Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Computação Social
O que representa em termos de comunicação entre
pessoas?
Projeto FEUP 2014/2015 – MIEIG/MIEIC :
Equipa 4:
Supervisor: Professor Doutor José Magalhães Cruz
Monitor: Dalila Lima
Estudantes & Autores:
Inês Freitas de Oliveira [email protected]
João Alves [email protected]
João Filipe [email protected]
João Gomes [email protected]
João Moranguinho [email protected]
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
1/35
Resumo
O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do Projeto FEUP e trata a questão das
relações entre a computação social e a comunicação (inter)pessoal, e o seu impacto a nível
social.
O estudo realizado procura perceber como os utilizadores de plataformas de computação
social percecionam o seu uso e de que forma estas afetam a comunicação entre pessoas.
Procura ainda tirar ilações referentes ao impacto que as plataformas de computação social têm
na vida pessoal dos utilizadores e, por extrapolação, na sociedade em geral.
O estudo baseou-se nos dados recolhidos através de um inquérito por questionário, que foi
aplicado a uma amostra aleatória de inquiridos. As respostas foram analisadas com recurso a
uma metodologia que combinou métodos quantitativos e qualitativos, que permitiram inferir
padrões de respostas, tendo estas sido, posteriormente, cruzadas com os referenciais
encontrados na literatura da especialidade.
Os resultados globais do estudo permitem concluir que os inquiridos percecionam as
plataformas de computação social como ferramentas facilitadoras da comunicação (inter)
pessoal, apesar de reconhecerem alguns dos constrangimentos a estas associados. Referem
ainda ter grandes expectativas relativamente a desenvolvimentos futuros nesta área. Estas
conclusões foram confirmadas na revisão da literatura efetuada.
Palavras-Chave
computação social; comunicação (inter)pessoal; aspetos positivos; aspetos negativos;
sociedade global
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
2/35
Abstract
The present work was developed within the scope of the FEUP project and it addresses the
problem of the relationships between social computing and (inter)personal communication and its
impact on a social level.
The study aims at understanding how the users of social computing platforms perceive their
use and how these affect the way they communicate socially. It also seeks at eliciting the impact
of social computer platforms on the users’ personal life, as well as, considering a wider
perspective, on society in general.
The study was based on the data gathered through a questionnaire applied randomly to a
number of subjects. Their answers were analyzed with the use of a mixed methodology, based
on quantitative and qualitative methods. This allowed the establishment of pattern answers,
which were then compared with references found in the literature.
The global results of the study show that the subjects questioned perceive social computing
platforms as facilitating (inter)personal communication, simultaneously perceiving the constraints
associated with them. The subjects also predict a number of future developments in this area.
These conclusions could also be confirmed in the literature.
Key words
social computing; (inter)personal communication; positive aspects; negative aspects; global
society
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
3/35
Agradecimentos
Queremos expressar os nossos sinceros agradecimentos ao Professor Doutor José
Magalhães, supervisor deste trabalho, bem como à monitora, Dalila Lima, por todo o apoio
prestado e tempo disponibilizado.
Queremos ainda agradecer a todos os que se dispuseram a responder ao inquérito que
construímos. As respostas fornecidas foram essenciais ao estudo que nos propusemos fazer,
pois permitiram-nos conhecer as perceções dos inquiridos acerca do fenómeno da computação
social.
Não podemos deixar de agradecer a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram
para a realização deste estudo.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
4/35
Índice
Índice de Tabelas
6
Índice de Gráficos
7
1.
Introdução
8
2.
Referenciais teóricos
9
2.1.
Referenciais históricos
9
2.2.
Computação social: definição
9
2.3.
Computação social: plataformas de referência
10
2.4.
Computação social: características das plataformas
11
3.
Referenciais metodológicos
13
4.
Análise dos resultados
16
5.
Conclusões
25
Referências bibliográficas
27
Anexos
30
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
5/35
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Frequência de utilização de plataformas de computação social ................................. 16
Tabela 2 – Motivações para o uso de plataformas de computação social ................................... 19
Tabela 3 – Impacto positivo e negativo do uso das plataformas de computação social .............. 23
Tabela 4 – Tabela SWOT relativa às perceções dos aspetos positivos, negativos, oportunidades
e ameaças das plataformas de computação social ...................................................................... 24
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
6/35
Índice de Gráficos
Gráfico 1 – Frequência agregada por plataforma do uso de plataformas de computação social17
Gráfico 2 – Frequência de utilização de plataformas de computação social por faixa etária e
por plataforma ............................................................................................................................... 18
Gráfico 3 – Motivação para o uso de plataformas de computação social .................................... 20
Gráfico 4 – Motivação para o uso de plataformas de computação social por faixa etária.......... 20
Gráfico 5 – Perceções relativas ao impacto positivo e negativo do uso de plataformas de
computação social ......................................................................................................................... 23
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
7/35
1. Introdução
A computação social assume particular relevância na sociedade atual, sendo o seu impacto
sentido a diversos níveis: social, económico e até mesmo político.
As gerações mais novas têm claramente maior facilidade em interagir como os novos media
e as suas várias aplicações, pois estas fazem parte integrante do seu quotidiano, mas, de uma
forma geral toda a população ativa é por estes fortemente influenciada.
A nível social, a comunicação (inter)pessoal pode ser considerada uma das áreas nas
quais a computação social tem uma grande relevância atualmente, decorrendo deste facto a
relevância deste estudo.
Vários autores referem o uso de plataformas sociais que decorrem dos avanços da
computação social como tendo sido determinantes para o desenvolvimento, em larga escala, de
comunidades virtuais de comunicação. Estes mesmos autores classificam esses avanços como
tendo sido facilitadores da comunicação (inter)pessoal, que assume uma abrangência global e é
essencialmente colaborativa e democrática, podendo todos participar na construção do
conhecimento e desempenhar um papel socialmente ativo. No entanto, o caráter
essencialmente dinâmico e pouco controlado das plataformas de computação social conduz a
potenciais riscos e consequências negativas para os seus utilizadores, que se relacionam com o
uso para fins criminais ou maliciosos das informações que circulam nas comunidades virtuais.
Assim, neste estudo, procurar-se-á analisar as relações entre a comunicação (inter)pessoal
e a computação social e o seu impacto a nível social. Os efeitos da computação social a nível
económico e político não serão referidos por ultrapassarem o âmbito deste trabalho.
Tendo em consideração o enquadramento referido, elegeu-se como questão central do
estudo a procura sustentada das relações existentes entre a computação social e a
