Esta revista faz parte integrante da edição 1632 do Jornal de Leiria, de 22.10.2015 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:29 Página 1 UM PERCURSO DE EXCELÊNCIA revista lubrigaz:Layout 1 2 | LUBRIGAZ 75 ANOS 19-10-2015 11:02 Página 2 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:29 Página 3 OPINIÃO EM TEMPO O SENTIDO DO TEMPO T enho tido o privilégio de acompanhar de perto a evolução da Lubrigaz nos últimos 27 anos enquanto parceiro da SIVA para as Marcas Volkswagen, Audi, Škoda e Volkswagen - V Comerciais. Assisti aos momentos mais relevantes da expansão que a empresa soube empreender nos últimos anos dotando-se das estruturas, capacidades e competências humanas necessárias e adequadas ao desenvolvimento do setor e ao crescimento das Marcas. Expressão visível desse facto são as magnificas instalações de que dispõe para os seus clientes em Leiria também recentemente alargadas às Caldas da Rainha. Mas o que mais relevo é ter tido e continuar a ter pela frente interlocutores francos e abertos, excelentes profissionais que sempre souberam interpretar em tempo o sentido do tempo, transformando quando necessário a sua organização, dotando-a da liderança e dos meios adequados para servir melhor os seus clientes e viver profundamente os valores das Marcas representaFernando Monteiro, SIVA das. Souberam e sentiram bem os custos exigidos para alcançar o sucesso, o qual é hoje reconhecido, não como um fim em si mesmo mas como resultado da vivência diária, dedicada, e comprometida com os seus clientes e com as suas Marcas. E agora o futuro! Com ousadia e inovação, vai por certo ser merecedora do passado! Parabéns à Lubrigaz, aos seus accionistas, dirigentes e colaboradores pelo seu 75º Aniversário! Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda. Director: João Nazário Redacção: Lurdes Trindade Fotografia: Ricardo Graça Paginação: Isilda Trindade, Rita Carlos Impressão: Ondagrafe Tiragem: 17000 N.º de Registo 109980 Depósito Legal n.º 5628/84 Distribuição: Jornal de Leiria, Edição n.º 1632, 22 de Outubro de 2015 LUBRIGAZ 75 ANOS | 3 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:29 Página 4 75 ANOS UM LONGO PERCURSO AO SERVIÇO DA TRANSPARÊNCIA RICARDO GRAÇA DR Quando se completam 75 anos, é difícil abordar todos os momentos importantes que fazem a história de uma empresa como a Lubrigaz. Sócios e colaboradores vivenciaram, juntos, experiências ímpares que, em muitos casos, não é possível transpor para o papel. Enfrentaram desafios em períodos de guerra e de pós-guerra mundial, passaram por dificuldades que fariam com que muitos tivessem desistido. Mas o espírito lutador que sempre os caracterizou não os deixou cruzar os braços e eis que, ao fim de sete décadas e meia, se orgulham de continuar a trabalhar com os mesmos princípios de transparência, de qualidade e honestidade. “Os nossos clientes têm a garantia de que esta casa tem colaboradores que lutam para que ela dure mais 75 anos”, afirma sável pela aplicação do primeiro esquentador em Leiria e consequentemente pela Nuno Roldão, gerente da empresa, para quem utilização de água quente canalizada na cidade, explica Frederico Brazão Ferreira, “o respeito pelos valores deixados pelos fundado- principal sócio da empresa, que divide a gerência com o genro Nuno Roldão. res, a sintonia de interesses e a dedicação de No dia 10 de Dezembro de 1940 Rivera Duran, Álvaro Pires de Miranda, João corpo e alma têm contribuído para a longevidade Machado Polónia, Vasco Leitão Ritto e José Lino Franco assinavam a escritura da de um negócio que tem passado por momentos empresa. Eram empreendedores com algum peso na região como recorda Fre- bons e outros muito difíceis.” derico Brazão Ferreira, natural do Funchal, e genro do empresário de origem es- Passava o ano de 1940. O mundo vivia em panhola Rivera Duran, que aos 28 anos fora um dos obreiros do saneamento da plena guerra mundial. Leiria assistia ao nasci- cidade do Porto. “Vim para Leiria em 1965 para tratar dos interesses deste em- mento daquela que viria a tornar-se uma das presário, que passavam pela Companhia Leiriense de Moagem e pela Lubrigaz”, mais emblemáticas empresas da região. Cinco conta. Na época, aceitou o desafio com a condição de comprar as quotas da Lu- empreendedores locais ousavam criar a Lubri- brigaz. “Rivera Duran cede-me uma grande parte das quotas, que mantenho e gaz, a empresa de gás e de lubrificantes respon- até aumentei”, revela o maior accionista da empresa que se formou na London 4 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:29 Página 5 School of Economics, em Londres. Ao longo dos anos, a Lubrigaz tem sabido Já Pires de Miranda, pai do recentemente falecido ex-ministro dos Negócios Estran- adaptar-se às diversas mudanças geiros, Pedro Pires de Miranda, foi casado com uma filha do leiriense Pedro José do meio envolvente, iniciando novos negócios, Rodrigues, que tinha uma casa de vinhos em Leiria e que foi presidente da Câmara extinguindo outros. Actualmente Municipal. João Machado da Polónia passava, então, mais tempo em Lisboa. Cu- é uma empresa do Top Ten no ranking distrital nhado de Pires de Miranda, era casado com Maria da Glória, que viveu até aos do sector automóvel. 