Offshore Outsourcing em Tecnologia da Informação:
A Inserção do Brasil no Cenário Mundial.
Autoria: Paulo Roberto da Silva Brum
Resumo
A exportação de software ou serviços para os Estados Unidos e para a Europa vem
alcançando resultados expressivos no superávit comercial de países em desenvolvimento por
toda parte do mundo. No Brasil, é evidente a atenção por parte das empresas, do governo e da
sociedade nesses últimos anos. Assim, as estratégias, as políticas e as ações de países como
Brasil e Índia são detalhadamente apresentadas neste trabalho após breve panorama geral do
setor de offshore outsourcing em Tecnologia da Informação (TI) no mercado internacional, ou
seja, a exportação de software ou serviços para países desenvolvidos. Pretende-se neste estudo
explorar e descrever sobre um tema altamente relevante no cenário mundial e pouco
explorado, no meio acadêmico brasileiro, em virtude do fenômeno ser recente em nosso país.
O objetivo deste artigo é problematizar a inserção de empresas brasileiras no mercado de
exportação de software ou serviços frente os principais atores (players) deste segmento de
negócios internacionais. Além disso, espera-se contribuir para o avanço da indústria brasileira
de TI para ganhar espaço e posição no exterior, bem como proporcionar uma reflexão sobre a
posição almejada neste setor de exportação de software ou serviços nos próximos anos.
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1. Introdução
Atualmente, a atividade da indústria de Tecnologia da Informação (TI) que vem
ganhando destaque na estratégia empresarial e na pauta do governo brasileiro é o offshore
outsourcing, ou seja, a exportação de software ou serviços para países desenvolvidos, devido
ao potencial que esta área pode fornecer para incrementar tanto as receitas das empresas como
o superávit comercial do país. Segundo Pfannenstein e Tsai (2004), Outsourcing é definido
como sendo as diversas atividades de Tecnologia de Informação, tais como operação de
computadores, operação de redes, desenvolvimento e manutenção de software, realizadas por
um fornecedor em determinado tempo ao seu cliente. Offshore é o termo utilizado nos Estados
Unidos para especificar o outsourcing por outros países, como Brasil, Canadá, China, Índia,
Irlanda, Filipinas, Malásia, México, Polônia, República Tcheca, Rússia e outros. Este negócio
vem adquirindo proporções globais e torna-se uma alternativa estratégica de muitas
companhias para redução de custos com o mesmo nível de qualidade, e consequentemente,
maior foco na atividade fim, maior retorno para os investidores e diminuição do preço final
para os consumidores.
As empresas nacionais de TI, fornecedores de tecnologia, prestadores de serviços de
desenvolvimento de software e subsidiárias brasileiras de multinacionais, bem como o
governo, começam a desenvolver ações e políticas conjuntas a fim de vislumbrar a inserção
neste cenário mundial para expansão dos negócios e para obtenção de mais divisas para o
país, respectivamente. A participação da sociedade organizada é também fundamental para
apoiar as empresas, pois não podem ser desconsiderados os benefícios advindos desta
crescente onda de novos negócios para a geração de emprego e qualificação das pessoas.
Assim, coloca-se a necessidade de analisar e entender como que as empresas de TI, o
governo e a sociedade do nosso país estão atuando e influenciando no âmbito dos negócios
internacionais. O objetivo deste artigo é problematizar a inserção de empresas brasileiras no
mercado de exportação de software frente os principais atores (players) deste segmento de
negócios internacionais. Além disso, este artigo apresenta um panorama com as características
dos principais países envolvidos em offshore outsourcing no cenário mundial, bem como
algumas evidências da indústria de software no Brasil em comparação com os exemplos dos
principais países exportadores de software, como Índia, China, Rússia e México. Finalmente,
apresenta-se que a exportação de software ou serviços é uma grande oportunidade para o
mercado de TI nacional alcançar resultados positivos para as empresas, governo e sociedade,
porém parece ser uma realidade distante para o Brasil obter uma participação expressiva neste
setor de negócios internacionais.
O presente artigo está estruturado em 5 seções. Nesta primeira seção, introduz-se o
estudo. Na segunda, apresenta-se uma revisão da literatura, na qual são descritos os conceitos
e modelos teóricos referentes às abordagens de economia política internacional e de
internacionalização de empresas. Na terceira, descreve-se o método utilizado. A seção 4
apresenta o estudo de caso em três partes. A primeira parte aborda, brevemente, o offshore no
cenário mundial enquanto a segunda os principais players de cada país. A terceira e última,
detalha o caso de países como Índia e Brasil, respectivamente, líder e iniciante em offshore
outsourcing ou exportação de software ou serviços em Tecnologia da Informação. Por fim, a
seção 5 faz considerações finais, onde oferece uma reflexão sobre a situação do Brasil frente à
referida indústria, como também coloca algumas recomendações de pesquisas e limitações
pertinentes ao estudo.
