Esta revista faz parte integrante da edição 1632 do Jornal de Leiria, de 22.10.2015
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UM PERCURSO
DE EXCELÊNCIA
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OPINIÃO
EM TEMPO O SENTIDO DO TEMPO
T
enho tido o privilégio de acompanhar de perto a
evolução da Lubrigaz nos últimos 27 anos enquanto
parceiro da SIVA para as Marcas Volkswagen, Audi,
Škoda e Volkswagen - V Comerciais.
Assisti aos momentos mais relevantes da expansão
que a empresa soube empreender nos últimos anos
dotando-se das estruturas, capacidades e competências humanas
necessárias e adequadas ao desenvolvimento do setor e ao crescimento das Marcas.
Expressão visível desse facto são as magnificas instalações de
que dispõe para os seus clientes em Leiria também recentemente
alargadas às Caldas da Rainha.
Mas o que mais relevo é ter tido e continuar a ter pela frente interlocutores francos e abertos, excelentes profissionais que sempre souberam interpretar em tempo o sentido do tempo,
transformando quando necessário a sua organização, dotando-a
da liderança e dos meios adequados para servir melhor os seus
clientes e viver profundamente os valores das Marcas representaFernando Monteiro,
SIVA
das.
Souberam e sentiram bem os custos exigidos para alcançar o sucesso, o qual é hoje reconhecido, não como um fim em si mesmo
mas como resultado da vivência diária, dedicada, e comprometida com os seus clientes e com as suas Marcas.
E agora o futuro! Com ousadia e inovação, vai por certo ser merecedora do passado!
Parabéns à Lubrigaz, aos seus accionistas,
dirigentes e colaboradores pelo seu 75º Aniversário!
Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda.
Director: João Nazário
Redacção: Lurdes Trindade
Fotografia: Ricardo Graça
Paginação: Isilda Trindade, Rita Carlos
Impressão: Ondagrafe
Tiragem: 17000
N.º de Registo 109980
Depósito Legal n.º 5628/84
Distribuição:
Jornal de Leiria, Edição n.º 1632,
22 de Outubro de 2015
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75 ANOS
UM LONGO PERCURSO AO SERVIÇO
DA TRANSPARÊNCIA
RICARDO GRAÇA
DR
Quando se completam 75 anos, é difícil abordar
todos os momentos importantes que fazem a história de uma empresa como a Lubrigaz. Sócios e
colaboradores vivenciaram, juntos, experiências
ímpares que, em muitos casos, não é possível
transpor para o papel. Enfrentaram desafios em
períodos de guerra e de pós-guerra mundial,
passaram por dificuldades que fariam com que
muitos tivessem desistido. Mas o espírito lutador
que sempre os caracterizou não os deixou cruzar
os braços e eis que, ao fim de sete décadas e
meia, se orgulham de continuar a trabalhar com
os mesmos princípios de transparência, de qualidade e honestidade. “Os nossos clientes têm a
garantia de que esta casa tem colaboradores que
lutam para que ela dure mais 75 anos”, afirma
sável pela aplicação do primeiro esquentador em Leiria e consequentemente pela
Nuno Roldão, gerente da empresa, para quem
utilização de água quente canalizada na cidade, explica Frederico Brazão Ferreira,
“o respeito pelos valores deixados pelos fundado-
principal sócio da empresa, que divide a gerência com o genro Nuno Roldão.
res, a sintonia de interesses e a dedicação de
No dia 10 de Dezembro de 1940 Rivera Duran, Álvaro Pires de Miranda, João
corpo e alma têm contribuído para a longevidade
Machado Polónia, Vasco Leitão Ritto e José Lino Franco assinavam a escritura da
de um negócio que tem passado por momentos
empresa. Eram empreendedores com algum peso na região como recorda Fre-
bons e outros muito difíceis.”
derico Brazão Ferreira, natural do Funchal, e genro do empresário de origem es-
Passava o ano de 1940. O mundo vivia em
panhola Rivera Duran, que aos 28 anos fora um dos obreiros do saneamento da
plena guerra mundial. Leiria assistia ao nasci-
cidade do Porto. “Vim para Leiria em 1965 para tratar dos interesses deste em-
mento daquela que viria a tornar-se uma das
presário, que passavam pela Companhia Leiriense de Moagem e pela Lubrigaz”,
mais emblemáticas empresas da região. Cinco
conta. Na época, aceitou o desafio com a condição de comprar as quotas da Lu-
empreendedores locais ousavam criar a Lubri-
brigaz. “Rivera Duran cede-me uma grande parte das quotas, que mantenho e
gaz, a empresa de gás e de lubrificantes respon-
até aumentei”, revela o maior accionista da empresa que se formou na London
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School of Economics, em Londres.
Ao longo dos anos, a Lubrigaz tem sabido
Já Pires de Miranda, pai do recentemente falecido ex-ministro dos Negócios Estran-
adaptar-se às diversas mudanças
geiros, Pedro Pires de Miranda, foi casado com uma filha do leiriense Pedro José
do meio envolvente, iniciando novos negócios,
Rodrigues, que tinha uma casa de vinhos em Leiria e que foi presidente da Câmara
extinguindo outros. Actualmente
Municipal. João Machado da Polónia passava, então, mais tempo em Lisboa. Cu-
é uma empresa do Top Ten no ranking distrital
nhado de Pires de Miranda, era casado com Maria da Glória, que viveu até aos
do sector automóvel.
104 anos. Vasco Leitão Ritto pertence à família fundadora da empresa Plásticos
Santo António, enquanto José Lino Franco era um empresário local também com
grande visão estratégica para os negócios.
Todos tinham outras actividades distintas, tendo em comum a partilha da Companhia Leiriense de Moagem. Com a criação da Lubrigaz, resolveram antecipar-se
quer ao final da guerra quer ao desenvolvimento da indústria que se adivinhava
próspero. Por isso, ao comércio do gás, dos esquentadores e fogões juntaram os lubrificantes, a área que, aliás, serviu de ponte para o sector automóvel que viria a
surgir na empresa pouco tempo depois.
Veja-se que na Rua Mouzinho de Albuquerque, ainda na década de 40, a Lubrigaz
introduziu um pacote alargado de serviços, nomeadamente uma oficina e estação de
serviço, gás urbano, combustíveis, peças e acessórios para automóveis e indústria.
