1º Ten Al ANA PAULA DE ALMEIDA SANTOS ROCHA
RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DE ATIVIDADE
FÍSICA REGULAR E A COMPOSIÇÃO CORPORAL
RIO DE JANEIRO
2008
1º Ten Al ANA PAULA DE ALMEIDA SANTOS ROCHA
RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA
REGULAR E A COMPOSIÇÃO CORPORAL
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de
Saúde do Exército, como requisito parcial para aprovação
no Curso de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde,
especialização em Aplicações Complementares às Ciências
Militares.
Orientador: Flávio Roberto Campos Maia – 1º Ten Med
Rio de Janeiro
2008
R672r
Rocha, Ana Paula de Almeida Santos
Relação entre a prática de atividade física regular e a composição
corporal /. – Ana Paula de Almeida Santos Rocha. - Rio de Janeiro, 2008.
35 f. ; 30 cm.
Orientador: Flávio Roberto Campos Maia
Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Escola de Saúde
do Exército, Programa de Pós-Graduação em Aplicações Complementares
às Ciências Militares.
1. Obesidade. 2. Sedentarismo. 3. Exercícios físicos - Aspectos da
saúde. I. Maia, Flávio Roberto Campos. II. Escola de Saúde do Exército.
III. Título.
CDD 616.398
RESUMO
Obesidade é uma doença endócrino-metabólica crônica heterogênea, com base
genética poligênica na sua maioria, desencadeada por fatores ambientais,
principalmente
superalimentação
e
sedentarismo.
O
presente
estudo
foi
desenvolvido com o objetivo geral de analisar o efeito de um programa regular de
atividade corporal. A justificativa da realização desta pesquisa está no fato de que,
como pode ser visto na literatura, a prática de atividade física é um dos principais
fatores para o controle de peso e tem sido demonstrada como capaz de reduzir a
obesidade, que pode provocar doenças, as quais comprometeriam a disponibilidade
do efetivo. Para condução deste trabalho, foram utilizadas as pesquisas tipo
bibliográfica e documental. Inicialmente, é traçado um breve histórico sobre
antropometria e composição corporal. Em seguida, é apresentado o referencial
teórico e a revisão da literatura.
Palavras-chave: Obesidade, Composição Corporal, Sedentarismo.
ABSTRACT
Obesity is a chronic inherited endocrine and metabolic disorder, mostly polygenic. It
is triggered b environmental factors, mainly overeating and lack of exercise. The
present study was developed as objective generality to analyze the effect of a regular
program of applied physical conditioning to the military. The justification of the
accomplishment of this research is in the fact of that, as it can be seen in the
literature, the practical of physical activity is one of the main factors for the weight
control and has been demonstrated as capable to reduce the obesity, that can turn to
illnesses, which would compromise the availability of the cash. For conduction of this
work, the research had been used bibliographical type and documentary. Initially, it is
traced a historical briefing on anthropometry and corporal composition. After that, it is
presented the theoretical referential and revision of literature.
Key word: Obesity, Body Composition, Sedentary.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 06
2 CONSIDERAÇÕES GERAIS DO ESTUDO ......................................... 10
3 ASPECTOS DA INVESTIGAÇÃO......................................................... 13
3. 1 TIPOLOGIA DO ESTUDO ................................................................ 13
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................... 18
4.1 UTILIZAÇÃO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ....................... 19
4.1.1 Percentual de gordura .................................................................. 19
4.1.2 Índice de massa corporal ............................................................. 22
4.1.3 Índice de relação cintura-quadril ................................................. 24
5 APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE ......................................................... 27
5.1 ATIVIDADE FÍSICA E OBESIDADE .................................................. 27
6 CONCLUSÃO....................................................................................... 28
REFERÊNCIAS
6
1 INTRODUÇÃO
Anderson (1998) revela que o avanço da tecnologia tem levado a população
mundial, cada vez mais, a diminuir as suas atividades cotidianas, tanto no trabalho
como em casa. A escada rolante, o elevador, o controle remoto, o vidro elétrico, as
máquinas de lavar roupa e louça podem, a longo prazo, gerar danos a saúde caso
não se compense esse sedentarismo advindo com a tecnologia, explorando a
prática regular de atividade física (OMS/FIMS, 1998). De acordo com Pollock (1993),
existe confirmada associação entre condicionamento físico e sedentarismo, sendo
que os sedentários desenvolvem obesidade e outras doenças secundárias que
podem afetar seriamente sua saúde e aptidão física.
A importância da realização desta pesquisa sustenta-se no fato de que,
como pode ser visto na literatura, a prática de atividade física regular é um dos
principais fatores para o controle de peso e tem sido demonstrada como capaz de
reduzir a obesidade, que pode provocar doenças, as quais comprometeriam a
disponibilidade do efetivo
Tem sido constante a preocupação com a saúde de seus integrantes no
Exército Brasileiro. Há muito existe a determinação para realização do Teste de
Aptidão Física (TAF). Desta forma, a instituição pretende viabilizar as condições para
a execução de uma atividade física e espera-se que o militar se conscientize da
importância da sua prática.
Conforme Pollock (1993), a aptidão física é bem mais do que a simples
ausência de doença e pode ser considerada como uma maneira segura de se obter
a saúde ideal.
A mensuração do %G, IMC e IRCQ deve ser feita melhor avaliação do
estado físico de cada indivíduo. Em relação a esses índices, Pollock (1993) cita a
existência de vários métodos laboratoriais e de campo para estimar a densidade
corporal e/ou percentual de gordura (%G). Dentre eles, o mais usado é o
antropométrico, devido ao fato de ser um método de campo que requer
equipamentos de baixo custo, por possibilitar a mensuração de um grande número
de sujeitos em pouco tempo (POLLOCK, 1993).
7
Pigatto & De Rose (1984), apontam que o estudo da composição corporal
nos permite definir a estrutura orgânica de um indivíduo e, a partir daí, observar as
alterações produzidas por fatores, que atuam sobre este sistema, como a
alimentação e a atividade física.
Conforme Guedes (1994) é por intermédio do estudo da composição
corporal, que se pode observar as alterações fisiológicas produzidas pelos
programas de atividade física e/ou alimentares, oferecendo informações quanto a
sua eficiência ou possíveis correções a serem efetuadas.