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2. Referencial Teórico
Dentre as mudanças ocorridas no cenário mundial a partir dos anos 90, o fim da guerra
fria, o colapso do comunismo e o fortalecimento do neo-liberalismo, podemos destacar a
globalização como sendo o principal fenômeno transformador da sociedade capitalista
contemporânea. Este fenômeno consiste de vários processos que ocorreram de forma
simultânea neste período, como crescimento extraordinário dos fluxos internacionais,
acirramento da concorrência no sistema internacional e a integração crescente entre os
sistemas econômicos nacionais (Gonçalves, 1999). Além disso, assistimos a uma revolução
digital, virtual e automatizada de nossas vidas (cultura, valores, crenças e padrões),
acarretando mudanças de como governos, empresas, pessoas e organizações se interagem,
como também, o surgimento de novos modelos sociais, políticos e empresariais inéditos
(Friedman, 2005).
Com a globalização, a sociedade vivência um grande fluxo de quantidades de
comércio, de investimentos, de tecnologias e de culturas através das fronteiras nacionais que
propiciam um alcance mundial das atividades políticas, econômicas e sociais (Gilpin, 2000).
O Estado, um tanto fragilizado - devido aos interesses da economia mundial ser determinados
por blocos de muitos países e organizações multilaterais - passa a agir como um agente
regulador da política externa e como um executor da política econômica interna, além de
exercer a sua função de governo interno. As empresas passaram a produzir ou prestar serviços
em qualquer lugar, com maior qualidade e ao menor custo possível, para atender a uma
sociedade consumista, bem como os mecanismos de eficiência operacional das estratégias
empresariais.
Cada vez mais influentes nas transações globais, as grandes empresas multinacionais
fazem investimentos diretos na produção ou nos serviços. Além disso, as empresas passaram a
competir num mercado global sob a égide dos regimes internacionais e não mais restrito
somente ao seu local de origem sob a lei do Estado. Em outras palavras, Gilpin (2001) coloca
a economia como um sistema sócio-político composto por poderosos atores econômicos ou
instituições, tais como empresas multinacionais, governos nacionais (Estado), organizações
do trabalho e de agronegócios que competem com políticas governamentais de outros países
em busca de vantagens (redução de impostos e tarifas) e interesses próprios. Os Estados
definem os seus interesses transformando-os em regras, leis e normas, entre rivalidades e
cooperações com demais Estados, para serem seguidas pelas empresas sob sua influência.
Assim, a dinâmica da economia internacional é afetada por política internacional e por
relações políticas.
Segundo Gilpin (2000), o estabelecimento de uma crescente economia mundial
integrada deve-se aos avanços tecnológicos e as forças do mercado, assim como as políticas
de apoio dos Estados e as relações de cooperação entre eles constituem as bases políticas
necessárias de uma economia mundial estável e unificada. Gilpin (2001) define sua
perspectiva para a análise da economia política internacional como sendo “Realismo Estadocêntrico”. Apesar de defender o liberalismo econômico – comércio livre e barreiras mínimas
nos fluxos de mercadorias, serviços e capitais através das fronteiras nacionais – não descarta a
intervenção do Estado com políticas protecionistas no comércio e na indústria. Portanto, a
política econômica internacional é determinada pelo mercado bem como pelas políticas dos
estados-nação.
Outra questão importante é por quê e como negócios internacionais são estabelecidos
pelas empresas nos países escolhidos como alvo de expansão e crescimento destas. O
processo evolutivo na aquisição de conhecimento através da acumulação da experiência
coletiva da firma determina a sua capacidade de crescimento e não a demanda existente
conforme a teoria tradicional da firma (Penrose apud Hemais e Hilal, 2002). Assim, as
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empresas deveriam avaliar a sua potencialidade, para depois diversificar e expandir a sua
atuação quando o mercado interno tornar-se menos lucrativo ou quando surgissem novos e
atraentes mercados a serem servidos. A Escola de Uppsala, com base nesta teoria, propôs um
modelo para internacionalização de empresas, onde as firmas escolhiam mercados e as suas
formas de entrada através de exportações ou de investimentos diretos (Hemais e Hilal, 2002).