comunicação (inter)pessoal e, por conseguinte, definiram-se os seguintes como objetivos
específicos do estudo:
1. Caracterizar a sociedade de informação atual;
2. Definir as áreas de abrangência da computação social;
3. Identificar as questões sociais associadas às plataformas de computação social;
4. Perceber o contributo positivo das plataformas de computação social para a
comunicação (inter)pessoal;
5. Perceber o contributo negativo das plataformas de computação social para a
comunicação (inter)pessoal;
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
8/35
6. Apresentar propostas de aplicações futuras do tipo de software em análise;
7. Tecer especulações relativas ao desenvolvimento das novas aplicações do tipo de
software em análise.
2. Referenciais teóricos
2.1. Referenciais históricos
Historicamente, pode-se referenciar o desenvolvimento do primeiro computador programável
Z1, em 1931. A partir desta data, a tecnologia associada a estas máquinas progrediu a um ritmo
muito rápido, verificando-se um aumento exponencial da respetiva capacidade e velocidade de
processamento. No entanto, durante muitos anos, estas foram apenas utilizadas como
máquinas de processamento e tratamento de dados. Esta perspetiva sofreu uma viragem
quando, nos anos sessenta do século XX, se considerou a ideia de utilizar o computador para
comunicar e não só computar. Esta ideia tornou-se realidade com o aparecimento dos primeiros
computadores pessoais, nos anos setenta do século XX, e posteriormente, o aparecimento dos
primeiros sistemas de e-mail. Na década de oitenta do mesmo século, esta área teve um rápido
crescimento, com o aparecimento de vários sistemas online que permitiriam conversar através
de mensagens de texto. Desde então o uso dos computadores como forma de comunicação
evoluiu rapidamente com vários eventos históricos como o desenvolvimento da World Wide
Web, entre os anos 1980 e 1991, o surgimento dos primeiros motores de pesquisa, em 1993, e
das primeiras redes sociais virtuais em 1995.
2.2. Computação social: definição
Atualmente, os computadores fazem parte da vida quotidiana, e a sua utilização como forma
de comunicação interpessoal alcançou uma intensidade e diversidade colossal, permitindo
interações de caráter social online. A ciência que estuda estas interações sociais é denominada
computação social, podendo-se assim definir a computação social como a ciência que trata dos
sistemas que suportam a recolha, processamento e divulgação de informação, numa perspetiva
social e coletiva (Computerhope, 2014).
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
9/35
Num sentido mais amplo, a computação social envolve o apoio de qualquer tipo de
comportamento social por meio de sistemas computacionais. Baseia-se na criação ou recriação
de convenções sociais e contextos sociais através do uso de software e tecnologia (Crespo,
s/d).
2.3. Computação social: plataformas de referência
No final do século XX, foram desenvolvidas várias aplicações e serviços relacionados com
(inter)ação social online que permitiram o desenvolvimento de plataformas a esta associadas, e
que dominam a Web, nos nossos dias, constituindo
assim, blogs, e-mail, mensagens instantâneas, serviços de redes sociais, wikis,
social bookmarking e outros, exemplos do que é muitas vezes chamado software
social, que ilustram campos da computação social, mas também outros tipos de
aplicações de software, onde as pessoas interagem socialmente (Crespo, s/d, p.4).
O desenvolvimento da computação social está diretamente relacionado com o
desenvolvimento da internet de banda larga, que pode ser considerada como a ferramenta que
exponenciou as plataformas sociais (Cardoso, 2003) e que nos permitiu o acesso a blogs, wikis,
plataformas peer to peer, plataformas e-commerce e plataformas de comunicação social
(Parameswaran & Whinston, 2007).
O conceito de weblog foi criado por John Barger, editor do site Robot Wisdom, em 1997,
tendo atingido rapidamente um desenvolvimento notório. Um weblog é uma página da web onde
um weblogger, registra por escrito outras páginas da web e textos selecionados, de acordo
comos seus interesses, recorrendo a posts e caixas de diálogo (Di Luccio & Nicolaci-daCosta,2010). A popularidade dos blogs deve-se ao recurso a um interface simples, à facilidade
de interligações com outros blogs similares ou complementares, criando desta forma uma rede
de blogs e comunidades online, que partilham conteúdo e informação úteis para os usuários
(Parameswaran & Whinston, 2007).
Os Wikis constituem-se como enciclopédias online open source (Cardoso, 2003), que
resultam da agregação dos chamados wikis (Parameswaran & Whinston, 2007), que se podem
definir como
tools (or instances) of collaborative authoring of tagged hypertext content, with
version control and user feedback features built in (Parameswaran & Whinston,
2007, p. 764).
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
10/35
Os Wikis permitem que vários utilizadores contribuam com o seu conhecimento para a
construção de um artigo estruturado em forma de hipertexto, sendo o controlo da qualidade e
rigor científico aferido por um rigoroso sistema de feedback dos usuários. Esta plataforma de
computação social é particularmente usada como ferramenta de conhecimento partilhado e coautoria de trabalhos e artigos (Carvalho, 2003).
Plataformas Peer-to-Peer (P2P) são modelos de comunicações descentralizados nos
quais cada utilizador possui os mesmos privilégios, podendo assumir o papel de cliente e de
servidor (Carvalho, 2003). Estas plataformas utilizam assim uma arquitetura de rede partilhada,
constituindo a mais abrangente partilha de atividades online, entre as plataformas de software
social (Parameswaran & Whinston, 2007). Se bem que tradicionalmente estas plataformas
estejam associadas a partilha ilegal de música e filmes e, frequentemente, envolvessem
atividades de violação dos diretos de autor, a sua abrangência, hoje em dia, é muito mais lata
constituindo
social software taken to the extreme, bypassing limitations of the browser interface and
the DNS (Domain Name System) addressing, radically decentralized, and relying almost
exclusively on collective action by users at the edge (Parameswaran & Whinston, 2007,
p. 764).
As plataformas de computação social compreendem ainda uma vasta gama de plataformas
como o Facebook, Twitter, LinkedIn e YouTube, para além de outras, que rapidamente se
desenvolveram com os avanços tecnológicos, como o Foursquare, MySpace, Flickr, Del.ici.ous
e, pretendem, em última instância, prestar um serviço de comunicação/interação social a nível
global mas, a um nível mais restrito, visam, de certa forma, influenciar cada utilizador, na medida
em que se baseiam num esquema de comunicação pessoa a pessoa (P2P), que tem um grande
impacto na consciencialização, aceitação e comportamento social online (Pick, 2014).
2.4. Computação social: características das plataformas
Recentemente, as plataformas de computação social têm sido aproveitadas para atividades
de marketing e comercialização de produtos e marcas – baseados numa politica de business to
consumer (B2C) –, abrangendo uma gama de diferentes tipos de negócios, desde sites de
retalho destinado a consumidores, a sites de leilões, passando por comércio de bens e serviços
entre organizações (Carvalho, 2013).
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
11/35
As comunidades online podem assim ser divididas em quatro categorias: social, negócios,
educação e investigação. A categoria social é a mais visível das iniciativas de computação
social, principalmente através dos blogs, no entanto, as categorias de: negócios – que procuram
desenvolver soluções de serviços –, educacional – que procura possuir um corpo fidedigno de