104 anos. Vasco Leitão Ritto pertence à família fundadora da empresa Plásticos Santo António, enquanto José Lino Franco era um empresário local também com grande visão estratégica para os negócios. Todos tinham outras actividades distintas, tendo em comum a partilha da Companhia Leiriense de Moagem. Com a criação da Lubrigaz, resolveram antecipar-se quer ao final da guerra quer ao desenvolvimento da indústria que se adivinhava próspero. Por isso, ao comércio do gás, dos esquentadores e fogões juntaram os lubrificantes, a área que, aliás, serviu de ponte para o sector automóvel que viria a surgir na empresa pouco tempo depois. Veja-se que na Rua Mouzinho de Albuquerque, ainda na década de 40, a Lubrigaz introduziu um pacote alargado de serviços, nomeadamente uma oficina e estação de serviço, gás urbano, combustíveis, peças e acessórios para automóveis e indústria. Em 1946, a Lubrigaz vende o seu primeiro carro – um Dodge - e a partir daí quase define o seu core business. A representação da Volkswagen chega em 1952, aproveitando o incremento do modelo Carocha que se seguiu à segunda guerra mundial. Durante a guerra e alguns anos no pós-guerra, os carros que existiam para venda eram essencialmente americanos. empresa, sendo actualmente representada pela marca Lubrisport. Já a Skoda GOSTAMOS DE ACREDITAR QUE SOMOS UMA FAMÍLIA surge nos anos 90. “Não é o edifício que faz a empresa, mas a No final da década de 70 e início da década de 80, a Lubrigaz vive momentos es- excelência dos seus colaboradores dentro pecialmente difíceis. Contribuíram para o efeito não só a primeira crise do petróleo da excelência da sua imagem”. Esta é a e as que se seguiram mas também o período conturbado que se viveu em Portugal visão que Nuno Roldão tem da empresa a seguir à revolução de 1974. Mais uma vez os sócios tiveram um papel fulcral na para onde entrou há 28 anos pela mão de motivação dos seus colaboradores. Nessa fase, já a empresa contava com a pre- Armando Faria, o homem que tinha dentro sença de quatro gerentes na sociedade. Frederico Brazão Ferreira explica que " foi da empresa uma visão global de toda a cedida uma participação da sociedade aos quatro principais e estimados colabora- organização e com quem teve oportuni- dores da empresa" nomeadamente a Armando Faria, Horácio Denis Ribeiro, Antó- dade de aprender muito. Em jeito de ho- nio José Pascoal (não era gerente) e Mário Varino. "Hoje a sociedade tem na sua menagem ao sócio (já falecido) e a todos gestão Nuno Roldão, que divide a gerência comigo". os fundadores e accionistas da empresa, Contudo, refere Frederico Frazão Ferreira, “Nuno Roldão é o principal rosto da em- Nuno Roldão adianta que a empresa são presa, é a sua pedra angular. Está preparado para uma gestão muito activa e inter- todos os que nela trabalham. “Gostamos veniente. É um homem de mão cheia até pela sua formação.” de acreditar que somos uma família. Esta- Ao longo dos anos, a Lubrigaz tem sabido pois adaptar-se às diversas mudanças mos entre nós mais horas do que estamos do meio envolvente, iniciando novos negócios, extinguindo outros. Actualmente é com as nossas famílias. Temos de ser capa- uma empresa do Top Ten no ranking distrital do sector automóvel. Hoje a Lubrigaz zes de viver bem, em harmonia, em en- representa as marcas VW, VW Comerciais Skoda e Audi esta última sob a designa- treajuda, nos momentos de trabalho… isso ção Lubrisport. tem acontecido, felizmente.” Na década de 80, surge a Audi para enriquecer o portfólio de marcas da LUBRIGAZ 75 ANOS | 5 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:30 Página 6 FREDERICO BRAZÃO FERREIRA, SÓCIO-GERENTE DA LUBRIGAZ A NOSSA CHAVE DO SUCESSO SÃO OS COLABORADORES Frederico Brazão Ferreira, 82 anos, sócio-gerente da Lubrigaz desde 1965, faz um balanço muito positivo da empresa que completa 75 anos. O segredo? A cooperação dos colaboradores e a política de reinvestimento dos sócios ao longo dos anos. Qual o balanço destes 75 anos da Lubrigaz? A empresa nasce em 1940, em plena segunda guerra mundial, enfrentou grandes dificuldades, mas o balanço é muito positivo. Temos excelentes colaboradores. Essa é chave do sucesso da Lubrigaz. Sem bons colaboradores não há organização ou empreendedor que consiga vencer. Somos uma família. Uma empresa são as pessoas e se não existir este espírito por parte da gestão não há empresa. Eu posso ter um helicopter view, mas tudo o que está a jusante tem de funcionar e só funciona se a família estiver unida. Portanto, a Lubrigaz teve sempre esta cooperação inequívoca dos colaboradores. Mas, mais importante, colaboradores e gerência sempre formaram um todo. Outra das chaves do êxito da empresa prende-se com a política de aplicação dos resultados que, ao longo dos anos, foi feita pelos sócios… Sim, nos bons e nos maus momentos os sócios tiveram presente a ideia de que os resultados seriam para a expansão do negócio. Ao longo dos anos foi solicitada aos sócios a entrada de suprimentos e, também, aumento de capital. A verdade é que devido a essa política de aplicação dos dividendos no engrandecimento na empresa desde o primeiro momento – os sócios não viviam da empresa, viviam para a empresa – a Lubrigaz dispõe hoje de um património considerável. Iniciou a empresa em instalações arrendadas e hoje detém um património próprio muito importante, designadamente o seu edifício sede na Cova das Faias, junto ao IC2, e o edifício da Audi (Lubrisport). Todas as instalações em Caldas da Rainha, da Audi e da Volkswagen, um terreno na zona industrial de Pombal e uma loja na Marinha 6 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:30 Página 7 Grande. É um património muito interessante que contrabalança com um passado É preciso que as empresas invistam em de muitas dificuldades de ordem financeira. formação e em equipamentos de diagnóstico. A empresa atravessou todas as crises do pós II guerra mundial e conse- Fomos uma das primeiras empresas da região guiu sobreviver durante estes 75 anos… do ramo automóvel, na década de 1980, Sim. Viveu muitos momentos difíceis, incluindo a primeira grande crise do petró- a contratar um engenheiro mecânico para leo em 1970/80. Foi o seu pior momento, que exigiu de nós um grande esforço director dos serviços após-venda. para o ultrapassar. Foram crises que em nada se relacionam com esta “crise” actual que a Volkswagen atravessa, e que estamos convencidos que a marca saberá resolver. Uma coisa que nos conforta é que a situação não põe ninguém em perigo, ou seja não é um problema de segurança. A Lubrigaz foi evoluindo a cada ano, introduzindo na empresa novas áreas de negócio… A Lubrigaz começou em 1940 com os fogões, os esquentadores, o gás e os combustíveis. A sua primeira venda de automóveis em 1946, um Dodge D24C. O seu proprietário, ainda hoje é nosso cliente. Logo