Em 1946, a Lubrigaz vende o seu primeiro carro – um Dodge - e a partir daí quase
define o seu core business. A representação da Volkswagen chega em 1952, aproveitando o incremento do modelo Carocha que se seguiu à segunda guerra mundial. Durante a guerra e alguns anos no pós-guerra, os carros que existiam para
venda eram essencialmente americanos.
empresa, sendo actualmente representada pela marca Lubrisport. Já a Skoda
GOSTAMOS DE ACREDITAR
QUE SOMOS UMA FAMÍLIA
surge nos anos 90.
“Não é o edifício que faz a empresa, mas a
No final da década de 70 e início da década de 80, a Lubrigaz vive momentos es-
excelência dos seus colaboradores dentro
pecialmente difíceis. Contribuíram para o efeito não só a primeira crise do petróleo
da excelência da sua imagem”. Esta é a
e as que se seguiram mas também o período conturbado que se viveu em Portugal
visão que Nuno Roldão tem da empresa
a seguir à revolução de 1974. Mais uma vez os sócios tiveram um papel fulcral na
para onde entrou há 28 anos pela mão de
motivação dos seus colaboradores. Nessa fase, já a empresa contava com a pre-
Armando Faria, o homem que tinha dentro
sença de quatro gerentes na sociedade. Frederico Brazão Ferreira explica que " foi
da empresa uma visão global de toda a
cedida uma participação da sociedade aos quatro principais e estimados colabora-
organização e com quem teve oportuni-
dores da empresa" nomeadamente a Armando Faria, Horácio Denis Ribeiro, Antó-
dade de aprender muito. Em jeito de ho-
nio José Pascoal (não era gerente) e Mário Varino. "Hoje a sociedade tem na sua
menagem ao sócio (já falecido) e a todos
gestão Nuno Roldão, que divide a gerência comigo".
os fundadores e accionistas da empresa,
Contudo, refere Frederico Frazão Ferreira, “Nuno Roldão é o principal rosto da em-
Nuno Roldão adianta que a empresa são
presa, é a sua pedra angular. Está preparado para uma gestão muito activa e inter-
todos os que nela trabalham. “Gostamos
veniente. É um homem de mão cheia até pela sua formação.”
de acreditar que somos uma família. Esta-
Ao longo dos anos, a Lubrigaz tem sabido pois adaptar-se às diversas mudanças
mos entre nós mais horas do que estamos
do meio envolvente, iniciando novos negócios, extinguindo outros. Actualmente é
com as nossas famílias. Temos de ser capa-
uma empresa do Top Ten no ranking distrital do sector automóvel. Hoje a Lubrigaz
zes de viver bem, em harmonia, em en-
representa as marcas VW, VW Comerciais Skoda e Audi esta última sob a designa-
treajuda, nos momentos de trabalho… isso
ção Lubrisport.
tem acontecido, felizmente.”
Na década de 80, surge a Audi para enriquecer o portfólio de marcas da
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FREDERICO BRAZÃO FERREIRA, SÓCIO-GERENTE DA LUBRIGAZ
A NOSSA CHAVE DO SUCESSO
SÃO OS COLABORADORES
Frederico Brazão Ferreira, 82 anos, sócio-gerente da Lubrigaz desde 1965, faz um balanço muito positivo da empresa que completa 75 anos. O segredo? A cooperação dos colaboradores e a política de
reinvestimento dos sócios ao longo dos anos.
Qual o balanço destes 75 anos da Lubrigaz?
A empresa nasce em 1940, em plena segunda
guerra mundial, enfrentou grandes dificuldades, mas o balanço é muito positivo. Temos excelentes colaboradores. Essa é chave do
sucesso da Lubrigaz. Sem bons colaboradores
não há organização ou empreendedor que
consiga vencer. Somos uma família. Uma empresa são as pessoas e se não existir este espírito por parte da gestão não há empresa. Eu
posso ter um helicopter view, mas tudo o que
está a jusante tem de funcionar e só funciona
se a família estiver unida. Portanto, a Lubrigaz
teve sempre esta cooperação inequívoca dos
colaboradores. Mas, mais importante, colaboradores e gerência sempre formaram um todo.
Outra das chaves do êxito da empresa
prende-se com a política de aplicação dos
resultados que, ao longo dos anos, foi
feita pelos sócios…
Sim, nos bons e nos maus momentos os sócios
tiveram presente a ideia de que os resultados
seriam para a expansão do negócio. Ao longo
dos anos foi solicitada aos sócios a entrada de
suprimentos e, também, aumento de capital. A
verdade é que devido a essa política de aplicação dos dividendos no engrandecimento na
empresa desde o primeiro momento – os sócios não viviam da empresa, viviam para a empresa – a Lubrigaz dispõe hoje de um
património considerável. Iniciou a empresa em
instalações arrendadas e hoje detém um património próprio muito importante, designadamente o seu edifício sede na Cova das Faias,
junto ao IC2, e o edifício da Audi (Lubrisport).
Todas as instalações em Caldas da Rainha, da
Audi e da Volkswagen, um terreno na zona industrial de Pombal e uma loja na Marinha
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Grande. É um património muito interessante que contrabalança com um passado
É preciso que as empresas invistam em
de muitas dificuldades de ordem financeira.
formação e em equipamentos de diagnóstico.
A empresa atravessou todas as crises do pós II guerra mundial e conse-
Fomos uma das primeiras empresas da região
guiu sobreviver durante estes 75 anos…
do ramo automóvel, na década de 1980,
Sim. Viveu muitos momentos difíceis, incluindo a primeira grande crise do petró-
a contratar um engenheiro mecânico para
leo em 1970/80. Foi o seu pior momento, que exigiu de nós um grande esforço
director dos serviços após-venda.
para o ultrapassar. Foram crises que em nada se relacionam com esta “crise” actual que a Volkswagen atravessa, e que estamos convencidos que a marca saberá resolver. Uma coisa que nos conforta é que a situação não põe ninguém em
perigo, ou seja não é um problema de segurança.