conteúdos relacionados com o conhecimento científico, desenvolvendo comunidades de
aprendizagem dinâmicas e das quais a Wikipedia é um exemplo de referência – e de pesquisa –
visando a partilha
de grandes avanços na investigação de prováveis soluções em áreas
médicas, biológicas, tecnológicas, entre outras, sendo o projeto Genoma um exemplo de
referência (Kaminski; Palazzo & Vanzin, 2013).
Podem ser identificadas algumas características comuns às plataformas de computação
social referenciadas acima, que as diferenciam de formas mais tradicionais de organização
computacional e partilha de conteúdo: todas elas possuem vários graus de descentralização,
carecendo de estruturas de controle rígidas, e são essencialmente dinâmicas, na medida em
que se verifica um contínuo refinamento no conteúdo e na atividade online, característica esta
que advém do facto de a informação online ter de estar em permanente atualização. São ainda
socially interactive, powerful, portable, and location sensitive (Parameswaran & Whinston, 2007).
Pode-se mesmo considerar que as plataformas de computação social incluem três vertentes,
nomeadamente,
Evolution, Revolution and Contribution. First, it is an evolution of how we communicate,
replacing email in many cases. It’s a revolution: For the first time in history we have
access to free, instantaneous, global communication. We’re living in an exciting time!
Third, social media is distinguished by the ability of everybody to share and contribute as
a publisher (Schaefer, 2011, p. 28).
No entanto, as mesmas comunidades online tendem a agrupar-se em clusters
(Parameswaran & Whinston, 2007, s/p), onde ocorre convergência de sentidos comuns aos
participantes, sendo excluídos os pontos de vista que não estejam conforme o ponto de vista
estabelecido pela maioria, causando este fenómeno uma evidente fragmentação da informação,
num sentido universal, que pode também levar a fragmentação de interações (Parameswaran &
Whinston, 2007).
Por outro lado, as plataformas de computação social são caracterizadas como tendo, por
vezes, um interface complexo e pouco intuitivo para o usuário pouco experiente, condicionando
assim o acesso a estas plataformas por parte de utilizadores com poucas competências digitais
(Kaminski; Palazzo & Vanzin, 2013).
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
12/35
Por outro lado, podem ser identificados vários aspectos com fortes conotações negativas
associados às plataformas de computação social, nomeadamente o facto de estas potenciarem
o aparecimento de comunidades com intuitos maliciosos ou criminais, que se servem da
anonymity, fault tolerance, robustness, and low cost of online communities to build very
effective platforms for interaction, communication, and knowledge sharing, while flying under
the radar (Parameswaran & Whinston, 2007, p.773).
A conjuntura acima descrita vem colocar novos desafios à questão da comunicação
(inter)pessoal nas plataformas de computação social, que apresenta, por um lado, um grande
potencial em termos sociais e económicos, e levanta, por outro lado, questões relativas ao
comportamento e às relações (inter)pessoais dos indivíduos e dos grupos, enquanto membros
integrantes de uma comunidade online.
No que se refere ao desenvolvimento futuro das plataformas de computação social, pode
dizer-se que estas levarão, em cenários ainda hipotéticos, a uma outra organização da
informação e da comunicação, centrada nos utilizadores, conferindo, desta forma, mais
relevância a questões como neutrality, diferentiated service, and digital divide (Parameswaran &
Whinston, 2007, p.776).
3. Referenciais metodológicos
Nos estudos de âmbito sociológico têm prevalecido, ao longo dos últimos anos, dois
paradigmas, entendidos como um conjunto de crenças que representam uma determinada visão
do mundo, definem a sua natureza e guiam a ação (Guba & Lincoln, 1994).
A abordagem positivista (Taylor & Bogdan, 1992) ou realista procura conhecer os factos e
causas dos fenómenos sociais em estudo, numa perspetiva exterior à subjetividade dos sujeitos,
adotando metodologias tradicionalmente utilizadas pelas ciências exatas (Guba & Lincoln,
1994). A abordagem idealista (Taylor & Bogdan, 1992) ou relativista (Guba & Lincoln, 1994),
pelo contrário, considera que os fenómenos sociais em estudo são complexos e estão em
permanente mudança, sendo a subjetividade indissociável do ato de conhecer, refletindo-se,
consequentemente, na forma como a pesquisa é abordada neste domínio (Guba & Lincoln,
1994).
Embora as duas perspetivas tenham uma natureza diferenciada e aparentemente
incompatível, há autores (Lincoln & Guba, 1985) que sugerem a combinação das duas sempre
que seja útil e adequado para compreender, explicar ou aprofundar a realidade em estudo.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
13/35
Tradicionalmente, as análises comparativas entre estes dois paradigmas de investigação
assentam na confrontação entre métodos quantitativos, científicos, positivistas e objetivos e
métodos qualitativos, interpretativos, naturalistas e subjetivos (Sikes, 2004).
Aos paradigmas positivista e relativista correspondem, tradicionalmente, distintos métodos
de recolha de informação associados a instrumentos mais estruturados, como questionários ou
entrevistas estruturadas, da preferência dos investigadores que optam por conceções
quantitativas, ou menos estruturadas, como entrevistas livres, análise de documentos e
observação participante, utilizados pelos investigadores que recorrem a conceções qualitativas
(Opie, 2004). Os primeiros procuram enquadrar as respostas individuais em categorias
estandardizadas, enquanto que os segundos procuram atender às características individuais
dessas respostas, das quais depende a forma como a investigação decorre (Opie, 2004).
Pela sua complexidade e características particulares, a investigação social tem dificuldade,
de um modo geral, em seguir um padrão bem definido que se enquadre completamente numa
abordagem positivista ou numa abordagem relativista (Opie, 2004). Com base nesta conceção,
o investigador social deve usar o leque de procedimentos mais pertinentes para a investigação
em causa e não ter a preocupação de um comprometimento exclusivo com um dos dois
paradigmas, remetendo este pressuposto para uma das questões substantivas da investigação
social: «that the research procedure(s) used is appropriate to the research question being asked
and the research answers being sought» (Opie, 2004: 9).
O presente estudo visa inferir padrões de influência entre as plataformas de computação
social e as relações (inter)pessoais pelo que se aproxima de uma abordagem interpretativa, de
descoberta, que considera que o conhecimento é construído num processo interpretativo,
promovido pelo investigador, em confronto com as coisas, pois neste tipo de investigação,
os dados recolhidos são qualitativos (…) o que significa ricos em pormenores descritivos
relativamente a pessoas, (…) e privilegiam, essencialmente, a compreensão dos
comportamentos a partir da perspectiva dos sujeitos (Bogdan & Biklen, 1994: 16).
As pesquisas qualitativas interessam-se mais pelos processos do que pelos produtos e
preocupam-se mais com a compreensão e a interpretação sobre como os factos do que em
determinar causas para os mesmos (Bogdan e Biklen, 1994), considerando-se assim que num
design de investigação qualitativa se está perante um quadro de intersubjectividade resultante
da complexidade das interações que se estabelecem entre o investigador e os sujeitos do
estudo (Bogdan e Biklen, 1994). Esta conceção significa, em primeiro lugar, que o investigador
se pode deparar com mais variáveis do que os dados recolhidos evidenciam, e, em segundo
lugar, que este não pode fazer depender a sua investigação de um só método de recolha de