Posteriormente, diversas críticas surgiram a este modelo, como a pouca influência da
distância psíquica1 e negligência dos processos de fusão, aquisição, aliança estratégica e
abertura de franquias pelas organizações, fazendo emergir novas perspectivas a serem
acrescentadas quando se trata do assunto internacionalização de empresas.
Estudo empírico comparando empresas multinacionais, tanto de países desenvolvidos
quanto em desenvolvimento, ressalta que o principal objetivo de internacionalização foi o
crescimento e que a forma mais utilizada foi através da aquisição de empresas no país
(Beausang, 2003).
Em pesquisas mais recentes, Andersen e Buvik (2002) apontam a importância do
processo de internacionalização de empresas baseado na seleção de onde e quais firmas
(parceiros nos negócios) serão realizadas transações. Descrevem uma específica abordagem
de relacionamento entre empresas de seus negócios, além de fazer uma comparação com a
abordagem tradicional. Na abordagem de relacionamento, a seleção do parceiro nos negócios
vem antes da escolha do mercado, ao passo que na abordagem tradicional, baseada na análise
de custos de transação, o fator determinante é o mercado. Assim, a abordagem de
relacionamento, em certas circunstâncias, é mais utilizada do que a tradicional (Andersen e
Buvik, 2002).
Hemais e Hilal (2002) destacam a importância no desenvolvimento de redes de
relacionamento ou networks nos negócios entre pessoas, firmas e mercados, é necessário para
o estabelecimento de novos negócios em outros países e, portanto, foi considerado tão
importante para o entendimento dos negócios internacionais que a Escola de Uppsala passou
ser conhecida como Escola Nórdica de Negócios Internacionais.
Ghoshal e Bartlett (1990) com uma abordagem da rede de subsidiárias tratam a firma
internacional como network interorganizacional sujeita a outra network externa, formada
organizações de clientes, fornecedores e governos procurando interagir o conhecimento e
compartilhando valores da organização. Assim sendo, estudos atuais chamam a atenção da
importância que os atores externos possuem no processo de internacionalização das empresas
(Hadjikhani e Johanson, 2002).
Desta forma, a teoria das networks dedica-se a explicar o processo de conhecimento e
as interligações políticas e sociais que se formam entre os atores de políticos e de negócios,
bem como pessoais em vez de considerar somente fatos econômicos (Hemais e Hilal, 2002).
As empresas de TI brasileiras iniciaram, basicamente, a sua internacionalização através da
criação de escritórios, filiais e subsidiárias, bem como através da aquisição de pequenas
empresas de TI em outros países e atraindo parceiros ou investidores externos. De fato, este
artigo considera importante a ação do governo, a estratégia da empresa e a participação da
sociedade acrescido do desenvolvimento de relacionamentos de influência além-fronteiras
interligando os atores políticos, sociais e de negócios para promover a expansão e a
consolidação dos negócios a nível internacional.
3. Metodologia
Com objetivo de investigar a atual situação da indústria de Tecnologia de Informação
frente ao mercado internacional de exportação de software ou serviços (offshore outsourcing),
utilizou-se o método de estudo de caso individual sobre a referida indústria (Yin, 2001).
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Yin (2001) acrescenta que um estudo de caso único justifica-se quando a pesquisa
apresenta características exploratórias e reveladoras, isto é, quando o pesquisador tem a
oportunidade de observar e analisar um fenômeno previamente inacessível à investigação
científica. Em particular, o presente estudo possui dois aspectos reveladores. O primeiro
refere-se à visão geral dos principais players dos países que se destacam realizando offshore
outsourcing no mercado internacional. A segunda característica está relacionada na
comparação e na análise entre Brasil e Índia, destacando as políticas do governo, as
estratégias das empresas e as ações sociais de Brasil e Índia.
Desta forma, o estudo foi estruturado com a finalidade de obter uma reflexão sobre a
situação atual e desejada pelo Brasil no mercado internacional de exportação de software ou
serviços. Para examinar a questão acima foi necessário levantar evidências tanto quantitativas
quanto qualitativas, desta recente indústria, referida nos três últimos anos. Estas evidências
foram coletadas de fontes múltiplas por meio de pesquisa de campo, documental e
bibliográfica.
Segundo Vergara (2004), a pesquisa de campo é a investigação empírica que ocorre ou
que dispõe de elementos que expliquem um fenômeno. Assim, entrevistas informais e
apresentações corporativas por gerentes e diretores, bem como a experiência profissional de
trabalhar em duas destas grandes empresas de TI nos últimos anos serviram como motivação
desta pesquisa.
