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Curso
Jornalismo Digital
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Conteúdo Programático:
Introdução Curso de Jornalismo Digital
Jornalismo
O surgimento da Internet
Cibercultura
A Televisão no Brasil
TV Digital
Webjornalismo
Jornalismo Digital
Pirâmide Invertida – Como escrever para web
Perfil do Jornalismo de web
Redes Sociais
Blog
Microblogging
Jornalismo no twitter
Jornalismo VideoGame
Geolocalização
Comunicação e mobilidades
Aplicativos para jornalistas
Dicas de livros para um (a) comunicador (a)
Bibliografia/Links recomendados
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Introdução
A internet se tornou um espaço de busca com uma infinidade de
utilizações, que vão desde uma pesquisa para a faculdade até
uma receita de bolo. O tempo em que as pessoas ficam
conectadas aumenta a cada dia mais. Com a criação das mídias
sociais desenvolve-se um comportamento humano voltado a uma
atualização das atividades diárias envolvendo lazer e trabalho.
Hoje, muitas atividades são resolvidas pela internet, assim como
a própria troca de informações e relacionamentos. A rotina exige
cada vez mais a concentração e cria o afastamento do indivíduo
nas relações pessoais da sociedade. Todo mundo quer estar
informado através de um clique!
De acordo com informações da Revista Exame Info. Ed. 305,
julho de 2011, o instituto de pesquisas E.life informou que 42,5%
dos internautas ficam mais de 41 horas por semana conectados.
São quase seis horas diárias de navegação. Entre as principais
atividades online, destaques para o facebook, o Twitter e os
programas de bate-papo como o MSN, e atualmente o app
whatsapp.
O Twitter, microblogging criado em 2006, está revolucionando a
comunicação por meio das mídias sociais. Envolve pessoas do
mundo todo e compartilha informações de forma exponencial.
Criado há apenas três anos o Twitter deixou de ser apenas um
canal de microbloggins pessoais, concebido para que alguém conte o
que faz em telegráficos 140 toques, e virou fonte e ao mesmo
tempo disseminador de informações. (...) o Twitter ajuda o
jornalista a se aproximar e até ouvir melhor o leitor. (pág 28 e 29)
Fonte: Revista Plug Especial Digital. Editora Abril, 2009. São
Paulo.
O facebook é uma das mídias sociais de maior destaque na
atualidade. De acordo com dados do site G1, fechou 2013 com
67,96% da audiência no Brasil entre as redes sociais em
dezembro, segundo dados da Hitwise. A mídia é líder no
levantamento da ferramenta de inteligência em marketing digital
da Serasa Experian desde janeiro de 2012. Segundo informações
da Rede de Jornalistas Internacionais (https://ijnet.org/ptbr/stories/seis-dicas-de-como-usar-facebook-no-jornalismo),
o
Facebook recentemente anunciou planos de se dirigir aos
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jornalistas, fornecendo-lhes treinamento sobre a melhor forma de
interagir com seu público via Facebook. A página Facebook+
Journalists funciona como uma comunidade no Facebook para
jornalistas e oferece recursos úteis.
As mídias sociais modificaram a maneira de envolver as pessoas
com os noticiários. Antes as pessoas comentavam em pequenas
rodas de amigos, na rua ou no trabalho e hoje passaram a
crescer em uma proporção muito maior, na internet e em tempo
real.
O webjornalismo foi sendo implementado a partir da segunda
metade dos anos de 1990, porém apenas no final da década é
que se estabeleceu de forma abrangente, detectando um
verdadeiro boom (...) Era chamada de Nova Economia, ou seja
economia gerada pela internet. O webjornalismo e seus portais
eram considerados um novo negócio. (pág. 31).
De acordo com Prado (2011, p.198) Os fluxos de transmissão de
informação, outrora unidirecionais, passaram para bidirecionais
(no telefone) e hoje são multidirecionais, ou seja, de muitos, para
muitos, com uma forte capacidade de articulação. Algo que a
cibercultura facilita, colocando todos em uma mesma nuvem.
Jornalismo
O Jornalismo é uma atividade profissional e informativa, realizada
periodicamente e difundida através dos meios de comunicação
de massa como imprensa, rádio, jornal, televisão e imprensa
online. Também pode ser definido como a prática de coletar,
redigir, editar e publicar informações sobre diversas atividades. A
história de nossa imprensa começa em 1808, com a publicação
da Gazeta do Rio de Janeiro e do Correio Braziliense.
Segundo SCHMITZ, Aldo Antonio (2011, p.9):
“Mas o jornalismo como se conhece hoje é um fenômeno do século XIX e uma invenção
anglo-americana, por ser informativa e não publicista, ou seja, a notícia centrada no fato, a
busca da verdade, a independência, a objetividade e a prestação de serviço público. A
figura do repórter, por exemplo, surge por volta de 1870, por se caracterizar no tipo de
jornalista que busca a notícia (newsgathering), tomava nota sobre os eventos e
considerava os fatos. Até então os jornalistas não perguntavam às fontes, apenas relatam
o ocorrido e emitiam suas opiniões pessoais”.
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Até o ano de 1860, nos Estados Unidos da América (EUA), o
jornalismo não formava ainda uma classe profissional nem uma
indústria. Isso viria a ocorrer no final do século XIX, dando origem
ao ideal da objetividade. O campo do jornalismo passa articular
com os campos políticos, econômicos e sociais, sujeito às
relações comerciais, às pressões do público, às ações dos
jornalistas, aos interesses sociais, públicos e culturais. Então, as
fontes entram nesse campo pra fazer o seu jogo. Segundo
SCHMITZ, Aldo Antonio (2011, p.10).
Produção
As perguntas fundamentais para escrever um texto jornalísticos
são: O que? Quem? Quando? Onde? Como? E Por quê? O
trabalho do jornalismo é dividido em quatro etapas básicas:
é a seleção de assuntos que serão abordados. As pautas
podem ser definidas de acordo com o critério de noticiabilidade (o
valor-notícia). Elas podem ser sugeridas diretamente pelo
jornalismo ou mesmo pelo público receptor.
Apuração: é o processo de verificação da informação após a
definição da pauta. É feita com documentos, imagens e pessoas
que fornecem informações chamadas de fontes. O jornalista
busca manter um bom relacionamento com as fontes envolvendo
principalmente a confidencialidade.
Redação: é a produto final da organização das informações em
forma de texto verbal. Pode ser utilizada no impresso (jornal ou
revista), de forma online na internet ou em voz alta como na
rádio, TV e cinema.
Edição: É o material final que segue para os veículos. Ele é
analisado e alterado se necessário seguindo os critérios do
jornalismo. No jornal impresso, a edição é realizada no corte
ajuste dos textos de acordo com o espaço definido. A
diagramação é a disposição gráfica do conteúdo. Também faz
parte da edição, pois é ela que adequa o texto ao espaço. No
radiojornalismo a edição é feita através do corte e adequação de
som e textos de locução. E no telejornalismo, ela funciona com a
edição de imagens em movimento.
De acordo com DUARTE, Jorge (2011, p.3):
Pauta:
E porque noticiar se tornou a mais eficaz forma de agir no mundo e com ele interagir, as
relações com a imprensa passaram a constituir preocupação prioritária na estratégia das
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instituições, tanto as empresariais quando as governamentais, para as interações com a
sociedade – à qual se ligam, hoje, mais por teias comunicativas do que por atividades ou
ações de materialidade objetiva.
O jornalista deve buscar sempre todas as informações de uma
fato, mantendo a imparcialidade. É preciso apurar os dados com
responsabilidade e ética.
O texto Jornalístico
O texto jornalístico busca principalmente a compreensão do
público que irá recebê-lo. Escrever com qualidade nem sempre é
tão simples, e no jornalismo ele ganha um destaque especial. A
linguagem deve ser clara, informações precisas e estilo atraente.
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Utilize frases curtas
Prefira palavras curtas e simples
Ponha as sentenças na forma positiva
Opte pela voz ativa
Escolha termos específicos – Consulte dicionários, textos especializados e profissionais da
área.
Utilize as palavras concretas – algumas palavras podem deixar dúvidas no ar. Seja
objetivo e concreto.
Evite a utilização de adjetivos
Busque sempre a frase enxuta
Seja conciso
O “achismo” não combina com o jornalismo. Opine, não ache.
O Jornalista
O jornalista é o profissional da notícia, e tem o objetivo de
investigar, divulgar fatos e informações de interesse público. Ele
apura as informações, define as pautas, redige e edita as
reportagens, faz entrevistas e artigos adaptando ao tamanho,
veículo e ao público destinado.
O profissional precisa ter senso crítico, domínio do português e
técnica de redação, capacidade de expressão, curiosidade, e
precisa dominar as ferramentas na área que atua. O mercado de
trabalho valoriza e busca profissionais com diploma de
jornalismo.
Confira mais informações no curso Fundamentos do Jornalismo
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Dicas de vídeos
O que é Jornalismo?
http://www.youtube.com/watch?v=UfvBU7iWmdY
Programa Faz o quê? Da TV UFG – Tema: Jornalismo
http://www.youtube.com/watch?v=pMegfzZbNmM
O surgimento da Internet
Um poder de conexão em que todas as pessoas pudessem trocar
informações, ver, ouvir e vivenciar as mais diferenciadas
experiências sem sair da frente da tela de um computador. Na
década de 1960 isso parecia impossível, e não passava da ideia
de um maluco sonhador. Hoje, faz parte de nossa realidade, e
não só na tela do computador, pois já esta presente nos
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dispositivos móveis. A internet virou uma realidade e com avanço
da tecnologia traz cada vez mais praticidade e acessibilidade.
De acordo com Moherdaui (2000, p.15) Entramos,
definitivamente, na era digital. Recebemos informação por meio
de bits em vez de átomos. Não é preciso ir exclusivamente à
banca para comprar jornal. Navegamos no ciberespaço
jornalístico com uma linha telefônica, um modem e um
computador. O jornal agora esta disponível em forma de bits e
átomos.
A internet surgiu no ano de 1969, nos Estados Unidos, com fins
estratégicos para o exército americano chamado de Arpanet. No
ano de 1983, ela se dividiu na Milnet, para fins militares e na nova
ARPanet, uma rede com objetivo de pesquisa, que mais tarde foi
chamada de internet.
O termo internet surgiu da expressão inglesa “INTERaction or
INTERconnection between computer NETworks”. A internet é ao conjunto das
centenas redes de computadores conectados em diversos
países.
De acordo com Prado (2011, p.13) Em 1974, a agência Reuters
passa a trabalhar com videotexto. Em 1975 surge o Altair, a
Microsoft, o Tele texto (origem do Minitel), Compuserve e as TVs
a cabo transmitindo noticiário produzido pela Reuters via
videotexto.
A
comunicação
inicia
os
primeiros
processos
de
transformação. Entre os anos de 1972 e 1973 é criado o e-mail,
e bancos de dados são usados no jornalismo, como o
Philadelphia Inquirer. As agências de notícias UPI (United Press
International) e AP (Associated Press) adotam a produção digital.
Em 1976, a Apple desenvolve o microprocessador, e em 1977,
surge o Apple I, já com gráficos e disquetes.
De acordo com Pinho (2003, p.30) no Brasil, foram formados, em
1988, alguns embriões independentes de rede, interligando
grandes universidades, e centros de pesquisa do Rio de Janeiro,
de São Paulo e de Porto Alegre aos Estados Unidos.
Em 1990, o ano em que o Brasil iniciou a conexão com diversos
países, a ARPanet foi formalmente encerrada. Nascia a internet,
com 1.500 sub-redes e 250 mil hosts, pronta para fazer parte da
vida das pessoas. Neste mesmo ano foi criada a World
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(http:// www.world.std.com), primeiro provedor de acesse comercial do
mundo, permitindo que os usuários comuns, alcancem a grande
rede via telefone. Em 1991 surgiu a invenção da world wide web,
gestada pelo engenheiro Tim Berners-Lee no Laboratório
Europeu de Física de Partículas.
Segundo Pinho (2003, p.33):
A web é provavelmente a parte mais importante da internet, e para muitas pessoas, a
única parte que elas usam, um sinônimo mesmo de internet. Mas a world wide web é
fundamentalmente um modo de organização da informação e dos arquivos na rede. O
método extremamente simples e eficiente do sistema de hipertexto distribuído, baseado no
modelo cliente – servidor tem como principais padrões o protocolo de comunicação HTTP,
a linguagem de descrição de página HTML e o método de identificação de recursos URL.
Em 1995, teve início abertura da internet comercial no Brasil. A
RNP passou então por uma redefinição de seu papel, deixando
de ser um backbone restrito ao meio acadêmico para estender seus
serviços de acesso a todos os setores da sociedade. Com a
criação do Centro de Informações Internet/BR, a RNP ofereceu
um importante apoio à consolidação da internet comercial do
país.