O presente estudo foi desenvolvido com a finalidade de responder como a
prática de um programa regular de atividade física pode influenciar na composição
corporal do efetivo, com o intuito de identificar situações que possam desencadear
doenças e baixar a disponibilidade para o trabalho. Em se tratando de um efetivo
onde as atividades são de cunho militar, é possível que a operacionalidade da tropa
poderia estar prejudicada na diminuição da pronta-resposta ao se perder mão-deobra especializada para enfermidades evitáveis. Ademais, acredita-se que este
estudo possa contribuir para identificar situações cuja prevenção poderá contribuir
para redução de gastos com tratamentos de saúde.
A importância do presente trabalho respalda-se no fato de que tem sido
observado um aumento constante, de forma gradual, de sobre-peso e de obesidade
na população. Do ponto de vista médico existem problemas para os quais
excesso de peso é considerado um fator de risco, além do que
ser
o
obeso,
freqüentemente, ocasiona mudanças na personalidade e padrões de comportamento
manifestados,na maioria dos casos, por depressão, auto-estima baixa, irritabilidade
e agressividade (HARRISON, 2006). O hábito da prática de atividades físicas pode
favorecer, também, a melhor disposição quanto à distribuição; anatômica da gordura
corporal, impedindo que haja maior concentração nas regiões centrais do corpo
(GUEDES,1994).
Independentemente das definições adotadas para obesidade, sabe-se que
além da gordura corporal em excesso a sua forma de distribuição no organismo,
também, pode incrementar os riscos para a saúde, (HARRISON, 2006). Neste
sentido, McArdle et al, (1998) afirmam que a distribuição regional de gordura
corporal pode ser de dois tipos: andróide e ginóide. O hábito da prática de atividades
físicas, como cita Pollock (1993), favorece a melhor disposição quanto à distribuição
8
anatômica da gordura corporal, impedindo que haja maior concentração nas regiões
centrais do corpo.
A realização dessa revisão se justificativa no fato de que, como pode ser
visto na literatura, a prática de atividade física é um dos principais fatores para o
controle de peso e tem sido demonstrada como capaz de reduzir a obesidade, que
pode provocar doenças, as quais comprometeriam a disponibilidade do efetivo
operacional.
Na condução desse estudo será empregada pesquisa do tipo bibliográfica e
documental. A pesquisa bibliográfica objetivou identificar os componentes envolvidos
com a composição corporal, caracterizar a obesidade e relacioná-la com fatores de
risco, principalmente o sedentarismo. Os materiais utilizados foram livros, artigos
científicos e dissertações.
Conforme Harrison (2006), o combate à obesidade deve estar apoiado em
dois pilares básicos: alimentação saudável e prática regular de atividades físicas. É
sobre este segundo pilar que nosso estudo irá ser desenvolvido. Inicialmente, será
realizado um breve relato sobre os objetivos gerais e específicos desse trabalho,
assim como também, apontaremos a justificativa que sustenta a realização de uma
pesquisa que tem como tema principal à relação obesidade-atividade física.
Posteriormente, iremos caracterizar as diretrizes gerais para a prescrição de
exercícios com objetivos de controle e redução de gordura corporal enfatizando a
freqüência, duração, intensidade e tipos de atividades mais recomendadas. Em
seguida, entraremos mais profundamente na análise das principais atividades físicas
que contribuem para a prevenção e para o tratamento da obesidade. Finalmente,
descreveremos todas as conclusões obtidas com o presente estudo efetivado.
No primeiro capítulo será traçado um breve histórico sobre a utilização da
antropometria e seu estabelecimento como parâmetro de avaliação de composição
corporal. Será feita uma abordagem sobre a obesidade, suas características,
buscando definir seus conceitos, sua classificação e seus riscos a saúde. Em
seguida será abordada a relação entre obesidade e o papel da atividade física no
controle do peso com embasamento na literatura, incluindo um relato sobre %G, IMC
e IRCQ.
No capítulo seguinte será apresentada a metodologia utilizada nessa
pesquisa de forma detalhada. Posteriormente serão feitas a análise e apresentação
9
dos dados coletados, seguido da conclusão.
Em vista dos dados apresentados, comprova-se que existe a necessidade
da elaboração de programas que estimulem mudanças comportamentais, sob pena
de colocar os indivíduos em uma situação fadada a valores cada vez mais altos nas
taxas de obesidade.
10
2 CONSIDERAÇÕES GERAIS DO ESTUDO
Segundo Nahas et al. (1995), atividade física, é a melhor e mais saudável
forma de redução de peso corporal, pois os exercícios físicos podem modificar a
composição corporal, mudando o metabolismo do indivíduo. Estas mudanças
estruturais decorrentes de prática regular de atividades físicas incluem: aumento na
densidade óssea, aumento da massa magra e perda na taxa de gordura.
De acordo com Coutinho (2001) a obesidade pode ser dividida em dois tipos:
genética e ambiental. A obesidade genética é originária de defeitos genéticos que
contribuem para o desequilíbrio energético na direção de um maior acúmulo de
gordura corporal. Já a obesidade ambiental tem no meio em que vivemos a sua
principal causa, sendo a inatividade física e a alimentação inadequada, os fatores
primordiais que contribuem para o excesso calórico no organismo.
Coutinho (2001) destaca a importância de selecionar atividades que ajudem
na redução de gordura e na manutenção ou aumento da massa muscular magra.
Isto acontece porque a diminuição do tecido adiposo, associada ao aumento da
massa isenta de gordura, contribui para a manutenção de um alto nível de
metabolismo basal, aumentando o gasto energético em repouso, contribuindo para o
aumento do gasto energético diário.
Estudos recentes apontam que a distribuição da gordura no corpo apresenta
uma estreita relação com complicações metabólicas e funcionais (CAMPAIGNE
1990 apud GUEDES, 1994), demonstrando ser um fator tão importante quanto a
quantidade de total de gordura corporal em termos de saúde. Pessoas com maior
acúmulo de gordura na região abdominal (≥ 102 cm para homens e ≥ 88 cm para
mulheres)
encontram-se
mais
vulneráveis
em
apresentar
doenças
como
hipertensão, doença coronariana, diabetes e outras enfermidades (GUEDES, 1994;
NIEMAN, 1999).
