GUITARRA 1
da afinação ao improviso,
escalas maiores, menores,
pentatônicas e de blues,
formação de acordes e bicordes
CD com solos e
acompanhamento
Apoios:
Saulo van der Ley
Guitarrista e violonista
Composição & Regência UNICAMP
Consultor Computer Music
Faixa 01
Toque Igual ao Disco
Guitarra I
GUITARRA CD é um método dirigido para aqueles que desejam começar a tocar a guitarra.
Sua estrutura é muito prática, aplicando a teoria exposta de forma simples, e associando ao
impresso cada faixa da gravação do CD. O impresso se caracteriza pela visualização das fotos,
gráficos e outras ilustrações que deixam bem claras as idéias escritas. Os trechos gravados
estão indicados no impresso e nas gravações você vai encontrar sempre a localização nos textos
do que está sendo ouvido. O curso está dividido em 3 partes básicas: escalas, acordes e sua
aplicação prática. As partes, por sua vez, são constituidas de teoria, prática e gravação no CD,
tratando principalmente da interelação entre melodia (solo) e harmonia (acompanhamento). Um
guitarrista moderno é capaz de executar solos entremeados de acompanhamentos ou viceversa, e o domínio da relação entre as notas musicais dos acordes e do solo é fundamental no
aprendizado. Para isso, o trabalho da mão direita, com ou sem palheta é tão importante quanto
a digitação das escalas e formação dos acordes. O método traz ainda a possibilidade de você
estudar com o auxílio de seu equipamento de áudio, isolando em dois canais as partes
práticas de solo e acompanhamento. Desta forma, você tem à mão, onde e quando quiser, uma
excelente aula de guitarra, com áudio e didática de primeira qualidade.
Saulo Wanderley
4
Tipos e
partes de
guitarras
6
Escalas
maiores e
menores
8
Escalas
Pentatônicas
10
Rock &
Blues
12
14
16
18
Acordes
Básicos
Acordes
Especiais
Prática I
Prática 2
NÓS TEMOS ISRC, E VOCÊ?
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Editor:
Saulo E.F. Wanderley
2 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
ISRC é o International Standard Recording Code (Código Internacional de
Normatização de Gravação - Norma ISO 3901) e obrigatório a partir do Decreto
Lei 4533, de 22 de abril de 2002, para identificar as gravações. Todos os
fonogramas de GUITARRA CD - I estão registrados para a Pauta Arte &
Comunicação
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(ISRC
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pirataria.
Faixa 06 - ISRC BRP19080023
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Faixa 04 - ISRC BRP19080021
Faixa 10 - ISRC BRP19080027
Faixa 05 - ISRC BRP19080022
Convenções
As CIFRAS são o resumo dos ACORDES, grupos de notas
que se combinam para um acompanhamento. São grafadas
com LETRAS, NÚMEROS, SINAIS e BARRAS:
Letras maiúsculas: Tomando as 7 primeiras letras do alfabeto, o
A corresponde à nota LÁ
LÁ, B a SI
SI, C a DÓ
DÓ, D a RÉ
RÉ, E a MI
MI, F a
FÁ e G a SOL
SOL.
Letras minúsculas: Os acordes MAIORES são indicados pelas
letras maiúsculas, e os MENORES pela respectiva maiúscula
seguida de um m minúsculo.
Números: Os acordes são formados pela primeira, terceira e
quinta notas a partir da nota musical que lhe dá nome. Outras
notas acrescentadas devem ter seu número, em relação à primeira
nota, cifrado.
Sinais: O sinal “-” indica uma diminuição de meio-tom (uma
casa) em uma nota e o sinal “+” um aumento de também meiotom. Isso vale também para a quinta nota, que, se diminuída (5) indica uma quinta diminuta e se aumentada uma quinta
aumentada (5+)
Barras: Uma letra depois de uma barra indica que a nota mais
grave do acorde não é a que lhe dá nome, e números separados
por barras indicam mais de uma nota acrescentada ao acorde.
Afinação
1) Afine a corda mais grave (sexta corda) nem muito apertada
nem muito frouxa.
da na QUINTA CASA. O som obtido será
2) Aperte a sexta cor
corda
NOT
A LÁ
da solta (NOT
NOT
A
NOTA
LÁ) que deve ter a quinta cor
corda
NOTA
o som (NOT
LÁ
LÁ).
Faixa 02
Os desenhos criados para
mostrar o braço do instrumento,
com acordes e solos mostram o
braço da guitarra visto de frente,
de pé, ou deitado na horizontal,
com a corda mais grave para
baixo.
Bracinhos de acordes: De pé, têm
a cifra acima, os números dos
dedos da mão ESQUERDA onde
estes devem apertar as cordas (1
= indicador, 2 = médio, 3 = anular
e 4 = mínimo). Uma barra grande
sobre todas as cordas simboliza
uma PESTANA, feita pelo dedo
indicador da mão esquerda, e o
número ao lado da pestana, fora