A internet passou a ser reconhecida perante a sociedade e na
esfera federal. Segundo Pinho (2003, p.33):
No dia 31 de maio de 1995, o Ministério das Comunicações e Ministério da Ciência e
tecnologia promulgaram a portaria Interministerial 147, constituindo o Comitê Gestor da
Internet no Brasil (http://www.cg.org.br), com os objetivos de assegurar a qualidade e a
eficiência dos serviços ofertados, a justa e livre competição entre provedores e a
manutenção de padrões de conduta de usuários e provedores.
Com o surgimento da internet, e aplicação da tecnologia, a
comunicação passou por muitos processos de transformação. O
que antes era feito por telefone ou somente pessoalmente, agora
podia ser feito através da rede. Oferecendo portais de notícias,
transmissões ao vivo, chats, blogs e redes sociais, a
comunicação ficou mais rápida e com mais qualidade, atendendo
ao público mais distante.
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Para Pinho (2003, p.49), a internet é uma ferramenta de
comunicação com muitas diferenças das tradicionais:
(...) Cada um dos aspectos críticos que diferenciam a rede mundial dessas mídias – não
linearidade, fisiologia, instantaneidade, dirigibilidade, qualificação, custos de produção e de
veiculação, interatividade, pessoalidade, acessibilidade e receptor ativo – deve ser mais
bem conhecido e corretamente considerado para o uso adequado da internet como
instrumento de informação.
Desde o início do século XXI, as transformações tecnológicas
estão modificando com mais rapidez a utilidade das coisas.
Aparelhos de celular estão diminuindo e perdendo a utilidade
apenas como telefone, ganhando mais espaço para gravar
materiais, mais facilidade no uso e mais beleza no design.
Aparelhos
de
televisão,
computadores,
pequenos
eletrodomésticos e os próprios serviços como ir ao banco no
caixa eletrônico já estão modificando a forma de funcionamento.
O avanço tecnológico trouxe à sociedade uma série de mudanças
de paradigmas do final do século XX ao início do século XXI, de
acordo com Siqueira (2009, apud PRADO, 2011, p.35):
De analógico a digital, de físico a virtual, de átomos a bits, dos
serviços físicos a móveis, de coletivos a pessoais, de banda
estreita a banda larga, de equipamentos dedicados e
multifuncionais, de baixa a alta velocidade de transmissão, de
comunicação por fio a sem fio, de monopólio estatal a privado, de
protocolo fechado a aberto, de unidirecionais e interativos, de
comunicação de círculos a comunicação de pacotes.
A internet esta em todos os lugares e tornou-se uma necessidade
para as atividades do dia-a-dia. Estamos partindo para uma era
onde os tables estão à frente. O simples toque “touch” realiza ações
e economiza tempo. Palavras como acessibilidade, design,
praticidade farão parte da nossa vida e estarão presentes em
tudo que fizermos.
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IMAGEM: A humanidade vive a Era dos Tablets
FONTE: Marlon Souza
Para Rudiger (2003, p.92):
A abordagem da tecnologia precisa levar em conta seus aspectos positivos tanto quanto
os negativos, os ganhos e perdas que temos com seu desenvolvimento. A tecnocultura é
um campo de disputa de várias forças, e a questão não é, portanto, ser contra ou a ser
favor, mas pensar a maneira de como ela pode ser direcionada de modo a criar uma
sociedade mais avançada e a ajudar um maior número de pessoas a desenvolver livre e
criativamente sua individualidade.
Cibercultura
A Cibercultura é uma forma sociocultural que se origina da
relação de troca entre sociedade, cultura e as novas tecnologias.
As comunidades estão ampliando e democratizando a utilização
da internet e outras tecnologias de comunicação, aproximando as
pessoas. Pessoas do outro lado do mundo conseguem
acompanhar as ações em tempo real, basta apenas a conexão
com a internet.
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De acordo com LEVÝ, Pierre (1999, p.11):
“... Em primeiro lugar, que o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento
internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação
diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem. Em segundo lugar, estamos
vivendo abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as
potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e
humano”.
Na cibercultura as pessoas se mantem conectadas de diversas
formas diferentes em simples ações do cotidiano. Quanto mais
ela se desenvolve, mais as atividades se conectam. As crianças
passam a ter contato com o mundo digital cada vez mais cedo,
enquanto os adultos utilizam as ferramentas disponíveis para
facilitar as atividades do dia. Até os idosos buscam aprender a
interagir nas mudanças da atualidade. Não é possível fingir que
não está acontecendo. A cibercultura está em todos os cantos do
mundo.
Para LEVÝ, Pierre (1999, p.111):
Quanto mais o ciberespaço se amplia, mais ele se torna “universal”, e menos o mundo
informacional se torna totalizável. O universo da cibercultura não possui nem centro nem
linha diretriz. É vazio, sem conteúdo particular. Ou antes, ele os aceita todos, pois se
contenta em colocar em contato um ponto qualquer, com qualquer outro, seja qual for a
carga semântica das entidades relacionadas. (...) Este acontecimento transforma,
efetivamente, as condições de vida em sociedade. Contudo, trata-se de um universo
indeterminado e que tende a manter sua indeterminação, pois cada novo nó da rede de
redes em expansão constante pode tornar-se produtor ou emissor de novas informações,
imprevisíveis, e reorganizar uma parte da conectividade global por sua própria conta.
Dicas de vídeos
Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural 2012 – Game
também é cultura?
http://www.youtube.com/watch?v=NZr5FnjWzTE
Programa Salto para o Futuro
O que é Cultura Digital?
http://www.youtube.com/watch?v=tYVZK6-Nl_c
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A Televisão no Brasil
Uma mistura de som e imagem. Uma realidade que até então era
apenas imaginada pelas pessoas no som do rádio. Trazer o diaa-dia das pessoas para dentro da sua casa. A televisão recebeu
a primeira transmissão no Brasil no dia 18 de setembro de 1950,
no programa inaugural que foi ar pela emissora PRF3 – TV Tupi
do pioneiro Assis Chateaubriand.
Seu desenvolvimento foi se destacando e ultrapassou o rádio que
era um dos meios mais acompanhados. Com o passar do tempo
a TV adquiriu uma linguagem própria e diferenciada daquela do
rádio. As imagens podiam “descrever” uma situação e não
precisavam mais de muitas explicações. A televisão conquistou
os brasileiros e se tornou um poderoso e importante veículo.
Atualmente a televisão possui maior credibilidade e impacto,
sendo mais consumido entre as mídias. Ela oferece
entretenimento, informação e prestação de serviços. Emissoras
como Bandeirante, Globo, SBT, CNT, Rede TV! E Record são as
maiores emissoras comerciais.
É por meio da programação da televisão que programas como O
Jornal Nacional, Globo Repórter e Vídeo Show, ganharam
destaque, audiência e credibilidade.
De acordo com BONNER (2009, P.7):
Nesses 40 anos, quanta coisa mudou! [...] Mas o que sentimos,
todos nós que fizemos parte da atual equipe do Jornal Nacional,
quando às 20h15min, a vinheta do Jornal entra no ar e no estúdio
– logo abaixo das câmeras se acende o letreiro “On air”, é o
mesmo de 40 anos atrás: decolamos, estamos voando. Quem
trabalha no JN sabe que participa de um produto que faz parte da
vida de milhões de brasileiros. E a convivência de tantos anos
entre o público e o telejornal gera muita intimidade. As pessoas
querem saber detalhes, tirar suas dúvidas.
As emissoras de TV estão em todos os locais. A Rede Globo, por
exemplo, está em 99,84%, o equivalente a 5.043 municípios. Já o
SBT, em 98% e a Bandeirantes em 94%. No caso dos grupos
regionais, a RBS atinge 99,7% dos domicílios com TV dos
Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; as OJC, com a
TV Anhanguera, atingem mais de 180 municípios goianos, ou
seja, 73,17% do Estado de Goiás; a RART atua em cinco dos
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sete Estados da Região Norte, equivalendo a 120 municípios, ou
seja, 71,86% do Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Acre;
o Grupo Zahran está em quase todos os 200 municípios dos
Estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e o Grupo Verdes
Mares, em 92% do Estado Ceará.
Para CABRAL (2006, p.5):
Apesar dos problemas observados por Bazi (1999) e Caparelli (1982), observa-se que o
quadro atual vem mudando e o desafio passa a ser a programação de qualidade, voltada
para a comunidade, identificando os telespectadores com sua cultura. No campo da
publicidade, a regionalização está tendo resultados positivos, agora é preciso investir no
conteúdo das informações locais e regionais. Pois, a Constituição de 1988 propõe no
artigo 221 princípios para produção e programação das emissoras, evidenciando a
“regionalização da produção cultural, artística e jornalística” (inciso III). Além disso, já está
em pauta no Congresso Nacional o projeto de Lei da deputada Jandira Feghali (PCdoBRJ), criado em 1991 e que tem como foco a regionalização da mídia brasileira.
A TV ONLINE
Após a consolidação da televisão na sociedade como suporte
midiático, a internet surge com intensidade com diferentes formas
de apresentar o conteúdo. Interatividade, criatividade e tecnologia
são implantadas para atrair cada vez mais o público para frente
do computador.
Um espaço no qual as pessoas podem acompanhar a
programação a qualquer hora do dia. Os programas que são
apresentados via internet ficam disponíveis em suportes, como o
site youtube (www.youtube.com.br) onde podem ser vistos a qualquer
momento e baixados para o computador.
De acordo com CARDOSO (2007, p.241):
O que mudou na televisão com a chegada da internet? A tentativa de resposta baseia- se
na ideia de que a mudança depende do modelo televisivo tradicionalmente praticado, isto
é, da identidade televisiva construída em torno de uma relação de entretenimento e
informação. Mas, visto que o ponto de partida para a presença na internet das televisões
tem quase sempre sido a oferta de uma página de notícias, a mudança está também
dependente, até certo ponto, do modelo noticioso praticado na redação, do telejornal de
cada emissora.
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A busca pela informação na internet atinge principalmente os
jovens que passam mais tempo na frente do computador. Sites
voltados ao público criam formas diferenciadas de atrair o jovem
dentro de suas características e gostos. De acordo com a Revista
Plug – Especial Digital, o site da Capricho da Editora Abril tem
alcançado o segundo lugar entre os mais visitados com 29,6
milhões de acessos, segundo uma pesquisa realizada em março
de 2009 da consultoria americana ComScore.
Figura 7:
Interatividade e vários suportes midiáticos no site da
Revista Capricho da Editora Abril
Fonte: http://capricho.abril.com.br/home
De acordo com CARDOSO (2007, p.249):
Sendo os usuários de internet em menor número que os leitores
de jornais em papel ou ouvinte de rádio, e constituindo uma
população mais jovem e com níveis de educação mais elevados,
essa diferenciação apresenta-se na escolha de rádios destinadas
a público mais jovem online e ao maior número de jornais de
referência também online.
O site possui a TV Capricho onde são apresentadas histórias da
vida de alguns jovens e famosos chamadas de web séries.
Conteúdos como dicas de moda, música e entretenimento,
concursos também estão presentes, e são explorados pela
revista.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.17):
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A presença online da televisão, tal como dos jornais e do rádio, é produto da interação
entre dois universos de referência em termos de comunicação: a informação publicada offline (que é o seu ponto de origem), e o ambiente da rede internet, ou melhor, a sua cultura,
a qual constitui seu ponto de chegada (Castells, 2004.a; Sciffo, 1998).
Os conteúdos são mencionados nas redes sociais que realizam a
propagação em massa. Mensagens no facebook e twitter são
disparadas a todo momento informando a programação e as
promoções.
De acordo com CARDOSO (2007, p.241):
A mudança introduzida pela internet na televisão acontece em duas fases: a primeira
corresponde a passagem da televisão para o espaço online. A segunda dependendo da
capacidade tecnológica, de estratégia e de modelo identitário original, apresenta a
possibilidade de evoluir ou não para novos modelos televisivos que atentem para as
lógicas de redes em diferentes mídias. A presença na internet pode, na sua tendência
maximizada, contribuir para o surgimento de uma televisão em rede, interagindo com
diversos outros veículos de comunicação, pessoais ou de massa, e conteúdos
diversificados ou, numa dimensão de menor mudança, estabelecer apenas pontos frágeis,
entre duas mídias, sem real interação entre si: a televisão para ser apenas vista, e a
internet para ser navegada.
Os programas de TV encontram nas mídias sociais um espaço
para a divulgação e a discussão. De acordo com pesquisa
publicada em 2010 pelo IBOPE Nielsen Online Hoje, a internet
brasileira já soma 73,9 milhões em todo o país. Desses, 76% dos
adultos afirmam que navegam na internet enquanto assistem TV
e, entre eles, 54% publicam comentários na internet, 30% trocam
torpedos e 67% trocam mensagens instantâneas. Os maiores
programas da TV geram grandes picos de discussão nas redes
sociais, acessadas por 87% dos internautas brasileiros.