em 1952, começou a ligação com a Volkswagen e, nos anos seguintes, a representação da David Brown tractors, abrindo, na década de 50/60, uma filial da empresa em Coimbra. Vende tractores, camiões Fargo e Ebro (espanhol). Foram muitas as marcas americanas e algumas europeias que a Lubrigaz vendeu, como a Rover por exemplo. Foi também representante da Piaggio com grande aceitação no mercado. Na década de 50, regista-se também a mudança da representação do gás e de combustíveis guido a empresa… da marca Cidla para a Shell, que mantivemos durante muitos anos. A Lubrigaz sempre apostou muito em formação O relacionamento comercial com a Volkswagen conhece, pelo menos, em todas as áreas da empresa, desde a recep- duas fases… ção à gestão. Hoje o mundo está feito com A primeira é feita através da Guérin e surge em 1952. Somos o agente mais an- base na procura da perfeição, no sentido de tigo em Portugal, se não mesmo da Europa da marca Volkswagen. Há uma fideli- sermos o melhor que as nossas faculdades nos zação à marca e uma responsabilidade perante a qualidade e a satisfação do permitem. Não podemos ou não devemos ser cliente. Entretanto, a Guérin é substituída pela SIVA, o importador do Grupo medíocres. Temos de ser bons. Por outro lado Volkswagen. Somos desde então representantes das marcas Volkswagen, Volks- também já não basta ser um mero vendedor wagen Comerciais, Skoda e Audi. de automóveis. O cliente já sabe tudo sobre as Independentemente das marcas que representavam, o após-venda sem- características do automóvel quando chega à pre foi ponto de honra na Lubrigaz… Lubrigaz. O que ele vai encontrar no vendedor, No ramo automóvel, existe a venda ou a compra de impulso. A pessoa gosta do para o caso específico da marca que procura, é carro e compra-o. Mas depois o que é muito mais importante – claro que a um complemento do conhecimento que já tem. venda é que vai alimentar o após-venda – é a garantia de um serviço que man- O vendedor vai ser o seu interlocutor para os tém a máquina em funções ideais. Durante anos, este serviço foi considerado um seus desabafos. E vai aconselhar, canalizar e mal necessário por muitos, mas é dos maiores bens que podemos oferecer ao resolver os seus problemas. Tem de estar pre- cliente. É a mesma coisa que fazer a medicina preventiva. É a garantia de que parado. Isso requere formação sólida. Portanto, quando o carro tem um problema, tem um hospital tecnicamente preparado para o negócio hoje não é uma coisa isolada. A glo- lhe dar resposta. Para isso, é preciso que as empresas invistam em formação e balização é isso mesmo, tem vantagens e des- em equipamentos de diagnóstico. Fomos uma das primeiras empresas da região vantagens, mas temos de ter conhecimentos, do ramo automóvel, na década de 1980, a contratar um engenheiro mecânico respostas ou maneiras de as encontrar para para director dos serviços após-venda. ajudar, servindo-nos de vários canais. Por isso a A aposta na formação é mais uma das características que tem distin- formação sempre foi valorizada na Lubrigaz! LUBRIGAZ 75 ANOS | 7 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:30 Página 8 NUNO ROLDÃO, GERENTE DA LUBRIGAZ SOMOS LEGALISTAS, RIGOROSOS E CONSISTENTES Em criança, era um apaixonado pelos carros e pelo desporto. Licenciou-se em educação física porque a mãe não achou boa ideia que fosse para Londres tirar engenharia automóvel. No dia em que se tornou efectivo numa escola, bateu com a porta e foi trabalhar para a Lubrigaz. Há 28 anos. O seu mundo. Onde reivindica legalidade, rigor e consistência. E excelência. Está na empresa desde 1989, mas conhece-a como as palmas das mãos… Partilhei experiências e vivências com o senhor Armando Faria, que foi nosso sócio-gerente, e que nos dizia, orgulhosamente, que tínhamos sido a primeira empresa a montar o esquentador de água quente em Leiria. Ele passou-me toda a sua experiência. Era um homem com muito valor na empresa. Morreu recentemente, com 90 anos. Foi um dos primeiros funcionários da Lubrigaz, pelo que se lembrava de tudo desde a sua génese. Bebi dele toda a imagem desta empresa fundada por empreendedores locais que resolveram dar um passo importante na vida empresarial da região, com negócios que estavam a borbulhar na altura: o gás e os lu- era muito mais generalista. Hoje temos uma assistência após-venda muito brificantes para as máquinas que surgiram focada marca-a-marca, mas se assim não fosse não conseguiríamos ter tão em força naquela época de desenvolvimento elevados níveis de exigência. industrial. Como diz o povo, o sapato Como sentiu o crescimento da empresa? adapta-se ao tamanho do pé e com o rolar A Lubrigaz nasceu pequena e cresceu bastante pelos seus próprios meios. dos tempos deu-se mais realce à área dos Ainda hoje militamos na filosofia de que a empresa tem de ser capaz de sus- lubrificantes, que foi o elo condutor que tentar o seu próprio crescimento, que é um circuito fechado. Geramos fundos levou ao sector automóvel. que investimos novamente no negócio. Para isso sempre contribuiu muito o Numa época em que a relação dos con- acreditar dos accionistas na empresa, que não são remunerados no capital, cessionários com as marcas era bastante mas transformam livremente esse capital em riqueza da empresa para que diferente… ela possa crescer cada vez mais. Portanto, a Lubrigaz tem crescido de forma Muito. Hoje temos laços umbilicais com as consolidada e não dá nunca passos maiores que o tamanho das suas pernas. marcas, que têm regimes para distribuição Agarra as oportunidades de negócio que lhe surgem e que estrategicamente de viaturas e peças muito apertados. É uma a fazem conseguir tomar boas decisões. Honra seja feita à gestão do pas- relação quase filial. Antes não. Havia uma sado que nos trouxe até hoje, com o meu humilde contributo e do senhor iniciativa privada muito mais livre. Uma em- Frederico Brazão Ferreira, a uma situação ímpar. Sim, porque temos algumas presa podia chegar junto de uma marca e características de que nos orgulhamos: somos legalistas, rigorosos e consis- propor a compra de um determinado nú- tentes. Em termos de legalidade, levamos o tema à potência. Digo muitas mero de viaturas e chegar junto de outra vezes aos nossos colaboradores que os accionistas só nos pedem que traba- marca e fazer o mesmo. Razão pela qual a lhemos bem. Somos 100% legalistas. Temos visitas regulares por parte das fi- Lubrigaz vendeu várias marcas até à fideliza- nanças, ambiente e estamos sempre tranquilos ção com o grupo VW. A própria assistência A Lubrigaz é reconhecida pela sua aposta forte na formação dos cola- 8 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:30 Página 9 boradores. É uma herança do passado? A Lubrigaz tem crescido de forma consolidada e Mais uma vez, nessa matéria, tiro o chapéu à gestão anterior, nomeada- não dá nunca passos maiores que o tamanho mente do senhor Armando Faria, que sempre viu longe, encarando a forma- das suas pernas. Agarra as oportunidades de ção profissional como algo essencial para o futuro e não um mal necessário. negócio que lhe surgem e que estrategicamente Vivi essa realidade anos a fio. Quando houve uma explosão do mercado au- a fazem conseguir tomar boas decisões. tomóvel, com um crescimento de vendas - todos os colaboradores eram poucos para assistir às viaturas vendidas na empresa – a gestão desta casa nunca se coibiu de enviar para formação os seus colaboradores quando éramos convocados pelas marcas, enquanto outros concessionários encontravam sempre desculpas para não irem. As pessoas faziam falta dentro das empresas, mas a formação era essencial para prestarmos um serviço de qualidade. Sempre funcionámos ao contrário, permitindo criar uma base consistente de pessoas formadas que fez com que andássemos à frente em termos de após-venda. A importância que a empresa dá ao após-venda é também histórica… Das primeiras coisas que aprendi foi que o após-venda tem obrigatoriamente rador nosso… hoje pensamos que estamos a de suportar os custos fixos de uma empresa concessionária de automóveis. dominar a situação e amanhã somos com- Tem de ser o seu alicerce. Ressalvo, contudo, que o após-venda não vive sem pletamente ultrapassados se não estivermos a venda, porque esta cria matéria-prima para o após-venda. Se o após- atentos às mudanças. venda não for eficiente o cliente nunca encarará como possível uma troca da As pessoas ainda têm a ideia de que viatura. Mas o essencial para mim, e que historicamente também sempre foi, fica mais caro fazer uma revisão na é que não podemos ver a empresa como uma herdade com uma série de marca… quintais à volta. A empresa é uma herdade única, em que todas as áreas são A tecnicidade da viatura está a reduzir o es- nobres e vivem de braço dado. Só assim se consegue atingir o patamar de paço para os reparadores multimarca. Os excelência. Não é uma tarefa fácil, mas tem sido possível! carros estão a ser cada vez mais técnicos, O após-venda é, naturalmente, uma área mais dinâmica até pelo nú- mais precisos, mais únicos, o que obriga a mero de clientes que envolve… uma especialização no após-venda! Claro A área do após-venda tem duas a três vezes mais movimento do que a área que ainda há algumas áreas multimarcas das vendas. Não é mais importante, é mais viva. Passam pelas nossas mãos, que dão para todos trabalharmos, mas o fu- diariamente, cerca de sete dezenas de clientes no após-venda. Nas vendas turo vai obrigar a que as concessões de de viaturas seria bom que assim fosse. A relação com o cliente é muito mais marca tenham cada vez mais preponderân- intensa no após-venda do que nas vendas. Também depende das marcas, cia nos trabalhos de elevada tecnicidade. Os dos produtos novos de cada uma das marcas, das campanhas em vigor de investimentos que fazemos em tecnologia e cada uma das marcas. Tudo isso faz oscilar o número de clientes que visita o em formação são incomportáveis para quem nosso show room. Embora hoje em dia estejamos a viver um paradigma dife- faz trabalho com várias marcas. Um repara- rente. Com a realidade virtual, temos de ir à procura de clientes. A internet é dor independente multimarca não pode in- um mundo e temos de estar dentro dele, sob pena de lhe fecharmos as por- vestir dezenas de milhares de euros em tas. Antes tínhamos apenas a porta física. Hoje o cliente vem ter connosco já equipamentos para todas as marcas. Mas no conhecedor das características do automóvel. A procura de clientes faz-se de que respeita ao nosso trabalho, temos o uma forma muito proactiva através de motores de busca, redes sociais, mai- nosso preço devidamente tabelado. Quem lings, campanhas, site…temos de ter gente muito atenta a tudo o que é co- vem às nossas oficinas sabe que o carro será municação para o exterior. Temos, por exemplo, netos que procuram na trabalhado exclusivamente com mão-de- internet soluções de veículos para os avós, como aconteceu com um colabo- obra especializada para aquela marca e com >>> LUBRIGAZ 75 ANOS | 9 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:30 Página 10 >>> peças originais para aquela marca. E depois há uma coisa que nos distingue: trabalhamos com tempos de fábrica. Mudar as pastilhas de travão de um carro aqui, em Nova Iorque, em Xangai ou Singapura tem sempre o mesmo tempo. O que difere é o preço por mão-de-obra. É transparência acima de tudo. O nosso preço pode parecer caro, mas acaba por ser mais barato. Além disso temos agora uma ferramenta, única, que se traduz em pacotes de serviço. Há total transparência, além da garantia de que esta casa tem 75 anos, dando a tranquilidade ao cliente de que nós cá estaremos amanhã para o que der, e vier. Como se tem comportado o sector automóvel no distrito? Os negócios que fazemos são sempre poucos, mas os nossos indicadores dizem-nos que a quota de mercado que temos atingido na nossa zona de influência está em linha com as quotas nacionais. Estamos bem. Desejaríamos fazer mais negócio, mas a nossa luta não está no volume, mas na qualidade da venda. Porque volume, temos, mas a