A Lubrigaz foi evoluindo a cada ano, introduzindo na empresa novas
áreas de negócio…
A Lubrigaz começou em 1940 com os fogões, os esquentadores, o gás e os combustíveis. A sua primeira venda de automóveis em 1946, um Dodge D24C. O seu
proprietário, ainda hoje é nosso cliente. Logo em 1952, começou a ligação com a
Volkswagen e, nos anos seguintes, a representação da David Brown tractors,
abrindo, na década de 50/60, uma filial da empresa em Coimbra. Vende tractores, camiões Fargo e Ebro (espanhol). Foram muitas as marcas americanas e algumas europeias que a Lubrigaz vendeu, como a Rover por exemplo. Foi
também representante da Piaggio com grande aceitação no mercado. Na década
de 50, regista-se também a mudança da representação do gás e de combustíveis
guido a empresa…
da marca Cidla para a Shell, que mantivemos durante muitos anos.
A Lubrigaz sempre apostou muito em formação
O relacionamento comercial com a Volkswagen conhece, pelo menos,
em todas as áreas da empresa, desde a recep-
duas fases…
ção à gestão. Hoje o mundo está feito com
A primeira é feita através da Guérin e surge em 1952. Somos o agente mais an-
base na procura da perfeição, no sentido de
tigo em Portugal, se não mesmo da Europa da marca Volkswagen. Há uma fideli-
sermos o melhor que as nossas faculdades nos
zação à marca e uma responsabilidade perante a qualidade e a satisfação do
permitem. Não podemos ou não devemos ser
cliente. Entretanto, a Guérin é substituída pela SIVA, o importador do Grupo
medíocres. Temos de ser bons. Por outro lado
Volkswagen. Somos desde então representantes das marcas Volkswagen, Volks-
também já não basta ser um mero vendedor
wagen Comerciais, Skoda e Audi.
de automóveis. O cliente já sabe tudo sobre as
Independentemente das marcas que representavam, o após-venda sem-
características do automóvel quando chega à
pre foi ponto de honra na Lubrigaz…
Lubrigaz. O que ele vai encontrar no vendedor,
No ramo automóvel, existe a venda ou a compra de impulso. A pessoa gosta do
para o caso específico da marca que procura, é
carro e compra-o. Mas depois o que é muito mais importante – claro que a
um complemento do conhecimento que já tem.
venda é que vai alimentar o após-venda – é a garantia de um serviço que man-
O vendedor vai ser o seu interlocutor para os
tém a máquina em funções ideais. Durante anos, este serviço foi considerado um
seus desabafos. E vai aconselhar, canalizar e
mal necessário por muitos, mas é dos maiores bens que podemos oferecer ao
resolver os seus problemas. Tem de estar pre-
cliente. É a mesma coisa que fazer a medicina preventiva. É a garantia de que
parado. Isso requere formação sólida. Portanto,
quando o carro tem um problema, tem um hospital tecnicamente preparado para
o negócio hoje não é uma coisa isolada. A glo-
lhe dar resposta. Para isso, é preciso que as empresas invistam em formação e
balização é isso mesmo, tem vantagens e des-
em equipamentos de diagnóstico. Fomos uma das primeiras empresas da região
vantagens, mas temos de ter conhecimentos,
do ramo automóvel, na década de 1980, a contratar um engenheiro mecânico
respostas ou maneiras de as encontrar para
para director dos serviços após-venda.
ajudar, servindo-nos de vários canais. Por isso a
A aposta na formação é mais uma das características que tem distin-
formação sempre foi valorizada na Lubrigaz!
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NUNO ROLDÃO, GERENTE DA LUBRIGAZ
SOMOS LEGALISTAS, RIGOROSOS E CONSISTENTES
Em criança, era um apaixonado pelos carros e pelo desporto. Licenciou-se em educação física porque a
mãe não achou boa ideia que fosse para Londres tirar engenharia automóvel. No dia em que se tornou
efectivo numa escola, bateu com a porta e foi trabalhar para a Lubrigaz. Há 28 anos. O seu mundo.
Onde reivindica legalidade, rigor e consistência. E excelência.
Está na empresa desde 1989, mas conhece-a como as palmas das mãos…
Partilhei experiências e vivências com o senhor Armando Faria, que foi nosso sócio-gerente, e que nos dizia, orgulhosamente, que
tínhamos sido a primeira empresa a montar
o esquentador de água quente em Leiria. Ele
passou-me toda a sua experiência. Era um
homem com muito valor na empresa. Morreu recentemente, com 90 anos. Foi um dos
primeiros funcionários da Lubrigaz, pelo que
se lembrava de tudo desde a sua génese.
Bebi dele toda a imagem desta empresa fundada por empreendedores locais que resolveram dar um passo importante na vida
empresarial da região, com negócios que estavam a borbulhar na altura: o gás e os lu-
era muito mais generalista. Hoje temos uma assistência após-venda muito
brificantes para as máquinas que surgiram
focada marca-a-marca, mas se assim não fosse não conseguiríamos ter tão
em força naquela época de desenvolvimento
elevados níveis de exigência.
industrial. Como diz o povo, o sapato
Como sentiu o crescimento da empresa?
adapta-se ao tamanho do pé e com o rolar
A Lubrigaz nasceu pequena e cresceu bastante pelos seus próprios meios.
dos tempos deu-se mais realce à área dos
Ainda hoje militamos na filosofia de que a empresa tem de ser capaz de sus-
lubrificantes, que foi o elo condutor que
tentar o seu próprio crescimento, que é um circuito fechado. Geramos fundos
levou ao sector automóvel.
que investimos novamente no negócio. Para isso sempre contribuiu muito o
Numa época em que a relação dos con-
acreditar dos accionistas na empresa, que não são remunerados no capital,
cessionários com as marcas era bastante
mas transformam livremente esse capital em riqueza da empresa para que
diferente…
ela possa crescer cada vez mais. Portanto, a Lubrigaz tem crescido de forma
Muito. Hoje temos laços umbilicais com as
consolidada e não dá nunca passos maiores que o tamanho das suas pernas.
marcas, que têm regimes para distribuição
Agarra as oportunidades de negócio que lhe surgem e que estrategicamente
de viaturas e peças muito apertados. É uma
a fazem conseguir tomar boas decisões. Honra seja feita à gestão do pas-
relação quase filial. Antes não. Havia uma
sado que nos trouxe até hoje, com o meu humilde contributo e do senhor
iniciativa privada muito mais livre. Uma em-
Frederico Brazão Ferreira, a uma situação ímpar. Sim, porque temos algumas
presa podia chegar junto de uma marca e
características de que nos orgulhamos: somos legalistas, rigorosos e consis-
propor a compra de um determinado nú-
tentes. Em termos de legalidade, levamos o tema à potência. Digo muitas
mero de viaturas e chegar junto de outra
vezes aos nossos colaboradores que os accionistas só nos pedem que traba-
marca e fazer o mesmo. Razão pela qual a
lhemos bem. Somos 100% legalistas. Temos visitas regulares por parte das fi-
Lubrigaz vendeu várias marcas até à fideliza-
nanças, ambiente e estamos sempre tranquilos
ção com o grupo VW. A própria assistência
A Lubrigaz é reconhecida pela sua aposta forte na formação dos cola-
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boradores. É uma herança do passado?
