DEBATE Criação de distrito industrial em Goiânia foi debatido com os presidentes de associações A criação de distritos industriais em Goiânia, proposta em estudo pela Prefeitura da Capital, foi o tema central da primeira reunião ordinária da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (FACIEG), em 2013. O assunto motivou muita discussão entre os presidentes de associações presentes, em função de que tal proposta poderá gerar uma concorrência desleal com os municípios do interior do Estado, na atração de investimentos para a geração de empregos, renda e divisas. O presidente da FACIEG, Ubiratan da Silva Lopes, ao abrir a reunião, afirmou ser contra a criação de distritos industriais em Goiânia, em razão de que a Capital já tem caracterizado o seu perfil como sede administrativa e, por isso, conta com uma série de atrativos que, com certeza, fariam com que boa parte dos investimentos ficassem concentrados no Município. Além do que - diz ele- a medida está na contramão da política de redução das desigualdades regionais do Estado. Entretanto, Ubiratan Lopes ressaltou que esse é um posicionamento pessoal e que o assunto foi colocado em discussão depois de várias manifestações dos presidentes de associações, preocupados com o projeto. Conforme disse, é necessário ouvir as lideranças para que, sendo necessário, a entidade posicione-se publicamente respaldada pela maioria. “O que nós estamos é fazendo um debate democrático, ouvindo as manifestações dos presidentes e nos colocando à dis- posição para qualquer ação que se fizer necessária”, enfatizou Ubiratan Lopes. A reunião contou com a participação de dezenas de presidentes, alguns, inclusive, tendo se deslocado de grandes distâncias e representantes das associações filiadas, do vice-presidente Marcos Alberto Luiz de Campos; do secretário Wilson de Oliveira; dos vice-presidentes regionais e de outros membros da diretoria. Para falar a respeito sobre o tema central da reunião, esteve presente o presidente da Companhia de Distritos Agroindustriais do Estado de Goiás (Goiasindustrial), Ridoval Chiareloto. Também participaram da reunião os representantes do Sebrae Ieso Gomes e João Bosco Gonthier e o prefeito de Pontalina, Milton Ricardo. DEBATE Chiareloto: “é um golpe contra o interior” O presidente da Goiasindustrial, Ridoval Chiareloto, ao iniciar a sua exposição, disse se sentir em casa para o debate, referindo-se ao fato “de ter a honra de já ter presidido a FACIEG”. Segundo ele, é legítimo que as associações do interior discutam a criação de distritos industriais em Goiânia o que, na sua visão, “é um verdadeiro golpe contra o interior”. Para Chiareloto, a proposta vai prejudicar não apenas as cidades ao entorno da capital, como também os municípios mais distantes. Conforme observa, Goiânia já concentra uma geração de riquezas grande por ser a sede administrativa do Estado, não necessita de se industrializar o que poderia, inclusive, gerar um “inchaço no Município”. “Acho que as associações devem se unir, a FACIEG é uma entidade Ridoval Chiareloto, presidente da Goiasindustrial, ex-vice-presidente da FACIEG forte politicamente devido à sua representatividade e não podemos permitir que se crie distritos industriais em Goiânia, prejudicando as outras cidades”, defendeu Chiareloto, infor- mando que, atualmente, Goiás conta com 33 distritos e este número pode ser ampliado através de parceria com as prefeituras e o apoio das associações comerciais e industriais. DEBATE Associações estão preocupadas com o projeto D urante a reunião da FACIEG, os presidentes de associações manifestaram, de forma unânime, o descontentamento com o projeto de estabeler um polo industrial em Goiânia. Dentre as lideranças das associações, inclusive, cerca de uma dezena exercem cargos em Prefeituras, nas áreas de indústria e comércio e desenvolvimento econômico. Todos demonstraram grande preocupação que o interior pode ter com a industrialização da capital, que é a sede administrativa do Estado. Para Geraldo Vieira, representante de Catalão, “é um briga grande”, considerando ainda outros municípios que têm polos atrativos como Anápolis e Aparecida de Goiânia. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Trindade, Caio Flávio de Castro, relatou que conversou a respeito do assunto com o secretário de Indústria e Comércio, Alkexandre Baldy. Ele sugeriu que os outros presidentes também procurem o secretário, demonstrando essa preocupação dos municípios com a indus- Pedro Colaço, representante de Novo Gama, foi uma das lideranças a manifestar preocupação trialização da capital. O vice-presidente Marcos Alberto Luiz de Campos, representante de Aparecida de Goiânia, disse que o Município está em curva ascendente de crescimento, mas tem ainda uma média de renda per capita baixa e, portanto, precisa melhorar, fortalecendo a indústria local. Na sua opinião, as associações devem levar a preocupação ao co- nhecimento da população. Na mesma linha, se manifestaram os representante de Novo Gama, Pedro Colaço; de Jaraguá, Nelson Rodrigues; de Ceres\ Rialma, Paulo Roberto e vários outros. O prefeito de