Posteriormente, a facilidade para a investigação documental foi efetuada acessando
artigos técnicos, normativos, comunicados internos, conteúdo de páginas da intranet.
Adicionalmente foi realizada a pesquisa bibliográfica baseada em livros, artigos acadêmicos,
revistas especializadas, websites de empresas e do governo, associações e organizações de
software, de modo a complementar toda a pesquisa com fontes de dados secundários para
ilustrar a parte quantitativa. As orientações metodológicas apresentadas fundamentam o
estudo de caso deste trabalho, que envolve a exportação de software ou serviços, com o
objetivo de prover maior entendimento acerca da inserção do Brasil no cenário mundial de
offshore outsourcing em TI.
Finalmente, a adaptação e validação dos dados foram realizadas através de interações
com outros consultores e especialistas desta área de TI. Após a coleta de dados foram
realizadas análises qualitativas com o propósito de propor uma reflexão sobre os aspectos
relevantes desta indústria e suportar as devidas recomendações deste estudo.
4. Descrição do caso
4.1. Offshore no cenário mundial
O surgimento do offshore aconteceu por volta dos anos de 1970 e 1980, quando
diversas companhias manufatureiras em todo o mundo começaram a mover grande parte de
suas unidades de produção para países em desenvolvimento, onde o baixo custo da mão-deobra traria custos mais competitivos. Pelos mesmos motivos, várias companhias envolvidas
com os esforços de reprogramação de seus sistemas de computadores para evitar o bug do
milênio (virada do ano 2000), recorreram a projetos realizados em países em
desenvolvimento. Ao longo da década de 1990, as atividades de outsourcing em Tecnologia
da Informação foram ganhando mais qualidade e maior valor agregado em serviços tais como,
help desk ou call center (estação de atendimento a clientes), suporte de software e
desenvolvimento de software. O país mais popular em offshore é a Índia, na qual combina alta
qualidade com baixos custos (Friedman, 2005). Outros países, como China, Rússia, México e
Brasil seguem como opções, porém é necessário fazer uma análise de vantagens e
desvantagens de suas características como descreveremos na seção seguinte.
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Segundo estudo da Internacional Data Corporation (IDC), os gastos com outsourcing
(prestação de serviços de software) em 2001 alcançaram a cifra de US$ 712 bilhões e no final
do ano de 2003 movimentou aproximadamente US$ 1,2 trilhão. Nos próximos anos, as
empresas norte-americanas pretendem gastar algo em torno de US$ 65 bilhões, enquanto as
européias vão duplicar seus gastos com outsourcing offshore. Neste artigo veremos alguns
aspectos que fazem a Índia obter 10 bilhões de dólares com a exportação de software e
serviços e possuir cerca de 70% dos negócios de offshore, enquanto o Brasil exporta apenas
100 milhões de dólares acarretando um desequilíbrio na balança comercial de quase um
bilhão de reais.
4.2. Panorama por país dos principais players
Vários institutos de pesquisas realizam estudos para avaliarem e descreverem a
situação de cada país no mercado de TI e, principalmente, para projetos de offshore. Zatolyuk
e Allgood (2004) sugerem que empresas ao decidirem por outsourcing dos seus serviços de TI
em outros países devem avaliar critérios tais como: recursos humanos com base na habilidade,
qualidade e experiência, infra-estrutura do país baseado nos fatores políticos, econômicos e
qualidade e nos aspectos sócio-culturais, conforme tabela 1 abaixo.
Tabela 1 – Estrutura para Seleção de País
Recursos Humanos e Habilidades:
- disponibilidade de recursos profissionais habilitados;
- sistema educacional;
- proficiência na língua inglesa;
- experiência em Marketing;
- aquisição de software/hardware.
Infra-estrutura do País:
- estabilidade política;
- suporte do governo;
- ambiente regulatório;
- infra-estrutura de telecomunicações e transporte.
Aspectos Culturais:
- estilo de trabalho (salário, horário, etc.);
- técnicas de comunicação;
- respeito a hierarquia.
Fonte: Zatolyuk e Allgood (2004).
