRECOCE NA INFÂNCIA
1- Alegria e prece inicial -5´
2- Incentivação – converse com o seu vizinho sobre : (slides) 5´
_O que me motivou a procurar esse curso?
_ Já detectou alguns sinais precoces da sexualidade na infância?
_Como você acredita que o mundo tem incentivado essa precocidade?
3- Deixar que alguns alunos respondam as perguntas - 5´
4- Apresentar 2 casos retirados do livro:Lírios colhidos de Luiz Sérgio para estudo
em grupo.- 15´
5- Apresentação dos casos por um relator do grupo.- 10´
6- O que os 2 casos têm em comum?- slide( O descaso dos pais e até o incentivo por
parte deles e o incentivo de outras pessoas como parte natural do desenvolvimento
do jovem)
7- Qual período é o mais importante para a tarefa educativa?
8- do psicólogo infanto-juvenil Carlos Brit, saímos de “um processo de repressão da
sexualidade para a banalização da mesma”.
9- “Passamos a ter o achatamento da infância e o alargamento da adolescência, com
as pessoas evitando a velhice. Temos, agora, a „adultoscência‟, onde os adultos
apresentam comportamento de adolescentes com aquela rebeldia e o ideal de
liberdade”, explicou. Um dos grandes vilões que antecipam tal erotização, citada
pelo psicólogo, é a banalização dos meios de comunicação. “O que a criança tinha
como feio, a exposição da sexualidade, você vê materializado dentro da mídia. A
criança vive fantasias e a mídia faz com que isso saia do imaginário e se
concretize”, informou Carlos Brito.
10-
Com ajuda da proliferação da banalidade midiática somada às músicas de forte apelo
sexual as crianças experimentam mais cedo a naturalidade do que deveria ocorrer na
adolescência. O retrato da erotização antecipada comum nos dias atuais contrasta com
culturas de tempos passados.
Mesmo presente na literatura científica, essa prática precoce tão coibida pelos adultos muitas
vezes é estimulada pelos mesmos. No século XIX, o psicanalista Sigmund Freud chocou a
sociedade ao afirmar a existência da sexualidade infantil desde o nascimento. Antes se
relacionava essa iniciação apenas com a puberdade. Hoje, segundo análise do psicólogo
infanto-juvenil Carlos Brito, saímos de “um processo de repressão da sexualidade para a
banalização da mesma”.
“Passamos a ter o achatamento da infância e o alargamento da adolescência, com as pessoas
evitando a velhice. Temos, agora, a „adultoscência‟, onde os adultos apresentam
comportamento de adolescentes com aquela rebeldia e o ideal de liberdade”, explicou. Um dos
grandes vilões que antecipam tal erotização, citada pelo psicólogo, é a banalização dos meios
de comunicação. “O que a criança tinha como feio, a exposição da sexualidade, você vê
materializado dentro da mídia. A criança vive fantasias e a mídia faz com que isso saia do
imaginário e se concretize”, informou Carlos Brito.
REVISTA ISTO É (ABRIL/2009)
Isso acontece por várias razões. A mídia é uma delas. Vivemos uma cultura extremamente
erotizada. Por conta dos desenhos, filmes, novelas, jogos e revistas para adolescentes, nossos
filhos acabam tendo uma visão distorcida do sexo. Isso desperta neles o desejo sexual. E
contra a natureza, nem sempre argumentos são eficientes.
A internet também facilita o acesso das crianças a conteúdos proibidos. A reportagem
da IstoÉ cita que essa menor de onze anos aprendeu com filmes pornôs disponíveis na internet
e aparece fazendo na sequência de cenas do vídeo caseiro.
