Preferências do acionista
O
gestor
porcentagem
financeiro
do
deve
lucro
que
definir
deve
1
a
ser
distribuído, não podendo esquecer do seu
objetivo, como também deve levar em conta
as preferências do investidor por ganhos de
capital ou por dividendos.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Preferências do acionista
2
O índice de distribuição-alvo deve ter base: (1)
na distribuição dos lucros em forma de
dividendos e (2) no reinvestimento que pode
realizar com o lucro retido. Essas preferenciais
podem ser compreendidas com base na
equação:
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Preferências do acionista
3
O aumento somente nos dividendos será
responsável pelo aumento do preço das ações
da sociedade e a redução na taxa de
crescimento irá favorecer a queda do preço.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Preferências do acionista
4
Logo, a política de dividendos definida pela
sociedade anônima, deve considerar tanto a
influência dos dividendos como também do
crescimento constante.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Preferências do acionista
5
Existem na literatura três teorias que buscam
representar o comportamento dos acionistas
diante das políticas de dividendos definidas
pelos gestores da sociedade.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Irrelevância dos dividendos
6
Parte do pressuposto que não existem, no
mercado de ações, pagamentos de impostos
nem custos de transação para operações de
compra e venda. Com base neles, Miller e
Modigliani argumentam que a política de
dividendos é irrelevante para o acionista.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Irrelevância dos dividendos
7
O valor da sociedade é definido com base na
sua capacidade de geração de lucros e do
risco do negócio, dependendo apenas do
lucro produzido por seus ativos e não da
condição de serem distribuídos ou retidos.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Irrelevância dos dividendos
8
Quando uma sociedade anônima não distribui
dividendos para seus acionistas, no entanto,
eles desejam construir sua política de
dividendos, podem fazê-lo através da venda
de suas ações.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Irrelevância dos dividendos
9
Por outro lado quando uma sociedade
anônima distribui dividendos para seus
acionistas, no entanto, eles não desejam
distribuição de dividendos, podem fazer sua
política através da compra de ações com esses
dividendos.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Teoria do passáro na mão
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Gordon e Lintner argumentam que, diferente
do proposto pela teoria da irrelevância de
dividendos, a expectativa de retorno do
acionista
ordinário
diminui
conforme
a
sociedade aumenta o índice-alvo, ou seja,
conforme os dividendos são pagos.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Teoria do passáro na mão
11
A empresa torna-se menos arriscada e a
expectativa de retorno reduz e, com isso, o
preço da ação aumenta. A ideia proposta é a
de que, para os investidores, é melhor que os
dividendos sejam pagos agora do que depois.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Teoria da preferência tributária
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Ao considerarmos que os ganhos de capital
obtidos no longo prazo sofrem menores
tributações em relação àqueles obtidos no
curto
prazo
fica
fácil
pensar
que
os
investidores querem que a sociedade retenha
o lucro.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Teoria da preferência tributária
Assim,
pagando
dividendos
menores
13
e
reinvestindo a maior parte na atividade da
sociedade o crescimento dos lucros seria
responsável pelo aumento dos preços de suas
ações.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Como as teorias funcionam
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Uma sociedade que apresente um ROE
constante de 20%, uma taxa de crescimento
constante igual a 0%, 10% e 20%, conforme
sua política de dividendos seja distribuir todo
o lucro, metade do lucro ou não distribuir o
lucro, respectivamente.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Como as teorias funcionam
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Outras informações são importantes: a
sociedade apresenta um valor contábil para
suas ações igual a 40,00 e um LPA de 8,00
para qualquer situação de distribuição de
lucros. Com base nas informações fornecidas
temos:
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Como as teorias funcionam
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
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Irrelevância dos dividendos
Ks = D1/P + g
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17
Passáro na mão
Ks = D1/P + g
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18
Passáro na mão
Ks = D1/P + g
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
19
Não é possível definir uma melhor
teoria
Embora
sejam
úteis,
não
20
podemos
estabelecer uma relação clara entre as
políticas
de
dividendos
das
sociedades
anônimas com o custo de capital ou a
expectativa de retorno do acionista ordinário.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Não é possível definir uma melhor
teoria
21
Ainda não foi possível indicar que os
acionistas preferem dividendos mais elevados
ou
reduzidos.