Recentemente, um estudo2 realizado pela Câmara Americana de Comércio destaca que
o Brasil perde competitividade ante aos emergentes. O objetivo do estudo foi avaliar a
competitividade dos países emergentes que formam a sigla BRIC-M (Brasil, Rússia, Índia,
China e México) frente a indicadores tais como: de custo e disponibilidade de capital, custo
fiscal e institucional e custo operacional. Segundo o estudo, coloca a China como líder no
ranking, seguida da Índia e Rússia. Brasil e México estariam empatados em quarto lugar.
Vejamos a seguir o relatório intitulado Global Outsourcing Guide3 que considera os
principais critérios para realização de offshore outsourcing em TI, apresentando os pontos
fortes e fracos, bem como os riscos, benefícios, desafios e oportunidades envolvidos para cada
escolha de um país. A classificação da posição é baseada na maturidade da indústria, no
tamanho do mercado, na disponibilidade e no custo da força de trabalho e infra-estrutura
(suporte do governo e tecnologia atual). O risco geo-político considera a política econômica e
o risco de investimentos em 2006. Média salarial do programador iniciante com 2 anos de
experiência. A proficiência na língua inglesa leva em conta origem do país e o número de
pessoas fluentes.
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Relatório:
ƒ ÍNDIA
Posição: Líder
Salário médio programador: de $5K até $10K
Risco geo-político: Moderado
Proficiência na língua inglesa: Muito bom
Vantagens: Trabalhando para permanecer no topo, desafiando os integradores e consultorias
de TI para negócio. Tem recursos essenciais e robusta infra-estrutura para entregar aplicações
completas e detalhadas, infra-estrutura e serviços de processos de negócio. Alcançam quase
$18 bilhões em TI e BPO anualmente. TCS, HCL Technologies, WiPro, Satyam e Infosys
estão acima da marca de bilhão de dólares e estão movendo para uma cadeia de valor em TI.
Lugar de algumas das companhias mais avançadas tecnologicamente no mundo; três entre
cinco companhias de CMM nível 5 do mundo estão na Índia. São 200.000 graduados em TI
por o ano.
Desvantagens: O turnover é um problema grande, diz a India’s National Association of
Software and Services Companies. As taxas de turnover variam de 10% a 12% em posições
do nível operacional, 15% a 20% na gerência média; correndo o risco de perder 100% da
equipe de projeto durante a noite. Salários também em ascensão. É prioridade na lista da
International Intellectual Property Alliance (IIPA).
ƒ CHINA
Posição: Desafiante
Salário médio programador: de $5K até $10K
Risco geo-político: Moderado
Proficiência na língua inglesa: Pobre
Vantagens: Direcionada a tomar a posição da Índia (topo da lista), vem crescendo em 25% ao
ano desde 1999. Melhoramento da infra-estrutura. Shanghai e Beijing são cidades bemconectadas. Aumento da transparência nos negócios. Estima-se, agora, 2 milhões de
programadores chineses de software e este número ainda está em crescimento. Posição boa
para prestar serviços de manutenção a operações locais das multinacionais e de companhias
chinesas. Alternativa de baixo custo para países próximos Japão, Coréia, Formosa, Hong
Kong e Singapura.
Desvantagens: Companhias de serviços de TI pequenas e pouco experientes em negócios
globais de TI. Escassez de talento de gerente de projetos e de profissionais de nível sênior.
Habilidades mínimas com a língua inglesa. Os dados e a proteção da patente industrial
continuam a ser uma preocupação. É prioridade na lista da IIPA. Usado principalmente para o
desenvolvimento de aplicação de baixa complexidade, manutenção e testes. Os salários em
crescimento podem afastar a atratividade.
ƒ RÚSSIA
Posição: Desafiante
Salário médio programador: de $10K até $15K
Risco geo-político: Moderado
Proficiência na língua inglesa: Pobre
Vantagens: Oferece uma enorme quantidade de equipes de trabalho altamente hábil ao
outsourcing. Especializa-se em modelagem e resolução de problemas complexos e inovações.
Taxas de hora são tão baixas quanto na Índia.
Desvantagens: Classificada em 39º das 40 em ambiente de negócio com métricas, de acordo
com A.T. Kearney. Crescimento dos custos. Infra-estrutura e segurança são pobres. Baixa
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proficiência de língua ocidentais ou inglesa. Habilidades de gerência de projetos são baixas. O
pior lugar do mundo em pirataria, de acordo com IIPA.