dados, mas tem de usar múltiplas fontes de evidência, que podem ter um carácter quantitativo
ou qualitativo, dependendo do tipo de dados recolhidos (Yin, 2003b).
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
14/35
Este quadro de referência implica determinados procedimentos metodológicos. Assim este
estudo opta por uma abordagem metodológica do tipo mixed methods (Creswell, 2003), em que
se combinaram métodos quantitativos e qualitativos, tendo por base a conceção de que esta
estratégia de investigação possibilita um conhecimento mais profundo do problema em
investigação (Creswell, 2003).
Em resumo, no design da presente investigação, a opção pela metodologia de natureza
descritiva/interpretativa, associada a um método de recolha de dados quantitativo, decorre do
facto de esta constituir uma investigação sobre uma problemática social específica – influência
entre as plataformas de computação social e as relações (inter)pessoais – sobre a qual se
pretende ter uma visão holística, de modo a percecioná-la não apenas no seu todo, mas
também na sua unicidade.
Questionário
Num primeiro momento, procurou-se enquadrar o objeto de estudo, tendo-se para o efeito
procedido a uma revisão da literatura da especialidade. Num segundo momento, e visando a
compreensão da realidade do fenómeno em causa, construiu-se um questionário, que se aplicou
a uma amostra de 801 sujeitos, de idades variadas.
O primeiro conjunto de questões do questionário visava obter dados pessoais acerca dos
sujeitos respondentes; o conjunto de questões seguintes pretendia obter dados relativos às
razões associadas ao tipo e uso de plataformas de computação social e, por último, foram
formuladas questões que pretendiam conhecer as perceções dos respondentes relativamente
ao uso das mesmas plataformas.
A amostra em estudo foi escolhida aleatoriamente, por se considerar que esta estratégia
permitiria uma maior abrangência e, consequentemente, melhor compreensão do fenómeno em
estudo. Como forma de operacionalizar a aplicação do questionário e, por constrangimentos de
tempo, decidiu-se que este seria enviado a todos os contactos dos elementos do grupo de
trabalho. Posteriormente, foi desenhada uma estratégia de análise quantitativa dos dados
recolhidos, que consistiu na procura de relações entre as respostas dos inquiridos e as
respetivas idade. Seguidamente, recorreu-se a um gráfico SWOT (Jackson & Grimes, 2010),
que permitiu organizar os dados recolhidos em termos de Strengths (aspetos positivos),
Weaknesses
(aspetos
negativos),
Opportunities
(oportunidades)
e
Threaths
(ameaças/constrangimentos) e permitiu uma interpretação mais profunda da dinâmica própria do
objeto de investigação.
1
Foram obtidas mais respostas, mas para homogeneizar a análise foram consideradas apenas
as primeiras vinte respostas de cada faixa etária.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
15/35
4. Análise dos resultados
O questionário realizado procurou obter resposta relativamente ao uso de plataformas de
computação social por um universo de utilizadores diversificado em termos etários, tendo as
questões incidido sobre três eixos:
A - frequência de utilização;
B - motivações para a utilização;
C - determinação do peso dos impactos positivos e negativos ligados ao uso destas
ferramentas.
Relativamente ao eixo – frequência de utilização – o questionário solicitava aos inquiridos
que indicassem, numa escala de 1 a 5, a frequência de utilização de cada uma das plataformas
discriminadas:
A - Weblogs (Blogger, …)
B - Wikis (Wikipédia,...)
C - "Peer to peer" (Bittorrent, Skype, Flickr, Google, …)
D - Comunicação social (YouTube, Myspace, Facebook, LinkedIn, …)
E - E-commerce (E-bay, Magento, …)
As respostas obtidas foram agrupadas por faixas etárias, tendo-se apurado os resultados
que se apresentam na tabela 1:
Tabela 1 - Frequência de utilização de plataformas de computação social
Idade
Pergunta
A
B
C
D
E
TOTAL
15 a 18
anos
19 a 38
anos
39 a 56
anos
> 57
anos
TOTAL
38
66
85
96
34
35
83
65
84
68
44
48
65
82
76
31
34
55
62
60
148
231
270
324
238
319
335
315
242
A partir do somatório da pontuação obtida por cada pergunta, no conjunto das faixas etárias,
construiu-se o seguinte gráfico, que ilustra a frequência agregada por plataforma, relativa à
utilização de plataformas de computação social.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
16/35
Gráfico 1 – Frequência agregada por plataforma do uso de plataformas de
computação social
350
300
250
200
150
100
50
0
A
B
C
D
E
Legenda
A - Weblogs (Blogger, …)
B - Wikis (Wikipédia,...)
C - "Peer to peer" (Bittorrent, Skype, Flickr, Google, …)
D - Comunicação social (YouTube, Myspace, Facebook, LinkedIn, …)
E - E-commerce (E-bay, Magento, …)
Das respostas obtidas, constata-se que as plataformas de computação mais utilizadas são
as designadas por “redes sociais” (Facebook, LinkedIn), enquanto a menos utilizada é a dos
“Weblogs”.
A maior frequência de utilização de plataformas de computação social verifica-se na faixa
etária dos 19 a 38 anos, seguida da faixa etária dos 15 aos 18 anos e, sem grande diferença, da
faixa etária dos 39 aos 56 anos Esta situação vai de encontro ao que seria expectável, tendo em
conta a maior apetência das populações mais jovens pelo uso destas tecnologias.
Esta tendência é ainda mais evidente quando se constata, como o comprova o gráfico 2, que
a menor frequência de utilização de plataformas de computação social se verifica na faixa etária
de acima de 57 anos.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
17/35
Gráfico 2 – Frequência de utilização de plataformas de computação social por faixa
etária e por plataforma
120
100
80
60
40
20
0
15 a 18 anos
19 a 38 anos
A
B
39 a 56 anos
C
D
> 57 anos
E
Analisando a frequência de utilização por plataforma, dentro de cada faixa etária, constata-se
que em qualquer das faixas etárias analisadas as plataformas computacionais mais utilizadas
são as designadas "redes sociais". A sua utilização vai decrescendo com o aumento da faixa
etária, assumindo a menor expressão na faixa etária acima dos 57 anos de idade.
Em contraponto, em qualquer das faixas etárias analisadas, as plataformas computacionais
menos utilizadas são as designadas por "Weblogs".
A utilização de plataformas do tipo "E-business" tem uma maior expressão nas faixas etárias
mais elevadas, sendo pouco significativa na faixa etária dos 15 aos 18 anos. Esta constatação
não surpreende, uma vez que a utilização de plataformas deste tipo tem subjacentes transações
financeiras, a que a faixa etária dos 15 aos 18 anos tem um acesso limitado.
Verifica-se ainda que as plataformas do tipo "Peer to peer" são as mais utilizadas, logo a
seguir às “redes sociais”, sendo também aquelas onde se verifica uma utilização mais uniforme
por faixa etária.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
18/35
No que se refere ao eixo de análise – motivações para o uso – o questionário concebido
solicitava aos inquiridos que indicassem, para um conjunto de possíveis motivações para o uso
de plataformas computacionais, numa escala de 1 a 5, o respetivo grau de importância.
A questão colocada e os itens a classificar foram os seguintes:
Uso plataformas de computação social porque:
A – É a tendência atual.
B – Quero conhecer e comunicar com mais pessoas.
C - Quero ter um papel socialmente ativo e participar em discussões e debates e dar
opiniões.
D - Quero que potenciais futuros colegas/empregadores tenham acesso ao meu
perfil/qualificações.
E - Quero estar informado e quero partilhar o meu conhecimento.
F - Quero facilitar a gestão da vida doméstica/compras pessoais, com recursos a serviços
online.
G - Quero trabalhar colaborativamente, de forma eficiente.
As respostas dos inquiridos foram coligidas na tabela que a seguir se apresenta:
Tabela 2 – Motivações para o uso de plataformas de computação social
Idade