do desenho indica a CASA onde
ela deve ser feita. As bolinhas
abaixo deste desenho indicam os
quatro dedos da mão DIREITA
que devem tocar nas cordas
marcadas, da esquerda para a
direita: polegar, indicador, médio
e anular.
Bracinhos de escalas e solos:
Deitados na horizontal, podem ter
em retângulos ou círculos o nome
das NOTAS ou números que
indicam os dedos da mão
esquerda. As digitações podem
ser feitas da corda mais grave
para a mais aguda (sentido
ASCENDENTE) ou vice-versa
(sentido DESCENDENTE).
da na QUINTA CASA. O som obtido será
3) Aperte a quinta cor
corda
NOT
A RÉ
da solta (NOT
NOT
A
o som (NOT
NOTA
RÉ) que deve ter a quarta cor
corda
NOTA
RÉ
RÉ).
4) Aperte a quarta cor
corda
da na QUINTA CASA. O som obtido
NOT
A SOL
ceira cor
da solta
será o som (NOT
NOTA
SOL) que deve ter a ter
terceira
corda
NOT
A SOL
(NOT
NOTA
SOL).
da na QUARTA CASA. O som obtido
5) Aperte a ter
erceira
corda
er
ceira cor
da solta
NOT
A SI
corda
será o som (NOT
NOTA
SI) que deve ter a segunda cor
NOT
A SI
(NOT
NOTA
SI).
6) Aperte a segunda cor
corda
da na QUINTA CASA. O som obtido
NOT
A MI
da solta
será o som (NOT
NOTA
MI) que deve ter a primeira cor
corda
NOT
A MI
(NOT
NOTA
MI).
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 3
Afinação da Guitarra
Faixa 03
Observe o braço da guitarra entre as casas 1 e 5. As
notas das cordas SOLTAS, exceto da corda mais
grave, podem ser tocadas na corda imediatamente
mais grave apertada na casa cinco, com uma exceção:
corda três apertada na casa QUATRO. Apertando as
cordas imediatamente mais graves na casa 5 (ou 4, na
exceção), você afina a corda mais aguda seguinte:
CORDA 5 = CORDA 6 (Apertada na casa 5), CORDA
4 = CORDA 5 (Apertada na casa 5), CORDA 3 =
CORDA 4 (Apertada na casa 5), CORDA 2 = CORDA
3 (Apertada na casa 4), CORDA 1 = CORDA 2
(Apertada na casa 5).
A guitarra tem, na maioria dos modelos, de 19 a 22 casas, algumas chegando a 24 casas. Se considerarmos
que o violão tem apenas 12 casas onde se pode tocar com facilidade com a mão esquerda, a guitarra
apresenta o dobro de notas para serem tocadas. Estas notas estão dispostas na ordem CROMÁTICA, ou
seja, com as notas NATURAIS entremeadas pelas notas INTERMEDIÁRIAS.
Entre a maioria das notas naturais temos uma nota intermediária, que pode receber dois nomes: SUSTENIDO
(símbolo #) se estivermos tocando na ordem do grave para o agudo (no desenho, da esquerda para a
direita) ou BEMOL (símbolo b) se estivermos tocando no sentido do agudo para o grave (no desenho, da
direita para a esquerda).
No braço da guitarra, esta ordem de notas é reproduzida na direção da cabeça do instrumento (paleta)
até onde se prendem as cordas (ponte). O conhecimento da localização das notas é muito importante para
o estudo da guitarra, pois qualquer solo ou acompanhamento terá como estrutura este material.
4 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
Ao lado a continuação da localização das notas no braço da guitarra, até a
vigésima segunda casa. Cada casa corresponde a um dos quadrinhos do
desenho da ordem cromática das notas musicais. Observe que a partir dacasa
12, a mesma ordem se repete em cada uma das cordas. É muito comum o
guitarrista tocar determinado trecho do solo ou acompanhamento na região
mais grave do braço, e depois repetir a execução na região mais aguda. Por
isso e por outros motivos, a afinação deve ser precisa. A evolução natural do
instrumento passaria pela sofisticação dos efeitos conseguidos com a alavanca,
pontes mais elaboradas e mecanismos sofisticados como as travas de afinação
e a microafinação (veja fotos).
Temos muitos outros modos de prender as cordas na guitarra. Nos modelos
mais modernos, temos a chamada MICROAFINAÇÃO, montada na ponte, onde
parafusos laterais afinam com maior precisão o que as tarraxas já afinaram
de modo mais grosseiro. Para usar só a microafinação, existem as TRAVAS DE
AFINAÇÃO junto à paleta, no traste 0. São seis parafusos que, apertados,
imobilizam a afinação pelas tarraxas, deixando só a microafinação.
Estude e memorize a localização das notas no braço da guitarra por regiões.
Primeiro as cordas soltas e apertadas até a terceira casa. Depois, memorize as
notas até a casa 5, para que possa afinar com o conhecimento das notas que
pertencem às cordas soltas e às suas cordas vizinhas apertadas na quinta (ou
quarta, na exceção) casa. Numa segunda etapa, estude as notas da casa 6 até a