Antes que sejam apresentadas algumas evidências que venham a
comprovar as hipóteses para o problema desta pesquisa, considera-se importante
que se faça alguns comentários acerca da problemática que motivou este trabalho.
Em relação a esses índices, Pollock (1993) cita a existência de vários
métodos laboratoriais e de campo para estimar a densidade corporal e/ou percentual
11
de gordura (%G). Dentre eles, o mais usado é o antropométrico, devido ao fato de
ser um método de campo que requer equipamentos de baixo custo, por possibilitar a
mensuração de um grande número de sujeitos em pouco tempo, (POLLOCK, 1993).
Pigatto & De Rose (1984), apontam que o estudo da composição corporal
nos permite com maior facilidade definir a estrutura orgânica de um indivíduo e, a
partir daí, observar as alterações produzidas por fatores, que atuam sobre este
sistema, como a alimentação e a atividade física. É por intermédio do estudo da
composição corporal, que se pode observar as alterações fisiológicas produzidas
pelos programas de atividade física e/ou alimentares, oferecendo informações
quanto a sua eficiência ou possíveis correções a serem efetuadas.
A justificativa da realização desta pesquisa está no fato de que, como pode
ser visto na literatura, a prática de atividade física é um dos principais fatores para o
controle de peso e tem sido demonstrada como capaz de reduzir a obesidade, que
pode provocar doenças, as quais comprometeriam a disponibilidade do efetivo,
Pretende-se assim, com este estudo, verificar a correlação entre atividade
física e a incidência de alterações na Composição Corporal (IMC, % de gordura,
relação cintura quadril), a fim de identificar situações que possam desencadear
doenças e baixar a disponibilidade para o trabalho. Em se tratando de uma
instituição militar, acredita-se que a operacionalidade da tropa poderia ficar
prejudicada no que tange à sua capacidade de pronta-resposta ao se perder mãode-obra especializada para enfermidades perfeitamente evitáveis. Acredita-se,
também, que este estudo possa contribuir para identificar situações cuja prevenção
poderá contribuir para redução de gastos com tratamentos de saúde.
Assim, o estudo pretende responder ao seguinte problema:
Como a prática de um programa regular de atividade física pode influenciar
na composição corporal do efetivo?
Acredita-se, portanto, que a relevância do desenvolvimento deste trabalho
repouse no fato de que poderá proporcionar aos estudiosos e interessados no
assunto uma visão mais nítida de aspectos técnicos registrados na bibliografia
estudada e, assim, suscitar aplicação prática do conhecimento, tornando a rotina das
pessoas mais envolvida com a prática de atividades físicas.
O estudo poderá despertar mesmo naqueles que dominam o assunto, a
percepção da influência que os aspectos estudados têm sobre o condicionamento
12
físico; acredita-se que poderá despertar, também, o interesse de outros estudiosos
em desenvolver trabalhos semelhantes, mas com enfoque exclusivo em fatores tais
como IMC e outros.
A literatura estudada apresenta argumentos que nos levam a perceber que a
prática de atividade física é um dos principais fatores para o controle de peso e tem
sido demonstrada como capaz de reduzir a obesidade podendo evitar, assim, o
comprometimento da disponibilidade do efetivo.
O foco do estudo foi o risco do sedentarismo e sua relação com índices de
obesidade e doenças crônicas nas populações, fundamentado em levantamento de
literatura científica, buscando comprovar a correlação entre a melhora da
composição corporal através da atividade física regular e a diminuição de obesidade
e suas conseqüências.
Assim, o estudo exigiu o emprego de aspectos metodológicos específicos,
identificados em literatura especializada, cujos detalhes, uma vez conhecidos,
poderão proporcionar ao leitor um melhor entendimento da pesquisa como um todo.
13
3 ASPECTOS DA INVESTIGAÇÃO.
3.1 TIPOLOGIA DO ESTUDO
A pesquisa bibliográfica, então, objetivou identificar os componentes
envolvidos com a composição corporal, caracterizar a obesidade e relacioná-la com
fatores de risco, principalmente o sedentarismo. Os materiais utilizados foram livros,
artigos científicos e dissertações.
As fundamentações teóricas que deram sustentação a esse relatório de
pesquisa baseiam-se em alguns conceitos levantados nos estudos de Pollock e
colaboradores, em que se correlaciona atividade física, obesidade e o aumento do
risco para ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes,
cardiopatias e hipertensão arterial, que leva à morbidez e morte. Ressaltando que,
para o emagrecimento, o fator mais importante é o balanço calórico negativo, assim
qualquer atividade física contribui para esse objetivo.
De acordo com Pollock (1993), existe confirmada associação entre
condicionamento físico e sedentarismo, sendo que os sedentários desenvolvem
obesidade e outras doenças secundárias que podem afetar seriamente sua saúde e
aptidão física. Este autor cita que a composição corporal guarda grande associação
com o nível de saúde do ser humano, apresentando uma grande relação tanto entre
o excesso de gordura corporal quanto da maneira como essa gordura encontra-se
distribuída no corpo e os riscos de desenvolvimento de doenças coronarianas e
outras relacionadas ao excesso de peso.
Excesso de peso é definido, simplesmente, como aquela condição em que o
peso de um indivíduo excede à média da população, tomando por base a estatura,
sexo e biótipo (POLLOCK e WILMORE, 1993). E obesidade é um acúmulo
excessivo de gordura corporal (MCARDLE, KATCH e KATCH, 1991). O importante
não é o peso, mas o percentual de gordura corporal. Isso torna bastante claro o
fracionamento do peso corporal em um sistema de dois componentes: Massa
Corporal Magra (isenta de gordura) e Gordura Corporal (GUEDES, 1994).
De acordo com vários autores (Bouchard & Blair, 1999; Flegal, 1999;
Guedes & Guedes, 1998, Hill & Melanson, 1999), há evidências suficientes de que a
14
obesidade é, atualmente, um dos mais graves problemas de saúde pública e que,
indiferentemente do nível de desenvolvimento dos países, ocasiona uma condição
de epidemia global.