TV Digital
No dia 2 de dezembro de 2007, a TV passou por mais uma
importante transformação. Nesta data começaram as
transmissões oficiais dos sinais do "Sistema Brasileiro de
Televisão Digital", o SBTVD, na cidade de São Paulo. Com
imagem em alta definição, recepção perfeita, som de CD e
interatividade, a TV Digital marca o início de uma novo momento
nos lares das pessoas.
Segundo informações do site http://www.dtv.org.br/sobre-a-tv-digital/historia-datv-digital-no-brasil/, o Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre
(SBTVD) foi desenvolvido com base no sistema japonês
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Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial (ISDB-T) e
tecnicamente conhecido como ISDB-TB, oferece uma série de
diferenciais em relação aos sistemas de TV digital atualmente
em funcionamento no mundo. Esses diferenciais estão justamente no
“casamento” entre a base técnica de transmissão do sistema
japonês com os padrões de compressão digital de áudio e vídeo
introduzidos pelo Brasil, que são mais modernos e eficientes do
que os adotados por outros padrões. Assim, o sistema adotado
no Brasil é o ISDB-TB, também denominado SBTVD. Na versão
brasileira foram acrescentadas tecnologias desenvolvidas pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e
pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Essa especificidade do sistema brasileiro possibilita a
transmissão de conteúdo de altíssima qualidade, tanto em termos
de imagem como de som, permitindo ao mesmo tempo a
recepção móvel e portátil dos sinais de TV digital. Outros
importantes diferenciais do SBTVD são a mobilidade e a
interatividade. No caso da mobilidade é possível percebê-la na
prática, uma vez que já estão à disposição do consumidor
brasileiro diversos dispositivos móveis por meio dos quais se
pode assistir à TV digital, como celulares, minitelevisores e
receptores USB para micros.
Smart TV
A Smart TV é conhecida como “TV conectada” pois possui
integração com a internet e a características da web 2.0. Ela tem
uma página inicial que permite o acesso a diferentes funções e
também o link para a loja exclusiva de aplicativos. A Smart TV
possui a qualidade de uma TV Digital com a possibilidade de
interagir diretamente no conteúdo. A pessoa pode ver os
programas favoritas e ao mesmo tempo interagir nas redes
sociais com o auxílio do controle remoto. Os aplicativos possuem
várias categorias que seguem a linha de jogos, programas
educativos, informativos, vídeos, redes sociais entre outros. Uma
das novidades do mercado são o comando de voz e o
reconhecimento de gestos, características de novos modelos.
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FONTE: www.samsung.com
Dicas de vídeos
Como funciona a TV Digital?
http://www.youtube.com/watch?v=4jo_DN8snW8
Como funciona a TV Digital – Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=xWbT2wz2jPQ
Programa Olhar Digital – TV Digital
http://www.youtube.com/watch?v=pDuXLqpGeEY
Explosive Interview with Sly on Expendables
http://www.youtube.com/watch?v=U9PRp_f8UEo
Webjornalismo
O ruído das máquinas de escrever, dos telefones para girar e os
filmes das câmeras fotográficas analógicas, hoje fazem parte
apenas de histórias em filmes e livros antigos. Foram substituídos
por celulares cada vez menores e com menos botões, além de
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computadores e tablets, que tiram fotos, editam, fazem vídeos e
enviam para qualquer lugar do mundo em segundos. A
comunicação migrou para a rapidez, a qualidade, e a mobilidade.
A internet está em vários lugares. Nos bancos, nas ruas, no
ônibus, nas avenidas, no mercado, nas lojas, ao seu redor.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.21)
A internet é um conjunto de recursos tecnológicos que coloca a disposição a qualquer
cidadão que tem computador um modem e uma linha telefônica uma enorme quantidade
de informação e possibilidades de acesso a serviços diversificados. A chegada desses
equipamentos foi um marco importante para o desenvolvimento e incremento da
informação – por meio da divulgação instantânea de imagens e sons – e também para a
troca de informação entre computadores e acesso aos bancos de dados.
É chegada a chamada Era Digital, e na comunicação se deu nos
Estados Unidos no final dos anos 80. As mudanças foram
marcadas por rapidez na informação e o trabalho estava
resumido em serviços de notícias para um determinado grupo,
que era oferecido por provedores como América Online. O mundo
começava a sentir a mudança na forma da transmissão da
comunicação.
Em 1970, o Jornal The New York Times (www.nytimes.com) foi o precursor
na criação de uma página da internet para o jornal. Foi chamada
de New York Times Information Bank. De acordo com informações
de MOHERDAUI (2000, p.23 e 24), o jornal disponibilizou
recursos e textos para seus clientes, que possuíam pequenos
computadores. Com os resultados apresentados, outros veículos
de comunicação passaram a utilizar o mesmo serviço, como San
Jose Mercury News (HTTP://mercurycenter.com) que em 1994 expandiu o
serviço e os editores passaram a cobrar acesso ao conteúdo.
Atualmente o site San Jose Mercury News http://mercurycenter.com possui um
layout clean, contendo pouca publicidade, links para outras
matérias relacionadas e redes sociais, seguindo as pesquisas e
orientações de qualidade e acessibilidade dos profissionais da
produção de web.
19
Figura 1:
Site atual do Jornal San Jose Mercury News
Fonte: http://mercurycenter.com
Os jornais The Wall Street Journal e Washington Post em 1995 seguiram o
mesmo caminho e apresentaram seus materiais na rede.
Jornalismo no Brasil
No Brasil, as empresas jornalísticas entraram na rede a partir de
1980. O trabalho teve início com ações isoladas como com o
Estado de São Paulo. Seguindo os moldes americanos, o
jornalismo digital se desenvolveu e começou a proliferar em
1995.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.26), no dia 28 de maio de
1995, o Jornal do Brasil (www.jb.com.br) realizou a primeira cobertura
completa no espaço virtual. Pouco tempo depois, a ideia foi bem
aceita por outros veículos que passaram a ter seus conteúdos na
web como Estado de São Paulo (www.estado.com.br), a Folha de São
Paulo (www.folha.com.br), o Globo (www.oglobo.com.br), O estado de
Minas (www.estaminas.com.br), a Zero Hora (www.zerohora.com.br), Diário
de
Pernambuco
(www.dpnet.com.br),
e
o
Diário
do
Nordestewww.uol.com.br/diariodonordeste.
Em 1996 o Universo On-line (www.uol.com.br) lançou o Brasil On-line,
primeiro jornal em tempo real em língua portuguesa da América
20
latina com informações de agenciais de notícias. Já em 1997, a
Revista Veja investiu no jornalismo online e disponibilizou na web
um site (www.veja.com.br) com materiais produzidos e arquivos das
edições semanais. No ano 2000, surge o primeiro jornal on-line
concebido e produzido para a internet brasileira, lançado pelo
Provedor de Acesso Internet Grátis (www.ig.com.br) chamado de
Último Segundo (www.ultimosegundo.com.br).
Figura 2:
Site atual de Último Segundo
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
Ainda segundo informações de MOHERDAUI (2000, p.29), Em
2001, as Organizações Globo iniciaram um grande investimento
no
Jornalismo
Online
e
criaram
o
Portal
Globo
News.com (www.globonews.com), colocando
a
disposição
dos
internautas materiais de jornais, revistas, emissoras de rádio e
grupos de TV. Em 2006, investiram em tecnologia e criaram o
Portal de Notícias G1 que reúne o conteúdo geral das
organizações, e aposta na convergência das mídias jornal, TV,
rádio e web.
21
Jornalismo Digital
O jornalismo digital toma conta dos veículos e transforma a
comunicação. Inúmeras informações são agora publicadas via
online, através de textos, links, hiperlinks, imagens e vídeos. As
pautas surgem através de mensagens enviadas pelos internautas
nas redes sociais e nos suportes midiáticos.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.119), o Jornalismo Digital
é o termo utilizado para designar o jornalismo produzido na web
ou outro suportes de publicação de conteúdo como, por exemplo,
celular ou Ipod. Também é denominado jornalismo multimídia,
pois implica a possibilidade da manipulação conjunta de dados
digitalizados de diferentes naturezas: texto, som e imagem.
Com o aumento no número de pessoas conectadas a internet, os
veículos de comunicação investem em tecnologia e pesquisas
para melhorar e oferecer diferentes serviços ao internauta.
Portais de notícias aderem à utilização de infográficos, slide
shows e reportagens especiais para atrair atenção e levar
informação com mais qualidade e rapidez as pessoas. Com
formatos adequados a dispositivos móveis e facilidade de
conexão, o jornalismo digital rompe barreiras e se adéqua aos
avanços tecnológicos. O tempo gasto na internet coloca o Brasil
em primeiro lugar em horas navegadas em domicílio que é em
média de 21 horas e 38 minutos mensais, de acordo com
MOHERDAUI (2000, p.11).
De acordo com dados do IBGE, verificou-se nos últimos anos um
crescimento contínuo do número de domicílios com acesso à
Internet, de 8,6% em 2001 para 23,8% em 2008. Naquele ano, ao
todo, havia 13,7 milhões de domicílios particulares permanentes
com acesso à rede por meio de computador. Os números
refletem, porém, a desigualdade regional: enquanto o Sudeste
tinha 31,5% de domicílios conectados, a região Norte contava
com 10,6%.
Pesquisas recentes realizadas pelo IBOPE Nielsen Online do site
http://www.ipnews.com.br mostram que o ano de 2010
representou mais um período de forte crescimento da internet no
Brasil. O total de brasileiros com acesso em qualquer ambiente,
considerando trabalho, residências, escolas, lan houses e outros
pontos públicos, chegou a 73,9 milhões no quarto trimestre de
2010, crescimento de 10% sobre os 67,5 milhões do ano anterior.
22
A maior parte desse aumento deve ser atribuída à expansão da
presença de computador em residências, uma tendência que se
repete em outros mercados da América Latina e que aproxima o
Brasil de países da Europa e os Estados Unidos, em que o
domicílio é de longe o principal local de acesso.
Os números para 2011 mostram até agora, um crescimento de
24% a mais que o ano anterior. Outros suportes midiáticos como
a TV e o rádio também ganharam espaço na web e se adéquam
as exigências dos consumidores e dos suportes.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.58):
Portanto o jornalismo digital diferencia-se no jornalismo praticado nos meios de
comunicação tradicionais pela forma de tratamento dos dados e pelas relações, que são
articuladas com os usuários. Por sua vez, sendo a internet uma mídia bastante distinta,
dos meios de comunicação tradicionais – televisão, cinema, rádio, jornal e revista, o
jornalismo digital deve considerar e explorar a ser favor, cada uma das características que
diferenciam a rede mundial desses veículos.
Fonte: http://marcellatait.files.wordpress.com/2011/08/guia_internet_para_jornalistas1.jp
Pirâmide Invertida – Como escrever para web
Texto: da pirâmide invertida e pirâmide deitada
No jornalismo, o texto possui uma forma especial para a escrita,
que se chama pirâmide invertida. É uma técnica onde a redação
de uma notícia começa pelos dados mais importantes – a
respostas às perguntas: o quê? Quem? Onde?, Como? Quando?
E Por quê?, seguido de informações complementares
organizadas em blocos decrescentes de interesse.
23
Ela surgiu no ano de 1861 e foi usada no Jornal New York Times
para deixar mais objetiva a forma de apresentar uma notícia. O
telégrafo possibilitava aos jornalistas envio diário de suas
informações de guerra. Mas a tecnologia da época apresentava
dificuldades, não tinha grande fiabilidade técnica. E para piorar,
os postes que possuíam os fios costumavam ser alvos de
ataques. Para que os jornalistas pudessem assegurar suas
informações, estabeleceram uma regra de funcionamento que
não prejudicasse o trabalho dos profissionais. Cada jornalista
ficou responsável para enviar o primeiro parágrafo do seu texto, e
após uma ronda, enviar o segundo. Assim os jornalistas
passaram a enviar textos com os fatos mais importantes no início.
A pirâmide invertida foi batizada por Edwin L. Schuman no seu
livro Practical Journalism (Salaveria, Ramón, 205, 109). Ela tornou-se uma das
regras mais conhecidas. Na prática, a história é contada do fim
para o começo, por isso é chamada de pirâmide invertida.
Nos últimos 20 anos, a técnica vem sendo discutida entres os
veículos, devido a rapidez das informações dos noticiários
audiovisuais e pela internet. Para alguns autores, usar a técnica
da pirâmide invertida na web é cercear o webjornalismo de um de
seus potenciais, que é adoção de uma arquitetura noticiosa
aberta e de livre navegação.