casa 9, e finalmente as casas de 10 a 12. A partir da casa 13 a ordem se repete,
e tudo se torna mais fácil.
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 5
Faixa 04
Escalas Maiores e
Menores
Unindo um exercício prático a um ensinamento teórico, podemos agora trabalhar com a palheta e com as
ESCALAS musicais, um tema muito importante para o guitarrista. As escalas são o material usado para
a construção dos acordes, de melodias e de improvisos. A escala mais simples, pela qual poderíamos
começar nosso estudo é a chamada escala MAIOR.
Um “desenho” de escala é composto pelo desenho dos trastes, casas e cordas do braço do instrumento com
números localizando onde estão as notas desta mesma escala. Estes números indicam os dedos da mão
esquerda que deverão tocar as notas. Comece pela escala maior fechada , tocando com o dedo 2 na casa
3, seguido do dedo 4 na casa 5. Em seguida toque as notas da corda cinco: dedo 1 na casa 2 seguido do
dedo 2 na casa 3 e do dedo 4 na casa 5. Vá tocando as notas das outras cordas até chegar à corda mais
aguda. Dessa forma você estará digitando a escala no sentido ASCENDENTE, isto é, do grave para o
agudo.
As escalas podem ser digitadas ascendente e descendentemente para um treino inicial. Com este hábito,
você estará se familiarizando com a digitação da escala, a ponto de poder em breve usá-la para um
improviso ou execução de trechos, sem se preocupar com a técnica da digitação em si.
Assim como os acordes, as escalas podem ser maiores ou menores. Tudo depende da relação de distância
entre a primeira nota da escala (chamada de TÔNICA) e a terceira nota depois dela, a TERÇA da escala.
No caso da escala começada pela nota DÓ, temos CINCO meios tons até a nota MI e apenas QUATRO meios
tons até a nota MI bemol. É uma convenção chamarmos o acorde entre as notas DÓ e MI de TERÇA
MAIOR, e entre DÓ e MIb de TERÇA MENOR. E isto pelo simples fato de que a distância entre DÓ e MI
é maior do que a distância entre DÓ e MIb. Toque uma e outra escala e compare os sons. Perceba as
diferenças, por menores que estas sejam. Experimente digitar também a partir de outras tônicas em
outras casas, usando o mesmo formato de digitação.
A estrutura de intervalos é que determina o MODO de uma escala, que nada mais é do que o modo pelo
qual estão distribuídos estes intervalos. Quando começamos a escala pela nota DÓ, os MEIOS TONS ficam
entre a terceira e quarta e entre a sétima e oitava notas. Bem como os TONS ficam entre os demais
intervalos. Estas são as duas condições para que uma escala seja considerada do modo MAIOR:
1) T
er MEIO TOM entr
e a ter
ceira e quarta e entr
e a sétima e oitava notas
Ter
entre
terceira
entre
notas..
2) T
e as demais notas
Ter
entre
notas..
er UM TOM entr
6 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
A escala que começa pela nota DÓ tem este formato naturalmente, por isso dá origem a todas as outras
escalas maiores.
As duas condições para que uma escala seja considerada do modo MENOR são:
er MEIO TOM entr
e a segunda e a ter
ceira e entr
e a quinta e a sexta notas
Ter
entre
terceira
entre
notas..
1) T
2) T
er UM TOM entr
e as demais notas
Ter
entre
notas..
A escala que começa pela nota LÁ tem este formato naturalmente, por isso dá origem a todas as outras
escalas menores.
As escalas menores sofreram influência das maiores, e por isso assumem três formas diferentes: a Escala
Menor NATURAL, a Escala Menor HARMÔNICA e a Escala Menor MELÓDICA. Resumimos:
NA
TURAL
NATURAL
A escala menor natural é digitada igual tanto no sentido ASCENDENTE (do grave para o agudo) quanto
no sentido DESCENDENTE (do agudo para o grave).
HARMÔNICA
A escala menor harmônica é tocada igual à natural quando digitada no sentido DESCENDENTE, mas
quando digitada no sentido ASCENDENTE, tem a sua SEXTA nota tocada uma casa a mais no sentido do
grave para o agudo.
MELÓDICA
E a escala menor melódica é também tocada igual à natural quando digitada no sentido DESCENDENTE,
e tem duas alterações quando digitada no sentido ASCENDENTE: a SEXTA e a SÉTIMA notas são tocadas
uma casa a mais no sentido do grave para o agudo.
Na nossa prática, vamos digitar as escalas menores:
1) Na sua forma NATURAL, tendo como acompanhamento uma harmonia na tonalidade de LÁ MENOR
2) Na sua forma HARMÔNICA, tendo como acompanhamento uma harmonia mais elaborada, na tonalidade
de LÁ MENOR.
3) Na sua forma MELÓDICA, tendo como acompanhamento outras escalas menores, dos três tipos.
Escalas Menores
 