15 a 18
anos
19 a 38
anos
39 a 56
anos
> 57 anos
TOTAL
10
12
12
5
15
4
11
9
13
15
16
12
9
12
5
8
12
14
14
15
15
9
13
15
8
12
9
8
33
46
54
43
53
37
46
Pergunta
A
B
C
D
E
F
G
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
19/35
A partir do somatório da pontuação obtida por cada pergunta, construiu-se o gráfico que
se apresenta a seguir.
Gráfico 3 – Motivação para o uso de plataformas de computação social
60
50
40
30
20
10
0
A
B
C
D
E
F
G
Os dados coligidos permitem observar que a razão mais referida como motivo para o uso de
plataformas de computação social é a relacionada com a vontade de ter um papel socialmente
ativo relacionada com a possibilidade de participação em discussões e debates e ainda a
possibilidade de dar opiniões.
Por outro lado, o facto de o uso de plataformas de computação social ser uma tendência
atual é a razão menos apontada como motivo para o uso destas plataformas.
O gráfico que se apresenta a seguir apresenta os dados recolhidos relativamente à
motivação para o uso de plataformas de computação social por faixa etária.
Gráfico 4 – Motivação para o uso de plataformas de computação social por faixa
etária
18
16
A
14
12
B
10
C
8
D
6
E
4
F
2
G
0
15 a 18 anos
19 a 38 anos
39 a 56 anos
> 57 anos
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
20/35
Emerge da análise dos resultados obtidos que, na faixa etária dos 15 aos 18 anos, a
motivação mais referida é a vontade de estar informado e partilhar conhecimento, sendo a
menos referida a relacionada com a simplificação da vida doméstica, via serviços on-line. Este
facto terá certamente a ver com o facto de os jovens desta faixa etária dependerem dos pais,
não tendo grandes preocupações com a gestão da vida doméstica.
Verifica-se ainda que, nesta faixa etária, são também importantes o acesso a conhecer mais
pessoas e ter um papel socialmente ativo, sendo também a faixa etária na qual se verifica uma
maior incidência de referências ao facto de o uso de plataformas de computação estar ligado ao
facto de ser uma tendência atual.
Na faixa etária dos 19 aos 38 anos, constata-se uma motivação associada ao uso de
plataformas de computação social muito ligada a questões relacionadas com a vida profissional,
sendo também relevantes as preocupações com o incremento de contactos e a vontade de ter
um papel socialmente ativo. Por outro lado, emerge da análise dos dados obtidos eu as
motivações menos referidas, nesta faixa etária, são a de se tratar de uma tendência atual e a de
facilitar a gestão da vida doméstica.
Constata-se ainda que, na faixa etária dos 39 aos 56 anos, as principais razões apontadas
como motivação para o uso de plataformas de computação social são as relacionadas com a
possibilidade de se trabalhar colaborativamente de forma eficiente e, com a mesma incidência, a
de estas facilitarem a gestão da vida doméstica. São também relevantes as motivações
profissionais e a vontade em estar informado e partilhar conhecimentos. No extremo oposto, o
facto de se tratar de uma tendência atual e a motivação para conhecer e comunicar com mais
pessoas são as razões menos referidas.
Pode-se ainda verificar que, na faixa etária acima de 57 anos, o aspeto mais referido é a
necessidade de se ter um papel socialmente ativo, participando em discussões e debates e
dando opiniões. São também valorizadas as razões associadas a poder conhecer e comunicar
com mais pessoas e estar informado e partilhar conhecimentos. Verifica-se que as razões
menos referidas para o uso de plataformas de computação social, são as relacionadas com a
vida profissional.
No que se refere ao último eixo de análise – determinação do peso dos impactos positivos e
negativos ligados ao uso de plataformas de computação social – o questionário solicitava aos
inquiridos que expressassem o seu grau de concordância, numa escala de 1 a 5 – em que 1
corresponde a um fraco grau de concordância e 5 a um elevado grau de concordância –
relativamente a um conjunto de sete afirmações que refletiam aspetos positivos da utilização de
plataformas de computação social. Da mesma forma, solicitou-se o mesmo para um outro
conjunto de afirmações que refletiam aspetos negativos da utilização destas plataformas.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
21/35
As afirmações perante as quais se pretendeu obter a perceção dos inquiridos relativamente
ao uso de plataformas de computação social foram as seguintes:
- Sinto que estas facilitam a socialização, pois permitem-me conhecer novas pessoas
facilmente.
-
Sinto
que
estas
facilitam
a
socialização,
pois
permitem-me
conhecer
pessoas/grupos/associações com quem tenho interesses afins.
- Sinto que estou mais confiante para divulgar informações pessoais no meu perfil, pois é
apenas um perfil, e não o meu “eu” verdadeiro.
- Sinto que estas me permitem ser mais ativo socialmente, participando em fóruns de
discussão, por exemplo.
- Sinto que estas me permitem um maior rendimento no trabalho/estudo, devido ao fácil
acesso à informação.
- Sinto que estas contribuem para a minha (auto)formação e desenvolvem o meu
conhecimento, em várias áreas (profissionais, culturais, técnicas, …).
- Sinto que estas facilitam a gestão dos aspetos logísticos da vida pessoal (compras, acesso
a serviços vários, como por exemplo bancos).
- Sinto que estas condicionam a minha interação offline com pessoas que conheci online.
- Sinto que estas me fazem despender muito tempo, devido às inúmeras aplicações
disponíveis.
- Sinto que estas não são de confiança, pois as informações pessoais disponíveis não
podem ser confirmadas.
- Sinto que preciso estar ciente que certas aplicações (jogos, …) podem levar a
comportamentos aditivos.
- Sinto que preciso estar muito ciente das definições de segurança das aplicações que uso,
de modo a proteger a minha privacidade.
- Sinto que as informações disponibilizadas pelas pessoas podem levar a conflitos
interpessoais.
- Sinto que a informação pessoal que disponibilizei pode ser usada para fins comerciais,
ilícitos e/ou criminais.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
22/35
As respostas obtidas estão resumidas na tabela que a seguir se apresenta:
Tabela 3 – Impacto positivo e negativo do uso das plataformas de computação social
Idade
15 a 18
anos
19 a 38
anos
39 a 56
anos
> 57 anos
TOTAL
Positivos
Negativos
465
459
463
384
459
382
410
459
1797
1684
RÁCIO
1,01
1,21
1,20
0,89
1,07
Os dados recolhidos estão espelhados no gráfico que se apresenta abaixo:
Gráfico 5 – Perceções relativas ao impacto positivo e negativo do uso de plataformas
de computação social
500
400
300
Positivos
200
Negativos
100
0
15 a 18 anos
19 a 38 anos
39 a 56 anos
> 57 anos
Da análise dos dados obtidos relativos às perceções dos inquiridos acerca do impacto
positivo e negativo do uso de plataformas de computação social constata-se que, no geral, os
aspetos percecionados como positivos se sobrepõem aos negativos.
Efetivamente, apenas na faixa etária acima de 57 anos, se verifica que os aspetos
considerados como negativos assumem maior expressão do que os aspetos considerados como
positivos.
As faixas etárias dos 19 a 38 anos e 39 a 56 anos são aquelas nas quais os aspetos
positivos associados ao uso de plataformas de computação social são claramente mais
percecionados.
Já na faixa etária dos 15 aos 18 anos verifica-se apenas uma ligeira preponderância dos
aspetos positivos sobre os negativos, no entanto, sem grande expressão.
No que se refere às perceções relativas aos aspetos positivos e negativos das plataformas
de computação social, coligiram-se os resultados obtidos na tabela SWOT, que se segue:
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
23/35
Tabela 4 – Tabela SWOT relativa às perceções dos aspetos positivos, negativos,
oportunidades e ameaças das plataformas de computação social
STRENGHTS (aspetos positivos)