Uma interpretação cautelosa do índice de massa corporal (IMC) deve ser
feita como uma medida direta do grau de gordura, porque as regras do IMC podem
implicar que quanto maior o IMC, maior será o %G; este pode não ser o caso de
indivíduos com grande quantidade de massa magra, (POLLOCK, 1993).
Segundo Pollock (1993), a maioria das avaliações para determinar a
composição corporal, se faz por métodos antropométricos. Desse modo é possível
uma estimativa adequada da composição corporal, pela antropometria que avalia a
espessura das dobras cutâneas, circunferências e diâmetros, quer isoladamente ou
em combinação.
A análise da composição corporal é a quantificação dos principais
componentes estruturais do corpo humano. O tamanho e a forma corporais são
determinados basicamente pela carga genética e formam a base sobre a qual são
dispostos, em proporções variadas, os três maiores componentes estruturais do
corpo humano: osso, músculo e gordura. Esses componentes são também as
maiores causas da variação da massa corporal (MALINA, 1969).
De acordo com Ross apud Rocha (1995), a ciência responsável pela
avaliação física é a cineantropometria, constituindo-se na aplicação de técnicas para
medir o tamanho, forma, proporção, composição, maturação e crescimento com o
objetivo de ajudar a entender o movimento humano no contexto do crescimento,
exercício, performance e nutrição com aplicação direta na medicina. Os objetivos da
cineantropometria na educação física são: avaliar o estado do indivíduo ao iniciar um
programa de atividade física; impedir que a atividade física seja um fator de
agressão; acompanhar o progresso do indivíduo; estabelecer e reciclar o programa
de treinamento, visando à individualização do trabalho (ROCHA, 1995).
Para Fernandes Filho (2003) antropometria é a ciência que estuda e avalia o
tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, através de medidas de rápida e
fácil realização, não necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo
financeiro. As medidas antropométricas devem obedecer a uma metodologia
definida para que os resultados possam ser utilizados por outros autores.
15
De acordo com Pollock, (1993) a antropometria apresenta informações
valiosas para a predição e a estimação dos vários componentes corporais. Partindose desses aspectos, pode-se perceber a importância da realização de um trabalho
de avaliação da composição corporal. Tal importância se deve ao fato que o peso
corporal isoladamente não pode ser considerado um bom parâmetro para identificar
se há excesso ou déficit dos componentes corporais ou, principalmente, para
identificar as alterações nas quantidades desses componentes decorrentes de um
programa de exercícios físicos.
Conforme Harrison (2006), as características hereditárias dos indivíduos
contribuem para agravar determinadas situações, aumentando a tendência ao
desenvolvimento da obesidade. Segundo o mesmo autor, também é fundamental
considerar o estilo de vida, sendo o sedentarismo, por exemplo, um importante fator
predisponente para a instalação de diversos agravos à saúde que, no caso particular
do profissional da atividade aérea, já é influenciada pelo próprio ambiente de
trabalho.
O American College of Sports Medicine apud Nieman (1999) afirma que
indivíduos que praticam atividade física desenvolvem uma composição corporal
ideal, melhoram seus níveis energéticos básicos e se colocam no grupo com menor
risco de desenvolver doença cardíaca, diabetes, câncer, osteoporose e outras
doenças crônicas.
Baseado em diversos estudos, conforme afirma Nieman (1999), os
componentes
da aptidão física relacionados à saúde são: a resistência
cardiorrespiratória, a aptidão músculo-esquelético (força e resistência muscular e
flexibilidade) e uma composição corporal ideal. O autor afirma, ainda, que todos eles
são mensuráveis, ou seja, pode-se medir e classificar a aptidão física a partir da
aferição de cada componente separadamente.
Fernandes Filho (2003) comenta que a mensuração das dobras cutâneas,
por ser uma técnica simples, pouco onerosa e de fácil manuseio e, sobretudo, por
apresentar resultados com alta fidedignidade, correlacionando-se otimamente com
técnicas mais sofisticadas, tem sido o método preferido pelos pesquisadores na área
do exercício físico e nos esportes.
Segundo McARDLE, KATCH & KATCH (1996), a lógica para a medida das
pregas cutâneas baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo
16
corporal total da gordura, fica localizada nos depósitos adiposos existentes
diretamente debaixo da pele e essa está diretamente relacionada com a gordura
total, desta forma, a medida da espessura de dobras cutâneas em determinados
locais do corpo, pode ser um bom subsídio para a predição da quantidade de
gordura corporal.
Para nossa realidade diária, com valores confiáveis e custo operacional
baixo, deveria ser utilizada a técnica das dobras cutâneas, utilizando um compasso
específico ou então medidas das circunferências usando uma trena metálica. Outros
procedimentos para uma avaliação da adiposidade total e regional são o índice de
massa corporal (IMC) e a relação cintura/ quadril (RCQ), (FERNANDES FILHO,
2003).
Harrison (2006) informa que a estimativa da densidade corporal, gordura
corporal relativa (%G) ou massa livre de gordura a partir de combinações de peso,
altura, diâmetros ósseos e circunferências, podem ser generalizadas ou específicas
para determinados grupos populacionais.
Da relação massa, expressa em quilogramas, dividida pelo quadrado da
estatura, em metros, obtêm-se o (IMC). Este índice é freqüentemente utilizado em
estudos epidemiológicos, em saúde pública e na área clínica como preditor de
sobrepeso e obesidade, devido a sua fácil aplicação e, tem demonstrado elevadas
correlações com o risco de mortalidade e doenças crônico-degenerativas (Bray,
1990).
Embora não seja uma medida direta da adiposidade, o IMC, ainda é o
método mais usado para se avaliar a obesidade, (HARRISON, 2006).
Pollock (1993), enfoca a necessidade da avaliação clínica para que os
integrantes de um programa de atividades físicas possam dele participar com
segurança, além de promover a monitoração individual do condicionamento físico e
servir como base para futuras comparações. O mesmo autor afirma que o exame
médico classifica o indivíduo segundo suas condições de saúde, e fornece uma
estimativa do risco para o desenvolvimento de alguma patologia.
Guedes (1994) informa que o excesso de gordura corporal seja na forma
andróide ou ginóide, ocorrem devido à ação de mecanismos metabólicos, estes
processos funcionam de forma mais ativa quando há acúmulo calórico no
organismo, este provocado, principalmente, pela alimentação inadequada e pelo
sedentarismo.