 
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






5
7
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5
7
8
5
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8
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7
9
5
7
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7
9
6
7
5
7
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5
7
6
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9
5
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6
9
5
 
    
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5
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5
   
    
    
5
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8
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7
   
8
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5
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9
7
5
5
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7
8
7
5
8
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8
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 
   
5
   
7
7
5
 
7
5
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 7
Faixa 05
Escalas
Pentatônicas
Uma escala cuja aplicação é muito comum, e cuja DIGITAÇÃO é muito simples é
uma escala de apenas cinco notas e por isso chamada de PENTATÔNICA (Penta =
Cinco). Abaixo o seu desenho no braço do instrumento. Esta é uma escala
pentatônicaque começa com a nota FÁ, e será chamada de ESCALA PENTATÔNICA
DE FÁ. Digitando-a a partir de qualquer outra nota da sexta corda, você estará
tocando a escala pentatônica formada a partir daquela nota. Observe que você
tocará DUAS notas em cada CORDA do instrumento. Logo, a palheta deverá
atingir a mesma corda por duas vezes, com movimentos em sentidos
ALTERNADOS. Vamos incrementar nosso desenho com uma orientação para as
palhetadas:
Depois de palhetar para baixo (no sentido das cordas graves para as agudas) a
primeira nota (corda 6, casa 1), você palheta para cima a segunda nota (corda 6,
casa 4). Ao passar da corda seis para a corda cinco ao lado, o movimento também
será alternado. Mas podemos digitar a mesma escala usada outra técnica. Ela foi
desenvolvida e melhorada pelo guitarrista Frank Gambale, que a chamou de
vassourada (sweaping). O nome vem da maneira com que se usa a palheta,
varrendo de uma corda para sua corda vizinha com o movimento no mesmo
sentido. Ao passar de uma corda a outra, usaremos então o mesmo sentido do
movimento, para economizar o próprio movimento, e dessa forma alcançar uma
maior velocidade de execução da escala, que será assim palhetada:
8 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
 