fácil acessibilidade
facilitam a socialização
permitem conhecer novas pessoas
facilmente
permitem conhecer pessoas
/grupos /associações com quem se
tem interesses afins
permitem ser mais ativo
socialmente
permitem maior rendimento no
trabalho/estudo
permitem (auto)formação
desenvolvem o conhecimento, em
várias áreas (profissionais,
culturais, técnicas, …)
facilitam a gestão dos aspetos
logísticos da vida pessoal (compras,
acesso a serviços vários)






WEAKNESSES (aspetos negativos)





OPPORTUNITIES (oportunidades)





relações pessoais globais e
internacionais
transformação do mundo dos
negócios
transformação das ações coletivas
a nível global
inovação na criação de conteúdo
democratização do mundo
condicionam as relações
(inter)pessoais (os perfis online podem
não corresponder aos verdadeiros)
promovem relações (inter)pessoais
superficiais
promovem constrangimentos nas
relações pessoais com pessoas que
se conheceu online
consomem muito tempo
pouca fiabilidade (as informações
pessoais disponíveis não podem ser
confirmadas)
THREATS (ameaças)






possibilidade de conflitos interpessoais
possibilidade de invasão da
privacidade
possibilidade de roubo de identidade
potenciadora de comportamentos
aditivos
possibilidade de manipulação
ideológica
possibilidade de manipulação
comportamental (consumismo, jogo,
extremismo, desvios)
Do questionário aplicado, constava ainda uma questão de resposta aberta relativa à
perceção dos inquiridos face aos desenvolvimentos futuros das plataformas de computação
social.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
24/35
Apenas cerca de 20% dos inquiridos responderam à questão de resposta aberta. Da análise
do conjunto de respostas obtido constata-se que a ideia dominante é a de que, no futuro, a
evolução se dará quer pelo desenvolvimento e sofisticação das plataformas existentes, quer
pelo surgimento de novas plataformas. Neste plano são avançados diversos campos que serão
objeto deste tipo de suporte, de entre os quais se realçam aplicações como jogos de realidade
virtual, desenvolvimento de plataformas avançadas de e-learning, sexo virtual, baby-sitters
virtuais, consultas médicas à distância, etc.
De uma maneira geral, a perspetiva dos inquiridos é a de que não há limites para a
tecnologia e para as suas aplicações e que o desenvolvimento de aplicações facilitadoras da
interação social é algo que se pode considerar como adquirido, e que cada desenvolvimento
conduz a uma nova necessidade que acabará por ser satisfeita, num processo galopante que
não terá final.
5. Conclusões
Neste estudo procuramos responder à questão: De que forma as pessoas percebem a
interacção entre a computação social e a forma como esta influencia a comunicação
(inter)pessoal?
A problematização da situação relativa à influência das plataformas de comunicação social
na comunicação inter(pessoal) permitiu concluir que o uso destas plataformas é, hoje em dia,
transversal a todas as idades, não deixando o seu uso de ter uma particular incidência na faixa
etária dos 19 aos 56 anos, faixa esta que pode ser relacionada com a necessidade pessoal,
académica e profissional, aspeto este indissociável das características tecnológicas da
sociedade de informação em que se vive atualmente. Permitiu ainda a constatação de que as
várias plataformas de computação social são reconhecidas e utilizadas, com uma frequência
mais relevante no caso das plataformas de comunicação social – vulgarmente conhecidas por
“redes sociais” – por todas as faixas etárias inquiridas, facto este que pode estar relacionado,
quer com as várias solicitações da vida moderna e as inerentes dificuldades da gestão do tempo
útil para contactos e comunicação pessoal, quer com o facto de vivermos numa sociedade
global, na qual as fonteiras espaciais estão claramente diluídas, quer ainda com o facto de a
população atual ser globalmente competente, digital e tecnologicamente, se bem que de uma
forma menos evidente na faixa etária acima dos 57 anos.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
25/35
No que se refere às perceções relativas aos aspetos positivos e negativos das plataformas
de computação social, pode-se afirmar que, na perspetiva dos inquiridos, as plataformas de
computação social são percebidas como oferecendo muitas vantagens, que se relacionam com
aspetos de comunicação (inter)pessoal, socialização, acessibilidade e possibilidade de
construção partilhada do conhecimento e (auto)formação. Não obstante, verifica-se que os
aspetos negativos, relacionados sobretudo com constrangimentos ao nível da comunicação e
informação relacionados com o distanciamento, são também percebidas pelos inquiridos.
Por outro lado, em termos externos, as plataformas de computação social representam
grandes oportunidades, quer ao nível das relações (inter)pessoais globais, quer ao nível das
relações com empresas e afins, no sentido de que providenciam serviços e informações globais.
No entanto, não deixam também de encerrar algumas ameaças, particularmente no que diz
respeito a aspetos como a possível interferência na privacidade e identidade individuais,
podendo ainda potenciar comportamentos viciantes e manipulativos.
Estas perceções permitem tirar ilações referentes à estreita relação entre as plataformas de
computação social e a comunicação (inter)pessoal, que são também referidas pelos autores
referenciados.
No que se refere a desenvolvimentos futuros das plataformas de computação social,
concluiu-se que, de uma forma geral, os inquiridos sentem que este campo é suscetível de
ainda grande desenvolvimento, prevendo cada vez mais funcionalidades tanto no campo da
comunicação (inter)pessoal, como no do desenvolvimento de aplicações facilitadoras da
interação pessoal e empresarial, a nível global.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
26/35
Referências bibliográficas