Pontalina, Milton Ricardo, que acompanhou os debates, também posicionou-se contra o projeto e elogiou a iniciativa da FACIEG em promover o debate. Prefeito de Pontalina, MIlton Ricardo, observou que a industrialização de Goiânia trará prejuízos aos municípios do interior que buscam atrair empregos CACB Ubiratan é eleito para o Conselho Fiscal O presidente da FACIEG, Ubiratan da Silva Lopes, ocupa o cargo de conselheiro fiscal titular, na nova diretoria da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), eleita para o biênio 2013-2015, na Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 24 de janeiro último. Foram eleitos presidente e primeiro vice-presidente, respectivamente, José Paulo Dornelles Cairoli e Rogério Pinto Coelho Amato. Durante a posse, o presidente José Paulo Cairoli destacou a necessidade de, cada vez mais, a CACB envolver os associados das mais de 2.300 entidades filiadas dos 26 estados e Distrito Federal. Segundo ele, a entidade visa ao fortalecimento de todos. Ao falar sobre as metas da nova gestão, ele destacou o fortalecimento de ações da entidade, dentre elas o Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), e de iniciativas como a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), o Empreender e o Integra. O presidente da CACB ressaltou que ofereceu à FACIEG um cargo de confiança importante na estrutura da entidade, pelo reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela Federa- ção, em nome das cerca de 80 associações comerciais e industriais que representa. O presidente Ubiratan Lopes agradeceu a deferência dada a Goiás e salientou que irá exercer a função com dedicação, observando o cumprimento do regimento e com o máximo empenho em contribuir com o fortalecimento da CACB. FIQUE SABENDO SCPC Durante a última reunião ordinária da FACIEG, foram apresentados os colaboradores que estarão trabalhando junto com as associações comerciais e industriais, o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). São eles: Adriano Oliveira Santos e Paula Oliveira Marques. O SCPC é uma ferramenta de análise de crédito e mais um serviço que a Federação coloca à disposição das associações. CERTIFICAÇÃO DIGITAL A FACIEG fez investimentos significativos para atender aos requisitos para a obtenção de sua aprovação como Autoridade de Registro (AR), junto à Certisign. O que deverá ocorrer em breve. A partir daí, será possível desenvolver estratégias para que as associações sejam atendidas em suas demandas e de forma adequada com este serviço. Certificados digitais são documentos eletrônicos que identificam pessoas, tanto físicas quanto jurídicas. Fazendo uso de criptografia, tecnologia que assegura o sigilo e a autenticidade de informações. Além de identificar com segurança pessoas físicas e jurídicas, garantem confiabilidade, privacidade, integridade e inviolabilidade em mensagens e em diversos tipos de transações realizadas via Internet. AGENDE-SE Reunião com a superintendente da Caixa O presidente da FACIEG, Ubiratan Lopes, informa que a próxima reunião da entidade, marcada para 25 de maio próximo, contará com a presença da superintendente regional Sul da Caixa Econômica Federal, Marise Fernandes (foto), que na oportunidade irá fazer uma palestra sobre a parceria com as associações comerciais para a implantação do serviço de correspondente bancário. Para Ubiratan Lopes, é mais um serviço que as entidade poderão oferecer aos seus associados e para atrair novos sócios, com possibilidade ainda de gerar recursos financeiros. “Nós temos tido essa preocupação de trazer serviços para que as associações fidelizem e ampliem os seus quadros de associados, consequentemente, aumentando a visibilidade do trabalho prestado pelas entidades”, reforçou o presidente. FACIEG\FIEG Federações e Sudeco atuam em parceria pelo desenvolvimento da RIDE do Entorno do DF O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e diretor secretário da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (FACIEG), Wilson de Oliveira, esteve em Brasília no dia 21 de fevereiro último, participando do “Encontro de Gestores sobre o FCO na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). Na ocasião, representando os presidentes das respectivas federações, Pedro Alves de Oliveira e Ubiratan da Silva Lopes, ele participou de um ampla programação, com a participação realizada pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). De acordo com Wilson de Oliveira, um dos objetivos principais do encontro foi o de unir esforços entre o Goveno Federal, os governos de Goiás e do Distrito Federal e o setor produtivo para o cumprimento do dispositivo que prevê a aplicação de 51% dos recursos do Fundo Constitucional Centro-Oeste (FCO) em micro, pequenos e médios tomadores através do Banco do Brasil, que é o agente financeiro do Fundo, além da Agência de Fomento, no caso de Goiás. Segundo Wilson de Oliveira, a intenção é massificar a divulgação do FCO na região da RIDE, que é constituída pelo Distrito Federal, por 19 municípios do Estado de Goiás e 3 municípios de Minas Gerais, e assim fortalecer a economia da região reduzindo