qualidade da venda é fazer a rentabilidade desejada em cada negócio. Ora, a concorrência está muito acesa, inter-marcas e intra-marcas. O cliente, com as ferramentas que tem ao seu dispor, consegue procurar com facilidade uma viatura de norte a sul do país e fazendo aquilo a que nós chamamos shopping around, tentando o melhor negócio. O que distingue o sítio onde o cliente compra é a tranquilidade, a confiança e a segurança no futuro que o operador lhe dá. Há muitos casos em que o barato sai caro e nós temos, ao longo destas décadas, lutado contra muitos operadores no mercado que deixaram mossa e nós cá estamos. Acreditamos que a transparência, a seriedade e a legalidade têm um peso e uma força que nos fazem permanecer no mercado ao longo dos anos. Perdemos muitos negócios para operadores que não estão hoje no mercado. Como avalia esta crise da marca VW? Entendo que depois da tempestade virá a bonança. Os erros do passado vão ser um veículo para o fortalecimento do futuro. Costumo dizer que só não falha quem não trabalha, pelo que todos falhamos. Isto foi uma falha, não deveria ter acontecido, mas acredito que com esta aprendizagem, todos desde a marca à rede de distribuição e às concessões, vamos sair mais fortes. No passado, tivemos marcas concorrentes que viverem momentos igualmente negros e até mais negros… aqui não há vidas em risco. Este assunto será corrigido… até lá os carros continuarão a circular sem qualquer risco. Da adversidade há-de sair a oportunidade e nós temos de ter a acutilância para a aproveitar. A empresa está a ser afectada? Apenas porque somos a face visível do grupo. Os clientes vêm falar connosco para o bem e para o mal. É uma regra do jogo e é assim que vivemos. Há um espírito de marca. Temos de honrar os símbolos, como dita a ética profissional. 10 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 14:07 Página 11 INVESTIMENTOS EM CONTRACICLO: UMA TENDÊNCIA HISTÓRICA CERCA DE DOIS MILHÕES DE EUROS PREPARAM EMPRESA PARA O FUTURO DR Instalações em Caldas da Rainha representaram um investimento de cerca de 1.7 milhões de euros Investir em contraciclo. Este parece ser um dos desígnios da Lubrigaz desde o explorar o negócio Audi quer em Leiria quer seu nascimento, já que foi em tempo de guerra que a empresa foi fundada. em Caldas da Rainha. “O investimento em tempo de crise permite combater a adversidade e pre- “Ainda estamos a arrumar a casa em Caldas para-nos para o crescimento”, revela Nuno Roldão, dando como exemplo da Rainha… refazer a opinião pública sobre mais recente a aquisição das instalações em Caldas da Rainha, que repre- uma marca ou sobre uma assistência de- senta cerca de 1.7 milhões de euros, além dos 300 mil euros nas obras na mora muito tempo. Temos de consolidar e sede da empresa. São cerca de dois milhões de euros em menos de um ano. estabilizar esse ‘aterrar’ que fizemos em É histórica esta tendência de investimento em tempo de maiores dificuldades Caldas”, explica o gerente da Lubrigaz. socioeconómicas do país. O edifício-sede, na Cova das Faias, foi construído Mas em Leiria também há obras, proce- no momento que antecedeu a explosão das vendas, entre 1999 e 2002. dendo-se à adaptação das instalações do “Quando as instalações ficaram prontas, estávamos preparados para o cres- edifício-sede para dar corpo à nova imagem cimento do negócio.” O mesmo aconteceu com o hangar da Audi que foi corporativa VW e Skoda. Até há pouco concluído em 2007, num período de quebra de vendas, mas que mais tarde tempo a marca Skoda funcionava nas insta- apanhou o boom de vendas nos anos de 2009, de 2010 e de 2011. lações da Mouzinho de Albuquerque, em Com a aquisição dos edifícios em Caldas da Rainha, em 2014, a Lubrigaz Leiria, sendo transferida para o edifício se- ficou com instalações integradas de vendas e após-venda, nesta região, para diado na Cova das Faias, junto ao IC2. “Até as marcas VW e Audi, permitindo não só o alargamento da sua área de mer- ao final do ano, os trabalhos estarão con- cado, como um maior acompanhamento do cliente. “Embora estejamos num cluídos”, diz Nuno Roldão. período menos bom, estamos muito confiantes no futuro e só por isso consi- “Costumo dizer que na vida é preciso ter derámos a possibilidade de investir nesta fase da nossa vida.” sorte, mas ter sorte dá muito trabalho. Nada acontece por acaso na vida da Lubrigaz. Em 2003, foi criada a em- Temos tido sorte no momento em que faze- presa Lubriflores para explorar o negócio Audi em Leiria e Caldas da Rainha, mos o nosso investimento”, assegura o ge- em resultado de uma sociedade com a Florescar. rente da empresa, para quem “os O ano passado, o sócio da Lubriflores quis cessar a actividade, pelo que sur- investimentos são melhor negociados em giu a oportunidade do investimento de vulto por parte da Lubrigaz, que ad- momento de menor crescimento econó- quiriu a quota da Lubriflores, integrando-a, por fusão, na empresa. mico”. Por outro lado, diz, “temos a sorte de Quanto à actividade da VW, “adquirimos as instalações, algumas existências, ter uns sócios que têm vindo a economizar tomámos a sua posição contratual no leasing imobiliário e contratámos 50% de modo a que o balanço da empresa seja do seu pessoal”, revela Nuno Roldão. A Lubrigaz passou, pois, forte e robusto, permitindo-nos investir a ocupar as instalações que eram da Florescar e alargou a sua área territo- quando outros estão fragilizados. É como a rial a todo o distrito. cigarra e a formiga… amealhamos para Neste momento, a Lubriflores não existe. Foi criada a marca Lubrisport para fazer bons investimentos na altura certa”. LUBRIGAZ 75 ANOS | 11 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:31 Página 12 VOLKSWAGEN: ÍCONE DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL A origem da Volkswagen remonta aos anos 30 cesso estiveram sempre conciliados na história da Volkswa- do século passado, coincidindo com a construção gen, nomeadamente com três modelos que permitiram uma de um veículo hoje lendário na história do auto- verdadeira “revolução” desde os anos 70: Golf, Polo e Passat. E até hoje o êxito conti- móvel: o Carocha. Depois dos primeiros modelos nuou sempre em crescendo, não só pelo desenho inovador de cada modelo como terem sido produzidos em Estugarda, na Alema- também pelas mais vanguardistas soluções tecnológicas oferecidas. Entretanto, foi no nha, o crescimento foi de tal ordem que levou à dia 17 de Abril de 1950 que a Volkswagen chegou a Portugal com o famoso Caro- implantação de uma nova unidade fabril bati- cha, tendo no primeiro mês de comercialização vendido 36 unidades do seu único zada KdF-Stadt (atual Wolfsburgo). Em 1939, modelo. É em 1987, porém, que se dá o maior salto no crescimento da marca em como consequência da II Guerra Mundial, a sua Portugal, quando a SIVA se torna importadora da Volkswagen. Desde então foram produção foi adaptada para veículos militares. E vendidas perto de 510.000 unidades. Também na competição automóvel a Volkswa- depois de anos incertos tornou-se, a partir de gen ocupa posição destacada, concretamente no Mundial de Ralis onde conquistou o 1948, no verdadeiro ícone da recuperação título de Construtores nas três últimas temporadas (o mesmo acontecendo nos cam- alemã. De então para cá, e depois do Carocha, a peonatos de Pilotos e de Co-Pilotos), tornando-se o Polo R WRC no carro mais bem expansão pelos quatro cantos do mundo e o su- sucedido de sempre na história do WRC. PUBLICIDADE 12 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 14:07 Página 13 VOLKSWAGEN VEÍCULOS COMERCIAIS: SEMPRE EM POSIÇÃO DE LIDERANÇA Uma nova etapa na história do automóvel aconteceu quando o importador holandês 1956, onde ainda hoje é produzido este modelo, agora Ben Pon, em abril de 1947 na fábrica da Volkswagen em Wolfsburgo conheceu o que na sua 6ª geração. Ao longo dos anos a gama foi cres- designou por um "veículo estranho". Alguns trabalhadores da Volkswagen tinham cons- cendo, surgindo a Caddy nos anos 70, então uma versão truído um automóvel para uso interno, com a finalidade de transporte de placas pesadas. pick-up do Golf e que chega hoje até nós na 4ª geração Daí surgiu a 23 de Abril, o primeiro desenho no seu caderno, de um veículo com motor com uma filosofia muito mais abrangente com versões de traseiro e uma carroçaria tipo “pão de forma”… Foi o início de uma história de sucesso: a carga e passageiros até 7 lugares. O maior da família é a Volkswagen Transporter.O protótipo, foi apresentado em novembro de 1949, com o Crafter que pode ter até 17 m3 de volume de carga e 5 nome oficial Tipo 2 (a Tipo 1 era o carocha) que mais tarde passou a Transporter, mas ao toneladas de pso bruto. Mas as estradas não são o limite entrar rapidamente nos corações de todos os clientes, as alcunhas começaram a surgir da Volkswagen Veículos Comerciais e em 2010 é lançado como "Bulli" na Alemanha ou “Pão de Forma” em Portugal e Brasil. Equipada o Amarok, uma pick-up que junta o até então julgado com o motor e os eixos do Beetle, mas com um chassis ligeiramente diferente, sem a es- como impossível – Conforto em estrada e capacidades trutura apoiada num túnel central, criou-se um corpo auto-suportado com uma capaci- inultrapassáveis no todo o terreno. Assim se passaram os dade de carga de 750 kg.O sucesso de vendas obriga a um grande investimento - primeiros 65 anos de marca líder na venda de Veículos A inauguração de uma fábrica exclusiva para a Transporter em Hannover, a 8 Março Comerciais na Europa. PUBLICIDADE LUBRIGAZ 75 ANOS | 13 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:31 Página 14 AUDI: ESPÍRITO INOVADOR A Audi é um dos mais prestigiados construtores 1965, aconteceu uma nova página na história da Auto Union: a VW tornou-se sua acio- da indústria automóvel, incutindo sempre um es- nista maioritária, construindo em poucos anos uma imagem de eleição, à qual não foi in- pírito inovador aos seus produtos. A sua génese diferente a aposta na competição – ralis, rampas, circuitos, etc. – sempre através do aconteceu quando no final do século XIX um famoso e imortal sistema quattro, de tração integral permanente, que conferiu à marca jovem de nome August Horch iniciou o projeto alemã parte da excelente reputação que ostenta hoje. Mas a chancela de inovação e pio- para construir automóveis na Primavera de 1899. neirismo da Audi estende-se a múltiplos outros domínios, casos das recentes novas luzes Entretanto, os contratempos suscitados pela utili- Matrix OLED passando ainda pelos Audi urban concept, Audi virtual cockpit, o sistema de zação do seu próprio nome motivaram o reba- condução pilotada ou pelo complexo de alta tecnologia sedeado em Neuburg an der tismo da mesma com outra designação. Horch Donau. Na Audi, inovação está intrinsecamente ligada à sua proverbial filosofia: “Na van- traduzido em latim: Audi (Horch em alemão sig- guarda da técnica”. No ano de 2014 o Grupo Audi – intregado no Grupo Volkswagen nifica escuta). Uma nova fase na vida da Audi foi desde 1965 - entregou aos seus clientes cerca de 1.741.100 automóveis da marca, sendo iniciada em 1932, quando as marcas Audi, Wan- subsidiárias a 100% da Audi AG, a quattro GmbH (Neckarsulm), a Automobili Lamborg- derer, Horch e DKW se juntaram num novo hini, o fabricante de motos desportivas Ducati e mais recentemente o conceituado estúdio grupo designado por Auto Union. Depois, em Ital Desin fundado por Giorgetto Giugiaro. PUBLICIDADE 14 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:32 Página 15 ŠKODA: REFORÇAR AS SUAS ASPIRAÇÕES NOS PRÓXIMOS ANOS Václav Laurin e Václav Klement – os fundadores da ŠKODA - iniciaram a sua atividade com base numa plataforma comum adaptada do produzindo bicicletas numa fábrica sedeada em Mladá Boleslav, na então Boémia e hoje Grupo Volkswagen. Tratou-se de um marco fundamen- República Checa. Decorria o ano de 1899. Desde 1906, fabricou triciclos motorizados e tal na reestruturação dos métodos de produção da depois do sucesso conquistado no Rali S. Petersburgo – Moscovo ganhou o concurso para Marca, contribuindo