As referências bibliográficas cujos documentos foram objeto de consulta, em sítios
da internet, encontravam-se acessíveis em 17 de outubro de 2014, data da última
consulta correspondente.
Bogdan, R. & Biklen, S. K. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à
Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Cardoso, G. (1998). Para uma Sociologia do Ciberespaço: Comunidades Virtuais em Português.
Lisboa: Celta Editora.
Cardoso, G. (2003) O que é a Internet? Lisboa: Editora Quimera.
Caws, P. (1993). Yorick's World: Science and the Knowing Subject. Berkeley: University of
California Press. Disponível em:
http://ark.cdlib.org/ark:/13030/ft0d5n99m0/
Computerhope
(2014).
Free
Computer
Help
and
Information.
Disponível
em
http://www.computerhope.com/issues/ch000984.htm
Crespo S. (s/d). Computação Social. Disponível em http://www.professores.uff.br/screspo/cs.pdf
Creswell, J. W. (20032). Research Design: Qualitative, Quantitative and Mixed Methods
Approach. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.
Dasgupta, S. (2010). Social Computing, Concepts, Methodologies, Tools, and Applications.
Volume I. Hersbey, PA, USA. Disponível em:
http://books.google.pt/books?id=dLRK_Ep_uc8C&pg=PA823&lpg=PA823&dq=swot+analysis+so
cial+computing&source=bl&ots=rUE8J8jFiM&sig=HGfxAmL8oPYYXbMJy3vTykXveS4&hl=ptPT&sa=X&ei=WyYnVLHfCcSE7gaZ_oDQDQ&ved=0CF4Q6AEwBw#v=onepage&q=swot%20an
alysis%20social%20computing&f=false
Di Luccio, F. & Nicolaci-da-Costa, A. M. (2010). Blogs: De Diários Pessoais a Comunidades
Virtuais de Escritores/leitores. In PSICOLOGIA, CIÊNCIA E PROFISSÃO. 30 (1), 132-145.
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/pcp/v30n1/v30n1a10.pdf
Guba, E. G., & Lincoln, Y. S. (1994). Competing paradigms in qualitative research. In N. K.
Denzin & Y.S. Lincoln (Eds.), Handbook of qualitative research (pp. 105-117). Thousand Oaks,
CA: Sage. Disponível em
https://www.uncg.edu/hdf/facultystaff/Tudge/Guba%20&%20Lincoln%201994.pdf
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
27/35
Jackson, L. D. & Grimes, J. (2010). The Hybrid Course: Facilitating Learning through Social
Interaction Technologies. In Dasgupta, S. (2010) (editor) (pp. 816-828). Social Computing,
Concepts, Methodologies, Tools, and Apllications. Volume I. Hersbey, PA, USA. Disponível em
http://books.google.pt/books?id=dLRK_Ep_uc8C&pg=PA823&lpg=PA823&dq=swot+analysis+so
cial+computing&source=bl&ots=rUE8J8jFiM&sig=HGfxAmL8oPYYXbMJy3vTykXveS4&hl=ptPT&sa=X&ei=WyYnVLHfCcSE7gaZ_oDQDQ&ved=0CF4Q6AEwBw#v=onepage&q=swot%20an
alysis%20social%20computing&f=false
Kaminski, D. ; Palazzo, L. A. M. & Vanzin, T. (2013). Acessibilidade em Redes Sociais
Temáticas. In Nuevas Ideas en Informática Educativa TISE. Disponível em
http://www.tise.cl/volumen9/TISE2012/317-324.pdf
Lincoln, Y. S. & Guba, E. G., (1985). Naturalistic Research. CA: Sage. Disponível em:
http://www.amazon.com/Naturalistic-Inquiry-Yvonna-S-Lincoln/dp/0803924313
Parameswaran, M. & Whinston, A. B. (2007). Social Computing: An Overview. Communications
of the Association for Information Systems (Volume 19, 2007) 762-780. Disponível em
http://aisel.aisnet.org/cgi/viewcontent.cgi?article=2680&context=cais&seiredir=1&referer=http%3
A%2F%2Fscholar.google.pt%2Fscholar%3Fq%3DParameswaran%2C%2BM.%2B%2526%2BW
hinston%2C%2BA.%2BB.%2B%282007%29.%2BSocial%2BComputing%3A%26hl%3DptPT%26as_sdt%3D0%26as_vis%3D1%26lookup%3D0%26oi%3Dscholart%26sa%3DX%26ei%3
D4R44VJ3wJaad7gb9goDwDA%26ved%3D0CBwQgQMwAA#search=%22Parameswaran%2C
%20M.%20%26%20Whinston%2C%20A.%20B.%20%282007%29.%20Social%20Computing%3
A%22
Patton, M. (1990). Qualitative evaluation and research methods. London: Sage.
Pick, T. (2014). 23 Outstanding Social PR Guides. Disponível em
http://www.business2community.com/public-relations/23-outstanding-social-pr-guides0951956#09tGmqMhA7SHGOiT.99
Schaeffer, M. W. (2011). The Tao of Twitter. Create Space: Amazon Publishing. Disponível em
http://www.amazon.com/gp/product/061543732X/ref=as_li_qf_sp_asin_tl?ie=UTF8&tag=heicoh20&linkCode=as2&camp=1789&creative=9325&creativeASIN=061543732X
Sikes, P. (2004). Methodology, Procedures and Ethical Concerns. In OPIE, Clive (ed). Doing
Educational and Social Research. A Guide to First Time Researchers. (pp. 15 - 33). London:
SAGE Publications.
Taylor, S. & Bogdan, R. C. (1992). Introducción a los métodos cualitativos de investigación.
Barcelona: Paidós.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
28/35
Yin, R. K. (2003b3). Case Study Research. Design and Methods. Thousand Oaks, CA: Sage
Publications.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
29/35
Anexos
Anexo A - Questionário
Computação Social e Relações (Inter)Pessoais
O presente questionário enquadra-se num estudo no âmbito do projeto FEUP, a ser
desenvolvido pelos alunos do curso de Engenharia Industrial e Gestão e de Engenharia
Informática e Computação, e destina-se a conhecer as tuas perceções relativamente às
relações entre a computação social e a comunicação (inter)pessoal.
*Obrigatório
Profissão *
Assinale a opção correta.