Ao
contrário,
existem
investidores com preferências por dividendos
e outros com preferências sobre ganhos de
capitais futuros.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Não é possível definir uma melhor
teoria
22
Apesar de serem preferências distintas, os
dois
tipos
sociedades
de
acionistas
anônimas
valorizam
as
políticas
de
com
dividendos previsíveis e estáveis.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Não é possível definir uma melhor
teoria
23
Os lucros das sociedades como seus fluxos de
caixa sofrem mudanças ao longo do tempo,
conforme
os
cenários
econômicos
são
modificados. Essas mudanças podem impor as
sociedades alterações nos pagamentos dos
dividendos.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Não é possível definir uma melhor
teoria
No
entanto,
alguns
acionistas
24
podem
depender desses dividendos para realizar
pagamentos Logo, ao não estarem dispostos a
essas oscilações acabam sinalizando para as
sociedades o desejo por políticas mais
estáveis e previsíveis.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Políticas de dividendos usadas pelas
sociedades anônimas
25
Devem considerar que (1) o principal objetivo
é a maximização do valor para o acionista e
que (2) os fluxos de caixa da atividade da
companhia
pertencem
efetivamente
acionistas, devendo evitar a sua retenção.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
aos
Políticas de dividendos usadas pelas
sociedades anônimas
26
A não ser que existam condições de aplicar o
recurso financeiro em projetos responsáveis
por retornos mais rentáveis do que aqueles
obtidos
pelos
acionistas
de
maneira
individual. Não existe uma política de
dividendos adequada a todas as sociedades.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Políticas de dividendos usadas pelas
sociedades anônimas
27
Algumas delas podem apresentar caixas
elevados
mas
investimentos
com
oportunidade
reduzidas,
conforme
segmento econômico seja maduro.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
de
o
Políticas de dividendos usadas pelas
sociedades anônimas
28
Existem outras que geram pouco caixa mas
apresentam
boas
oportunidades
de
investimentos e estão inseridas em segmentos
econômicos
que
ainda
amadurecidos.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
não
estão
Os desdobramentos de ações
Quando
a
Ambev
decidiu
realizar
29
o
desdobramento de suas ações na razão de um
para cinco, seu objetivo era o de facilitar a
comercialização de suas ações no mercado de
forma que sua liquidez não fosse afetada.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Os desdobramentos de ações
30
Desta forma, o objetivo é o de reposicionar o
preço do lote mínimo de negociação das
ações para tornar as ações mais acessíveis a
investidores e potencialmente possibilitar o
aumento do volume de negócios das ações da
Companhia.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Os desdobramentos de ações
31
O desdobramento não implica em mudança
no capital social, não havendo, portanto,
alteração do montante financeiro e da
participação dos acionistas no capital da
sociedade anônima, no entanto, haverá
alterações nas quantidades das ações.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Recompra de ações
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(1) quando a sociedade dispõe de recurso em
caixa e, ao contrário de distribuir aos
acionistas, pode recomprar ações no
mercado;
(2) quando a sociedade deseja modificar sua
estrutura de capital;
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Recompra de ações
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(3) quando a sociedade deve cumprir seus
programas de opções de compras de ações
oferecidos aos seus gestores.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Vantagens do programa de recompra34
1. Os acionistas interpretam como um sinal
positivo o anúncio de recompras uma vez que
esses programas são motivados pela condição
de que as ações estão subavaliadas pelo
mercado;
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Vantagens do programa de recompra35
2.
Os
acionistas
têm
a
condição
de
removerem um número de ações que podem
estar pressionando o preço para baixo;
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Vantagens do programa de recompra36
3. As recompras podem ser usadas para
produzir alterações na estrutura de capital da
sociedade
anônima,
favorecendo
desempenho;
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
seu
Vantagens do programa de recompra37
4. Poderá beneficiar os acionistas que
permanecerem com as ações da sociedade
anônima uma vez que nos próximos períodos
terão direito a diluir o resultado da companhia
por um menor número de ações;
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Vantagens do programa de recompra38
5. Para atender aos seus programas de opções
de compras destinados aos seus gestores.
Esse procedimento é viável por evitar que a
companhia tenha a necessidade de emitir
novas ações no mercado.
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
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Capitulo 16 - Carlos Pinheiro