17
Estes autores, utilizados nesta pesquisa, apresentaram estudos que
objetivaram avaliar os fatores de riscos ligados à atividade aérea e sua implicação
para o desempenho desta atividade profissional. Enfatizaram, principalmente, a
relação entre obesidade e sedentarismo através da avaliação da composição
corporal e, por esse motivo, embasam o desenvolvimento da presente pesquisa.
18
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 UTILIZAÇÃO DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Avaliação Antropométrica mensura as características físicas do indivíduo e
representa o método mais utilizado para avaliação da composição corporal pela sua
aplicabilidade tanto no laboratório como no campo, na área clínica e em estudos
populacionais, sua simplicidade e o baixo custo dos equipamentos contribuem para
sua popularidade, (GUEDES, 1994).
Roche (1999) atribui a estas vantagens a utilização de medidas
antropométricas em estudos com grandes amostras populacionais, que podem
proporcionar estimativas nacionais e dados para a análise de mudanças seculares.
Através de medidas antropométricas é possível fazer acompanhamento de
alterações de medidas corporais decorrentes da prática de exercícios físicos e
dietas, proporcionado dados de grande valia para os profissionais que atuam nestas
áreas, (GUEDES, 1994).
Este acompanhamento pode ser realizado simplesmente pela observação da
alteração das medidas em valores absolutos ou através da utilização das mesmas
em modelos matemáticos, equações, que têm a finalidade de estimar a composição
corporal (FERNANDES FILHO, 2003).
Os valores obtidos com as medidas antropométricas podem ser utilizados
tanto se considerando seu valor absoluto quanto em equações de predição dos
diferentes componentes corporais ou em índices corporais que se relacionam com o
estado nutricional ou de saúde do avaliado. Em se tratando de composição corporal,
as medidas antropométricas mais comumente utilizadas são as espessuras de
dobras cutâneas (GUEDES & GUEDES, 1998).
Como alternativa à utilização de equações vindas de outros países,
GUEDES (1994) e PETROSKI (1995), produziram equações de predição de
densidade corporal com base em estudos realizados em população brasileira, porém
nos dois estudos os sujeitos eram do sul do país, e é preciso ficar claro que num
país de dimensões continentais e com grande miscigenação de etnias, além das
19
diferenças climáticas e de hábitos alimentares, como o Brasil, não podemos
considerar que uma única equação possa ser utilizada para toda a população
brasileira, o que sugere a necessidade de novos estudos envolvendo indivíduos de
outras localidades do país.
4.1.1 Percentual de gordura
A relação entre o percentual de gordura (%G) e massa muscular que
compõem o corpo humano. A composição corporal é um dos componentes da
aptidão física e consiste no somatório dos diversos componentes do organismo, sua
avaliação é um importante fator na determinação do estado nutricional de um
indivíduo e de uma população. É por intermédio do estudo da composição corporal,
que se pode observar as alterações fisiológicas produzidas pelos programas de
atividade física e/ou alimentares, oferecendo informações quanto a sua eficiência ou
possíveis correções a serem efetuadas (GUEDES, 1994).
Dentre as técnicas não-invasivas existentes, esta pesquisa se restringirá a
abordar aspectos relacionados à técnica antropométrica das dobras cutâneas (DC),
que segundo Rocha (1995), é o método mais prático para a avaliação da
composição corporal, a simplicidade dessa medida fez com que o método fosse
prontamente difundido.
A dobra cutânea é uma medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade
de gordura contida no tecido celular subcutâneo e, a partir daí, pode-se estimar o
%G, em relação ao peso corporal do indivíduo (MATSUDO, 1987).
Wilmore (1993), corrobora afirmando ser esta técnica amplamente utilizada
para determinar a composição corporal em diferentes tipos de população. Por ser
uma técnica de baixo custo operacional, é muito bem difundida no meio clínico,
esportivo e na pesquisa científica (Wilmore & Behnke, 1969). A dobra cutânea é uma
medida que visa avaliar, indiretamente, a quantidade de gordura contida no tecido
celular subcutâneo e, a partir daí, pode-se estimar a proporção de gordura
(porcentagem) em relação ao peso corporal do indivíduo (MATSUDO, 1987).
Os valores de DC são encontrados utilizando-se o Compasso de Dobras
Cutâneas (FERNANDES FILHO, 2003), ainda de acordo com o mesmo autor
20
observa-se que estas medidas, a dos diâmetros ósseos e das circunferências
(perímetros) são as técnicas antropométricas mais utilizadas para estimar a
composição corporal.
Segundo Guedes, (1994) a gordura corporal não se distribui no corpo de
maneira uniforme, portanto as medições das dobras cutâneas devem ser realizadas
em pontos diversos do corpo para que seja obtido um resultado mais próximo da
quantidade real da gordura corporal total (G%). Esse método indica, ainda, como a
gordura se distribui nas diversas áreas anatômicas do corpo, promovendo um estudo
topográfico da gordura corporal (POLLOCK & WILMORE, 1993).
Considerando que os componentes corporais que sofrem maior influência da
atividade física e de dietas são a massa muscular e a gordura, a tendência de
estudos nessa área tem sido a de fracionar o peso corporal em dois compartimentos:
massa de gordura e massa corporal magra, o que atende perfeitamente aos
objetivos e necessidades atuais no controle e prevenção da obesidade, (GUEDES,
1994).
Diversos valores referentes aos padrões ideais de % G são encontrados na
literatura. Cada autor determina um padrão, mas basicamente seguem um
consenso. Como por exemplo, Pollock e Wilmore (1993), recomendam que o (%G)
não deve ultrapassar 20% para homens e 27% para as mulheres, acima destes
valores considera-se que há uma quantidade de gordura excessiva.
Em relação ao (%G), avaliado Powers e Howley (2000) indicam uma faixa de
10% a 20% como objetivo ideal para homens adultos, e de 15% a 25%, para
mulheres adultas.
Heyward e Stolarzacyk (1986 apud PITANGA, 1998), indicam como níveis
de gordura corporal de até 15% para homens e de até 23% para mulheres. Valores
acima de 25% para homens e acima de 30% para mulheres são considerados como
obesidade.