A Lubrigaz tem crescido de forma consolidada e
Mais uma vez, nessa matéria, tiro o chapéu à gestão anterior, nomeada-
não dá nunca passos maiores que o tamanho
mente do senhor Armando Faria, que sempre viu longe, encarando a forma-
das suas pernas. Agarra as oportunidades de
ção profissional como algo essencial para o futuro e não um mal necessário.
negócio que lhe surgem e que estrategicamente
Vivi essa realidade anos a fio. Quando houve uma explosão do mercado au-
a fazem conseguir tomar boas decisões.
tomóvel, com um crescimento de vendas - todos os colaboradores eram poucos para assistir às viaturas vendidas na empresa – a gestão desta casa
nunca se coibiu de enviar para formação os seus colaboradores quando éramos convocados pelas marcas, enquanto outros concessionários encontravam sempre desculpas para não irem. As pessoas faziam falta dentro das
empresas, mas a formação era essencial para prestarmos um serviço de qualidade. Sempre funcionámos ao contrário, permitindo criar uma base consistente de pessoas formadas que fez com que andássemos à frente em termos
de após-venda.
A importância que a empresa dá ao após-venda é também histórica…
Das primeiras coisas que aprendi foi que o após-venda tem obrigatoriamente
rador nosso… hoje pensamos que estamos a
de suportar os custos fixos de uma empresa concessionária de automóveis.
dominar a situação e amanhã somos com-
Tem de ser o seu alicerce. Ressalvo, contudo, que o após-venda não vive sem
pletamente ultrapassados se não estivermos
a venda, porque esta cria matéria-prima para o após-venda. Se o após-
atentos às mudanças.
venda não for eficiente o cliente nunca encarará como possível uma troca da
As pessoas ainda têm a ideia de que
viatura. Mas o essencial para mim, e que historicamente também sempre foi,
fica mais caro fazer uma revisão na
é que não podemos ver a empresa como uma herdade com uma série de
marca…
quintais à volta. A empresa é uma herdade única, em que todas as áreas são
A tecnicidade da viatura está a reduzir o es-
nobres e vivem de braço dado. Só assim se consegue atingir o patamar de
paço para os reparadores multimarca. Os
excelência. Não é uma tarefa fácil, mas tem sido possível!
carros estão a ser cada vez mais técnicos,
O após-venda é, naturalmente, uma área mais dinâmica até pelo nú-
mais precisos, mais únicos, o que obriga a
mero de clientes que envolve…
uma especialização no após-venda! Claro
A área do após-venda tem duas a três vezes mais movimento do que a área
que ainda há algumas áreas multimarcas
das vendas. Não é mais importante, é mais viva. Passam pelas nossas mãos,
que dão para todos trabalharmos, mas o fu-
diariamente, cerca de sete dezenas de clientes no após-venda. Nas vendas
turo vai obrigar a que as concessões de
de viaturas seria bom que assim fosse. A relação com o cliente é muito mais
marca tenham cada vez mais preponderân-
intensa no após-venda do que nas vendas. Também depende das marcas,
cia nos trabalhos de elevada tecnicidade. Os
dos produtos novos de cada uma das marcas, das campanhas em vigor de
investimentos que fazemos em tecnologia e
cada uma das marcas. Tudo isso faz oscilar o número de clientes que visita o
em formação são incomportáveis para quem
nosso show room. Embora hoje em dia estejamos a viver um paradigma dife-
faz trabalho com várias marcas. Um repara-
rente. Com a realidade virtual, temos de ir à procura de clientes. A internet é
dor independente multimarca não pode in-
um mundo e temos de estar dentro dele, sob pena de lhe fecharmos as por-
vestir dezenas de milhares de euros em
tas. Antes tínhamos apenas a porta física. Hoje o cliente vem ter connosco já
equipamentos para todas as marcas. Mas no
conhecedor das características do automóvel. A procura de clientes faz-se de
que respeita ao nosso trabalho, temos o
uma forma muito proactiva através de motores de busca, redes sociais, mai-
nosso preço devidamente tabelado. Quem
lings, campanhas, site…temos de ter gente muito atenta a tudo o que é co-
vem às nossas oficinas sabe que o carro será
municação para o exterior. Temos, por exemplo, netos que procuram na
trabalhado exclusivamente com mão-de-
internet soluções de veículos para os avós, como aconteceu com um colabo-
obra especializada para aquela marca e com
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peças originais para aquela marca. E depois há uma coisa
que nos distingue: trabalhamos com tempos de fábrica.
Mudar as pastilhas de travão de um carro aqui, em Nova Iorque, em Xangai ou Singapura tem sempre o mesmo tempo. O
que difere é o preço por mão-de-obra. É transparência acima
de tudo. O nosso preço pode parecer caro, mas acaba por ser
mais barato. Além disso temos agora uma ferramenta, única,
que se traduz em pacotes de serviço. Há total transparência,
além da garantia de que esta casa tem 75 anos, dando a
tranquilidade ao cliente de que nós cá estaremos amanhã
para o que der, e vier.
Como se tem comportado o sector automóvel no distrito?
Os negócios que fazemos são sempre poucos, mas os nossos indicadores dizem-nos que a quota de mercado que temos atingido na nossa zona de influência está em linha com as quotas
nacionais. Estamos bem. Desejaríamos fazer mais negócio, mas
a nossa luta não está no volume, mas na qualidade da venda.