De acordo com o (Canavilhas, João, 2001, p.7):
“Nas edições online o espaço é tendencialmente infinito. Podem fazer-se cortes por
razões estilísticas, mas não por questões espaciais. Em lugar de uma notícia fechada nas
quatro margens de uma página, o jornalista pode oferecer novos horizontes imediatos de
leitura através de ligações entre pequenos textos e outros elementos multimídia
organizados em camadas de informações”.
A contestação do uso da pirâmide invertida também apareceu
nos anos 60, com os jornalistas Tom Wolfe, Truman Capote, Gay
Talese e Norman Mailler, que abandonaram a estrutura clássica,
acrescentando elementos literários. Apesar de séculos e muitas
discussões, a pirâmide invertida ainda é a mais utilizada nas
redações.
O autor João Canavilhas explica em seu livro Webjornalismo: Da
Pirâmide invertida à pirâmide deitada, sobre estudos feitos do uso
da pirâmide invertida na web. Ele se vale de um estudo do Media
Effects Research Laboratory, de 1992, que indicou que os
24
internautas preferem navegar por textos separados por blocos a
ler um compacto. Surge uma nova proposta de uso, a pirâmide
deitada, que é composta pela unidade base, o lead; nível de
explicação; nível de contextualização e o nível de exploração, é
uma técnica libertadora para exploradores e jornalistas. Assim
eles tem a possibilidade de navegar dentro da notícia, fazendo
uma leitura pessoal. Possui a seu dispor um conjunto de recursos
estilísticos, que em conjunto com novos conteúdos multimídia
permite reinventar o web jornalismo em cada notícia.
Robert Darnton (1999) afirma que publicar na web implica uma
nova arquitetura e propõe uma estrutura piramidal por camadas.
A arquitetura sugerida pelo autor evolui em seis camadas de
informação:
- primeira com o resumo do assunto;
- segunda com versões alargadas de alguns dos elementos
dominantes, mas organizadas como elementos autônomos;
- terceiro nível de informação com mais documentação de vários
tipos sobre o assunto em análise;
- quarto nível com referências a outras investigações;
- quinto nível pedagógico, com propostas para discussão do tema
nas aulas, sociedade e etc.;
- sexta camada com as reações dos leitores e suas discussões
com o autor.
O trabalho de redação implica jogar com duas variáveis:
“dimensão” (quantidade de dados) e “estrutura” (arquitetura da
notícia).
25
Modelo de pirâmide invertida
Modelo de pirâmide deitada
Dica de leitura
Da pirâmide invertida ao Webjornalismo
http://goo.gl/SNsNII
"A arte de escrever bem"
Autores: Dad Squarisi e Arlete Salvador
Editora Contexto
26
Perfil do Jornalismo de web
Perfil do Jornalista de Web
A mudança no jornalismo causada pela inserção dos materiais na
web criou também um novo perfil de profissional. O jornalista que
antes corria atrás da informação com ligações pelo telefone fixo e
levava o bloco de notas para anotar os dados, hoje precisa de
mais conhecimento para dar o “furo”. A velocidade e as
ferramentas para a recepção da informação são inúmeras e
necessitam de agilidade e domínio.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.188):
Além de trabalhar em parceria com um técnico e um designer, como defende o jornalista
Luciano Martins, o jornalista da web também deve ter habilidades para trabalhar com
edição de home Page e canais, experiência em produzir reportagens multiformes e
notícias hipertextuais e capacidade de criar pacotes multimídia. Também deve ter
conhecimento em Photoshop (para tratamento de imagem) e editores de áudio, vídeo e
Flash, entre outros. Além dos requisitos necessários como texto final, acurácia gramatical,
boa formação cultural, ser bem informado, ter o domínio de um ou mais idiomas, facilidade
de escrever sobre temas variados, o profissional que trabalha com jornalismo digital tem
que conhecer em profundidade o conceito de jornalismo assistido por computador (CAR,
sigla em inglês) , que abrange quatro modalidades: 1) Reportagem, 2) Pesquisa, 3)
referência, 4) encontro, segundo classificação da Pesquisadora Nora Paul.
Com o surgimento das mídias sociais, o jornalista precisa ficar
atento as informações que nelas são publicadas, acompanhar as
novas plataformas e as mudanças. Notícias que fizeram história
foram publicadas através do twitter. A morte do terrorista Osama
Bin Laden foi um exemplo. Em 140 caracteres em questão de
segundos, decisões são anunciadas.
Os jornalistas terão que levar suas histórias até o público através
das mídias sociais. Eles terão que se envolver com leitores e
espectadores e linkar suas informações. O sucesso do jornalista
dependerá de seu conhecimento e capacidade de escrever
coisas com credibilidade. Eles terão que estar prontos para
compartilhar informações e fazer o papel de jornalista
colaborativo.
Para Prado (2011, p.6) o jornalista de web deve ter outra visão
sobre o seu trabalho:
27
Formar o jornalista deste tempo é mais complexo do que simplesmente deixá-lo a par de
como lidar com esse metameio e com as ferramentas não habituais; é incitá-lo a refletir e
desenvolver senso crítico a respeito do próprio desenvolvimento do jornalismo na web. É
bastante conveniente bater nesta tecla, a da crítica, para que o ciberambiente melhore e
cresça. Enquanto isso alguns professores, mesmo que ainda relutem em ignorar o
jornalismo on-line, estão repensando o modelo tradicional e dosando o ensino dos dois
modos de fazer jornalismo, o analógico e o digital, pois não se trata de colocar um contra o
outro, mas sim de mostrar a diferença e a complementação do digital que incide sobre o
analógico (...).
O jornalista de web precisa estar mais atento ao que acontece ao
seu redor dentro e fora do mundo virtual. Precisa estar
vasculhando as mídias sociais e buscando ferramentas
diferenciadas que facilitem esta busca. Segundo Prado (2011,
p.59) (...) deu no Jornal The Guardian, em 5 de março de 2009,
que o canal de notícias britânico Sky News criou um cargo de
correspondente no Twitter. Sim, o cargo é real. O trabalho será
vasculhar o popular sítio demicroblogging em busca de notícias (...).
Hoje muitos jornalistas já repassam suas informações através do
twitter, interligando outras mídias sociais como no caso do
facebook, Twitter, youtube, e flickr. O jornalista grava uma
matéria em uma câmera pequena, ou muitas vezes usa o
próprio Iphone para gravar com melhor qualidade. Edita o material
em um programa na internet comomoviemaker, Fine Cute, ou ainda
Premiere, e coloca no youtube. Escreve uma cabeça, envia o link e
a principal informação e posta no Twitter, que ao mesmo tempo,
já é postado no facebook. Faz fotos da notícia e coloca no flickr e
faz um link para o facebook e Twitter. Em poucos minutos,
informações, vídeos e fotos estão ao alcance de todos na
internet.
Jornais de referência mundial como o The New York Times treinaram
seus jornalistas para que eles pudessem saber usar uma câmera
de vídeo e gravar suas reportagens. A necessidade de jornalistas
multimídias já faz diferença no mercado de trabalho, e fará cada
vez mais.
28
Redes Sociais
Redes sociais são plataformas online que reúnem pessoas com
algum objetivo em comum. Atualmente as ferramentas mais
utilizadas para a inserção nas mídias sociais é o Twitter e o
Facebook. As pessoas criam seus perfis para conhecer outras
pessoas, acompanhar o dia-a-dia e expor suas atividades, seja
pessoal ou profissional. De acordo com Telles (2011, p.19), as
mídias sociais são sites na internet construídos para permitir a
criação colaborativa de conteúdo, a interação social e o
compartilhamento de informações em diversos formatos.
29
De acordo com informações do site http://www.pukis.com.br, a E.Life,
empresa especializada em monitoramento de mídias na internet,
divulgou no dia 25 de março de 2011, que os usuários brasileiros
são os que mais dedicam seu tempo nas redes sociais. Entre
novembro de 2010 e janeiro de 2011, foram entrevistados 950
usuários do Facebook e Twitter. De acordo com esse estudo,
42,5% dos usuários passam 41 horas por semana conectados às
redes sociais, o que significa um total de 6 horas por dia. A
pesquisa afirma que o Facebook e o Twitter vêm crescendo em
ritmo acelerado no Brasil. Em 2009, quando esse mesmo estudo
foi feito para medir a frequência dos brasileiros nas redes sociais
os números mostravam que 49% faziam parte do Facebook e
76% do Twitter. Já no final de 2010, esses números subiram,
respectivamente, para 91% e 89%.
Uma ferramenta que proporciona uma conversa entre várias
pessoas ao mesmo tempo pela internet. Os chats de conversa e
o programa ICQ foram os pioneiros nesta forma de comunicação.
Conquistando milhões de usuários, o ICQ surgiu em 1997, e
significa a expressão em inglês: “I Seek You” (ou “Eu Procuro Você”,
em português). O Programa permitia que o usuário enviasse
mensagens instantâneas a várias pessoas tanto em janelas
separadas, quando a pessoa podia conversar a sós com outra,
como em grupos, mais ou menos como na timeline do facebook. O
ICQ perdeu espaço para outras ferramentas e recentemente
ganhou uma reestruturação, uma nova versão, com várias
funções, desde uma rede social totalmente integrada a outras
(como Facebook e Twitter) até novos jogos e ferramentas.
A utilização das mídias sociais já acontece diariamente para uma
grande parcela da população, que já pode acessar suas contas
pelo celular, pelo computador ou por um tablet. A necessidade de
compartilhar informações do dia-a-dia é estudada como um
fenômeno de mudança do comportamento da sociedade.
Para Recuero (2009 p.16):
Esses fenômenos representam aquilo que está mudando profundamente as formas de
organização, identificação, conversação e mobilização social: o advento da Comunicação
Mediada pelo Computador. Essa comunicação, mas do que permitir os indivíduos a
comunicar-se, amplificou a capacidade de conexão, permitindo que redes fossem criadas
e expressas nesses espaços: as redes sociais mediadas pelo computador. (...) essas
redes conectam não apenas computadores, mas pessoas.
Milhões de pessoas conectadas informando o que estão
comprando, onde estão indo, o que estão comendo e o que estão
30
fazendo no trabalho. As mídias sociais se tornaram uma janela
para o mundo, onde as empresas encontram a oportunidade para
oferecer seus produtos e serviços.
De acordo com Telles (2011, p.7):
A ideia de Rede Social começou a ser usada a cerca de um século, para designar um
conjunto complexo de relações entre membro de um sistema social a diferentes
dimensões. A partir do século XXI, surgiram as redes sociais na internet, e, do ponto de
vista sociológico, permanecem os mesmos conceitos. (...) Os empresários já veem a
importância de se contratar profissionais especializados ou consultores para treinar suas
equipes internas com o objetivo de gerenciar suas contas nos ambientes sociais (...).
De acordo com Telles (2011, p.19), o Brasil é o 2º em usuários no
youtube, gmail e Twitter; 90 milhões é o número de Tweets no
Twitter por dia, sendo que 25% deles contém links (fonte:
Techcrunch, setembro de 2010); o Twitter registrou mais de 100
milhões de novas contas só em 2010 (dezembro, G1); no Brasil,
mais de 85% dos internautas participam de alguma mídia social
(...). Atualmente existem inúmeros sites de redes sociais que
compreendem mensagens, compartilhamento de fotos, vídeos e
áudios. São eles: Orkut, MySpace, Sonico, Facebook, Ning,
Badoo, Linkedin, Foursquare, Twitter e muitos outros que
possuem suas regras e características.
De acordo com Telles (2011, p.82):
(...) a maioria das redes sociais contém o conceito de um grupo- um conjunto de pessoas
unidas com um interesse em comum. Os membros do grupo podem compartilhar notícias,
discussões, e os administradores do grupo podem enviar mensagens privadas para
qualquer um. Assim como a maioria das redes sociais, permite que você crie um evento e
convide seus amigos para participar.
A ideia da utilização das redes sociais no jornalismo tem
conquistado grande parte dos veículos, que produzem seu
material e o inserem em forma de pequenas postagens no twitter,
facebook e youtube. De acordo com Prado (2011, p.197) (...) enquanto
alguns torcem o nariz ao afirmar que não dá para escrever algo
substancial em 140 caracteres, outros o acham perfeito para uma
informação breve e concisa (...).
O uso das redes sociais modificou a forma de como a notícia
chega ao internauta. Em tempo real, as pessoas recebem as
informações com links que levam as matérias publicadas em sites
dos veículos, que podem conter imagens e vídeos.
31
Para Souza e Azevedo (2010, p.1):
Pessoas e empresas fazem uso desta tecnologia on-line para compartilhar conteúdo, o
que inclui opiniões, experiências, perspectivas utilizando textos, imagens, vídeos. Isto dá
possibilidade para interação instantânea entre os usuários. Manter este vínculo com
clientes tem sido trabalhado e investido pelas organizações com maior intensidade, pois
nele encontraram uma nova forma de promover seu produto ou serviço e acompanhar
como está sua imagem institucional; são as mídias sociais utilizadas como filtro de
opinião. Essas ferramentas no ambiente corporativo representam uma nova forma de
difundir informações dos produtos e serviços com redução de custo.