ƒ MÉXICO
Posição: Desafiante
Salário médio programador: de $10K até $15K
Risco geo-político: Moderado
Proficiência na língua inglesa: Pobre
Vantagens: Segundo maior em prestação de serviços de TI no mercado da América Latina e
com possibilidae de crescimento maior. Cada vez mais atrativo como uma plataforma de Call
Center para populações que falam o espanhol. As posições de Call Center esperam crescer
hoje de 33.500 para 80.000 até 2010, de acordo com o Data-monitor. A desvalorização do
peso frente ao dólar fornece economias adicionais. A IBM, Accenture e EDS mantêm
presença significativa.
Desvantagens: Deficiência na língua inglesa e pouca disciplina em processos de TI. Custos
em elevação. Melhor para os serviços de desenvolvimento e de manutenção da aplicação de
baixo nível (codificação de programas) que requerem a interação mínima.
ƒ BRASIL
Posição: Promissor
Salário médio programador: de $5K até $10K
Risco geo-político: Alto
Proficiência na língua inglesa: Pobre
Vantagens: Líder latino-americano no mercado de prestação serviços de TI. Infra-estrutura
leading-edge (gasta mais na tecnologia por GDP do que Índia ou China). São 15.000
profissionais graduados em TI anualmente; Ascensão nas taxas de certificação. Alternativa
possível do nearshore para países norte-americanos e boa possibilidade boa para projetos em
língua espanhola e portuguesa.
Desvantagens: Leis trabalhistas e de comércio hostis. Inglês pobre. Inteiramente
inexperiente.
Legenda:
Posição - Líder; Desafiante; Promissor; Nascente e Declinante.
Salário médio programador - menor $5K; $5K até $10K; $10K até $15K; $15K até $20K e
maior $20K.
Risco geo-político - Baixo; Moderado e Alto.
Proficiência na língua inglesa - Pobre; Razoável; Boa; Muito boa e Excelente.
4.3. A liderança da Índia e a inserção do Brasil no offshore outsourcing
A primazia na área de serviços em TI pela Índia, reside, principalmente, nos fatores
políticos e econômicos ocorridos a partir de 1980, notadamente, após a queda do Muro de
Berlim, criando um pensamento de uma política “global” (Friedman, 2005). O fortalecimento
do processo democrático e das instituições, e pela criação de um consenso multi-partidário
sobre a liberalização econômica resultou numa grande descentralização dos estados e
favoreceu uma competição entre eles por investimentos privados (Kapur e Ramamurti, 2001).
Os vários fatores que contribuíram para uma vantagem competitiva aliado às reformas do
governo indiano consistiram na redução de tarifas e de impostos; importação livre de
computadores e software; atração de investimentos estrangeiros diretos, principalmente por
multinacionais de TI; crescimento econômico anual de 6% a 7% e com 8% a 10% na década
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de 1990; expansão geográfica dos negócios dos EUA para Europa e Japão; adoção da língua
inglesa na educação e nos negócios; crescentes investimentos em infra-estrutura de
telecomunicações e de transportes; baixos salários dos profissionais de informática; incentivos
fiscais para exportação de software; forte investimento na criação de instituições de ensino
superior na área de TI e grande network entre instituições de ensino públicas e privadas
(Kapur e Ramamurti, 2001; Rajkumar e Mani, 2001).
No Brasil, questões ligadas à situação política, econômica e social do país nas últimas
décadas, principalmente a tardia abertura do mercado nos anos 90 com a reserva de mercado
na área de informática que perdura até 1994, acarretaram um atraso tecnológico e um
distanciamento dos conhecimentos na área de software e serviços com relação a outros países.
Em comparação com a Índia, conforme reportagem no site da Computerworld, “o país
que exporta cerca de US$ 10 bilhões anuais, enquanto o Brasil embolsa modestos US$ 200
milhões. Estima-se que a exportação de serviços dos indianos deve saltar para US$ 57 bilhões
em 2008. O fato de o país estar em uma zona de conflitos, além de contabilizar um dos
maiores contingentes de população pobre do planeta, não demoveu o governo de buscar seus
objetivos comerciais quando, há mais de oito anos, contratou os serviços da consultoria
McKinsey para desenhar uma política de software de exportação”. A Índia tem hoje 1.800
instituições de ensino de tecnologia e forma cerca de 3,1 milhões de alunos por ano. Além
disso, grande parte dos engenheiros e pesquisadores (mestres e doutores) atua no mercado, ou
seja, tornaram-se empresários, capitalistas ou executivos ao voltarem para o país, enquanto no
Brasil predomina atuação na área acadêmica. Acontece que os indianos contam com uma
forte infra-estrutura montada, lobby nos EUA, tornando-se referência mundial em serviços
(Friedman, 2005). Não é por acaso que o Brasil gera 158 mil empregos no setor de software,
enquanto a Índia, 390 mil. Com relação à qualificação CMM4 e CMMI5, indicadores
internacionais de qualidade no desenvolvimento de software e a maturidade dos processos de
software de uma organização, a Índia é líder absoluta nas duas certificações, enquanto o
Brasil figura em 14º e 11º, respectivamente. Por isso, a Índia tornou-se o maior exportador de
TI entre os países em desenvolvimento.