Porque volume, temos, mas a qualidade da venda é fazer a rentabilidade desejada em cada negócio. Ora, a concorrência está
muito acesa, inter-marcas e intra-marcas. O cliente, com as ferramentas que tem ao seu dispor, consegue procurar com facilidade uma viatura de norte a sul do país e fazendo aquilo a que
nós chamamos shopping around, tentando o melhor negócio. O
que distingue o sítio onde o cliente compra é a tranquilidade, a
confiança e a segurança no futuro que o operador lhe dá. Há
muitos casos em que o barato sai caro e nós temos, ao longo
destas décadas, lutado contra muitos operadores no mercado
que deixaram mossa e nós cá estamos. Acreditamos que a transparência, a seriedade e a legalidade têm um peso e uma força
que nos fazem permanecer no mercado ao longo dos anos. Perdemos muitos negócios para operadores que não estão hoje no
mercado.
Como avalia esta crise da marca VW?
Entendo que depois da tempestade virá a bonança. Os erros
do passado vão ser um veículo para o fortalecimento do futuro. Costumo dizer que só não falha quem não trabalha,
pelo que todos falhamos. Isto foi uma falha, não deveria ter
acontecido, mas acredito que com esta aprendizagem, todos
desde a marca à rede de distribuição e às concessões, vamos
sair mais fortes. No passado, tivemos marcas concorrentes
que viverem momentos igualmente negros e até mais negros… aqui não há vidas em risco. Este assunto será corrigido… até lá os carros continuarão a circular sem qualquer
risco. Da adversidade há-de sair a oportunidade e nós temos
de ter a acutilância para a aproveitar.
A empresa está a ser afectada?
Apenas porque somos a face visível do grupo. Os clientes vêm
falar connosco para o bem e para o mal. É uma regra do jogo
e é assim que vivemos. Há um espírito de marca. Temos de
honrar os símbolos, como dita a ética profissional.
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INVESTIMENTOS EM CONTRACICLO: UMA TENDÊNCIA HISTÓRICA
CERCA DE DOIS MILHÕES DE EUROS PREPARAM
EMPRESA PARA O FUTURO
DR
Instalações em Caldas da Rainha
representaram um investimento de
cerca de 1.7 milhões de euros
Investir em contraciclo. Este parece ser um dos desígnios da Lubrigaz desde o
explorar o negócio Audi quer em Leiria quer
seu nascimento, já que foi em tempo de guerra que a empresa foi fundada.
em Caldas da Rainha.
“O investimento em tempo de crise permite combater a adversidade e pre-
“Ainda estamos a arrumar a casa em Caldas
para-nos para o crescimento”, revela Nuno Roldão, dando como exemplo
da Rainha… refazer a opinião pública sobre
mais recente a aquisição das instalações em Caldas da Rainha, que repre-
uma marca ou sobre uma assistência de-
senta cerca de 1.7 milhões de euros, além dos 300 mil euros nas obras na
mora muito tempo. Temos de consolidar e
sede da empresa. São cerca de dois milhões de euros em menos de um ano.
estabilizar esse ‘aterrar’ que fizemos em
É histórica esta tendência de investimento em tempo de maiores dificuldades
Caldas”, explica o gerente da Lubrigaz.
socioeconómicas do país. O edifício-sede, na Cova das Faias, foi construído
Mas em Leiria também há obras, proce-
no momento que antecedeu a explosão das vendas, entre 1999 e 2002.
dendo-se à adaptação das instalações do
“Quando as instalações ficaram prontas, estávamos preparados para o cres-
edifício-sede para dar corpo à nova imagem
cimento do negócio.” O mesmo aconteceu com o hangar da Audi que foi
corporativa VW e Skoda. Até há pouco
concluído em 2007, num período de quebra de vendas, mas que mais tarde
tempo a marca Skoda funcionava nas insta-
apanhou o boom de vendas nos anos de 2009, de 2010 e de 2011.
lações da Mouzinho de Albuquerque, em
Com a aquisição dos edifícios em Caldas da Rainha, em 2014, a Lubrigaz
Leiria, sendo transferida para o edifício se-
ficou com instalações integradas de vendas e após-venda, nesta região, para
diado na Cova das Faias, junto ao IC2. “Até
as marcas VW e Audi, permitindo não só o alargamento da sua área de mer-
ao final do ano, os trabalhos estarão con-
cado, como um maior acompanhamento do cliente. “Embora estejamos num
cluídos”, diz Nuno Roldão.
período menos bom, estamos muito confiantes no futuro e só por isso consi-
“Costumo dizer que na vida é preciso ter
derámos a possibilidade de investir nesta fase da nossa vida.”
sorte, mas ter sorte dá muito trabalho.
Nada acontece por acaso na vida da Lubrigaz. Em 2003, foi criada a em-
Temos tido sorte no momento em que faze-
presa Lubriflores para explorar o negócio Audi em Leiria e Caldas da Rainha,
mos o nosso investimento”, assegura o ge-
em resultado de uma sociedade com a Florescar.
rente da empresa, para quem “os
O ano passado, o sócio da Lubriflores quis cessar a actividade, pelo que sur-
investimentos são melhor negociados em
giu a oportunidade do investimento de vulto por parte da Lubrigaz, que ad-
momento de menor crescimento econó-
quiriu a quota da Lubriflores, integrando-a, por fusão, na empresa.
mico”. Por outro lado, diz, “temos a sorte de
Quanto à actividade da VW, “adquirimos as instalações, algumas existências,
ter uns sócios que têm vindo a economizar
tomámos a sua posição contratual no leasing imobiliário e contratámos 50%
de modo a que o balanço da empresa seja
do seu pessoal”, revela Nuno Roldão. A Lubrigaz passou, pois,
forte e robusto, permitindo-nos investir
a ocupar as instalações que eram da Florescar e alargou a sua área territo-
quando outros estão fragilizados. É como a
rial a todo o distrito.
cigarra e a formiga… amealhamos para
Neste momento, a Lubriflores não existe. Foi criada a marca Lubrisport para
fazer bons investimentos na altura certa”.