Fonte: http://canaldoempreendedor.com.br/banner-
principal/segundo-estudo-brasileiros-sao-os-que-mais-interagemcom-marcas-nas-redes-sociais/
32
FACEBOOK
O facebook é uma rede social que foi lançada em 4 de fevereiro
de 2004, por Mark Zuckerberg e seus colegas de quarto da
faculdade: Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. Em pouco
tempo ele tornou-se um fenômeno mundial com bilhões de
usuários. A cada minuto os usuários do facebook compartilham
cerca de 3,2 milhões de posts, fotos, vídeos, curtidas e
atualizações de status.
De
acordo
com
Teixeira
(2013,
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed768_jor
nalismo_de_facebook)
“Estas redes facilitaram a vida dos jornalistas? Sim. É possível
dar uma resposta positiva para a questão acima. Afinal, quando
140 caracteres no Twitter não se transformaram em uma boa
matéria ou quando um perfil no Facebook não contribuiu na
localização da foto de alguém que sofreu um acidente e acabou
falecendo? Acha assombroso quando dito isso? Mas é o que
ocorre. Apesar de positivo, as redes sociais também
condicionaram o jornalismo à mesmice. Imagine uma cidade
pequena ou de médio porte, onde há poucos jornais e onde a
relação de amigos/contatos é basicamente a mesma? Imagine
ainda estes profissionais da comunicação “caçando” no Facebook
ou em qualquer outra rede assuntos que podem ser repercutidos
nos jornais onde atuam”.
Confira mais informações www.facebook.com
LINKEDIN
É uma rede social para utilização profissional fundada em
dezembro de 2002 e lançada em maio de 2003. Em 2013,
chegou ao número de mais de 238 milhões de usuários. Em
vários países, o Linkedin é utilizado como currículo profissional
originando as contratações nas empresas. Você passa a receber
informações da sua área e faz contato com diversos profissionais.
A rede social pode ajudar o jornalista a encontrar, furos, fontes e
vagas de emprego.
www.linkedin.com
SKYPE
É um programa utilizado para fazer chamadas de voz e/ou vídeo
grátis pela internet. Você pode fazer ligações para pessoas em
todo o mundo de uma forma simples e objetiva. Para as pessoas
33
que tem o Skype instalado em seus dispositivos e computadores
as conversas são gratuitas, somente em ligações para telefones
convencionais há cobrança de tarifas. Segundo informações do
site http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/s/skype.html,
é
Desenvolvido
pela Microsoft, o programa substituiu recentemente o MSN e também
pode ser utilizado como um mensageiro instantâneo, pois
permite enviar mensagens de texto e arquivos para a lista de
contatos. Além disso, com boa qualidade de áudio e vídeo, ele
possui integração com o Facebook e com o Windows Live ID e oferece
ao usuário um número de telefone para receber chamadas. É de
grande importância para o jornalista, que pode usar o Skype para
enviar mensagens e fazer ligações para as fontes. É sempre
muito bom anotar as mídias sociais da fonte, para economizar
tempo e dinheiro e facilitar o contato, visto que muitas pessoas
ficam online grande parte do tempo.
www.skype.com
YOUTUBE
O youtube é um site que permite aos usuários carregar e
compartilhar vídeos de forma digital. O site foi fundado em 2005
por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Karim. A revista Pequenas
Empresas & Grandes Negócios trouxe na edição de fevereiro
deste ano, a informação de que a cada minuto 100 horas de
vídeo são publicadas no youtube. Cada vez mais as pessoas
postam suas ideias, atividades e sentimentos em forma de vídeo
para que outras possam assistir e compartilhar. Não existe limite
para os temas. Dos mais simples ao mais complexos. Os canais
são criados pelos usuários, que podem compartilhar vídeos sobre
vários assuntos. O usuário também pode adicionar um
comentário sobre o vídeo. Quanto mais visualizações, mais
valorizado o vídeo que começa a chamar atenção de outras
mídias. Para o jornalista é uma ótima oportunidade para buscar
informações e conhecer mais sobre o assunto.
www.youtube.com
E as mídias sociais não param de crescer...
O mundo das mídias sociais ganha mais adeptos a cada dia.
Para atender os desejos e as necessidades dos internautas, as
empresas criam mídias específicas para cada grupo, onde você
pode postar, compartilhar, ler, ouvir e ver assuntos que você
gosta e se identifica. Para os jornalistas, são milhares de
informações que podem gerar pautas, mas que precisam de
técnica e profissionalismo na área de apurá-las. Nem tudo que
34
esta na web é verdade e muitas vezes “a cereja do bolo” mas
está bem guardada, longe da vida online.
Dica de leitura
A Revolução das Mídias Sociais
Autor: André Telles
30 dias para arrasar nas Mídias Sociais
Autor: Gail Z.Martin
Sugestão de filme
A Rede Social
Trailer oficial http://www.youtube.com/watch?v=6VtX6przSlI
Blog
Um espaço para expressar pensamentos e ideias na internet.
Uma página onde as pessoas podem escrever sobre
determinados assuntos, adicionar outras páginas, colocar links e
postar vídeos e áudios. Um diário virtual. Estas podem ser
algumas definições do blog, que teve início em 1994 e até os dias
atuais vem ganhando mais adeptos pelo mundo.
De acordo com Foschini e Taddei (2006, apud PRADO 2011,
p.168):
Blog é um fenômeno do século XXI. Apareceu pela primeira vez em 1994, quando o
estudante norte- americano Justin Hall criou um dos primeiros sites com formato de blog
de que se tem notícia, e popularizou-se a partir de 1999, com o surgimento de ferramentas
de publicação que não envolve gastos ou conhecimento técnico. Mas foi em 2001 que
despontou como fenômeno.
Os blogs começaram a ser utilizados após o ano de 1998,
trazendo facilidade e tecnologia para quem gostava de escrever.
Os sites eram difíceis de serem criados e complexos demais para
quem não compreendia a linguagem HTML. Com a chegada do
blog, mesmo as pessoas que não tinham muita facilidade
conseguiam postar seus materiais, montar e editar. “Oferecia a
evolução da interface, quase intuitiva, já com hospedagem,
criação automática de um endereço e até layout previamente
35
montado e editado. Foi um marco na produção da escrita livre”.
(Prado, 2011, p.168).
A tecnologia possibilitou a melhora na qualidade dos blogs, com
mais ferramentas e facilidades. Quando uma pessoa vai criar seu
blog, ela pode fazê-lo com seus gostos e características para que
ele tenha o formato desejado. Em um blog de moda, por
exemplo, o layout pode conter imagens e cores relacionadas ao
tema, assim como fotos, vídeos e outros links direcionados ao
que será trabalhado.
Com a explosão da utilização do blog na internet, as páginas
foram se tornando cada vez mais segmentadas em diversos
assuntos. Alguns blogs foram ligados as empresas e fazem parte
do material de comunicação, são totalmente independentes e
substituem os sites.
No jornalismo, os blogs ganharam um espaço importante e já
fazem parte do material de web. O jornal impresso em sua versão
online, hoje, em muitos casos possui a coluna do jornalismo em
formato de blog, em uma forma descontraída, e uma linguagem
específica para a web. A atualização do blog pode ser feita a
qualquer momento, já que trabalha com o tempo real. O Jornal de
Santa Catarina é um exemplo de veículo que utiliza o blog como
espaço para a exposição da opinião do jornalista, e disponibiliza
o espaço para a opinião do internauta. Os blogs estão
hospedados no site jornal.
Para Prado (2011, p.169):
(...) o blog apresenta como novidade formal, um modelo de disposição do conteúdo que
foge da hierarquização da informação segundo a sua importância. Muito justamente pela
questão do formato, como os próprios blogs de colunistas abrigados dentro de um portal
de um conglomerado, como acontece no G1, na Folha.com, e no Estadão.com.br. (...) A
diagramação também é outra. Como nos blogs o que vem primeiro, em destaque, é o post
mais atual, ocorre à quebra de que a notícia do dia merece destaque no alto da página
(...).
Atualmente
os
endereços www.blogger.com,
e www.wordpress.com, http://blog.uol.com.br são alguns dos sites que
permitem a criação de blogs na internet. De fácil utilização e
compreensão, os sites exigem o preenchimento de um formulário
e um e-mail de identificação. O blog é gratuito e não possui
tempo de utilização.
36
O termo “blogueiro” atribuído a pessoa que alimenta um blog hoje
se tornou uma profissão. Com o desenvolvimento da tecnologia e
a mudança no comportamento da sociedade em busca de
informações pela internet em tempo real, as empresas e veículos
têm investido cada vez mais na contratação de profissionais para
postar nos blogs.
Para Prado (2011, p.171):
É notório que a prática do jornalismo profissional exige cumprimento de certas regras a
que o blogueiro (não jornalista) não se atém, nem se trata de não querer segui-las,
simplesmente não as seguem, normalmente por não serem jornalistas, não estarem
atrelados a veículos. Daí a generalização das pessoas de que todo blogueiro é igual. É
preciso distingui-los. Saber quais perseguem a ética jornalística e se preocupam com a
veracidade das informações, enfim, os fatos do cotidiano, e consequentemente com
credibilidade, e quais nem pensam nisso. Claro que é óbvio dizer que jornalista não
inventa notícias, ou ao menos não deveria fazer isso, porém quando um blogueiro não
identificado como jornalista escreve algo subjetivo, a crítica é feroz, esquecendo que ele
mistura ficção e realidade porque, em geral é despretensioso, simplesmente, e não porque
queira ferir as regras do bom e correto jornalismo (...).
No espaço de liberdade e facilidade de publicação na internet, é
preciso que o jornalista saiba se posicionar diante de sua função
como profissional. As informações estão por todas as partes, mas
não são mais dadas somente por jornalistas, mas por quem está
ligado no mundo virtual. O jornalista precisa estar atento a
veracidade da informação e a checagem das fontes.
Para Prado (2011, p.173):
A simplicidade e a agilidade para a publicação de conteúdos novos, características
tecnicamente inerentes ao blog, conferem a esta ferramenta um par perfeito de atributos
para que se alcance um antigo fetiche jornalístico: vencer o tempo. Os jornalistas,
auxiliados pelas tecnologias surgidas em cada contexto técnico-cultural, vêm imprimindo
cada vez mais velocidade à produção das notícias, a fim de diminuir o intervalo entre a
ocorrência de um fato e a sua divulgação. Nos nossos dias, o blog se apresenta como uma
ótima arma nessa eterna corrida contra o tempo.
Escrever para um blog requer práticas diferenciadas da escrita
para um material impresso. O espaço, a estrutura, e o material
são diferentes. A escrita na web requer técnicas e habilidades
para motivar o leitor e conquistá-lo a acompanhar as informações
até o fim. De acordo com Pinho (2003, p.183), o texto para a
37
nova mídia digital – e, em especial, a informação em conteúdo
jornalístico – deve ser bem estudado e pensado, pois escrever
para o mundo on-line é diferente de escrever para a página
impressa.
Os textos utilizados nos veículos impressos podem ser colocados
na web, porém precisam de adequação. Textos escritos para blog
contem um caráter mais pessoal, muitas vezes com a
transmissão de emoções. Abertura a participação do público é a
oportunidade para uma resposta rápida à informação. A produção
de textos seguindo as características da web, facilitam na hora da
busca na internet.
De acordo com Pinho (2003, p.184):
A preparação de um texto claro, conciso e objetivo exige do redator que cada palavra
tenha uma coisa a dizer. Ward (2002:16) faz seis recomendações para a redação de um
texto enxuto: Não use mais palavras do que você precisa; Evite palavras longas se
existem outras mais curtas; Evite palavras de significado complexo se houver outras
alternativas; Sempre que possível, use palavras com um significado concreto e não
abstrato; Seja específico em vez de usar generalidades, e dê as palavras o seu significado
correto.
A utilização dos blogs ganhou destaque e visibilidade
principalmente após a utilização destes durantes as tragédias.
Em Santa Catarina em 2008, o mundo inteiro acompanhou
imagens e relatos da situação dos moradores através das mídias
sociais. As pessoas publicavam fotos legendas de locais onde a
imprensa não conseguia chegar. Para Prado (2011, p.170) depois
da tragédia, a audiência dos blogs disparou como espaço
informativo, competindo com sites jornalísticos.
As campanhas políticas já aderiram às redes sociais em seus
trabalhos para facilitar o contato com seus eleitores. Candidatos
criaram perfis e promoveram ações através das ferramentas.