Segundo a consultoria IDC e a Associação Brasileira das Empresas de Software
(ABES), o Brasil, em contrapartida, se não partiu para a internacionalização na área de
software, cresceu internamente. Em 2006, a indústria de tecnologia da informação (hardware,
serviços e software) registrou alta de 12,8% ao ano – em relação ao mercado global o Brasil
detém 1,38% de participação, à frente da Rússia (1,21%) e da Índia (1,16%), mas bem atrás
da China (3,26%) e Estados Unidos (37,5%). Hoje, o país tem mais de 7.8 mil empresas na
área de software, é o sétimo mercado mundial do setor e movimenta cerca de US$ 16 bilhões
por ano, quase a mesma cifra do que é exportado pelos indianos. Com relação à participação
no mercado externo, o Brasil não figura entre os 10 primeiros (veja tabela 2, publicada no
boletim da Global Services6), offshore tende-se a explorar as vantagens competitivas do
mercado brasileiro como, por exemplo, a paridade do fuso horário com os Estados Unidos,
entrada nos países de língua portuguesa, localização fora de conflitos mundiais, a
flexibilidade e a inteligência na prestação de serviços e o baixo custo de mão-de-obra.
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Tabela 2 - Mapa do Mercado de Offshore
Ranking
Country
1
Índia
2
Canadá
3
China
4
Polônia
5
Irlanda
6
República Tcheca
7
Rússia
8
Malásia
9
México
10
Hungria
Fonte: NeoIT Mapping Offshore Markets, atualizado em 2005.
Ranking baseado nos benefícios financeiros, maturidade em
serviço, pessoas, infra-estrutura e catalizador.
Depois de vários anos reivindicando a criação de um programa nacional de exportação
de software e serviços, o setor agora passa a fazer parte da nova política industrial,
tecnológica e de comércio exterior lançado em março de 2004 pelo atual governo. Após o
anúncio, o governo irá destinar R$ 100 milhões para a produção e comercialização de
software. As empresas e entidades representativas da indústria já correram para apresentar
sugestões à proposta original, que, além da exportação, contempla a criação de um programa
nacional de certificação de software, para assegurar qualidade de produção das empresas, e de
incentivo ao desenvolvimento de software livre, entre outros.
Iniciativas de fusões e parecerias entre as empresas nacionais de TI tendem a aumentar
para possibilitar que estas passem a se tornar mais visível as qualificações do software e
serviços prestados e competir no mercado externo de igual para igual com os concorrentes. O
Núcleo Brasileiro de Exportação de Tecnologia (NEXT), que reúne 15 empresas do setor de
TI tinha como objetivo inicial abrir uma empresa nos Estados Unidos e posteriormente
adquirir uma empresa neste mesmo país conta com o apoio financeiro do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outra iniciativa é a Sociedade para
Promoção de Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX) que incentiva a oferta de
prestação de serviços de TI para o exterior.
De maneira semelhante aos indianos, cinco empresas brasileiras CPM, Datasul, DBA,
Itautec, Politec e Stefanini anunciaram em março de 2004 a criação da Brazilian Association
of Software and Service Export Companies (BRASSCOM) ou Associação Brasileira das
Empresas de Software e Serviços para Exportação, entidade que pretende reforçar a marca do
Brasil no exterior. Atualmente, esta conta coma mais oito empresas: Accenture, HSBC,
Braxis, Promon, BRQ, CenPRA, Sun e TIVIT. A BRASSCOM, assim como a National
Association of Software and Service Companies (NASSCOM) na Índia são organizações
responsáveis para fomentar o reconhecimento do país como exportador de software.