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VOLKSWAGEN:
ÍCONE DA INDÚSTRIA AUTOMÓVEL
A origem da Volkswagen remonta aos anos 30
cesso estiveram sempre conciliados na história da Volkswa-
do século passado, coincidindo com a construção
gen, nomeadamente com três modelos que permitiram uma
de um veículo hoje lendário na história do auto-
verdadeira “revolução” desde os anos 70: Golf, Polo e Passat. E até hoje o êxito conti-
móvel: o Carocha. Depois dos primeiros modelos
nuou sempre em crescendo, não só pelo desenho inovador de cada modelo como
terem sido produzidos em Estugarda, na Alema-
também pelas mais vanguardistas soluções tecnológicas oferecidas. Entretanto, foi no
nha, o crescimento foi de tal ordem que levou à
dia 17 de Abril de 1950 que a Volkswagen chegou a Portugal com o famoso Caro-
implantação de uma nova unidade fabril bati-
cha, tendo no primeiro mês de comercialização vendido 36 unidades do seu único
zada KdF-Stadt (atual Wolfsburgo). Em 1939,
modelo. É em 1987, porém, que se dá o maior salto no crescimento da marca em
como consequência da II Guerra Mundial, a sua
Portugal, quando a SIVA se torna importadora da Volkswagen. Desde então foram
produção foi adaptada para veículos militares. E
vendidas perto de 510.000 unidades. Também na competição automóvel a Volkswa-
depois de anos incertos tornou-se, a partir de
gen ocupa posição destacada, concretamente no Mundial de Ralis onde conquistou o
1948, no verdadeiro ícone da recuperação
título de Construtores nas três últimas temporadas (o mesmo acontecendo nos cam-
alemã. De então para cá, e depois do Carocha, a
peonatos de Pilotos e de Co-Pilotos), tornando-se o Polo R WRC no carro mais bem
expansão pelos quatro cantos do mundo e o su-
sucedido de sempre na história do WRC.
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VOLKSWAGEN VEÍCULOS COMERCIAIS:
SEMPRE EM POSIÇÃO DE LIDERANÇA
Uma nova etapa na história do automóvel aconteceu quando o importador holandês
1956, onde ainda hoje é produzido este modelo, agora
Ben Pon, em abril de 1947 na fábrica da Volkswagen em Wolfsburgo conheceu o que
na sua 6ª geração. Ao longo dos anos a gama foi cres-
designou por um "veículo estranho". Alguns trabalhadores da Volkswagen tinham cons-
cendo, surgindo a Caddy nos anos 70, então uma versão
truído um automóvel para uso interno, com a finalidade de transporte de placas pesadas.
pick-up do Golf e que chega hoje até nós na 4ª geração
Daí surgiu a 23 de Abril, o primeiro desenho no seu caderno, de um veículo com motor
com uma filosofia muito mais abrangente com versões de
traseiro e uma carroçaria tipo “pão de forma”… Foi o início de uma história de sucesso: a
carga e passageiros até 7 lugares. O maior da família é a
Volkswagen Transporter.O protótipo, foi apresentado em novembro de 1949, com o
Crafter que pode ter até 17 m3 de volume de carga e 5
nome oficial Tipo 2 (a Tipo 1 era o carocha) que mais tarde passou a Transporter, mas ao
toneladas de pso bruto. Mas as estradas não são o limite
entrar rapidamente nos corações de todos os clientes, as alcunhas começaram a surgir
da Volkswagen Veículos Comerciais e em 2010 é lançado
como "Bulli" na Alemanha ou “Pão de Forma” em Portugal e Brasil. Equipada
o Amarok, uma pick-up que junta o até então julgado
com o motor e os eixos do Beetle, mas com um chassis ligeiramente diferente, sem a es-
como impossível – Conforto em estrada e capacidades
trutura apoiada num túnel central, criou-se um corpo auto-suportado com uma capaci-
inultrapassáveis no todo o terreno. Assim se passaram os
dade de carga de 750 kg.O sucesso de vendas obriga a um grande investimento -
primeiros 65 anos de marca líder na venda de Veículos
A inauguração de uma fábrica exclusiva para a Transporter em Hannover, a 8 Março
Comerciais na Europa.
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AUDI:
ESPÍRITO INOVADOR
A Audi é um dos mais prestigiados construtores
1965, aconteceu uma nova página na história da Auto Union: a VW tornou-se sua acio-
da indústria automóvel, incutindo sempre um es-
nista maioritária, construindo em poucos anos uma imagem de eleição, à qual não foi in-
pírito inovador aos seus produtos. A sua génese
diferente a aposta na competição – ralis, rampas, circuitos, etc. – sempre através do
aconteceu quando no final do século XIX um
famoso e imortal sistema quattro, de tração integral permanente, que conferiu à marca
jovem de nome August Horch iniciou o projeto
alemã parte da excelente reputação que ostenta hoje. Mas a chancela de inovação e pio-
para construir automóveis na Primavera de 1899.
neirismo da Audi estende-se a múltiplos outros domínios, casos das recentes novas luzes
Entretanto, os contratempos suscitados pela utili-
Matrix OLED passando ainda pelos Audi urban concept, Audi virtual cockpit, o sistema de
zação do seu próprio nome motivaram o reba-
condução pilotada ou pelo complexo de alta tecnologia sedeado em Neuburg an der
tismo da mesma com outra designação. Horch
Donau. Na Audi, inovação está intrinsecamente ligada à sua proverbial filosofia: “Na van-
traduzido em latim: Audi (Horch em alemão sig-
guarda da técnica”. No ano de 2014 o Grupo Audi – intregado no Grupo Volkswagen
nifica escuta). Uma nova fase na vida da Audi foi
desde 1965 - entregou aos seus clientes cerca de 1.741.100 automóveis da marca, sendo
iniciada em 1932, quando as marcas Audi, Wan-
subsidiárias a 100% da Audi AG, a quattro GmbH (Neckarsulm), a Automobili Lamborg-
derer, Horch e DKW se juntaram num novo
hini, o fabricante de motos desportivas Ducati e mais recentemente o conceituado estúdio
grupo designado por Auto Union. Depois, em
Ital Desin fundado por Giorgetto Giugiaro.