ao mesmo tempo para a restaura- o fornecimento de veículos especiais de transporte de correio. E quando começou a pro- ção e a imagem de prestígio. De então para cá o su- dução em série de veículos, cedo granjeou fama ao ser escolhida como a Marca para o cesso não parou de crescer com a gama Fabia, a ser transporte do séquito da corte imperial do Japão, do Pasha egípcio no Cairo e dos turistas uma das mais bem sucedidas de sempre na sua histó- em Moscovo. Apesar da situação económica do pós-guerra não favorecer as exportações, ria. Sempre fiel ao princípio da melhor relação preço/ os automóveis checos despertavam um interesse generalizado, casos dos modelos 1001 qualidade em todo o portfólio das suas atuais gamas, a (1947) e do Felicia 450 (1958). Em 1959, começou a ser produzido o ŠKODA Octavia de ŠKODA pretende crescer ainda mais, mantendo os va- duas portas e quatro lugares. Mas tudo mudou com a chegada de um novo modelo, o lores essenciais da Marca, tais como espaço e funciona- Favorit, e acima de tudo, depois da empresa ter passado a integrar o Grupo Volkswagen, lidade. Nos próximos anos, a Marca quer reforçar estas a partir de 1991. Mais dinâmicos e apelativos modelos estiveram na origem de novos pa- aspirações. No ano de 2014 as vendas ultrapassaram drões. O Octavia foi o primeiro modelo da ŠKODA Auto a ser desenvolvido e produzido mais de 1.000.000 de veículos em todo o mundo. PUBLICIDADE LUBRIGAZ 75 ANOS | 15 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:32 Página 16 LUBRIGAZ SEMPRE NA LINHA DA FRENTE PIONEIRA COM A CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE DR Entre as vantagens da certificação contam-se a garantia de um trabalho feito com qualidade e a mais-valia de se poder trabalhar para todos os clientes, o que não aconteceria se não existisse este reconhecimento. A Lubrigaz foi a primeira empresa do sector, na região, a ser certificada pela norma ISO 9001. Em 1998, foi também pioneira ao nível dos concessionários Volkswagen/Skoda. “Sempre encarámos a certificação da qualidade como o acto de passar para o papel aquilo que, desde há muito, praticávamos”, explica Nuno Roldão, para quem é muito importante afirmar que sabe “quanto custa uma certificação”, mas desconhece “quanto custaria não a ter”. Com a certificação, uma das vantagens visíveis prende-se com o facto de poder trabalhar com todos os clientes, o que não aconteceria se não existisse este reconhecimento. Por outro lado, há a garantia de que o trabalho é feito com qua- PUBLICIDADE lidade. “A calibração e a avaliação de desempenho dos instrumentos é obrigatória, por exemplo”, diz o gerente. DESDE 1985 Mas a certificação permitiu a introdução de outros métodos e soluções na em- A GERAR VALOR presa que foram pioneiros à data da sua criação. Nuno Roldão refere, por EM LEIRIA exemplo, o programa interno de inquéritos feitos, desde 1990, aos clientes após-venda sobre a qualidade da última passagem pela oficina. “Hoje todas as marcas o fazem, mas há 25 anos era muito inovador este método de desempenho, com gráficos e imagens objectivas sobre a nossa intervenção”. A Central de Reservas criada na sequência do boom de vendas e consequente após-venda, entre 1997 e 2000, foi mais um momento feliz na Lubrigaz. Sem capacidade de resposta no após-venda, o sistema de marcações permitiu que diariamente se atendessem os clientes possíveis com a qualidade desejada. “Na altura não havia marcações de oficina. Fomos desafiados para divulgar este mé- A NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria tem como missão principal prestar serviços úteis às empresas da região, principalmente aos seus associados, no sentido de reforçar a sua qualificação e capacidade concorrencial. todo aos restantes concessionários do país.” Inovadora foi também a contratação da primeira mulher para a recepção de oficina, uma área que era tradicionalmente masculina. “Foi uma pedrada em Leiria. A reparação automóvel era um ambiente rude, para homens… E com uma Agregar para Desenvolver www.nerlei.pt jovem no espaço, começou a criar-se um ambiente mais leve e elevou-se o cuidado no atendimento.” 16 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:32 Página 17 LUBRIGAZ PREPARADA PARA ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS O FUTURO ALIADO AO ELÉCTRICO E HÍBRIDO DR O Golf GTE é um carro hibrido com uma perfomance muito apelativa, com uma autonomia de cerca mil quilómetros, combinadaentre o motor eléctrico e motor a gasolina. A expansão do sector automóvel vai passar, no futuro, pelo reforço das energias alternativas. Também nessa matéria a Lubrigaz está na linha da frente, sendo uma das três concessões Volkswagen em Portugal a trabalhar com automóveis eléctricos e híbridos. que à venda de automóveis diz respeito. Por “Temos vindo a ser agradavelmente surpreendidos com a procura de viaturas isso, Nuno Roldão diz que a Lubrigaz está já híbridas desde que começamos a comercializá-las”, diz Nuno Roldão. “No há muito a preparar-se para as consequên- futuro próximo a nossa visão é que a viatura híbrida é a solução mais inte- cias da poluição nas cidades que, na sua ressante, ou seja, a que usa o motor de combustão para as viagens intercida- opinião, se vão repercutir na forma como a des e o motor eléctrico para as viagens dentro das cidades”, elucida. “É uma vida das pessoas será organizada. “Vamos boa resposta que dentro de cinco a dez anos poderá estar massificada.” assistir àquilo que se fala há vários anos, A VW tem o Golf GTE, uma viatura híbrida apelativa em termos de perfor- que é a necessidade de mais partilha do au- mance, com 204 cavalos e uma autonomia de cerca mil quilómetros, combi- tomóvel”, revela. “As cidades vão deixar de nada entre o motor eléctrico e o motor a gasolina. Tem consumos ter filas intermináveis com uma pessoa den- anunciados na ordem dos 1,5l/100km. “A minha mulher tem um Golf GTE e tro do automóvel para ter filas mais peque- anda todo o dia com o motor eléctrico, viajando entre Leiria e Marinha nas com