Nieman (1999) apresenta como valores de (%G) para um corpo saudável
valores inferiores a 15% para homens e 23% para mulheres. Para Nahas (1995), o
percentual de gordura ideal para homens é de 13% e para mulheres 20%.
Considera-se obeso o homem que exceda 20% e a mulher exceda 30% de gordura
corporal.
21
Petroski (1995), encontrou um percentual de gordura de 18,14% para
homens e 23,18% para mulheres. Morehouse & Miller (1978), apresentam os valores
de 18% e 28% de gordura corporal para homens e mulheres, respectivamente. E,
finalmente para Guedes & Guedes (1998), os valores não são universalmente
convencionados, embora, acrescentam os autores, que na literatura vamos observar
que homens com mais de 20% do peso corporal como gordura e mulheres com mais
de 30%, podem ser consideradas obesas. A escolha do autor e da classificação
ocorre de acordo com a pesquisa.
Petroski (1995), aponta que os métodos de campo para estimar a
composição corporal através de técnicas antropométricas, que avalia massa
corporal, estatura, medida de dobras cutânea, circunferências e diâmetros, são
bastante utilizados e apresentam vantagens tais como: uma boa relação das
medidas antropométricas com a densidade corporal obtida através dos métodos
laboratoriais, equipamentos com baixo custo financeiro e ocupação de pequeno
espaço físico, facilidade e rapidez na coleta de dados e a não invasividade do
método. Pollock, (1993), frisa que as medidas das dobras cutâneas demoram
aproximadamente 5 minutos.
Normalmente são utilizadas de 3 a 8 locais de medida, sendo que 3 são
suficientes para nos dar uma visão significativa do componente de gordura
subcutânea. As dobras cutâneas mais utilizadas são as localizadas nas regiões do
tríceps, subescapular, supra-ilíaca, abdominal e da coxa, (GUEDES, 1994).
Heyward & Stolarczyk (2000) para facilitar a compreensão da importância da
composição corporal para a saúde e para a prescrição de programas de exercícios,
destacando as suas principais aplicações, da seguinte forma:
a) Para identificar riscos à saúde associados a níveis excessivamente altos ou
baixos de gordura corporal total;
b)Para identificar riscos à saúde associados ao acúmulo excessivo de gordura
intra-abdominal (gordura visceral);
c)Para proporcionar entendimento sobre riscos à saúde associados à falta ou
ao excesso de gordura abdominal;
d)Para monitorar mudanças na composição corporal associadas a certas
doenças;
22
e)Para avaliar as intervenções nutricionais e de exercícios físicos na alteração
da composição corporal;
f)Para estimar o peso corporal ideal de atletas e não-atletas;
g)Para formular recomendações dietéticas e prescrições de exercícios físicos;
h)Para monitorar mudanças na composição corporal associadas ao
crescimento, desenvolvimento, maturação e idade.
São apresentadas na literatura dezenas de equações de predição de
densidade ou de %G a partir da medida da espessura de dobras cutâneas, sendo
que as mais utilizadas no Brasil são: DURNIN & WOMERSLEY (1974); FAULKNER
(1968); GUEDES (1985); JACKSON & POLLOCK (1978); JACKSON, POLLOCK &
WARD (1980); PETROSKI (1995). No COMAER a composição corporal é avaliada
pelo método de dobras cutâneas, utilizando a equação de Jason & Pollock (1980) de
três dobras para homens e mulheres. Sendo, também, utilizada a medição de
circunferências cintura/quadril para a verificação da distribuição da gordura corporal.
4.1.2 Índice de massa corporal
O índice de massa corporal (IMC), termo proposto por Keys e associados
em 1972, é considerado o mais popular índice de estatura e peso, e usado com
respeito à aptidão física e ao grau de obesidade de uma pessoa(GUEDES, 1994). O
IMC não diferencia peso de gordura, de peso livre de gordura. Devido a este fato
não é sensível às respectivas contribuições de massa muscular e gordurosa ao peso
corporal total (FERNANDES FILHO, 2003).
A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em
adultos é o IMC, recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde(OMS).
Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela
sua altura em metros elevada ao quadrado, (IMC = kg/m²). O valor assim obtido
estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza, também, os riscos associados.
Segundo Pollock (1993) nos dados das tabelas da Metropolitan Life, o IMC
do ponto médio para todas as estaturas e compleições, entre homens e mulheres,
vai de 19-26 kg/m².
23
O IMC tem sido tradicionalmente utilizado em estudos clínicos e
epidemiológicos, como instrumento para identificar sobrepeso e obesidade. Pollock
(1993) salienta que índices ponderais têm sido pouco utilizados, pela crença de que
tais índices, por não fracionarem a massa corporal em compartimentos, podem
provocar resultados falso-negativos ou falso positivos.
Para Himes & Dietz, (1990), O IMC apesar de não discriminar massa de
gordura e massa livre de gordura, tem sido considerado como bom indicador de
sobrepeso e obesidade apresentando importante correlação com medidas de dobras
cutâneas Deve-se atentar para a possibilidade de ocorrência de resultados falso
positivos (em indivíduos com grande massa muscular e óssea e baixo percentual de
gordura), e falso-negativos (em indivíduos com baixa massa muscular e óssea e alto
percentual de gordura), (Heyward, 2000; Ricardo & Araújo, 2002).
Conforme Revicki & Israel, (1986). os resultados falso-positivos seriam
esperados em grupos de indivíduos ativos, portanto, com massa livre de gordura
provavelmente aumentada e os falso-positivos seriam mais prováveis em grupos
pouco ativos e com pequena massa livre de gordura.
McARDLE (1998) esclarece que há alguns problemas em usar o IMC para
determinar se uma pessoa está acima do peso. Por exemplo, pessoas musculosas
podem tem um Índice de Massa Corporal alto e não serem obesas. Outro problema
é a influência, ainda não suficientemente estudada, que as diferenças raciais e
étnicas têm sobre o Índice de Massa Corporal.
De acordo com Guedes (1994) ao se utilizar o IMC, sem considerar
diferenças no sexo, idade, nível de atividade física e quantidade de massa livre de
gordura, e utilizando os mesmos pontos de corte (25 e 30 kg/m2), a avaliação pode
ficar comprometida à avaliação. O autor ressalta, ainda, que antes de tudo o IMC é
apenas um indicador, e não determina de forma inequívoca se uma pessoa está
acima do peso ou obesa.