 


4
Escalas pentatônicas
1




4
1


1
4
3


1
3



1
3
1



1
3
1


3
1

3


4
1

1

4

4

1
Uma escala pode ser ainda digitada em forma de espelho . Para entender isto,
vamos imaginar a escala pentatônica a partir da nota DÓ: Ela terá as notas DÓ,
MI bemol, FÁ, SOL e SI bemol. Pense na casa 8, onde estão NA MESMA CASA E
EM LINHA RETA várias notas da escala: DÓ, FÁ, SIb, MIb, SOL e DÓ. Nas outras
casas, as outras notas da escala não estão alinhadas em uma única casa, sendo
tocadas às vezes com o dedo 3, e às vezes com o dedo 4.
As notas em linha reta na oitava casa estão no mesmo lugar, é óbvio, mas há uma
outra digitação na parte mais grave do braço (à esquerda no desenho), que
pode ser melhor representada como no segundo desenho ao lado.A casa oito
fica sendo o espelho a partir do qual a digitação pode se dar para a parte mais
aguda (primeiro caso) ou para a parte mais grave (espelho), com AS MESMAS
notas em OITAVAS diferentes.
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 9
Rock and Blues
Faixa 06
O rock veio do blues. As escalas de blues têm notas alteradas e notas omitidas. Não existe nem a SEGUNDA
nem a SEXTA nota, e existe uma QUINTA DIMINUTA entre a QUARTA JUSTA e a QUINTA JUSTA. A
SÉTIMA é sempre menor. A primeira escala digitada, abaixo, da esquerda para a direita é a que deu
origem a muitos clássicos do rock. Digite-a DESCENDENTEMENTE, da corda 2 apertada na quinta casa
para o grave, e sinta o espírito do blues.
As duas outras escalas são digitações em todas as cordas, e a tônica, isto é, a nota que dá nome à escala
(blues em MI, blues em FÁ, blues em DÓ, etc.) está sempre na corda mais grave, como as digitações das
escalas que já estudamos até agora. A diferença entre a escala de blues maior e menor é a segunda nota
da escala, que corresponde à terça da escala maior, e determina o modo.
Como ritmo para os improvisos gravados, use as palhetadas como abaixo, em quatro tempos onde a
primeira palhetada dura DOIS TERÇOS de tempo e a segunda palhetada dura apenas UM TERÇO de
tempo:
O blues é sempre tocado em TERCINAS, a divisão do tempo em 3 partes iguais, sendo que a
primeira palhetada tem sempre o dobro da duração da segunda, feita em sentido contrário.
10 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
As seqüências de acordes abaixo são para um improviso em MI MAIOR. Deverão ser usados com o
ritmo descrito na página ao lado, e a escala de blues MAIOR.
Repare que as dissonâncias de SEXTA e de SÉTIMA MENOR são tocadas com o dedo 4 da mão
esquerda, que se movimentará nas mudanças entre os acordes maior, maior com sexta e maior
com sétima menor. As 3 seqüências correspondem à harmonia de um acom- panhamento tradicional,
e também têm uma ordem descrita, pela cifragem dos acordes maiores abaixo. A cada cifra de
acorde maior, deve ser tocada toda a seqüência.
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 11
Acordes Básicos
Faixa 07
A música popular tem como estrutura o chamado SISTEMA TONAL. Partindo para a prática, em cada
música composta com as escalas maiores temos um CAMPO HARMÔNICO composto por 7 acordes, sendo 3
MAIORES, 3 MENORES e um MEIO DIMINUTO. Eles são formados por conjuntos de notas que soam bem
juntas. Toque cada um dos acordes abaixo e veja como os sons de cada um deles se combinam, e como a
sucessão dos próprios acordes é agradável ao ouvido. Use sempre as quatro cordas indicadas abaixo dos
bracinhos desenhados:
Para as músicas compostas com as escalas menores o CAMPO HARMÔNICO tem mais acordes, porque as
três formas diferentes da escala menor dão origem a mais acordes do que uma única forma que tem a
escala maior. A cada TONALIDADE maior corresponde uma tonalidade menor, assim como para cada
escala maior corresponde uma escala menor. Basta tomar a SEXTA nota de uma escala maior e a partir