os carros cheios”. Esta partilha na Grande”, exemplifica Nuno Roldão. Basta carregar a ficha à noite e no dia utilização do automóvel vai levar a uma es- seguinte está pronto. “O carro consegue percorrer 50 quilómetros em modo tabilização do sector. “A população aumenta, totalmente eléctrico com apenas uma carga, até uma velocidade máxima de mas baixa a distribuição de viaturas per ca- 130km/hora.” pita”, anuncia o gerente da empresa que Este tipo de viatura, como é natural em todas as novidades, é ainda mais dis- desde há 75 anos tem definido as suas es- pendiosa que o comum dos automóveis, contudo, este ano, o Orçamento de tratégias com inteligência, adaptando-as à Estado “dispõe de um forte incentivo para as empresas que optarem por esta realidade de cada momento. “Estamos pre- solução, quer ao nível de dedução do IVA quer em termos de tributação au- parados para todos os cenários, não é por tónoma”, observa Nuno Roldão. De qualquer forma, “com a massificação acaso que somos um dos três concessioná- destes veículos, o preço tenderá a baixar”. rios portugueses com viaturas eléctricas e hí- A Lubrigaz tem também no seu portfólio o e-Golf e o Volkswagen e-up, veí- bridas, como referido anteriormente. Sempre culos 100% eléctricos. estivemos atentos aos mercados, procurando Na senda de um planeta mais ecológico. É assim que o futuro se adivinha no ser inovadores.” LUBRIGAZ 75 ANOS | 17 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:33 USADOS ASSUMEM EXPRESSÃO Página 18 OPINIÃO NO NEGÓCIO O mercado de usados tem vindo a ganhar cada vez maior expressão. “É um negócio com uma importância ímpar na nossa rentabilidade e que está a crescer de ano para O PRIMEIRO CLIENTE, O PRIMEIRO CARRO ano”, revela Nuno Roldão. Lembra que a DR Europa está a viver agora uma realidade a que os EUA já assistiram há uma década e onde hoje os usados assumem uma proporção de mais de dois veículos para um novo. Na Lubrigaz a proporção de carros usados vendidos é também ligeiramente superior. A razão é simples. Por um lado, “o acesso ao crédito é facilitado como acontece com uma viatura nova e por outro existem as mesmas garantias”, revela. A Lubrigaz trabalha com um braço financeiro – a Volkswagen Bank – para o financiamento de viaturas, financiando de igual forma uma viatura nova ou uma seminova ou usada.” Há, contudo, uma diferença em relação ao Na passagem dos 75 anos da fundação desta casa – a Lubrigaz – os seus ge- carro novo: “se com uma viatura nova o rentes, e muito bem, quiseram assinalar tão importante data na vida da em- cliente pode fazer o shopping around sem presa. sair de casa, com um carro usado não é Tiveram a amabilidade de me convidar, o que muito me sensibilizou, na qua- capaz”, afirma Nuno Roldão. Porquê? Um lidade de primeiro cliente da empresa, para recordar essa importante efemé- veículo usado é único. Não há nenhum ride. É com toda a satisfação que o faço, pois estou também a lembrar igual, com aquela quilometragem, com momentos felizes da minha vida pessoal. aquele tempo, com aquela utilização. “Isso Quando terminei o curso de Engenheiro Agrónomo, o meu pai quis presen- cria-nos alguma independência em relação tear-me com um automóvel. Estávamos no pós-guerra e só se conseguiam ao mercado global dos usados”, revela o ge- carros americanos. Foi assim que, com muita confiança, o meu pai se dirigiu rente da Lubrigaz, para quem este negócio à Lubrigaz pedindo uma opinião. Nessa altura, para se deslocar da Batalha a deixou de ser um mal necessário para ser Leiria utilizava a sua charrette que, para ganhar velocidade não tinha acele- um negócio de per si. rador, mas sim o chicote para bater na mula. Por isso, a Lubrigaz tem um contrato com uma Chegado a Leiria, e depois de muita conversa, foi-lhe aconselhada a compra marca – também do grupo VW – Das WeltAuto de um automóvel da marca Dodge. Um grande carro americano que veio de - para os usados e semi-novos. “Quem com- cor verde alface. Com as suas linhas modernas e motor potente fez grande pra uma viatura usada, sabe que está cono- sucesso e permitia, quando havia estrada para isso, elevada velocidade. tada com um grupo forte e com uma empresa Desde início confiei todos os cuidados de oficina à Lubrigaz, onde sempre fui forte, neste caso com a Lubrigaz. bem tratado na minha qualidade de primeiro cliente, o que até hoje posso testemunhar. DR Mais tarde comprei um Volkswagen, por ser mais pequeno e prático para as voltas do dia-a-dia, mas o Dodge continuou sempre a ser o meu carro de estimação, porque também foi o primeiro. Recordo com satisfação os agradáveis passeios, já com a família constituída, e principalmente as viagens a Guimarães, terra da minha mulher, percorrendo a antiga nacional um. Termino desejando à Lubrigaz, hoje uma empresa moderna e dinâmica, os maiores sucessos futuros, nunca esquecendo que os clientes, desde o primeiro ao último, são o seu ativo mais valioso. António de Almeida Monteiro 18 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 12:33 Página 19 DE CALDAS DA RAINHA A LEIRIA A FAMÍLIA LUBRIGAZ EM CIMA: Colaboradores da empresa Colaboradores ao serviço no edifício sede da empresa, nas instalações recentemente dividindo-se entre as marcas VW, VW Comerciais e e Skoda adquiridas em Caldas da Rainha EM BAIXO: Equipa da Lubrisport, que representa a marca Audi LUBRIGAZ 75 ANOS | 19 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 11:59 Página 20 > COLECTOR | FILTROS DE PARTÍCULAS | VÁLVULA EGR | INJECTOR | TURBO | CÁRTER | CABEÇA DE MOTOR 20 | LUBRIGAZ 75 ANOS revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 11:00 Página 21 Rua Cidade São Filipe, Lote 34, Lj CV Dta Urb. Vale da Cabrita 2410-270 Leiria Tel./Fax: 244 000 152 Telm.: 919 193 773 LUBRIGAZ 75 ANOS | 21 revista lubrigaz:Layout 1 22 | LUBRIGAZ 75 ANOS 19-10-2015 11:01 Página 22 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 11:01 Página 23 Tel.: 244 812 500 . E-mail: [email protected] LUBRIGAZ 75 ANOS | 23 revista lubrigaz:Layout 1 19-10-2015 11:02 Página 24