Além disso, há pais que estimulam os filhos à sexualidade. Tem pai que ainda faz uso de
ditados baixos como aquele: “Prendam suas cabras, pois o meu bode está solto.” Esses
homens acham bonito o filho ter fama de namorador, de “pegador”. Também existem mães
que ficam orgulhosas de ver as meninas vestidas e maquiadas como moças, mesmo quando
elas ainda têm apenas onze ou doze anos.
domingo, 10 de abril de 2011
SEXUALIDADE PRECOCE
Nos dias atuais, não são poucos os pais e educadores que se
inquietam com o prematuro exercício da sexualidade por parte
significativa dos adolescentes. Apesar de vivermos na sociedade da
informação, as famílias muitas vezes não se apropriam dessas
informações para o diálogo orientador. Muitos pais partem,
equivocadamente, do princípio que a mídia já está esclarecendo, ou
que cabe à escola a orientação sexual dos seus filhos.
Na verdade, quem informa nossos filhos? Ou, que tipo de
informação eles recebem? A cultura televisiva muito fala de “prazer”,
mas pouco de “responsabilidade”.
Ocorre que, de forma preocupante, o índice de gravidez na
adolescência vem aumentando no Brasil. Segundo dados do IBGE, a
idade da mãe na ocasião do parto, no período de 1992 a 2002,
aumentou significativamente entre jovens na faixa dos 15 aos 19
anos. O que se poderia esperar se meninas de 11 a 14 anos passam
a noite nas “baladas”, com a permissividade dos pais?
A orientação sobre sexualidade saudável deve ter sua base mais
substancial na educação familiar. Joanna de Ângelis em seu
livro Adolescência e Vida, adverte: “Os modelos devem ser
silenciosos, falando mais pelos exemplos, pela alegria de viver, pelos
valores comprovados, ao invés das palavras sonoras, mas cujas
práticas demonstram o contrário.” (p. 35)
No processo de educação dos filhos, um sentimento quase
sempre esquecido é a vergonha. A vergonha é um sentimento social
que nasce na relação com o outro, mas também possui um
componente moral, que visa regular o comportamento humano, pois
busca restringir e adequar suas ações, ordenando a conduta.
O ser humano é orientado por emoções e sentimentos que fazem
parte de nossa vida psíquica e social. Sabemos, também, que um
sentimento pode ser positivo em um contexto e negativo em outro.
A “vergonha positiva” é aquela que regula ou inibe uma ação
moralmente reprovável, conforme a convenção dos valores
humanistas. A vergonha é um sentimento saudável no momento em
que se torna, por exemplo, inibidor de uma exposição exagerada da
sexualidade, atuando no resguardo da intimidade própria do sujeito.
Na educação familiar é imperativo, sob esse aspecto, a preservação
do sentimento de vergonha. Observamos, no entanto, que quando se
trata de filha mulher, a criança, seja por vontade própria ou dos pais,
passa a usar roupas que permitem uma exposição exagerada do
corpo. Muitas dessas crianças assim agem buscando incorporar seus
ídolos, principalmente cantoras e apresentadoras de programas
infantis. A criança torna-ser refém, desde pequena, e muitas vezes
com a anuência de seus familiares, dessa cultura da exposição, que
rompeu com o sentimento de vergonha, sob o impulso do princípio do
prazer.
Considerando-se que a sexualidade é intrínseca do espírito, e
que este possui todo um passado de vivências nessa área, seria justo
que os pais percebessem que todo estímulo precoce à sexualidade na
criança poderá, conforme a bagagem que aquele ser já possua, gerar
condicionamentos mentais que lhe afastem de preservar sua própria
intimidade. A partir daí, define-se uma lógica da permissividade onde
tudo passa a ser “normal”, caindo-se no perigoso relativismo da
“naturalidade”.
Enquanto a filha mulher está mais exposta a uma cultura que lhe
induz a exposição exagerada do corpo e da intimidade, o filho homem
é detentor de uma cultura familiar que relaciona a afirmação da
masculinidade com o exercício sexual. Essa conduta familiar muito
forte no passado, ainda encontra os seus remanescentes na
contemporaneidade.
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