A grande limitação do IMC é que seu cálculo se baseia em apenas duas
variáveis (peso e altura) desconsiderando a massa magra, a idade e o sexo da
pessoa. De qualquer forma, o IMC ainda tem sido usado, pela sua simplicidade,
como um método prático e rápido de se identificar, em pessoas adultas, o risco de
aumentar a incidência de mortalidade e outras doenças, POLLOCK (1993).
24
São sugeridos pela literatura científica limites para a consideração de peso
normal e obeso, e sabe-se que esses limites, por muitas vezes remetem-se a
consultas em tabelas de peso-estatura, relacionados à idade. Dentre estes limites, o
IMC foi aceito como sendo o mais representativo na relação entre a estatura e peso
corporal, POLLOCK (1993).
O IMC classifica os indivíduos, conforme a tabela 1.
Tabela 1 – Classificação de peso pelo IMC
Classificação
IMC (kg/m²)
Risco de co-morbidade
Peso normal
18,5 - 24,9
Baixo
Sobrepeso
25,0 a 29,9
Pouco aumentado
Obeso I
30,0 a 34,9
Moderado
Obeso II
35,0 a 39,9
Grave
Obeso III
≥40,0
Muito grave
Fonte: FERREIRA e GROSS, 2003.
4.1.3 Índice de relação cintura-quadril
Estudos recentes apontam que a distribuição da gordura no corpo apresenta
uma estreita relação com complicações metabólicas e funcionais (GUEDES, 1994),
demonstrando ser um fator tão importante quanto a quantidade de total de gordura
corporal em termos de saúde. Pessoas com maior acúmulo de gordura na região
abdominal (≥ 102 cm para homens e ≥ 88 cm para mulheres) encontram-se mais
vulneráveis em apresentar doenças como hipertensão, doença coronariana,
diabetes e outras enfermidades (GUEDES, 1994; NIEMAN, 1999; FERNANDES
FILHO, 2003).
25
O método antropométrico alternativo para análise da composição corporal
consiste nas medidas de perímetros em regiões específicas do corpo. Em princípio,
medidas de perímetros apresentam as mesmas vantagens de simplicidade,
facilidade e aceitabilidade das espessuras de dobras cutâneas; contudo, tem sido
demonstrada sua fragilidade como variável preditora da quantidade de gordura
corporal em razão de suas dimensões incluírem outros tecidos e órgãos além do
tecido adiposo. A relação da cintura para o quadril (RCQ) é Calculada dividindo a
medida da circunferência de cintura (cm) pela do quadril (cm).
A distribuição do tecido adiposo em diferentes espaços anatômicos tem
implicações importantes para morbidade. Especificamente, a gordura intraabdominal e subcutânea abdominal são mais importantes que a gordura subcutânea
presente nas nádegas e nos membros inferiores. O modo mais fácil de fazer essa
distinção é determinando a razão cintura/quadril. Um número maior que 0,9 em
mulheres ou maior 1 em homens é considerado anormal, (HARRISON, 2006).
A obesidade abdominal vem sendo demonstrada como a ponta do iceberg
para várias doenças, dentre elas a síndrome metabólica, que congrega os
diagnósticos de hipertensão arterial, dislipidemia, hiperglicemia e aumento da cintura
abdominal, que por sua vez é uma das principais causas de doenças
cardiovasculares (HARRISON, 2006).
O %G e o IMC não são um indicador suficiente da gravidade do excesso de
peso, uma vez que o tipo de distribuição da gordura, ou seja, a sua deposição no
abdome, é mais perigosa para a saúde do coração (RIBEIRO FILHO et al, 2006).
Essa gordura abdominal pode ser subcutânea ou visceral (intra-abdominal), sendo
esta última a mais relacionada com doenças cardiometabólicas e ateroscleróticas.
Estudos recentes apontam que a distribuição da gordura no corpo apresenta
uma estreita relação com complicações metabólicas e funcionais (CAMPAIGNE
1990 apud GUEDES, 1994), demonstrando ser um fator tão importante quanto a
quantidade de total de gordura corporal em termos de saúde. Pessoas com maior
acúmulo de gordura na região abdominal (≥ 102 cm para homens e ≥ 88 cm para
mulheres)
encontram-se
mais
vulneráveis
em
apresentar
doenças
como
hipertensão, doença coronariana, diabetes e outras enfermidades (NIEMAN, 1999;).
26
Estudos demonstram que indivíduos habitualmente empenhados em
atividades intensas possuem menor relação cintura-quadril e menor quantidade de
gordura subcutânea.
Dependendo do segmento corporal no qual há predominância da deposição
gordurosa, a obesidade pode ser classificada em: - Andróide, na qual o paciente
apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior
deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de
doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Metabólica); - Ginóide, na qual a
deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente
apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco
maior de artrose e varizes.
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse
motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que
é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do
quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos
quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher.
A simples medida da circunferência abdominal também já é considerado um
indicador do risco de complicações da obesidade, sendo definida de acordo com o
sexo do paciente (HARRISON, 2006).
Sugere-se a utilização das medidas de perímetros para análise da
composição corporal quando o objetivo é reunir informações direcionadas ao padrão
de distribuição regional da gordura corporal. Certa preocupação relativamente ao
padrão de distribuição regional da gordura corporal justifica-se em razão da estreita
associação observada entre algumas complicações para a saúde decorrentes de
disfunções metabólicas e cardiovasculares e do maior acúmulo de gordura na região
central do corpo, independentemente da idade e da quantidade total de gordura
corporal (GUEDES, 2004).
27
5 APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE
5.1 ATIVIDADE FÍSICA E OBESIDADE
Define-se como atividade física qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética que requeira gasto energético, ou seja, qualquer atividade
motora, como caminhar, lavar roupa, subir escadas etc. Nas sociedades modernas,
muitas pessoas possuem um nível de atividade física menor do que o necessário
para a manutenção de uma boa saúde, o que é denominado sedentarismo, e este
tem sido caracterizado como um fator de risco independente para o desenvolvimento
das doenças cardiovasculares(FERNANDES FILHO, 2003).