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ŠKODA:
REFORÇAR AS SUAS ASPIRAÇÕES
NOS PRÓXIMOS ANOS
Václav Laurin e Václav Klement – os fundadores da ŠKODA - iniciaram a sua atividade
com base numa plataforma comum adaptada do
produzindo bicicletas numa fábrica sedeada em Mladá Boleslav, na então Boémia e hoje
Grupo Volkswagen. Tratou-se de um marco fundamen-
República Checa. Decorria o ano de 1899. Desde 1906, fabricou triciclos motorizados e
tal na reestruturação dos métodos de produção da
depois do sucesso conquistado no Rali S. Petersburgo – Moscovo ganhou o concurso para
Marca, contribuindo ao mesmo tempo para a restaura-
o fornecimento de veículos especiais de transporte de correio. E quando começou a pro-
ção e a imagem de prestígio. De então para cá o su-
dução em série de veículos, cedo granjeou fama ao ser escolhida como a Marca para o
cesso não parou de crescer com a gama Fabia, a ser
transporte do séquito da corte imperial do Japão, do Pasha egípcio no Cairo e dos turistas
uma das mais bem sucedidas de sempre na sua histó-
em Moscovo. Apesar da situação económica do pós-guerra não favorecer as exportações,
ria. Sempre fiel ao princípio da melhor relação preço/
os automóveis checos despertavam um interesse generalizado, casos dos modelos 1001
qualidade em todo o portfólio das suas atuais gamas, a
(1947) e do Felicia 450 (1958). Em 1959, começou a ser produzido o ŠKODA Octavia de
ŠKODA pretende crescer ainda mais, mantendo os va-
duas portas e quatro lugares. Mas tudo mudou com a chegada de um novo modelo, o
lores essenciais da Marca, tais como espaço e funciona-
Favorit, e acima de tudo, depois da empresa ter passado a integrar o Grupo Volkswagen,
lidade. Nos próximos anos, a Marca quer reforçar estas
a partir de 1991. Mais dinâmicos e apelativos modelos estiveram na origem de novos pa-
aspirações. No ano de 2014 as vendas ultrapassaram
drões. O Octavia foi o primeiro modelo da ŠKODA Auto a ser desenvolvido e produzido
mais de 1.000.000 de veículos em todo o mundo.
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LUBRIGAZ SEMPRE NA LINHA DA FRENTE
PIONEIRA COM A
CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE
DR
Entre as vantagens da certificação contam-se
a garantia de um trabalho feito com
qualidade e a mais-valia de se poder
trabalhar para todos os clientes,
o que não aconteceria se não existisse este
reconhecimento.
A Lubrigaz foi a primeira empresa do sector, na região, a ser certificada pela
norma ISO 9001. Em 1998, foi também pioneira ao nível dos concessionários
Volkswagen/Skoda. “Sempre encarámos a certificação da qualidade como o
acto de passar para o papel aquilo que, desde há muito, praticávamos”, explica
Nuno Roldão, para quem é muito importante afirmar que sabe “quanto custa
uma certificação”, mas desconhece “quanto custaria não a ter”.
Com a certificação, uma das vantagens visíveis prende-se com o facto de poder
trabalhar com todos os clientes, o que não aconteceria se não existisse este reconhecimento. Por outro lado, há a garantia de que o trabalho é feito com qua-
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lidade. “A calibração e a avaliação de desempenho dos instrumentos é
obrigatória, por exemplo”, diz o gerente.
DESDE 1985
Mas a certificação permitiu a introdução de outros métodos e soluções na em-
A GERAR VALOR
presa que foram pioneiros à data da sua criação. Nuno Roldão refere, por
EM LEIRIA
exemplo, o programa interno de inquéritos feitos, desde 1990, aos clientes
após-venda sobre a qualidade da última passagem pela oficina. “Hoje todas as
marcas o fazem, mas há 25 anos era muito inovador este método de desempenho, com gráficos e imagens objectivas sobre a nossa intervenção”.
A Central de Reservas criada na sequência do boom de vendas e consequente
após-venda, entre 1997 e 2000, foi mais um momento feliz na Lubrigaz. Sem
capacidade de resposta no após-venda, o sistema de marcações permitiu que
diariamente se atendessem os clientes possíveis com a qualidade desejada. “Na
altura não havia marcações de oficina. Fomos desafiados para divulgar este mé-
A NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria tem
como missão principal prestar serviços úteis às empresas
da região, principalmente aos seus associados, no sentido
de reforçar a sua qualificação e capacidade concorrencial.
todo aos restantes concessionários do país.”
Inovadora foi também a contratação da primeira mulher para a recepção de oficina, uma área que era tradicionalmente masculina. “Foi uma pedrada em Leiria. A reparação automóvel era um ambiente rude, para homens… E com uma
Agregar para Desenvolver
www.nerlei.pt
jovem no espaço, começou a criar-se um ambiente mais leve e elevou-se o cuidado no atendimento.”
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LUBRIGAZ PREPARADA PARA ENFRENTAR NOVOS DESAFIOS
O FUTURO ALIADO AO ELÉCTRICO
E HÍBRIDO
DR
O Golf GTE é um carro hibrido com uma
perfomance muito apelativa, com uma
autonomia de cerca mil quilómetros,
combinadaentre o motor eléctrico
e motor a gasolina.
A expansão do sector automóvel vai passar, no futuro, pelo reforço das energias alternativas. Também nessa matéria a Lubrigaz está na linha da frente,
sendo uma das três concessões Volkswagen em Portugal a trabalhar com automóveis eléctricos e híbridos.
que à venda de automóveis diz respeito. Por
“Temos vindo a ser agradavelmente surpreendidos com a procura de viaturas
isso, Nuno Roldão diz que a Lubrigaz está já
híbridas desde que começamos a comercializá-las”, diz Nuno Roldão. “No
há muito a preparar-se para as consequên-
futuro próximo a nossa visão é que a viatura híbrida é a solução mais inte-
cias da poluição nas cidades que, na sua
ressante, ou seja, a que usa o motor de combustão para as viagens intercida-
opinião, se vão repercutir na forma como a
des e o motor eléctrico para as viagens dentro das cidades”, elucida. “É uma
vida das pessoas será organizada. “Vamos
boa resposta que dentro de cinco a dez anos poderá estar massificada.”
assistir àquilo que se fala há vários anos,
A VW tem o Golf GTE, uma viatura híbrida apelativa em termos de perfor-
que é a necessidade de mais partilha do au-
mance, com 204 cavalos e uma autonomia de cerca mil quilómetros, combi-
tomóvel”, revela. “As cidades vão deixar de
nada entre o motor eléctrico e o motor a gasolina. Tem consumos
ter filas intermináveis com uma pessoa den-
anunciados na ordem dos 1,5l/100km. “A minha mulher tem um Golf GTE e
tro do automóvel para ter filas mais peque-
anda todo o dia com o motor eléctrico, viajando entre Leiria e Marinha
nas com os carros cheios”. Esta partilha na
Grande”, exemplifica Nuno Roldão. Basta carregar a ficha à noite e no dia
utilização do automóvel vai levar a uma es-
seguinte está pronto. “O carro consegue percorrer 50 quilómetros em modo
tabilização do sector. “A população aumenta,
totalmente eléctrico com apenas uma carga, até uma velocidade máxima de
mas baixa a distribuição de viaturas per ca-
130km/hora.”