De acordo com Lemos e Lévy (2010, p.107):
Na campanha eleitoral de 2008 pela Casa Branca, candidatos utilizaram blogs e
microblogs (especialmente Obama) para que o leitor pudesse saber exatamente o que
eles estavam fazendo e onde. Vemos então a expansão planetária, e em outra roupagem,
dos antigos newsgroups, grupos de discussão por temas, que começaram a se
desenvolver de maneira autônoma nas redes informáticas interuniversitárias americanas e
europeias nos anos de 1990. Hoje é difícil encontrar um internauta que não participe
destas agregações sociais on-line.
38
Criar um blog
Todos os dias surgem milhares de blogs na internet cada vez
mais segmentados. Porém muitas vezes as pessoas desistem de
atualizá-los e acabam abandonando o projeto. Entre as
justificativas estão a falta de tempo ou a falta de conteúdo para
desenvolver os textos.
Se você não conhece muito a plataforma e gostaria de criar um
blog, conheça nosso curso sobre Worpress Básico.
Outra opção de curso para se especializar nesta área e criar os
layout para o seu blog é o curso de Web designer.
Para que um blog seja conhecido e tenha visibilidade na internet
uma das primeiras ações a serem feitas é a definição do que se
quer escrever. É importante que a pessoa escreva algo que
gosta, que se identifica para assim não perder o foco e ter
vontade de escrever. Depois é preciso criar uma periodicidade
para as postagens. Com o intenso fluxo de informações da web,
é preciso ter sempre novidades para atrair o internauta. Se a
pessoa visitar o blog por duas vezes e este não estiver
atualizado, certamente ele não retornará novamente. Por isso é
sempre bom informar ao leitor quando você realizará as
postagens e mantê-las em dia.
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Utilize as ferramentas disponíveis na web como imagens, fotos, vídeos e áudios. O
conteúdo interativo é mais atrativo.
Criar uma enquete ou fazer uma pesquisa com seus leitores para saber o que eles
gostariam de ler no seu blog também é interessante.
Fazer uma lista de livros, músicas e filmes pode ser uma maneira de chamar atenção dos
leitores.
Para ter uma inspiração sobre o que escrever, faça pesquisas no google, em vídeos no
youtube ou no facebook sobre assuntos que estão em alta na web. Visitar outros blogs,
principalmente com muitos acessos também é interessante para verificar a maneira como
são atualizados.
Produza textos e desperte o interesse de participação do internauta. Faça perguntas e
inicie uma discussão. Nem sempre todos vão interagir, mas o que fizerem certamente
voltarão ao blog.
Fazer texto com entrevistas ou com a participação de profissionais sobre determinado
assunto pode gerar bons resultados.
Procure criar os conteúdos e não simplesmente copiar e colar. A criação do conteúdo
sempre é mais valorizada pelo próprio google.
Escreva um tutorial.
Escreva as vantagens e desvantagens desta área.
Busque citações e informações para seus textos nos mais importantes e destacados
profissionais da área.
Escreva sobre alguma situação ou um produto que utilizou na sua área.
Fazer um plano de ação para definir qual objetivo quer alcançar com a criação do blog é
válido para quem quer muito mais que um espaço para expressar sua opinião. Você pode
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transformá-lo em um espaço comercial para vender produtos, serviços ou mesmo fazer
publicidade.
Na hora da escrita é importante que o português esteja correto e que a linguagem seja
simples para que todos possam compreender. Cuidado com o uso de siglas ou termos
técnicos, pois não são da compreensão de todos.
Para atrair atenção do público o blog precisa ser de fácil usabilidade e ter um layout
atrativo. Aproveite o espaço para inserir suas mídias sociais.
Mantenha seu blog simples.
O título é muito importante na hora da decisão do leitor visitar a sua página e ler o seu
conteúdo.
Utilizar links nos textos ajuda a enriquecer o conteúdo. Você pode criar oportunidades para
que o leitor conheça mais sobre o assunto.
Se as pessoas fazem comentários no seu blog o mais correto é responder, interagindo
com a plataforma.
Faça pesquisas e busque inúmeras maneiras de fazer seus leitores amarem o seu blog.
Dedique-se a ele!
Microblogging
Após o surgimento e o desenvolvimento do blog, a necessidade e
a rapidez de ferramentas de comunicação mais simplificadas, fez
surgiu há poucos anos, uma ferramenta mais objetiva, voltada
para postagens com limitações de caracteres, com uma certa
relação de mobilidade: o microblogging. Ele segue algumas
características do blog, porém de uma forma mais simples.
Para Telles (2011, p.60):
Comparado a um blog comum, o microblogging satisfaz a necessidade de um modo de
comunicação ainda mais rápido. Encorajando posts menores, ele diminui o gasto de tempo
e o pensamento investido para a geração de conteúdo. Além de gerar conteúdo, o usuário
pode compartilhar links de vídeos ou de páginas da web que tenham um conteúdo
interessante que o usuário acredite ser relevante para seus seguidores.
Existem diversos microbloggings espalhados pela rede que podem
postar até vídeos com outros caracteres. Empresas estão
utilizando os microbloggings para ter uma comunicação direta com os
clientes, podendo tirar dúvidas e solucionar problemas. De
acordo com Telles (2011, p.60) essa resposta que a empresa
oferece ao consumidor é muito importante para que este possa
desenvolver uma confiabilidade maior, e assim ser um dos
responsáveis por beneficiar a imagem da empresa dentro da
rede.
A ideia principal do microbloggings é fazer um post curto que possa
transmitir a informação necessária. Osmicrobloggings possuem
ferramentas que possibilitam a colocação de links, que levam a
outros sites.
Para ZAGO (2009, p.28):
40
Assim como os blogs, os microblogs poderiam então ser definidos como um formato
especial de publicação na Internet, normalmente utilizado a partir de ferramentas
específicas, e que apresenta determinadas características típicas. Para melhor
compreender as características do formato, faz-se necessário conhecer um pouco das
particularidades das ferramentas de microblogging.
O tempo está se tornando cada vez mais curto para a população
que passa o dia na correria e busca facilidades na hora de buscar
informações. Os microbloggings facilitam a visibilidade e a postagem
das informações que podem ser feitas por dispositivos móveis. A
internet móvel já é uma realidade, e diversos aparelhos de baixo
custo oferecem esse serviço. Através do desenvolvimento da
tecnologia e a busca pela mobilidade e facilidade, as empresas
passaram a investir para desenvolver os sites voltados aos
dispositivos. Você pode baixar a versão do Twitter para
oiphone ou smarthphone gratuitamente, se quiser, assim como em
outros aparelhos de dispositivos móveis.
De acordo com Zago (2009, p. 42):
Algumas ferramentas de microblogs facilitam a integração com a mobilidade, ao
fornecerem números para o envio de atualizações por mensagens SMS, como é o caso do
Twitter e do Jaiku, ou ao oferecerem uma versão móvel de seus websites, com
funcionalidades reduzidas e especialmente adaptadas para o acesso a partir de
computadores portáteis e celulares, como é o caso do Twitter e do Pownce. E essas
ferramentas têm ainda o potencial de serem apropriadas para a prática do jornalismo
móvel.
Para o jornalista a utilização do microblogging no dispositivo móvel
facilita ainda mais o trabalho, que pode ser atualizado de
qualquer lugar, a qualquer momento. Ele pode produzir vídeos,
utilizando o youtube para a hospedagem, que é uma mídia social,
e enviar através de um link, pelo microblogging juntamente com a
notícia.
TWITTER
Uma mensagem escrita em 140 caracteres que pode se
transformar em um livro-reportagem. Informações que se tornam
“furo” antes mesmo de chegar às mãos de um repórter. Uma
forma de manifestação e liberdade de expressão. Assim podem
ser definidas as mensagens enviadas pela ferramenta Twitter,
que hoje possui mais 50 de milhões de pessoas cadastradas.
41
De acordo com Prado (2011, p.197) o Twitter é uma das redes
que mais cresce desde 2006 – para se ter uma ideia em março
de 2010, quando o serviço de microblogging completou quatro anos,
atingiu a marca de 50 milhões de tweets, ou seja, algo em torno
de 600 “twítadas” por segundo (...) é um espaço polêmico entre
jornalistas e estudioso de comunicação.
Segundo informações da revista Plug Especial Digital (2009)
Twitter significa gorjear, em inglês. Para seus criadores, escrever
em até 140 toques no microblog seria como o gorjear de um
pássaro. Os fundadores pensavam em batizá-lo como Twttr, sem
vogais mesmo.
De acordo com Recuero (2009, p.174):
A ideia do Twitter nasceu com Jack Dorsey, Biz Stone e Evan
Williams ainda em 2006, como um projeto da empresa Odeo.
Uma das características mais importantes do sistema é que
permite que sua API seja utilizada para a construção de
ferramentas que utilizem o Twitter. Isso fez da ferramenta
extremamente popular, sendo utilizada em inúmeras iniciativas,
como a Summize, ferramenta de busca no sistema que
posteriormente foi adquirida pelo Twitter e tornou-se sua busca
“oficial”.
O twitter é uma ferramenta para micro-blogagem baseada em
uma estrutura assimétrica de contatos, no compartilhamento de
links, e na possibilidade de busca em tempo real. Seu
funcionamento consiste a partir do envio de mensagens curtas,
que são chamadas de tweets, que são visualizadas por
seus followers, que
são
os
seguidores. As
mensagens
podem significar o que a pessoa está fazendo no momento, ou
através de replies, que são as respostas, para pessoas que
enviaram um tweet.
O título de cada usuário é seguido pelo signo “@”, que permite
saber quando o Twitter do usuário é citado e quantas vezes. Ex:
@karinabeatrice.
Se a pessoa quer tratar de um assunto e quer ter facilidade na
busca na ferramenta, usa-se o caractere # (hashtag). Para Telles
(2011, p. 62) Se você escrever #midiassociais, estará permitindo
que alguém pesquise e encontre todos os tweets sobre o
assunto, inclusive o seu. Note que a partir de 2010, as hashtags
no twitter passaram a aceitar acentos e cedilhas, e que abriu um
42
leque para vários idiomas neolatinos como português, francês e
italiano (...).
O uso da hashtag # tem grande importância no Twitter para que
as pessoas possam encontrar as informações de um determinado
assunto, e também possam seguir pessoas que antes não faziam
parte de sua rede. Muitas empresas utilizam a hashtag # para
divulgar campanhas, produtos e ações, pois chama atenção das
pessoas e faz com que elas identifiquem um determinado
assunto.
A ferramenta possibilita que as pessoas saibam quais os
assuntos mais comentados no Twitter a nível mundial. O
chamado trending topics são como um termômetro para os
“twitteiros”, que podem acompanhar os TT por país ou Worldwide.
Para criar um Twitter, basta entrar no site www.twitter.com,
preencher umas informações pessoas, criar um nome ao qual
você será identificado pelos “twitteiros”. “Ao criar sua conta, você
tem 160 caracteres em uma seção chamada “Bio” para explicar
quem você é. Isso leva muito pouco tempo para escrever, e
pesquisas mostram que as contas com Bios, em média, tem
muito mais seguidores do que as contas sem bios”. (Telles, 2011,
p.64).
O Twitter possibilita ao usuário fazer o upload de uma imagem
personalizada para ficar exposta ao fundo da sua página. Alguns
usuários utilizam imagens que o identifiquem ou sua logo, no
caso das empresas.
Para Java (at al 2007 apud ZAGO 2008, p.39) Em meados de
2007, propuseram uma taxonomia dos tipos de atualizações no
Twitter baseada na intenção dos usuários com suas mensagens.
Os autores identificaram quatro utilizações principais para o
Twitter (que podem, em maior ou menor escala, ser encontradas
em outras ferramentas de microblogging): a) trivialidades
cotidianas (“Daily Chatter”), ou o uso tradicional de se dizer o que se
está fazendo no momento, com base na função de “Diário Virtual”
dos blogs. (identificado como o uso predominante do Twitter);
b) conversações (conversation) - o Twitter pode ser utilizado para
estabelecer conversações; para isso, basta colocar uma arroba
seguida do nome do usuário para quem se quer dirigir uma
determinada atualização, e esse usuário então será notificado da
mensagem a ele direcionada;
43
c) compartilhamento de informações e URLs (“Sharing information/URLs)
- os autores identificaram que 13% das atualizações do Twitter
citavam outras páginas da Internet, a partir da aposição de URLs,
essa utilização tem relação com o uso original dos blogs, de se
comentar links;
d) difusão de notícias (reporting news) - o Twitter pode ser utilizado
para a publicação de notícias. Embora não prevista inicialmente,
a utilização de microblogs como o Twitter como ferramenta
jornalística tem aos poucos se consolidado, em decorrência da
versatilidade do sistema de publicação em um microblog. E, à
medida que esse uso cresce, novas formas de utilização vão
sendo criadas e aperfeiçoadas.
O Twitter possibilita que as pessoas possam enviar as
mensagens de outras pessoas para a rede, por meio do RT
(retweet). Se a pessoa acha interessante um tweet e quer inclusive
complementar com alguma informação, ela pode dar um RT.