A mudança de estilo de vida, com o aumento da atividade física e a melhora
da condição física reduz o risco de obesidade(FERNANDES FILHO, 2003). Este
autor, também, refere que o excesso de gordura corporal, seja na forma andróide ou
ginóide, ocorre devido à ação de mecanismos metabólicos, que funcionam de forma
mais ativa quando há acúmulo calórico no organismo, provocado, principalmente,
pela alimentação inadequada e pela inatividade física.
28
6 CONCLUSÃO
São sugeridos pela literatura científica limites para o peso corporal,
relacionados a tabelas de peso-estatura e à idade. Dentre estes limites, o IMC é
aceito como sendo o mais representativo na relação entre a estatura e peso
corporal, POLLOCK (1993).
Segundo Pollock (1993) sedentarismo está diretamente relacionado com
aumento da massa gordurosa no organismo. Acredita-se, então, que a realização de
atividade física regular possa ser a responsável pela redução de peso obtida.
A distribuição do tecido adiposo em diferentes espaços anatômicos tem
implicações importantes para morbidade. O IRCQ caracteriza os tipos de distribuição
de gordura corporal. Conforme Guedes (1994), pesquisas atuais apontam para o
fato de que a distribuição da gordura no corpo apresenta uma estreita relação com
complicações metabólicas e funcionais demonstrando ser um fator tão importante
quanto a quantidade de total de gordura corporal em termos de saúde, aspectos
considerados segundo a relação cintura-quadril. Pessoas com maior acúmulo de
gordura na região abdominal (≥ 102 cm para homens e ≥ 88 cm para mulheres)
encontram-se mais vulneráveis em apresentar doenças como hipertensão, doença
coronariana, diabetes e outras enfermidades (GUEDES, 1994; NIEMAN, 1999;
FERNANDES FILHO, 1999).
Os resultados apresentados pela pesquisa desenvolvida confirmam a
observação de Guedes (1994), segundo o qual o hábito da prática de atividades
físicas pode favorecer, também, a melhor disposição quanto à distribuição;
anatômica da gordura corporal, impedindo que haja maior concentração nas regiões
centrais do corpo.
Wilmore (1993), confirma a contribuição do estilo de vida sedentário, para o
aparecimento de novas patologias, dizendo que as funções corporais e os sistemas
orgânicos se harmonizam de forma consistentemente perfeita e delicada, e a quebra
dessa harmonia fará com que todo organismo sofra. Ele continua seu trabalho,
afirmando que existe todo um conjunto de evidências que demonstram que a
inatividade física e a condição cada vez mais sedentária de nossas existências
29
representam uma séria ameaça ao nosso corpo, provocando grave deterioração das
funções corporais normais.
Segundo Harrison, 2006 a obesidade, atualmente representa um problema
clínico insidioso e favorece o aparecimento de todas as doenças crônicas não
transmissíveis, caracterizando-se como doença dispendiosa, de alto risco, evolução
crônica, reincidente, de caráter epidêmico, que atravessa fronteiras e afeta milhões
de pessoas sem respeitar idade e sexo.
Como já foi demonstrado no discorrer das explanações contidas no presente
texto, é cada vez maior a preocupação relativa às patologias secundárias à
obesidade em todo mundo, uma vez serem estas as responsáveis pelas maiores
estatísticas de óbito no nosso meio e em outros países, em todas as camadas
sociais. Existe uma forte relação entre o sedentarismo e o risco de desenvolver
obesidade. Essa constatação tem sido amplamente comprovada através de
inúmeros estudos científicos nas mais diversas áreas da ciência médica: fisiologia do
exercício, cardiologia, endocrinologia, etc.
As fundamentações teóricas que deram sustentação a esse trabalho
baseiam-se nos clássicos conceitos levantados nos estudos de Pollock, em que se
correlaciona composição corporal, atividade física, obesidade e o aumento do risco
para ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, cardiopatias
e hipertensão arterial, que leva à morbidez e morte.
A importância da realização desta pesquisa sustenta-se no fato de que,
como pode ser visto na literatura, a prática de atividade física regular é um dos
principais fatores para o controle de peso e tem sido demonstrada como capaz de
reduzir a obesidade, que pode provocar doenças, as quais comprometeriam a
disponibilidade do efetivo.
Assim, foi traçado um breve histórico sobre a utilização da antropometria e
seu estabelecimento como parâmetro de avaliação de condicionamento físico. Os
aspectos metodológicos do trabalho foram abordados, sendo descritos os
procedimentos e as técnicas, o universo da pesquisa, a abrangência temporal, o tipo
de pesquisa e os instrumentos utilizados.
Em seguida, foi apresentado o autor utilizado como referencial teórico e
realizada uma revisão da literatura com o objetivo de caracterizar os componentes
da composição corporal e a utilização das medidas antropométricas como forma de
30
mensuração, além de realizar uma apreciação sobre a obesidade e suas
implicações.
Adicionalmente, foram feitas considerações sobre fatores relacionados aos
hábitos pessoais que possivelmente estariam relacionados com o desenvolvimento
do aumento do tecido gorduroso. Finalmente, os dados colhidos foram apresentados
e analisados, possibilitando o desenvolvimento da conclusão.
Observou-se neste estudo que a obesidade é uma patologia cujas
características nos levam a crer que seja plenamente passível de ser evitada, visto
estar diretamente ligada a hábitos prejudiciais que podem ser modificados. Pelos
resultados encontrados, verifica-se que a manutenção da composição corporal
dentro dos limites considerados como referência de normalidade foi o fator que mais
influenciou na diminuição de excesso de peso e obesidade.
Finalmente, acredita-se que as conclusões alcançadas com este relatório de
pesquisa comprovem que o sedentarismo influencia diretamente na incidência de
obesidade e que a composição corporal acima dos padrões de referência possa ser
o fator mais relevante para esta incidência.
Acredita-se, também, que este estudo possa ser o início de uma mudança
de hábitos podendo servir como base para a realização de novas pesquisas nesta
área.
"A saúde é conservada pelo conhecimento e observação do próprio corpo." (Cícero)
31
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relação entre a prática de atividade física regular e a composição