pita”, anuncia o gerente da empresa que
Este tipo de viatura, como é natural em todas as novidades, é ainda mais dis-
desde há 75 anos tem definido as suas es-
pendiosa que o comum dos automóveis, contudo, este ano, o Orçamento de
tratégias com inteligência, adaptando-as à
Estado “dispõe de um forte incentivo para as empresas que optarem por esta
realidade de cada momento. “Estamos pre-
solução, quer ao nível de dedução do IVA quer em termos de tributação au-
parados para todos os cenários, não é por
tónoma”, observa Nuno Roldão. De qualquer forma, “com a massificação
acaso que somos um dos três concessioná-
destes veículos, o preço tenderá a baixar”.
rios portugueses com viaturas eléctricas e hí-
A Lubrigaz tem também no seu portfólio o e-Golf e o Volkswagen e-up, veí-
bridas, como referido anteriormente. Sempre
culos 100% eléctricos.
estivemos atentos aos mercados, procurando
Na senda de um planeta mais ecológico. É assim que o futuro se adivinha no
ser inovadores.”
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USADOS ASSUMEM EXPRESSÃO
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OPINIÃO
NO NEGÓCIO
O mercado de usados tem vindo a ganhar
cada vez maior expressão. “É um negócio
com uma importância ímpar na nossa rentabilidade e que está a crescer de ano para
O PRIMEIRO CLIENTE,
O PRIMEIRO CARRO
ano”, revela Nuno Roldão. Lembra que a
DR
Europa está a viver agora uma realidade a
que os EUA já assistiram há uma década e
onde hoje os usados assumem uma proporção de mais de dois veículos para um novo.
Na Lubrigaz a proporção de carros usados
vendidos é também ligeiramente superior. A
razão é simples. Por um lado, “o acesso ao
crédito é facilitado como acontece com uma
viatura nova e por outro existem as mesmas
garantias”, revela.
A Lubrigaz trabalha com um braço financeiro – a Volkswagen Bank – para o financiamento de viaturas, financiando de igual
forma uma viatura nova ou uma seminova
ou usada.”
Há, contudo, uma diferença em relação ao
Na passagem dos 75 anos da fundação desta casa – a Lubrigaz – os seus ge-
carro novo: “se com uma viatura nova o
rentes, e muito bem, quiseram assinalar tão importante data na vida da em-
cliente pode fazer o shopping around sem
presa.
sair de casa, com um carro usado não é
Tiveram a amabilidade de me convidar, o que muito me sensibilizou, na qua-
capaz”, afirma Nuno Roldão. Porquê? Um
lidade de primeiro cliente da empresa, para recordar essa importante efemé-
veículo usado é único. Não há nenhum
ride. É com toda a satisfação que o faço, pois estou também a lembrar
igual, com aquela quilometragem, com
momentos felizes da minha vida pessoal.
aquele tempo, com aquela utilização. “Isso
Quando terminei o curso de Engenheiro Agrónomo, o meu pai quis presen-
cria-nos alguma independência em relação
tear-me com um automóvel. Estávamos no pós-guerra e só se conseguiam
ao mercado global dos usados”, revela o ge-
carros americanos. Foi assim que, com muita confiança, o meu pai se dirigiu
rente da Lubrigaz, para quem este negócio
à Lubrigaz pedindo uma opinião. Nessa altura, para se deslocar da Batalha a
deixou de ser um mal necessário para ser
Leiria utilizava a sua charrette que, para ganhar velocidade não tinha acele-
um negócio de per si.
rador, mas sim o chicote para bater na mula.
Por isso, a Lubrigaz tem um contrato com uma
Chegado a Leiria, e depois de muita conversa, foi-lhe aconselhada a compra
marca – também do grupo VW – Das WeltAuto
de um automóvel da marca Dodge. Um grande carro americano que veio de
- para os usados e semi-novos. “Quem com-
cor verde alface. Com as suas linhas modernas e motor potente fez grande
pra uma viatura usada, sabe que está cono-
sucesso e permitia, quando havia estrada para isso, elevada velocidade.
tada com um grupo forte e com uma empresa
Desde início confiei todos os cuidados de oficina à Lubrigaz, onde sempre fui
forte, neste caso com a Lubrigaz.
bem tratado na minha qualidade de primeiro cliente, o que até hoje posso
testemunhar.
DR
Mais tarde comprei um Volkswagen, por ser mais pequeno e prático para as
voltas do dia-a-dia, mas o Dodge continuou sempre a ser o meu carro de estimação, porque também foi o primeiro. Recordo com satisfação os agradáveis passeios, já com a família constituída, e principalmente as viagens a
Guimarães, terra da minha mulher, percorrendo a antiga nacional um.
Termino desejando à Lubrigaz, hoje uma empresa moderna e dinâmica, os
maiores sucessos futuros, nunca esquecendo que os clientes, desde o primeiro ao último, são o seu ativo mais valioso.
António de Almeida Monteiro
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DE CALDAS DA RAINHA A LEIRIA
A FAMÍLIA LUBRIGAZ
EM CIMA:
Colaboradores da empresa
Colaboradores ao serviço no edifício sede da empresa,
nas instalações recentemente
dividindo-se entre as marcas VW, VW Comerciais e e Skoda
adquiridas em Caldas da Rainha
EM BAIXO:
Equipa da Lubrisport, que representa a marca Audi
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> COLECTOR | FILTROS DE PARTÍCULAS | VÁLVULA EGR | INJECTOR | TURBO | CÁRTER | CABEÇA DE MOTOR
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Rua Cidade São Filipe,
Lote 34, Lj CV Dta
Urb. Vale da Cabrita
2410-270 Leiria
Tel./Fax: 244 000 152
Telm.: 919 193 773
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Tel.: 244 812 500 . E-mail: [email protected]
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