Para Telles (2011, p.65) (...) Entre às 11h e às 18h é o horário
mais utilizado para retweetar. A maioria dos retweets contém um
link, e falar de si raramente renderá um RT.
Outra opção do Twitter para o envio de mensagem é a Direct
Messages (DMs). São mensagens privadas que a pessoa envia a
outras pessoas sem que ninguém possa ver. Porém apenas as
pessoas que seguem podem enviar DMs.
Como as mensagens do Twitter permitem que apenas 140
caracteres sejam escritos, para poder escrever a mensagem e
colocar um link, são utilizados os encurtadores de links. O link é
colocado no site do encurtador, e o serviço retorna em uma
versão mais curta, que leva o visitante ao endereço original.
Assim é possível postar matérias e imagens em um curto espaço.
Algumas ações podem facilitar o relacionamento com as demais
pessoas presentes na ferramenta e auxiliar para que a pessoa ou
a marca seja reconhecida. Usar motores de busca no Twitter para
encontrar palavras-chave é importante para saber se a pessoa ou
a marca está sendo mencionada. Seguir pessoas interessantes e
da área de atuação, atrai os demais para seguir o seu Twitter. É
interessante também questionar ou sugerir novas ideias para a
área desejada por meio do Twitter, assim como pesquisas,
propagandas e promoções.
O twitter é a mídia social que mais possui ferramentas. Elas
auxiliam na pesquisa, divulgação de informações e coleta de
44
dados. A SocialOomph.com é uma ferramenta que faz envio de
mensagens aos seus seguidores. De acordo com Telles (2011,
p.68) Além da DM automática, ele ainda tem várias outras opções
para o Twitter como: agendar tweets, ver keywords, ver quando
alguém te menciona ou dá RT em seu tweet.
Twitpic.com é a ferramenta que possibilita a colocação de fotos
no Twitter e a diminuição de URLs. A Tinyurl.com é a ferramenta
que possibilita usar caracteres especiais como flechas e smiles. O
Migre.me é o site encurtador de link, e o hootsuite e tweetdeck
permitem que várias contas do Twitter sejam gerenciadas ao
mesmo tempo. A ferramenta Sorteie.me usa a base de dados do
migre.me ou @twitter para fazer sorteios de até 10 usuários, e
utiliza o radom.org para gerar resultados aleatórios.
O Twhirl é um aplicativo da Adobe que oferece um corretor
ortográfico. O Tweepz é utilizado para encontrar usuários por
cidade, palavra-chave na bio ou pelo nome. O Favotter é utilizado
para descobrir quem favoritou seus tweets e quais foram eles. A
ferramenta Twitter Counter é utilizada para gerar um gráfico com
quantos seguidores a pessoa tem, ganhou por dia, mês, ano, e
quando começou a tweetar. O Twibbon é uma ferramenta usada
para criar uma campanha no Twitter e a ferramenta Twitbacks é
utilizada para criar backgrounds rapidamente.
A ferramenta Twitter possibilita várias ações na rede para
aproximar pessoas, fazer propagandas e promoções, fazer com
que marcas e pessoas fiquem conhecidas e reconhecidas, e
auxilia em pesquisas e busca de dados. Para Telles (2011, p.79)
O conceito de Marketing Social pode ser aplicado no Twitter.
Empresas que adotam iniciativas no terceiro setor podem integrar
seus projetos às mídias sociais.
Jornalismo no twitter
No jornalismo tradicional a notícia começa a partir do momento
que o repórter chega ao local do fato e inicia a investigação. Com
a inserção das mídias sociais no mercado, a notícia chega a
qualquer momento, por qualquer pessoa. Importantes fatos da
história foram divulgados por pessoas no seu dia-a-dia, e depois
transformados em matérias pelos jornalistas.
Segundo Telles (2011, p. 63)
O microblogging já se tornou uma ferramenta constante entre os jornalistas brasileiros que
passaram adotá-lo como peça fundamental para seus trabalhos. Dentre as principais
possibilidades de uso está a fonte de informação, inspiração para reportagem, entrevistas,
45
agilidade na notícia, fontes rápidas, medir interesse em assuntos, bastidores de eventos,
humor e coberturas.
As ferramentas para chegar ao grande público estão ao alcance
de todos. Qualquer um que possui conta no Twitter pode, por
exemplo, Twittar um assalto, sobre a queda de um avião, um
acidente, ou qualquer outro fato que está a sua frente. O
Twitter nos dispositivos móveis facilita ainda mais esta
possibilidade. Mas apesar da facilidade e dos benefícios a esta
ferramenta, os jornalistas precisam se posicionar e saber como
agir na questão da credibilidade e da verificação da fonte.
Para Paul Carr, autor do artigo NSFW: After Fort Hood, another example of
how
'citizen
journalists'
can't
handle
the
truth publicado
em TechCrunch (http://blogdogipo.blogspot.com/2009/11/twitterjornalismo-e-confiabilidade.html)
Realmente, o uso do Twitter - um uso dado pelos próprios
usuários - mudou. Não é mais o simples "estou em casa", "estou
na escola" ou mesmo "fui ao cinema ver o filme do...", é um
espaço de informação individual e, quanto maior a exposição do
autor, maior será a credibilidade atribuída ao que se está
veiculando em 140 caracteres. Mas também, não podemos nos
dar ao luxo de obrigar a todos a repensarem um espaço - o
Twitter - que surgiu sem regras, a assumirem o "seu espaço",
como espaço coletivo.
Os jornalistas precisam saber identificar a veracidade da
informação e a fonte, para não cair em armadilhas, como a
ocorrida no caso do tiroteio que aconteceu em Fort Hood, Texas,
quando um soldado americano, o Major Nidal Malik, abriu fogo
contra outros soldados, e criou vários tweets como se fosse uma
informação real. Este e outros casos estão sendo discutidos pela
mídia para que os jornalistas estudem meios mais rápidos de
verificar a informação e não apenas transformá-la em uma
verdade absoluta.
No
site
(http://blogdogipo.blogspot.com/2009/11/twitterjornalismo-e-confiabilidade.html)
É aqui que o argumento de Jarvis é bem interessante: "os
jornalistas precisam se perguntar, é como adicionar o jornalismo
a estas informações já existentes". Antes de publicar ou mesmo
citar - e isso é uma regra simples que aprendemos na formação
46
universitária - confirmem-se as fontes! Foi um equívoco da mídia
publicar e dar crédito, sem verificar e investigar. E aqui, volta-se a
um antigo problema: vou perder o furo?
Algumas ações podem facilitar a pesquisa a respeito da pessoa
que está “twittando” a informação. A pessoa pode digitar várias
palavras-chave e procurar os primeiros tweets. Conferir a
biografia da pessoa que “tweetou” a informação, e se é um
jornalista. Verificar quantas vezes a pessoa já tweetou e o que
ela tweeta. Ver os últimos tweets. Pesquisar o nome da pessoa
no Google, verificar as pessoas que o seguem. Ou tentar falar
diretamente com ele, começando a segui-lo e fazendo perguntas
com @fulano.
O benefício do uso do twitter na comunicação atribui várias
características que podem ser citadas como, a promoção do
trabalho, onde o comunicador que twitta uma informação
relevante, vai ganhando credibilidade. O exercício da concisão, já
que a informação se limita a 140 caracteres. A própria ajuda a
comunidade, criando debates sobre os assuntos e chamando
atenção das autoridades para os problemas do local, ou mesmo a
nível mundial. E o serviço público, onde as informações que são
“tweetadas” por uma prefeitura, por exemplo, auxiliam a
comunidade sobre as principais informações de sua cidade.
Para o colunista de economia da RBS TV, Moacir Pereira
(informação verbal), o jornalista tem um papel fundamental na
sociedade com as mídias sociais. “Os compromissos do jornalista
não mudaram. Ele continua com o objetivo de transmitir a
informação verdadeira, ter a honestidade, ética, execução,
imparcialidade, vínculo com a cidadania, independência,
liberdade, consciência, crítica e responsabilidade. O desafio está
na seleção do material que é colocado na internet. É preciso
analisar de onde vem a informação e saber trabalhá-la. As
informações até podem surgir de 140 caracteres no twitter, porém
as grandes reportagens surgem dos jornalistas que sabem
executá-las”, afirmou.
De acordo com o Liebelson (http://ijnet.org/pt-br/stories/editorade-m%C3%ADdia-social-do-new-york-times-fala-sobredistribui%C3%A7%C3%A3o-de-not%C3%ADcia-urgente-pelotw), Nos Estados Unidos, o Jornal The New York Times criou um feed de
Twitter específico para quem quisesse acompanhar os
47
acontecimentos em tempo real do Furacão Irene, que passou
pelo Leste do país. Desde sua estreia no final de agosto, a nova
conta já atingiu 25 mil seguidores. A conta fica ativa apenas em
coberturas especiais, por isso não sobrecarrega de informações a
principal conta do twitter do jornal. O Twitter feed,
chamado @NYTLive, foi projetado para fornecer um espaço
separado para os editores tuitarem notícias ao vivo.
Para
Pelepka
(2011
http://umolharinterno.blogspot.com/2009/06/como-utilizar-otwitter-na-comunicacao.html)
Uma característica do Twitter é a instantaneidade das mensagens, diferente de um blog ou
email, que a pessoa tem que abrir a mensagem. Além disso, ajuda a livrar o uso do email
corporativo para assuntos gerais. Com mensagens curtas e objetivas, esse meio de
comunicação pode ser usado também para divulgação de alguma nova campanha, uma
atualização no site da empresa ou intranet, e até mesmo para criar curiosidade em torno
de algum assunto corporativo ou motivar a participação em alguma campanha.
O uso do twitter na comunicação tem chamado atenção de
muitas empresas de comunicação. Algumas ainda resistem em
utilizá-lo na busca de pautas e fontes. Mas a sua facilidade e
adesão ao público mundial, criou uma aceitação rápida por parte
dos veículos.
De acordo com Prado (2011, p. 201) A ideia é que os jornalistas
utilizem a ferramenta para publicar e apurar informações. “O que
você tem a fazer é compreender o cenário em que está
operando. Assim como qualquer tipo de jornalismo, você tem que
estar certo de que está usando as melhores ferramentas
disponíveis para fazer o melhor trabalho possível.
Uma pesquisa realizada no ano de 2009 com 317 jornalistas de
Nova York pela Agência Middleberg (SNCR) constatou que: 47%
usam Twitter ou outros serviços de microblogging e 57% percebem
que o Twitter ajudou a aumentar sua credibilidade perante os
leitores. Prado (2011, p. 203).
Jornalismo Vídeo – Game
Talvez você nunca tenha ouvido falar ou não tenha aprendido na
faculdade, mas o jornalismo de games é um ramificação do
jornalismo que cresce cada dia mais e este ano está completando
20 anos. Fazer jornalismo de game pode ser uma diversão para
quem se interessa pelo assunto e esta sempre ligado nas
48
novidades do mercado. O jornalista precisa conhecer o mercado
brasileiro e internacional, de onde surgem inúmeras novidades.
O jornalista de game precisa ser formado na área, ter um texto de
qualidade, conhecimento sobre o assunto, usar a criatividade
para buscar algo diferente do que já existe e vontade para
conhecer o público e o mercado. Os trabalhos se baseiam na
cobertura de eventos, entrevistas, testes de jogos, matérias de
serviço e matérias especiais, além de testes de plataformas.
Uma dica para quem gostaria de iniciar nesta área é a criação de
um blog ou canal específico para falar sobre o assunto. Ser
reconhecido ajuda a criar credibilidade pelos amantes dos
games. Atualmente os jogos estão se inserindo em outras áreas
como educação e não somente no entretenimento. É preciso
inovar sempre a forma de falar sobre games para atrair fãs e
destacar-se no mercado.
De acordo com BRAMBILLA, Ana (2011, p.44 e 45):
O resultado é
que muito do que
se imaginava
sobre jogos mudou.Todo
mundo achava que
os gamers eram apenas meninos
adolescentes
e
solitários.
Agora,
a última
contagem
dos público de Farmville mostrou
que
os
jogadores
mais freqüentes são mulheres de
43 anos.
Além
disso, o
objetivo da maioria
dos videogames
é reforçar os contatos sociais.
Você pode não ter
assunto com
um
velho amigo da escola,
mas pode continuar a
interagir
com ele em disputas
eletrônicas.
Não há mais tanto preconceito
contra os
jogos. Cada
vez
mais
se
aceita que
eles
são importantes para
o aprendizado,
a felicidade e a
vida em
sociedade.
Até
mesmo
animais precisam de brincadeiras.