as desigualdades e, conse- quentemente, combatendo os bolsões de miséria e violência. De acordo com dados da Sudeco, dos R$ 5,3 bilhões previstos para a região Centro-Oeste em 2013, cerca de R$ 1 bilhão poderá ser aplicado na RIDE (exceto nos municípios de Minas Gerais). Os aportes financeiros, alcançam os setores da indústria, comércio, serviços e rural. Para Wilson de Oliveira, o papel das Federações, no caso a FIEG e a FACIEG, será fundamental ao êxito da iniciativa, uma vez que as mesmas irão mobilizar todo o setor produtivo da região da RIDE, para que participem dos seminários que irão ocorrer no período de março a maio corrente nos municípios, para detalhar os empresários sobre as vantagens do FCO. “Através do Fundo é possível ter crédito barato para fortalecer os negócios”, enfatizou Wilson de Oliveira, observando que ao priorizar a RIDE, a Sudeco volta o seu olhar para uma região “que não é problema, mas uma solução”, haja vistodisse- a alta concentração de consumo e a necessidade de políticas para os municípios que muito contribuem com a economia do Distrito Federal e de Goiás, mas que ainda sofrem com sérios problemas estruturais, com demandas na educação, saúde, infraestrutura e segurança pública. A injeção de mais recursos na economia nos municípios da RIDE, vai colaborar para mudar esse perfil, juntamente com os investimentos governamentais. Além da oferta de crédito com juros mais baixos, Wilson de Oliveira aponta que é necessário envolver também o Sebrae, com o intuito de orientar os empresários na apresentação dos projetos para viabilizar os empréstimos e as prefeituras para o apoio aos eventos de cada cidade. “A Sudeco vai levar o recurso através do FCO, a União e os governos de Goiás e do Distrito Federal, os investimentos para atender as demandas sociais e o setor produtivo estará atuando com indutor para garantir a participação do empresariado nesse processo, que será um novo marco para a RIDE. Isto é a verdadeira Parceria Público Privada”, sublinhou Wilson de Oliveira, acrescentando que a FIEG e a FACIEG já estão empenhadas em ações para envolver o empresariado no projeto, juntamente com a Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Entorno do DF. EXPEDIENTE Informativo da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias de Goiás- FACIEG Supervisão Editorial Ubiratan da Silva Lopes Presidente Jornalista responsável Claudius Brito Contatos: E-mail: [email protected] Telefone: (62) 3545 3001 Endereço: Rua 148, 454 - Setor Marista Goiânia - GO, 74170-110 FACIEG\FIEG Municípios que integram a RIDE DISTRITO FEDERAL - Brasília GOIÁS - Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa. MINAS GERAIS - Buritis, Cabeceira Grande e Unaí. POPULAÇÃO DA RIDE: 3.724.196 desenvolvimento econômico e social da Região, mediante a execução de programas de desenvolvimento aos setores produtivos em consonância com o respectivo Plano RIDE Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Fede- Regional de Desenvolvimento. ral e do Entorno, criada pela Lei Complementar nº 94, de 19.02.1998 e regulamentada pelo Decreto nº 7.469, de SUDECO 04.05.2011, destina-se à articulação da ação administra- Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, tiva da União, dos Estados de Goiás e Minas Gerais e do extinta em 1990, foi recriada através da Lei ComplemenDistrito Federal à cooperação dos referidos entes. A RIDE tar nº 129 e regulamentada pelo Decreto Presidencial nº é constituída pelo Distrito Federal, por 19 municípios do 7.471, de 04.05.2011. A Sudeco é uma autarquia do Governo Federal, à qual compete, dentre uma série de atriEstado de Goiás e 3 municípios do Estado de Goiás. buições, executar o Plano de Desenvolvimento do CentroOeste, dedicado à redução das desigualdades regionais, FCO Fundo Constitucional Centro-Oeste, criado pela Lei nº ao incremento da competitividade da economia regional, à 7.827, de 27.09.1989, com o objetivo de contribuir para o inclusão social. O QUE É: FOZ DO IGUAÇU FACIEG no Encontro de Conselheiros do Sebrae O Sebrae\GO quer o apoio da FACIEG, para que o projeto Empreender seja fortalecido perante as associações comerciais. Os gerentes de Relações Institucionais e Políticas, Ieso Gomes e Setorial de Comércio, João Bosco Gonthier, participaram da última reunião ordinária da Federação e, na oportunidade, prestaram importantes esclarecimentos sobre as mudanças ocorridas no Empreender em todo o País, por conta de entraves legais relacionados à contratação dos Facilitadores. Ieso Gomes lembrou que no ano passado foi aberto um processo seletivo para contratação de novos Facili- tadores, entretanto, por vários motivos, o número está aquém da demanda. Ele disse que a intenção é estudar com a diretoria da FACIEG, estratégias para que o Empreender possa atender ainda melhor a sua missão que é fortalecer as associações comerciais. Parceria O presidente da FACIEG, Ubiratan Lopes, enalteceu o trabalho do Sebrae\GO, que mesmo diante as dificuldades, tem feito um trabalho com esse programa que é referência no País. Ele enfatizou que a entidade está sempre aberta à parcerias com o Sebrae.