Das empresas citadas acima, Itautec e Datasul iniciaram a sua internacionalização
através do fornecimento e da comercialização de seus produtos ou soluções (software e
hardware) para seus clientes para depois criarem filiais, subsidiárias e distribuidoras no
exterior, enquanto que as outras quatro empresas abriram primeiro filiais ou escritórios com
objetivo de expandirem a atuação através da parceria com seus fornecedores ou da aquisição
de pequenas empresas de TI como planeja a empresa Stefanini que pertence a um grupo
multinacional. Outra forma encontrada é quando uma empresa nacional é comprada por um
ou mais investidores estrangeiros, como o caso da CPM que tem como acionistas o Deutsche
Bank, Banco Bradesco e a empresa Braxis. A DBA e a Politec abriram escritórios no exterior.
10
A primeira somente na Alemanha, enquato a segunda abriu em diversos países: Estados
Unidos, Alemanha, França, Bélgica, Japão, China e Índia. De fato, estas grandes empresas
realizaram networks e relacionamentos necessários com diversos atores em cada local de
atuação.
Como forma de alavancar network ou rede de relacionamentos, o governo brasileiro
tem realizado muitas viagens para vários países como também participações em encontros no
exterior como forma de ampliar o comércio internacional e promover um marketing da marca
“Brasil”. Como é anunciado na imprensa, as várias comitivas são formadas por ministros,
secretários, empresários, presidentes de organizações e associações de diversas áreas, e
portanto, a exportação de software ou serviços de TI foi um dos destaques dos assuntos
tratados pelo governo como em recentes viagens para a China.
5. Considerações finais
Neste artigo procurou-se evidenciar a importância das questões políticas, econômicas e
sociais no âmbito dos negócios internacionais, mais especificamente na exportação de
software ou serviços ou offshore outsourcing no mercado de Tecnologia da Informação com
relação aos países em desenvolvimento. Empresas brasileiras de TI começam a desenvolver
estratégias com profundos investimentos em infra-estrutura e inovação de produtos, processos
e serviços, que aliado com a política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo
e com colaboração da sociedade organizada, que almejam uma inserção e uma participação
mais efetiva neste setor. Contudo, a ausência de uma estratégia industrial focada, o
insuficiente apoio as exportações, dificuldade de obtenção de financiamento, insuficiência do
mercado de capitais de risco, a limitada experiência internacional das empresas, a falta de
uma marca com identidade do software no exterior são lacunas a serem preenchidas pelo
Brasil num curto-médio prazo.
Por fim, a exportação de software ou serviços é uma grande oportunidade para o
mercado de TI nacional alcançar resultados positivos para as empresas, governo e sociedade,
porém parece ser uma realidade distante para o Brasil obter uma participação expressiva neste
setor de negócios internacionais devido a crescente quantidade de opções de grandes players
para este setor. Além disso, problemas de natureza política, econômica e social, tais como:
restrições aos investimentos externos, poucos incentivos fiscais, carga tributária elevada e
pouco investimento em educação ao longo prazo, contribuem para atrasar e dificultar a
inserção neste mercado internacional.
Um aspecto que pode ser considerado como limitação deste estudo, diz respeito à
participação do pesquisador como profissional da área de modo a influir na sua interpretação,
mesmo com a preocupação de se manter, distante e neutro, sobre o objeto de estudo. Além
disso, a dificuldade para obtenção de dados quantitativos devido a limitações de recursos para
a aquisição de relatórios das principais consultorias de pesquisa.
Neste estudo vislumbram-se algumas sugestões para pesquisas futuras como descrever
e analisar a internacionalização de uma das empresas apresentadas, bem como investigar a
avaliação de empresas estrangeiras que são clientes da exportação de software ou serviços
brasileiros.
6. Notas
1. Distância psíquica é definida como a soma de fatores que interferem no fluxo de
informações entre os países de origem e o estrangeiro. Os fatores podem ser: nível de
desenvolvimento, nível de educação, idioma, cultura, sistema político e outros.
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2. Extraído da notícia publicada no Jornal O GLOBO ONLINE, seção economia, em
04/12/2006 em parceria BBC BRASIL.
3. Guia produzido e extraído da revista CIO Magazine on-line em 2006. Tradução livre para
o português.
4. CMM – Proposto Watts e Crosby e aperfeiçoado pelo Software Engineering Institute
(SEI) da Carnegie Mellon University, o Capability Maturity Model é um modelo que
prevê cinco níveis de maturidade: inicial, repetível, definido, gerenciado e otimizado,
extraído do site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
5. CMMI – Criado pelo SEI, o Capability Maturity Model Integration é uma integração e
evolução do CMM com outros modelos, destacando ISSO/IEC 15504, extraído do site do
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
6. Global Services é um boletim de notícias mensal para gerentes do global-sourcing. A
neoIT é uma consultoria em gerenciamento de offshore.
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