Em debate no evento Campus Party discutindo jornalismo de
games nos tempos de internet em 2014, o colunista de games do
TechTudo Pedro Zambarda, afirmou que se sente otimista em
relação ao jornalismo de games, pois com a diversidade de
fontes criada pela internet, o jornalista consegue contato com
desenvolvedores menores e manter uma coluna focada na
produção brasileira de games. O objetivo dos jornalistas é fazer
com os games sejam valorizados e reconhecidos não só como
entretenimento.
49
Vídeo do Campus Party de 2014 – tema: 20 anos de Jornalismo
de Games
http://www.youtube.com/watch?v=xBaeDBzfhac
Geolocalização
É um recurso que descobre a localização geográfica de uma
pessoa ou um local através da internet, por meio de computador,
celular, tablet. Celulares e smartphones utilizam o GPS integrado
para envio de informações de localização física geográfica. Boa
parte dos equipamentos pedem a autorização prévia do usuário.
Além do computador e das mídias sociais, um fotografia também
pode emitir um sinal de identificação.
Cada vez mais as empresas e os usuários da rede estão
cadastrando seus endereços na net para que as pessoas possam
localizar com mais facilidade. É uma forma de dar mais
visibilidade ao seu espaço.
Aplicativos de geolocalização
Os aplicativos de geolocalização permitem que você encontre
pessoas, lugares, identifique o trânsito e conheça novos locais.
Se a pessoa não atender o celular mas for seu amigo de
foursquare e ela der um check-in, você sabe como encontrá-la.
Entre os aplicativos mais populares estão Waze, DC Rider, Here
Maps, The Transit, Google Maps, Map Quest, Navigon, Bing, Hop
Stop, NyCWay (para quem vai visitar Nova York). Muitas
propagandas que você recebe são direcionadas pois esses
aplicativos permitem que as empresas saibam onde você está.
Isso pode ajudar na hora de você buscar informações locais
como os filmes que estão em cartaz ou restaurantes da cidade.
Um dos aplicativos mais conhecidos é o foursquare. É um
aplicativo gratuito para ajudar você e seus amigos a aproveitarem
o máximo dos lugares onde estão. Segundo dados do site
Foursquare, atualizados em janeiro de 2014, atualmente mais de
45 milhões de pessoas no mundo estão conectadas. Mais de 5
bilhões de check-ins, com mais milhões a cada dia. Mais de 1,6
milhão de empresas estão usando a Plataforma do Comerciante
(mais informações em foursquare.com/business).
Uso do Foursquare no Jornalismo
No Jornalismo o aplicativo pode ser utilizado da seguinte forma:
deve ser instalado no smartphone ou tablet do jornalista.
50
O jornalista pode rastrear as últimas notícias sobre eventos;
Pode ajudar a encontrar fontes;
Encontrar fotos de algum evento, pessoa ou notícia.
Segundo informações do texto “Como os jornalistas estão usando
o Fousquare”, o aplicativo usa a localização do seu celular -estimada pela combinação de GPS, Wi-Fi e triangulação por torre
de celular - e associa com os lugares e os usuários que estão
perto de você, assim como da empresa ou local.
www.foursquare.com
Dica de vídeo
Vídeo do evento Campus Party de 2011 sobre Geolocalização
http://www.youtube.com/watch?v=epzSY_rGMwU
Comunicação e mobilidades
Segundo dados da Revista Pequenas Empresas & Grandes
Negócios do mês de fevereiro de 2014, hoje o Brasil possui 70
milhões de smarthphones, sendo o quarto país que mais possui
aparelhos no mundo. As conexões de banda larga móvel
chegaram a 100,8 milhões mensais em outubro de 2013. As
cidades já vivem na correria onde o comportamento é mobile. As
pessoas se conectam nas empresas, praças, cafés, na escola e
no supermercado. As empresas estão mais próximas dos clientes
identificando tudo que eles querem, sonham ou necessitam.
Quem não se atualizar certamente será passado para trás nesta
busca frenética pela informação.
De acordo com CHAMUSCA, Marcello e CARVALHAL, Márcia
(2011, p.1):
A conjugação da popularização dos dispositivos móveis digitais, tais como os celulares,
smartphones, palmtops, tablets, etc., com a popularização das multirredes de acesso sem
fio, como as redes Wi-Fi, Bluetooth, 3G, etc. proporciona o que aqui chamaremos de
comunicação móvel pervasiva – pervasive mobile comunication. Noção possibilitada pela
conexão ubíqua, generalizada, em que se considera o espaço da cidade como um
ambiente de conexão latente, em que qualquer porção do espaço está potencialmente
apta a ser um ponto de acesso ao ciberespaço (LEMOS, 2007) e, portanto, um local em
que se estabelecem as relações sociais e se desenvolve a comunicação urbana.
51
O repórter não precisa mais esperar chegar a redação para
enviar as informações ou conversar com o editor. Tudo pode ser
feito pelas mídias sociais ou mesmo por e-mail. Textos, fotos e
vídeos podem ser feitos no mesmo momento com apenas o uso
do smartphone.
Para CHAMUSCA, Marcello e CARVALHAL, Márcia (2011, p.2):
Graças às tecnologias móveis digitais, segundo Ito (2004, p.44), “a cidade não é mais um
espaço urbano anônimo”, uma vez que essas tecnologias possibilitam a difusão das
experiências vivenciais individuais que o cidadão tem nessa cidade e a transforma em um
espaço de experiências muito mais coletivas. Nesse sentido, o ambiente da ação das
organizações é favorecido, do ponto de vista dos relacionamentos, uma vez que essa
característica potencializa o seu estabelecimento com os diversos públicos, que se
encontram ocupando e vivenciando o espaço da cidade.
A velocidade da informação requer agilidade do jornalista para
dar o furo e garantir a veracidade e a qualidade da matéria. O
próprio gravador já caiu em desuso, sendo substituído pelo
gravadores dos smartphones ou vídeos.
O canal com a comunidade ficou facilitado. As pessoas
aproveitam as mídias sociais para expressar o que sentem, falar
do buraco na rua, do descaso da saúde ou mesmo do lixo do
vizinho que está na sua casa. As pautas estão por toda parte,
cabe ao jornalista saber identificar o que pode virar notícia.
Sugestão de leitura:
Comunicação e Mobilidade
Autores: André Lemos e Fábio Josgrilberg
Sugestão de vídeos:
Entrevista com André Lemos sobre cidades virtuais
http://www.youtube.com/watch?v=2DNj_9XVjFo
52
Aplicativos para jornalistas
A era do papel, caneta, gravador e máquina digital está chegando
ao fim. Tudo pode ser feito com celulares e tablete com rapidez e
qualidade. A jornalista Andrea Lopes mostra alguns aplicativos
que são indispensáveis para a vida dos jornalistas.
1 – Dropbox – Ferramenta para armazenar remoto de arquivos. É
bom para manter os documentos salvos na nuvem e compartilhar
pastas. É possível subir o material e o editor acessar diretamente.
2 – Dicionário Priberam – O aplicativo integra 16 dicionários com
sinônimos, antônimos e locuções. Em caso de dúvida, basta
pesquisar a palavra.
3 – Evernote – Bloco de notas onde é possível anexar imagens e
organizar tarefas.
4 – Snapssed – Editor de imagem.
5 – Hootsuite – Aplicativo gratuito e gerenciador de mídias
sociais. Você pode acompanhar várias mídias sociais em um só
espaço e ainda filtrar informações.
6 – Camcard – Gerenciador de cartões de visita. Basta tirar uma
foto do cartão que ele armazena as informações
automaticamente.
7 – WhatsApp – que permite mandar SMS de graça. Ele usa a
internet 3G ou Wifi para trocar mensagens entre celulares que
tenham o programa instalado.
8 – 1 Password – Ele não é um aplicativo gratuito. É usado para
guardar e organizar as senhas e identidade no iphone. É possível
armazenar dados bancários e notas.
9 – Optimize Me - é um aplicativo que busca melhorar o bemestar do usuário, analisando as suas atividades diárias. Ele
proporciona gráficos e tabelas que relacionam as suas atividades
com o seu bem-estar. Elas são divididas em quatro categorias:
saúde, criatividade, rotina e prazer. Além disso, é preciso
cadastrar algumas informações importantes ao fim de cada dia.
São elas: quantos copos de água tomou, como está sua saúde,
qual o nível de estresse, o seu peso e quantos passos deu no dia
(uma
aproximação).
53
10 – CrowdMobi - É um aplicativo que informa qual operadora
disponibiliza o melhor sinal no local onde o usuário está. Ele
localiza o dispositivo e utiliza informações de outros usuários
próximos para comparar as operadoras. Assim você já vai saber
se
vai
conseguir
falar
com
a
fonte.
11- Waze – É um dos maiores aplicativos de trânsito e
navegação do mundo, baseado em uma comunidade. Com ele
você pode saber qual a melhor rota pegar, evitar trânsito, e saber
quais os postos de gasolina estão mais próximos. Através de
informações dos motoristas é possível conhecer a condição do
trânsito.
12 – Instagram
É um aplicativo gratuito que permite que as pessoas tirem fotos,
apliquem filtros e compartilhem em seu perfil. As fotos possuem a
opção de curtir e comentar. Foi criada em outubro de 2010 pela
dupla Kevin Systrom e Yosyp Shvab.
Dicas de livros para um (a) comunicador (a)
1–O
Pêndulo de Foucault
Autor: Umberto Eco
Editora: Record
2–
A Sangue Frio
Autor: Truman Capote
Editora: Cia das Letras
Rota 66
Autor: Caco Barcellos
3–
Editora: Record
4 – Meninas
da noite
Autor: Gilberto Dimenstein
Editora Ática
54
Minha razão de viver
Autor: Samuel Wainer
5–
Editora Planeta
O relógio de Pascal
Autor: Caio Túlio Costa
6–
Editora: Geração Editorial
Memórias do Cárcere
Autor: Graciliano Ramos
7–
Editora Record
O cortiço
Autor: Aluísio de Azevedo
8–
Editora Moderna
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Autor: Machado de Assis
9–
Editora Record
Dom Casmurro
Autor: Machado de Assis
10 –
Editora L&PM
11 – Os
Sertões
Autor: Euclides da Cunha
Editora: Ediouro
55
Crime e Castigo
Autor: Dostoievski
12 –
Editora Martin Claret
A aventura da Reportagem
Autores: Ricardo Kotsho e Gilberto Dimenstein
13 –
Editora Summus
A importância do ato de ler
Autor: Paulo Freire
14 –
Cortês Editora
Como escrever textos
Autora: Maria Tereza Serafini
15 –
Editora Globo
Jornalismo Digital
Autora: Pollyana Ferrari
16 –
Editora:
17 – Estratégias
2.0 para mídia digital
Autor: Beth Saad
Editora Senac São Paulo
Guia de Estilo Web
Autora: Luciana Mherdaui
18 –
Editora Senac São Paulo
19 – Jornalistas
da Web – Os primeiros 10 anos
56
Autor: Mário Lima Cavalcante
Encontra-se em e-book
Jornalismo 2.0 – Como sobreviver e Prosperar
Autor: Mark Briggs
20 –
Ebook – Para entender as Mídias Sociais
Organização: Ana Brambilla
21 –
Webjornalismo – Política e Jornalismo em Tempo Real
Autor: Juliano Borges
22 –
Ebook coletivo – Mídias Sociais – Perspectiva, Tendência e
Reflexões
Organização: Paper Cliq e Danila Dourado
23 –
Redes Sociais na Internet
Autora: Raquel Recuero
24 –
Editora: Meridional
25 -
1984
Autor: George Orwell
Bibliografia/Links recomendados
CARDOSO, Gustavo. A mídia na Sociedade em redes: filtro, vitrines e
notícias. Ed.3°. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
MOHERDAUI, Luciana. Guia de Estilo Web: Produção e edição de notícias
online. Ed. 2°. São Paulo: Editora Senac, 2000.
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e construção de manuais de redação online. Uma iniciativa do Centro
Knight para o Jornalismo das Américas da Universidade do Texas
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FERNANDES, Mário Luiz. A força do Jornal do Interior. Ed. 1°.Itajaí:
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Janeiro: Editora Globo,2009.
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Sérgio Utsch Reportagem na TV – Como fazer, como produzir, como editar. 1º
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LEMOS, André e JOSGRILBERG, Fabio. Comunicação e mobilidade:
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BRAMBILLA, Ana (organização). Para entender as mídias sociais. 2011.
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Simpósio em tecnologias digitais e sociabilidade. Artigo
Mobilidade
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na
cidade
contemporâneahttp://gitsufba.net/simposio/wp-content/uploads/2011/09/Mobilidade-
60
e-Sociabilidade-na-Cidade-Contemporanea-CHAMUSCA-Marcello-CARVALHALMarcia.pdf
Site Techtudo. Artigo Entenda a Diferença entre Smart TV e TV
Digitalhttp://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/06/entenda-diferenca-entre-smarttv-e-tv-digital.html
61
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