dela formar uma escala menor. No caso da tonalidade de DÓ MAIOR, a tonalidade correspondente será
LÁ MENOR, portanto.
Como vimos, os acordes são formados por três notas principais: a primeira, a terça e a quinta. Essas três
notas recebem o nome de TRÍADE.
Mas na harmonia mais moderna quase sempre uma outra nota é acrescentada à tríade, que passa a ser
uma TÉTRADE (com quatro notas). Isso gera o aparecimento de mais acordes básicos e seus respectivos
derivados com a SÉTIMA nota acrescentada:
12 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
Estes acordes são conhecidos como ACORDES DE SÉTIMA , porque têm a sétima nota a partir da fundamental
acrescentada às notas principais que os formam. Podemos acrescentar qualquer nota a um acorde para
modificar suas características. Estes acréscimos de notas têm uma função parecida com a do ADJETIVO
para com o SUBSTANTIVO.
As notas acrescentadas são os adjetivos para as notas principais de um acorde, logo estes adjetivos
podem ser muitos. Os mais usados são as sétimas, que podem ser MAIORES ou MENORES, de acordo com
sua distância em relação à nota fundamental que dá nome ao acorde. Um exemplo: a nota SI é a sétima nota
em relação ao DÓ, mas a nota SI BEMOL vem ANTES do SI natural, logo está a uma distância MENOR de
DÓ. A nota Si Bemol é a SÉTIMA MENOR e a nota Si Natural é a SÉTIMA MAIOR em relação a nota DÓ.
As notas acrescentadas aos acordes são chamadas também de DISSONÂNCIAS. São como adjetivos que
tornam o acorde mais definido, sem pedir complemento, como as sétimas maiores e as sextas.
O assunto DISSONÂNCIAS é enorme. O próprio nome que se dá às notas acrescentadas em um acorde
(dissonância) é inadequado, pois dá a impressão de que estas notas não soam bem. O que importa é que se
perceba a modificação que elas produzem nos acordes.
Estes podem ser modificados para ficarem mais definidos com o uso das SÉTIMAS MAIORES ou SEXTAS,
e para ficarem indefinidos, como que pedindo um complemento, nos caso das SÉTIMAS MENORES - que
já vimos - e das QUARTAS. As QUINTAS e NONAS podem ser alteradas em meio-tom, e as DÉCIMASPRIMEIRAS e DÉCIMAS-TERCEIRAS são a repetição das quartas e sextas na oitava mais aguda.
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 13
Acordes Especiais
Faixa 08
A guitarra e os instrumentos de corda em geral têm como característica o fato
de uma mesma nota, de uma mesma oitava, poderem estar em mais de um lugar.
Isso possibilita a montagem de acordes iguais em lugares diferentes. Os acordes
que acabamos de conhecer foram feitos com algumas das cordas da guitarra
SOLTAS, isto é, sem serem apertadas em alguma casa. Isso não é bom, já que com
a amplificação podem surgir problemas.
Por isso, em se tratando de guitarra, devemos procurar sempre usar acordes
com pestana. Abaixo temos os acordes do campo harmônico de DÓ MAIOR,
montados em 3 diferentes lugares:
1) Com fundo CINZA estão os acordes ideais para violão, ou para usar com a
guitarra sem muito volume na amplificação.
2) Com fundo PRETO estão as formações de acordes ideais para os iniciantes
na guitarra em geral, com pestanas fáceis.
3) Com fundo BRANCO estão os acordes formados em pestanas na região mais
aguda, que requerem um pouco mais de força e agilidade na mão esquerda.
Acompanhamentos com Bicordes
Os bicordes são acordes formados por apenas 2 notas, com a omissão da TERÇA da tríade. Assim sendo,
poderão ser usados tanto para acordes maiores como os menores, pois é a terça que determina se um
acorde é maior ou menor. A seguir temos uma relação de bicordes feitos em 3 duplas de cordas vizinhas
a sexta e quinta, quinta e quarta, quarta e terceira corda.
14 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 15
Prática I
Faixa 09
Os acordes são conjuntos de notas que têm sua origem na escala. Para construir um acorde, você deve