Estudante ensino básico/secundário

Estudante Ensino Superior

Quadros Médios

Quadros Superiores

Doméstica(o)

Desempregado(a)

Reformado(a)
Idade *
Assinale a opção correta

15-18

19-38

39-56

36-46

> 57 anos
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
30/35
Qual a frequência com que utiliza plataformas de computação social do
tipo “Peer to Peer” (Bittorrent, Skype, Flickr, Google,...)? *
Assinale a frequência de utilização – 1 (menos frequente) a 5 (mais frequente)
1)
2)
3)
4)
5)
Qual a frequência com que utilizas plataformas de computação social do
tipo Wikis (Wikipedia,…)? *
Assinala a frequência de utilização - 1 (menos frequente) a 5 (mais frequente)
1)
2)
3)
4)
5)
Qual a frequência com que utilizas plataformas de comunicação social
(Youtube, Myspace, Facebook, Linkedin, …)? *
Assinala a frequência de utilização - 1 (menos frequente) a 5 (mais frequente)
1)
2)
3)
4)
5)
Qual a frequência com que utilizas plataformas de computação social do
tipo E-commerce (E-bay, Magento, …)? *
Assinala a frequência de utilização - 1 (menos frequente) a 5 (mais frequente)
1)
2)
3)
4)
5)
Uso plataformas de computação social porque é a tendência atual. *
(Sim)
(Não)
Uso plataformas de computação social porque quero conhecer e
comunicar com mais pessoas. *
(Sim)
(Não)
Uso plataformas de computação social porque quero que potenciais
futuros colegas/empregadores tenham acesso ao meu perfil/qualificações. *
(Sim)
(Não)
Uso plataformas de computação social porque quero ter um papel
socialmente ativo e participar em discussões e debates e dar opiniões. *
(Sim)
(Não)
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
31/35
Uso
plataformas
de
computação
social
porque
quero
trabalhar
colaborativamente, de forma eficiente. *
(Sim)
(Não)
Uso plataformas de computação social porque quero facilitar a gestão da
vida doméstica/compras pessoais, com recursos a serviços online. *
(Sim)
(Não)
Uso plataformas de computação social porque quero estar informado e
quero partilhar o meu conhecimento. *
(Sim)
(Não)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas
facilitam a socialização, pois permitem-me conhecer novas pessoas facilmente. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas facilitam a
socialização, pois permitem–me conhecer pessoas/grupos/associações com quem tenho
interesses afins. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estou
mais confiante para divulgar informações pessoais no meu perfil, pois é apenas um perfil,
e não o meu “eu” verdadeiro. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
32/35
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas me
permitem ser mais ativo socialmente, participando em fóruns de discussão, por exemplo.
*
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas me
permitem um maior rendimento no trabalho/estudo, devido ao fácil acesso à informação. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas
contribuem para a minha (auto)formação e desenvolvem o meu conhecimento, em várias
áreas (profissionais, culturais, técnicas, …). *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas facilitam a
gestão dos aspetos logísticos da vida pessoal (compras, acesso a serviços vários, como
por exemplo bancos). *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que as pessoas com
quem contacto não são realmente meus amigos e não estou, de facto, interessado(a) na
sua vida. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
33/35
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas
condicionam a minha interação offline com pessoas que conheci online. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas me fazem
despender muito tempo, devido às inúmeras aplicações disponíveis. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que estas não são
de confiança, pois as informações pessoais disponíveis não podem ser confirmadas. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que preciso estar
ciente que certas aplicações (jogos, …) podem levar a comportamentos aditivos. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que preciso estar
muito ciente das definições de segurança das aplicações que uso, de modo a proteger a
minha privacidade. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
34/35
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que as informações
disponibilizadas pelas pessoas podem levar a conflitos interpessoais. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Pensando no uso de plataformas de computação social, sinto que a informação
pessoal que disponibilizei pode ser usada para fins comerciais, ilícitos e/ou criminais. *
Lê a afirmação e exprime o teu grau de concordância, de acordo com a seguinte escala: 1Discordo completamente 2-Discordo 3-Concordo 4-Concordo plenamente 5-Sem opinião/Não
sei
1)
2)
3)
4)
5)
Que aplicações de computação social imagines existirem no futuro?
Especula sobre o desenvolvimento de novas aplicações das plataformas de computação social.
Refere algumas vantagens e desvantagens das aplicações que sugeriste.
Computação Social – O que representa em termos de comunicação entre pessoas?
35/35
Download

Computação Social - Faculdade de Engenharia da Universidade do