escolher 3 notas de uma escala, que são chamadas de TRÍADE.
Nas páginas 12 e 14 você tem as ilustrações dos acordes com o nome das notas, mostrando como cada um
deles é formado pela sua respectiva tríade. Na nossa prática, vamos usar os acordes maiores e menores,
associados com as escalas que os formam, a escala maior e a escala menor, que foram estudadas nas
páginas 6 e 7.
Vamos começar digitando as escalas MAIORES de MI MAIOR e de RÉ MAIOR, que serão acompanhadas
na gravação pelos acordes das suas respectivas tonalidades:
ACORDES DA TONALIDADE DE MI MAIOR
ACORDES DA TONALIDADE DE RÉ MAIOR
16 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
Veja nas fotos os acordes das tonalidades de MI MAIOR e de RÉ MAIOR:
MI MAIOR
RÉ MAIOR
Estas duas tonalidades são muito usadas pela guitarra
nos gêneros, pop rock e rock. Isto se deve à afinação do
instrumento e à facilidade com que os vocais masculinos,
maioria nas bandas destes estilos, têm para cantar nestas
tessituras.
Algumas seq ências básicas foram usadas na gravação,
e você pode acompanhá-las tocando junto. Observe com
atenção as cordas que você deve tocar em cada acorde.
Só na primeira seq ência podem ser tocadas todas as
seis cordas, por isso o controle da palheta, quando usada,
deve ser cuidadoso.
Na gravação não são usados todos os acordes das duas tonalidades, MI MAIOR e RÉ MAIOR, mas, se você
diminuir o volume do canal do acompanhamento, poderá improvisar um acompanhamento com quaisquer
dos 7 acordes das tonalidades, desde que seja usada a tonalidade certa, isto é, acompanhamentos de Mi
Maior, acordes de Mi Maior, e acompanhamentos em Ré Maior, acordes de Ré Maior.
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 17
Prática II
Faixa 10
Vamos usar em nossa segunda prática duas escalas MENORES, a de LÁ MENOR e a de MI MENOR. A
escolha se dá pelo fato da escala de Lá Menor ser a mais simples de ser entendida, pois seguindo a escala
a partir da nota LÁ temos os intervalos necessários para a escala ser do modo menor naturalmente. Já a
escala de Mi Menor corresponde à afinação da guitarra com as cordas soltas e todos os acordes serão
fáceis de serem executados. As localizações das duas digitações também foram escolhidas por estarem
em regiões típicas de solos na guitarra, no meio do braço e no começo da região em que começa a segunda
oitava. Vamos a elas:
A cada tonalidade MENOR corresponde uma tonalidade MAIOR, logo, os mesmos acordes usados em uma
tonalidade maior serão usados em uma tonalidade menor. Na prática, você vai usar os seguintes acordes
para os improvisos e outras construções harmônicas:
18 - Toque Igual ao Disco - GUITARRA I
Veja nas fotos os acordes das tonalidades de LÁ MENOR e MI MENOR:
LÁ MENOR
MI MENOR
As estruturas musicais nas tonalidades menores têm
um caráter mais triste, com sonoridades mais suaves.
O uso das dissonâncias realça ainda mais essas
características, criando seq ências de acordes criativas
e melodias marcantes.
Algumas seq ências básicas foram usadas na gravação,
e você pode acompanhá-las tocando junto.Observe com
atenção as cordas que você deve tocar em cada acorde.
Só na primeira seq ência podem ser tocadas todas as
seis cordas, por isso o controle da palheta, quando
usada, deve ser cuidadoso.
Na gravação não são usados todos os acordes das duas tonalidades, LÁ MENOR e MI MENOR, mas, se
você diminuir o volume do canal do acompanhamento, poderá improvisar um acompanhamento com
quaisquer dos 7 acordes das tonalidades, desde que seja usada a tonalidade certa, isto é, acompanhamentos
de Lá menor, acordes de Lá menor, e acompanhamentos em Mi menor, acordes de Mi menor.
Toque Igual ao Disco - GUITARRA - 19
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da afinação ao improviso, escalas maiores, menores, pentatônicas